A Profecia - Convenção Batista Brasileira

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ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 22/03/15
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
A Profecia
Foi desprezado e rejeitado pelos homens; homem de dores e experimentado
nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, foi desprezado, e não lhe demos nenhuma importância.
Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou sobre si
as nossas dores; e nós o consideramos aflito, ferido por Deus e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa
das nossas maldades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e por seus
ferimentos fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo
seu caminho; mas o Senhor fez cair a maldade de todos nós sobre Ele.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é
levado para o matadouro, e como ovelha muda diante dos seus tosquiadores,
Ele não abriu a boca. (Isaias 53.3-7)
1
Ano CXIV
Edição 12
Domingo, 22.03.2015
R$ 3,20
2
o jornal batista – domingo, 22/03/15
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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(1964 a 1988);
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INTERINOS HISTÓRICOS
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ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
Joquebede:
uma mulher de fé
Q
uero compartilhar a história
de uma mulher
de Deus, uma
mulher de valor chamada
Joquebede. A história dessa
personagem está registrada
em Êxodo 2.1-10. Sugiro
que você faça a leitura.
A Bíblia nos conta que
Joquebede era descendente
de Levi e nasceu na época
em que os israelitas estavam cativos no Egito. Não
bastasse a forma escravocrata e desesperançosa que
esse povo vivia, o rei lançou um decreto ordenando
que todos os bebês do sexo
masculino fossem mortos
assim que nascessem. Neste tempo, Joquebede já tinha dois filhos e se deparou
com mais uma gravidez.
Com toda certeza, ela e o
marido torceram para que
nascesse uma menina, já
que não havia ultrassom
naquela época para saber
qual era o sexo da criança.
Para a surpresa da família,
nasceu um menino forte,
saudável e muito bonito. O
que fazer agora?
Joquebede sabia que se Faraó soubesse do nascimento
do seu filho, mataria-o, pois
essa era a ordem. Então, por
três meses ela decidiu que
esconderia a criança e, pelos versículos, ocorreu tudo
bem nesse período. Porém,
chegou um tempo em que
era impossível continuar
escondendo aquele bebê,
que agora já estava maior e
chorava mais alto. Foi nesse
momento que essa mulher
precisou tomar a decisão
mais difícil - na minha opinião - da vida dela. Joquebede providenciou um cesto,
cobriu-o da melhor forma
para aquecer e proteger o
menino e escolheu confiar
exclusivamente em Deus. O
cestinho seria apenas uma
estratégia de cuidado e proteção para com o neném.
O menino então foi posto
para flutuar nas ondas do
rio Nilo, ao som do clamor
dessa mulher para que Deus
o protegesse. A irmã dele
chamava-se Miriã, que acompanhou de perto o cestinho
flutuando pela beira do rio.
Naquela mesma hora, a filha
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do Faraó estava se banhando
no rio com as suas servas e,
quando viu o cestinho, sentiu
o desejo de cuidar daquela
criança. Como sabia que precisaria de uma babá, Miriã, a
irmã do menino, ofereceu-se
para encontrar uma hebreia
para criar a criança. Concordando, a princesa do Egito,
sem saber, pôs novamente
nos braços de Joquebede o
filho que ela havia deixado
no rio. Joquebede e Anrão
criaram o menino, que recebeu o nome de Moisés, e
disse: “Porque das águas o
tenho tirado” (Ex 2.10).
Através dessa linda história de fé em Deus quero
ressaltar alguns pontos: primeiro, quando a situação parecer diferente do esperado
é imprescindível ter calma
e sabedoria para entender
a orientação de Senhor; em
segundo lugar, mesmo com
Deus no controle, existe o
momento da nossa ação –
Oração significa orar e agir,
conforme o direcionamento
de Deus -, quando nossa
postura diante do problema
deve ser de coragem para
encará-lo. Em terceiro, a
nossa fé e confiança no Deus
Todo Poderoso e provedor
de todas as coisas precisa
falar mais alto do que as
circunstâncias contrárias,
mesmo que pareça ser o
fim aos nossos olhos. E, por
último, quando entregamos,
de fato, alguma situação nas
mãos de Deus e estamos dispostos a ouvi-lo e obedecê-lo, a solução é boa, perfeita
e agradável sempre, pois
somente Cristo é o Deus do
impossível e do melhor.
Não sei como você está,
se está passando por algum
momento difícil e de dúvidas
quanto às decisões, mas coloque seus anseios, seus planos, suas dores, frustrações
e questionamentos diante
do altar do Senhor. Creia,
Ele é fiel e está com ouvidos
abertos e atentos para ouvir
o seu clamor ou apenas as
suas lágrimas, quando as
palavras não saírem. Peça a
Deus sensibilidade para entender as Suas orientações, e
seja guiado para o futuro que
o Senhor tem preparado para
você. (PF)
Foi assim que tudo
começou...
de Alfredo Francisco Wandermuren, que por muitos
anos serviu a esta Igreja na
qualidade de diácono, responsável pela Congregação
de Gruta, que se situava em
sua fazenda.
Lembro-me muito bem dos
terceiros domingos, ora da
Ceia, ora de batismos. Hoje,
decorridos 75 anos, pude
recordar algo de minha infância. Muito obrigado, que
Deus abençoe ricamente o
seu ministério. Abraços.
Desejo parabenizar o pastor Adilson Nogueira de Rezende, pastor da Igreja Batista de Rio Novo do Sul - ES,
pelo material publicado em
O Jornal Batista, edição de
22/02/15.
Querido pastor, louvo a
Deus por sua vida. Parabéns
por ter me feito reviver os
bons tempos da IBRS. Tive
o privilégio de ser batizado
nessa Igreja; acho que foi
pelo pastor Mariano Dou- Aurizé Lucas Wandermuren,
membro da Igreja Batista
rada. Sou filho de Joel FranJardim das Oliveiras - SP
cisco Wandermuren, e neto
o jornal batista – domingo, 22/03/15
reflexão
Família:
bilhete de sorocaba
Julio Oliveira Sanches
Mulher, coroa
da criação divina
A
obra da criação divina foi consumada
com a formação da
mulher. Bem diferente dos demais elementos da
criação, quando Deus falou e
surgiram.
Deus formou Adão do pó da
terra e soprou em suas narinas
o fôlego da vida. No caso da
mulher, Deus dedicou tempo
especial para formá-la, usando a costela retirada de Adão.
Há todo um processo e objetivo no trabalhão divino. Dedicação especial a um objetivo
definido. A mulher foi criada
para dar fim a solidão do homem, para complementá-lo.
Paulo observa esta verdade
ao escrever que a mulher
precisa do homem para se
completar. Da mesma forma,
o homem não é completo
sem a mulher, como bem
exemplifica I Coríntios 7.4.
A não compreensão dessa
verdade bíblica tem oferecido a satanás oportunidades
para denegrir e transtornar o
propósito de Deus.
Desde o momento em que
Eva deu ouvidos ao “lenga-lenga” da serpente, a mulher
tem pagado elevado preço em
sofrimento para conquistar
o seu lugar na sociedade. O
pecado tornou o homem dominador, frustrando o projeto
inicial de Deus. O machismo
dominante em todas as épocas
é consequência do pecado.
Em pecado o homem não consegue compreender e aceitar o
verdadeiro papel da mulher,
como ser formado por Deus.
O pecado levou o homem a
olhar a mulher como objeto
de desejo, não como alguém
que lhe complementa.
O pecado brutalizou o homem. Seu anseio por dominar e impor suas ações no
mundo criado por Deus tem
gerado a sociedade que temos hoje. A ordem dada por
Deus para que o homem dominasse o Universo foi dada
antes da criação da mulher.
Após a criação da mulher
a ordem foi amá-la, como
descreve Efésios 5.25. Deus
não criou a mulher para ser
dominada, tampouco para
ser dominadora. Mas, para
ser companheira do homem.
Ajudadora no estabelecimento do projeto divino, onde
prevalece a poesia e o amor.
A mulher, por sua vez maculada pelo pecado, passou a
competir com o homem. Adquiriu os seus vícios. Deixou-se corromper. Permitiu tornar-se objeto de propaganda
para saciar a mente corrompida do homem. Perdeu sua
feminilidade. Na competição
pela sobrevivência, a mulher
não conseguiu se igualar ao
homem, mas tornar-se escrava dos desejos do macho. Ao
frustrar o objetivo divino que
a criou para ser companheira
e ajudadora, a mulher passou
a sofrer as consequências de
suas decisões. Insatisfação
com a vida; com a maternidade. Hoje, com o horror a
gerar filhos, e outros tantos
fatores que a fazem infeliz.
A violação estimulada pelo
pecado tem gerado uma sociedade desequilibrada, egoísta e cruel. O machismo tão
criticado na sociedade antiga
reapareceu com mais força
na modernidade. As leis que
tentam proteger a mulher da
agressividade masculina não
3
o ideal de Deus
para o ser humano
conseguem surtir os efeitos desejados. Condena-se
sempre a mulher, jamais o
homem que a ajudou a praticar e cooperou com o delito.
Haja vista o tema aborto. Até
mesmo entre os cristãos per- Marinaldo Lima, pastor da Igreja Batista em Sítio Novo –
siste o sentimento de que a Olinda - PE
mulher é inferior ao homem.
Nem inferior, nem superior F amília é célula mater da sociedade;
no projeto divino; iguais aos A bênção de Deus para a humanidade.
olhos do Criador.
M ãe, pai, filhos, filhas no temor do Senhor;
Jesus resgatou o verdadeiro I rmãos e irmãs servindo ao Salvador.
papel da mulher. Nasceu de L ar abençoado na presença do Criador,
uma mulher, sem interferên- I nstruído a viver na paz, na sinceridade;
cia do homem. Defendeu A verdadeira mostra da fraternidade.
a mulher “apanhada” em
adultério da sanha masculi- O projeto de Deus para o homem e a mulher.
na que desejava apedrejá-la.
Conversou com uma mulher, I ndicador de uma vida feliz e abençoada,
considerada indigna pela D e aconchego e abrigo ao final da jornada.
sociedade e a religião do seu E quando a noite chega, é na doce morada
tempo, à beira do poço de A reunião de todos na oração compartilhada;
Jacó. Apresentou-lhe com L ouvando ao Senhor e lendo a Bíblia amada.
amor a água da vida que dessedenta qualquer pecador, D oce lar onde todos vivenciam o amor
seja ele macho ou fêmea. E professam a fé em Jesus Redentor.
Levou o apostolo Paulo a escrever que perante Deus não D edicam dízimos e ofertas perante o altar
há macho nem fêmea, como E ensinam que a Palavra de Deus é o Livro sem par.
está escrito em Gálatas 3.28, U sam dons e talentos na igreja e no lar;
mas, que todos somos um S omente ao Senhor estão sempre a louvar.
em Cristo.
