densidade relativa

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XV SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO 1983
DENSIDADE RELATIVA A PARTIR DA DIFERENCA ENTRE A DENSIDADE IN SITU
E A DENSIDADE MINIMA.
TEMA IV
Sandro S. Sandroni, Ph.D., D.I.C.
Engenheiro Geotecnico Autonomo
Rio de Janeiro, RJ.
1 - I NTRODucAO
A densidade relativa a definida por,
CiI
^d - ^d min
^d ^d ^4ffim'
onde,
peso especifico seco maximo
peso especifico seco minimo
peso especifico seco
Os valores
ferencia
cuja
const i tuem-se em valores de re
e ^dm,n
^d ^hux
forma de obtencao tem sido objeto de muito es
tudo e discussao nas ultimas decadas
Burmister ,
( Kolbuszewski, 1948;
1948 e 1962; Tiedemann , 1971; ASTM , 1972; entre
muitos outros).
0 valor
de 4mox,
em particular ,
tem sido obtido atraves dos
mais variados procedimentos como, por exemplo, vibracao com
diferentes amplitudes e frequencias de amostras submetidas
a niveis de carga que variam de metodo para metodo ,
aplica
ade ciclos de cisalhamento, impactos de pesos diversos
co
em recipientes das mais variadas formas e tamanhos ,
etc-Den
tre os metodos propostos, o procedimento da ASTM D2049-69
e o de use mais difundido no continente Americano .
Um estu
do comparat i vo dos v a l o r e s de 'dowr obt i do via a D2049-69 por
cerca de 60 diferentes laboratorios em amostras identicas
(Tavenas ,
Ladd & La Rochelle ,
1972) resultou em valores en
tre 1.70 e 1.93 g/ cm3 para uma areia fina e entre 1.90 e
2.26 g/cm3 para uma areia com cascalho .
Tal amplitude de va
riacao, devida quase exclusivamente a variabilidade envolvi
da na
tecnica do ensaio, implica em que a densidade relati
va correspondence varie inaceitavelmente. Situac6 es seme
lhantes em obras especificas ja foram reportadas em nosso
Pais diversas vezes
( Souto Silveira , 1973; Porto, 1979; por
exemplo). Adicionalmente , o equipamento para criacio do esta
do mais denso possivel a um tanto sofisticado ,
to quanto saiba o autor ,
taro e, tan
no produzido em nosso Pais. Por
este motivo, principalmente, tem sido propostos e testados
com variavel sucesso, metodos alternativos para controle
40 7
da compacidade atingida por macicos arenosos. Inserem-senes
to contexto o use da densidade obtida em ensaio tipo Proctor
Normal
como fronteira superior de referencia,(Morimoto,l972,
1976) o controle da compacidade de areias por ensaios pene
trometricos de pequeno porte (Oliveira et al, 1975, por exem
ploy, etc.
A procura de um metodo mais simples de controle de compaci
dade de areas tem tambem como movel o fato fartamente comproon
vado de que as caracteristicas basicas comportamentais (a
resistencia ,
a permeabilidade ,
a sensibilidade a vibrag6es,
a compressibilidade, etc) desejadas em um determinado caso
sio geralmente atendidas desde que se garanta que a densida
de relativa situar-se-a dentro de uma determinada faixa
(d i
gamos, entre A e B% ou major do que C%, etc). De fato, bas
to em geral, garantir atraves de controle visual - tactil, a
total cobertura do material com a granulometria visualizada,
lancado em camadas com espessura adequada, pelo equipamento
compactador corretamente dimensionado, para que se obtenha
o produto acabado desejado. Permanece porem a necessidade
de execuca-o de controle quantitativo para fins de registro
e, principalmente , para evitar a tendencia ao relaxamento
da atenseo quanto a aspectos executivos considerados pacifi
cos ou rotineiros.
0 controle qualitativo deve ser simples ,
E desejavel ,
ainda ,
economico a rapido.
que a tende& ncia ao erro sistematico se
ja para o )ado da seguranca .
