curso técnico em enfermagem

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Componente Curricular: Patologia e Profilaxia
Módulo I
Profª Mônica I. Wingert
Turma 101E
TUMORES
Tumores, também chamados de neoplasmas, ou neoplasias, são alterações celulares que provocam o
aumento anormal dos tecidos corporais envolvidos.
BENIGNO: são considerados benignos quando são bem delimitados, de crescimento lento; e também
não reincidem após sua remoção, e nem se espalham.
MALIGNO: os malignos infiltram as células adjacentes, têm crescimento rápido, e podem reincidir e se
espalhar pelo organismo, atacando outros órgãos, por via linfática ou sanguínea: são as metástases. Nesse
último caso, tais tumores também são chamados de câncer.
Tumores benignos são constituídos por células bem semelhantes às que os originaram. Isso não acontece
no caso dos tumores malignos, uma vez que infiltram outros tecidos e possuem alto índice de duplicação
celular. Esse fato permite com que alguns cânceres possuam a capacidade de produzir antígenos. Tal
característica pode ser muito útil para o diagnóstico, inclusive precoce, dessas neoplasias; evitando
procedimentos invasivos visando este fim. Cânceres também podem apresentar algumas áreas com
necrose, ou mesmo hemorragias, e de graus variáveis.
Quanto à nomenclatura, tumores benignos possuem o sufixo “oma”, que segue um prefixo referente ao
seu tecido originário.
Exemplo: lipoma, tumor benigno do tecido adiposo.
No caso dos malignos, sua classificação dependerá da origem embrionária do tecido primeiramente
acometido.
Exemplos: carcinomas, tumores malignos formados a partir de tecidos de revestimento; e sarcomas,
tumores malignos formados a partir de tecidos conjuntivos ou mesenquimais. Vale lembrar que existem
exceções.
As causas dos tumores podem ser biológicas, como alterações genéticas ou hormonais, ou mesmo
infecções; químicas, como o cigarro; e físicas, como exposição a radiações. O tratamento pode ser
medicamentoso ou cirúrgico. No caso de tumores malignos, há também a quimioterapia e a radioterapia
como medidas efetivas para contemplar este objetivo.
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Módulo I
Profª Mônica I. Wingert
Turma 101E
CÂNCER
Qualquer pessoa pode desenvolver algum tipo de câncer ao longo da vida
Doença não contagiosa, o câncer pode ser definido como um grupo de mais de 100 doenças que se
caracterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais, chamadas de malignas. Por vezes essas
células anormais podem migrar e invadir tecidos e órgãos em diversas regiões do corpo, originando
tumores em outros locais. Quando isso ocorre dizemos que houve metástase.
Com uma divisão celular muito rápida e incontrolável, as células cancerosas costumam ser agressivas,
determinando a formação de tumores malignos e constituindo um risco de vida para o paciente. Por
outro lado, o tumor benigno se caracteriza por ser apenas um acúmulo de células que se dividem muito
lentamente, sem causar maiores agressões ao indivíduo.
A maioria dos tipos de câncer tem suas causas ainda desconhecidas, mas 90% dos casos de câncer estão
relacionados a fatores ambientais, como cigarro (câncer de pulmão), excesso de sol (câncer de pele),
alguns tipos de vírus (leucemia), hábitos alimentares (câncer de mama, câncer de próstata, câncer de
esôfago, câncer de estômago, câncer no intestino grosso), alcoolismo (câncer de esôfago, câncer da
cavidade bucal), hábitos sexuais (câncer de colo uterino), medicamentos (câncer de bexiga, leucemias,
câncer de endométrio), cânceres provocados por exposições ocupacionais, etc.
Pessoas que têm histórico de câncer na família podem ou não desenvolver a doença, mas há alguns tipos
de câncer, como o de mama, estômago e intestino, que podem ter influência genética.
A mortalidade de um câncer irá depender de alguns fatores, como: tipo de câncer, rapidez com que suas
células se multiplicam, capacidade que o organismo da pessoa tem de combater a doença e a existência de
um tratamento eficaz. O câncer de próstata já foi considerado letal, mas, hoje em dia, em razão do
progresso com os tratamentos, apresenta até 95% de cura.
Atualmente o câncer é a segunda causa mortis no Brasil, perdendo apenas para doenças cardiovasculares.