Respeitar a dignidade femi- P ara a igreja juntos vão cultuar
nina e aceitar o seu potencial A o Deus soberano, a quem querem servir.
de realização como ser cria- R ealizam a obra, que é o Evangelho pregar;
do por Deus é mais do que A o serviço estão, cumprem a ordem do IR.
dever, é submeter-se ao que
Deus estabeleceu. Como sal- O ideal de Deus para o ser humano.
vos, precisamos dizer não a
toda violência que denigre o S er membro de uma família na presença de Deus
papel da mulher. As maiores É compartilhar o prazer de viver com os seus,
violências contra a mulher R ealizando o projeto que Ele nos deu.
são praticadas nos recessos
dos lares. O texto de Paulo H omem e mulher casam para formarem
aos Efésios 5.28 há que ser U ma família conforme o ideal de Deus.
praticado pelos esposos com M acho e fêmea, foi assim que Ele criou.
gratidão e amor. Parabéns a A mor com paixão e fidelidade;
todas as mulheres que ser- N ascem os filhos, são criados na fé;
vem a Cristo com fidelidade. O rnamentos eles são, herança do Senhor.
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o jornal batista – domingo, 22/03/15
reflexão
Disciplina: GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
“Não por
força, mas
pelo Espírito” Por que Estêvão
OLAVO FEIJÓ
Pastor, professor de Psicologia
Raul Marques, pastor Santa Rita – PB
E
u logo aprendi desde
que me converti que a
vida cristã deve ser vivida à base do amor.
Não daquele sentimento piegas através do qual a maioria
tenta passar a ideia fantasiosa
e malfadada de que “amor é
tapinha nas costas” ou “aperto de mão”, ou ainda, através
da vazia verbalização de jargões da cultura dita “evangélica”, que mais separam uns
dos outros do que promovem
a verdadeira comunhão dos
santos em Cristo.
Já ouvi algumas dezenas de
vezes os fariseus externando
suas opiniões - destilando o
seu próprio veneno - sobre
a leveza e candura com que
trato os que, por qualquer
infelicidade, se encontram
atolados na areia movediça
do pecado. Felizmente, não
é por eles que baseio a minha fé e as minhas atitudes.
Como alguém que é também
absolutamente dependente
da graça de Deus, coloco os
meus olhos e coração na direção do Mestre, Jesus Cristo.
A disciplina não tem por
objetivo a execração e a humilhação das pessoas, pois
este fardo o próprio pecado
já lhes impõe. Ao contrário, ela busca corrigir, edificar, conscientizar e restaurar
através, exclusivamente, do
amor.
Vejamos, por exemplo,
o caso particular de Pedro.
Temperamento explosivo,
cheio de atitudes impulsivas,
apressado nas decisões e quase sempre sem a menor consciência delas. Mesmo tendo
ciência de toda esta problemática comportamental de
Pedro, Jesus não hesitou em
chamá-lo para seguir na caminhada. Pedro demonstrou
em diversas ocasiões um
completo despreparo para
lidar nos relacionamentos
interpessoais e, sobretudo,
nos relacionamentos com
Jesus. Não obstante, o Mestre
continuava junto dele tratando a sua mente e coração,
preparando-o para situações
futuras que iriam requerer
dele perspicácia, sabedoria
e, claro, amor.
Muito próximo do retorno
de Jesus para junto do Pai,
após a sua ressurreição, Ele
chamou a Pedro e, didaticamente, colocou-lhe sob
disciplina, usando o método
seguinte:
- “Simão, filho de João,
você me ama mais do que
a estes?”. Disse ele: “Sim,
Senhor, tu sabes que eu te
amo”. Disse-lhe Jesus: “Cuide dos meus cordeiros!”.
Novamente, Jesus disse-lhe:
“Simão, filho de João, você
me ama?”. Ele respondeu:
“Sim, Senhor, tu sabes que
eu te amo!”. Disse-lhe Jesus:
“Pastoreie as minhas ovelhas!”. Pela terceira vez, Ele
lhe disse: “Simão, filho de
João, você me ama?”. Pedro
ficou magoado por Jesus lhe
ter perguntado pela terceira
vez “Você me ama?”, e lhe
disse: “Senhor, tu sabes todas
as coisas e sabes que eu te
amo!”. Disse-lhe Jesus: “Cuide das minhas ovelhas!” (Jo
21.15-17).
Jesus recomendou a Pedro
que cuidasse dos Seus “cordeiros” e fizesse o pastoreio
das Suas “ovelhas”, isto é, o
Mestre estava confiando ao
Seu discípulo o mesmo amor
que lhe dedicara.
A maioria, por ter um histórico de vida permeado
de “castigos” domésticos,
escolares e sociais, acredita
que a verdadeira disciplina é aquela que machuca,
que produz marcas físicas
e psicológicas. Jesus, ao
contrário, mostra-nos que:
1) - Só amamos porque primeiro fomos amados; 2) - Só
perdoamos porque fomos
perdoados; 3) - Só somos
restaurados porque Ele nos
resgatou das trevas para
a Sua maravilhosa Luz. A
grande lição de disciplina para nós, pecadores,
é o confronto entre nós e
a nossa malignidade; é o
olhar dentro dos nossos próprios olhos e descobrirmos
conscientemente as marcas
danosas que ela produz; é,
por fim, amarmo-nos a nós
mesmos para que sejamos
capazes de produzir o amor
morre e a
adúltera, não?
ois contextos de
apedrejamento.
Em um deles, em
João 8.11 Jesus
impede a punição de uma
mulher surpreendida em flagrante adultério. No outro
caso, Estêvão, homem “cheio
do Espírito Santo”, foi apedrejado: “Depois, ajoelhou-se
e gritou com voz bem forte
– Senhor, não condenes esta
gente por causa deste pecado.
E, depois que disse isso, ele
morreu. E Saulo aprovou a
morte de Estêvão” (At 7.60).
Viver ou morrer: ambas as
realidades estão submissas
aos planos de Deus. Há vidas que glorificam a Deus.
E há mortes que exaltam o
Senhor, mostrando o impacto
final do Seu amor sobre todas
as coisas e todas as pessoas.
Uma análise ampla da história do cristianismo sugere
que a gigantesca obra missionária e teológica do apóstolo
Paulo teve muito a ver com
o martírio de Estêvão. Lucas
nos dá este indício, quando
salientou: “E Saulo aprovou
a morte de Estêvão”. Aprovou e nunca esqueceu. A
maneira heroica do viver e
do morrer de Estêvão incomodou Saulo até a estrada
de Damasco, quando ele se
entrega a Cristo e reconhece
a fala de Jesus: “Não adianta
você se revoltar contra Mim”
(At 26.15). A morte de Estêvão mexeu de tal maneira
com Saulo, que ele se tornou
Paulo, o apóstolo de todos
nós, gentios.
compassivo, compreensivo,
sem interesses escusos, semente produzida pelo fruto
do amor de Deus, da Videira Verdadeira.
Não posso e não devo
cuidar dos outros, senão
do mesmo modo como o
meu Senhor tem cuidado
de mim: com o mais puro
amor. A violência espiritual
é a mais ridícula de todas
as torturas. Quem não tem
pecados ou precisa de restauração, que atire a primeira pedra. Antes, porém,
“Ouça o que o Espírito diz
às Igrejas” - “Não por força e
nem por violência, mas pelo
Espírito” (Zc 4.6).
estaria pecando contra Deus.
José foi provado e aprovado,
ele venceu as dificuldades e,
como resultado, foi colocado
como governador de todo o
Egito.
Vale a pena ser fiel a Deus.
Não importa as circunstâncias da vida, precisamos manter nossa fidelidade a Ele. Ser
fiel a Deus é recomendação
bíblica, não podemos viver
de forma infiel. Deus não deixa de ser assim, Ele sempre
será fiel para conosco. Então,
o que nós precisamos fazer
é sermos fiéis a Ele também.
José é um exemplo de fidelidade, exemplo de respeito
aos pais, exemplo no trato
com os seus irmãos. Louvamos a Deus pela vida de
José, homem fiel a Deus a
toda prova.
“E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este
pecado. E, tendo dito isto,
adormeceu” (At 7.60).
D
Fidelidade a Deus
a toda prova
Cleverson Pereira do Valle,
colaborador de OJB
Q
uando lemos a
história de José
do Egito, somos
desafiados a viver uma vida parecida com a
dele. José era amado por seu
pai, por outro lado, era odiado por seus irmãos. E, certa
ocasião, José foi vendido aos
Ismaelitas por eles, que, por
sua vez, resolveram vender
José para Potifar, comandante do Exército de Faraó.
José era íntegro, um jovem
de caráter aprovado, tudo
que ele colocava a mão era
bem sucedido. Em Gênesis
39.8-10, lemos que o Senhor
era com ele, e que a presença
de Deus na vida dele fazia
toda a diferença. Ao ser asse-
diado pela esposa de Potifar,
por exemplo, José não cedeu
a pressão, pelo contrário, ele
fugiu.
A fuga de José não significa
covardia, mas foi um ato de
heroísmo. A Palavra de Deus
recomenda fugir da aparência do mal, fugir da prostituição. José foi fiel a Deus, pois
ele sabia que ao aceitar a
proposta da mulher de Potifar
o jornal batista – domingo, 22/03/15
reflexão
5
Quem é o Deus
dos cristãos?
Roberto do Amaral Silva,
pastor e professor do STBG,
membro da Segunda Igreja
Batista de Goiânia – GO
O
Deus dos cristãos
é o revelado nas
Escrituras do Antigo e do Novo
Testamento. Ele não é o mesmo das demais religiões,
mesmo as monoteístas, que
admitem uma só divindade.
Portanto, é um erro afirmar
que Deus é um só com vários
nomes. Deus seria o mesmo
Alah, conforme creem os muçulmanos, ou o Brahma, dos
hinduístas ou o deus Baal dos
antigos povos cananeus. Todavia, o Deus em que cremos
e adoramos é o único Deus
triúno, como cantamos em
nosso cultos, “Santo! Santo!
Santo! Nosso Deus triúno, é
um só Deus, excelso Criador”
(Hino 2 – HCC).
Em Deuteronômio, lemos:
“Ouve, ó Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). Aqui, enfatiza-se o monoteísmo (fé em um
só Deus) contra o politeísmo
(crença em vários deuses)
das nações ao redor do povo
hebreu e de outros povos.
O monoteísmo é enfatizado
pelo próprio Senhor Deus a
Isaías: “Eu sou o primeiro e
eu sou o último, e fora de
mim não há Deus” (Is 44.6).