No presente trabalho a relata
do um partido de controle baseado na diferenca entre a den
sidade in situ
( pfd ) e a densidade minima
( edm,n) que procu
ra atender aos requisitos acima. Adicionalmente os fatos e
procedimentos descritos deverao ser de utilidade no auxilio
a decis6es
de projeto
e preparo de especificasoes.
2 - ASPECTOS EMPIRICOS E DEFINICAO DE PARAMETROS
- maxima-e-minima
2.1 - Relasao
- entre-as-densidades
- - -- - -- - ---- - - - E fato intuitivamente aceitavel
comprovado que 4dma.,je e
ra direta .
^dmgx
se relacionam de manei
Na figura 1 esta` o lancados os valores de
a 2^dm,n
ferentes
4dm11)
e experimentalmente
, obt i dos via ASTM D2049-69, para 33 di
areias limpas com e sem
408
pedregulhos, com e
sem pequena porcentagem de mica, uniformes a beam gra
duadas,
extraidos de diversos artigos ticnico5
et al.,
1972
(Tavenas
; Tavenas & La Rochelle, 1972; Souto Sil
veira et al.,
1973 ; Gupta & Mckeown, 1972;A1- Hussaini,
1972; Reitz, 1972; Wong et al., 1974; Marachi et al,,
1977) e obras (CESP, DNOCS) recentes. Ajustou-se aos
pontos uma reta de regressao por minimos quadrados tam
beam mostrada na figura 1 a qua] se caracteriza por ter
uma inclinasao praticamente identica a 45°. Poulos &
Hed (1972)
tambem chegaram a conclusao, estudando duas
ocorrencias bastante heterogeneas ,
de que a relasao en
pole ser expressa por reta a 45° co
tre ^dmax e ^dlnjn
mo reproduzido na figura 2. Note-se que Poulos & Hed
obtiveram os valores de densidade maxima atraves de en
saio de compactacao segundo o procedimento AASHO modi
ficado. Na figura 3 es tao lancados os valores de ^dv?)n e
^dmax
,
este obtido por compactacao segundo procedimen
to Proctor Normal, relativos a 26 diferentes areiasIim
pas com diferentes granulometrias e mineralogias tole
tados em diferentes artigos tecnicos
1963; Townsend
Townsend ,
&
Hutchinson ,
1972) e obras
( Townsend & Dohaney,
1961; Tavenas et al,1972;
( DNOCS ).
Como se vi na figura
3, a reta ajustada por minimos quadrados pode ser apro
ximada razoavelmente por outra reta passando pelo pon
to medio do conjunto de dados e com inclinasao de 450,
tal Como nos casos anteriores.
Pode-se, portanto ,
t'd,na'
impor a um conjunto de pares 'drain ,
( com ?SCJm4( obtido atraves de procedimento unifor
me e aceitavel qualquer )
relativos a uma certa jazida
(como e o caso da figura 2) ou relativos a diversos lo
cais diferentes
( como e o caso das figuras 1 e 3) a se
guinte relacao:
^drnax - Kamm + 6
[23
onde,
[3]
b
409
Havers sempre uma certa dispersao dos pontos no entor
d?
no da relac o [2]. Definimos
xa constituida por duas retas
gendo
7
como a altura da fa;
paralelas a
[2] e abran
% dos pontos. 0 valor d7 a obtido 9ra-ficamen
te: na figura 1, por exemplo, se
vi que d100 (isto e,
a igual
a altura da faixa que engloba 100% dos pontos)
a 0.218/cm3. Faremos ainda a hipotese de que a faixa
e simetrica em relasao a (2]. Assim sendo,
da faixa:
tes equac6es definem as fronteiras
frentei ra superier^
^d Mki x
as seguin
m,n
= mq
fronteira inferior:
Max
^d
+ (b
z
+
[]
2.2 - Comenterios
sobre I^dmln
-------------------
0 ensaio para obtencao de ^dr^iq
, por exemplo ASTM
D2049-69, ao contrario do 4maK , nao requer equipamen
to especial ,
a rapido, simples e barato de ser execu
tado e apresenta menor variabilidade do que o ensaio
de ^dmax.
