Temperatura

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SUPERAÇÃO
Geografia
2ºB: #Aula 01 - Recursos Energéticos
Clima e tempo
Definiu-se CLIMA como sendo uma
descrição estática, que expressa as
condições médias do sequenciamento
do tempo meteorológico. Portanto,
mede-se
primeiro
as
condições
instantâneas da atmosfera (Tempo) de
um local por vários anos e,
posteriormente, estima-se qual deve ser
a condição média (provável), ou seja, o
CLIMA.
As zonas térmicas e a
Classificação Climática
O globo terrestre está classificado em cinco zonas térmicas,
as principais são: zona tropical ou intertropical, zonas
temperadas e zonas polares.
As zonas térmicas
e a Classificação Climática
A dinâmica climática da Terra é resultante da
formação e do deslocamento de massas de ar
que assim formam os diversos tempos
atmosféricos.
A repetição desses tempos permiti-nos
identificar os tipos climáticos do planeta.
Zonas Polares: os
raios solares atingem a
superfície terrestre de
maneira
bastante
inclinada, portanto, as
temperaturas são as
mais baixas da Terra.
Zonas temperadas: os
raios
incidem
à
superfície de forma
relativamente inclinada
em relação à zona
intertropical,
desse
modo as temperaturas
são mais amenas.
Zona tropical: áreas que
recebem luz solar de
forma
praticamente
vertical em sua superfície,
o fato produz regiões
com
temperaturas
elevadas,
conhecida
como zona tórrida do
planeta.
FREITAS, Eduardo De. "Zonas térmicas da Terra"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/zonastermicas-terra.htm>. Acesso em 10 de setembro de 2015.
Climas
Com base na classificação das
Zonas Climáticas da Terra,
podemos identificar a existência
de quatro grupos climáticos
fundamentais:

Quentes;

Áridos;

Mesotérmicos/Temperados;

Frios.
Climas Quentes: Equatorial

UMA ESTAÇÃO QUENTE E HÚMIDA:
- Temperatura: elevada todo o ano.
- Precipitação: elevada todo o ano.
- Amplitude térmica: muito reduzida.
- Meses secos: nenhum.

LOCALIZAÇÃO:
Regiões junto ao equador.
VEGETAÇÃO:
Floresta equatorial - floresta muito densa, com
grande variedade de espécies vegetais.
Climas Quentes: Tropical

Tropical Úmido:

Tropical Seco:

DUAS ESTAÇÕES, UMA QUENTE E HÚMIDA
(longa) E OUTRA QUENTE E SECA (curta)

DUAS ESTAÇÕES, UMA QUENTE E SECA
(longa) E UMA QUENTE E HÚMIDA (curta)
- Temperatura: elevada todo o ano.
- Precipitação: elevada na maior parte do ano.
- Amplitude térmica: muito reduzida.
- Meses secos: poucos (3 no exemplo).
LOCALIZAÇÃO:
Regiões à volta do equador.
VEGETAÇÃO:
Floresta tropical: floresta menos densa do que a
equatorial
- Temperatura: elevada ao longo do ano
- Precipitação: elevada apenas numa parte do
ano, baixa na maior parte.
- Amplitude térmica: reduzida.
- Meses secos: mais de 6.
LOCALIZAÇÃO:
- Regiões em redor dos desertos quentes.
VEGETAÇÃO:
- Savana: vegetação herbácea com algumas
árvores dispersas
Climas Áridos: Desértico

UMA ESTAÇÃO QUENTE E SECA:
- Temperatura: elevada ao longo do ano.
- Precipitação: muito reduzida ao longo de todo o ano.
- Amplitude térmica: média/elevada
- Meses secos: todos.
LOCALIZAÇÃO:
Desertos quentes, junto aos trópicos de Câncer e de Capricórnio.
VEGETAÇÃO:
Desértica, quase inexistente (apenas alguns cactos e outras plantas de raízes
profundas
Climas Áridos: Semiárido

O clima semiárido é seco e quente.

- Pouca variação de temperatura durante o ano.
A média anual fica entre 25°C e 28°C.