No Novo Testamento, em
contraste com a fé na pluralidade de deuses, Paulo escreve: “Todavia, para nós há um
só Deus, o Pai, de quem são
todas as coisas e para quem
nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual
existem todas as coisas, e por
ele nós também” (I Co 8.6).
Como seria Deus? Jesus declarou à samaritana que “Deus
é Espírito”. Mas como definir
espírito? Só podemos dizer
que espírito não é matéria,
nem corpo (como ensinam os
mórmons) ou parte do corpo.
E a Bíblia ensina que Deus
é um Espírito pessoal, portanto, uma pessoa, descartando
o ensino panteísta da religiosidade pós-moderna de que
Deus é a própria natureza,
traduzido na frase: “Deus é
tudo e tudo é Deus”.
A fé cristã afirma, pelo contrário, que Deus é eterno,
imutável, infinito, pessoal e
criador de todas as coisas,
assim como o oleiro que dá
origem ao vaso de barro.
Além disso, dizer que Deus
é Criador é afirmar que ele
criou o universo a partir do
nada: “Pela fé entendemos que
o universo foi formado pela
palavra de Deus, de modo
que aquilo que se vê não foi
feito do que é visível” (Hb
11.3 - NVI).
O Deus das Escrituras,
além de declarar-se o Criador
de tudo, diz também: “Eu, eu
sou o Senhor, e fora de mim
não há Salvador” (Is 43.11).
Ou seja, o nosso Deus é o
Criador e Salvador. E, por ser
um Espírito pessoal, é relacional e a Ele podemos ir em
oração, desabafando com ele
nossos problemas, porque o
Senhor se preocupa conosco,
como está escrito em Salmos
55.22 e I Pedro 5.7.
Há muitos que dizem que
Deus criou o universo e os
seres vivos, deixando as coisas criadas à própria sorte
das leis naturais já fixadas
previamente, como ensina o
deísmo. O deus dos deístas
não faz milagres nem se revela aos homens. É um deus
que nem deu mais notícia.
Mas o Deus em que os cristãos creem é o criador do universo, que ainda sustenta todas
as coisas pela palavra do seu
poder, como está escrito em
Hebreus 1.3. Esse sustento di-
vino implica providência para
o sustento e a preservação da
vida dos homens, de acordo
com Atos 14.17; 17.25. Além
disso, Deus intervém na natureza e na ordem dos fatos, por
meio do que denominamos
milagre, sempre de acordo
com seus eternos propósitos e
soberania.
A intervenção constante de
Deus no mundo mostra-o como
Salvador que procura sempre o
bem-estar do homem pecador
e se mostra juiz imparcial diante da injustiça e do pecado,
segundo Romanos 1.16-18. Do
mesmo modo, Deus não só interfere na história conforme os
seus desígnios, como também
se mostra “Senhor da história e
do universo, que governa pelo
seu poder, dispondo de todas
as coisas, de acordo com o
seu eterno propósito e graça”
(DDCBB). Ao contrário do que
ensina o teísmo aberto, Deus
nunca é apanhado de surpresa
por nenhum acontecimento,
pois não só é onisciente como
também é presciente.
O Deus em que cremos é
aquele que, mesmo invisível,
é real. Por isso, não necessitamos fazer imagens que o
representam. “Com quem vocês compararão Deus? Como
poderão representá-lo?” (Is
40.18 - NVI).
O nosso Deus é incomparável: “‘Com quem vocês me
vão comparar? Quem se assemelha a mim?’, pergunta o
Santo. Ergam os olhos e olhem
para as alturas. Quem criou
tudo isso? Aquele que põe em
marcha cada estrela do seu
exército celestial, e a todas
chama pelo nome. Tão grande
é o seu poder e tão imensa a
sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer”(Is
40.26-27 - NVI).
Há muito o que dizer acerca do Deus em quem nós
cremos. Podemos dizer, por
exemplo, que Deus, às vezes,
se oculta de nós sua face
sem deixar de estar presente.
“Por que escondes o teu rosto
e esqueces o nosso sofrimento e a nossa aflição?” (Sl
44.24 - NVI). Às vezes, nós,
cristãos, também perguntamos como o salmista: “Até
quando, Senhor? Para sempre
te esconderás?” (Sl 89.46a).
A verdade é que o Deus
das Escrituras, em quem confiamos, nos prova a fé. Quando parece esconder-se de
nós, está mais perto do que
supõe nossa imaginação. Por
isso, a Ele toda a glória.
6
o jornal batista – domingo, 22/03/15
reflexão
A fábrica de cobiças
Paulo Francis Jr.,
colaborador de OJB
U
m lavrador idoso,
generoso e muito
trabalhador, tinha
vários filhos, todos preguiçosos e cheios
de cobiça. Em seu leito de
morte, disse-lhes que encontrariam o seu tesouro se
viessem a cavar em um lugar
determinado de sua propriedade. Assim que o lavrador
morreu, seus filhos correram
para o campo, que escavaram de ponta a ponta, com
ânsia e desespero crescentes.
Não encontraram o ouro no
trecho indicado. Imaginando então que por ser muito
generoso, o pai distribuíra
seu ouro em vida, desistiram
da busca. Por fim, pensaram
que, já que a terra fora revolvida, poderiam plantar ali
algum cereal. Assim, plantaram trigo, que cresceu e deu
abundante safra. Eles venderam o produto da colheita e
tiveram um ano de prosperidade. Ainda inconformados, foram cavar de novo
procurando o tesouro no ano
seguinte, mas sem resultado.
Transcorridos alguns anos,
eles acostumaram-se a semear e colher, seguindo o curso
das estações, algo que não
tinham aprendido antes. Foi
então que compreenderam
a razão pela qual o seu pai
usara aquele expediente para
discipliná-los, e se converteram em lavradores honestos
e contentes. Perceberam que
possuíam riqueza suficiente.
Não precisavam de tesouro
escondido.
A Parábola dos Filhos Cobiçosos que inicia esta mensagem é uma condensação
extraída do Livro “Histórias
dos Dervixes”, escrito por
Idries Shah. O prefácio sustenta que “Aqueles que a
repetem obterão mais do que
sabem”. Do simples desejo,
dentro de certa normalidade,
somos acometidos por algo
mais profundo. Tornamo-nos
ambiciosos e, na sequência,
somos despertados para a
cobiça, que já é uma das
maiores doenças do homem.
Um escritor da Roma An-
tiga, chamado Públio Siro,
dizia: “A cobiça sonha com
o que deseja, não com o que
convém”. Estas palavras perpétuas “fotografam” a humanidade de hoje. Quem não
tem nenhuma condição de
ter as coisas, quer ter de todo
jeito. Algumas vezes, sem
escrúpulos. Isso é tratado no
filme “Conduta Criminosa”,
que mostra o que acontece
quando uma pessoa se apodera de um rascunho inédito
de um livro e o publica como
sendo seu. Tem tudo a ver
com este texto.
Pode-se guerrear com o
próximo ou pode-se guerrear
dentro da própria família para
adquirir aquilo que “não convém”, como afirmou Públio.
Na minha infância, aqui em
Presidente Venceslau – SP,
recordo-me de que a maior
cobiça que eu tive por anos
a fio era por uma coisa bem
simples: receber ou dar um
telefonema. A primeira vez
que atendi um telefone foi
aos 12 anos. Achava bonito
as pessoas falarem com um
objeto colado à orelha e pró-
ximo à boca. Atualmente, os
jovens cobiçam o automóvel
mais caro e a moto mais potente do mercado. Telefones
– celulares e similares - são
comuns. As coisas mudaram,
não é mesmo? As altas tecnologias têm fomentado a cobiça de maneira nunca vista
antes. Partindo deste relato,
imagino o que passa agora
pelas cabeças de crianças e
adolescentes com a nova era
da comunicação, que produz
cobiçosos em escala industrial. É uma triste realidade.
Meu vizinho, outro dia,
estava jogando futebol via
videogame “Xbox 360” com
um outro parente. O danado
é que um estava aqui em
Venceslau e o outro em Nova
Mutum, no Mato Grosso,
para lá de Cuiabá não sei
quantos quilômetros. Tal
objeto vem até com câmeras fotográficas, flagrando a
vibração e os pulos de cada
um durante a partida. E conversavam como se estivessem na mesma sala, em um
único lugar. Depois de sair
de lá, fiquei pensando: essas
bobageiras fazem nascer cobiças no coração da gente.
Recordei-me na hora de uma
frase do líder pacifista indiano Gandhi: “Há o suficiente
no mundo para todas as necessidades humanas; não há
o suficiente para a cobiça
humana”. As pessoas não
estão contentes com o que
possuem.
Fomos criados por Deus
e temos nossas vontades
peculiares. No entanto, o
principal alerta nesta mensagem é para que todos saibam
controlar-se. A cobiça tem
alto poder de destruição. A
ambição desmedida pode
nos transformar em ladrões
sem que haja explicação para
isso; deixa-nos estressados e
depressivos por coisas tolas;
faz-nos adulterar sem quaisquer justificativas; instiga-nos
a fazer operações plásticas
sem absolutamente nenhuma necessidade; assassinar
alguém apenas por uma insatisfação própria. Porque o
outro tem e, nós, não. Repito:
precisamos domar os nossos
desejos. É mandamento.
Uma igreja local
que jamais desiste
Rodrigo Odney, pastor da
Primeira Igreja Batista de
Pompeia – SP
A
Igreja de Cristo
é tanto invisível
quanto visível (Mt
16.18; ITs 1). Perfeita e imperfeita. É tanto
a congregação de todos os
salvos de todos os tempos
que nasceram do Espírito (Jo
3.6), quanto uma comunidade local de pessoas que
professam a fé em Cristo e
foram batizadas (Mc 16.16)
após a pública declaração
da fé no exclusivo Salvador
(II Tm 2.5-6).
Uma igreja local não é perfeita. Não porque Deus tenha
falhado em redimir o seu
povo, de forma alguma. A sua
imperfeição se dá por causa
do mal que ainda habita nos
remidos (Rm 7.7-25). O salvo
já é santo (Ef 1.1-4), mas ainda não é. Já é justificado, mas
ainda peca. A Obra de Cristo
é perfeita e completa, mas a
nossa obra de mortificação
da carne é incompleta, está
por ser realizada em nosso
dia a dia (Ef 4.17-5.21). Estamos em constante processo, buscamos a santificação
(Hb 12.14), lutamos contra
a carne e seus maus desejos que querem controlar o
nosso coração (Gl 5.1-26).
Sua imperfeição, dupla causa. Convertidos e aderidos.
Convertidos que buscam a
santificação. Aderidos que,
convencidos, não nasceram
de novo e vivem uma espiritualidade exterior. Joio e
o trigo (Mt 13.24-30;36-43).