No supra - citado programa cooperativo de en
sai,,o//s (Tavenas, Ladd & La Rochelle, 1972) os valores
de Odm,n obtidos pelos 60 diferentes laboratorios va
riaram entre 1.47 e 1.59 g)cm3 para
a area
fina a en
tre 1.74 e 1.93 9/cm-3 para a areia com cascalho. Tais
amplitudes de variasao, embora significativas,sao cer
ca da metade das observadas para ^dmpx• Note-se ainda
que um eventual descuido de procedimento na obtensao
de edmin redundara
em um estado mais denso do que o al
mejado e, portanto, redundara- em um valor mais conser
vador (isto e, menor) da densidade relativa. A utili
zaseo de ?Sdn1on
como paramet ro de controle i mp l i ca por
tanto, em principio, no atendimento do requisito de
conservadorismo do metodo de controle.
3 - RELACOES ALGEBRICAS
Definindo a diferenca entre a
^d , e a
densidade
densidade minima , ^dmj'n ,
'Kd =
410
?Sd
natural
( ou in situ),
como,
-
Z^d m,n
15J
1
( 3] e (5] na
e, inserindo as equasoes
6 )'d
R
^dm^n
[1], vem:
equasao
^da^fn
+
[6]
b
L ^d b
A equasao [6) fornece o valor medio da densidade relativa em
funsao de b (diferenca entre os valores medios de ^dplgx a de
^dmin , uma caracteristica da jazida) e de Si
i
do a fixado em cada caso especifico)
(a ser avalia
e tem a interessante ca
racteristica de ser praticamente independence do valor de
(Para o espectro usual , digamos, 1.2^ 2.Og/em3).
A equasao [6) esta graficamente apresentada na figura 4 (a)
para um espectro de valores de b (0.20 ^ b 4, 0. 50 g/cm3) al
go mais largo do que o esperavel.
A re l asao e n t re Sdrngx e ^dmrn
ex i be uma d i spersao que var i a
com a heterogeneidade da jazida enfocada e e representada
por uma faixa cuja altura,dr7 , depende do valor escolhido
de 7 (% de pontos no desprezados no estabelecimento da fai
xa de relasao entre os dois valores). Como reflexo o valor
da densidade relativa tambem variara entorno da media. A am
plitude de tal variasao pode ser obtida inserindo as equacoes
[4] na [6]:
8 DR7 = Me, x
^dmM*d6d
Podemos
dirmos
ainda normalizar a
variasao
E ?J
2^dm M . 4 d7
4b 2 -d2
eliminando
Ud
, se divi
[7] por (6]:
SDR9
6 V 7f jm'n 4 d7
b + 6'cl m i n
4 6 2 - d^Z
DR
Eel
A equasao [8] fornece a relasao entre a variasao de densida
de relativa e a densidade relativa media ,
dois parametros emprricos
praticamente independentes
(b e d? )
em funcao de apenas
pois seus resultados sao
de 'dm ,n (tal como na equasao [6],
para o espectro usual : 1.2 G 'Kd min 2. 0 g/cm3 ).
[8] este apresentada em forma grefica na figura 4
espectros dos valores de b (0.20 ^ b < 0.50
(0 d7 < 0. 40 g/cm3 )
A equasao
( b) para
g/cm3) e de
um tanto mais amplos do que os espe
411
ravels na
pratica.
4 METODO L OGIA E EXEMPLOS DE MANVSEIO DOS DADOS
4.1 - Metodologia
A metodologia envolvida no use das relacoes do item an
terior a bastante simples e comporta os seguintes pas
SOS:
19) Obtencao de valores ^dMax e '^dMiA em quant i dade
representativa da jazida enfocada. 0 valor de in,n
deve ser obtido pelo metodo ASTM D2049-69 e o va
for de '6dmo' deve ser obtido de forma padronizada
ao gosto do engenheiro (ASTM D2049-69, compactacao
com uma certa energia, etc.).
