História - Farias Brito

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História
3. E
O episódio da Noite das Garrafadas reflete o desgaste político
e social do imperador D. Pedro I no Brasil. Entre os fatores que
contribuíram para a crise que culminou com abdicação do
monarca em 1831, destacamos a sua postura excessivamente
centralizadora e autoritária que se encontra presente no texto
constitucional por ele outorgado em 1824, que estabelecia
a si a prerrogativa do uso exclusivo do poder moderador,
sendo este um poder acima dos demais.
Resposta
• Cap.1 ao 3 – Processo de Independência
Brasileiro
1. B
Foram as antigas rivalidades entre os franceses e ingleses que
levaram ao estabelecimento do Bloqueio Continental por
Napoleão Bonaparte em 1806. Fracassado na tentativa de
invadir a Inglaterra (Batalha de Trafalgar) a França pretendia
debilitar economicamente a Inglaterra, pioneira na revolução
industrial, que seria então, privada de fontes de matériasprimas e de mercados consumidores na Europa.
4. C
Diversos fatores contribuíram para o desgaste político que
culminou com a abdicação de D. Pedro I em 1831. Dentre
os principais, destacamos o autoritarismo do Imperador que
dissolveu a Assembleia Constituinte de 1823, outorgou a
Constituição de 1824 e reprimiu violentamente a Confederação
do Equador. Em termos econômicos, a má administração, os
constantes empréstimos junto aos ingleses somados ao
fracasso da guerra da Cisplatina levaram ao colapso da
economia nacional com a falência do Banco do Brasil. Além
de todos esses fatores, o envolvimento na questão da sucessão
do trono português por parte de D. Pedro I provocou uma
incompatibilidade de permanecer no trono do Brasil.
2. B
A transferência da Corte portuguesa para o Brasil é
considerado um marco no processo que culminou com a
independência do Brasil de sua metrópole. Nesse contexto,
foi a Abertura dos Portos decretada por D. João, VI em 1808
que provocou na prática, o rompimento do pacto colonial.
3. B
A questão aborda as dificuldades enfrentadas para a
concretização de um projeto de industrialização no Brasil.
Observe que, mesmo com o fim da proibição às manufaturas
promovidas pelo Príncipe Regente D. João, com o Alvará de
Liberdade para as indústrias, o projeto industrializante não
se concretizou, pois a hegemonia inglesa sobre Portugal e
consequentemente sobre o Brasil inviabilizava um projeto
industrial autônomo na medida que a Inglaterra desfrutava
no Brasil de grandes vantagens comerciais (alfandegárias).
•
1. D
A Instabilidade política e social foram as principais
características do Período Regencial que se estendeu de
1831 a 1840. As tensões que resultaram em inúmeras
revoltas por todo o país ameaçavam a ordem monárquica,
já que, via de regra, tais movimentos sociais objetivavam a
República e o abolicionismo. Destaque-se ainda que o avanço
destes movimentos colocavam em risco a unidade territorial
do Brasil. Tentando, pelo menos em parte, solucionar
tais problemas, foi instituído um conjunto de medidas
denominado de Ato Adicional em 1834 que reformava a
Constituição vigente desde 1824. Dentre essas medidas
destaca-se a criação das Assembleias Legislativas Provinciais,
que concedia maior autonomia para as províncias, além da
supressão do poder moderador.
4. A
A chegada da Corte despejou quase 15 mil portugueses
no Rio de Janeiro e contribuiu para mudanças significativas
nos costumes da sociedade colonial que procurava cada
vez mais copiar os hábitos europeus, cujo padrão de
comportamento era a França. As mudanças não se limitavam
aos aspectos socioculturais, pois neste momento o Brasil,
mais especificamente o Rio de Janeiro, passou a ser a sede
da monarquia portuguesa e centro das decisões políticas,
tendo alcançado seu ápice em 1815 quando foi elevado à
categoria de Reino Unido de Portugal.
•
Cap. 4 – Brasil Império: o Primeiro Reinado
2. D
As revoltas que marcaram o Período Regencial, ainda
que tivessem suas particularidades devido a sua origem e
composições variadas, buscavam uma maior autonomia
questionando a excessiva centralização política que se
notabilizou desde os primeiros anos da Independência.