A razão de sua imperfeição
nos permite compreender
o porquê que uma igreja
local jamais deve desistir.
Sua analogia com a própria
natureza da vida cristã, a batalha de todo salvo, a busca
por uma vida de mortificação
dos prazeres e desejos da
carne, do velho homem que
ainda opera nos redimidos,
nos faz compreender porque
a Igreja jamais deve desistir
(Fl 3.13,14).
Compreender esses fatos nos ajuda a entender
porque na história de cada
igreja local há tantas lutas, desavenças e perdas.
Momentos dos quais não
temos do que nos orgulhar,
mas deles aprender para
não mais repeti-los, para
que o nosso futuro seja
mais nobre, mais excelente
e exalte mais o nosso Deus.
Portanto, cônscios de nossa imperfeição inerente e
dos descaminhos de nossa
própria história local, que
posturas devemos ter para
que nosso futuro exalte cada
vez mais ao nosso Deus e
mais vidas sejam atraídas ao
Senhor Jesus? Do que não
podemos desistir?
Devemos ser uma igreja
que jamais desiste da sã doutrina - Conhecê-la, compreendê-la e praticá-la deve ser
a nossa marca. Que tempos
difíceis os nossos (II Tm 4.3).
O desprezo pela Sã Doutrina
é latente. Templos são cheios
para se ouvir profetadas (Mt
15.7-9), mas para ouvir a
exposição fiel da Palavra de
Deus o povo foge.
Devemos ser uma igreja
que jamais desiste da Unidade - Jesus intercedeu por
nossa unidade (Jo 17.20-23).
Se não há amor entre nós, se
não há respeito entre o povo
de Deus, se não há perdão,
misericórdia, compaixão,
unidade na fé, na doutrina, a
igreja jamais impactará o seu
meio (Rm 12.9-21). A unidade é condição inegociável
para que os não salvos sejam
atraídos a Jesus (At 2.47).
Devemos ser uma igreja
que jamais desiste de fazer
discípulos - Não estaremos
aqui para sempre. Um dia
partiremos. Um dia o Senhor nos recolherá. Quando
este dia chegar não teremos mais o privilégio de
fazer discípulos de Jesus
(Mt 28.18-20). E o Senhor
nos pedirá conta das oportunidades que Ele confiou
a nós. O não salvo precisa
ver em nós o testemunho
de nossa fé em Cristo, para
que à medida que vê, seja
desafiado a crer em Cristo
(Jo 4.28-42). E, crendo em
Cristo, seja por nós discipulado (II Tm 2.2).
Devemos ser uma igreja
que jamais desiste de nós - A
Igreja de Cristo é sua noiva
(Ef 5.32), é o seu corpo (I
Co 12.12-27), é edifício (I
Co 3.9) e família (Ef 3.14) de
Deus. Jesus não desistiu de
sua Igreja. É Ele quem a edifica. Nossa imperfeição nos
leva a desistir, a viver fora
da comunhão da igreja. Isso
é satânico (Gl 1.6-8). Igreja
não é individualismo, igreja é
comunidade. Nenhum crente
subsiste na fé ao isolar-se e
viver para si (Hb 12.1-4).
Na história de uma igreja
local pode haver deméritos.
No entanto, basta refletir um
pouco mais para verificar que
toda vez que a igreja avançou,
alcançou o não salvo e impactou positivamente a sua cidade, essas posturas estiveram
presentes. Prossigamos como
povo de Deus que jamais
desiste. Parafraseando Edwin
Cole, “Igreja vencedora não é
aquela que nunca falha, mas
aquela que nunca desiste!”.
o jornal batista – domingo, 22/03/15
missões nacionais
Missões Nacionais
participa do I Congresso
de Evangelismo e Missões
da América Central
Redação de Missões
Nacionais
N
os dias 05, 06 e 07
de março aconteceu o I Congresso
de Evangelismo e
Missões da América Central.
Líderes de cinco países da
região estiveram reunidos em
Honduras para programação
realizada pela União Batista
Latino-americana (UBLA).
Missões Nacionais foi representada pelo pastor Fernando
Brandão, diretor-executivo
da JMN e também diretor de
Evangelismo da UBLA e pas-
tor Fabrício Freitas, gerente
executivo de Evangelismo
da JMN. Eles levaram a visão
da Igreja Multiplicadora para
líderes representantes dos
outros países, com objetivo
de que toda América Central
implemente esses princípios
tão importantes para a Igreja
de Cristo.
Em 2016, teremos a Trans
Centro-americana nos seis
países da América Central.
Não deixe de orar pelo avanço evangelístico no continente Latino-americano, o qual
anseia tanto pelo poder e
amor de Deus.
Missões Nacionais
comemora casamento
de jovem resgatado
pela Cristolândia
Redação de Missões Nacionais
L
ouvamos ao nosso
Deus por tudo o que
tem feito nas Cristolândia em todo o Brasil.
Lodemir, ex-usuário de drogas, que vivia nas ruas de São
Paulo, foi resgatado pela Cristolândia da cidade e transformado pelo poder de Deus.
Hoje, para honra e glória do
Senhor, ele está restaurado e
compartilha com os irmãos
mais uma benção em sua vida,
seu casamento com Eliene.
O jovem, que também trabalha na Cristolândia, foi
quem resgatou a Eliene das
ruas da cracolândia. Esse é
um exemplo da misericórdia
7
Projeto Radical Amazônia apresenta
9a turma para treinamento
Redação de Missões
Nacionais
A
Junta de Missões
Nacionais, através
do Projeto Radical
Amazônia, apresentou no início do mês de
março 13 jovens vindos de
todas as regiões do nosso
Brasil. Eles serão treinados
e enviados às comunidades
ribeirinhas.
Os missionários coordenadores desse trabalho, pastor Donaldo e Marinalva,
foram com a nova turma
para o Centro de Formação
Missionária da Amazônia
(CFMA), onde já iniciaram
o treinamento.
Contamos com suas ora-
Nova turma está iniciando seu treinamento para trabalhar nas
comunidades ribeirinhas
ções e contribuições no
sustento desse Projeto. Convidamos os Batistas brasileiros a adotarem um desses
jovens que ainda não tem
sustento. Deus é maior e,
juntos, ganharemos o Brasil
para Cristo.
Projeto Casa Rosa completa um ano de
atividades no Distrito Federal
Redação de Missões
Nacionais
A
Casa Rosa, Projeto da Cristolândia
no Distrito Federal,
comemorou o primeiro ano de trabalho. Para
celebrar a data, foi realizada
uma festa para alunas, voluntárias e missionárias desse
importante Projeto.
A Casa é um lugar para
mulheres que estão no processo de recuperação contra
a dependência química. O
acompanhamento espiritual
e as laborterapias também faO jovem e sua esposa louvam a zem parte das atividades que
ajudam nessa recuperação.
Deus por sua recuperação
Louvamos agradecidos a
de nosso Deus por nós. Que Deus pelo primeiro ano deso Senhor conceda toda felici- se Projeto de Missões Na- Missionárias e alunas comemoraram a data especial com uma
cionais.
festa em agradecimento a Deus
dade ao casal.
8
o jornal batista – domingo, 22/03/15
notícias do brasil batista
Igreja Batista Israel – GO
o
comemora o seu 30 aniversário
Marcos José Rodrigues,
seminarista da Igreja Batista
Israel – Anápolis - GO
C
om o tema “Plantar,
Regar e Crescer”, foi
realizado entre os
dias 27 e 28 de fevereiro e 01 de março o 30º
aniversário da Igreja Batista
Israel em Anápolis – GO. A
programação ficou a cargo
da comissão de programas
especiais, liderada pela irmã
Sandra Guimarães que, junto
com toda a equipe, organizou
magistralmente todos os detalhes do evento.
A referida Igreja é a sexta
Igreja Batista organizada na
cidade e foi fundada em 23 de
fevereiro de 1985 pelos irmãos
da Igreja Batista do Bairro Vila
Santa Isabel, em Anápolis –
GO - conhecida como Quarta
igreja Batista. A jovem Igreja
consta no rol de seus membros
com boa parte das famílias que
fundaram o trabalho, salvo os
que o Senhor chamou para a
eternidade.
O pastor Ozemar Mourão
foi o pregador da conferência
e, com muita propriedade e sabedoria do alto, exortou à Igreja
e aos convidados a respeito da
prática da Igreja Primitiva, conforme divisa da conferência e
texto bíblico em Atos 2.41-47.
Citando o tema do aniversário:
“Plantar, Regar e Crescer”, o
pastor Ozemar afirmou, dentre
outras coisas, que só alcançaremos esse objetivo de forma
saldável e bíblica através de
cultos nos lares, de uma vida
cheia do fruto do Espírito Santo
e com santificação, sem a qual
ninguém verá o Senhor.
O evento contou ainda com
a presença e a participação de
muitas igrejas e convidados,
cabe ressaltar a visita inusitada
no culto do dia 28 da família de
paquistaneses recém-chegados
ao Brasil e que estão recebendo asilo no país por conta de
intolerância e perseguição religiosa por parte de grupos da
religião oficial do seu país. Foi
ouvido parte do testemunho da
perseguição que essa família
enfrentou em seu país e que
vem ocorrendo no mundo
Islâmico, promovida por gru-
pos extremistas e que matam
pessoas em nome da religião.
Ouviu-se de suas bocas como
o Senhor e os cristãos brasileiros foram bondosos para com
ele e sua família, livrando-os
da morte. O pastor Bahia (da
Igreja Batista) foi o intérprete e
traduziu toda a história e drama
vivido por esta família, após
grupos religiosos no Paquistão
os acusarem falsamente de
blasfêmia contra o alcorão. Foi
comovente e despertador estar
frente-a-frente com alguém que
recentemente sofreu na pele
o que a Bíblia vem alertando
sobre o final dos tempos: o
surgimento de falsos mestres,
perseguição e morte por conta
do nome de Cristo.
Feliz Aniversário, Igreja Batista Israel; vivendo todos os
dias para a gloria de Deus. Ao
Senhor toda a honra e toda a
glória para sempre, amém.
Primeira Igreja Batista de Santos - SP
celebra 112 anos de organização
Ivonete Edington Santos
Corrales e Josi Batista,
Primeira Igreja Batista de
Santos - SP
A
Primeira Igreja Batista
de Santos - SP celebrou nos dias 21 e 22
de fevereiro seus 112
anos de organização. Com o
tema “Uma igreja relevante”,
tivemos como oradores os pastores Vagner Vaelatti, da Igreja
Batista Boas Novas; Genivaldo
Andrade de Souza, presidente
da CBESP, membro da Primeira
Igreja BatistaItapema-Guarujá;
e Jeremias Sales de Carvalho,
executivo da AIBALP, membro
da Igreja Batista Central de
São Vicente. Na parte musical
fomos abençoados com a presença dos cantores Eduardo &
Silvana, que a todos cativaram
com suas lindas vozes.
