SUPERAÇÃO Geografia 2ºB: #Aula 01 - Recursos Energéticos Clima e tempo Definiu-se CLIMA como sendo uma descrição estática, que expressa as condições médias do sequenciamento do tempo meteorológico. Portanto, mede-se primeiro as condições instantâneas da atmosfera (Tempo) de um local por vários anos e, posteriormente, estima-se qual deve ser a condição média (provável), ou seja, o CLIMA. As zonas térmicas e a Classificação Climática O globo terrestre está classificado em cinco zonas térmicas, as principais são: zona tropical ou intertropical, zonas temperadas e zonas polares. As zonas térmicas e a Classificação Climática A dinâmica climática da Terra é resultante da formação e do deslocamento de massas de ar que assim formam os diversos tempos atmosféricos. A repetição desses tempos permiti-nos identificar os tipos climáticos do planeta. Zonas Polares: os raios solares atingem a superfície terrestre de maneira bastante inclinada, portanto, as temperaturas são as mais baixas da Terra. Zonas temperadas: os raios incidem à superfície de forma relativamente inclinada em relação à zona intertropical, desse modo as temperaturas são mais amenas. Zona tropical: áreas que recebem luz solar de forma praticamente vertical em sua superfície, o fato produz regiões com temperaturas elevadas, conhecida como zona tórrida do planeta. FREITAS, Eduardo De. "Zonas térmicas da Terra"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/zonastermicas-terra.htm>. Acesso em 10 de setembro de 2015. Climas Com base na classificação das Zonas Climáticas da Terra, podemos identificar a existência de quatro grupos climáticos fundamentais: Quentes; Áridos; Mesotérmicos/Temperados; Frios. Climas Quentes: Equatorial UMA ESTAÇÃO QUENTE E HÚMIDA: - Temperatura: elevada todo o ano. - Precipitação: elevada todo o ano. - Amplitude térmica: muito reduzida. - Meses secos: nenhum. LOCALIZAÇÃO: Regiões junto ao equador. VEGETAÇÃO: Floresta equatorial - floresta muito densa, com grande variedade de espécies vegetais. Climas Quentes: Tropical Tropical Úmido: Tropical Seco: DUAS ESTAÇÕES, UMA QUENTE E HÚMIDA (longa) E OUTRA QUENTE E SECA (curta) DUAS ESTAÇÕES, UMA QUENTE E SECA (longa) E UMA QUENTE E HÚMIDA (curta) - Temperatura: elevada todo o ano. - Precipitação: elevada na maior parte do ano. - Amplitude térmica: muito reduzida. - Meses secos: poucos (3 no exemplo). LOCALIZAÇÃO: Regiões à volta do equador. VEGETAÇÃO: Floresta tropical: floresta menos densa do que a equatorial - Temperatura: elevada ao longo do ano - Precipitação: elevada apenas numa parte do ano, baixa na maior parte. - Amplitude térmica: reduzida. - Meses secos: mais de 6. LOCALIZAÇÃO: - Regiões em redor dos desertos quentes. VEGETAÇÃO: - Savana: vegetação herbácea com algumas árvores dispersas Climas Áridos: Desértico UMA ESTAÇÃO QUENTE E SECA: - Temperatura: elevada ao longo do ano. - Precipitação: muito reduzida ao longo de todo o ano. - Amplitude térmica: média/elevada - Meses secos: todos. LOCALIZAÇÃO: Desertos quentes, junto aos trópicos de Câncer e de Capricórnio. VEGETAÇÃO: Desértica, quase inexistente (apenas alguns cactos e outras plantas de raízes profundas Climas Áridos: Semiárido O clima semiárido é seco e quente. - Pouca variação de temperatura durante o ano. A média anual fica entre 25°C e 28°C. - Chuvas em pouca quantidade. O índice pluviométrico anual fica em torno de 700 milímetros. As poucas chuvas se concentram entre os meses de janeiro a maio. - As chuvas não são distribuídas uniformemente na região de clima semiárido. Tem áreas que são mais secas, ficando anos sem presença de chuva. - Ação irregular de massas de ar tropical e equatorial. Climas Temperados: Temperado Os climas temperados situam-se, como o nome indica, na zona temperada (entre os trópicos e os círculos polares). Clima Temperado Mediterrânico Clima Temperado Marítimo Clima Temperado Continental 4 ESTAÇÕES; PRINCIPAIS - UMA FRIA E HÚMIDA, OUTRA QUENTE E SECA 4 ESTAÇÕES; PRINCIPAIS - UMA FRIA E HÚMIDA, OUTRA FRESCA E HÚMIDA 4 ESTAÇÕES; PRINCIPAIS - UMA FRIA E POUCO HÚMIDA, UMA MAIS QUENTE E HÚMIDA - Temperatura: alta numa parte do ano, baixa noutra. - Precipitação: elevada numa parte do ano, baixa noutra. - Amplitude térmica: moderada - Meses secos: cinco. LOCALIZAÇÃO: Junto ao Mar Mediterrânico (entre outras) VEGETAÇÃO: Mediterrânica - espécies adaptadas à secura