1. D
A charge retrata o caráter autoritário e centralizador da
primeira Constituição brasileira outorgada pelo Imperador em
1824. Este projeto se destaca entre outras particularidades
pela instituição do poder Moderador, de uso exclusivo
do Imperador que lhe concedia poderes excepcionais,
praticamente ilimitados.
3. D
Durante a fase das regências manifestaram-se através de
várias revoltas espalhadas pelo país, a insatisfação dos
diversos segmentos da sociedade com a postura centralista
herdada do I Reinado. Das opções que representam a
insatisfação das camadas populares, temos a Revolta dos
escravos Malês na Bahia, onde os escravos pleiteavam, além
do fim da escravidão, a liberdade religiosa, e a Cabanagem
no Pará, que embora tivesse a princípio a participação dos
estratos superiores, foi um movimento de cunho popular.
2. D
Quando analisamos o período colonial brasileiro, percebemos
o exclusivismo da ação católica jesuítica em comunhão com
o Estado lusitano, garantindo a massificação do catolicismo
na mentalidade indígena e na atmosfera cultural do Brasil
naquele momento histórico. Durante a fase monárquica,
sobretudo, a partir da Constituição de 1824, identifica-se
como um dos seus princípios a interdependência entre a Igreja
e o Estado na perspectiva do padroado e do beneplácito,
inclusive com especificidades quanto ao monopólio católico
das manifestações religiosas públicas.
ensino médio
Cap. 5 – Brasil Império: o Período Regencial
1
2º ano
4. C
O golpe da maioridade deve ser visto historicamente como
uma articulação política dos liberais que pretendiam tomar
o poder das mãos dos conservadores, através de uma
campanha na qual se destacava em importância o “Clube
da Maioridade”. Acreditava-se que a agitação política e
social seria reduzida com a instituição do legítimo herdeiro
no trono, já que isso implicaria também na restauração do
Poder Moderador, facilitando sobremaneira o combate aos
focos rebeldes que ameaçavam a ordem monárquica.
•
4. B
O processo que culminou com a implantação da República em
1889 foi, sobretudo, resultado das intensas transformações
econômicas, sociais e políticas que foram ocorrendo
especialmente na segunda metade do século XIX. Entre essas
transformações, podemos destacar:
1) O fim do tráfico negreiro que acabou por liberar capitais
para o surto industrial.
2)A expansão do café para o oeste de São Paulo, que
permitiu o surgimento e o fortalecimento de uma nova
elite econômica que buscava maior autonomia, ao
mesmo tempo que se mostrava disposta a participar mais
ativamente das decisões políticas, além de promover sérias
críticas ao modelo escravista.
3) O descontentamento do exército que voltou fortalecido da
Guerra do Paraguai, questionando sua posição subalterna
na esfera política, passando a exigir maior participação
política.
4) O avanço do abolicionismo, principalmente após a Guerra
do Paraguai, fez com que o Imperador perdesse sua base
sociopolítica, na medida que os escravocratas culpavam
o trono pelos possíveis prejuízos causados pela abolição
dos escravos.
5) Por fim, todas essas situações contribuíram para o avanço
do Republicanismo, que tem no Manifesto Republicano de
1870 e na fundação do Partido Republicano de 1873 (PRP)
dois momentos de grande relevância.
Cap. 6 ao 10 – O Segundo Reinado Brasileiro
1. D
As relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra vinham se
estremecendo na medida que, em 1843, o Brasil não renova
os Tratados Comerciais que favoreciam os britânicos, que
reagiram em 1845 com o Bill Aberdeen, que tentou restringir
o tráfico de escravos na tentativa de prejudicar a economia
brasileira dependente do braço escravo. Mesmo com o fim
do tráfico decretado no Brasil com a Lei Eusébio de Queirós
de 1850, as relações entre os dois países voltariam a ter
solavancos ainda mais graves, especialmente pelos episódios
da pilhagem do navio inglês Príncipe de Gales no litoral do
Rio Grande do Sul e das prisões de oficiais ingleses no Rio
de Janeiro. As tensões cresceram na medida que os ingleses
quiseram, através de seu representante, o embaixador
William D. Christie, impor uma séire de medidas vexatórias.