Por certo, não poderíamos
contar em algumas linhas a
história da Primeira Igreja Batista de Santos. Há, aqui, apenas
uma tentativa de fazê-lo participante do nosso reconhecimento a Deus, o Senhor da Igreja,
Aquele que, se “Abre uma
porta, nada a fecha” (Ap 3.7).
Começava o terceiro ano do
século 20, quando William
Buck Bagby, graças a seu Verbo inspirado, olhou para o
litoral do estado de São Paulo
e viu o promissor campo mis-
sionário. Graças a Deus! Em
1903, a República era nova,
a escravidão já não existia,
o café colocava o Porto de
Santos em um patamar de
destaque no País e no mundo. Mas, o pecado deixava a
muitos cativos na escuridão.
Contra isso, o Espírito de Deus
moveu o coração de Bagby e
mais seis crentes e, em 19 de
fevereiro, às 19h, era organizada a “Primeira Igreja de
Cristo em Santos, denominada
Batista”, passando, em 1942, a
chamar-se Primeira Igreja Batista de Santos, cujo primeiro
endereço foi Av. Ana Costa,
nº 5. Deus nos abençoou sobremaneira (como ainda hoje
o faz) e com apenas seis meses
de organização realizamos os
primeiros batismos, celebrados
no mar, na chamada “Praia de
São Vicente”, fato que causou
comoção na cidade. A Igreja
ocupou vários endereços e,
em 1921, adquiriu a propriedade da Praça José Bonifácio,
nº 11, onde estamos até hoje.
Milhares de vidas integraram o
rol de membros de nossa Igreja. Muitos já na eternidade; outros que se transferiram, dando
continuidade ao trabalho das
Congregações; ainda há as
centenas que, atendendo ao
chamado divino, integraram e
integram os campos missionários ou outras igrejas.
Desde o dia 10 de novembro
de 2013 temos o pastor Kielce
Vidal Silva como pastor titular de nossa Igreja - após um
período como pastor interino
-, que com muita sabedoria,
tem usado os pastores que são
membros da PIBS como auxiliares no seu trabalho. Com
muito amor, tem procurado
valorizar todos os segmentos
e faixas etárias da nossa Igreja.
Rogamos a Deus que nos
ajude a prosseguir para o
alvo, olhando para Aquele em
quem, mesmo com o passar
dos séculos, “Não há mudança,
nem sombra de variação” (Tg
1.17b). A Deus toda a honra e
toda a glória.
o jornal batista – domingo, 22/03/15
notícias do brasil batista
9
Colégio Batista Shepard - RJ celebra 107 anos vivendo
um tempo de recuperação
Walmir Vieira, diretor do
Colégio Batista Shepard - RJ
N
o dia 05 de março
de 2015, o Colégio
Batista Shepard, localizado na Tijuca,
no Rio de Janeiro - RJ, celebrou 107 anos de existência,
em momentos cívicos especiais com os alunos durante
todo o dia e um culto solene e
confraternização à noite, com
a presença de pais, alunos e
funcionários. O coro formado
pelos funcionários do Colégio
cantou e o pregador foi o pastor Eraldo Sena Campos, várias
vezes presidente e membro da
Junta do Colégio.
No culto à noite, além do
aniversário, celebramos a
Deus por muitas bênçãos alcançadas nos últimos anos,
como a retomada do espaço
do estacionamento, o crescimento numérico de alunos
matriculados, as muitas me-
lhorias patrimoniais e pedagógicas, as muitas vitórias nos
tribunais, o pagamento de
muitas dívidas - especialmente
com processos judiciais trabalhistas, cíveis e tributários - e
a recuperação da imagem da
instituição na comunidade e
na denominação.
No dia 07 de março, as comemorações do aniversário
continuaram com a programação denominada “Sábado
Alegre”, com a presença da
comunidade de pais e alunos
em uma manhã festiva com
oficinas pedagógicas, diversos
brinquedos e brincadeiras e
apresentações circenses.
Hoje, o Colégio vive um
tempo de recuperação. Com
os investimentos na melhoria
e modernização do patrimônio
e na qualidade pedagógica,
o número de alunos - depois
de dez anos de quedas sucessivas - voltou a crescer. Dos
800 alunos a que chegou em
2010, o Colégio em 2015
alcançou 1.200 matrículas.
Como consequência, a receita
anual também tem crescido
em cerca de R$ 1 milhão por
ano e pode, além de pagar
dívidas e melhorar o seu patrimônio que estava precário,
também garantir o emprego
dos seus 160 colaboradores,
predominantemente evangélicos e batistas.
O Colégio conseguiu praticamente resolver todos os
processos trabalhistas e cíveis
e está solucionando as dívidas
tributárias originadas até 2010.
Destinou muitos recursos nos
pagamentos dessas pendências
jurídicas, especialmente nos
últimos quatro anos. Dos 93
processos trabalhistas existentes em 2010, hoje são apenas
cinco, em fase final. Há três
anos não tem tido novas ações
trabalhistas, mesmo tendo que
dispensar empregados em função da necessidade de reestru-
turação do seu quadro de pessoal, pela maneira cristã com
que o processo de demissão é
conduzido. Das 35 ações cíveis
em 2010, hoje são apenas seis,
que estão em processo de pagamento ou extinção.
Desde 2011 todos os encargos sociais e outros tributos
(FGTS, INSS, PIS, IR, etc.) estão
sendo recolhidos com regularidade. Com isso, o Colégio estancou o aumento nominal da
dívida tributária e não gerou
mais novos débitos. Além disso, sua dívida bancária, cujos
juros costumam ser bem mais
altos, hoje é inexpressiva e em
fase final de quitação.
Com a adesão do Colégio ao
programa de redução e parcelamento das dívidas tributárias,
promovido pelo governo Federal, denominado de REFIS,
e com os muitos pagamentos
feitos ao longo dos quatro últimos anos, sua grande dívida
tributária, relacionada a encar-
gos sociais não recolhidos no
passado e acrescida de juros e
multa, foi reduzida em cerca
de 40% e parcelada em 180
meses (15 anos). Os recursos
para o pagamento mensal
dessa dívida vêm e virão dos
alugueis de suas propriedades,
pois é vital para o Colégio
honrar os compromissos assumidos.
Ainda viveremos algum tempo de lutas. Contudo, temos
convicção de que se mantivermos nossa integridade diante
de Deus e dos homens, se nos
empenharmos para sermos um
Colégio que busca oferecer
um ensino de qualidade em
ambiente pedagógico adequado e com um forte compromisso com o testemunho e os
valores cristãos, as bênçãos de
Deus continuarão sobre nós,
ajudando-nos a continuar crescendo em número de matrículas e em qualidade pedagógica
e patrimonial.
10
o jornal batista – domingo, 22/03/15
notícias do brasil batista
o jornal batista – domingo, 22/03/15
missões mundiais
Por um novo Haiti
André Bahia, pastor,
missionário da JMM no
Haiti
F
oi em abril de 2012
que eu cheguei ao
Haiti, junto com minha esposa, a missionária Verônica, e nossas filhas, Jéssica e Sara. Aquele
foi um ano de adaptações:
aculturação, aprendizado
do idioma, organização da
casa, aquisição de veículo,
matrícula das meninas em
uma escola. Foi um ano de
preparação para que em 2013
e 2014 nós tivéssemos as
nossas primeiras experiências
e realizássemos os primeiros
experimentos missionários
por um novo Haiti. Realizamos seminários, Verônica
realizou capacitações de missionários-educadores do Pepe
(Programa socioeducativo)
e de cuidadores e professores de escolas e orfanatos de
outras agências missionárias
brasileiras aqui no Haiti. Eu
ainda tive o privilégio de realizar o primeiro congresso de
ministério infantil para líderes
de várias igrejas da região metropolitana de Porto Príncipe,
a capital.
Também tivemos a oportunidade de realizar o primeiro
congresso de educação cristã,
com a participação de diretores e professores de escolas
cristãs. Realizamos ainda o
primeiro congresso de ministério esportivo, compartilhando uma nova visão aqui no
Haiti, que é a utilização do
esporte como ferramenta de
evangelização e discipulado.
Outra área do nosso ministério é o apoio às caravanas voluntárias missionárias.
Hoje são três os projetos fixos
em nosso calendário anual: a
Caravana Premier, que acontece já há dois anos, sempre
em janeiro; a Caravana de
Verão, também com duas
edições já realizadas; o Tour
of Hope, a Caravana da Esperança, que acontece duas
vezes por ano. Recebemos
mais de 480 voluntários só
através do Tour of Hope. As
caravanas missionárias são
projetos de curta duração
que visam impactar as comunidades onde atuamos, a
médio e longo prazo.
No final de 2013, nós fomos desafiados a orientar
e supervisionar a primeira
turma do Projeto Radical
Haiti. Foram enviados para
o nosso campo dez jovens
que sinalizaram o Reino de
Deus em duas comunidades de alta vulnerabilidade,
na capital, durante um ano.
Família missionária está no Haiti desde 2012
Também nesses dois anos
recebemos três profissionais
cadastrados no Programa
Voluntários Sem Fronteiras,
uma pedagoga, uma dentista
e uma futura advogada, que,
através do que sabem fazer,
evangelizaram comunidades.
A espinha dorsal do Programa Por um Novo Haiti é
o desenvolvimento integral
de comunidades de alta vulnerabilidade. Isso significa
sinalizar o Reino de Deus
nos lugares onde o Estado
e a Igreja do Haiti não têm
chegado. O nosso tripé é
formar futuros formadores,
discipuladores e empreendedores por um novo Haiti.
Cooperamos para geração
de autonomia e sustentabilidade dessas comunidades.
Mais de 40% dos trabalhado-
res haitianos recebem apenas
cerca de dois dólares por dia,
sendo que 70% da população
economicamente ativa atuam
no mercado informal. Embora
52% da população declarem
seguir o Evangelho, o sincretismo ainda é muito forte, e
o nominalismo religioso obscurece a ação da igreja como
agência do Reino.
Em 2014, trabalhamos em
duas comunidades. Uma delas foi um acampamento de
deslocados do terremoto que
devastou o país em 2010,
onde moravam 1.200 pessoas. Durante os dez meses que
estivemos com eles, sinalizamos o Reino de Deus através
das ações de impacto do Tour
of Hope, das capacitações, seminários, cursos ministrados
pelos jovens do Projeto Ra-
11
dical Haiti, fomentando uma
nova cosmovisão bíblica, na
qual submissos ao Evangelho
de Cristo, eles próprios são
os protagonistas do desenvolvimento da sua comunidade.