- Chuvas em pouca quantidade. O índice
pluviométrico anual fica em torno de 700
milímetros. As poucas chuvas se concentram
entre os meses de janeiro a maio.

- As chuvas não são distribuídas uniformemente
na região de clima semiárido. Tem áreas que são
mais secas, ficando anos sem presença de
chuva.

- Ação irregular de massas de ar tropical e
equatorial.
Climas Temperados: Temperado
Os climas temperados situam-se, como o nome indica, na zona
temperada (entre os trópicos e os círculos polares).

Clima Temperado Mediterrânico

Clima Temperado Marítimo

Clima Temperado Continental

4 ESTAÇÕES; PRINCIPAIS - UMA
FRIA E HÚMIDA, OUTRA
QUENTE E SECA

4 ESTAÇÕES; PRINCIPAIS - UMA
FRIA E HÚMIDA, OUTRA FRESCA
E HÚMIDA

4 ESTAÇÕES; PRINCIPAIS - UMA
FRIA E POUCO HÚMIDA, UMA
MAIS QUENTE E HÚMIDA
- Temperatura: alta numa parte do
ano, baixa noutra.
- Precipitação: elevada numa
parte do ano, baixa noutra.
- Amplitude térmica: moderada
- Meses secos: cinco.
LOCALIZAÇÃO:
Junto ao Mar Mediterrânico (entre
outras)
VEGETAÇÃO:
Mediterrânica - espécies
adaptadas à secura do Verão
(poucas árvores, maioria da
vegetação é herbácea).
- Temperatura: baixa numa parte
do ano, um pouco mais quente
noutra.
- Precipitação: elevada/moderada
todo o ano.
- Amplitude térmica: baixa
- Meses secos: nenhum.
LOCALIZAÇÃO:
Junto aos Oceanos (Europa
Ocidental, Oeste dos EUA, etc)
VEGETAÇÃO:
Floresta caducifólia - árvores de
folha caduca.
- Temperatura: muito baixa numa
parte do ano, mais alta noutra.
- Precipitação: moderada,
concentrada no período quente.
- Amplitude térmica: elevada.
- Meses secos: nenhum.
LOCALIZAÇÃO:
Interior/Leste de alguns continentes
(América do Norte, Europa, Ásia)
VEGETAÇÃO:
Pradaria - vegetação herbácea;
Floresta mista (folha caduca e
perene)
Climas Frios
Os climas frios situam-se, como o nome indica, na zona fria (nas
latitudes acima dos Círculos Polares).

SubPolar

Polar

2 ESTAÇÕES; UMA MUITO FRIA E
SECA, OUTRA FRIA E HÚMIDA

2 ESTAÇÕES; UMA MUITO FRIA E
SECA, OUTRA FRIA E SECA
- Temperatura: muito baixa numa
parte do ano, baixa noutra.
- Precipitação: baixa, moderada na
época quente.
- Amplitude térmica: elevada.
- Meses secos: nenhum.
LOCALIZAÇÃO:
Áreas junto ao Círculo Polar Árctico
VEGETAÇÃO:
Taiga - floresta de coníferas (árvores
de folha persistente e pontiaguda)
- Temperatura: baixa numa parte do
ano, muito baixa noutra.
- Precipitação: escassa.
- Amplitude térmica: elevada.
- Meses secos: nenhum.
LOCALIZAÇÃO:
Junto aos Pólos Norte e Sul.
VEGETAÇÃO:
Tundra - vegetação rasteira
resistente ao frio (musgos, ervas
baixas...)
Clima de Altitude/Montanha