Mesmo com arbitramento internacional favorável ao Brasil,
a Inglaterra insistiu em suas imposições, resultando no
rompimento diplomático, ainda que momentâneo, entre
os dois países.
Ao que tudo indica, o Império fragilizou-se por não
conseguir atender as novas expectativas resultantes destas
transformações, ruindo aos poucos, sem esboçar qualquer
reação capaz de deter seu desmoronamento.
•
2. A
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito bélico da história
sul-americana, opondo o Paraguai à Tríplice Aliança composta
por Brasil, Argentina e Uruguai. O conflito significou a
destruição de todo o desenvolvimento alcançado pelo
Paraguai desde a sua independência. Para o Brasil, que lutou
praticamente sozinho na fase final da guerra, a vitória não
fortaleceu o regime imperial vigente, contribuindo para a
consolidação do exército enquanto instituição, que passou a
exigir maior participação e espaço na política, questionando
a escravidão e o próprio regime monárquico.
1. C
Pela observação atenta do trecho apresentado na questão,
podemos perceber que sua temática está relacionada à
divisão e equilíbrio entre os poderes constituídos. O princípio
em foco se relaciona ao pensamento do filósofo iluminista
Charles-de Secondat, O Barão de Montesquieu e sua teoria
dos freios e contrapesos, de forma que, segundo ele, só o
poder é capaz de barra o próprio poder.
2. B
Entre os vários elementos que constituem o pensamento do
filósofo Jean Jacques Rousseau, destacamos:
A defesa da forma republicana de governo.
A crítica à propriedade privada.
A teoria da vontade geral, em que o Estado deve atender e
direcionar suas políticas em benefício da maioria.
3. C
Os eventos militares que marcaram o século XIX na América
resultaram em questionamentos da ordem social vigente, tanto
nos EUA quanto no Brasil. Nos EUA, a disputa entre o projeto
industrial nortista se chocava com os interesses da elite agrária
do Sul, tendo a questão da escravidão como um dos pontos
centrais da discussão. Mesmo com o fim da escravidão nos
EUA em 1863, o debate no que se refere aos direitos sociais
e políticos dos negros, ainda que encontrassem em grupos
radicais como os membros da Ku Klux Kan forte resistência,
passavam a ser discutidos cada vez mais intensamente por
décadas. No Brasil, a participação dos escravos no front de
batalha, no contexto da Guerra do Paraguai, contribuiu
para o questionamento da escravidão como instituição que
perdurava no Brasil desde os tempos da colonização. O exército
fortalecido retornou do conflito exigindo maior participação
na vida política, o que levou a um confronto com o poder
monárquico devido à simpatia progressiva dos militares ao
modelo republicano e a causa abolicionista progressiva.
ensino médio
Capítulo 11 – Iluminismo
3. C
Observando atentamente o texto que alude à importância
da vida em sociedade, onde se destaca a importância do
Estado como a mais elevada forma de convívio humano,
fica evidente a concepção aristotélica de que o homem é
antes de tudo ”um ser político”. Na modernidade ganharam
destaque pensadores como Thomas Hobbes e John Locke
que passaram a refletir sobre a função do Estado professouse um contrato social entre os governantes e governados.
Desta forma o item correto é o item C.
2
2º ano
4. C
Para assegurar a manutenção do estado absolutista em meio à
disseminação das ideias ilustradas, alguns soberanos passaram
a utilizar de algumas ideias iluministas. Esses soberanos
passaram a serem conhecidos como Déspotas Esclarecidos.
•
4. D
O crescimento da burguesia norte-americana deu-se pela
ideologia liberal e puritana calvinista, onde a religiosidade
conservadora e o trabalho gerador de riquezas são sinais
de salvação, o que gerou o fortalecimento das manufaturas
dos estados do Norte, principalmente com a Guerra da
Secessão, e do crescimento territorial com o “Destino
Manifesto”. A Constituição norte-americana, inspirada na
declaração de independência no II Congresso da Filadélfia,
realçou a “Democracia” capitalista ao implantar a República
presidencialista censitária, defendendo a liberdade pessoal
e a da propriedade privada como direitos inalienáveis do ser
humano, apesar de manter a escravidão nos estados do Sul.