do Verão (poucas árvores, maioria da vegetação é herbácea). - Temperatura: baixa numa parte do ano, um pouco mais quente noutra. - Precipitação: elevada/moderada todo o ano. - Amplitude térmica: baixa - Meses secos: nenhum. LOCALIZAÇÃO: Junto aos Oceanos (Europa Ocidental, Oeste dos EUA, etc) VEGETAÇÃO: Floresta caducifólia - árvores de folha caduca. - Temperatura: muito baixa numa parte do ano, mais alta noutra. - Precipitação: moderada, concentrada no período quente. - Amplitude térmica: elevada. - Meses secos: nenhum. LOCALIZAÇÃO: Interior/Leste de alguns continentes (América do Norte, Europa, Ásia) VEGETAÇÃO: Pradaria - vegetação herbácea; Floresta mista (folha caduca e perene) Climas Frios Os climas frios situam-se, como o nome indica, na zona fria (nas latitudes acima dos Círculos Polares). SubPolar Polar 2 ESTAÇÕES; UMA MUITO FRIA E SECA, OUTRA FRIA E HÚMIDA 2 ESTAÇÕES; UMA MUITO FRIA E SECA, OUTRA FRIA E SECA - Temperatura: muito baixa numa parte do ano, baixa noutra. - Precipitação: baixa, moderada na época quente. - Amplitude térmica: elevada. - Meses secos: nenhum. LOCALIZAÇÃO: Áreas junto ao Círculo Polar Árctico VEGETAÇÃO: Taiga - floresta de coníferas (árvores de folha persistente e pontiaguda) - Temperatura: baixa numa parte do ano, muito baixa noutra. - Precipitação: escassa. - Amplitude térmica: elevada. - Meses secos: nenhum. LOCALIZAÇÃO: Junto aos Pólos Norte e Sul. VEGETAÇÃO: Tundra - vegetação rasteira resistente ao frio (musgos, ervas baixas...) Clima de Altitude/Montanha - Temperatura: muito baixa numa parte do ano, mais alta noutra. - Precipitação: elevada todo o ano. - Amplitude térmica: moderada. - Meses secos: nenhum. LOCALIZAÇÃO: Áreas montanhosas VEGETAÇÃO: Diferente consoante a altitude está disposta por "andares", consoante as condições de temperatura e humidade Climograma Segundo o site InfoEscola (2015) o climograma é uma ferramenta clássica de representação do clima que permite uma compreensão mais fácil do perfil climático de determinada região. Através do climograma pode se representar graficamente as variações de temperatura e precipitações durante um determinado período de tempo, geralmente de 1 ano. A temperatura geralmente é representada por um gráfico linear sobreposto a um gráfico de barras (histograma) que representa as precipitações ao longo do período estudado. A análise do climograma é feita sempre comparando-se a taxa de precipitação e a temperatura. Quando as barras do histograma estão abaixo da linha de temperatura significa que há mais calor do que precipitação. Entretanto, isso nem sempre quer dizer que o clima é seco: alguns climogramas utilizam o índice conhecido como “Índice de Gaussen” para o qual deve ser obedecida a relação: P=2T, ou seja, o valor máximo estabelecido para a precipitação deve ser pelo menos duas vezes a temperatura máxima. Com o uso do climograma é possível identificar os períodos de estiagem, as épocas onde a precipitação é maior e até fazer comparações entre os climas de localidades diferentes através da comparação de seu climogramas. Clima no Brasil O Brasil tem 93% de seu território localizado no Hemisfério Sul, o restante (7%) encontra-se no Hemisfério Norte, isso significa que o território está na zona intertropical do planeta, com exceção da região Sul. Em virtude da imensidão do território brasileiro (8 514 876 km²), são identificados diversos tipos de climas, sendo os principais: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical úmido, semiárido e subtropical. O clima equatorial é identificado em quase todos os estados da região Norte, além de parte do Mato Grosso e Maranhão. Essa característica climática caracteriza-se pela elevada temperatura, grande umidade e baixa amplitude térmica, variando entre 24°C e 26°C ao ano. A quantidade de chuvas é abundante, com índices pluviométricos superiores a 2.000 mm, praticamente não são percebidos períodos de estiagem. A floresta Amazônica sofre influência desse clima. . O clima tropical influencia grande parte do centro do país, especialmente os estados do Centro-Oeste, incluindo ainda partes do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais. Em geral, as temperaturas são elevadas em boa parte do ano, com média de 24°C, e a amplitude térmica oscila entre 5°C e 6°C ao ano. A quantidade de chuvas gira em torno de 1 500 mm ao ano, com duas