V JORNADA E IV MOSTRA CIENTÍFICA DA FACULDADE DE

Propaganda
V JORNADA E IV MOSTRA CIENTÍFICA DA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA
Rio Verde – GO
Novembro - 2009
ANAIS DA V JORNADA E IV MOSTRA CIENTÍFICA
DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA
DA UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
ÍNDICE
PROGRAMAÇÃO ................................................................................................................5
COMISSÃO ORGANIZADORA ...........................................................................................6
RESUMOS...........................................................................................................................7
ANIMAIS DE COMPANHIA
Diabetes mellitus canina: relato de caso .............................................................................9
Estudo retrospectivo das dermatopatias mais prevalentes em cães e gatos na cidade de
Rio Verde-GO, Brasil .........................................................................................................10
Hábitos alimentares de cães em Rio Verde, GO ...............................................................11
Megaesôfago idiopático congênito canino: relato de caso ................................................12
Métodos de diagnóstico usados nas dermatopatias de cães e gatos na cidade de Rio
Verde-GO, Brasil ...............................................................................................................13
Ocorrência de piodermites em cães na cidade de Rio Verde-GO, Brasil ..........................14
Prevalência das dermatopatias alérgicas em cães e gatos na cidade de Rio Verde-GO,
Brasil..................................................................................................................................15
Prevalência das dermatopatias parasitárias em cães e gatos na cidade de Rio Verde-GO,
Brasil..................................................................................................................................16
Prevalência de fungos nas dermatopatias de cães e gatos na cidade de Rio Verde-GO,
Brasil..................................................................................................................................17
Relação entre o gênero do proprietário e o peso e a prática de atividades físicas de cães
...........................................................................................................................................18
Relato de caso: luxação coxofemural ................................................................................19
Ureter ectópico em fêmea canina: relato de caso..............................................................20
PRODUÇÃO ANIMAL
Bezerra da raça Nelore com hernia inguinal submetida à cirurgia – relato de caso ..........22
Correção da persistência do úraco em bovino: relato de caso ..........................................23
Desempenho de frangos aos 42 dias de idade criados em camas tratadas com diferentes
condicionadores.................................................................................................................24
Desempenho de três grupos de cordeiros confinados com dietas contendo diferentes
relações volumoso:concentrado ........................................................................................25
Distribuição dos nascimentos de cordeiros no Setor de Ovinos da Universidade de Rio
Verde .................................................................................................................................26
Estudo da mastite subclínica em uma propriedade leiteira: diagnóstico, cultura e
antibiograma ......................................................................................................................27
Mortalidade de cordeiros no Setor de Ovinos da Universidade de Rio Verde ...................28
Percepções do bem-estar de animais de produção pelo consumidor de Rio Verde, GO ..29
Peso ao nascer de cordeiros machos e fêmeas de parto simples e duplo ........................30
Qualidade da cama de frango de terceiro lote tratada com diferentes condicionadores ...31
Qualidade microbiológica de leite pasteurizado tipo C comercializado na cidade de Rio
Verde-GO ..........................................................................................................................32
FORRAGICULTURA
Produção de matéria seca de Brachiaria brizantha cv. Marandu utilizando residual de
adubações orgânicas e química ........................................................................................34
Produção de matéria seca de Cynodon dactylon cv. Tifton 85 utilizando residual de
abubações orgânicas e química ........................................................................................35
Residual no solo de Ca e Mg, utilizando Panicum maximum cv. Tanzânia como alternativa
forrageira ...........................................................................................................................36
Residual no solo de Mn, Zn e Cu utilizando Panicum maximum cv. Tanzânia como
alternativa forrageira ..........................................................................................................37
Residual no solo de P e K, utilizando Panicum maximum cv. Tanzânia como alternativa
forrageira ...........................................................................................................................38
PROGRAMAÇÃO
Data: 24/11/2009
8:00 Abertura com show artístico
8:30
Palestra – Cirúrgia ortopédica em pequenos animais
Marcus Vinícius Machado
Especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais
Universidade Castelo Branco – RJ
9:30
Café com prosa
10:00 Palestra – Sexagem espermática animal
MSc Edson Ramos de Siqueira Filho
Uberaba – MG
13:30 Palestra – Ética na medicina veterinária
Paulo César Eliam
CRMV – GO
14:30 Café com prosa
15:00 Palestra – Nutrição clínica e obesidade em cães e gatos
Dr. Rodrigo Bazolli
Jaboticabal - SP
Data: 25/11/2009
8:00 Palestra – Atualização em sanidade suína – cenário da circovirose
Alisson C. A. Pereira
BrasilFood S/A
9:00
Café com prosa
9:30
Apresentação e avaliação dos resumos da IV Mostra Científica
13:30 Palestra – Medicina de Animais Selvagens
Gisele Rodrigues Duarte
Zoológico de Brasília
14:30 Café com prosa
15:00 Palestra – Registro genealógico de bovinos
Murilo Sousa Carrijo
FESURV
COMISSÃO ORGANIZADORA
Coordenador Geral do Evento
Prof. MSc. Marcos Lima do Carmo
Comissão Organizadora
Profa. Dra. Vivian Alonso
Profa. MSc. Amanda Carla Acipreste Galvão
Profa. Andréa Cruvinel Rocha Silva
Prof. Murici Belo Segato
Profa. Aline Carvalho Martins
Profa. Dra. Maria Cristina de Oliveira
Discentes
Alex Lucas da Silva
Andressa Marques Lima
Arilene Cândida Gonçalves
Bruno Fernandes de Faria
Caio Eduardo Selaysim Costa
Débora Delfino Duarte
Dionatan da Silva
Fernando Carlos Loch
Ildefonso Luiz de Freitas Neto
Patryck Bruno Cruvinel Cabral
Rogério Wagner Carrara do Amaral
Vinicius Silva Rezende
Virgínia Gouvêa da Silva
Comissão Avaliadora dos Resumos
Profa. MSc. Fabiana Ramos dos Santos – IF Goiano
Profa. MSc. Lucilene Tavares Medeiros – Universidade de Rio Verde
Med. Veterinário Ubirajara Oliveira Bilego – COMIGO
Editoração
Profa. Dra. Maria Cristina de Oliveira
RESUMOS
8
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
ANIMAIS DE COMPANHIA
9
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
DIABETES MELLITUS CANINA: RELATO DE CASO
1
CA OLIVEIRA¹, ACR SILVA¹*, MC OLIVEIRA
1Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
Trata-se da doença endócrina de maior incidência na
clínica de pequenos animais (25%) (5). Diabetes
mellitus (DM) caracteriza-se por alterações do
metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas,
resultante de uma insuficiência relativa ou absoluta de
insulina e subseqüente hiperglicemia, acompanhada
por glicosúria persistente, somando-se aos sinais
clínicos clássicos: poliúria, polidipsia, polifagia e perda
de peso, para definição do diagnóstico (4). Pode ser
classificada em: DM dependente de insulina (tipo 1) e
DM não dependente de insulina (tipo 2) (6). Ao
contrário dos gatos, praticamente todos os cães são
insulino-dependentes no momento do diagnóstico (3).
Infecções virais, pancreatite, obesidade, administração
exógena de glicocorticóides ou progestágenos são
alguns dos fatores desencadeantes da doença (6). Os
cães diabéticos que sobrevivem aos primeiros 6 meses
podem viver mais que 5 anos com a doença, caso haja
a devida atenção dos proprietários, avaliações
regulares do médico veterinário e boa comunicação
cliente-veterinário (1). O objetivo deste trabalho é
descrever um caso de DM tipo 1 em uma cadela.
Relato do Caso
Um cão da raça Poodle, 6 anos, fêmea, pesando 6,4kg,
foi atendido no Hospital Veterinário da FESURV, tendo
como queixa principal polidipsia e poliúria. O animal
apresentou diarréia, anorexia, hálito cetônico, abdome
aumentado e apatia. O proprietário relatou que a
alimentação da cadela baseava-se em comida caseira
e ração e que administrava anticoncepcional
periodicamente. Apresentou-se ao exame clínico
magro, com catarata bilateral, lesões cutâneas na
região lombar, mucosas congestas e hipocoradas,
secreção na genitália e taquipnéia. De acordo com os
sinais clínicos suspeitou-se de piometra ou distúrbios
endócrinos, como a cetoacidose diabética, que é
definida como uma disfunção metabólica grave
causada pela deficiência relativa ou absoluta de
insulina (1). Foram solicitados exames complementares
como: hemograma completo, perfil bioquímico e
urinálise.
Resultados e Discussão
Ao hemograma, a cadela apresentou anemia discreta,
com leucócitos normais, descartando-se a piometra. O
perfil renal, hepático, colesterol e hormônios
tireoidianos estavam dentro dos padrões normais para
a
espécie.
Entretanto
constatou-se
severa
hiperglicemia de jejum (618 mg/dl), e ao exame de
urina, apresentou hipostenúria (densidade=1005) e
glicosúria, diagnosticou-se, assim diabetes mellitus tipo
1. Instituiu-se o tratamento com insulina, NPH (100 UI /
ml), dose inicial de 0,05ml, de 12 em 12 horas, via
subcutânea. Informações foram passadas ao
proprietário a respeito de tudo que envolvia a doença e
o tratamento, inclusive sobre a avaliação semanal da
glicemia e curvas glicêmicas, até alcançar a dosagem,
o tipo e a freqüência ideais de insulina. Monitorou-se
também o peso do animal, estabelecendo-se tanto um
manejo dietético adequado quanto a prática de
exercícios físicos, para prevenir a obesidade e ajudar
reduzir a glicose. Os proprietários estão geralmente
dispostos a “aceitar” os cuidados de um animal
diabético se forem atenuados os temores relacionados
às complicações crônicas observadas em humanos
diabéticos, como nefropatia, vasculopatia, doença
arterial coronariana, que exigem 10 a 20 anos ou mais
da doença para se desenvolver e, por isso, são
incomuns em cães diabéticos (1). Após duas semanas
de tratamento, não se verificou mais os sintomas de
diabetes. Três semanas depois, realizou-se a primeira
curva glicêmica, cujos resultados levaram à diminuição
da dose de insulina para 0,03ml, de 12 em 12 horas,
pois o nadir de dextrose foi muito baixo, 58 mg/dl, em
relação ao nadir mínimo recomendado de 72mg/dl (1).
A cada reajuste de dose ou troca do tipo de insulina, o
controle da glicemia deve ser reavaliado a cada 7 a 14
dias (2).
Conclusões
Conclui-se que a expectativa e a qualidade de vida do
animal com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1,
dependerá do compromisso do proprietário para tratar
a enfermidade, do controle da glicemia, da
reversibilidade e/ou prevenção de complicações
crônicas relacionadas ao estado diabético.
Bibliografia
1. Greco, DS Compendium on Continuing
Education for the Practicing Veterinarian. V.19.
pp.23-44. 1997.
2. Davison, LJ et al. Journal of Small Animal Practice,
v.44, n. 10, pp.435-442, 2003.
3. Nelson, RW et al. Journal of the American
Veterinary Medical Association, v. 216, n. 8, p.12651269, 2000.
4. Nelson, RW Medicina interna de pequenos
animais. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
p. 535 - 539. 2001.
5. Pöppl, AG et al. Acta Scientiae Veterinariae, v.33,
n.1, p.33-44, 2005.
6. Vargas, AM In: Congresso Paulista de Clinicos
Veterinários de Pequenos Animais. São Paulo:
p.253. 2008.
10
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
ESTUDO RETROSPECTIVO DAS DERMATOPATIAS MAIS PREVALENTES EM CÃES E GATOS NA
CIDADE DE RIO VERDE - GO, BRASIL
*
AS TEIXEIRA¹, ML MENDONÇA¹, VD GONÇALVES¹, LF RODRIGUES¹, ACR SILVA¹ , RG RIBEIRO¹
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
Estudos brasileiros mostram que as dermatopatias
representam aproximadamente 30 a 40% das
casuísticas na clínica médica de animais de
companhia, independente da localização geográfica e
do desenvolvimento socioeconômico do país (1,3).
Essa alta prevalência se deve, provavelmente, ao fato
de que alterações de pele chamam a atenção e
causam repulsa, fazendo o proprietário procurar auxílio
veterinário (2). As dermatoses causadas por ácaros
(parasitárias), alérgicas, bacterianas (piodermites),
fúngicas e tumores são os distúrbios mais descritos (3).
A magnitude de ocorrência, o estresse dos animais, a
existência de poucos dados sobre a demografia dos
distúrbios cutâneos e o fato de alguns constituírem
antropozoonoses de alta incidência em pacientes
humanos, motivaram este trabalho, que teve como
objetivo determinar a prevalência das dermatopatias
que acometem cães e gatos em nosso meio e, assim,
auxiliar os médicos veterinários no diagnóstico dessas
condições tão rotineiras.
Material e Métodos
No presente estudo, foram revistos 4765 prontuários de
animais atendidos no período de janeiro de 2007 a
outubro de 2009, no Hospital Veterinário da FESURV e
em todas as clínicas veterinárias ativas do município de
Rio Verde – GO. O levantamento da casuística foi
executado através dessa revisão, selecionando-se 546
registros dermatológicos de cães e gatos, colhendo-se
dados que foram minuciosamente avaliados, segundo a
espécie, a raça, idade, sexo e diagnóstico. Cada
diagnóstico correspondendo a uma dermatose. Animais
com dois ou mais diagnósticos tiveram duas ou mais
dermatoses concomitantes. Portanto, o número de
diagnósticos foi superior ao número de animais.
Utilizou-se para análise dos dados, a distribuição de
freqüência simples.
Resultados e Discussão
Neste levantamento, as dermatopatias corresponderam
a 11,5% (546 / 4765) dos casos clínicos atendidos no
período, sendo 600 diagnósticos estabelecidos dentre
primários e secundários, destes, 33,16% foram
causados por bactérias, 31,17% causados por fungos,
12,0% causados por ácaros e 23,67% por causas
diversas (Tab.1). A tabela 2 demonstra os dados
estatísticos das variáveis analisadas nesta pesquisa,
utilizando “n” de acordo com os registros avaliados,
onde se notou que a espécie mais acometida foi a
canina (96,34%) e quanto a idade, os adultos (1 a 8
anos) com 67,03%. Quanto ao sexo, as dermatopatias
foram mais freqüentes nas fêmeas, 54,95% dos casos.
A predisposição racial também foi avaliada, sendo que
as raças mais acometidas foram os cães Sem Raça
Definida (32,42%), talvez pelo seu maior número
populacional, depois o Poodle com 13,19%, o Yorkshire
(10,80%) e o Shih Tzu (6,96%).
Tabela 1. Distribuição de freqüência dos diagnósticos
dermatológicos (n total = 600 diagnósticos).
Variável
n / Freq. Simples (%)
Piodermites
199 / 33,16
Dermatoses fúngicas
187 / 31,17
Dermatoses parasitárias
72 / 12,00
Demais dermatopatias
142 / 23,67
n = nº de diagnósticos totais
Tabela 2. Dados demográficos (n total = 546 animais)
Variáveis
n / Freq. Simples (%)
Espécie
Canina
526 (96,34)
Felina
20 (3,66)
Sexo
Macho
246 (45,05)
Fêmea
300 (54,95)
Faixa etária (categoria)
Filhote (0 a 11 meses)
123 (22,53)
Adulto (1 a 8 anos)
366 (67,03)
Idoso (mais de 9 anos)
33 (6,04)
Idade não determinada
24 (4,40)
Raça (cães)
Cão SRD
177 (32,42)
Poodle
72 (13,19)
Yorkshire
59 (10,80)
Shih Tzu
38 (6,96)
Pinscher
24 (4,40)
Chow Chow
24 (4,40)
Pit Bull
20 (3,66)
Dachshund
18 (3,29)
Demais raças
114 (20,88)
Os dados estão descritos como números (n) e porcentagens.
Conclusão
Conclui-se que as três dermatopatias mais prevalentes
em animais de companhia de Rio Verde - GO são as
piodermites, as fúngicas e as parasitárias, nesta ordem.
Bibliografia
1. Larsson, CE Boletim Informativo Salsbury
Laboratórios “Anais do IV Ciclo Regional de
Atualização Clínica”. V.15. pp.8-19. 1995.
2. Souza TM et al. Ciência Rural, v. 36, n. 2, p. 555560. 2006.
3. Willense, T. Dermatologia clínica de cães e gatos.
Barueri: Manole, 2002. 144p.
11
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
HÁBITOS ALIMENTARES DE CÃES EM RIO VERDE, GO
1
1
1
1
1*
1
BCL NASCIMENTO , LF LEÃO , RWC AMARAL , D SILVA , MC OLIVEIRA , ACR SILVA
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
Nas últimas décadas, mudanças ocorreram no manejo
dos cães por seus proprietários. Diferente do que
acontecia no passado, em que a população canina
vivia livre na natureza e ingeria pequenas presas, os
animais passaram a conviver diretamente com seus
proprietários
e
adquiriram
hábitos
humanos,
principalmente no que diz respeito à alimentação.
Atualmente os caninos habitam o interior de casas ou
apartamentos, com pouco acesso ao exterior e ingerem
uma dieta rica em carboidratos (4). Esta pesquisa foi
realizada com o objetivo de determinar alguns hábitos
alimentares de cães em Rio Verde, GO.
Material e Métodos
Foram entrevistados 35 proprietários de cães por meio
de questionários divididos em três blocos distintos. O
primeiro bloco se referia a questões relativas ao
proprietário, o segundo bloco se referia aos hábitos de
alimentação do animal (se recebia ração comercial,
comida caseira ou outros tipos de alimentos e de que
forma o alimento era fornecido) e o terceiro bloco se
referia a questões relativas ao próprio animal. As
entrevistas foram realizadas durante consultas no
Hospital Veterinário nos meses de julho a setembro.
Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de
análise de distribuição de freqüência simples.
Resultados e Discussão
A maioria dos entrevistados disse oferecer rações
comerciais aos animais (Tab. 1). Os animais controlam
a quantidade de alimento ingerido, mas devido à alta
palatabilidade dos alimentos comerciais, eles ingerem
uma quantidade maior de alimento do que seria
necessário para sua manutenção (1). Dentre os
proprietários, 45,45% disseram oferecer rações do tipo
standard e, segundo (2), geralmente cães obesos são
alimentados com alimentos mais baratos. O alimento é
fornecido duas vezes/d por 45,72% dos proprietários. A
obesidade em cães está associada com o número de
refeições ingeridas e com a alimentação com restos de
comida (2). Com relação ao consumo de restos de
comida, 57,15% disseram que ofereciam este alimento
aos cães. Geralmente cães obesos comem restos de
comida, além de suas refeições. Isso indica que a
alimentação do cão é usada pelo proprietário como
forma amigável de comunicação e interação com o cão
(3). No presente estudo, 60,00% dos entrevistados
disseram oferecer guloseimas, frutas e outros petiscos
aos animais. Com o desenvolvimento sócio-econômico,
a vida humana tornou-se atribulada e os proprietários
de animais viram-se sem tempo de dispensar aos seus
animais a merecida atenção, surgindo a culpa por
deixá-los sozinhos. Como prêmio à vida solitária de
seus animais, muitos proprietários costumam fornecerlhes petiscos ricos em carboidratos, o que culmina
também com o desenvolvimento da obesidade (4).
Tabela 1. Distribuição de freqüência dos hábitos
alimentares de cães de Rio Verde, GO
Variável
Sim
Não
Porcentagem (%)
O cão consome ração comercial?
85,71
14,29
Qual o tipo de ração comercial é utilizada?
Standard
45,45
Premium
36,36
Super Premium
18,19
Quantas vezes o alimento é fornecido por dia?
Uma vez ao dia
20,00
Duas vezes ao dia
45,72
Três vezes ao dia
8,57
Mais que três vezes ao dia
25,71
Como o alimento é fornecido ao animal?
Deixa a ração em uma vasilha e o
51,43
animal come à vontade
Controla a quantidade fornecida,
8,57
de acordo com o rótulo do produto
Remove o alimento após algum
40,00
tempo se o animal não ingere tudo
Sim
Não
Além da ração, é fornecido comida caseira?
57,15
42,85
O animal recebe algum outro tipo de alimento?
(biscoitos, guloseimas, frutas, etc.?)
Sim
60,00
Não
40,00
Conclusões
Os cães são alimentados com rações comerciais, do
tipo standard principalmente, duas vezes ao dia, sendo
que a ração permanece na vasilha à vontade. Além
disso, recebem restos de comida além de outros
petiscos.
Bibliografia
1.Butterwick, RF et al. Journal of Nutrition, v. 128, n.12,
p. 2771S-2775S, 1998.
2.German, AJ Journal of Nutrition, v. 136, n. 7, p.
1940S-1946S, 2006.
3. Kienzle, E et al. Journal of Nutrition, v. 128, n. 12, p.
2779S-2782S, 1998.
4. Veiga, APM Suscetibilidade a diabetes mellitus
em cães obesos. Tese, UFRS, Porto Alegre, 2007.
12
V Jornada
Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
MEGAESÔFAGO IDIOPÁTICO CONGÊNITO CANINO: RELATO DE CASO
RP BARROS¹, ACR SILVA¹*
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
O termo megaesôfago é comumente utilizado quando
um distúrbio de motilidade difuso grave resulta em um
esôfago largo e flácido, referindo-se a uma diminuição
no tônus ou peristaltismo esofagianos, que pode ser
segmentário ou difuso (1). O megaesôfago pode ser
congênito ou adquirido, sendo que a maioria dos casos
tem natureza congênita e há evidências de que esta
condição seja hereditária tanto no cão como no gato,
sendo normalmente de etiologia desconhecida
(Megaesôfago idiopático) (4). Megaesôfago congênito
é caracterizado por hipomotilidade esofageana
generalizada, dilatação, disfagia e regurgitação (5).
Esse trabalho visa relatar um caso de megaesôfago
idiopático congênito em um filhote de cão, no qual se
obteve sucesso com o tratamento adequado.
Relato do Caso
Um cão da raça Dachshund, de 2 meses, macho,
pesando 2,9 kg, foi atendido no Hospital Veterinário da
Universidade de Rio Verde – FESURV, com histórico
de após a desmama, que aconteceu aos 40 dias de
vida, ao se alimentar ou beber água, formar um grande
volume na região esquerda do pescoço, apresentando
também apetite voraz e, às vezes, algumas horas
depois, regurgitando parte do alimento. Ao exame
clínico, fez-se o teste, oferecendo ração ao animal,
podendo-se constatar, com exceção da regurgitação,
todas as anormalidades descritas pelo proprietário,
com ênfase para a enorme dilatação no pescoço e
polifagia. Não se observou dificuldade de preensão e
deglutição, que pudesse sugerir disfagia orofaringeana.
À palpação do esôfago cervical, antes de fornecer
alimento ao cão, não se detectou massas nem corpos
estranhos. Não apresentava febre, odinofagia,
ptialismo, deglutição exagerada, vômito, perda de peso
(talvez pelo pouco tempo de desmama), fraqueza
muscular, atrofia nem tosse. Nenhum déficit
neurológico foi observado. Porém apresentava-se, ao
exame físico, ofegante, dispnéico, pálido, com
secreção nasal serosa, abdome aumentado, inquieto e
procurando por alimento. De acordo com o histórico e
sinais clínicos suspeitou-se de megaesôfago congênito.
Solicitou-se, para fins de diagnóstico diferencial,
avaliação radiológica do esôfago cervical e torácico
com contraste, hemograma completo, perfil renal e
hepático, glicemia, lipidograma, sódio e potássio.
Resultados e Discussão
Ao hemograma o filhote apresentava anemia
normocítica discreta e desvio à esquerda regenerativo,
sugerindo início de pneumonia por aspiração.
Pneumonia por aspiração é a mais comum e grave
conseqüência de megaesôfago e, por estas e outras
razões, todos os esforços devem ser feitos para
diagnosticar a disfunção e instituir manejo e tratamento
apropriados o mais cedo possível (2). Os níveis de
sódio e potássio, o perfil renal e hepático sérico estava
dentro dos padrões da normalidade para a espécie.
Entretanto constatou-se pequena hiperglicemia. Para
fins radiográficos utilizou-se o Sulfato de Bário como
meio de contraste positivo, deixando bastante evidente
a dilatação cervical e torácica, indicando como
diagnóstico
megaesôfago
idiopático
congênito.
Propôs-se ao proprietário um manejo alimentar
criterioso: fracionando a ração (cálculo baseado no
valor de energia metabolizável) em seis refeições
diárias, umedecida, sendo fornecida ao cão em posição
vertical, mantendo-o assim por 10 minutos. Prescreveuse também antibiótico (Sulfametoxazol+ Trimetoprin,
duas vezes ao dia) por cinco dias, devido ao início de
pneumonia. Com 13 dias de terapia nutricional
adequada houve remissão completa dos sinais clínicos,
apresentando controle do apetite. Após repetição dos
exames laboratoriais, confirmou-se a normalização do
quadro clínico em conseqüência de megaesôfago
idiopático congênito, cuja patogenia continua sendo
enigmática, com alguns estudos sugerindo deficiência
da inervação vagal aferente, embora outros autores
tenham sugerido disfunção biomecânica esofagiana
intrínseca (3). Devido a essas divergências e a falta de
informações a respeito, optou-se por manter o manejo
alimentar e monitorar o cão periodicamente com
exames clínicos e radiográficos.
Alguns animais
podem melhorar com o tempo, desde que se adotem
cuidados de suporte apropriados, como manutenção do
manejo nutricional e se a pneumonia for detectada,
tratar precocemente (1).
Conclusões
Conclui-se que o diagnóstico e a instituição do manejo
alimentar precocemente em cães acometidos por esta
enfermidade, podem ser determinantes para o sucesso
do tratamento, melhorando, assim, a perspectiva e a
qualidade de vida do animal.
Bibliografia
1. Birchard SJ et al. Saunders Manual of Small
Animal Practice. 3ed, SP: Roca. 2048p, 2008.
2. Elwood, MC Small Animal Medicine Society In
Practice. v. 28, n. 1, p. 14-21, 2006.
3. Holland, CT et al. American Journal Veterinary
Residence, v. 57, n. 6, p. 906–913, 1996.
4. McKerrell, RE Miopatias caninas e felinas. In: Dunn,
JK Tratado de Medicina de Pequenos Animais.
SP: Roca. p. 699-702, 2001.
5. Strombeck,
DR
et
al.
Small
animal
gastroenterology, Stonegate Publishing, 2ed, p.
140–166, 1990.
13
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO USADOS NAS DERMATOPATIAS DE CÃES E GATOS NA CIDADE DE
RIO VERDE-GO, BRASIL
*
ML MENDONÇA¹, AS TEIXEIRA¹, VD GONÇALVES¹, LF RODRIGUES¹, ACR SILVA¹ , RG RIBEIRO¹
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
Estima-se que de 20 a 75% de todos os animais
examinados na prática clínica apresentam problemas
de pele como queixa principal ou concomitante (5).
Diante de um cão apresentando prurido e alopecia,
pode se tornar difícil a decisão de por onde começar.
Pois, a princípio, várias doenças cutâneas podem ter
um aspecto morfologicamente similar. Em nenhum
outro sistema corpóreo é tão importante um exame
clínico criterioso (5). Os sinais clínicos das
dermatopatias são muito semelhantes e a etiologia do
problema de um paciente pode não ficar aparente com
base somente nos achados de um exame clínico,
necessitando de uma anamnese completa e métodos
laboratoriais para a confirmação do diagnóstico (3). O
objetivo deste trabalho foi de verificar quais métodos
diagnósticos são usados na rotina clínica dermatológica
de pequenos animais, em Rio Verde – GO, de
quantificar seu uso e de orientar os profissionais com
relação à importância de se fechar um diagnóstico.
Material e Métodos
Foi feito um estudo retrospectivo dos registros do
Hospital Veterinário da FESURV e de todas as clínicas
veterinárias ativas do município de Rio Verde – GO,
relativos às dermatopatias de caninos e felinos, que
foram atendidos de janeiro de 2007 a outubro de 2009.
Foram analisadas 4765 fichas clínicas e 546
correspondentes aos atendimentos dermatológicos do
período, verificando-se os métodos de diagnóstico
realizados. Utilizou-se para a análise dos dados, a
distribuição de freqüência simples.
Resultados e Discussão
No
estudo
em
questão,
as
dermatopatias
corresponderam a 11,5% (546 / 4765) do total de casos
clínicos atendidos no período, sendo semelhante aos
resultados encontrados por outros autores, 13,4% (4).
O plano de diagnóstico diferencial inclui histórico e
exame físico minucioso, raspado de pele, exame
citológico, biópsia cutânea para histopatológico e/ou
cultura bacteriana e/ou cultura fúngica, hemograma,
perfil bioquímico e até mesmo o diagnóstico terapêutico
(1). Em 243 casos (44,5%) foi realizado um ou mais de
um tipo de exame complementar que auxiliasse na
confirmação ou exclusão dos diagnósticos. No total
foram realizados 366 exames que se distribuíram
conforme a tabela 1. Das 546 fichas clínicas estudadas,
em 325 (59,52%) casos foi possível estabelecer o
diagnóstico definitivo, porém não sendo possível
estimar quantos apresentavam uma ou mais doenças
de pele primária ou secundária. E em 221 casos
(40,48%), o diagnóstico não foi conclusivo. Esse
resultado deixa a desejar ao descrito por outros
autores; um estudo europeu, que utilizou 559 cães e
teve uma prevalência de 77,3% de diagnósticos
conclusivos (2), e outro brasileiro, com 480 cães e uma
prevalência de 81,9% (6).
Acredita-se que essa
marcada diferença se deva à baixa utilização dos
meios diagnósticos disponíveis e a uma exagerada
confiança nos sinais clínicos, visto que 269 casos
(49,27%) foram conclusivos apenas clinicamente, sem
confirmação laboratorial.
Tabela 1. Distribuição de freqüência dos métodos de
diagnósticos usados na rotina clínica dermatológica de
pequenos animais do município de Rio Verde – GO (n
total = 366)
Variável
Raspado de Pele
(parasitológico)
Hemograma
Microscopia direta fungo
Lâmpada de Wood
Cultura fúngica
Perfil bioquímico
Citologia cutânea
Histopatológico
Cultura bacteriana
n / Freq. Simples %
214 / 58,47
84 / 22,95
37 / 10,11
16 / 4,37
7 / 1,92
6 / 1,64
1 / 0,27
1 / 0,27
0,00
Os dados estão descritos como números (n) e porcentagens
Conclusões
Conclui-se que na rotina clínica dermatológica de Rio
Verde – GO há um baixo uso dos serviços diagnósticos
laboratoriais, não permitindo diagnósticos acurados e o
que é pior, não garantindo a escolha do tratamento ou
das medidas profiláticas adequadas, prejudicando
também os estudos de prevalência dessas doenças.
Bibliografia
1. Birchard, SJ et al. Saunders Manual of Small
Animal Practice. 3ed, SP: Roca. 2048p, 2008.
2. Hill PB et al. Veterinary Record, v.158. n. 16, p.533539, 2006.
3. Mueller, RS Dermatologia para o Clínico de
Pequenos Animais. SP: Roca. 163p, 2003.
4. Rocha, NAG et al. In: 35º Congresso Brasileiro de
Medicina Veterinária, 2008, Gramado – RS.
5.Scott, DW et al. Dermatologia de Pequenos
Animais. 5 ed. RJ: Interlivros. p.385-401, 1996.
6. Souza, TM et al. Pesquisa Veterinária Brasileira.
v.29, n.2, p. 157-162, 2009.
14
V Jornada e IV Mostra
Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
OCORRÊNCIA DE PIODERMITES EM CÃES NA CIDADE DE RIO VERDE-GO, BRASIL
1
1
1
1*
LF RODRIGUES¹, AS TEIXEIRA , VD GONÇALVES , ML MENDONÇA , ACR SILVA , MB SEGATO
1
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
Piodermite refere-se a qualquer infecção piogênica da
pele, sendo um termo mais comumente utilizado em
referência a infecções bacterianas cutâneas, não
obstante, microorganismos fúngicos (especialmente
leveduras) serem também identificados como
importantes agentes oportunistas no desenvolvimento
de piodermite superficial em cães (1). As infecções
bacterianas de pele são freqüentes no cão e, são
causadas em mais de 90% dos casos pelo
Staphylococcus intermedius (3); podendo ser primárias
ou secundárias, sendo que as secundárias são as mais
comuns e resultam de alguma anormalidade cutânea,
imunológica ou metabólica, como os distúrbios
alérgicos, seborréicos ou foliculares (demodicose e
dermatofitose) (5). A despeito das várias classificações
existentes, o esquema que considera a profundidade
da infecção parece ser o mais útil do ponto de vista
clínico, porque permite interferências terapêuticas e
prognósticas. Quanto maior a profundidade da
infecção, maior deverá ser o esforço para se descobrir
a doença de base (2). Este trabalho teve por objetivo
determinar a ocorrência de piodermites em cães, no
município de Rio Verde – GO, Brasil.
Material e Métodos
O estudo foi desenvolvido na cidade de Rio Verde GO, fazendo-se busca ativa de dados no Hospital
Veterinário da FESURV e em todas as clínicas
veterinárias, relativos a registros de enfermidades
cutâneas em pequenos animais, que foram atendidos
de janeiro de 2007 a outubro de 2009. Foram revistas
4765 fichas clínicas e 546 correspondentes aos
atendimentos dermatológicos do período, verificandose a prevalência de piodermites bacterianas e a
abordagem diagnóstica. Animais com dois ou mais
diagnósticos tiveram duas ou mais dermatoses
concomitantes. Portanto, o número de diagnósticos foi
superior ao número de animais. Utilizou-se para a
análise dos dados, a distribuição de freqüência simples.
Resultados e Discussão
Constatou-se que dos 546 casos dermatológicos
analisados, 600 diagnósticos foram estabelecidos,
destes 199 (33,17%) eram piodermites, conforme
detalhado na tabela 1, sendo a dermatopatia mais
prevalente na rotina clínica de Rio Verde – GO.
Contudo notou-se a não preocupação dos clínicos em
diferenciar a enfermidade primária da secundária, nem
a superficial da profunda. As infecções cutâneas
primárias são classificadas assim, porque uma vez
tratadas de maneira adequada, não recidivam, e as
infecções secundárias, que podem envolver outros
microorganismos além dos Estafilococos, tendem a
responder lentamente ou de maneira insatisfatória ao
tratamento, caso o problema básico seja ignorado (5).
No estudo, apenas 41 casos foram descritos como
secundários, nos demais ficou indefinido, e um
percentual muito grande de recidivas foi percebido,
26,19%. Dos 199 casos de piodermite, 99% eram
caninos, semelhante a vários estudos (3). As culturas
bacterianas são pouco usadas em dermatologia
veterinária, já que a maioria das infecções é causada
pelo Staphylococcus intermedius (4). O diagnóstico
clínico de piodermite foi estabelecido em 99% dos
casos, sendo feita apenas uma biópsia de pele e uma
citologia corada, com presença de diplococcus gram
positivos. Quanto às infecções bacterianas superficiais,
exigem apenas o tratamento tópico, já as profundas
requerem uma abordagem sistêmica (2).
