Roteiro de encontro Dir. Durante a Romaria Jovem queremos refletir sobre Maria, a casa do Amor. Maria é a grande casa do amor de Deus, possibilitando que Jesus viesse ao mundo habitar em nossa casa dando-nos o amor e a alegria da sua presença entre nós. Iniciemos a nossa reflexão meditando no grande mistério da Encarnação de Jesus. Dir. - No sublime evento da Encarnação do Filho, Deus se entregou ao ministério livre e ativo de uma mulher. Quando o sim brotou de Maria ela se tornou artífice de comunhão. Cria comunhão e educa para um estilo de vida compartilhada, solidária e fraterna. - O anjo do Senhor anunciou a Maria. - E ela concebeu do Espírito Santo. Dir.- Maria é a grande missionária, deu à luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho. “Nela a Palavra de Deus se encontra de verdade em sua casa, de onde sai e entra com naturalidade. Ela fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus. Assim se revela que seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus, que seu querer é um querer junto com Deus. Ela é a mãe da Palavra encarnada”. (DAp. n.271) - Eis aqui a serva do Senhor. - Faça-se em mim segundo a vossa Palavra. Dir. - “O povo cristão aprende de Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo e a experimentar a profundidade de seu amor”. Com ela, providencialmente unida à plenitude dos tempos REFLEXÃO: (Gal 4,4) chega a cumprimento a esperança dos pobres e o desejo de salvação. MARIA, A CASA DO AMOR - O verbo se fez homem Viver de fé é reproduzir, em nossa vida cotidiana, o estilo da existência que tem marcado os grandes santos. Viver, como Dom Bosco, a nossa existência como se víssemos o invisível. Como Maria viveu, como a casa do amor, onde cabia todo mundo, a casa do amor de Deus. - E habitou entre nós. Ave Maria... Dir.- Rogai por nós santa Mãe de Deus. - Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. “A Santissima Virgem, predestinada – desde toda a eternidade, no desígnio da encarnação do Verbo divino – para Mãe de Deus, foi na terra, por disposição da divina Providência, a Mãe do Redentor Divino, mais que ninguém sua companheira generosa e a humilde serva do Senhor. Concebendo a Cristo, gerando-o, alimentando-o, apresentando-o no templo ao Pai, sofrendo com seu Filho que morria na cruz, ela cooperou de modo absolutamente singular – pela obediência, pela fé, pela esperança e a caridade ardente – na obra do Salvador para restaurar a vida sobrenatural das almas; por tudo isto, ela é nossa mãe na ordem da graça” (LG 61) Oremos- Infundi Senhor em nós a vossa graça, fazei que havendo chegado pela anunciação do Anjo ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo vosso Filho, cheguemos pela sua paixão e morte na cruz à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo nosso Senhor. Dir. – Como Mãe e Mestra, a Virgem inspira-nos o estilo de uma vida cristã de acordo com nosso tempo, e ajuda-nos a encontrar os caminhos mais adequados para nos tornarmos sinal e expressão do amor preveniente de Deus. “Quando em nosso continente latino-americano e caribenho se quer enfatizar o discipulado e a missão, é Ela quem brilha diante de nossos olhos como imagem acabada e fidelíssima do seguimento de Cristo” (DAp n. 270). ---------------------------------------A AUXILIADORA CANTO – MINHA MÃE (Pe João Carlos) Temos necessidade de alguem que nos dê a mão. Quanto bem te quero, minha mãe. Esta convicção ajudou a “espiritualidade juvenil salesiana” a redescobrir Maria e a difundir o grande amor a Maria que a Familia Salesiana herdou de Dom Bosco e de Madre Mazzarello. Quanto bem te quer o povo meu. A Igreja te venera, minha mãe. Em ti fez maravilhas nosso Deus. Os cristãos reservaram um lugar muito especial para Maria em sua vida. Dom Bosco tinha um amor filial em relação a Maria. O mesmo acontecia com Madre Mazzarello em Mornese. Com o mesmo entusiasmo e com uma sensibilidade toda especial nos ensinaram a reconhecê-la como Auxiliadora: auxílio, forte e potente, nos momentos de dificuldades. Também se recorria a Maria em dificuldades de tipo fisico, como aquele de uma mãe que socorre o filho que ama. Também na preocupação sobre a incerteza, sobre o sentido da própria vida e sobre o estilo da existência para ser fiel ao mistério que a vida carrega. Quanto te admiro, minha mãe Quanto te admira o povo meu. Teu sim nos edifica, minha mãe Tu és a serva humilde do teu rei (bis). É só olhar pra ti / é só pensar em ti. Pra gente recordar / do amor que te elegeu. Do imenso amor de Deus por nós. (bis) Para a “espiritualidade juvenil salesiana” Maria tem um nome: é a Auxiliadora. Recorremos a ela nos momentos de dificuldades. Sobretudo a sentimos próxima sobretudo quando estamos inseguros sobre o futuro da nossa vida. Vivemos em tempos de transformação e de incertezas, de trepidação e de entusiasmo pelo novo que avança. Maria, a Auxiliadora, nos indica o caminho a percorrer e nos dá esperança e consolação. Temos necessidade de um auxilio seguro e encorajador. Maria