Cap. 12 – Independência dos Estados Unidos
da América
1. D
A independência norte-americana foi fruto de uma intensa
guerra entre as antigas 13 colônias do atlântico contra
a Inglaterra, que estava querendo implantar uma efetiva
exploração colonial anulando a antiga “liberdade” intitulada
de colonização por povoamento. Como as leis do selo,
do chá, do açúcar e intoleráveis prejudicavam tanto os
colonos industriais liberais do norte como os aristocratas
escravocratas do sul, as 13 colônias se reuniram a passaram
a lutar pela independência, mantendo suas diferenças após
a emancipação. Como os Estados Unidos em seu processo
de independência foram liderados pela elite manufatureira
do norte e latifundiária escravocrata do sul, as classes
sociais humildes continuaram exploradas por intermédio
de uma República iluminista calcada no voto censitário que
marginalizava tanto os pobres brancos como a etnia negra
e indígena, valorizando em demasia a propriedade privada.
•
1. D
Com o avanço da exploração operária no contexto da Revolução
Industrial surgiram nas primeiras décadas do século XIX algumas
formas de reação como o movimento cartista e o movimento
ludista ou dos quebradores das máquinas, que mesmo não
tendo maior aprofundamento ideológico, representou um
marco do movimento operário.
2. E
Entre os efeitos da Revolução Industrial, podemos destacar a
degradação ambiental e o processo de urbanização acelerado
que atraia um percentual elevado de pessoas que buscavam
nas cidades oportunidades de trabalho (macrocefalia urbana).
Aos poucos, o homem foi se tornando um apêndice da
máquina, facilitando ainda mais o processo de exploração dos
operários pelos empresários, que tinham suas perspectivas
de lucros acentuadas.
2. A
O fragmento na questão é do texto de declaração de
independência norte-americana que inspirou a constituição
desse novo país. A leitura do texto transmite a falsa sensação
de liberdade e igualdade, contudo, a realidade histórica
mostra que a República presidencialista possuidora de voto
censitário, tinha cunho elitista, favorecendo o acúmulo
de riquezas e explorando os brancos pobres com salários
extremamente pequenos sem a proteção do Estado, além
de manter a escravidão negra para enriquecer os grandes
proprietários de terra do sul. No século XVIII, a Inglaterra
estava em franca ascensão econômica industrial e estava
se preparando para criar fundamentos para o futuro
imperialismo, mostrando maior poder que a decadente
Espanha.
3
3. A
A Independência dos Estados Unidos está inserida na ascensão
do liberalismo iluminista, consequentemente os líderes dos
estados do norte conseguiram inserir na Carta Magna
artigos que providenciassem a República presidencialista
baseada nos três poderes, com voto censitário baseado na
propriedade privada, mas mantendo a escravidão negra sob
pressão dos mercantilistas aristocratas do sul, defensores
da arcaica “plantation”. Como as discrepâncias entre o
norte e o sul era impactante, a Constituição introduziu uma
forte federação permitindo uma proeminente autonomia
descentralizadora para que cada estado mantivesse sua linha
ideológica e econômica. A França e a Espanha apoiaram a
independência dos Estados Unidos porque tinham forte crítica
ao crescimento da Inglaterra, já que Londres entrava em atrito
com o comércio internacional desses países.
ensino médio
Capítulo 13 – Revolução Industrial
D
Sabe-se que historicamente os avanços técnicos e tecnológicos
da produção contribuíram fortemente para a degradação
ambiental tendo ganhado grande impulso com a Revolução
Industrial. Atualmente não se trata apenas do desmatamento
ou das queimadas que são praticadas desde os tempos
mais antigos. Hoje os compostos químicos, na medida
que, facilitam nosso dia a dia, podem trazer sérios danos a
saúde humana. Os grandes centros urbanos são expressões
dessa realidade de modernidade e poluição nas suas mais
variadas formas. Na medida que a industrialização avança,
os problemas socioambientais se espalham por todas as
regiões e continentes do planeta, trazendo uma perspectiva,
mesmo que admitamos o tom demasiadamente exagerado,
apocalípticas para o futuro da humanidade.