24) Construcao do graf i co ^d m in vs. ?SO Max
determi nasao
do ponto med i o da nuvem de pontos , (
idmin , ^dmev) e
por este ponto. Esta reta to
trasagem de reta a 450
ra a equacao,
-Sdmjo
'dmax =
-b
sendo,
b = ^d max - "^dnlin
39) Estabelecimento da faixa de dispersao da relac o
^drgso
vs. 'dmax .
A faixa tern fronteiras paralelas
^'1$
a reta central e dela equidistantes e englobara ll
( 6dmin , 6dmox ) obtidos. A altu
dos pares de valores
ra desta faixa
sera
d^ .
40) Com o valor de b, utilizar a formula
= 16dm4 e O< &Kd ^
relacao entre
66d e a
[6], com ^dnrjn
b, produzindo um grafico de
densidade relativa media,DR.
e sem perda apreciavel de preci
Alternativamente ,
sao, pode ser utilizada a figura 4 (a).
59) Com os valores de b e d7 , utilizar a formula [8]
corn Xdmin = ^d ^nitl' ,
ou a figura 4 (b), e obter SDR
DR^
Calcular o valor de 8DR para alguns valores de
DR e construir a faixa de variacao da densidade re
lativa ,
que tere ,
em cada ponto , 8 DR de altura (is
412
to e,
S
DR
Para cima e $ DR Para baixo da linha
2
2
obtida em [49]).
4.2 - Exemelos - de-Manuseio-e-Comentarios - Praticos
Foram manipulados cinco conjuntos de dados
( os quatro
ja mencionados e mais um reportado por Reitz , 1972) com
o fito de
ilustrar e comentar a metodologia e de sub
sidiar os exemplos de aplicasao apresentados no item
seguinte .
Os elementos basicos de cada conjunto enfo
cado estao apresentados na tabela 1 e os graficos de
N6al
contra densidade relativa obtidos estao
apresen
tados nas figuras 6 e 7.
As figuras 1 e 6 (a) referem - se, como ja se mencionou,
a 33 diferentes areias limpas (sem frasao passando na
peneira n9 200 )
com granulometrias desde uniforme a
bem graduadas e compostas por gra- os com diferentesfor
mas e mineralogias (inclusive pequenas porcentagensde
mica). 0 ^daaxem todos os casos foi obtido via a ASTM
D 2049 - 69.Considerando o amplo conjunto de areias in
cluidas, a disperseo observada no grafico
4dm4x
vs .
^dm,n ( fig.1) a surpreendentemente baixa ( o coefici
ente de correlacao de Pearson a 0.961 ) e redunda em
um grafico
A?''j vs. DR ( fig. 6 (a ) )
no qua] a varia
sao de DR a relativamente pequena,mesmo se incluirmos
todos os pontos
( into e, 7 = 100%). Este fato tem in
teressante consequencia pratica a qua] a discutida no
item seguinte.
As figuras 3 e 6 (b) referem-se, tambem ,
a areias das
mais variadas. A referencia superior de densidade
(2^dma,,) neste caso e a obtida por ensaio de compacta
sao com energia Proctor Normal. Como se vi na figura
6 (b) a faixa de variasao da DR no grafico
A'd vs. DR
e to grande a ponto de trivializar a informacao que
dele pode ser obtida .
0 principal motivo Para tal va
riabilidade reside certamente na variabilidade do en
saio utilizado para estabelecer
sidiariamente ,
Sd w.
o fato de que a diferenca
Coopera, sub
^drvx- ^d,^,n
sendo menor a metodologia proposta se torna muito sen
413
sitiva a pequenas variasoes
de Ud .
Assim, nao pare
ce poss1vel obter uma re Iacao geral para todas as are!
as limpas usuais utilizando ^Jmax definido por compac
tasao como o foi para ^dmex
definido via a ASTM D2029
-69.