Dentre os diversos tipos de câncer podemos citar:
*
Câncer de pulmão; *
útero; *
Câncer de mama; *
Câncer de colorretal; *
Câncer anal; *
*
Câncer de laringe; *
Câncer no fígado; *
*
Câncer de fígado; *
Câncer de boca; *
Hodgkin; *
*
Linfoma não Hodgkin; *
Câncer de pele (não melanoma); *
no testículo; *
Câncer de ovário; *
Câncer no colo do
Câncer na bexiga; *
Câncer de esôfago; *
Leucemias; *
Câncer de estômago;
Linfomas; *
Câncer no pâncreas; *
Câncer no pênis; *
Câncer infantil;
Linfoma de
Câncer de pele (melanoma);
Câncer de próstata; *
Câncer
Tumores de Ewing.
O tratamento do câncer irá depender de diversos fatores, como tamanho do tumor, idade do paciente,
localização do tumor, tipo das células cancerosas, etc. Em muitos casos, os médicos combinam mais de
um tipo de tratamento para combater o câncer.
Se o tumor for localizado, a cirurgia pode ser uma opção de tratamento, que geralmente é utilizada para o
câncer de mama, câncer de cólon, câncer de boca, entre outros tipos.
A radioterapia é um tipo de tratamento no qual radiações são utilizadas para destruir as células
cancerosas ou impedir que elas se multipliquem. Nesse tipo de tratamento o paciente não sente nada.
A quimioterapia utiliza medicamentos que irão combater o tumor. Na maioria das vezes, estes são
aplicados na veia, mas em outros casos podem ser dados via oral ou intramuscular. Uma vez no corpo do
paciente, esses medicamentos caem na corrente sanguínea e são levados para todas as partes do corpo,
destruindo todas as células que estão causando o tumor e impedindo que elas se espalhem para outras
regiões do corpo.
O transplante de medula óssea é feito quando há um câncer maligno que acomete as células sanguíneas.
É importante lembrar que muitos tipos de câncer podem ser prevenidos, como o câncer de pele, cânceres
causados pelo tabagismo e bebidas alcoólicas e cânceres relacionados à dieta alimentar. Outros tipos de
câncer, como o de mama, próstata, cólon, colo de útero, reto, testículo, língua, boca e pele, podem ser
detectados no início, quando se faz a prevenção a partir de exames específicos. Lembrando que, quando
diagnosticado no início, o câncer tem maiores chances de cura, daí a importância de se fazer o diagnóstico
precoce.
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Módulo I
Profª Mônica I. Wingert
Turma 101E
LEUCEMIA
A leucemia é um tipo de câncer que acomete os glóbulos brancos produzidos pela medula óssea. Pode ser
mieloide ou linfoide e se apresentar de forma aguda ou crônica.
A medula óssea é a responsável pela produção das células que constituem o sangue
A medula óssea é um tecido líquido gelatinoso encontrado no interior dos ossos, principalmente esterno e
bacia, conhecido por alguns como tutano. É na medula óssea que ocorre a produção de hemácias
(glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas, constituintes do sangue. As hemácias são
as responsáveis por transportar o oxigênio dos pulmões até os órgãos e tecidos, e o gás carbônico dos
órgãos e tecidos até os pulmões. Os leucócitos são importantes “soldados” do nosso sistema imunológico,
nos protegendo de infecções, e as plaquetas auxiliam no processo de coagulação sanguínea.
A leucemia é um câncer que atinge os leucócitos produzidos pela medula óssea. É uma doença que se
caracteriza pelo acúmulo de leucócitos anormais na medula óssea, prejudicando ou impedindo a
produção de hemácias, leucócitos e plaquetas. Essas células anormais, chamadas de células leucêmicas
ou células cancerosas, podem invadir outros órgãos, como fígado, baço, linfonodos, rins e cérebro. A
leucemia é classificada de acordo com o tipo de leucócitos que afetam, e por isso são chamadas de
leucemia linfocítica, linfoblástica, ou linfoide, quando atinge os linfócitos; e leucemia mieloide,
quando atinge os mielócitos. Além disso, pode se apresentar de duas formas, aguda e crônica. Na forma
aguda, as células são imaturas, não desempenham seu papel como deveriam e se reproduzem
aceleradamente; enquanto que na forma crônica, as células são maduras, e podem manter algumas de suas
funções, além de se reproduzirem de forma lenta.