Tabela 1. Distribuição de freqüência dos diagnósticos
na rotina clínica dermatológica de pequenos animais de
Rio Verde – GO (n total = 600 diagnósticos).
Variável
n / Freq. Simples (%)
Piodermite
199 / 33,17
Dermatofitose
183 / 30,50
Sarna demodécica
49 / 8,17
Sarna sarcóptica
23 / 3,83
Atopia
23 / 3,83
Dermatite alérgica a picada de
21 / 3,50
ectoparasitas
Demais dermatopatias
102 / 17,00
Os dados estão descritos como números (n) e porcentagens
Conclusões
As piodermites são de ocorrência muito comum na
clínica de pequenos animais. Sendo importante definir
se a infecção é superficial ou profunda, primária ou
secundária, e que a causa de base seja identificada e
corrigida, estabelecendo-se, assim, o tratamento
adequado a fim de evitar o insucesso e as recidivas.
Bibliografia
1. Birchard, SJ et al. Saunders Manual of Small Animal
Practice. [Tradução: Fagliari, J.J. et al.] 3ed, São
Paulo: Roca. 2048p, 2008.
2. Conceição, GL et al. Revista Cães e Gatos, n. 86,
ano 14, Nov/Dez, 2000.
3. Guagére, E et al. Terapêutica Dermatológica do Cão.
São Paulo: Roca. 299p. 2005.
4. Mueller, RS. Dermatologia para o Clínico de
Pequenos Animais. São Paulo: Roca. 163p. 2003.
5. Scott, DW et al. Dermatologia de Pequenos Animais.
Rio de Janeiro: Interlivros. 1130p, 1996.
15
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
PREVALÊNCIA DAS DERMATOPATIAS ALÉRGICAS EM CÃES E GATOS NA CIDADE DE RIO VERDEGO, BRASIL
1
1
1
1*
VD GONÇALVES , LF RODRIGUES¹, AS TEIXEIRA , ML MENDONÇA , ACR SILVA , MB SEGATO
1
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
As dermatoses pruriginosas representam um dos
primeiros motivos de consulta em dermatologia
veterinária (2). As dermatopatias classicamente
pruriginosas são escabiose, alergias, auto-imunes e
imunomediadas,
algumas
bacterianas
e
malassezíases. As doenças classicamente não
pruriginosas
são
demodicose,
dermatofitose,
endócrinas, algumas bacterianas e os distúrbios
seborréicos (1). As dermatopatias alérgicas mais
comuns na rotina clínica são: urticária e angioedema,
atopia, hipersensibilidade alimentar (HA), dermatite
alérgica a ectoparasitas (DAPE), hipersensibilidade à
picada de mosquitos e dermatite alérgica de contato
(3). Normalmente o prurido é o sinal inicial do processo
e o diagnóstico é estabelecido pela anamnese, pelos
achados físicos e pela exclusão de outras doenças no
diagnóstico diferencial (1). O objetivo deste estudo foi
determinar a prevalência das dermatopatias alérgicas
que afetam cães e gatos, no município de Rio Verde –
GO, Brasil, a fim de permitir a orientação dos clínicos
de pequenos animais de nossa região em suas
suspeitas clínicas quando do atendimento de cães com
problemas dermatológicos.
Material e Métodos
Foram revistos 4765 prontuários, selecionando-se e
analisando-se 546 registros de casos dermatológicos
em cães e gatos atendidos de janeiro de 2007 a
outubro de 2009, pelo Hospital Veterinário da FESURV
e por todas as clínicas veterinárias ativas do município
em questão, verificando-se a prevalência de
dermatopatias alérgicas. Animais com dois ou mais
diagnósticos tiveram duas ou mais dermatoses
concomitantes. Portanto, o número de diagnósticos foi
superior ao número de animais. Utilizou-se para a
análise dos dados, a distribuição de freqüência simples.
Resultados e Discussão
Dos 546 casos estudados, 600 diagnósticos foram
estabelecidos, destes 46 (7,67%) eram dermatopatias
alérgicas, conforme detalhado na tabela 1, sendo o
quarto grupo mais prevalente na rotina clínica de Rio
Verde-GO, depois de piodermites, dermatofitoses e
demodicoses. A primeira dermatopatia alérgica em
ocorrência foi atopia, com maior representatividade
(50%), a segunda foi DAPE, confirmada em 21 animais
(45,65%), e a terceira, HA, diagnosticada em apenas
dois animais (4,35%), contrariando alguns estudos, em
que de 10 a 20% das dermatites alérgicas são por HA
(4). Esse trabalho guarda enormes diferenças também
com outros estudos de prevalência de doenças
dermatológicas realizados em vários locais do mundo.
Na América do Norte, o mais famoso estudo sobre
prevalência de doenças de pele em cães, realizado em
1983 e que teve como base 11.456 atendimentos,
demonstrou
que
as
dermatopatias
alérgicas
contribuíram com 52,2% do total de diagnósticos, com
a prevalência da DAPE ao redor de 30%-40% (5). Num
estudo feito no Sul do Brasil, as dermatopatias
alérgicas também representavam as doenças cutâneas
mais prevalentes, 37,8% dos casos, porém com DAPE
perfazendo 16,5% do total de diagnósticos
estabelecidos, contrastando muito com esse estudo
(3,50%) (6).
Tabela 1. Distribuição de freqüência dos diagnósticos
na rotina clínica dermatológica de pequenos animais de
Rio Verde – GO (n total = 600 diagnósticos).
Variável
n / Freq. Simples (%)
Piodermite
199 / 33,17
Dermatofitose
183 / 30,50
Sarna demodécica
49 / 8,17
Sarna sarcóptica
23 / 3,83
Atopia
23 / 3,83
DAPE
21 / 3,50
HA
02 / 0,33
Seborréia
12 / 2,00
Malassezíase
04 / 0,67
Dermatopatia Endócrina
03 / 0,50
Alopecia anágena
02 / 0,33
Neoplasias cutâneas
02 / 0,33
Não conclusivo
77 / 12,83
Os dados estão descritos como números (n) e porcentagens.
Conclusões
Conclui-se que houve subestimação dos casos de
dermatoses alérgicas, principalmente de DAPE, em
detrimento da grande prevalência de ectoparasitas no
município em questão, prejudicando, assim, a profilaxia
e o tratamento adequados, como também os estudos
de prevalência dessas doenças na região.
Bibliografia
1. Birchard, SJ et al. Saunders Manual of Small
Animal Practice. 3ed, SP: Roca. 2048p, 2008.
2. Guagére, E et al. Terapêutica Dermatológica do
Cão. SP: Roca. 299p. 2005.
3. Medleau, L et al. Dermatologia de Pequenos
Animais – Atlas Colorido e Guia Terapêutico. SP:
Roca. 353p. 2003.
4. Scott, DW et al. Small animal dermatology. 5 ed.
Philadelphia: Saunders, pp 332-50. 1995.
5. Sischo, WM et al. Journal American Veterinary
Medicine Association, v.195, n. 6, p 752-756. 1989.
6. Souza, TM et al. Pesquisa Veterinária Brasileira.
v.29, n.2, p. 157-162, 2009.
16
V Jornada e IV Mostra Científica
Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
PREVALÊNCIA DAS DERMATOPATIAS PARASITÁRIAS EM CÃES E GATOS NA CIDADE DE RIO
VERDE-GO, BRASIL
1
1
1
1*
ML MENDONÇA , VD GONÇALVES , AS TEIXEIRA , LF RODRIGUES¹, ACR SILVA , MB SEGATO
1
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
As afecções do sistema tegumentar são de importância
na clínica médica de pequenos animais, atingindo
cerca de 30% dos que procuram atendimento (1). Os
ácaros parasitários mais importantes são Demodex spp
e Sarcoptes scabiei var. canis, em cães e Notoedres
cati, em gatos. O Demodex canis pode causar uma
dermatite localizada ou generalizada (3). Já a sarna
sarcóptica (ou escabiose), notoédrica e a queiletielose
são superficiais, salientando-se a importância zoonótica
da primeira (3;5). As dermatopatias parasitárias são
diagnosticadas pelo raspado profundo de pele, sendo
uma ferramenta eficaz no diagnóstico da demodicose.
Porém, o ácaro Sarcoptes scabiei var. canis é
extremamente difícil de ser encontrado em raspados,
com resultados falso-negativos freqüentes (5). O
objetivo deste estudo foi determinar a prevalência das
dermatopatias parasitárias, principalmente sarnas, em
cães e gatos, no município de Rio Verde – GO, Brasil.
Material e Métodos
Foi feito um estudo retrospectivo de 4765 prontuários
do Hospital Veterinário da FESURV e de todas as
clínicas veterinárias do município, de janeiro de 2007 a
outubro de 2009, selecionando-se e analisando-se 546
registros
correspondentes
aos
atendimentos
dermatológicos, verificando-se a prevalência das
doenças de pele parasitárias e a abordagem
diagnóstica. Utilizou-se para a análise dos dados, a
distribuição de freqüência simples.
Resultados e Discussão
Dos 546 casos dermatológicos, 600 diagnósticos foram
estabelecidos, destes 72 (12,0%) eram sarnas,
conforme detalhado na tabela 1. A demodicose,
representou 68% das dermatoses parasitárias, com 49
cães, e a escabiose, 32%, com 18 cães e 4 gatos, não
sendo encontrado registro de queiletielose nem de
sarna notoédrica. Guardando, assim, enormes
diferenças com outros estudos de prevalência de
dermatopatias. Podendo-se citar dois trabalhos
realizados no Brasil, com prevalência de 19,3% (6) e
20% (2) do total de diagnósticos estabelecidos, e três
estudos internacionais, nos EUA, Canadá e Inglaterra,
contribuindo com 7,7%, 6,6% e 4,6%, respectivamente,
se justificando principalmente pelo menor número de
casos de demodicose (5,6%, 2,5% e 1,3% do total de
diagnósticos estabelecidos, respectivamente). Já em
um dos estudos brasileiros, a demodicose se mostrou
altamente prevalente, contribuindo com 10,5% do total
de diagnósticos estabelecidos (6). Percebe-se a grande
diferença entre os estudos brasileiros e os
internacionais, contrastando também com o estudo em
questão, onde as dermatoses parasitárias contribuíram
com 12,0%, entretanto com uma alta freqüência de
demodicose (8,17% do total de diagnósticos
estabelecidos). Embora não se saiba o exato motivo
pelo qual a demodicose é tão comum no Brasil, é
possível que seja pelo fato de nos países dos trabalhos
citados, a esterilização ser prática corrente, o que faz
com que os cães susceptíveis não se reproduzam,
diminuindo a ocorrência da doença (6). Quanto à
escabiose, utilizou-se a resposta terapêutica como
diagnóstico clínico em 18 (78,2%) dos 23 diagnósticos
estabelecidos, pois se sabe que qualquer cão
pruriginoso poderá estar infestado e, assim, indica-se
um tratamento experimental independente dos
resultados de raspados cutâneos serem negativos (4).
Tabela 1. Distribuição de freqüência dos diagnósticos
na rotina clínica dermatológica de pequenos animais de
Rio Verde – GO (n total = 600 diagnósticos).
Variável
n / Freq. Simples (%)
Piodermite
199 / 33,17
Dermatofitose
183 / 30,50
Sarna demodécica
49 / 8,17
Sarna sarcóptica
23 / 3,83
Atopia
23 / 3,83
Dermatite alérgica a picada de
21 / 3,50
ectoparasitas
Demais dermatopatias
102 / 17,00
Os dados estão descritos como números (n) e porcentagens
Conclusões
Conclui-se que houve subestimação dos casos de
escabiose, devido à grande diferença com outros
estudos brasileiros e a elevada possibilidade de
exames falso negativos. Com relação à demodicose,
seria importante conscientizar os proprietários a
esterilizar os cães positivos, para se diminuir a
incidência da doença.
Bibliografia
1. Larsson, CE Revista Brasileira de Parasitologia
Veterinária. v.4, n. 2, p. 261- 270, 1995.
2. Machado, MLS et al. Acta Scientiae Veterinariae.
v.3, n.32, p.225-232, 2004.
3. Medleau, L et al. Dermatologia de Pequenos
Animais – Atlas Colorido e Guia Terapêutico. SP:
Roca. 353p. 2003.
4. Mueller, RS Dermatologia para o Clínico de
Pequenos Animais. SP: Roca. 163p. 2003.
5. Scott, DW et al. Muller and Kirk's Small Animal
Dermatology. 6ed. Saunders, Philadelphia. 1528p,
2001.
6. Souza, TM et al. Pesquisa Veterinária Brasileira.
v.29, n.2, p. 157-162, 2009.
17
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
PREVALÊNCIA DE FUNGOS NAS DERMATOPATIAS DE CÃES E GATOS NA CIDADE DE RIO VERDEGO, BRASIL
*
AS TEIXEIRA¹, ML MENDONÇA¹, VD GONÇALVES¹, LF RODRIGUES¹, ACR SILVA¹ , RG RIBEIRO¹
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
Nos pequenos animais (PA), as infecções fúngicas
cutâneas mais freqüentes podem ser causadas pelas
micoses
superficiais,
como
os
dermatófitos
Microsporum sp e Trichophyton mentagrophytes e pela
levedura Malassezia pachidermatis (3). Dentre as
micoses profundas, a esporotricose tem especial
importância pelo seu caráter zoonótico, e é
normalmente secundária a ferimentos perfurantes ou
por arranhadura da pele, sendo, porém, rara (1). A
dermatofitose é ainda hoje um dos diagnósticos
dermatológicos mais realizados na rotina da clínica de
PA (6). Trata-se de uma infecção dos pelos e extrato
córneo causada por fungos ceratinofílicos (4).
Malassezíase é uma infecção fúngica superficial muito
associada à atopia em cães (1). A magnitude de
ocorrência e o fato dessas dermatopatias constituírem
antropozoonoses de alta incidência em pacientes
humanos, sobretudo nas primeiras faixas etárias (6),
motivaram este trabalho, que teve como objetivo
verificar a prevalência dessas micoses em cães e gatos
domiciliados em Rio Verde – GO.
Material e Métodos
Foram revistos 4765 prontuários, selecionando-se e
analisando-se 546 registros de casos dermatológicos
em cães e gatos atendidos de janeiro de 2007 a
outubro de 2009, pelo Hospital Veterinário da FESURV
e por todas as clínicas veterinárias ativas do município
em questão, verificando-se a prevalência de doenças
de pele causadas por fungos, bem como o uso dos
serviços de diagnóstico. Animais com dois ou mais
diagnósticos tiveram duas ou mais dermatoses
concomitantes. Portanto, o número de diagnósticos foi
superior ao número de animais. Utilizou-se para a
análise dos dados, a distribuição de freqüência simples.
Resultados e Discussão
Considerando-se que a cultura fúngica dos pelos é o
único meio de identificar o dermatófito específico (5),
dos 183 casos de dermatofitoses estudados (tabela 1),
grande parte pode ter sido superestimado, pois 80,32%
(147/183) dos diagnósticos foram clínicos, e apenas 36
casos (19,67%), foram confirmados pelos exames
laboratoriais micológicos. Notou-se a realização de 61
pesquisas de fungos, sendo 37 (60,65%) exames
diretos para fungos, onde apenas 18 (48,65%) foram
positivos, 16 (26,23%) foram submetidos ao teste da
lâmpada de Wood, onde 12 (75%) deram positivos, e
somente sete (11,48%) culturas fúngicas. Acredita-se
que o excesso de diagnósticos de dermatofitose se
deva principalmente a ausência de confirmação
laboratorial, visto que a clássica manifestação física
dessa dermatopatia (tinhas) seja considerada por
muitos clínicos como "altamente sugestivas" da doença
(6). Assim, conforme alguns autores (2;5), quando se
confia apenas nos sinais clínicos, a dermatofitose é
grandemente superdiagnosticada, como possivelmente
aconteceu com o trabalho em questão, contrariando
diversos estudos que apontam a baixa prevalência das
dermatopatias
fúngicas,
principalmente
da
dermatofitose, que correspondeu a 1,2% (6).
Tabela 1. Distribuição de freqüência dos diagnósticos
dermatológicos (n total = 600 diagnósticos).
Variável
n / Freq. Simples (%)
Piodermite
199 / 33,17
Dermatofitose
183 / 30,50
Sarna demodécica
49 / 8,17
Sarna sarcóptica
23 / 3,83
Atopia
23 / 3,83
Dermatite alérgica a picada de
21 / 3,50
ectoparasitas
Seborréia
12 / 2,00
Malassezíase
04 / 0,67
Dermatopatia Endócrina
03 / 0,50
Hipersensibilidade Alimentar
02 / 0,33
Alopecia anágena
02 / 0,33
Neoplasias cutâneas
02 / 0,33
Não conclusivo
77 / 12,83
Os dados estão descritos como números (n) e porcentagens.
Conclusões
Conclui-se que há necessidade de pesquisas mais
aprofundadas sobre o assunto, onde os diagnósticos
de dermatopatias causadas por fungos, especialmente
de
dermatofitoses,
sejam
confirmados
laboratorialmente através de exames micológicos, para
se ter maior confiabilidade em termos de ocorrência
dessas enfermidades na cidade de Rio Verde - GO,
devido à grande importância pelo seu potencial
zoonótico.
Bibliografia
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Birchard, SJ et al. Saunders Manual of Small
Animal Practice. 3ed, SP: Roca. 2048p, 2008.
Gross, TL et al. Clinical and histopathologic
diagnosis. 2 ed. Blackwell, Oxford. 932p, 2005.
Machado, MLS et al. Acta Scientiae Veterinariae,
v.3, n. 32, p.225-232, 2004.