Note-se porem , que para uma determinada jazida, mesmo
bastante heterogenea granulometricamente, o use de en
saios de comp act asao na definisao de UdAax pode levar
a resultados bastante satisfatorios. Assim nos casos
(Poulos b Hed, 1972) mostrados nas figuras 2 (a),2(b)
e 7 (a), onde ^nsx foi definido par ensaios de compac
taco com energia elevada e adotou-se 90% dos pontos
= 90°6), se consegue fixar a densidade rela
7
tiva dentro de uma estreita faixa de 6 a 8% do seu
(isto e,
valor medio. A razao deste menor espectro de valores
de DR (que a fruto direto da menor dispersao no grafi
co
odmin
vs. .dmax
)
esta , provavelmente,
associada ao
fato de que a forma e a mineralogia dos graos no va
riam muito no deposito devido a acumulacao ter-se da
do em condiyoes geologicas uniformes . E provavel que
o caso mostrado nas figuras
5 e 7(b ), Reitz
(1972) ,
seja mais representative da situasao usual. Aqui,para
7 = 90% se obtem uma variasao de 40% do valor medio
da DR no grafico
DR vs.
aid .
5 - EXEMPLOS DE APLICACAO
5.1 - Barragens_e_Aterros_de_Porte_Pegueno_a_Medio
No caso de barragens de Porte pequeno a medio e de
aterros hidraulicos em areas limitadas ou para apoio
de estruturas comuns o que ,
em geral, se deseja a ape
nas que a densidade relativa da areia seja superior a
um certo limite (a especificacao mais frequentemente
encontrada a DR > 60%). Se a areia enfocada for limpa,
com ou sem pedregulhos, com ou sem uma pequena porcen
tagem de mica e tiver peso especifico seco minimo
( ;ldr1 s) )
entre cer'ca de
1.2 e 2.0 g/cm3 (i sto e, prati
camente toda e qualquer areia aceitavel e comumente
utilizada nas obras
to reunido
Ad
em foco)
na figura
e DR (com
^'dmax
ela pertencera
1 e, portanto,
ao conjun
sua relasao entre
definido via ASTM D2049-69) si
414
tuar -se-a no interior da faixa mostrada na figura 6(a).
Assim sendo, como esta indicado na figura 6( a), basta
que se tenha 6j : 0.21 g/cm3 para que
-dwax
teja entre 50 e 83%.
lativa minima
(com
a densidade re
definido pela ASTM 2049-69) es
5.2 - Barrasens-e-Aterros-de-Grande-Porte
No caso das obras de grande volume as especificagoesde
projeto tendem a ser mais rigorosas. 0 mesmo ocorre em
situasoe c que, por sua natureza e
implica coes de licen
ciamento, exigem rigoroso controle mesmo em trechos de
pequeno porte como e o caso de obras
de carater estra
tegico, de usinas nucleares e de obras
nas quais a es
cassez de areia obriga ao use de volumes pequenos dos
quais se deseja garantia de desempenho rigorosamente con
forme vizualizado em projeto.
Nessas circunstancias o procedimento
utilizar a relacao
dos" iniciado
^dmm vs. ^in
na fase
mais indicado e
Como um "banco de da
de projeto e enriquecido durante
a construsao pela inclusao dos ensaios executados para
controle.
Na fase
de projeto
a jazida selecionada a submetida a
um conjunto o mais representativo
de densidade minima
possrvel de ensaios
( m,q ) e maxima
( 'dmox ,
do segundo um metodo de ensaio julgado
luz das preferencias do projetista
do proprietario).
sera
e/ou da experiencia
aquilatar os limites den
possivel controlar
tiva a ser atingida
sidades relativas
conveniente a
A utilizasao da metodologia proposta
permitira entao ao projetista
tro dos quais
determina
a densidade rela
no campo ( atraves da faixa de den
obtida)
a qua] a porcentagem de pon
tos da obra que s i tuar-se-a dentro
de tai s limites (atra
ves do valor selecionado de 7 ). Evidentemente, quanto
mais heterogenea for a jazida ,
quanto major a variabi
lidade do metodo escolhido para determinasa-o do
,dmax
e quanto maior o valor de ? selecionado, mais larga
sera a
faixa de densidades relativas. Assim, podem
ocorrer desde casos em que a densidade relativa fica
balizada entre limites estreitos e perfeitamente acei
415
taveis
( como mostrado nos exemplos das figural 7 (a)
e 7 (b) ) ate casos nos quais a faixa de densidades
relativas se apresenta to grande a ponto de se tor
nar inutil e, mesmo ,
por exemplo ,
conceitualmente absurda (como,
a mostrada na figura 6(b)).