estações bem definidas: uma seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril). O clima tropical de altitude apresenta-se em regiões serranas e de planaltos, especialmente na região Sudeste. Nesses locais há baixa amplitude térmica, a temperatura média oscila entre 17°C e 22°C, e a quantidade chuvas é de 1.500 mm ao ano. O clima tropical úmido ocorre, principalmente, no litoral oriental e sul do Brasil, sendo caracterizado pela alta temperatura e o elevado teor de umidade. As temperaturas médias anuais giram em torno de 25°C e os índices pluviométricos entre 1250 mm e 2.000mm. O clima semiárido é típico da região Nordeste, especialmente no interior, lugar conhecido como polígono da seca, em razão da escassez de chuva. Apresenta temperaturas elevadas o ano todo, a média anual varia entre 26°C e 28°C. As chuvas são escassas, com uma média anual inferior a 750 mm, além disso, são mal distribuídas. O clima subtropical ocorre unicamente na região Sul, essa característica climática distingue-se totalmente do restante do Brasil. As médias anuais de temperatura giram em torno de 18°C, com alta amplitude térmica. As chuvas são bem distribuídas, os índices pluviométricos superam os 1.250 mm ao ano Massas de Ar Massas de Ar Massas de ar são porções ou volumes da atmosfera que possuem praticamente as mesmas características de pressão, temperatura e umidade por causa de sua localização e são bastante espessas e homogêneas. As massas de ar se formam sobre grandes áreas de terra ou água uniformes, onde não há muito vento. Assim, o ar vai adquirindo características de acordo com a superfície sobre a qual se encontra. Uma massa de ar localizada sobre um oceano, por exemplo, costuma ser bastante úmida, ao contrário de uma massa de ar formada sobre um continente que, geralmente, é seca. Massas de ar no Brasil Em função da grande extensão de seu território, o Brasil sofre a influência de diversas massas de ar. Algumas são formadas no próprio território brasileiro, enquanto outras são de fora. Ao todo são cinco massas de ar atuando em território brasileiro. Massa Equatorial Atlântica Características: quente e com elevada umidade. Origem: Oceano Atlântico, na região da linha do Equador. Onde atua: principalmente nos estados do nordeste brasileiro. Massa Equatorial Continental Características: quente e úmida Origem: Amazônia, região central do estado do Amazonas. Onde atua: no inverno atua, principalmente, nos estados do Amazonas, Acre e Roraima. Já no verão, atua numa área maior, atingindo também os estados da região centro-oeste do Brasil, podendo atingir também as áreas oeste dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Massa Tropical Atlântica Características: quente e úmida. Origem: Atlântico Sul Onde atua: no verão atua mais nos estados das regiões sudeste e sul. Já no inverno, pode atingir também as regiões nordeste e centro-oeste. Massa Tropical Continental Características: quente e com baixos índices de umidade. Origem: região nordeste da Argentina Onde atua: de baixa intensidade, atingi somente os estados que fazem fronteira com Paraguai e Argentina. Massa Polar Atlântica Características: fria e úmida. Origem: Antártida (polo sul) Onde atua: no inverno sua ação é intensa. Atua, principalmente, nos estados do sul e Sudeste do Brasil. É responsável pelo frio e baixas temperaturas no inverno nestas regiões. Essa massa de ar pode também, no inverno, atingir o litoral nordestino, baixando as temperaturas e provocando chuvas. Pode atuar também, no inverno, na região da Amazônia. Mudanças Climáticas As mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra. Estas alterações são verificadas através de registros científicos nos valores médios ou desvios da média, apurados durante o passar dos anos. Fatores geradores As mudanças climáticas são produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices pluviométricos (chuvas), temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade relativa do ar, etc. As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos. Neste último caso, as mudanças climáticas têm sido provocadas a partir da Revolução Industrial (século XVIII), momento em que aumentou significativamente a poluição do ar. Consequências Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Os climatologistas verificaram que, nas últimas décadas, ocorreu um significativo