Medleau, L et al. Dermatologia de Pequenos
Animais – Atlas Colorido e Guia Terapêutico. SP:
Roca. 353p. 2003.
Scott, DW et al. Muller and Kirk's Small Animal
Dermatology. 6 ed. Saunders, Philadelphia.
1528p, 2001.
Souza, TM et al. Pesquisa Veterinária Brasileira,
v.29, n.2, p. 157-162, 2009.
18
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
RELAÇÃO ENTRE O GÊNERO DO PROPRIETÁRIO E O PESO E A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS
DE CÃES
1
1
1
1
1*
1
RWC AMARAL , BCL NASCIMENTO , LF LEÃO , D SILVA , MC OLIVEIRA , ACR SILVA
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
A obesidade é a desordem mais comum na medicina
de pequenos animais e afeta, aproximadamente, 25 a
44% dos cães (1). Considera-se que, para animais de
estimação, um aumento no peso acima de 20%, além
do peso ideal, é classificado como obesidade (2). Antes
da domesticação, os cães ingeriam basicamente
proteínas e gorduras e tinham vida altamente ativa ao
caçar suas presas. Atualmente, os cães habitam o
interior de casas ou apartamentos, com pouco acesso
ao exterior e ingerem dietas ricas em carboidratos, o
que os predispõem à obesidade (3). Esta pesquisa foi
realizada com o objetivo de determinar a relação entre
o gênero do proprietário e o peso e a prática de
atividade física de cães.
Material e Métodos
Foram entrevistados 35 proprietários de cães por meio
de questionários divididos em três blocos distintos. O
primeiro bloco se referia a questões relativas ao
proprietário (entre elas o gênero), o segundo bloco se
referia aos hábitos de alimentação do animal e o
terceiro bloco se referia a questões relativas ao próprio
animal (peso e nível de atividade física, entre outros).
As entrevistas e pesagens dos animais foram
realizadas durante consultas no Hospital Veterinário
nos meses de julho a setembro. Para a análise dos
dados, utilizou-se a técnica de análise de distribuição
de freqüência cruzada entre o gênero do proprietário e
o peso e a prática de atividade física pelo cão.
Resultados e Discussão
Os resultados de distribuição de freqüência, dentro do
gênero do proprietário, dos pesos e nível de atividade
física dos cães encontram-se na Tabela 1. Pode-se
observar a predominância do sexo feminino na amostra
(71,43%). Dentre o sexo feminino, 48% possuíam cães
com peso entre 5 e 10 kg e entre proprietários do sexo
masculino, 30% tinham cães com peso entre 25 e 30
kg, evidenciando, assim, a preferência por cães
maiores pelo sexo masculino. Além disso, 80% dos
proprietários praticavam atividades físicas junto com o
animal contra 56% das proprietárias de cães. A prática
de atividades físicas é benéfica tanto para o animal
quanto para o proprietário. No caso dos animais, é útil
na perda e/ou manutenção do peso corporal.
Tabela 1. Distribuição de freqüência cruzada, dentro do
gênero do proprietário, dos pesos e prática de atividade
física dos cães
< 5 kg
5 a 10 kg
10 a 15 kg
15 a 20 kg
20 a 25 kg
25 a 30 kg
30 a 35 kg
35 a 40 kg
Sim
Não
Total
Gênero (%)
Masculino
Feminino
Peso do cão
10,00
24,00
20,00
48,00
0,00
16,00
10,00
0,00
0,00
4,00
30,00
4,00
10,00
4,00
20,00
0,00
Prática de atividades junto com o cão
80,00
56,00
20,00
44,00
28,57
71,43
Conclusões
Os proprietários dos cães eram predominantemente do
sexo feminino, cuja maioria possuía cães com peso
entre 5 e 10 kg, enquanto que a maioria dos
proprietários do sexo masculino possuía cães com 20 a
30 kg. Dentre os que praticavam atividade física junto
com o animal, a maioria era do sexo masculino.
Bibliografia
1.Jeusette, IC et al. American Journal of Veterinary
Research, v. 66, n, 1, p. 81-86, 2005.
2.Saad, FMOB. IV Simpósio sobre Nutrição de Animais
de Estimação. São Paulo: CBNA, p. 1-48, 2004.
3.Veiga, APM. Suscetibilidade a diabetes mellitus
em cães obesos. Tese, UFRS, Porto Alegre, 2007.
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina
Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
RELATO DE CASO: LUXAÇÃO COXOFEMURAL
1
1
2
TAF GARCIA , LA GHELLER , AE STELLA
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Docente da Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Autor para correspondência: [email protected]
1
Introdução
A ortopedia veterinária evoluiu muito com o surgimento
de novas técnicas cirúrgicas que visam associar a
preservação da anatomia e a fisiologia das estruturas
envolvidas, junto com o retorno à função da mesma (4).
A Luxação Coxofemural (LCF) é o deslocamento
traumático da cabeça femoral a partir do acetábulo (1).
É causada principalmente após traumatismo externo na
pelve, sendo comum em cães. Os acidentes
automobilísticos são os maiores responsáveis dessas
luxações, sendo a maior parte delas craniodorsal,
devendo-se este fato provavelmente à natureza do
trauma e aos músculos glúteos, que geram intensa
extensão e abdução da articulação (3).
Relato do Caso
No dia 19/09/09, Lilica, uma cadela da raça Poodle,
branca, com 1,5 anos de idade, deu entrada na Clínica
São Lázaro, mancando do membro posterior direito. A
cadela havia sido atropelada a três dias, e desde então
estava mancando. No exame cínico observou-se alta
sensibilidade próxima a articulação coxofemoral no
membro posterior direito. Para minimizar a dor do
®)
animal foi utilizado Sulfato de Morfina (Dolo Moff
0,2ml) associado com Cloridrato de Tramadol
(Tramal®50 injetável-0,5ml) ambos aplicados por via
IM. Fez-se exame complementar de RX e constatou-se
LCF no membro posterior direito (Fig. 1), Indicou-se
tratamento cirúrgico utilizando a técnica de
colocefalectomia (amputação da cabeça do fêmur) para
correção da luxação. No pré-operatório, o animal foi
submetido a 10 hs de jejum alimentar e 2 hs de jejum
hídrico. Foi administrado Antibiótico (Pentacilin-C® 1ml) e antiinflamatório Flunixina (Flunixin ® - 0,5ml),
ambos por via IM, e novamente foi utilizado Sulfato de
®
Morfina (Dolo Moff - 0,2ml) associado com Cloridrato
®
de Tramadol (Cloridrato de Tramadol - 0,5ml) por via
IM. Após leve sedação com Acepromazina (Acepran
gotas®) por via oral (5 gotas) fez-se a tricotomia para
assepsia. Na sala de cirurgia, usou-se 2ml do
®
anestésico Cloridrato de Xilazina (Xilalin 2% ), 2 ml de
®
Ketamina (Vetanarcol ) e 8ml de soro fisiológico juntos
em seringa, os quais foiram aplicados inicialmente 3ml
IV. O animal foi colocado em decúbito lateral direito e
fixados 4 panos de campo com pinças Backaus. Em
torno do campo cirúrgico foi realizada desinfecção com
álcool-iodado. Uma incisão horizontal de 4cm foi feita
próximo a cabeça do fêmur, localizada através de
movimentação da pata do animal e amputação do
resto do osso (Fig. 2, 3 e 4) usando lâmina cegueta.
Após 20 min. foi necessário o uso de 0,5ml de
Cloridrato de Tiletamina e Cloridrato de Zolazepan
®
(Zoletil 50) por via IV para melhorar a sedação.
Colocou-se o fêmur o mais próximo possível da fossa
o
do acetábulo e, utilizando um fio de nylon n 3, fez-se
invaginação dos músculos glúteos ao redor do osso de
modo que ele não se movimentasse para formar tecido
cicatricial como falsa articulação entre a fossa do
acetábulo e a tuberosidade do fêmur.
FIGURA- 1
FIGURA- 2 FIGURA- 3 FIGURA -4
o
A dierese do corte foi feita com fio de nylon n 2 em
três camadas com pontos simples. Realizou-se
imobilização na pata direita com faixa e fita adesiva. O
tratamento inicial com antibiótico e antiinflamatório foi
mantido por 10 ds além de curativo local com
®
Rifamicina (Rifotrat ) e imobilização. Em 30/09, os
pontos de pele foram retirados e o tratamento
suspenso. Indicou-se caminhada e corrida para
estimular o apoio da pata no chão. Dez dias depois, o
animal já estava apoiando a pata ao andar.
Discussão
Suspeita-se de LCF quando o animal apresenta
claudicação sem sustentação do peso do membro
pélvico, diminuição de movimentos, passo irregular e
dor na manipulação dos membros posteriores e para
confirmação do diagnóstico de LCF, necessita-se do
exame radiográfico (1). Como neste caso, 4 recomenda
a colocefalectomia. Para 2, cirurgias ortopédicas são
consideradas muito dolorosas, portanto deve-se iniciar
o tratamento com analgésicos antes dos estímulos
dolorosos. A duração do exercício deve ser aumentada
gradualmente de acordo com a tolerância do paciente.
Conclusões
A LCF foi tratada rapidamente para evitar danos
contínuos nos tecidos moles circundantes à articulação
e
degeneração
da
cartilagem
articular.
A
colocefalectomia se mostrou uma técnica eficiente, pois
proporcionou o alívio da dor, e a adaptação do animal a
falsa articulação foi excelente.
Bibliografia
1. Almeida, ACS. Luxação Coxofemoral em Cães.
Bol. Cient. Área Biológicas da FAI, a. 1, n. 2, 2008.
2. Fossum,TW et al. Cirurgia de pequenos animais.
2º ed, SP: Roca,1408p., 2005.
3. Martini, FM et al. Veterinary Surgery, v. 30, n. 5, p.
468-475, 2001.
4. Rijo, RC. Técnica de estabilização extra-articular
com sutura inabsorvível em um cão com luxação
coxofemoral
traumática: relato
de
caso.
Especialização, UCB, Rio de Janeiro, 2008.
20
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
URETER ECTÓPICO EM FÊMEA CANINA: RELATO DE CASO
RP BARROS¹, ACR SILVA¹*
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
O ureter ectópico é um defeito que ocorre durante o
desenvolvimento fetal, definido como o ureter que não
deságua no trígono vesical (2). Em decorrência disso,
os orifícios ureterais ficam localizados em pontos
distais ao trígono, que podem ser o colo da bexiga, a
uretra média, a uretra distal, a vagina ou útero (4).
Cães com ureter ectópico usualmente apresentam
incontinência urinária e essa anomalia é predominante
em fêmeas (5). Esse trabalho visa relatar um caso de
ureter ectópico em uma cadela, no qual se obteve
sucesso com a correção cirúrgica adequada para o
caso.
Relato do Caso
Uma cadela da raça dachshund, de 4 anos de idade,
pesando 7,45 kg, foi atendida no Hospital Veterinário
da Universidade de Rio Verde – FESURV, com
histórico de incontinência urinária desde o primeiro mês
de vida, com gotejamento de urina contínuo, inclusive
durante o sono, mas sem perder a capacidade de
micção voluntária. O proprietário relata que no início
era intermitente, tornando-se contínuo nos últimos
meses. Ausência de poliúria, polidipsia e disúria.
Apresenta cio normalmente (não castrada), nunca
cruzou, nunca usou anticoncepcional, nem teve
doenças urogenitais, porém nos últimos dias relata
odor fétido na urina. Ao exame clínico pôde-se
constatar a incontinência, dermatite secundária a
assadura por urina, pele dos membros pélvicos
encharcada e odor amoniacal. A cadela apresentava
dor à palpação renal e vesical, indicando bexiga
pequena e espessada. Ao exame neurológico, a
inervação do sistema urogenital apresentava-se
normal. Procedeu-se o plano de diagnóstico diferencial
para os distúrbios de micção e continência urinária, já
de pronto descartando-se os distúrbios neurogênicos e
focando-se nos não neurogênicos, tais como:
incompetência uretral, hiper-reflexia do detrusor, atonia
do detrusor por distensão excessiva, incontinência
urinária paradoxal, ureter ectópico, bexiga pélvica e
displasia uretral (1). Solicitou-se, com fins de
diagnóstico, hemograma completo, glicemia, urinálise e
cultura e antibiograma da urina.
Resultados e Discussão
Os resultados dos exames apontaram grave infecção
do trato urinário inferior, com cultura positiva por
Staphylococcus spp multirresistente. O animal foi
tratado durante 20 dias com Cefalexina (sensível), 30
mg/kg, duas vezes ao dia. Ao retornar, um mês após,
continuava com a infecção e a incontinência urinária,
porém sem dor abdominal, sugerindo infecção do trato
urinário inferior em conseqüência à incontinência (3).
Fez-se vaginoscopia e urografia contrastada, indicando
ectopia ureteral, estando de acordo com a literatura,
que cita que a radiografia contrastada frequentemente
confirma o diagnóstico (1). Estando a cadela já com
comprometimento renal, constatando-se no exame
ultrassonográfico,
hidronefrose
e
megaureter
esquerdos e no perfil bioquímico, azotemia, como
complicações presentes. Tornou-se emergente a
nefrectomia e a ureterectomia unilateral. Sendo o lado
afetado o esquerdo, fez-se indispensável a
ovariohisterectomia (4). Após a cirurgia a cadela teve
uma melhora notável, não se verificando mais a
incontinência urinária. Cerca de um mês após a
cirurgia,
apresentou-se
com
grave
problema
respiratório,
evoluindo
rapidamente
para
traqueobronquite, com início de edema pulmonar, foi
tratada e recuperou-se. Depois de três meses da
cirurgia a cadela está bem, no entanto vem
apresentando leve incontinência urinária, como já era
esperada, em concordância com as pesquisas já
realizadas, onde o tratamento de escolha para o ureter
ectópico é a correção cirúrgica, sendo que a mesma
propicia cura em cerca de 50% dos casos e,
infelizmente, em metade desses, a incontinência
persiste (1). Já que a paciente do presente relato
mantém apenas um rim, optou – se por monitorar
criteriosa e periodicamente a mesma, por meio de
exames físicos e laboratoriais, com a finalidade de
observar a adequada funcionalidade do rim que lhe
restou.
Conclusões
Conclui-se que a intervenção cirúrgica em casos
diagnosticados de ureter ectópico consiste na melhor
forma de tratamento, podendo desta maneira melhorar
a perspectiva e a qualidade de vida do animal.
Bibliografia
1.Birchard, SJ et al. Saunders Manual of Small
Animal Practice. 3ed, SP: Roca. 2048p, 2008.
2.Carlton, WW et al. Patologia Veterinária Especial
de Thomson. 2 ed., Porto Alegre: ArtMed, 1998.
3.Gieg, J et al. In: Birchard, SJ et al. Saunders Manual
of Small Animal Practice. 3ed, SP: Roca. 2048p,
2008.
4.McLaughlin, M A et al. in: Slatter, D. Manual de
Cirurgia de Pequenos Animais. 3ed. SP: Editora
Manole Ltda., p.1286, 2007.
5.Sutherland-Smith, J et al. Veterinary Specialist
Group, UNITEC, Auckland, New Zealand. Disponível
em:http://www.scopus.com/record/display.url?view=b
asic&eid=2-s2. Acesso em: 19/10/2009.
21
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
PRODUÇÃO ANIMAL
22
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
BEZERRA DA RAÇA NELORE COM HERNIA INGUINAL SUBMETIDA À CIRURGIA – RELATO DE
CASO
1
1
2
AM LIMA , MC OLIVEIRA , EDR NOGUEIRA
1
2
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
Professor da Faculdade de Medicina Veterinaria – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
A hérnia inguinal se refere à passagem de parte do
conteúdo abdominal através do canal inguinal. As
hérnias inguinais podem ocorrer em ambos os sexos,
mas sua incidência é muito maior nos machos que nas
fêmeas (1). Esta afecção é mais comumente citada na
espécie eqüina.O saco herniario é formado
internamente pelo peritônio e externamente pela pele
abdominal que passam pela abertura persistente da
musculatura abdominal (3). As hérnias que estão
presentes ao nascimento são chamadas de “hérnias
congênitas” e se devem o mal fechamento da parede
abdominal.O correto diagnóstico clínico conduzirá ao
tratamento, que, na maioria das vezes, será cirúrgico,
sendo o prognostico considerado bom quando a
cirurgia for bem conduzida.Os animais acometidos por
esta enfermidade devem ser excluídos do plantel de
reprodução já que esta característica é facilmente
transmitida. Este trabalho foi realizado com o objetivo
de demonstrar o sucesso da cirurgia em animal jovem;
apesar da presença de tecido necroticos.
Relato do Caso
Bovino fêmea da raça nelore pesando 45 kg,
apresentou hérnia de caráter inguinal, localizada desde
a região vulvar até a região das glândulas mamárias; e
chegava a medir aproximadamente 25 cm de extensão.
Foi submetida a cirurgia para reparação da mesma.
Indicado Jejum prévio de 12 horas. Na cirurgia foi
realizada a tranquilização do animal com Xilazina 2%
(2); na dose de 0,3ml, por via intra muscular. O animal
foi canulado na veia jugular, recebendo solução
fisiológica (cloreto de sódio 0,9%) durante a cirurgia. O
animal foi posicionado em decúbito dorsal. Procedeuse tricotomia e anti-sepsia em toda a extensão
herniária. Anestesia local infiltrativa subcultânea,
realizada com lidocaina 2% com vaso constritor.
Incisão longitudinal na pele, com bisturi, na linha medial
dos tetos, com extensão aproximada de 20 cm.