Durante a construsao ,
o procedimento de controle asso
ciado a metodologia proposta consiste da execusao sis
tematica
( segundo um criterio qualquer estabelecido
em projeto , tipicamente, a cada 50 a 10000) de ensai
os 6J& e ^dm Qx . Tais valores sao Iancados no grafi
co
^dm,n
vs. ^dn7ex enriquecendo - oe,eventualmente, mo
dificando-o (into e,variando d^ ) ou compartimentandoo (isto e, construindo graficos particulares para uma
certa jazida , em certo perlodo ou uma certa parte da
obra). Com o desenvolver da construsao a frequencia
de execusà o de ensaios
^dma)( podera
ser diminufda e,
reduzida a zero.
eventualmente ,
No caso da jazida ser to heterogenea ou a
de determinayao de
6dmev
de a sistematica proposta
ser
t a o varieveI
( isto e ,
tecnica
que invali
se produza uma fai
xa de densidades relativas trivializadoramente ampla)
as metodologias usuais de controle (execucao
t i ca de ensaios
tricos, etc )
tentes .
^dmax e
?Sdm+n
,
slster,a
ensaios penet rome
provavelmente tambem se mostrarao impo
A metodologia proposta permite em tais situa
saes que se trate o problema, seja atraves de testes
com outras formas de obtenca-o de --^dmax
, seja utili
zando valores menores de h .
6 - COMENTARIOS FINAIS
A metodologia proposta envolve a determinasa' o, na fase de
controle executivo ,
do valor da densidade in situ .
No foi
discutida a variabilidade dos metodos de determinazao da
densidade in situ a qual certamente
nente de dispersio na.relasao entre
introduz
mais uma compo
4L 6'd e DR.
Da mesma for
ma no se discutiu o merito das diferentes formas de estabe
lecimento do valor maximo de referencia da densidade
(^dx4w).
Compete aos engenheiros envolvidos em cada caso,estabelecer
o melhor procedimento segundo sua experiencia, o material e
416
as condisoes locais embora seja extremamente desejavel que
se consagre um conjunto de procedimentos padronizados.
Ao longo do desenvolvimento do presente trabalho tentou-se,
sem sucesso ,
- ^d>7in )
encontrar uma
relaca' o entre a dif ere nsa ( ^dmgX
e caracterrsticas simples dos solos como a granulo
metria ( uniformidade, diametro medio, diemetro efetivo, etc).
Proeurou - se,
grafico
'6 n
tam b em, pesquisar se a dispersao dos pontos no
vs.
OG' m rn
(isto e ,
o valor d7 ) se associava
a alguma caracterrstica mais simples que refletisse igualmen
to
a heterogeneidade
do
d e posito.
Constatou- se que , tendenci
almente , existe uma relac ao entre , por exemplo ,
de valores de
3'dMIi7
observa vel
e o valor de 67 (para um certo
a
amplitude
em um certo deposito arenoso
7 ) .
Como
^d'man
se correla
ciona razoavelmente com a granulometria (Burmister, 1962)abre
se espaco para correlacionar d7 com ela.
me de dados disponiveis de imediato ,
vem permanecer no piano especulativo.
417
Porem,
com o volu
tais consideracoes de
7 - REFER ENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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428
RESUMO
A partir da constatasao empirica da existencia de razoavJel cor
relasao retilrnea e a 450 entre as densidades maxima
minima
( Odaox) e
( dim) de diversas areias, o trabalho explora a relasao
entre a densidade relativa (DR) e a diferenca entre a densidade
in situ e a densidade minima
(a'd = ^d - 'dmjn ). Sao apresen
tadas asequasoes relevantes e estudadas algumas situasoes prati
cas a partir de dados da literatura e de algumas obras.
Em presenca dos encorajadores resultados obtidos, a proposta uma
metodologia para utilizasao da relasao DR vs . fed em projeto e
no controle
da execusao.
429
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