- Temperatura: muito baixa numa
parte do ano, mais alta noutra.
- Precipitação: elevada todo o ano.
- Amplitude térmica: moderada.
- Meses secos: nenhum.
LOCALIZAÇÃO:
Áreas montanhosas
VEGETAÇÃO:
Diferente consoante a altitude está disposta por "andares",
consoante as condições de
temperatura e humidade
Climograma
Segundo o site InfoEscola (2015) o climograma é uma ferramenta
clássica de representação do clima que permite uma compreensão mais
fácil do perfil climático de determinada região. Através do climograma
pode se representar graficamente as variações de temperatura e
precipitações durante um determinado período de tempo, geralmente
de 1 ano.
A temperatura geralmente é representada por um gráfico linear
sobreposto a um gráfico de barras (histograma) que representa as
precipitações ao longo do período estudado.
A análise do climograma é feita sempre comparando-se a taxa de
precipitação e a temperatura. Quando as barras do histograma estão
abaixo da linha de temperatura significa que há mais calor do que
precipitação. Entretanto, isso nem sempre quer dizer que o clima é
seco: alguns climogramas utilizam o índice conhecido como “Índice de
Gaussen” para o qual deve ser obedecida a relação: P=2T, ou seja, o
valor máximo estabelecido para a precipitação deve ser pelo menos
duas vezes a temperatura máxima.
Com o uso do climograma é possível identificar os períodos de
estiagem, as épocas onde a precipitação é maior e
até fazer comparações entre os climas de localidades diferentes através
da comparação de seu climogramas.
Clima no Brasil

O Brasil tem 93% de seu território
localizado no Hemisfério Sul, o
restante
(7%)
encontra-se
no
Hemisfério Norte, isso significa que o
território está na zona intertropical do
planeta, com exceção da região Sul.

Em virtude da imensidão do território
brasileiro (8 514 876 km²), são
identificados diversos tipos de climas,
sendo os principais: equatorial,
tropical, tropical de altitude, tropical
úmido, semiárido e subtropical.
O clima equatorial é identificado em
quase todos os estados da região Norte,
além de parte do Mato Grosso e
Maranhão. Essa característica climática
caracteriza-se pela elevada temperatura,
grande umidade e baixa amplitude
térmica, variando entre 24°C e 26°C ao
ano. A quantidade de chuvas é abundante,
com índices pluviométricos superiores a
2.000 mm, praticamente não são
percebidos períodos de estiagem. A
floresta Amazônica sofre influência desse
clima.