Divulssão com tesoura curva (2), atentando-se às
áreas com possibilidade de estruturas aderidas.Foi
encontrada uma região de tecido friável, contendo
pequena quantidade pus; limpeza cautelosa da região
foi feito com auxílio de gaze; seguida de retirada de
tecidos necrosados. Realizou-se o reposicionamento
das estruturas na cavidade abdominal. Sutura inicial
para fechamento do anel herniário com categute
cromado 2-0 em plano de sutura Sultan interrompido.
Para redução do espaço morto; sutura com fio de
algodão 3-0 no plano de sutura simples contínuo. A
redução do excesso de pele foi efetuada com tesoura.
Na dermorrafia fio de algodão 3-0 no plano de sutura
Wolf. No final do período trans- operatorio ocorreu
queda de temperatura (35,9º C). Foram feitos três
repiques de corticóide nas seguintes doses: 0,5ml;
0,3ml; 0,2ml; no intuito de elevação da temperatura.
Para finalizar utilizou-se de repelente Bactrovet® na
ferida cirúrgica. Para o pós-operatório foi recomendado
o uso de Penicilina por 5 dias, Complexo Vitamínico, e
antiinflamatório não esteroidal.
Discussão
O procedimento é de alto risco já que o animal é muito
jovem e sem suporte colostral, porem se executada
com suporte adequado e pós operatório rigoroso é
possível se obter bons resultados. A presença de
pontos necroticos se deu pelo fato de a urina do animal
escorrer por sobre esta região, levando igualmente ao
desenvolvimento de coleção purulenta. Apesar da
utilização de fio de algodão em dois planos de sutura
não se observou rejeição ou inflamação na área
cirúrgica. A utilização de repiques de corticoide apesar
de ser muito utilizado na clinica de grandes e pequenos
animais ainda tem sua função neste sistema não muito
explanada sendo utilizado por muitos intuitivamente.
Conclusões
A cirurgia de hérnia inguinal em animais jovens é
efetiva tendo boa resposta ao procedimento. Para tal
sucesso são necessários cuidados intensivos, tanto
com nutrição do animal quanto com pós operatório,
cuidados com a ferida e administração correta dos
medicamentos prescritos.
Bibliografia
1. Adams, R. The genital sistem. In: Koterba, AA
Equine clinical neonatology. Philadelphia: Lea &
Febiger, 1990. sect.7, p. 490-495.
2.Cárdenas IA et al. Memorias del “curso de cirugía
en bovinos”, p. 24-25. Mexico, 2003.
3. Marques, DC. Criação de bovinos, 7ª ed., p.402403. Belo Horizonte, 2006.
23
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
CORREÇÃO DA PERSISTÊNCIA DO ÚRACO EM BOVINO: RELATO DE CASO
1*
1
1
1
JP SOUSA , K BARROS , AC BATISTA , AEFC BORGES
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
A vesícula urinária nos bovinos é mantida em sua
posição anatômica por dois ligamentos vesicais laterais
e um ligamento vesical mediano, no qual se encontra
uma estrutura remanescente do alantóide fetal
denominado úraco (2). O úraco regride à medida que
se completa o desenvolvimento do feto. Ao nascimento
ele perde a função e a urina passa a ser totalmente
excretada pela uretra (3). Na persistência, o canal do
úraco apresenta-se desobstruído após o nascimento
(3) e, em conseqüência, ocorre eliminação de urina
através do umbigo durante o armazenamento, ou
ainda, expulsão da urina através do umbigo e uretra
durante a micção (3). Devido à dificuldade de
cicatrização do umbigo, em muitos casos desenvolvese uma onfaloflebite (1). O presente trabalho foi
realizado com o objetivo de descrever um caso de
persistência uracal e sua correção.
Relato de Caso
Um bovino, fêmea, 4 meses, com 110 kg, foi atendido
em setembro de 2009 numa propriedade rural no
município de Rio Verde – GO, apresentava um
aumento de volume na região umbilical. Durante o
exame físico observou-se um aumento de volume, na
região umbilical, o qual através da palpação se
apresentava rígido. Não foram relatados sinais clínicos
de persistência uracal. As possíveis suspeitas clínicas
eram de hérnia umbilical ou a persistência de
estruturas umbilicais. Como diagnóstico e tratamento,
optou-se pela cirurgia, visto que tais afecções
necessitam de correção cirúrgica. No pré-operatório, o
animal se encontrava em jejum alimentar e hídrico de
24 e 12 horas, respectivamente. A medicação préanestésica utilizada foi xilazina 2% (Rompum®), na
dose de 1,0ml/100kg. A contenção do animal foi em
decúbito dorsal com os membros amarrados para cima
e foi colocado um material acolchoado embaixo do
animal para evitar que lhe ocorresse lesões no dorso e
proporcionar maior conforto após a cirurgia. Foi
realizada tricotomia ampla na região umbilical, e em
seguida a lavagem do local com água e detergente. O
anestésico local utilizado foi lidocaína 2% com
vasoconstritor (Anestésico L. ®) de forma infiltrativa.
Com o bisturi foi feita incisão na pele sobre a linha alba,
e posterior divulsão do subcutâneo com tesoura. A
abertura da cavidade levou à exposição de uma
estrutura firme, sendo dissecada e excisada através de
manobras delicadas. Tal estrutura foi incisada e foi
exposto líquido amarelado e viscoso com odor de urina,
identificando o úraco. A celiorrafia foi feita no plano de
sutura Sultan com fio categute, subcutâneo sutura
festonada com categute e a pele com pontos simples
interrompido, com fio de algodão. Na ferida cirúrgica foi
usado um repelente (Bactrovet®), e no animal foram
admnistrados penicilina (Agrovet ®), na dose de
1ml/30kg e maxicam 2% (Meloxican®) 0,5 mg/kg,
ambos intramuscular. Não ocorreram complicações no
pós-cirúrgico.
Discussão
O úraco persistente é conseqüência de falta de
obliteração do úraco depois do nascimento e que, a
urina continua gotejando com o conseqüente risco de
infecção umbilical (1). Porém, no presente relato, não
foi observado este gotejamento, fato que sugere a
obliteração incompleta da estrutura uracal. Não foram
evidenciados sinais sugestivos de infecção, por mais
que o úraco seja o remanescente umbilical mais
frequentemente infectado (4). Apenas sinais de
inflamação localizada foram observados, tais como a
alta viscosidade encontrada no líquido uracal, que
sugere a presença de células inflamatórias e o
espessamento de consistência rígida da parede uracal
(fibrose).
Conclusões
A drenagem de urina pela região umbilical pode não
ser um sinal clínico evidenciado na persistência uracal,
fazendo com que o aumento de volume encontrado na
região do umbigo possa ser confundir com outras
patologias umbilicais se não houver diagnóstico. A
remoção cirúrgica do úraco mostrou-se eficiente.
Bibliografia
1.Blood, DC; Henderson, JA. Doença do sistema
urinário. 4.ed. RJ: Guanabara Koogan, 1978. p.161176.
2.Figueiredo, LJC. Onfalopatias de bezerros. Salvador,
EDUFBA. 91p. 1999.
3.Lulich, JP et al. Afecções do trato urinário inferior dos
caninos. In: Ettinger, SJ; Feldman, EC. Tratado de
medicina veterinária: moléstias do cão e do gato.
5.ed. RJ: Guanabara Koogan, 2004. p.1841-1877.
4.Schultz, LG. Doenças do Sistema Renal. In: Medicina
Interna de Grandes Animais. 3. Ed. SP: Manole,
2006. p.824-872.
24
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
DESEMPENHO DE FRANGOS AOS 42 DIAS DE IDADE CRIADOS EM CAMAS TRATADAS COM
1
DIFERENTES CONDICIONADORES
2
2
2
3
2*
FC LOCH , BF FARIA , AL SILVA , D SILVA2, BN GONÇALVES , MC OLIVEIRA
1
2
Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – FAPEG.
3
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO. Zootecnista graduado pela
*
Universidade de Rio Verde, GO. Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
A produção avícola se dá em estruturas fechadas com
pisos cobertos por material absorvente (cama). As
condições dentro desse confinamento são manejadas
para otimizar a saúde e a produtividade das aves. A
umidade e a qualidade da cama estão associadas com
a saúde, desempenho e o bem-estar dos frangos, pode
ser fonte de problemas ambientais e de manejo em
avicultura comerciais (3). Assim, essa pesquisa foi
realizada para avaliar o desempenho de frangos, aos
42 dias de idade, criados em camas, de terceiro lote,
tratadas com diferentes condicionadores.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no período de janeiro a
agosto de 2009 no IF Goiano. Foram utilizados 640
pintos de um dia de idade, machos, em cada um dos
três lotes, totalizando 1920 aves. As aves foram
alojadas em galpão com 32 boxes de 2,85m2 cada. O
feno de capim elefante foi utilizado como cama em
2
todos os tratamentos na quantidade de 11 kg/m . Os
condicionadores eram adicionados à cama sempre no
dia anterior à chegada das aves. Os tratamentos
constaram de cama não-tratada, cama submetida a
compostagem dentro do galpão, no período entre lotes,
e camas tratadas com sulfato de alumínio (100g/kg),
2
gesso agrícola (40%), cal virgem (0,5kg/m ), zeolita
(5%), carvão vegetal (10%) e calcário dolomítico
(1,5kg/m2), que foram totalmente misturados à cama. O
gesso agrícola, a zeolita e o carvão vegetal foram
misturados somente antes da criação do primeiro lote.
O período entre lotes foi de 15 dias e, nesse período,
as camas foram revolvidas, exceto as camas
submetidas à compostagem. O delineamento utilizado
foi inteiramente casualizado com oito tratamentos e
quatro repetições. As aves e rações foram pesadas aos
42 dias de criação. A análise estatística foi realizada
utilizando o sistema de análises estatísticas e genéticas
(SAEG) e as médias foram comparadas por meio do
teste Tukey a 5% de probabilidade.
Resultados e Discussão
Não houve diferença (P>0,05) entre os resultados de
desempenho (Tab. 1) em função do uso dos
condicionadores. Para que o desempenho seja afetado
negativamente, é necessário que a cama esteja em
péssimas condições, o que não ocorreu neste caso.
Resultados diferentes foram observados por autores
que utilizaram bisulfato de sódio (5), zeolita (4) e cal
hidratada (1), em que as aves criadas sobre camas
tratadas eram mais pesadas do que as do tratamento
controle.
Tabela 1. Ganho de peso (GP, kg), consumo de ração
(CR, kg), conversão alimentar (CA) e taxa de
mortalidade (M, %) de frangos de corte, aos 21 dias de
idade, criados em camas tratadas com diferentes
condicionadores durante três lotes consecutivos
1º Lote
2º Lote
3º Lote
GP CR CA GP CR CA GP CR CA
C
2,7 4,9 1,8 3,0 4,6 1,5 2,9 4,5 1,5
CLP
2,6 4,9 1,8 2,9 4,6 1,6 2,8 4,4 1,5
CSA
2,6 4,8 1,8 2,9 4,5 1,5 2,8 4,6 1,6
CGA
2,6 4,9 1,9 2,9 4,5 1,6 2,9 4,6 1,6
CCV
2,6 5,0 1,9 2,8 4,6 1,7 2,8 4,7 1,7
CCD
2,6 4,8 1,8 2,8 4,6 1,6 2,9 4,5 1,5
CZ
2,6 5,1 1,9 2,8 4,4 1,6 2,8 4,3 1,5
CCV
2,7 4,8 1,8 2,8 4,8 1,7 2,9 4,6 1,6
CV(%) 4,0 5,7 7,5 4,6 6,2 5,9 4,1 9,4 6,5
1
Tratamentos: C = cama controle; CLP = cama + lona plástica;
CSA = cama + sulfato de alumínio; CGA = cama + gesso
agrícola; CCV = cama + cal virgem; CCD = cama + calcário
dolomítico: CZ = cama + zeolita; CCV = cama + carvão
vegetal.
CV = coeficiente de variação.
Resultados semelhantes foram obtidos por 2, que
avaliaram a adição de gesso agrícola, cal hidratada e
sulfato de alumínio à cama de frango e não verificaram
diferenças nos resultados de desempenho.
Conclusões
O uso dos condicionadores na cama de frango não
trouxe benefícios ao desempenho das aves.
Agradecimentos
À Perdigão Agroindustrial S/A pela doação das aves e
das rações.
Bibliografia
1.Bennett, DS et al. Journal of Applied Poultry
Research, v. 14, n. 4, p. 721-727, 2005.
2. Ferreira, HA et al. Arquivo Brasileiro de Medicina
Veterinária e Zootecnia, v. 56, n. 4, p. 542-546, 2004.
3.Islam, MA et al. Asian-Australasian Journal of Animal
Science, v. 16, n. 4, p. 555-557, 2003.
4.Karamanlis, X et al. Asian-Australasian Journal of
Animal Science, v. 21, n. 11, p. 1642-1650, 2008.
5.McWard, GW; Taylor, DR Journal of Applied Poultry
Research, v. 9, n. 4, p. 518-529, 2000.
25
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
DESEMPENHO DE TRÊS GRUPOS DE CORDEIROS CONFINADOS COM DIETAS CONTENDO
DIFERENTES RELAÇÕES VOLUMOSO:CONCENTRADO
1
2
2
1
1
RD BARROS , FC LOCH , EP SILVA , AC SILVA , JFM MOREIRA , MS CARRIJO
1*
1
Faculdade de Zootecnia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
2
Introdução
Com o crescimento da população mundial, existe a
necessidade de aumentar a eficiência dos sistemas de
produção de alimentos. Neste sentido, (1) citou que
ovinos desempenham um papel produtivo importante,
transformando plantas forrageiras em proteína
alimentar de elevado valor biológico, contribuindo para
combater a fome. O confinamento de cordeiros
desmamados, com uso de altos níveis de concentrado,
é uma prática que vem sendo cada vez mais utilizada,
objetivando-se a redução da idade de abate e a
obtenção de carcaças que qualidade. De acordo com
(3), permite rações com maior concentração de
nutrientes, o que pode ser interessante quando se
dispõe de animais com alto potencial para ganho.
Neste sentido, o presente trabalho foi realizado com o
objetivo de avaliar o efeito do uso de diferentes
relações volumoso:concentrado sobre o desempenho
de cordeiros terminados em confinamento.
do SISVAR, efetuando-se a comparação das médias
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (2).
Material e Métodos
Foram utilizados 24 cordeiros da raça Santa Inês
desmamados precocemente, aos 40 dias de idade,
distribuídos em um delineamento inteiramente
casualizado com um arranjo fatorial 3x2, com 4
repetições, correspondentes a três categorias, machos
não-castrados, machos castrados e fêmeas e, dois
tratamentos, compostos por diferentes relações
volumoso:concentrado, sendo: 20:80 e 40:60, em base
na matéria seca (MS). O período experimental teve
duração de 60 dias, sendo que os animais terão 10
dias para adaptação às dietas e 50 para o período de
avaliação. A água foi fornecida à vontade e as dietas
isoprotéicas experimentais na proporção de 4% PV
(Tabela 1).
Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha e maiúscula na coluna, para o mesmo
componente, não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05).
Tabela 1. Proporção dos ingredientes e composição
das dietas experimentais.
Relação volumoso:concentrado
20:80
40:60
Proporção dos ingredientes (% MS)
Feno de Tifton-85
20,00
40,00
Milho moído
57,60
40,20
Farelo de soja
21,33
19,00
Óleo
soja
0,155
0,115
degomado
C. Calcíitco
0,785
0,588
F. bicálcico
0,130
0,097
Composição (% MS)
MS
89,6
89,2
PB
17,4
17,4
NDT
73,2
68,7
Avaliaram-se ganho médio diário de Peso Vivo (GMD)
e peso final. A análise estatística foi realizada por meio
Resultados e Discussão
Tabela 2. Valores médios para peso vivo inicial (PVI),
peso vivo final (PVF) e ganho de peso diário total
(GMDT), de machos inteiros, castrados e fêmeas, em
duas relações volumoso:concentrado.
Relação
v:c
Grupo
M. Castrados
Fêmeas
PVI (Kg)
20:80
11,80aA
8,45bA
8,80bB
40:60
8,25bB
8,75bA
12,95aA
PVF (Kg)
20:80
21,60aA
15,45bcA
17,25bA
40:60
12,85bcB
14,50bA
17,60aA
GMDT (Kg)
20:80
0,196aA
0,140bcA
0,169bA
40:60
0,092abB
0,115aAB
0,093abB
CV % --------------------------------------- 8,12 ---------------------------M. Inteiros
Verifica-se com o aumento da proporção de volumoso
que houve uma redução no GMDT nos três grupos
estudados. Este aspecto pode ser explicado pela
redução da concentração energética da dieta com
menor proporção de concentrado (tabela 1). Os
resultados obtidos no presente estudo estão de acordo
com (1), os quais observaram um melhor desempenho
dos animais não-castrados em relação aos castrados.
Este aspecto pode ser explicado pela maior produção
de testosterona que acentua o ganho de peso em
cordeiros.
As
fêmeas
também
apresentaram
desempenho inferior aos machos não-castrados para a
dieta com maior quantidade de concentrado.
Conclusões
A dieta com maior valor energético proporciona
melhores desempenhos de cordeiros.
Existe tendência de que cordeiros não-castrados
apresentem maior ganho de peso, em relação aos
castrados e, também, às fêmeas.
Bibliografia
1.Carvalho, S et al. Revista Brasileira de Agrociência, v.
11, n. 1, p. 79-84, 2005.
2. Ferreira, DF In Reunião Anual da Região Brasileira
da Sociedade internacional de Biometria, 45, São
Carlos, 2000. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000.
p.255-258.
3. Gastaldi, KA et al. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 35,
Botucatu, 1998. Anais... Botucatu: SBZ, 2000. p. 257259.