Peço para que você ore por
nossos próximos desafios: o
segundo ciclo de seminários
sobre missão integral e educação transformadora; dez
viagens pelo país; publicação
da primeira edição do almanaque Por um Novo Haiti;
receberemos a segunda turma
do Radical Haiti e ainda teremos a implantação da primeira
unidade do Centro de Desenvolvimento Integral na capital.
A oração é, sem dúvidas,
o instrumento de Deus para
manter os missionários no
campo e fazer avançar o Reino em todos os cantos desse
planeta. Agradeço também
pelas ofertas, pois a nossa
família tem um sustento integral. Nada nos tem faltado, e
isso é Obra de Deus, através
das mãos de todos os irmãos
que participam do nosso ministério. Quero deixar um desafio: seja um voluntário do
Projeto Por um Novo Haiti.
Profissionais da saúde, educação, esportes, artes. Use o
seu chamado, a sua vocação
como voz de Deus por um
novo Haiti.
JMM aumenta força missionária
com treinamento de novos obreiros
Willy Rangel – Redação de
Missões Mundiais
N
ovos obreiros estão se preparando
para ser voz de
Deus às nações.
Começou no dia 24 de fevereiro a capacitação de 13
futuros missionários da JMM.
A data foi marcada com uma
aula inaugural ministrada
pelo diretor-executivo de
Missões Mundiais, pastor
João Marcos Barreto Soares.
Após um breve momento
inspirativo, no qual foram recitados o tema e a divisa e entoada a música oficial da Campanha 2015, o pastor Alexandre
Peixoto, gerente de Missões,
ressaltou que a JMM deposita uma grande expectativa
sobre os novos obreiros. Ele
enfatizou que essa é a terceira
turma de treinamento seguida
que será formada com foco em
povos não alcançados.
Aos futuros missionários da
JMM, o pastor João Marcos
falou principalmente sobre a
necessidade de chegar até os
povos não alcançados, a fim
de capacitar as pessoas que
são evangelizadas a também
Pastor João Marcos fala aos futuros missionários
da JMM durante aula inaugural
Treinamento dos futuros missionários da JMM começou em fevereiro
serem multiplicadoras do
Evangelho.
Os alunos do curso de capacitação missionária querem logo compartilhar o
amor de Deus no campo
usando seus dons, talentos e
profissão.
Gleiciany dos Santos Barata
é uma das integrantes da turma de capacitação.
“Tenho grande expectativa
de ser voz de Deus às nações”, disse Gleiciany, que
é membro da Igreja Batista
Missionária em Volta Redonda – RJ.
Joselito e Daniele Ferreira,
ambos membros da Igreja
dois aconteceu quando eles
ainda eram adolescentes.
“Deus nos chamou quando
ainda éramos Embaixador e
Mensageira do Rei. Hoje vemos Deus concretizando esse
sonho”, afirmou Bruno, que é
engenheiro químico. Dirlene
atua como profissional na
área de ensino e é formada
em missiologia.
O casal Hanri e Raquel Pinheiro, da Primeira Igreja Batista de Campo Grande – RJ,
também faz parte da turma
de vocacionados que está em
treinamento na JMM. Os dois
esperam poder compartilhar
o amor de Deus usando suas
Batista da Água Branca, em
São Paulo -SP, esperam poder servir a Deus no campo
missionário usando suas profissões.
“Sou farmacêutica e bioquímica, e pretendo atuar
na área de saúde ou ensino”,
declara Daniele.
“Minha expectativa em ser
voz de Deus é que o Senhor
use meus conhecimentos
para desenvolver a comunidade onde atuaremos”,
explica o pastor Joselito.
Bruno e Dirlene Reboredo,
da Igreja Batista Memorial no
Mallet, no Rio de Janeiro - RJ,
contaram que o chamado dos
habilidades artísticas, como
a música.
Vamos fazer a voz de Deus
ecoar entre as nações. Faça
uma parceria na ação missionária com esses futuros
obreiros da JMM. Além de
treinamento, eles precisam
de parceiros de oração e ofertas para seguirem mais rápido
para o campo. Para saber
como você pode interceder
e contribuir com o ministério
dessa nova turma, entre em
contato conosco nos telefones 2122-1901 / 2730-6800
(cidades com DDD 21) ou
0800-709-1900 (demais localidades).
12
o jornal batista – domingo, 22/03/15
notícias do brasil batista
Igreja Batista Central de
Sorocaba - SP completa 61 anos
e empossa novo pastor
Jadison Oliveira da Matta,
pastor da Igreja Batista
Central de Sorocaba - SP
F
estejando o seu 61º
aniversário, a Igreja Batista Central de
Sorocaba – SP (IBCS)
recebeu irmãos e amigos
de diversos lugares durante
os dias de conferências - de
20 a 22 de fevereiro. Com
muita alegria, as celebrações
ocorreram com inúmeras participações musicais e mensagens impactantes trazidas
pelo mensageiro convidado,
pastor Luiz Cláudio Costa
Ramos, da Primeira Igreja
Batista em Itumbiara - GO.
Logo na noite de abertura, ocasião em que a IBCS
completou 61 anos de sua
organização, após ouvirmos
uma mensagem trazida pelo
pastor Luiz Cláudio - “Três
Passos Para a Vida Abençoada” - baseada no chamado
de Abraão, destacado em Gênesis 12.1-8, fomos presenteados com o envio da jovem
Julli Almeida, de 17 anos, ao
Seminário Bíblico Palavra da
Vida, objetivando preparar-se
para servir ao Senhor.
No segundo dia, a Igreja
estava radiante. Depois de
aguardar por cerca de dois
anos a resposta do Senhor,
a IBCS pode, finalmente,
celebrar a chegada do seu
novo pastor. Contamos com
a participação de vários pas-
tores, em maravilhosa noite
de celebração.
Inspirados pela mensagem
oportunamente trazida pelo
pastor Luiz Cláudio, que
abordou o tema: “A armadura
de um pastor segundo o coração de Deus”, baseada nos
preparativos para a batalha
entre Davi e Golias, descrita
em I Samuel 17.31-40, e após
um testemunho proferido
pela irmã Cléa Digna - mãe
do pastor Jadison -, o pastor
Jadison Oliveira da Matta leu
o Termo de Posse e dirigiu-se à Igreja com uma breve
mensagem de motivação, e
encerrou sua participação
cantando o cântico “Se Tua
voz ouvir”, convidando todos à obediência a Deus.
Em seguida ajoelhou-se para
receber a bênção do Senhor.
O último dia foi de extrema importância na vida da
IBCS. O Senhor mais uma
vez usou o pastor Luiz Cláudio para tratar a família e
feridas do passado. O culto final foi ainda mais maravilhoso ao ver como as
misericórdias do Senhor se
derramaram, quando, após a
mensagem, o Espírito Santo
tocou o coração do pastor
Jadison para fazer um apelo
sobre o perdão. Diversas
pessoas, quebrantadas, saí-
ram de seus lugares para dar
e receber o perdão.
Louvamos a Deus porque
uma nova história da graça
de Deus se inicia na Igreja
Batista Central de Sorocaba.
Que o Senhor faça florescer
o seu lindo jardim. Que o
Senhor abençoe ao pastor
Jadison, usando-o poderosamente na condução do Seu
santo rebanho. A Deus toda
honra e toda glória.
Nova diretoria da Associação Batista
do Agreste Pernambucano é eleita
Levir Perea Merlo, pastor,
presidente da Associação
Batista do Agreste de
Pernambuco
N
o dia 28 de fevereiro e 01 de
março de 2015,
as Igrejas Batistas que compõem a Associação Batista do Agreste
de Pernambuco, reunidas
na sua 56ª Assembleia Geral Anual na Igreja Batista
Memorial em Caruaru - PE,
escolheu as novas diretorias de suas organizações
e também a diretoria geral,
que ficou assim constituída: Pastor Levir Perea
Merlo, da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim
– PE (presidente); pastor
Fernando Roque, da Igreja Batista Memorial em
Caruaru (vice-presidente);
Eron Bezerra, da Igreja Batista Raiz em Belo Jardim
– PE (1º secretário); Maely Leite, da Igreja Batista
Memorial – Caruaru (2ª
secretária); diácono Ednaldo Pereira, da Primeira
Igreja Batista em Caruaru
(1º tesoureiro); Marcos
Antonio, da Primeira Igreja
Batista em Agrestina – PE
(2º tesoureiro).
Pedimos as orações do
povo de Deus para que o
Evangelho possa continuar
avançando no Agreste de
Pernambuco.
o jornal batista – domingo, 22/03/15
notícias do brasil batista
13
Pastor Fernando Costa Fernandes
comemora Jubileu de Prata Ministerial
Inêz Pereira Batista Pessôa,
primeira secretária da
Primeira Igreja Batista em
Penápolis - SP
N
o dia 24 de janeiro
de 2015, a Primeira Igreja Batista em
Penápolis - SP viveu uma noite de festa pela
comemoração do Jubileu de
Prata - 25 anos - de Ministério
Pastoral de seu pastor Fernando Costa Fernandes, completados no dia 20 de janeiro, dos
quais 16 anos vive à frente da
Igreja Penápolis, completados
no dia 09 de janeiro de 2015.
O culto foi dirigido pelo irmão Gláucio Roberto Ribeiro,
seminarista e presbítero da Igreja Batista Betel, em Glicério,
Congregação da Igreja, que deu
um testemunho maravilhoso de
como chegou à Igreja, como foi
recebido e de como sua vida
está hoje. O ministério de louvor da Igreja Batista Betel, que
é dirigida pelo irmão Gláucio,
fez duas apresentações muito
inspirativas.
O corpo diaconal da Igreja foi chamado à frente para
prestar homenagem ao pastor
Fernando, fazendo uso da palavra o irmão Moisés Custódio
de Freitas, presidente, com
uma oração feita pelo diácono
Rodrigo Rós.
Na ocasião, fizeram uso da
palavra os pastores Alcidir
Aparecido da Silva, representando a Associação das
Igrejas Batistas da Noroeste /
SP – AIBAN e a Subsecção da
Ordem dos Pastores Batistas
da Noroeste; Rodrigo Sonsino,
como presidente do Conselho
de Pastores e Obreiros de Penápolis (COPEP); Everaldo de
Matos, pastor da Igreja Evangélica Pentecostal Assembleia
de Deus Ministério Madureira
em Penápolis; Samarone Brito
de Carvalho, da Primeira Igreja
Batista em Castilho, ex-membro e ex-seminarista da Igreja;
Tito Bozolo Junior, da Primeira
Igreja Batista em Getulina,
ex-membro e ex-seminarista
da Igreja e Daniel Seliprandy
Fernandes, da Igreja Batista em
Luiziânia - SP, filho do pastor
Fernando Fernandes, também
ex-membro e ex-seminarista
da Igreja e que, junto com o
pai, em dueto, apresentou a
canção “Mãos no arado”, de
Paulo Cesar, do Grupo Logos.