é a Auxiliadora porque nos mostra o rosto de um cristão empenhado, ela que a mais bela imagem do cristão. Quanto bem te quero, minha mãe quanto bem te quer o povo meu. A igreja te repete minha mãe gerando novos filhos para Deus. Quanto eu preciso, minha mãe Quanto necessita o povo meu. De tuas santas preces, minha mãe por nós tu intercedes lá no céu (bis) 2 O rosto de Maria Maria, no silêncio e na oração, consegue penetrar além do rosto opaco dos fatos. Se transforma na assunção, plena e corajosa, pela causa do seu filho: se torna paixão para que todos os homens reconheçam quem é Deus e o experimentem como o Deus da vida. Para descobrir o seu rosto, devemos meditar o evangelho. São poucos os textos que falam dela, mas são muitos belos e ricos de indicações preciosas. O Magnificat. Corre para a prima Izabel, antes de ser chamada porque imagina o quanto a sua ajuda é preciosa. Em Caná não permite que a festa termine por falta de vinho e solicita ao filho para interferir eficazmente (Jo 2). No Magnificat se coloca decididamente do lado dos pobres, para reconhecer neles o amor privilegiado de Deus. O Magnificat é uma grande oração eclesial de reconhecimento e de agradecimento. Lucas coloca sobre a boca de Maria, porque era certo, sobre a base das fontes que possuia, que espressava a experiência de Maria. O Magnificat é por isto o verdadeiro canto de Maria, o testemunho da sua existência crente. Modelo de oração cristã. Maria é a mulher fiel, até a cruz como pede Jesus a quem tem a coragem de partilhar a sua causa. Maria, no silêncio sofrido, entrega seu filho a morte para a vida de todos; aceita que lhe tirem violentamente o filho que gerou para se tornar mãe de todos nós, fonte de vida para todos, com Ele e n’Ele. Esta é Maria para nós. Por isto Maria tem um lugar privilegiado na “espiritualidade juvenil salesiana”. O Magnificat nos oferece uma espécie de retrato eclesial da jovem mulher de Nazareth, aquela que, depois de Jesus foi a que mais penetrou no mistério de Deus. Cantando-o e pregando-o, sentimos Maria próxima: como mãe e como figura do cristão. Maria é a casa do amor. Leiamos este trecho: Para aprofundamento: “Grande é o Senhor: quero louvá-lo. Deus é meu salvador: estou pleno de alegria. Ele me olhou, sua pobre serva: todos doravante me chamarão de bem aventurada. Deus é poderoso: fez grandes coisas em mim [...]. me deu prova de sua força, Na base do sonho salesiano existe a ideia força da “salvação das almas”. É uma ideia que toca o centro do mistério de Deus. Destruiu os soberbos e os seus projetos. derrubou do trono os poderosos, e exaltou os humildes. cumulou os pobres de bens, e mandou os ricos de mãos vazias” (Lc. 1, 46-55). • Como podemos explicar este sonho aos jovens de hoje? • O que caracteriza a pessoa salva hoje? Dom Bosco e Madre Mazzarello acreditaram na capacidade dos jovens de serem missionários de outros jovens, de serem fermentos na massa. • O que sugerem para promoverem o ministério dos jovens em relação aos jovens sem criar uma “elite” entre os jovens? Lamenta-se hoje pela falta de referência na sociedade. A espiritualidade juvenil salesiana sublinha a necessidade de ser gente que vive na presença de Deus. No Magnificat Maria celebra a novidade inesperada: Deus se fez próximo, solidário com o seu povo. E’ o Deus fiel: aquele que faz aliança com os homens e permanece fiel ao seu pacto. Maria se sente imersa no amor potente de Deus, é a casa do amor de Deus. Quando disse a si e aos outros que ela está no projeto de Deus, grita forte esta certeza: a potência de Deus e a sua presença são o seu rosto mais verdadeiro e solene. Por isto, ela que se reconhece pequena, pobre, humilde serva, é de verdade grande: tão grande que falarão dela. Toda a sua vida é um caminho de serviço. A sua vida é uma casa, uma casa onde Deus ai fez a sua morada, a morada do amor. • Como podemos fazer isto? • Como podemos viver as atitudes de Maria em nosso dia-a-dia? Os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia são os 2 “pilares” sobre os quais são fundadas a educação dos jovens em Valdocco e em Mornese. Também para Maria o mistério da presença de Deus é grande, impenetrável e inquietante. Na Anunciação manifesta dificuldade e turbamento (Lc 1, 29 e 39). No Oráculo de Simeão manifesta a sua admiração e suscita a trepidação da maravilha (Lc 2,32). A resposta de Jesus, finalmente reencontrado depois de desaparecimento que deixou ela e José na angústia, também a deixa sofrida (Lc 2, 50). Porém Ela sempre pronuncia uma plena decisão, manifesta sua fé no mistério de Deus. Nos faz companhia e nos consola na fadiga de viver a nossa vida cotidiana na fé, doando a sua vida no serviço cotidiano, assim a sua vida se faz serviço, vocação. 3 • Como podemos continuar indo hoje ao encontro dos jovens propondo estes meios? • Qual a tua experiência de Maria, como Auxiliadora? • Como podemos apresentar Maria aos jovens hoje? www.inspetoriasalesiana.org.br www.inspetoriafmarecife.com.br