26
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
DISTRIBUIÇÃO DOS NASCIMENTOS DE CORDEIROS NO SETOR DE OVINOS DA UNIVERSIDADE DE
RIO VERDE
1
1
1
1
2
VS REZENDE , BF FARIA , IL FREITAS NETO , FC LOCH , KA BARCELOS , MS CARRIJO
1
1*
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de biologia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
produção e reprodução de ovinos deslanados no
Distrito Federal.
Introdução
Na região sul do Brasil, os rebanhos são constituídos,
em sua maioria, por raças poliéstricas estacionais,
limitando o nascimento de cordeiros ao longo do ano. O
comportamento estral é observado quando ocorre
redução da luminosidade, mais precisamente no final
do verão, outono e início do inverno; por isso as
ovelhas são também chamadas de animais de dias
curto (1). Já na região central do Brasil, raças
deslanadas como a Santa Inês apresentam cio durante
todo ano (poliéstricas não estacionais), possibilitando
três parições em dois anos, aumentando, assim, o
número de cordeiros nascidos ao ano. Contudo, seus
cordeiros apresentam menor velocidade de ganho de
peso e carcaças de pior conformação, quando
comparados às raças de corte especializadas (2). O
objetivo deste trabalho é avaliar o período anual em
que há maior freqüência de nascimento de cordeiros,
com a permanência do reprodutor junto com a matriz
durante todo o ano.
Material e Métodos
Utilizou-se os dados de escrituração zootécnica de um
rebanho ovino da raça Santa Inês, pertencente ao
Setor de Ovinocultura da Universidade de Rio Verde,
composto de 48 matrizes e dois reprodutores, mantidos
em pasto de brachiaria, recebendo também, mistura
mineral à vontade. Diariamente, era feita a limpeza das
instalações. No manejo sanitário, foram adotados o
controle e a profilaxia dos endo e ectoparasitos. Os
recém-nascidos receberam cuidados especiais tais
como: assistência ao nascimento, mamada do colostro
e desinfecção do umbigo. Durante o período de coleta
de dados do trabalho (2002 a 2009) o rebanho foi
submetido ao manejo reprodutivo para obtenção de
três partos em dois anos, sem estação de monta, onde
ocorreram nascimentos praticamente em todos os
meses do ano. Após o nascimento, as crias eram
pesadas e identificadas e as informações registradas
em fichas individuais. Os de nascimentos dos cordeiros
foram avaliados, levando-se em consideração o ano e
a época do nascimento no sistema de manejo utilizado,
usando-se como método de análise a distribuição de
freqüências, para os parâmetros.
Resultados e Discussão
No Gráfico 1, encontram-se os dados de nascimento de
cordeiros distribuídos de acordo com o mês. Os índices
de nascimento registrados nesta pesquisa foram
condizentes com os citados por (3), avaliando os
efeitos genéticos e fenotípicos sobre características de
Gráfico 1. Distribuição de frequência mensal do
nascimento de cordeiros da raça Santa Inês.
Observa-se nascimentos em todos os meses do ano,
demonstrando que a raça tem comportamento
poliestral nas condições de Goiás. Sendo a monta do
rebanho livre, verificou-se que 52% dos nascimentos
ocorreram de abril a agosto, estes dados corroboram
com (3), mostrando de certa forma a influência
nutricional exercida durante o período chuvoso devido
à riqueza e variedade em suas pastagens.
Conclusões
Práticas de manejo alimentar devem ser utilizadas para
reduzir os efeitos dos fatores ambientais, como mês e
ano de nascimento, tipo de parto e peso da matriz ao
parto, na distribuição dos nascimentos de cordeiros.
Bibliografia
1. Nugent III, RA et al. Journal of Animal Science, v.66,
p.1622-1626, 1988.
2. Mexia, AA et al. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.33, n.3, p.658-667, 2004.
3. Quesada, M et al. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.31, n.1, p.342-349, 2002.
27
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
ESTUDO DA MASTITE SUBCLÍNICA EM UMA PROPRIEDADE LEITEIRA: DIAGNÓSTICO, CULTURA E
ANTIBIOGRAMA
1
1
1
1
2
VP BERNARDES , FC GIACOMINI , MN BORGES , AE STELLA
Acadêmico(a) da Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Docente da Faculdade de Medicina Veterinária– Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
Material e Métodos
Foram coletadas amostras de 40 animais com mastite
subclínica evidenciada por altas contagens de células
somáticas (CCS). A coleta foi realizada imediatamente
antes da ordenha, após cuidadosa anti-sepsia dos tetos
com álcool 70. Os jatos de leite foram coletados,
diretamente em frascos de vidro estéreis com tampa e
colocados em caixas de isopor com gelo, e
encaminhados, imediatamente, ao laboratório para
processamento das amostras. O isolamento e a
identificação dos espécimes foram realizados de
acordo com 1. Para o antibiograma, foi utilizado o
método de difusão com discos impregnados com os
antibióticos comumente usados para o tratamento da
mastite bovina. Os isolados foram testadas
segundo recomendações do 3 para antibiograma.
Resultados e Discussão
As
espécimes
bacterianas
isoladas
foram
Streptococcus sp. em 9 amostras e Staphylococcus
sp. em 39 amostras.
Dentre os isolados de
Staphylococcus sp. , verificou-se a presença de 12
espécies de Staphylococcus epidermidis, e 17
espécies de Staphylococcus aureus (Fig. 1). Os
resultados obtidos demonstraram que o gênero com
maior freqüência de isolamento nos casos de mastite
subclínica foi Staphylococcus sp. . Quanto ao quesito
sensibilidade o melhor antibiótico testado foi
Gentamicina, e os que apresentaram maior resistência
foram Penicilina e a Ampicilina.
80
70
60
50
40
30
20
10
IC
IN
A
M
TI
NA
LO
FA
NE
O
IN
A
IC
L
CE
AC
TR
TE
LO
RF
NO
EN
T
AM
XO
IC
CI
NA
IN
A
A
LI
N
NI
CI
G
PE
CI
NA
BA
CI
TR
A
LI
N
IM
PI
CI
TR
O
AS
AM
IC
IN
A
SU
F
M
O
IT
R
A
0
ER
A mastite, também conhecida como mamite
normalmente ocorre em resposta ao uma infecção
intramamária, principalmente bacteriana. A mastite
bovina é a resposta inflamatória do úbere a agentes
nocivos que podem ser tanto infecciosos quanto não
infecciosos. Na mastite subclínica não há alterações
visíveis na glândula mamária, mas ocorrem perdas
significativas na produção e qualidade do leite, que fica
com menos proteína, gordura, lactose e há aumento
dos teores de sódio e cloretos, que são prejudiciais (4;
2). O objetivo deste trabalho foi determinar a
frequência de mastite subclínica em uma propriedade
leiteira no município de Rio Verde – GO, bem como
identificar os principais agentes etiológicos envolvidos
nos casos e testar a suscetibilidade dos agentes
isolados frente a antimicrobianos disponíveis no
mercado.
ANTIMICROBIANOS
Figura 1. Perfil de resistência dos isolados frente aos
antimicrobianos (percentagem de resistência).
Com os resultados de cultura e antibiograma das
amostras de leite com mastite subclínica, será possível
recomendar princípios ativos de antibióticos mais
eficazes para os casos detectados, assim como
determinar qual o grau de resistência antimicrobiana
que as bactérias isoladas apresentam frente aos
antibióticos disponíveis no mercado.
Conclusões
As espécies bacterianas mais isoladas foram
Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus
aureus. O antibiótico Gentamicina apresentou-se mais
eficaz, sendo o antibiótico de escolha para o tratamento
de mastite subclínica para estes casos.
Bibliografia
1. Koneman, EW et al. Diagnóstico Microbiológico.
Texto e Atlas Colorido. 5 ed. Rio de Janeiro, MEDSI,
2001, 1465 p.
2. Langeneger, J et al. Pesquisa Veterinária Brasileira,
v.1, n.2, p. 47-52. 1981.
3. National Committee for Clinical Laboratory
Standards M2-A7. Journal of Clinical Microbiology,
v. 38, n. 9, p. 3341-3348, 2000.
4. Watts, JL. Veterinary Microbiology, v. 16, n. 1, p. 4166, 1988.
28
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro
novembro de 2009
MORTALIDADE DE CORDEIROS NO SETOR DE OVINOS DA UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
1
1
1
1
2
IL FREITAS NETO , VS REZENDE , BF FARIA , FC LOCH , KA BARCELOS , MS CARRIJO
1
1*
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de biologia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
O Brasil possui um grande potencial para exploração
de pequenos ruminantes devidos as condições
favoráveis para produção de carne e seus derivados.
Todos esses produtos podem ser disponibilizados de
forma a suprir demandas internas e gerar excedente
exportáveis. Porém, a ausência ou o uso inadequado
de tecnologias diminui sensivelmente os níveis de
produtividade dos sistemas de produção, em função do
baixo desenvolvimento ponderal, da baixa eficiência
reprodutiva e das altas taxas de mortalidade das crias
(1). Este trabalho teve como objetivo avaliar a taxa de
mortalidade de cordeiros da raça Santa Inês no setor
de ovinocultura da Universidade de Rio Verde.
Material e Métodos
Utilizou-se os dados de escrituração zootécnica de um
rebanho ovino da raça Santa Inês, pertencente ao
Setor de Ovinocultura da Universidade de Rio Verde,
composto de 48 matrizes e dois reprodutores, mantidos
em pasto de brachiaria, recebendo também, mistura
mineral à vontade. Diariamente, era feita a limpeza das
instalações. No manejo sanitário, foram adotados o
controle e a profilaxia dos endo e ectoparasitos. Os
recém-nascidos receberam cuidados especiais tais
como: assistência ao nascimento, mamada do colostro
e desinfecção do umbigo. O desmame ocorreu aos 60
dias de idade. Durante o período de coleta de dados do
trabalho (2007 a 2009) o rebanho foi submetido ao
manejo reprodutivo para obtenção de três partos em
dois anos, sem estação de monta, onde ocorreram
nascimentos praticamente em todos os meses do ano.
A mortalidade foi avaliada do nascimento ao desmame,
levando-se em consideração o tipo do parto, ano e
época de nascimento no sistema de manejo utilizado,
usando-se como método de análise a distribuição de
freqüências, para os parâmetros.
Resultados e Discussão
Existem poucas referências sobre as taxas de
mortalidade em ovinos, com exceção de um trabalho
que menciona mortalidade anterior a desmama de
28,79%±16,02 com um mínimo de 15,18% e um
máximo de 46,45%, no semi-árido nordestino (2).
A taxa geral de mortalidade de cordeiros obtida no
rebanho foi de 40,4%. Na tabela 1, encontram-se os
índices de mortalidade estratificados por tipo de parto
(simples e duplo) e ano de produção.
Os índices de mortalidade registrados nesta pesquisa
foram condizentes com os dados citados por (2), e
maiores aos registrados por (1), em cordeiros Santa Inês,
criados em dois tipos de sistemas reprodutivos, na região
Nordeste.
Tabela 1. Mortalidade de cordeiros da raça Santa Inês,
do setor de ovinocultura da Universidade de Rio Verde.
Ano
01a12/07
Parto simples
N
Morte
10
25
(40,0%)
01a12/08
22
01a10/09
15
Total
62
2 (9,1%)
4
(26,7%)
16
(25,8%)
Parto duplo
N
Morte
28
42
(66,7%)
20
56
(35,7%)
24
58
(41,4%)
72
156
(46,2%)
Freq. total
Morte
38
67
(56,7%)
22
78
(28,2%)
28
73
(38,4%)
88
218
(40,4%)
N
Independente do ano avaliado (Tabela 1) ocorreu uma
maior taxa de mortalidade (46,2%) nos nascimentos
gemelares em relação aos simples (25,8%). A taxa de
mortalidade mais elevada nas crias nascidas de partos
duplos pode estar associada ao menor peso ao nascer
(1).
Gráfico 1. Distribuição de frequência mensal da
mortalidade de cordeiros da raça Santa Inês.
A maior taxa de mortalidade (Gráfico 1) ocorreu quando
a parição coincidiu com a época seca. Provavelmente,
este fato poderá ser atribuído ao menor peso das
matrizes, ao parto e das crias, ao nascer (1).
Conclusões
A taxa geral de mortalidade das crias de ovinos da raça
Santa Inês foi de 40,4%, registrando-se um maior
índice de mortalidade nos nascimentos de partos
gemelares.
As maiores taxas de mortalidade ocorreram quando a
parição coincidiu com a época seca.
Bibliografia
1.Girão, RN et al. Ciência Rural, v.28, n.4, 1998.
2. Lobo RNB. Anais... Seminário Nordestino de Pecuária,
6,
Fortaleza,
2002.
Anais...
Fortaleza:
PECNORDESTE, 2002. p. 44-60.
29
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro
novembro de 2009
PERCEPÇÕES DO BEM-ESTAR DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO PELO CONSUMIDOR DE RIO VERDE,
GO
1
2
2
1*
LM SCHALY , PAP SALVIANO , JM ABREU , MC OLIVEIRA
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
Faculdade de Ciências Econômicas - Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO
*
Autor para correspondência: [email protected]
2
Introdução
As necessidades basais de animais de fazenda foram
ajustadas pelo Conselho Europeu (2) e eles devem ter
acesso livre à quantidade adequada de alimentação e
de água fresca, devem ser mantidos em ambiente
apropriado e toda fonte de dor física ou qualquer tipo
de sofrimento devem ser evitados. Os estudos sobre
bem-estar de animais de produção são dirigidos, hoje
em dia, para a criação de métodos padronizados para
avaliar o BEA ao longo da cadeia inteira de produção
(4). Essa pesquisa foi realizada com o objetivo de
investigar a percepção do bem-estar de animais de
produção pelo consumidor de produtos de origem
animal (POA) em Rio Verde, GO.
Material e Métodos
A pesquisa foi realizada em Rio Verde, Goiás, por meio
de questionários em supermercados, feiras e bairros,
totalizando 200 consumidores, no período de agosto a
dezembro de 2008. O questionário era composto por
questões fechadas e se referia ao grau de
conhecimento sobre o modo de criação dos animais de
produção e sobre se o consumidor acredita que melhor
nível de bem-estar animal pode ter alguma influência
nos sistemas de produção animal. Para a análise de
dados, utilizou-se a técnica de análise de distribuição
de freqüência simples.
Resultados e Discussão
Em Rio Verde, GO, os consumidores de POA
conhecem parcialmente os sistemas de produção
animal (49%), 47,5% dos respondentes consideram
que o sistema de produção tradicional é o ideal para os
animais.
Como
os
consumidores
conhecem
parcialmente o modo de criação dos animais é que,
provavelmente, os sistemas de criação tradicionais
sejam considerados como ideais. Há poucas
informações a respeito das percepções do consumidor
em relação aos sistemas de criação animal e sobre
como estas percepções podem ter impacto na escolha
dos POA. 1 relataram que os consumidores com maior
interesse em BEA, estão dispostos pagar mais pelos
produtos oriundos dos sistemas de produção
projetados com atenção especial às considerações de
BEA. Os consumidores podem rejeitar os POA por
várias razões, entretanto, a ética ainda é a principal
razão para o não-consumo dos POA e, no caso dos
consumidores de Rio Verde, somente 3,7% dos
respondentes disseram ser vegetarianos e o principal
motivo declarado foram os princípios éticos (50%). A
escolha do vegetarianismo por razões éticas baseia-se
no fato de os animais possuírem um sistema nervoso
central que, tal como os humanos, permite que tenham
percepção das condições e estímulos externos
negativos, construir laços afetivos com outros animais e
desejar uma vida livre e um ambiente saudável (3).
Tabela 1. Conhecimento e considerações sobre o
modo de criação dos animais de produção e presença
de vegetarianos em residências e motivos para o nãoconsumo de POA pelos consumidores em Rio Verde,
GO
Variável
%de consumidores
entrevistados
Grau de conhecimento sobre o modo como os
animais de produção são criados
Desconhece totalmente
37,2
Conhece parcialmente
49,0
Conhece muito bem
13,8
Considerações a respeito do sistema tradicional de
criação de animais de produção
Considera ideal
47,5
Considera cruel
30,6
É indiferente ao assunto
21,9
Sim
Não
Presença de vegetarianos na residência
3,7
96,3
Motivo para não consumir
Fazem mal à saúde
Por restrição médica
Por princípios éticos
POA
33,3
16,7
50,0
Conclusões
Concluiu-se que os consumidores em Rio Verde, GO,
não conhecem totalmente o sistema de produção
animal e, assim, consideram este sistema ideal para os
animais. A presença de vegetarianos é mínima no
município e, dentre os motivos para o não-consumo de
POA, o principal foi o ético.
Bibliografia
1.Bennett, RM et al. Journal of Agricultural Ethics, v. 5,
n. 2, p. 187-202, 2002.
2.EC – Council of Europe. ETS 87, 1976.
3.Evangelista,
H.
2005.
Disponível
em
http://www.avp.org.pt/node/18 . Acesso em 11 de
setembro de 2009.
4.McGlone, JJ Livestock Production Science, v. 72, n.
1, p. 75-81, 2001.
30
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
PESO AO NASCER DE CORDEIROS MACHOS E FÊMEAS DE PARTO SIMPLES E DUPLO
1
1
1
1
2
BF FARIA , IL FREITAS NETO , VS REZENDE , FC LOCH , KA BARCELOS , MS CARRIJO
1
1*
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de biologia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Inês, estratificados por tipo de parto (simples e duplo) e
sexo dos animais.