Além dos pastores citados,
também esteve presente o
pastor Sérgio Roberto Gomes,
da Igreja Batista Água Viva em
Cafelândia.
Foram apresentados três breves vídeos. O primeiro, enviado pelo pastor José Edmilson
dos Santos Filho, da Igreja
Evangélica Batista no Jardim
Popular, ex-ovelha e ex-seminarista no Jardim Popular que,
junto com a esposa Solange e
a filha Júlia, homenagearam o
nosso pastor; o segundo, da
missionária Concita Sotero,
que com sua sanfona homenageou o nosso pastor cantando o Hino 411 do Cantor
Cristão; e o terceiro, montado
pela Primeira Igreja Batista em
Penápolis, com momentos e
situações especiais da vida
do pastor Fernando e seus 16
anos de pastorado entre nós.
O ministério de louvor da
Primeira Igreja Batista em Penápolis e o Ministério Vendo
Vozes, grupo de membros da
Igreja, surdos, liderados pela
missionária Giselli Seliprandy
Fernandes dos Santos, filha
do pastor Fernando, sob a
coordenação da irmã Luzimar
Seliprandy Cardoso Fernandes, esposa do nosso pastor, se
apresentaram e a irmã Patrícia
Martines Evangelista fez um
solo, homenageando o pastor
Fernando com a canção Gratidão, do cantor PG.
Foi orador oficial da noite
o pastor Ely Xavier de Barros,
diretor do Centro Batista de
Educação Serviço e Pesquisa,
Pastor Juvanil Batista
completa 10 anos de ministério
Filomeno Meira
Guimarães, pastor
A
Primeira Igreja Batista em Maetinga BA esteve em festa
entre os dias 06, 07
e 08 de março. A festividade
teve como alvo homenagear
o pastor Juvanil e Elza Batista pelos dez anos de ministério nesta Igreja. O evento
contou com a participação
de várias igrejas e pastores,
dentre eles: pastor Gilvan de
Oliveira, da Segunda Igreja
Batista Vitória da Conquista
– BA; pastor Paulo Lino da
Igreja Batista Sinai – Salvador – BA; pastor Ezequias
Silvino de Matos e pastor
Antonio José, da Vitoria da
Conquista – BA.
Na sexta, dia 06, a programação teve como mensageiro o pastor Gilvan de
Oliveira e Quarteto Eloim,
da Segunda Igreja Batista de
Vitória da Conquista – BA,
que abrilhantaram a festividade.
No sábado e domingo,
dias 07 e 08, para marcar
o evento, a programação
contou com a presença do
pastor Adelson Brandão Santa Cruz, da Primeira Igreja
Batista de Itapetinga - BA,
que com suas mensagens
inspiradoras levou à Igreja,
e aos demais, profundas reflexões. Ao final, houve de-
dicação de vidas no altar do
Senhor para serem consagradas. Foram dias de renovo e
refrigério para a Igreja e para
o pastor Juvanil e esposa,
que há mais de uma década
têm dedicado suas vidas a
serviço do Mestre na cidade
de Maetinga e região.
Parabéns, pastor Juvanil
e Elza. “Os que semeiam
em lágrimas segarão com
alegria. Aqueles que levam
a preciosa semente, andando e chorando, voltarão,
sem dúvida, com alegria,
trazendo consigo os seus
molhos” (Sl 126.5-6). Esses
são os votos da Associação
Batista do sudoeste da Bahia
(ABASB). em Araçatuba, onde o pastor
Fernando é professor de Teologia Sistemática, Teologia
Bíblica do Antigo e do Novo
Testamento, de Sociologia
Geral e da Religião e de Introdução à Filosofia desde 2005,
e diretor-executivo da Associação das Igrejas Batista do
Oeste Paulista que, baseado
em ITimóteo 3.1-7, proclamou
sábia e abençoada mensagem
sobre as responsabilidades
pastorais e sua conduta como
homem de Deus, para que este
se torne honrado e merecedor
de homenagem como a que a
PIB em Penápolis prestou ao
seu pastor na ocasião.
Após a pregação foi entregue
ao Pastor Fernando, pela irmã
Inêz Pereira Batista Pessôa,
primeira secretária da Igreja,
uma placa de prata com os
dizeres: “1ª Igreja Batista em
Penápolis. Vem conosco e te
faremos bem! Jubileu de prata
1990-2015. Ao amado pastor
Fernando Costa Fernandes. O
carinho e gratidão do rebanho
pela vocação abnegada com
amor e zelo no exercício pastoral por 25 anos, dos quais
16 nesta Igreja. Deus abençoe
o seu ministério. No amor
em Cristo. Penápolis, 24 de
janeiro de 2015”. Na ocasião,
a irmã leu o texto de Atos dos
Apóstolos, um dos preferidos
do pastor, que diz: “Mas em
nada tenho a minha vida por
preciosa, contanto que cumpra
com alegria a minha carreira
e o ministério que recebi do
Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de
Deus” (At 20.24).
A irmã Gilda Campanhã Sabino Soler, membro da Igreja,
ofereceu um presente ao pastor Fernando e esposa, irmã
Luzimar.
O pastor Fernando agradeceu a igreja, orando em
canção, com o solo da música
“Toque por mim” do pastor
Paulo Cesar Brito.
Ao final, todos os presentes
puderam participar da recepção onde foram servidas várias
espécies de salgados, bolo e
refrigerante.
14
o jornal batista – domingo, 22/03/15
ponto de vista
Orando nos Salmos (2)
“Cultuai o Senhor com te- em Si mesmo e não depende
mor e regozijai-vos com de ninguém para existir. Tu
és o eixo de Si mesmo. Tu és
tremor” (Sl 2.11).
o Grande Eu Sou, como está
ai, a Tua Palavra nos escrito em Êxodo 3.14. Tu és
ensina a cultuá-lO. a nossa suficiência seja qual
Tu Te revelas a nós for a circunstância.
Aprendemos com Davi
como Senhor, revesq
u
e devemos cultuá-lO
tido de glória e majestade na
com
temor e tremor, com
Pessoa de Cristo. Louvado
reverência,
com muita seseja sempre o Teu nome.
Senhor, como Davi, mesmo riedade, profundo respeito.
que eu esteja em fuga, ensi- Que devemos nos alegrar
na-me a cultuar-Te, a servir- em Ti, estar contentes em
-Te, a labutar para Ti por toda e qualquer situação.
causa de Ti mesmo. Tu és Na verdade, a nossa alegria
o Jeová Jiré – o Senhor que em Ti deve ser uma alegria
provê motivado por Tua fi- reverente, piedosa e santa.
delidade e por Teu amor. Tu Nosso amado Jeová, Senhor
és Deus, Aquele que existe nosso, nos ajude a entender
P
pela fé a Tua grandeza. Que
sejamos obedientes em todo
o tempo. Santos em todo o
nosso procedimento, como
diz I Pedro 1.16. Tu queres
que sejamos Teus imitadores
como filhos amados para
andarmos em amor como
Cristo nos amou e a Si mesmo se entregou por nós a Ti
como oferta e sacrifício com
aroma suave, como descreve
Efésios 5.1-2.
Na oração sincera, do coração, das entranhas fervilhando de amor por Ti,
Tu estás presente e ouves
as petições. Mas antes das
petições, Senhor, desejamos
adorar-Te na beleza da Tua
santidade. Reconhecer que
mesmo que sejamos infiéis,
Tu permaneces fiel, pois não
podes negar-Te a Ti mesmo
como relata II Timóteo 2.13.
O nosso coração aspira a comunhão com o Senhor pela
Revelação, por Tua Palavra
e pela oração. Tu te agradas
e não desprezas quando vês
um coração quebrantado
e contrito, de acordo com
Salmos 51.17. É para este
coração que Tu olhas com
muito interesse.
Agradecemos-Te, precioso
Jeová, por Tua provisão e
proteção em Cristo Jesus.
Como é bom podermos colocar a nossa confiança em
Ti, na Tua perfeita suficiência. Nada, absolutamente
nada, falta àqueles que Te
buscam, Te amam e desejam fazer a Tua vontade.
Davi testemunhou que o
justo – aquele que foi justificado pela fé na Obra de
Cristo na cruz e na ressurreição -, não fica desamparado
e nem a sua descendência
mendiga o pão, como está
escrito em Salmos 37.25.
Que aprendamos sempre a
ser gratos a Ti pela tão grande salvação, pelo sustento
e pela proteção. Recebas,
Senhor, o nosso louvor por
quem Tu és, Deus bendito
eternamente.
a criação. Ao pecarmos em
Adão, nos distanciamos destes alvos e ficamos destinados à condenação e vivermos
longe da glória de Deus (Rm
3.23). Deus, por seu amor,
providenciou um meio para
consertar esta situação, que é
a salvação. Ela não é um fim
em si mesma, mas um meio
para trazer-nos de volta ao
plano original de Deus para
nossa vida. Uma vez salvos,
nossa vida deverá ser reposicionada para vivermos dentro
daqueles quatro objetivos
que citei acima. A mensagem
central então, é o próprio
Deus e o seu plano original
da criação, a salvação é um
meio (não um fim) para nos
recuperar de volta para este
plano. Então, tenho preferido chamar a salvação de
recuperação. Penso que isso
aprofunda mais nossa compreensão das Escrituras para
além dos dois focos que geralmente damos para a salvação – jurídico (Jesus pagou o
preço de nossa condenação)
e escatológico (para nos dar
o céu no futuro) – dando ao
cristão um papel fundamental como sal da terra e luz
do mundo (não sal da Nova
Jerusalém e luz das ruas de
ouro do céu), com significação profunda de sua vida
como embaixador de Cristo
não apenas para pregar que
Ele salva, mas, também viver
uma vida comprometida com
os valores cristãos e bíblicos
no dia-a-dia desde hoje. Aqui
valorizaremos não apenas a
cruz como centro da história,
mas também a ressurreição
(I Co 15; Rm 6). Além disso, a missão da igreja vai
se aprofundar partindo não
da oferta de uma apólice de
seguro contra o incêndio do
inferno, mas em buscar levar
as pessoas a viverem para a
glória de Deus, por isso mesmo, há a necessidade da ação
evangelizante e missionária
como consequência, mas
também da disponibilização
do fortalecimento cristão da
vida por meio da pregação,
do ensino, aconselhamento,
atendimento social (primeiro
aos domésticos da fé, mas
também a todos), etc. Conquistamos assim, a missão
integral da igreja.