.
O clima tropical influencia grande parte do
centro do país, especialmente os estados do
Centro-Oeste, incluindo ainda partes do
Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais.
Em geral, as temperaturas são elevadas em boa
parte do ano, com média de 24°C, e a amplitude
térmica oscila entre 5°C e 6°C ao ano. A
quantidade de chuvas gira em torno de 1 500
mm ao ano, com duas estações bem definidas:
uma seca (maio a setembro) e outra chuvosa
(outubro a abril).
O
clima
tropical
de
altitude apresenta-se em regiões
serranas
e
de
planaltos,
especialmente
na
região
Sudeste. Nesses locais há baixa
amplitude
térmica,
a
temperatura média oscila entre
17°C e 22°C, e a quantidade
chuvas é de 1.500 mm ao ano.
O clima tropical úmido ocorre,
principalmente,
no
litoral
oriental e sul do Brasil, sendo
caracterizado
pela
alta
temperatura e o elevado teor de
umidade. As temperaturas
médias anuais giram em torno
de
25°C
e
os
índices
pluviométricos entre 1250 mm e
2.000mm.
O clima semiárido é típico da
região Nordeste, especialmente
no interior, lugar conhecido como
polígono da seca, em razão da
escassez de chuva. Apresenta
temperaturas elevadas o ano
todo, a média anual varia entre
26°C e 28°C. As chuvas são
escassas, com uma média anual
inferior a 750 mm, além disso, são
mal distribuídas.
O clima subtropical ocorre unicamente
na região Sul, essa característica
climática distingue-se totalmente do
restante do Brasil. As médias anuais de
temperatura giram em torno de 18°C,
com alta amplitude térmica. As chuvas
são bem distribuídas, os índices
pluviométricos superam os 1.250 mm ao
ano
Massas de Ar
Massas de Ar
Massas de ar são porções ou volumes da atmosfera que possuem
praticamente as mesmas características de pressão, temperatura e
umidade por causa de sua localização e são bastante espessas e
homogêneas.
As massas de ar se formam sobre grandes áreas de terra
ou água uniformes, onde não há muito vento. Assim, o ar vai
adquirindo características de acordo com a superfície sobre a qual se
encontra. Uma massa de ar localizada sobre um oceano, por exemplo,
costuma ser bastante úmida, ao contrário de uma massa de ar formada
sobre um continente que, geralmente, é seca.
Massas de ar no Brasil
Em função da grande extensão de seu território, o Brasil sofre a influência de diversas massas de ar. Algumas são
formadas no próprio território brasileiro, enquanto outras são de fora. Ao todo são cinco massas de ar atuando em
território brasileiro.
Massa Equatorial Atlântica
Características: quente e com elevada umidade.
Origem: Oceano Atlântico, na região da linha do Equador.
Onde atua: principalmente nos estados do nordeste brasileiro.
Massa Equatorial Continental
Características: quente e úmida
Origem: Amazônia, região central do estado do Amazonas.
Onde atua: no inverno atua, principalmente, nos estados do Amazonas, Acre e Roraima. Já no verão, atua numa
área maior, atingindo também os estados da região centro-oeste do Brasil, podendo atingir também as áreas oeste
dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Massa Tropical Atlântica
Características: quente e úmida.
Origem: Atlântico Sul
Onde atua: no verão atua mais nos estados das regiões sudeste e sul. Já no inverno, pode atingir também as
regiões nordeste e centro-oeste.
Massa Tropical Continental
Características: quente e com baixos índices de umidade.
Origem: região nordeste da Argentina
Onde atua: de baixa intensidade, atingi somente os estados que fazem fronteira com Paraguai e Argentina.
Massa Polar Atlântica
Características: fria e úmida.
Origem: Antártida (polo sul)
Onde atua: no inverno sua ação é intensa. Atua, principalmente, nos estados do sul e Sudeste do Brasil. É
responsável pelo frio e baixas temperaturas no inverno nestas regiões. Essa massa de ar pode também, no
inverno, atingir o litoral nordestino, baixando as temperaturas e provocando chuvas. Pode atuar também, no
inverno, na região da Amazônia.
Mudanças Climáticas
As mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta
Terra. Estas alterações são verificadas através de registros científicos nos
valores médios ou desvios da média, apurados durante o passar dos anos.
Fatores geradores
As mudanças climáticas são produzidas em diferentes escalas de tempo em
um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas
máximas e mínimas, índices pluviométricos (chuvas), temperaturas dos
oceanos,
nebulosidade,
umidade
relativa
do
ar,
etc.
As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por ações
dos seres humanos. Neste último caso, as mudanças climáticas têm sido
provocadas a partir da Revolução Industrial (século XVIII), momento em que
aumentou significativamente a poluição do ar.
Consequências
Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e
pesquisas científicas. Os climatologistas verificaram que, nas últimas décadas,
ocorreu um significativo aumento da temperatura mundial, fenômeno
conhecido como aquecimento global. Este fenômeno, gerado pelo aumento
da poluição do ar, tem provocado o derretimento de gelo das calotas polares e
o aumento no nível de água dos oceanos. O processo de desertificação
também tem aumentado nas últimas décadas em função das mudanças
climáticas.

Você sabia?