Introdução
A ovinocultura brasileira está sendo uma alternativa
para proporcionar maior lucro as atividades rurais. Para
avaliar a eficiência deste sistema de produção de
carne, deve-se considerar, em termos econômicos, o
total de carne produzido/ano, o que depende
diretamente da eficiência reprodutiva da habilidade
materna das matrizes, bem como da taxa de
crescimento corporal dos cordeiros (1). O peso ao
nascer é determinado pelos aspectos genéticos e pelas
condições ambientais disponíveis à ovelha durante a
gestação, principalmente relacionados à nutrição (5).
As exigências nutricionais da ovelha gestando dois
cordeiros são maiores do que daquelas que estão
gestando um cordeiro, e dependem da fase em que se
encontra o desenvolvimento fetal e de lactação (3).
Este trabalho teve como objetivo avaliar o peso dos
animais comparando fêmeas e machos oriundos de
parto simples (PS) e parto duplo (PD), no setor de
ovinocultura da Universidade de Rio Verde.
Material e Métodos
Utilizou-se os dados de escrituração zootécnica de um
rebanho ovino da raça Santa Inês, pertencente ao
Setor de Ovinocultura da Universidade de Rio Verde,
composto de 48 matrizes e dois reprodutores, mantidos
em pasto de brachiaria, recebendo também, mistura
mineral à vontade. Diariamente, era feita a limpeza das
instalações. No manejo sanitário, foram adotados o
controle e a profilaxia dos endo e ectoparasitos. Os
recém-nascidos receberam cuidados especiais tais
como: assistência ao nascimento, mamada do colostro
e desinfecção do umbigo. Durante o período de coleta
de dados do trabalho (2002 a 2009) o rebanho foi
submetido ao manejo reprodutivo para obtenção de
três partos em dois anos, sem estação de monta, onde
ocorreram nascimentos praticamente em todos os
meses do ano. Após o nascimento, as crias eram
pesadas e identificadas e as informações registradas
em fichas individuais. Sendo estas analisadas
individualmente, com atenção para as anotações
registradas e a consistência dos dados. O peso dos
cordeiros ao nascimento foi avaliado, levando-se em
consideração, o sexo e o tipo do parto no sistema de
manejo utilizado, usando-se como método de análise a
distribuição de freqüências, para os parâmetros.
Resultados e Discussão
Na tabela 1, encontram-se os valores médios para os
pesos ao nascimento (PN), de cordeiros da raça Santa
Tabela 1. Valores médios estimados pela distribuição
de frequência, para os pesos ao nascimento (PN), de
cordeiros Santa Inês, do setor de ovinocultura da
Universidade de Rio Verde.
Efeito
Peso ao Nascer (Kg)
Tipo de Parto
Simples
3,44
Duplo
2,52
Sexo
Macho
3,12
Fêmea
2,96
Os resultados encontrados neste trabalho, tanto para o
sexo dos animais quanto para o tipo de parto,
apresentam-se muito próximos dos encontrados por (2)
que, constataram que o peso ao nascer de cordeiros
Santa Inês foi de 2,95 kg para machos e 2,86 kg para
fêmeas e, que os animais nascidos de partos simples
apresentaram peso corporal superior 3,10 kg em
relação aos nascidos de partos duplos 2,60 kg.
Sexo, na maioria das pesquisas com ovinos, demonstra
um comportamento distinto, agindo como uma
característica que apresenta grande influência no
crescimento dos cordeiros, principalmente pelo fato dos
machos serem mais pesados do que as fêmeas,
apresentando dimorfismo sexual (4).
Conclusões
As crias de nascimentos múltiplos são mais leves que
as de nascimentos simples.
As fêmeas apresentam menor peso ao nascer do que
os machos.
Bibliografia
1. Lôbo, RNB et al. In: Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Zootecnia, 44, 2007, Jaboticabal.
Anais... Jaboticabal: SBZ, 2007. CD-ROM.
2.Maia, MS; Dias, RP. Desempenho produtivo de
ovinos da raça Santa Inês, no Acre. Rio Branco:
EMBRAPA/CPAF, 1992. 16 p. (Boletim de Pesquisa,
5).
3.Nutrient Requeriments of Sheep (NRC). 6ª ed.
Washington. National Academy , 1985. 99p.
4.Quesada, M. et al. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.31, n.1, p.342-349, 2002.
5.Silva Sobrinho, A.G Criação de ovinos. 2. ed.
Jaboticabal: FUNEP. 2001. 302 p.
31
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
QUALIDADE DA CAMA DE FRANGO DE TERCEIRO LOTE TRATADA COM DIFERENTES
1
CONDICIONADORES
2
2
2
4
3
2*
D SILVA , FC LOCH , BF FARIA , ES ARAÚJO , CJT PRIVADO , MC OLIVEIRA
1
Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – FAPEG.
3
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO. Mestranda em Produção Vegetal 4
Universidade de Rio Verde, GO. Faculdade de Engenharia Ambiental – Universidade de Rio Verde.
*
Autor para correspondência: [email protected]
2
Introdução
A produção avícola se dá em estruturas fechadas com
pisos cobertos por material absorvente (cama). O pH, a
temperatura e a umidade da cama criam um ambiente
favorável à proliferação bacteriana (1) e à volatilização
de amônia. Assim, essa pesquisa foi realizada para
avaliar a qualidade das camas de frango tratadas com
diferentes condicionadores, ao fim do terceiro lote.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido de janeiro a agosto de
2009 no IF Goiano, com 640 pintos de um dia de idade,
machos, em cada um dos três lotes, totalizando 1920
aves. As aves foram alojadas em galpão com 32 boxes
2
de 2,85m cada. O feno de capim elefante foi utilizado
como cama em todos os tratamentos na quantidade de
2
11 kg/m . Os condicionadores eram adicionados à
cama no dia anterior à chegada das aves. Os
tratamentos consistiram de cama (C) não-tratada, (C)
submetida à lona plástica dentro do galpão, no período
entre lotes, e (C) tratadas com sulfato de alumínio
2
(100g/kg), gesso agrícola (40%), cal virgem (0,5kg/m ),
zeolita (5%), carvão vegetal (10%) e calcário dolomítico
(1,5kg/m2), que foram misturados à cama. O gesso
agrícola, a zeolita e o carvão vegetal foram misturados
somente antes do primeiro lote. O período entre lotes
foi de 15 dias e, nesse período, as camas foram
revolvidas, exceto as camas submetidas à
compostagem. O delineamento foi inteiramente
casualizado com oito tratamentos e quatro repetições.
As colheitas de cama para análise de matéria seca, pH,
amônia volatilizada e densidade foram realizadas em
seis pontos dos boxes. A análise estatística foi
realizada utilizando o programa SAEG e as médias
foram comparadas por meio do teste Tukey a 5% de
probabilidade.
Resultados e Discussão
Não houve (P>0,05) efeito dos condicionadores sobre o
teor de matéria seca, densidade (Tab. 1) e amônia
volatilizada (Tab. 2), entretanto, o sulfato de alumínio e
o gesso agrícola reduziram (P<0,01) o pH das camas
no 1º e 2º lotes, porém não no 3º lote. O sulfato de
alumínio é uma substância ácida e capaz de reduzir o
pH da cama e o gesso agrícola é capaz de absorver a
umidade da cama. Ambas as ações podem inibir a
proliferação e atividade das bactérias mantendo assim,
um pH menor comparado com as outras substâncias.
Resultados semelhantes foram obtidos por 2 e 3 ao
utilizarem substâncias acidificantes na cama de frango.
3
Tabela 1. Matéria seca (MS, %) e densidade (D, kg/m )
de camas de frango tratadas com diferentes
condicionadores durante três lotes consecutivos
1º Lote
2º Lote
3º Lote
Trat.1 MS
D
MS
D
MS
D
C
66,7
610
64,8
366
72,5
254
LP
61,9
627
63,6
332
74,1
262
SA
71,7
577
64,1
325
73,0
220
GA
73,5
574
69,0
323
74,9
232
CV
69,1
595
64,4
308
76,2
246
CD
71,9
627
72,1
321
79,5
212
CZ
71,3
612
69,7
292
76,4
221
CV
73,8
584
66,9
277
81,3
221
C(%)
8,38
7,99
5,18
2,39
9,10
4,74
1
Tratamentos: C = cama controle; LP = cama + lona plástica;
SA = cama + sulfato de alumínio; GA = cama + gesso
agrícola; CV = cama + cal virgem; CD = cama + calcário
dolomítico: CZ = cama + zeolita; CV = cama + carvão vegetal.
C= coeficiente de variação.
Tabela 2. Valor de pH e amônia volatilizada (AV,
mg/kg) de cama de frango tratadas com diferentes
condicionadores durante três lotes consecutivos
1º Lote
2º Lote
3º Lote
Trat.1 pH
AV
pH
AV
pH
AV
C
8,8bc
87
9,2a
76
9,2
87
LP
9,3a
206
9,3a
87
9,3
102
SA
8,6b
95
8,7b
64
9,1
75
GA
8,6b
154
8,7b
64
9,2
66
CV
9,4a
117
9,2a
89
9,4
54
CD
9,2ab
120
9,3a
67
9,5
92
CZ
9,3a
112
9,2a
74
9,4
114
CV
9,5a
206
9,2a
82
9,3
73
C(%)
3,48
15,47
1,78 6,72
2,49
12,3
1
Tratamentos: C = cama controle; LP = cama + lona plástica;
SA = cama + sulfato de alumínio; GA = cama + gesso
agrícola; CV = cama + cal virgem; CD = cama + calcário
dolomítico: CZ = cama + zeolita; CV = cama + carvão vegetal.
C= coeficiente de variação.
Médias seguidas por letras diferentes diferem entre si pelo
teste Tukey.
Conclusões
O sulfato de alumínio e o gesso agrícola podem ser
utilizados como condicionadores de cama de frango
reutilizada por reduzir o pH aos 42 dias de criação.
Bibliografia
1. Godoi, CR et al. Pubvet, v. 3, n. 15, art. 566, 2009.
2. McWard, GW, Taylor, DR Journal of Applied Poultry
Research, v. 9, n. 4, p. 518-529, 2000.
3. Worley, JW et al. Applied Engineering in Agriculture,
v. 16, n. 4, p. 441-444, 2000.
32
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
2009
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADO NA CIDADE
DE RIO VERDE-GO
1
1
1
2*
LF RODRIGUES , MX DA SILVA , RMF DE FREITAS , AE STELLA
1
Estudante da Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO. 2 Docente da Faculdade
de Medicina Veterinária– Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
Introdução
O leite é rico em nutrientes contendo proteínas,
carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Sua
qualidade é muito discutida atualmente no cenário
nacional de produção leiteira. Depois de secretado, o
leite pode ser contaminado por microrganismos por três
principais fontes: dentro da glândula mamária, na
superfície exterior do úbere e tetos e na superfície do
equipamento e utensílios de ordenha e tanque (2). O
conhecimento sobre o índice de contaminação
microbiana do leite pode ser usado no julgamento de
sua qualidade intrínseca, bem como das condições
sanitárias de sua produção e da saúde do rebanho.
Considerando o potencial de se multiplicarem, as
bactérias do leite podem causar alterações químicas,
tais como a degradação de gorduras, de proteínas ou
de carboidratos, podendo tornar o produto impróprio
para o consumo e industrialização (1). A pasteurização
do leite tem como objetivo principal eliminar os
microrganismos patogênicos que possam contaminar o
leite, tornando-o um produto inócuo ao consumo
humano. As bactérias mesófilas multiplicam-se
rapidamente quando o leite não é armazenado sob
refrigeração. Elas fermentam a lactose produzindo
ácido láctico e outros ácidos orgânicos, o que causa
acidez do leite. Existe um grande número de agentes
mesófilos causadores de doenças infecciosas que
podem ser transmitidas ao homem pelo leite. Os
patógenos
mais
importantes
atualmente
são
Salmonella sp., Escherichia coli patogênica, Listeria
monocytogenes,
Campylobacter
jejuni,
Yersinia
enterocolitica e Staphylococcus aureus.
Material e Métodos
Foram analisadas 20 amostras de 02 marcas de leite
tipo C, provenientes de mini e microusinas de
beneficiamento da região de Rio Verde/GO. As
amostras de leite foram coletadas no comércio
varejista, sendo transportadas em recipientes térmicos
até o laboratório. As temperaturas das amostras na
hora da colheita, transporte e recebimento no
laboratório foram sempre iguais ou inferiores a 10ºC. A
colheita, o recebimento e a análise do leite foram
realizados no mesmo dia. As análises microbiológicas
foram executadas segundo os métodos recomendados
pelo MAPA (3), foram realizadas contagem padrão em
placas para bactérias mesófilas, pesquisa de
Escherichia coli e pesquisa de Salmonella sp.
Resultados e Discussão
Os resultados das contagens estão demonstrados na
Tab.1. Pode-se observar que 19 (95%) das amostras
apresentaram contagens superior ou inferior aos limites
permitidos. Contagens altas indicam presença de
elevada carga microbiana devido a obtenção não
higiênica do leite e presença de colifomes fecais
(Escherichia
coli
)indica
contaminação
pósprocessamento. A presença de contagens muito baixas
indicam temperatura de pasteurização elevada. Em
nenhuma das amostras analisadas foi observada a
presença de Salmonella spp. Entretanto em 5 amostras
(25%) a presença de Escherichia coli evidencia a
presença de coliformes fecais.
Tabela 1. Contagem Padrão em Placas (UFC/mL) de
bactérias mesófilas.
Am.
UFC/ ml
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
7.200
5.200
205.000
3.804.000
11.800
0
1.508.000
2.200
1680
580
550
617.000
88.500
86.400
450
0
0
0
0
0
E.
coli
+
+
+
+
+
-
Parâmetro *
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Dentro dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
Fora dos Padrões de Qualidade
*UFC/mL, Mínimo (100.00), Máximo (300.00) (4). Am. = amostra.
Conclusões
Concluiu-se que a qualidade microbiológica do leite
pasteurizado Tipo C produzido no município de Rio
Verde é insatisfatória, pois um número elevado de
amostras não atendeu aos padrões estabelecidos pela
legislação.
Bibliografia
1. COUSIN, MA Journal of Food Protection, v. 45, n. 2, p. 172,
1982.
2. SANTOS, MV; FONSECA, LFL. Revista Higiene Alimentar,
v. 15, n. 82, p. 13-19, 2001.
3. BRASIL. MAPA Port. 101 de 11/08/93. Diário Oficial,
17/08/93. Seção 1, p.11937.
4. BRASIL. MAPA. Instr. Normativa 51 de 18/09/02. Diário
Oficial, 29/09/02. Seção 1, p.13.
33
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
2009
FORRAGICULTURA
34
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DE Brachiaria brizantha CV. MARANDU UTILIZANDO RESIDUAL DE
ADUBAÇÕES ORGÂNICAS E QUÍMICA
1*
1
2
2
CF MESQUITA , ML CARMO , EL CARMO , JFS MENEZES
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de Agronomia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
*
Autor para correspondência: [email protected]
-1
Tabela 1 - Quantidades de N, P2O5 e K2O (kg. ha ) em
função das adubações.
Testemunha
Química
10 t.ha-1 de CF
20 t.ha-1 de CF
150 m3.ha-1 de DLS
300 m3.ha-1 de DLS
Resultados e Discussão
A figura 1 apresenta as produções de matéria seca do
capim braquiarão em função das adubações. A
produção foi semelhante entre os tratamentos para o
corte no início do período chuvoso. Os fatores
determinantes para a similaridade de produção foram a
temperatura, luminosidade e o déficit hídrico.
Produção de MS
kgha
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Centro Tecnológico da
COMIGO em parceria com a Fesurv - Universidade de
Rio Verde durante o período de outubro de 2005 a
outubro de 2008. Os tratamentos avaliados foram T1 –
-1
sem adubação; T2 – adubação química (75 kg. ha na
-1
forma de uréia, 30 kg. ha de P2O5 na forma de super
fosfato simples e 100 kg. ha-1de K2O na forma de KCl);
3
-1
T3 – adubação com 150 m ha de dejetos de suínos;
3
-1
T4 – adubação com 300 m ha de dejetos de suínos;
-1
T5 – adubação com 10 t. ha de cama de frango e T6 –
-1
adubação com 20 t. ha de cama de frango. Essas
adubações eram aplicadas a lanço todos os anos
durante o período chuvoso. O delineamento utilizado foi
em blocos casualizados, com quatro repetições. O
2
tamanho da área experimental era de 756 m , divididos
em quatro blocos de 5 m x 37,8 m e subdivididos em
quatro parcelas de 5 m x 6,3 m, contendo cada parcela
um tratamento. O corte ocorreu em 15 de outubro de
2008, quando se iniciou o período chuvoso. A tabela 1
apresenta as quantidades de nutrientes aplicados no
experimento, conforme cada tratamento. Durante três
anos foram aplicados as mesmas quantidades de
adubo e a calagem foi realizada no início do
experimento em 2005.
N
P 2O 5
K 2O
-------Quantidades de nutrientes------0,0
0,0
0,0
70,0
30,0
100,0
100,5
354,5
298,8
201,0
709,0
597,6
135,0
24,7
225,0
270,0
49,4
450,0
Adubação
-1
Introdução
As pastagens são o principal alimento utilizado na
bovinocultura brasileira. A abundância de área e
condições edafoclimáticas favoráveis são fatores
essenciais para se obter um crescimento satisfatório
das forrageiras. Dentre as plantas forrageiras se
destaca a Brachiaria brizantha cultivar Marandu, mais
conhecido como capim braquiarão, que conquistou a
preferência dos pecuaristas por possuir todas as
características essenciais para uma boa pastagem em
solos brasileiros. (1). A forma extrativista da exploração
pecuária vem aumentando as áreas degradadas de
pastagem ou em processo de degradação.