aumento da temperatura mundial, fenômeno conhecido como aquecimento global. Este fenômeno, gerado pelo aumento da poluição do ar, tem provocado o derretimento de gelo das calotas polares e o aumento no nível de água dos oceanos. O processo de desertificação também tem aumentado nas últimas décadas em função das mudanças climáticas. Você sabia? - 16 de março é o Dia Nacional da Conscientização sobre as mudanças climáticas. Fenômenos El Niño El Niño é o nome dado a um fenômeno que ocorre nas águas do pacífico e que altera as condições climáticas em diversas partes do mundo. Este nome foi dado por pescadores do Peru em razão de a costa do país ser muito atingida pelo fenômeno e causar graves danos aos pescadores, principalmente. O El Niño dura de 12 a 18 meses em média em intervalos de 2 a 7 anos com diferentes intensidades. Quando ocorre o fenômeno as mudanças do clima são diferentes em cada parte afetada do mundo como por exemplo secas no sudeste asiático, invernos mais quentes na América do norte e temperaturas elevadas na costa oeste da América do sul, que faz com que os pescadores do Peru sejam prejudicados. Todas estas mudanças ocorrem devido ao aumento da temperatura na superfície do mar nas águas do pacífico equatorial, principalmente na região oriental. Isto faz com que a pressão na região diminua, a temperatura do ar aumente e fique mais úmido, no pacifico oriental. Esta mudança nesta parte do mundo causa uma mudança drástica de direção e velocidade dos ventos a nível global fazendo com que as massas de ar mudem de comportamento em varias regiões do planeta. Efeitos do El Niño no Brasil Os efeitos do El Niño no Brasil causam prejuízos e benefícios. Mas os danos causados são muito maiores que os benefícios, então para o Brasil o fenômeno é muito temido, principalmente por agricultores. A região sul é, talvez, a mais afetada. Em cada episódio do El Niño é observado na região sul um grande aumento de chuvas e o índice pluviométrico, principalmente nos meses de primavera, fim do outono e começo de inverno, pode sofrer um acréscimo de até 150% de precipitação em relação ao seu índice normal. Isto faz com que nos meses da safra a chuva atrapalhe a colheita e haja graves prejuízos aos agricultores, principalmente de grãos. Estas chuvas também podem atingir o estado de São Paulo. As temperaturas também mudam na região sul e sudeste e é observado invernos mais amenos na região sul e no sudeste as temperaturas ficam ainda mais altas em relação ao seu valor normal. Este aumento de temperatura no inverno trás benefícios para os agricultores da região sul e do estado de São Paulo por não sofrerem os prejuízos da geada. No estado de São Paulo na maioria dos episódios não é registrada geadas com intensidade o suficiente para matar as plantações. No leste da Amazônia e no nordeste ocorre uma diminuição no índice de chuvas. Algumas áreas do sertão nordestino podem ficar sem registrar nenhum índice de chuva nos meses de seca e nos meses em que pode chover não chove, sendo assim as secas duram até 2 anos em períodos de El Niño. Mas os períodos de seca não se limitam apenas ao sertão e até mesmo no litoral há um grande déficit de chuva. Os agricultores do nordeste também são prejudicados pela falta de chuva e sofrem graves perdas para a agricultura. La Niña O fenômeno La Niña, ou episódio frio do Oceano Pacífico, é o resfriamento anômalo das águas superficiais no Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental. De modo geral, pode-se dizer que La Niña é o oposto do El Niño, pois as temperaturas habituais da água do mar à superfície nesta região, situam-se em torno de 25ºC, ao passo que, durante o episódio La Niña, tais temperaturas diminuem para cerca de 23º a 22ºC. As águas mais frias estendem-se por uma estreita faixa, com largura de cerca de 10 graus de latitude ao longo do Equador, desde a costa Peruana, até aproximadamente 180 graus de longitude no Pacífico Central. Assim como o El Niño, La Niña também pode variar em intensidade. Um exemplo dessa variação é o intenso episódio de La Niña ocorrido em 1988/89, comparado ao episódio mais fraco de 1995/96. Outros nomes como "El Viejo" ou "anti-El Niño" também foram usados para se referir a este resfriamento, mais o termo La Niña ganhou mais popularidade. Segundo o Centro Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NCEP), ocorreram