- 16 de março é o Dia Nacional da Conscientização sobre as mudanças
climáticas.
Fenômenos
El Niño
El Niño é o nome dado a um fenômeno que ocorre nas águas do pacífico e que altera
as condições climáticas em diversas partes do mundo. Este nome foi dado por
pescadores do Peru em razão de a costa do país ser muito atingida pelo fenômeno e
causar graves danos aos pescadores, principalmente.
O El Niño dura de 12 a 18 meses em média em intervalos de 2 a 7 anos com diferentes
intensidades. Quando ocorre o fenômeno as mudanças do clima são diferentes em
cada parte afetada do mundo como por exemplo secas no sudeste asiático, invernos
mais quentes na América do norte e temperaturas elevadas na costa oeste da
América do sul, que faz com que os pescadores do Peru sejam prejudicados. Todas
estas mudanças ocorrem devido ao aumento da temperatura na superfície do mar nas
águas do pacífico equatorial, principalmente na região oriental. Isto faz com que a
pressão na região diminua, a temperatura do ar aumente e fique mais úmido, no
pacifico oriental. Esta mudança nesta parte do mundo causa uma mudança drástica
de direção e velocidade dos ventos a nível global fazendo com que as massas de ar
mudem de comportamento em varias regiões do planeta.
Efeitos do El Niño no Brasil
Os efeitos do El Niño no Brasil causam prejuízos e benefícios. Mas os danos causados são muito
maiores que os benefícios, então para o Brasil o fenômeno é muito temido, principalmente por
agricultores.
A região sul é, talvez, a mais afetada. Em cada episódio do El Niño é observado na região sul um
grande aumento de chuvas e o índice pluviométrico, principalmente nos meses de primavera, fim do
outono e começo de inverno, pode sofrer um acréscimo de até 150% de precipitação em relação ao
seu índice normal. Isto faz com que nos meses da safra a chuva atrapalhe a colheita e haja graves
prejuízos aos agricultores, principalmente de grãos. Estas chuvas também podem atingir o estado de
São
Paulo.
As temperaturas também mudam na região sul e sudeste e é observado invernos mais amenos na
região sul e no sudeste as temperaturas ficam ainda mais altas em relação ao seu valor normal. Este
aumento de temperatura no inverno trás benefícios para os agricultores da região sul e do estado de
São Paulo por não sofrerem os prejuízos da geada. No estado de São Paulo na maioria dos episódios
não é registrada geadas com intensidade o suficiente para matar as plantações.
No leste da Amazônia e no nordeste ocorre uma diminuição no índice de chuvas. Algumas áreas do
sertão nordestino podem ficar sem registrar nenhum índice de chuva nos meses de seca e nos meses
em que pode chover não chove, sendo assim as secas duram até 2 anos em períodos de El Niño. Mas
os períodos de seca não se limitam apenas ao sertão e até mesmo no litoral há um grande déficit de
chuva. Os agricultores do nordeste também são prejudicados pela falta de chuva e sofrem graves
perdas para a agricultura.
La Niña
O fenômeno La Niña, ou episódio frio do Oceano Pacífico, é o resfriamento anômalo
das águas superficiais no Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental. De modo
geral, pode-se dizer que La Niña é o oposto do El Niño, pois as temperaturas habituais
da água do mar à superfície nesta região, situam-se em torno de 25ºC, ao passo que,
durante o episódio La Niña, tais temperaturas diminuem para cerca de 23º a 22ºC. As
águas mais frias estendem-se por uma estreita faixa, com largura de cerca de 10 graus
de latitude ao longo do Equador, desde a costa Peruana, até aproximadamente 180
graus de longitude no Pacífico Central.
Assim como o El Niño, La Niña também pode variar em intensidade. Um exemplo
dessa variação é o intenso episódio de La Niña ocorrido em 1988/89, comparado ao
episódio mais fraco de 1995/96.
Outros nomes como "El Viejo" ou "anti-El Niño" também foram usados para se referir
a este resfriamento, mais o termo La Niña ganhou mais popularidade. Segundo o
Centro Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NCEP), ocorreram outros
eventos de La Niña em 1904/05, 1908/09, 1910/11, 1916/17, 1924/25, 1928/29, 1938/39,
1950/51, 1955/56, 1964/65, 1970/71, 1973/74, 1975/76, 1988/89 e 1995/96.
La Niña no Brasil

De acordo com as avaliações das características de tempo e clima, de eventos de La Niña
ocorridos no passado, observa-se que o La Niña mostra maior variabilidade, enquanto os eventos
de El Niño apresentam um padrão mais consistente.
Os principais efeitos de episódios do La Niña observados sobre o Brasil são:

passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul, com tendência de diminuição da
precipitação nos meses de setembro a fevereiro, principalmente no Rio Grande do Sul, além do
centro-nordeste da Argentina e Uruguai;

temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região
Sudeste, durante o inverno;

chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e
Alagoas;

tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia;

possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste do Brasil.
Os Ciclones e Furacões
Tropicais
Para ocorrer ciclogênese tropical deve existir uma série de
condições ambientais precursoras favoráveis como:

