ARTIGO Panorama da Dengue no Brasil A dengue é um dos principais problemas de saúde pública do mundo, especialmente em países tropicais, como no Brasil. No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue, e sim pela febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros. Aedes aegypti: A transmissão do vírus ocorre através da picada do mosquito fêmea do Aedes aegypti infectado pelo vírus, que precisa de sangue para a produção de ovos. Acredita-se que três dias após a ingestão de sangue as fêmeas já estão aptas a postura dos ovos em água acumulada. O Aedes é parecido com o pernilongo comum, mas o corpo 14 é escuro e rajado de branco e tem o hábito de picar durante o dia. Não existe transmissão entre seres humanos. A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Após um período de incubação, que inicia logo depois do contato do pernilongo com o vírus e dura entre 8 e 12 dias, o mosquito está apto a transmitir a doença. O Aedes aegypti é também o transmissor dos vírus CHIKV, que causa a Febre Chikungunya e do Zika Vírus, doenças com sintomatologia parecida com a dengue e que estão aparecendo em alguns estados brasileiros. Portanto, medidas preventivas para combater os focos de acúmulo de água, ambiente propício para a criação e reprodução do mosquito transmissor APM - Regional Piracicaba - Junho 2015 da dengue e das outras doenças citadas acima é de fundamental importância para o controle destas enfermidades virais. Mosquito transgênico: Uma das formas de combate o mosquito foi à criação do mosquito OX513A, desenvolvido pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, idêntico ao Aedes aegypti - exceto por dois genes modificados, colocados pelo homem (mosquito transgênico). Um deles faz as larvas do mosquito brilharem sob uma luz especial (identificação pelos cientistas). O outro é uma espécie de bomba-relógio, que mata os filhotes do mosquito. A ideia é que ele seja solto na natureza, se reproduza com as fêmeas de Aedes e tenha filhotes defeituosos - que morrem muito rápido, antes de chegar à idade adulta, e