4. D
Entre as diversas transformações provocadas pela Revolução
Industrial destacamos a percepção do tempo e as novas
relações de trabalho. A produção que até então era regida
pelo ritmo da natureza, isto é, do nascer ao pôr do sol, agora
era orientado pela necessidade de atender a demanda do
mercado. Os espaços fabris eram uma representação da nova
divisão do trabalho, onde o operário, destituído dos meios de
produção, trabalha para o burguês detentor do capital e que
lucra com a exploração acentuada de seu trabalho. Jornadas
extenuantes, pouca ou nenhuma legislação trabalhista,
condições de trabalho aviltantes e insalubres se tornaram
parte do cotidiano do operariado urbano dos centros mais
desenvolvidos.
3
2º ano
•
Capítulo 14 – Revolução Francesa
Napoleão Bonaparte estava em ascensão, pois tinha grande
aceitação popular e penetração junto aos militares, a própria
burguesia ligou-se ao Golpe do 18 de Brumário liderado por
Napoleão, que passou a ser o grande defensor dos ideais
burgueses. A Queda da Bastilha e o governo de Robespierre
foram anteriores ao Golpe do 18 de Brumário e a Comuna
de Paris ocorreu na segunda metade do século XIX, ligada à
Revolução da Primavera dos Povos e não à Era napoleônica.
1. C
A Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa
pertencem ao processo de ascensão da burguesia no mundo
ocidental. A burguesia necessitava destruir a estrutura
do Antigo Regime, baseada no Estado forte absolutista,
mercantilista e estamental, para poder implantar a sua que
se baseava na propriedade privada e na concentração de
renda. Para que seu objetivo fosse vitorioso, a burguesia
criou a ideologia iluminista, que tinha o discurso de liberdade,
igualdade e fraternidade. É importante salientar que esse
discurso de louvor à vida e ao respeito humano era voltado
para sensibilizar o restante do Terceiro Estado na luta contra
o Estado absolutista e colonialista, mas sem, efetivamente,
acabar com as mazelas sentidas pelo povo pobre.
A revolução pioneira burguesa foi a inglesa (puritana) para
posteriormente, ocorrer a independência norte-americana,
para logo depois ocorrer a Revolução Francesa. Essa revolução
não colaborou diretamente para a independência da América
Latina, mas sim o governo napoleônico que prejudicou as
metrópoles ibéricas com o Bloqueio Continental.
•
1. E
O governo napoleônico conseguiu penetrar em grande parte
da sociedade francesa utilizando o crescimento econômico e
a centralização política, contudo, a sua afirmação também
precisava passar pelo cunho ideológico e militar. A catequese
foi implantada com esse objetivo de realçar o patriotismo,
tendo Napoleão o papel de líder e de “salvador da pátria”. A
religiosidade passou a ter características do padroado, onde
o Estado passou a ser instituição que teria a tarefa de, junto
à igreja, tornar o “cidadão” um bom soldado a serviço da
pátria e de Deus sob a orientação de Napoleão.
2. B
A Revolução Francesa foi um marco na história da
humanidade, porque idealizou o novo mundo que é o atual,
ou seja, o contemporâneo, que se caracteriza pelo domínio
da burguesia em contraposição ao absolutismo do Antigo
Regime, que eliminava a liberdade individual. A ideologia
iluminista se baseava no liberalismo que, apesar de defender
a concentração de renda fundamentada na propriedade
privada, também defendeu o conceito de cidadania e de
respeito humano, dando maior oportunidade de ascensão
social em relação à obsoleta sociedade estamental.
2. D
O período napoleônico consolidou as aspirações iluministas
burguesas na França, como se pode observar na criação do
Código Civil. Contudo, a influência do Estado napoleônico
foi sentida em toda Europa, desarticulando o conservador
e nobiliárquico Antigo Regime, por intermédio do Bloqueio
Continental, quando o exército, bonapartino invadiu grande
parte da Europa para proibí-la de comercializar com a
industrializada Inglaterra. É importante frisar que a França
estava tendo crescimento manufatureiro, gerando um choque
econômico com a Inglaterra por mercado consumidor.
A invasão napoleônica enfraqueceu os Estados absolutistas
e repercutiu na história americana, enfraquecendo o Pacto
Colonial, pois com entrada da França na Espanha, o exército
de Paris enfraqueceu os chapettones que perderam o
controle da elite aristocrática americana chamada de criollos.