A leucemia linfoide aguda é mais comum em crianças, mas pode atingir pessoas com idade acima de 65
anos, enquanto que a leucemia mieloide aguda é mais comum em adultos. A leucemia linfoide crônica
geralmente afeta adultos com idade acima de 55 anos e raramente acomete crianças, sendo que a
leucemia mieloide crônica afeta principalmente adultos.
Ainda não se sabe ao certo qual a real causa da leucemia, mas acredita-se que fatores genéticos e
ambientais podem interferir no aparecimento desse tipo de câncer. Assim como os outros tipos de
canceres, a leucemia é resultado de mutações no DNA, que podem se dar espontaneamente ou por
exposição à radiação e substâncias cancerígenas. Alguns especialistas associam alguns tipos de vírus com
o aparecimento da leucemia, assim como a anemia de Fanconi também pode ser fator de risco para o
aparecimento desse tipo de câncer.
Como a medula óssea deixa de produzir quantidade suficiente de células sanguíneas normais, os
primeiros sintomas são falta de ar, fraqueza e anemia, em razão da falta de hemácias no sangue; infecção
e febre, pela baixa quantidade de leucócitos; sangramentos que podem ser nasais, nas gengivas, ou
manchas roxas na pele em face da quantidade excessivamente baixa de plaquetas no sangue. Outros
sintomas também podem se manifestar, como perda do apetite, perda de peso, aumento dos gânglios
linfáticos, aumento do fígado e baço, calafrios e dores nas articulações. Dores de cabeça, náuseas,
vômitos, visão dupla e irritabilidade podem ser sintomas de que células cancerosas migraram para o
sistema nervoso central.
O diagnóstico da leucemia é feito baseando-se no histórico do paciente e através de vários exames como
hemograma completo, tomografia computadorizada, raios-X, biópsia da medula óssea, ou biópsia de um
gânglio linfático. Há casos em que é necessário fazer punção do líquido presente na medula espinhal.
Para todos os tipos de leucemia, a quimioterapia (destruição das células malignas) é indicada. Em alguns
pacientes é necessária a transfusão de eritrócitos para tratar a anemia, plaquetas para tratar os
sangramentos e antibióticos para tratar as infecções. A associação de vários medicamentos
(poliquimioterapia), controle das complicações infeciosas e hemorrágicas e prevenção do controle da
doença no sistema nervoso central(cérebro e medula espinhal) têm sido usado em alguns pacientes com
bons resultados. Há casos em que é necessário o transplante de medula óssea, radioterapia ou
imunoterapia.
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Turma 101E
CÂNCER DE OVÁRIO
O carcinoma de ovário é o tipo de câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado, já que o exame
clínico geralmente falha na identificação de tumores pequenos. Por isso, na maioria dos casos, este já é
descoberto em estágio avançado, comprometendo diversas regiões e apresentando um elevado índice de
letalidade.
Encontrado em mulheres de todas as idades, mas em maior frequência naquelas de idade acima de 40
anos; histórico de câncer de mama, antecedentes familiares, exposição a agentes tóxicos e estilo de vida
são fatores que se mostram como sendo de risco. Como este câncer está relacionado ao número excessivo
de ovulações, é comprovado que o uso de pílulas anticoncepcionais por mais de cinco anos diminui a
incidência deste tumor para 60%; e que mulheres que nunca tiveram filhos têm maior probabilidade de
adquiri-lo.
Com quadro clínico inespecífico, que pode incluir dor abdominal, aumento do volume nesta região,
alterações urinárias, dificuldade para comer ou sensação rápida de saciedade por mais de três semanas;
marcadores tumorais detectáveis no exame de sangue e ecografia podem ser importantes para detectá-lo
precocemente. Entretanto, o diagnóstico definitivo só pode ser feito cirurgicamente: momento este em
que um material representativo deste tumor é analisado ao microscópio e já é feita a intervenção
terapêutica, de acordo com os resultados obtidos.
A área removida depende de fatores como idade da paciente, tamanho e agressividade do câncer e desejo
ou não de ter filhos no futuro. Muitas vezes podem ser necessárias seções de quimioterapia, radioterapia
ou hormonioterapia, de acordo com tais critérios citados.
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