Há outros itens que compõem o quinto evangelho,
mas estes já servem para demonstrar que temos perdido
a profundidade da mensagem
bíblica indicando a necessidade de cuidarmos com
muita seriedade o estudo
profundo e amplo da Bíblia.
Aguardo a sua opinião.
Escreva para: [email protected].
observatório batista
LOURENÇO STELIO REGA
Teologia do
quinto evangelho
N
a Bíblia temos
apenas quatro
evangelhos, mas,
ao longo do tempo, criamos inúmeras compreensões próprias do Evangelho que nada tem a ver
com a doutrina e teologia
da própria Bíblia e, assim,
acabamos criando um quinto evangelho. Vamos citar
alguns exemplos.
Pedir, esperar e agradecer
depois da resposta. Desde
pequenos aprendemos que
ao pedirmos algo para Deus
temos de esperar a resposta e
agradecer quando a resposta
vier conforme nosso pedido.
Mas o ensino do Novo Testamento segue outra direção.
Em Filipenses 4.6-7 temos
a indicação de que não devemos estar ansiosos por
nenhuma coisa, em vez disso
devemos suplicar a Deus
entregando aquilo sobre o
qual não temos controle e de
imediato agradecer a Deus.
O texto diz “súplicas e ações
de graças”, não há um intervalo, mas uma sequência.
Claro que vem a pergunta “E
se a resposta de Deus for diferente do que desejarmos?”.
Simplesmente é porque o
que desejamos não coincide
com o que Deus entende ser
melhor para nós. Agradecer
a Deus logo que fizermos a
nossa súplica indica confiança na resposta que Ele vier
a nos dar, em vez reforçar
nossa vontade. No Getsemani Jesus orou três vezes apresentando a sua súplica “Passa
de mim esse cálice”, mas, no
final, sempre afirmava “Faça-se a tua vontade”. Agindo
assim, o versículo 7 (Fp 4.7)
se cumpre.
Já vi crentes tentarem agradar a Deus por meio de rituais, práticas devocionais, práticas de obras, como que para
alcançarem o seu favor - uma
espécie de meritocracia e negociata com Deus. Inclui-se
aqui trabalhar na igreja como
compensação de uma vida
cristã não muito bem vivida.
Isto é bem compatível com o
espírito legalista que procura
alcançar o favor de Deus ou
evitar o seu castigo em troca
de piedade, obras, etc. Em
primeiro lugar, a piedade da
qual Deus se agrada é a que é
permeada de contentamento
(I Tm 6.6). Mas, também, por
mais que queiramos agradar
a Deus com nossas obras
não conseguiremos, pois
elas são indignas (Is 59.2;
64.6). Penso que por trás
dessa teologia popular esteja
a crença católico-romana da
penitência e a crença espírita
da caridade que permeiam
nossa cultura religiosa. Do
ponto de vista bíblico, entra
aqui a graça de Deus (II Co
12) e o desejo de vivermos
em alegria no relacionamento com Ele, tendo sede de
orarmos, lermos a Bíblia, desejo pronfundo de servimos
com nossos dons e talentos
na Obra de Deus. O trabalho na igreja, e nossas obras
acabam sendo resultado de
uma vida consagrada, em vez
de produzir vida consagrada,
pois se não fomos salvos por
obras, não seremos agraciados pelas mesmas obras.
A salvação é a mensagem
central da Bíblia. Temos aqui
um tema muito complexo
que já foi objeto de diversos
artigos meus aqui nesta coluna. Se colocamos a salvação
como central temos de partir
da queda para descrever a
história humana, que, na
realidade, se originou antes
disso, antes da fundação do
mundo. A Bíblia nos ensina
que fomos criados para a
glória de Deus. Claro que
esta compreensão é um pouco abstrata, então busquei
sintetizar o “Viver para a
glória de Deus” a partir dos
dois grandes mandamentos
(Mc 12.28): viver em amor,
harmonia e comunhão com
(1) Deus; (2) comigo mesmo; (3) com o próximo; e,
consequentemente, (4) com
o jornal batista – domingo, 22/03/15
ponto de vista
15
Cinquenta Tons de Cinza:
mulher objeto x mulher virtuosa
Day nos EUA: 14 de feDener Rodrigues Maia,
vereiro). Os especialistas
pastor da Primeira Igreja
Batista em São Vicente - SP acreditam que este seja o
filme mais bem sucedido
e s t e m ê s c o - financeiramente de todos
m e m o r a n d o o os tempos - Cinquenta Tons
Dia Internacio- de Cinza. O filme altamente
n a l d a M u l h e r controverso é baseado no
- 08/03/2015 -, uma data livro de mesmo nome, com
importante para a humani- duas sequências igualmente
dade, um dia para valori- populares. Os especialistas
zarmos ainda mais as mu- também consideram esse o
lheres e refletir na Palavra pior livro de todos os temde Deus, que traz para nós pos a entrar para a lista dos
o perfil e os adjetivos cons- mais vendidos do New York
tituintes da mulher virtuosa. Times. Além do tema reNa contramão dessa in- pugnante, o estilo e a trama
tensão, surge um livro e pobres fazem do livro uma
seu respectivo filme que se verdadeira piada ao lado de
constituem em uma forma verdadeiras obras de litesorrateira, dissimulada e vil ratura. Mas, os milhões de
de desvalorizar a mulher, fãs em todo o mundo, e os
reduzindo-a a um mero ob- milhões de dólares gerados
jeto para satisfazer os capri- não são piada.
Como pode um livro que
chos e os desejos doentios,
violentos e egoístas do per- todos consideram horrível
sonagem principal da trama: se tornar um fenômeno financeiro? É simples: demôCinquenta Tons de Cinza.
Com os argumentos de nios da perversão.
A trama é sobre um em“uma atração irresistível”,
uma paixão arrebatadora, presário rico que assedia
por estar “desesperadamen- uma jovem com baixa aute atraída por ele”, Ana, a toestima. Ela é uma virgem
mulher em questão, é re- que luta contra os sentimenduzida a um simples objeto tos de rejeição de seu pai, e
para a realização dos dese- que tem necessidade de afejos excêntricos, violentos e to e romance. Ele a cerca de
machistas do personagem atenção, presentes luxuosos
e dinheiro e, em troca, lhe
C. Grey.
Por trás desta trama que pede que se submeta às suas
tem vendido milhões em mais depravadas fantasias
livros e nas bilheterias do sexuais, que incluem escracinema, encontramos algu- vidão, tortura e violência
mas sórdidas doutrinas que sadomasoquista indizível.
visam rebaixar e reduzir a Ela está apaixonada por ele
imagem da mulher a meros e, por isso, aceita. O livro
descreve e exalta cada um
objetos sexuais.
O filme foi lançado no Dia desses momentos “picandos Namorados (Valentine’s tes” em detalhes, arrastan-
N
do seus leitores para um
tipo de inferno emocional.
Depois de tais episódios
sexuais, a mulher é deixada
sangrando e tão machucada
que mal consegue se mexer.
Mas ela o “ama” e, no último livro da trilogia, ela se
casa com ele.
Primeira doutrina de Cinquenta Tons de Cinza: as
mulheres devem encarar o
abuso e a violência como
algo nobre e corajoso. O
autor tenta contrabalançar
toda essa perversão com esperança e fé, sugerindo que
uma jovem pura tem um poder de amar tão grande que
é capaz de salvar um homem de seu tormento. Mas
qualquer assistente social
ou psiquiatra concordaria
que esse é um quadro típico
de abuso: A mulher ama um
homem que é perigoso. Ela
tem baixa autoestima. Ele a
domina, ameaça e manipula. Ela se sente desejada e
importante, e tolera a violência porque acredita que
pode “salvá-lo”. Na vida
real, muitas dessas histórias acabam em morte. Os
boletins de ocorrência são
provas disso.
Segunda doutrina: perversão sexual é algo incrível.
Cinquenta Tons de Cinza
se tornou a nova fórmula de
realização no casamento. As
pessoas acreditam que precisam experimentar formas
cada vez mais excitantes
e pervertidas de prazer sexual para serem felizes, e
quanto mais se aprofundam
nessas experiências, mais
os demônios da deprava-
ção invadem suas vidas e
destroem suas famílias. É
uma doutrina que glorifica a
excitação sexual sem amor,
sem carinho, sem dar, sem
Deus - o egoísmo e a dor
dão mais prazer. É inacreditável, mas até mesmo os
cristãos estão se deixando
levar por essa doutrina.
O diabo é o mestre do
abuso físico e sexual, encontrado em todos os níveis da
sociedade. Seus efeitos são
devastadores: da escravidão
infantil na África Oriental
ao tráfico humano nos países árabes; da indústria do
sexo na Tailândia, Filipinas e
América do Sul à moderna e
sedutora indústria pornográfica da Califórnia; dos Países
Baixos e Reino Unido aos
lares onde casos horríveis de
violência contra mulheres e
crianças acontecem diariamente em todos os lugares,
um principado agressivo e
demoníaco tem orquestrado toda essa dor. E agora
que o filme Cinquenta Tons
de Cinza já está vendendo
milhões de bilhetes mesmo
antes de sua estreia, esses
mesmos demônios estão preparados para invadir as almas de milhões de pessoas.
Por isso, se você estiver
pensando em ver esse filme,
se você gostou do livro, e
até mesmo tem permitido
que seus filhos adolescentes leiam, lamento por isso.
Você está contaminando
a sua mente com a sujeira
deste mundo e enchendo
a mente pura, bem como
as emoções de seus filhos
com desejos demoníacos
que vão ficar com eles por
toda a vida, a menos que
eles lutem para quebrar essas maldições pela fé. Fora
a contribuição que você
está dando para patrocinar
a indústria mundial de perversão demoníaca. Você
está ajudando criminosos
a abusar de crianças e de
pessoas inocentes em todo
o mundo. Você está tornando a vida muito confortável
para aqueles que vivem do
sofrimento dos outros, graças às suas compras e sua
propaganda pessoal ao entrar naquela sala de cinema,
tolerando essas mentiras.
Por favor, pense de maneira
inteligente, e escolha com
sabedoria.
“Qualquer, porém, que
fizer tropeçar a um destes
pequeninos que creem em
mim, melhor lhe fora que
se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de
moinho, e fosse afogado
na profundeza do mar. Ai
do mundo, por causa dos
escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo
qual vem o escândalo” (Mt
18.6-7).
A Bíblia também nos exorta: Veja, neste texto, aquilo que deve ocupar nossos
pensamentos: “Finalmente,
irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre,
tudo o que for correto, tudo
o que for puro, tudo o que
for amável, tudo o que for de
boa fama, se houver algo de
excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas”
(Fp 4.8).
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