A adubação de pastagens é uma prática que está
crescendo no país, pois além de aumentar a lotação
por área, eleva a qualidade do alimento fornecido aos
animais e consequentemente, eleva a produção de
carne e leite.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de
matéria seca do capim braquiarão utilizando o residual
de adubações orgânicas, de aves e suínos, e química
no início do período chuvoso.
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
833 a
815 a
762 a
761 a
769 a
300m3
DLS
10t CF
20t CF
660 a
Test.
Químico
150m3
DLS
Tratamentos
Figura 1 – Produção de matéria seca do Braquiarão
com adubações orgânicas e química.
3
-1
(2) relatou que a aplicação de 45 m ha de DLS é
semelhante a uma área não adubada, recomendando
3
-1
doses acima de 45 m ha como manutenção, para
manter a produtividade de uma gramínea.
Conclusões
As condições climáticas insatisfatórias fizeram com que
o residual de adubação orgânica e química não
influenciaram a produção do capim braquiarão durante
o período de junho a outubro de 2009.
Bibliografia
1 - Konzen, EA. Fertilização de lavoura e pastagem
com dejetos de suinos e cama de aves. Videira,
SC. 2003. 16p. (EMBRAPA – Informe Técnico).
2 - Souza Neto, JM; Pedreira, CGS. In: SIMPÓSIO
SOBRE MANEJO DE PASTAGENS, 21, 2004,
Piracicaba. Anais... Piracicaba: Fealq, 2004. p.7-29.
35
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
PRODUCAO DE MATÉRIA SECA DE Cynodon dactylon CV. TIFTON 85 UTILIZANDO RESIDUAL DE
ABUBAÇÕES ORGÂNICAS E QUÍMICA
1
1
1
1
2
2
TT CHIARI , FC LOCH , IL FREITAS NETO , ML CARMO , EL CARMO , JFS MENEZES
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de Agronomia– Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
Resultados e Discussão
-1
O tratamento 3 apresentou 753,1 kg de MS ha ficando
superior à testemunha, porém abaixo dos demais
tratamentos, indicando que esta quantidade de
1000
874,8 ab
817,3 abc
-1
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Centro Tecnológico da
COMIGO em parceria com a Fesurv- Universidade de
Rio Verde durante o período de outubro de 2005 a
outubro de 2008. Os tratamentos avaliados foram: T1 –
-1
sem adubação; T2 – adubação química (75 kg ha na
forma de uréia, 30 kg. ha-1 de P2O5 na forma de super
fosfato simples e 100 kg. ha-1de K2O na forma de KCl);
3
-1
T3 – adubação com 150 m ha de dejetos de suínos;
3
-1
T4 – adubação com 300 m ha de dejetos de suínos;
-1
T5 – adubação com 10 t. ha de cama de frango; T6 –
-1
adubação com 20 t. ha de cama de frango. Essas
adubações eram aplicadas a lanço todos os anos
durante o período chuvoso. O delineamento utilizado foi
de blocos casualizados, com quatro repetições. O
2
tamanho da área experimental era de 756 m , divididos
em quatro blocos de 5 m x 37,8 m e subdivididos em
quatro parcelas de 5 m x 6,3 m, contendo cada parcela
um tratamento. O corte ocorreu em 15 de outubro de
2008, quando se iniciou o período chuvoso. Os dados
de produção de matéria seca da parte área foram
submetidos a análise de variância e teste de Duncan a
5% de significância, utilizando-se o programa SAEG.
nutrientes aplicado é quase que totalmente assimilado
pela forrageira durante o período chuvoso. O Ttifton 85
é uma gramínea adaptada às condições climáticas
diferenciadas, principalmente quando a temperatura e
luminosidade se tornam fatores determinantes de
produção. A figura 1 demonstra que os tratamentos
6,5,2 e 4 apresentaram maior produção de matéria
-1
seca sendo 904,5, 874,8, 817,3 e 785,1 kg de MS ha
respectivamente. (1), verificaram que o Tifton 85
conseguiu produção satisfatória quando foram
-1
-1
aplicados 400 kg de N ha ano , obtendo em média
-1
5,5 t de MS ha , sendo que neste período foram
realizados sete cortes. Nestes tratamentos haviam
resíduos de nutrientes que não foram aproveitados
pelas plantas durante o período chuvoso e o Tifton 85
conseguiu absorver esses nutrientes disponíveis no
solo mesmo em condições desfavoráveis de clima.
800
kg ha
Introdução
A adubação de pastagens é uma prática que vem
sendo adotada pelas empresas rurais devido à
valorização das áreas. O aumento da lotação das
pastagens é uma forma econômica de se aumentar a
produção, sem ter a necessidade de se adquirir ou
arrendar outras áreas para que os animais tenham
alimento durante o ano. Além disso, com a expansão
das empresas integradoras, surgiu uma nova opção de
adubo orgânico que, indiscutivelmente, deve ser
utilizado em pastagens como do capim Tifton 85, pois
outras culturas não conseguem assimilar todos os
nutrientes que estes adubos possuem em sua
composição.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de
matéria seca (MS) do capim Tifton 85 utilizando o
residual de adubações orgânicas, de aves e suínos, e
química no início do período chuvoso.
727,5 c
753,1 bc
904,5 a
785,1 abc
600
400
Test.
Químico 150m3
DLS
300m3
DLS
10t CF
20t CF
Tratamentos
Figura 1 – Produção de matéria seca do Tifton 85 com
adubações orgânicas e química.
Conclusões
O Tifton 85 apresentou alta capacidade de absorção de
nutrientes dos resíduos durante o período seco, sendo
indicada para formação de pastagens quando se
utilizam resíduos orgânicos para adubação.
Bibliografia
1- Vilela D; Alvin MJ.
In: SIMPOSIO SOBRE
MANEJO DA PASTAGEM,15,1998, Piracicaba,
Anais... Piracicaba: FEALQ,1998, p. 23-83.
36
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
RESIDUAL NO SOLO DE Ca E Mg, UTILIZANDO Panicum maximum CV. TANZÂNIA COMO
ALTERNATIVA FORRAGEIRA
1
1
1
1
2
2
BF FARIA , IL FREITAS NETO , FC LOCH , ML CARMO EL CARMO , JFS MENEZES
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de Agronomia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde GO.
Introdução
As pastagens são o principal alimento utilizado na
bovinocultura brasileira. Dentre as plantas forrageiras
destaca-se o gênero Panicum, como exemplo, o capim
Tanzânia, que vem conquistando a preferência dos
pecuaristas por possuir todas as características
essenciais para uma boa pastagem em solos tropicais
brasileiros. A adubação de pastagens é uma prática
que está crescendo no país, pois além de aumentar a
lotação por área, eleva a qualidade do alimento
fornecido aos animais, com conseqüentemente ganho
na produção por área de carne e leite. O objetivo deste
trabalho foi avaliar os níveis de Ca e Mg no solo,
utilizando o residual de adubações orgânicas, de aves
e suínos, e química.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Centro Tecnológico da
COMIGO em parceria com a Fesurv - Universidade de
Rio Verde durante o período de outubro de 2005 a
outubro de 2008. Os tratamentos avaliados foram:
• T1 – sem adubação;
-1
• T2 – adubação química (75 kg. ha na forma
-1
de uréia, 30 kg ha de P2O5 na forma de
-1
super fosfato simples e 100 kg. ha de K2O na
forma de KCl);
3
-1
• T3 – adubação com 150 m ha de dejetos de
suínos;
• T4 – adubação com 300 m3 ha-1 de dejetos de
suínos;
-1
• T5 – adubação com 10 t. ha de cama de
frango e
-1
• T6 – adubação com 20 t. ha de cama de
frango.
Essas adubações eram aplicadas a lanço todos os
anos durante o período chuvoso e foram realizados
quatro cortes anuais do capim Tanzânia. O
delineamento utilizado foi de blocos casualizados, com
quatro repetições. O tamanho da área experimental era
2
de 756 m , divididos em quatro blocos de 5 m x 37,8 m
e subdivididos em quatro parcelas de 5 m x 6,3 m,
contendo cada parcela um tratamento. A coleta do solo
foi realizada em 15 de outubro de 2008. Os dados do
residual de Ca e Mg no solo foram submetidos a
análise de variância e teste de média pelo teste de
Duncan a 5% de significância, utilizando o programa
SAEG.
Resultados e Discussão_______________________
O residual de Ca e Mg quando se utilizou a cama de
frango apresentou altas concentrações nas parcelas,
pois este adubo possui alta concentração de Ca e Mg
na sua composição. O dejeto líquido de suínos quando
3
-1
aplicado na dosagem de 150 m ha apresentou uma
quantidade menor de nitrogênio, quando comparado
3
-1
com a aplicação de 300 m ha . Este nutriente é
responsável pelo crescimento e perfilhamento da
forrageira. Por estar em menor quantidade, a planta
desenvolveu seu crescimento vegetativo em menor
intensidade que os tratamento 2 e 4. A testemunha
apresentou resultados semelhantes, pois quando
instalado o experimento a saturação foi elevada para
70% em todos os tratamentos. (1) relata que os níveis
adequados de Ca e Mg para os solos de cerrados são
-3
1,5 a 7 e 0,5 a 2 cmolc dm . Os tratamentos 2 e 4
apresentaram altas concentrações dos nutrientes
responsáveis pelo desenvolvimento do vegetal (NPK),
sendo que a planta conseguiu maior produção
absorvendo maiores quantidades de Ca e Mg nas
parcelas.
Figura 1 - Residual de Ca e Mg de adubações
orgânicas e química em pastagem de
capim Tanzânia.
Conclusões
Quando os nutrientes estão em quantidades
satisfatórias para o desenvolvimento da planta
forrageira, com adubo químico ou orgânico, obteremos
maiores absorções de Ca e Mg pelo vegetal.
Bibliografia
1 Sousa, DMG; Lobato, E. Cerrado : Correção do
Solo e Adubação. Embrapa, Brasília, 2 ed. DF,
2004.
37
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
RESIDUAL NO SOLO DE MN, ZN E CU UTILIZANDO Panicum maximum CV. TANZÂNIA COMO
ALTERNATIVA FORRAGEIRA
.
1
1
1
2
1
2
FC LOCH , IL FREITAS NETO , BF FARIA , JFS MENEZES , ML CARMO , EL CARMO
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de Agronomia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
Introdução
As pastagens são o principal alimento utilizado na
bovinocultura de corte e leite no Brasil, e também o
alimento de custo mais acessível para a produção
animal. A adubação de pastagens bem como
condições edafoclimáticas favoráveis são fatores
essenciais para se obter um crescimento satisfatório
das forrageiras, além de proporcionar o aumento da
lotação animal por área. Dentre as gramíneas
forrageiras se destaca o Panicum maximum cv.
Tanzânia, que esta conquistando a preferência dos
produtores devido ao seu alto potencial de produção de
matéria verde. O objetivo deste trabalho foi avaliar os
níveis de micronutrientes (Mn, Zn e Cu) no solo,
utilizando o residual de adubações orgânicas, de aves
e suínos, e química no início do período chuvoso.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Centro Tecnológico da
COMIGO em parceria com a Fesurv- Universidade de
Rio Verde durante o período de outubro de 2005 a
outubro de 2008. Os tratamentos avaliados foram:
• T1 – sem adubação;
• T2 – adubação química (75 kg ha-1 na forma
-1
de uréia, 30 kg ha de P2O5 na forma de
-1
super fosfato simples e 100 kg. ha de K2O na
forma de KCl);
• T3 – adubação com 150 m3 ha-1 de dejeto de
suínos;
3
-1
• T4 – adubação com 300 m ha de dejeto de
suínos;
-1
• T5 – adubação com 10 t ha de cama de
frango;
• T6 – adubação com 20 t ha-1 de cama de
frango.
Essas adubações foram aplicadas a lanço todos os
anos durante o período chuvoso e eram realizados
quatro cortes anuais do capim Tanzânia. O
delineamento utilizado foi de blocos casualizados, com
quatro repetições. O tamanho da área experimental era
2
de 756 m , divididos em quatro blocos de 5 m x 37,8 m
e subdivididos em quatro parcelas de 5 m x 6,3 m,
contendo cada parcela um tratamento. A coleta do solo
foi realizada em 15 de outubro de 2008. Os dados do
residual de Mn, Zn e Cu no solo foram submetidos à
análise de variância e as médias comparadas pelo
teste de Duncan a 5% de significância, utilizando o
programa SAEG.
Resultados e Discussão
Os micronutrientes possuem funções especificas nos
vegetais, portanto são importantes para realização das
funções fisiológicas nas plantas. Segundo (1) os níveis
adequado de Mn nos solos de cerrado podem variar de
2 a 5 mg. dm-3, portanto os valores encontrados estão
acima do recomendado, podendo causar diminuição na
absorção de Mo, Cu e Zn (figura 1). O elemento Zn
também se encontra acima do recomendado. (1)
-3
recomenda de 1,1 a 1,6 mg. dm em solos de cerrado.
Esse micronutriente pode afetar a absorção de Mn e
Cu nas plantas. Os adubos orgânicos disponibilizaram
maior quantidade de Cu, entretanto estão acima de 1
-1
kg ha o que (1) considera alto.
Figura 1 – Residual de Mn, Zn e Cu de adubações
orgânicas e química em pastagem de
Capim Tanzânia.
Conclusões
Os micronutrientes estão acima do recomendado
quando se utiliza adubações orgânicas e química
propostas na pesquisa.
Bibliografia__________________________________
1- Sousa, DMG; Lobato, E. Cerrado: Correção do
Solo e Adubação. Embrapa, 2 ed., Brasilia, DF,
2004. 185p.
38
V Jornada e IV Mostra Científica
Faculdade de Medicina Veterinária
24 e 25 de novembro de 2009
RESIDUAL NO SOLO DE P E K, UTILIZANDO Panicum maximum CV. TANZÂNIA COMO
ALTERNATIVA FORRAGEIRA
IL FREITAS NETO1, BF FARIA1, FC LOCH1, ML CARMO1, EL CARMO2, JFS MENEZES2
1
Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
2
Faculdade de Agronomia – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO.
Introdução
As pastagens são o principal alimento utilizado na
bovinocultura brasileira. A grande área territorial do
Brasil e as condições climáticas favoráveis são fatores
essenciais para se obter um crescimento satisfatório
das forrageiras. Dentre as plantas forrageiras se
destaca o Panicum maximum cv. Tanzânia (capim
Tanzânia), que vem conquistando a preferência dos
pecuaristas, principalmente os produtores de leite, por
produzir muita massa considerável e apresentar um
crescimento rápido. A forma extrativista da exploração
pecuária vem aumentando as áreas degradadas de
pastagem ou em processo de degradação. A adubação
de pastagens no país vem crescendo a cada ano, pois
além de aumentar a taxa de lotação, eleva a qualidade
do
alimento
fornecido
aos
animais
e
conseqüentemente, aumenta a produção de carne e
leite. O objetivo deste trabalho foi avaliar o residual de
fósforo (P) e potássio (K) no solo utilizando adubações
orgânicas e químicas para o capim Tanzânia.
.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Centro Tecnológico da
COMIGO em parceria com a Fesurv- Universidade de
Rio Verde durante o período de outubro de 2005 a
outubro de 2008. Os tratamentos avaliados foram:
-T1 – sem adubação;
-1
-T2 – adubação química (75 kg. ha na forma de uréia,
-1
30 kg. ha de P2O5 na forma de super fosfato simples
e100 kg. ha-1de K2O na forma de KCl);
-T3 – adubação com 150 m3 ha-1 de dejeto de suínos;
3
-1
-T4 – adubação com 300 m ha de dejeto de suínos;
-1
-T5 – adubação com 10 t. ha de cama de frango.
-1
-T6 – adubação com 20 t. ha de cama de frango
O solo utilizado para implantação das pastagens era o
Latossolo Vermelho Eutroférrico. Essas adubações
eram aplicadas a lanço todos os anos durante o
período chuvoso. O delineamento utilizado foi em
blocos casualizados, com quatro repetições. O
2
tamanho da área experimental era de 756 m , divididos
em quatro blocos de 5 m x 37,8 m e subdivididos em
quatro parcelas de 5 m x 6,3 m, contendo cada parcela
um tratamento. A análise do solo foi realizada em 15 de
outubro de 2008, quando se iniciou o período chuvoso.
Resultados e discussão
Os níveis de K no solo não diferiram entre os
tratamentos. Entretanto (1) recomenda doses acima de
50 mg. dm-3 quando a capacidade de troca catiônica
está acima de 4, o que foi encontrado nestas análises.
Os teores de P foram maiores nos tratamentos 3, 4, 5 e
6, devido a liberação parcial dos nutrientes orgânicos.
O tratamento 4 possui taxa abaixo do recomendado
para a produção de pastagem. (2) recomenda P acima
de 6 mg. dm-3 para forrageiras muito exigentes como o
capim Tanzânia. A testemunha apresentou 7,67 mg.
-3
dm o que não é comum quando se tem uma forrageira
exigente.
Figura 1 - Níveis de P e K residual de adubações
orgânicas e químicas em áreas com capim
Tanzânia.
Conclusões
É necessário colher maior quantidade de amostras
para obter um resultado coerente dos nutrientes.
O P por ser liberado gradativamente nos resíduos
orgânicos apresenta maior residual no solo, quando
aplicado em doses maiores de adubação.
Bibliografia
1- Sousa, DMG et al. Cerrado: Uso Eficiente de
Corretivos e Fertilizantes em Pastagens.
Embrapa, Planaltina, DF,1 ed, 145p. 2007.
2- Vilela, L et al. Cerrado: Correção do solo e
adubação. Embrapa, Brasília, DF, 2 ed,169 p., 2004.
Download