outros eventos de La Niña em 1904/05, 1908/09, 1910/11, 1916/17, 1924/25, 1928/29, 1938/39, 1950/51, 1955/56, 1964/65, 1970/71, 1973/74, 1975/76, 1988/89 e 1995/96. La Niña no Brasil De acordo com as avaliações das características de tempo e clima, de eventos de La Niña ocorridos no passado, observa-se que o La Niña mostra maior variabilidade, enquanto os eventos de El Niño apresentam um padrão mais consistente. Os principais efeitos de episódios do La Niña observados sobre o Brasil são: passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul, com tendência de diminuição da precipitação nos meses de setembro a fevereiro, principalmente no Rio Grande do Sul, além do centro-nordeste da Argentina e Uruguai; temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região Sudeste, durante o inverno; chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas; tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia; possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste do Brasil. Os Ciclones e Furacões Tropicais Para ocorrer ciclogênese tropical deve existir uma série de condições ambientais precursoras favoráveis como: Águas oceânicas quentes(pelo menos 26,5°C) em uma camada suficientemente profunda, cuja profundidade não se sabe ao certo mas deve ser pelo menos da ordem de 50m. Essas águas quentes alimentarão a engrenagem térmica do ciclone tropical. Uma atmosfera que se resfrie rapidamente com a altura para que seja potencialmente instável à convecção úmida, sendo essa atividade convectiva responsável pela liberação do calor armazenado nas águas para o interior do ciclone. Camadas relativamente úmidas perto da média troposfera(5km). Níveis médios secos não conduzem ao contínuo desenvolvimento de atividade convectiva em uma vasta área. Uma distância mínima de pelo menos 500km da linha do Equador. Para ocorrer ciclogênese tropical, há o requisito de uma força de Coriolis não desprezível para que o centro de baixa do distúrbio seja mantido. Um distúrbio pré-existente próximo à superfíce com vorticidade e convergência suficientes. Ciclones tropicais não podem desenvolver-se espontaneamente, pois necessitam de um sistema levemente organizado com rotação considerável e influxo nos baixos níveis. Valores baixos de cisalhamento vertical de vento entre a superfície e a alta troposfera. Valores altos de cisalhamento desfavorecem ciclones tropicais incipientes e podem previnir sua gênese ou, no caso de um ciclone já formado, pode enfraquecê-lo ou até mesmo destruí-lo dada sua interferência com a organização convectiva em torno do centro do ciclone. Os termos furacão e tufão são nomes regionais para intensos ciclones tropicais, sendo este último um termo genérico para um centro de baixa pressão não-frontal de escala sinótica sobre águas tropicais ou sub-tropicais com convecção organizada(por exemplo, tempestadaes) e intensa circulção ciclôcica à superfície. Os ciclones tropicais são regionalmente denominados da seguinte maneira: furacões - no Oceano Atlântico Norte, Oceano Pacífico Nordeste a leste da linha internacional da data e no Oceano Pacífico Sul a leste da longitude 160°E; tufões - no Oceano Pacífico Noroeste a oeste da linha internacional da data; ciclone tropical severo - no Oceano Pacífico Sudoeste a oeste da longitude 160°E e no Oceano Índico Sudeste a leste da longitude 90°E; tempestade ciclônica severa - no Oceano Índico Norte; e ciclone tropical - no Oceano Índico Sudoeste. Um centro de baixa pressão não-frontal passa por vários estágios até atingir a condição de furacão, sendo classificados de acordo com o vento sustentável de superfície: máximo até 17 m/s - depressões tropicais; máximo entre 18 e 32 m/s - tempestade tropical; máximo acima de 33 m/s - furacões, tufões... Problemas ambientais e climáticos Os problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos diferentes ecossistemas da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e comprometendo a qualidade de vida. A seguir, veremos os principais problemas que ocorrem na atualidade: Chuva ácida A chuva ácida é provocada pela produção de gases lançados na atmosfera. Há agentes naturais que fazem isso, como, por exemplo, os vulcões. A atividade humana, contudo, é a principal causadora do fenômeno. Indústrias, usinas termoelétricas e veículos de transporte (que utilizam combustíveis fósseis) produzem subprodutos que se agregam ao oxigênio da atmosfera e que, ao serem dissolvidos na chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida. A chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as plantações. Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas, prejudicando a pesca. Desmatamento O desmatamento é uma das intervenções humanas que mais prejudicam o planeta. Pode causar sérios danos ao clima, à biodiversidade e às pessoas. Desmatar prejudica os ecossistemas e leva à extinção de centenas de espécies. Árvores são grandes absorvedoras de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa (ver abaixo). Portanto, quando o homem derruba florestas, também intensifica o problema do aquecimento global. Dentre outras consequências, o desmatamento provoca degradação do solo, aumento da desertificação e erosões, muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos. Efeito estufa O efeito estufa é um mecanismo atmosférico natural que mantém o planeta aquecido nos limites de temperatura necessários à preservação da vida. Se não houvesse a proteção do efeito estufa, os raios solares que aquecem o planeta seriam refletidos para o espaço e a Terra apresentaria temperaturas médias abaixo de -10oC. O efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de combustíveis fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas na atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases acentua o efeito estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o calor, aumentando a temperatura do planeta e provocando o aquecimento global (ver abaixo). Para se discutir o problema e encontrar soluções, várias reuniões internacionais têm sido realizadas. O principal documento aprovado até agora é o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, que estabelece metas de redução dos gases para diferentes países. Aquecimento global Trata-se do aumento da temperatura média da superfície terrestre. Alguns cientistas acreditam que, em breve, as temperaturas médias poderão estar entre 1,4oC e 5,8oC mais altas, quando comparadas às temperaturas de 1990. Segundo alguns pesquisadores, o aquecimento global ocorre em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente os derivados da queima de combustíveis fósseis. Esses gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes de difícil dispersão, provocando o efeito estufa. Entre as principais consequências do aquecimento global, os cientistas apontam: a) aumento do nível dos oceanos, provocado pelo derretimento das calotas polares, o que pode provocar, no futuro, a submersão de cidades litorâneas; b) desertificação: o aumento da temperatura somado ao desmatamento provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando os ecossistemas e, muitas vezes, criando desertos; c) ampliação do número de furacões, tufões e ciclones (a maior evaporação das águas dos oceanos potencializa esses fenômenos); e d) surgimento de violentas ondas de calor, o que pode provocar a morte de idosos, crianças e várias espécies de animais. Buraco na camada de ozônio O gás ozônio envolve a Terra na forma de uma frágil camada que protege a vida da ação dos raios ultravioleta (emitidos pelo Sol). Os raios ultravioleta causam mutações nos seres vivos, modificando as moléculas de DNA. Em seres humanos, o excesso de ultravioleta pode causar câncer de pele e afetar o sistema imunológico. Nos últimos anos, contudo, cientistas detectaram um "buraco" na camada de ozônio, exatamente sobre a Antártida, o que deixa sem proteção uma área de cerca de 30 milhões de km2. Pesquisadores acreditam que o gás clorofluorcarbono (CFC) é o principal responsável pela destruição da camada de ozônio. Esse gás é utilizado em aparelhos de refrigeração, sprays e na produção de materiais como, por exemplo, o isopor. Ao chegar à atmosfera, o CFC entra em contato com grande quantidade de raios ultravioleta, que quebram as moléculas de CFC e liberam cloro. Este, por sua vez, rompe as moléculas de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). Ocorre que esses dois gases não são eficientes para proteger a Terra dos raios ultravioleta. Em 1985, vários países assinaram a Convenção de Viena - e, dois anos depois, o Protocolo de Montreal -, se comprometendo a diminuir a produção de CFC. Estudo Dirigido. Pág. 178 a 182 Bons estudos! Prof. Hudson Giovanni