Essa aristocracia colonial incorporou os ideais de liberdade
defendidos pelo liberalismo girondino iluminista e passaram
a financiar o processo emancipatório. Quando o general
francês Junot invadiu Portugal, a corte lusitana, liderada pelo
regente D. João (VI), fugiu para o Brasil, se mantendo no
trono, ou seja, a independência brasileira, não foi imediata
após a invasão francesa. A expansão napoleônica implantou a
semente do liberalismo pelo solo europeu, essa realidade foi
reprimida pelo Congresso de Viena e pelo seu braço armado
Santa Aliança, contudo, paulatinamente, as revoluções
liberais burguesas destruíram o mundo absolutista. É
importante notar que a Era napoleônica não influenciou a
independência dos Estados Unidos, pois ela ocorreu antes
do governo bonapartino.
3. E
O governo popular e radical do partido jacobino (esquerda)
foi sucedido pelo governo burguês e elitista do partido do
pântano (centro-direita) no período do Diretório, voltando
a aumentar a concentração de renda e o liberalismo,
favorecendo a exploração sobre os “sans-cullotes”. Como
resposta, os radicais da esquerda voltaram a se mobilizar
criando a conspiração dos iguais, liderada por Babeuf, numa
forte oposição ao domínio da burguesia, deixando o governo
do Diretório sem armas repressoras eficazes, pois os “sans
cullotes” estavam se aproximando dos ideais desse novo
“jacobino”. A Revolta da Vendeia foi uma contrarrevolução
da nobreza destruída no governo jacobino de Robespierre;
O Grande Medo foi o início violento da reforma agrária
promovido pelos camponeses apartir da monarquia
constitucional; O período do Terror foi o momento onde os
jacobinos liderados por Robespierre perseguiram os membros
do Antigo Regime (clero, nobreza e bourbons) e da burguesia
girondina com o uso da guilhotina e as Jornadas de Julho
se referem a movimentos liberais ocorridos no século XIX.
4. D
O enunciado da questão se refere ao momento final da
Revolução Francesa que ocorreu quando Napoleão Bonaparte,
a “pedido” da própria burguesia, destrói o governo burguês
do diretório para defender os ideais elitistas iluministas que
estavam em risco devido à ascensão da radical esquerda,
observada na Conspiração dos Iguais, que era uma espécie
de novo jacobino. Como a burguesia estava enfraquecida e
ensino médio
Capítulo 15 – O período napoleônico, a
consolidação e a propagação dos ideais
revolucionários
4
2º ano
3. E
A Inglaterra foi a pioneira na Revolução Industrial conseguindo
inserir suas mercadorias na Europa, contudo, a Era
napoleônica implementou a economia manufatureira na
França, colidindo com o Reino Unido. A solução criada por
Napoleão para que o mercado consumidor fosse transferido
de Londres para Paris foi utilizar o seu formidável exército
numa invasão gigantesca de Lisboa a Moscou, proibindo
os países de comprarem da Inglaterra. Essa invasão foi
intitulada de Bloqueio Continental. A transferência da Corte
Portuguesa para o Brasil foi consequência e não causa do
Bloqueio Continental.
4. C
O Bloqueio Continental representou a luta da França
napoleônica contra a Inglaterra pelo uso da Europa como
mercado consumidor. Com o Bloqueio Continental, o
exército bonapartino disseminou o liberalismo da Revolução
Francesa pela Europa, enfraquecendo o conservador antigo
regime absolutista, apesar do Bloqueio Continental ter sido,
posteriormente, derrotado. Essa realidade colaborou para a
ascensão da burguesia em algumas áreas como nos países.
Algumas nações sem território, como a polonesa, passaram
a lutar pela soberania contra impérios como o napoleônico,
mas principalmente contra o russo e o austro-húngaro.
Como retaliação ao avanço do liberalismo, as forças do
Antigo Regime se organizaram em torno do Congresso de
Viena para reativar o Absolutismo e a sociedade estamental.
Com a invasão napoleônica na Península Ibérica, as colônias
aproveitaram a decadência de suas metrópoles e implantaram
com sucesso o processo de independência.
ensino médio
5
2º ano
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