Águas oceânicas quentes(pelo menos 26,5°C) em uma camada suficientemente profunda, cuja profundidade
não se sabe ao certo mas deve ser pelo menos da ordem de 50m. Essas águas quentes alimentarão a
engrenagem térmica do ciclone tropical.

Uma atmosfera que se resfrie rapidamente com a altura para que seja potencialmente instável à convecção
úmida, sendo essa atividade convectiva responsável pela liberação do calor armazenado nas águas para o
interior do ciclone.

Camadas relativamente úmidas perto da média troposfera(5km). Níveis médios secos não conduzem ao
contínuo desenvolvimento de atividade convectiva em uma vasta área.

Uma distância mínima de pelo menos 500km da linha do Equador. Para ocorrer ciclogênese tropical, há o
requisito de uma força de Coriolis não desprezível para que o centro de baixa do distúrbio seja mantido.

Um distúrbio pré-existente próximo à superfíce com vorticidade e convergência suficientes. Ciclones tropicais
não podem desenvolver-se espontaneamente, pois necessitam de um sistema levemente organizado com
rotação considerável e influxo nos baixos níveis.

Valores baixos de cisalhamento vertical de vento entre a superfície e a alta troposfera. Valores altos de
cisalhamento desfavorecem ciclones tropicais incipientes e podem previnir sua gênese ou, no caso de um
ciclone já formado, pode enfraquecê-lo ou até mesmo destruí-lo dada sua interferência com a organização
convectiva em torno do centro do ciclone.
Os termos furacão e tufão são
nomes
regionais
para
intensos ciclones tropicais, sendo
este último um termo genérico
para um centro de baixa pressão
não-frontal de escala sinótica sobre
águas tropicais ou sub-tropicais
com convecção organizada(por
exemplo, tempestadaes) e intensa
circulção ciclôcica à superfície.
Os ciclones tropicais são regionalmente denominados da seguinte maneira:
furacões - no Oceano Atlântico Norte, Oceano Pacífico Nordeste a leste da linha
internacional da data e no Oceano Pacífico Sul a leste da longitude 160°E;
tufões - no Oceano Pacífico Noroeste a oeste da linha internacional da data;
ciclone tropical severo - no Oceano Pacífico Sudoeste a oeste da longitude 160°E e no
Oceano Índico Sudeste a leste da longitude 90°E;
tempestade ciclônica severa - no Oceano Índico Norte; e
ciclone tropical - no Oceano Índico Sudoeste.
Um centro de baixa pressão não-frontal passa por vários estágios até atingir a condição de
furacão, sendo classificados de acordo com o vento sustentável de superfície:
máximo até 17 m/s - depressões tropicais;
máximo entre 18 e 32 m/s - tempestade tropical;
máximo acima de 33 m/s - furacões, tufões...
Problemas ambientais e
climáticos
Os problemas ambientais são
consequência
direta
da
intervenção humana nos
diferentes ecossistemas da
Terra, causando desequilíbrios
no
meio
ambiente
e
comprometendo a qualidade
de vida. A seguir, veremos os
principais problemas que
ocorrem na atualidade:
Chuva ácida

A chuva ácida é provocada pela produção de gases lançados na
atmosfera. Há agentes naturais que fazem isso, como, por exemplo,
os vulcões. A atividade humana, contudo, é a principal causadora do
fenômeno. Indústrias, usinas termoelétricas e veículos de transporte
(que utilizam combustíveis fósseis) produzem subprodutos que se
agregam ao oxigênio da atmosfera e que, ao serem dissolvidos na
chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida.

A chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as
plantações. Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas,
prejudicando a pesca.
Desmatamento
O desmatamento é uma das intervenções humanas que
mais prejudicam o planeta. Pode causar sérios danos ao
clima, à biodiversidade e às pessoas. Desmatar prejudica
os ecossistemas e leva à extinção de centenas de
espécies.
Árvores são grandes absorvedoras de dióxido de carbono,
um dos gases causadores do efeito estufa (ver abaixo).
Portanto, quando o homem derruba florestas, também
intensifica o problema do aquecimento global.
Dentre outras consequências, o desmatamento provoca
degradação do solo, aumento da desertificação e erosões,
muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos.
Efeito estufa
O efeito estufa é um mecanismo atmosférico natural que mantém o
planeta aquecido nos limites de temperatura necessários à preservação
da vida. Se não houvesse a proteção do efeito estufa, os raios solares
que aquecem o planeta seriam refletidos para o espaço e a Terra
apresentaria
temperaturas
médias
abaixo
de
-10oC.
O efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida
pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes
na atmosfera, entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono
(CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O)

Ocorre que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de
combustíveis fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas
na atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases
acentua o efeito estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar,
depois de refletida na Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o
calor, aumentando a temperatura do planeta e provocando o
aquecimento
global
(ver
abaixo).
Para se discutir o problema e encontrar soluções, várias reuniões
internacionais têm sido realizadas. O principal documento aprovado
até agora é o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, que estabelece
metas de redução dos gases para diferentes países.
Aquecimento global
Trata-se do aumento da temperatura média da superfície terrestre.
Alguns cientistas acreditam que, em breve, as temperaturas médias
poderão estar entre 1,4oC e 5,8oC mais altas, quando comparadas às
temperaturas de 1990.
Segundo alguns pesquisadores, o aquecimento global ocorre em
função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente os
derivados da queima de combustíveis fósseis. Esses gases (ozônio,
dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono)
formam uma camada de poluentes de difícil dispersão, provocando o
efeito estufa.

Entre as principais consequências do aquecimento global, os cientistas apontam:
a) aumento do nível dos oceanos, provocado pelo derretimento das calotas polares, o que pode
provocar, no futuro, a submersão de cidades litorâneas;
b) desertificação: o aumento da temperatura somado ao desmatamento provoca a morte de
várias espécies animais e vegetais, desequilibrando os ecossistemas e, muitas vezes, criando
desertos;
c) ampliação do número de furacões, tufões e ciclones (a maior evaporação das águas dos
oceanos potencializa esses fenômenos); e
d) surgimento de violentas ondas de calor, o que pode provocar a morte de idosos, crianças e
várias espécies de animais.
Buraco na camada de ozônio
O gás ozônio envolve a Terra na forma de uma frágil camada que
protege a vida da ação dos raios ultravioleta (emitidos pelo Sol). Os
raios ultravioleta causam mutações nos seres vivos, modificando as
moléculas de DNA. Em seres humanos, o excesso de ultravioleta pode
causar câncer de pele e afetar o sistema imunológico.
Nos últimos anos, contudo, cientistas detectaram um "buraco" na
camada de ozônio, exatamente sobre a Antártida, o que deixa sem
proteção uma área de cerca de 30 milhões de km2.
Pesquisadores acreditam que o gás clorofluorcarbono (CFC) é o principal
responsável pela destruição da camada de ozônio. Esse gás é utilizado em
aparelhos de refrigeração, sprays e na produção de materiais como, por
exemplo, o isopor. Ao chegar à atmosfera, o CFC entra em contato com
grande quantidade de raios ultravioleta, que quebram as moléculas de CFC e
liberam cloro. Este, por sua vez, rompe as moléculas de ozônio (O3), formando
monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). Ocorre que esses dois gases não são
eficientes
para
proteger
a
Terra
dos
raios
ultravioleta.
Em 1985, vários países assinaram a Convenção de Viena - e, dois anos depois,
o Protocolo de Montreal -, se comprometendo a diminuir a produção de CFC.
Estudo Dirigido.
Pág. 178 a 182
Bons estudos!
Prof. Hudson Giovanni
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