a era napoleônica (1799-1814)

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Prof. Tácius Fernandes
Blog: www.proftaciusfernandes.wordpress.com
A ERA NAPOLEÔNICA (1799-1814)
SÍNTESE:
 Coube a Napoleão Bonaparte a difícil tarefa de
consolidar a estrutura social burguesa na França –
consolidando os ideais da Revolução Francesa;
 Após a reação termidoriana (1795) que pôs fim ao
“terror” jacobino, os girondinos constituíram o
“Diretório”, contudo as pressões políticas persistiram
de grupos reacionários (realistas) e revolucionários
(camadas populares);
 A saída foi a busca do fortalecimento do poder
Executivo com a ação carismática e conservadora do
general Napoleão;
 Com o Golpe Político de 18 de Brumário (1799)
Napoleão assume o poder implementando o regime de
“Consulado” (1799-1802) – Foi de fato uma ditadura
disfarçada;
 Com a guerra interna e externa desencadeada pela
Revolução Francesa, a França vivia em anomalia sócioeconômica;
 A Constituição de 1799, que foi submetida a um
plebiscito e aprovada por mais de 3 milhões de votos,
ela deu a Napoleão poderes ilimitados;
 Sob a aparência de um regime republicano, no
Consulado quem detinha o poder era o 1º Cônsul;
 As guerras externas persistiram até 1802, quando
Napoleão assinou a Paz de Amiens;
 Medidas de Estado foram tomadas para retirar a França
da anomalia: criação de um corpo de funcionários e a
fundação do Banco da França;
 Ademais, o Ensino Secundário foi organizado com a
intenção de formar funcionários para o Estado e
difundir a escola moderna;
 A maior obra de Napoleão – a mais perene – foi, sem
dúvida, a criação do “Código Civil”, ainda em vigor até
hoje – com ela houve a consolidação jurídica da ordem
burguesa – igualdade perante a lei e direito a
propriedade privada;
 Em 1801 fez acordo de paz com a Igreja católica,
Napoleão aceitou a autonomia do culto e a Igreja teve
que reconhecer os confiscos de propriedade e a
interferência e aceite do Chefe do Executivo sobre a
nomeação dos Bispos e as bulas papais;
 Em 1802 Napoleão estabeleceu a vitaliciedade do
Consulado e o 1º Cônsul recebeu do Senado o direito de
indicar o seu sucessor – tratava-se, efetivamente, da
implementação de uma monarquia hereditária.
 Em 1804, aproveitando-se do contexto – de ameaça de
guerra externa – Napoleão se fez proclamar
Imperador;
 Napoleão instituiu poder “absoluto” com a nova
Constituição fruto de aprovação por plebiscito;
•Quadro de Jacques-Louis David – Exibe o Imperador ao lado de sua mesa de trabalho
nas primeiras horas da manhã, identificada por uma vela acesa e o relógio que indica 4h
15min. Enfim, a imagem de um trabalhador refinado e cumpridor de seu ofício – típico
homem burguês.
•Quadro de Jacques-Louis David – Exibe a coroação de Napoleão. O ato de o próprio
Imperador colocar a coroa sobre sua cabeça [não o Papa fazê-lo] é indício de que seu
governo seria absoluto mas não absolutista, pois os interesses do Estado francês não
seriam de ordem feudal mas burguesa.
 No Império, o Código Civil seguiu-se o Código
Comercial e o Penal. A economia da França foi
Impulsionada, desenvolvimento no setor agrícola e
industrial com investimentos em infra-estrutura
(Portos, Estradas, embelezamento das cidades...);
 No plano externo, Napoleão ambicionava aburguesar e
expandir o poder francês na Europa, houve, assim, a
retomada da guerra;
 Em 1805, Napoleão sofre derrota no mar para os
ingleses – vitória de “Trafalgar” sob o comando do
Almirante Nelson, ao sul da costa espanhola;
 Por terra, Napoleão levava nítida vantagem sobre os
aliados da Inglaterra. Anexou o Piemonte (Itália),
derrotou os austríacos e russos em “Austerlitz” e na
Boêmia. Na Alemanha, quinze estados foram reunidos
na Confederação do Reno, sob a titela francesa. José e
Luiz,
irmãos
de
Napoleão,
tornaram-se
respectivamente rei de Nápoles e da Holanda;
 Em 1806, numa tentativa de enfraquecer a Inglaterra,
Napoleão decretou o Bloqueio Continental, forçando
os países sob julgo francês a fechar os portos ao
comércio inglês;
 Em 1808, a família real portuguesa – por pressão
militar francesa, deslocou-se para o Brasil;
 Em 1812, a Rússia rompeu com o Bloqueio Continental,
fomentando a ofensiva militar de Napoleão;
 Napoleão, apesar de invadir Moscou, não consegue
vitória militar, em virtude de dificuldades de
suprimentos foi obrigado a retirar-se da Rússia;
 Na Espanha houve a resistência por parte dos
guerrilheiros espanhóis;
 A Prússia, a Áustria e a Rússia se uniram para combater
os franceses – venceram Napoleão em Leipzig
(Confederação do Reno) desmobilizando o poder
militar napoleônico (1813);
 Paris foi tomada pelos aliados, que restabeleceram a
monarquia deposta em 1792 e obrigaram Luís XVIII a
aceitar o tratado de Paris (1814);
 Napoleão foi aprisionado na Ilha de Alba, de onde
fugiu em março de 1815 , para retomar o poder
[Governo do Cem dias];
 Em 1815, chocou-se com a última coligação européia,
vencido pelos ingleses em Waterloo [Bélgica], foi
aprisionado em ilha de Santa Helena (Costa da África),
onde morreu em 1821;
 Luis XVIII reassume o poder e busca “restaurar” o
poder absolutista;
 O Congresso de Viena (1814-1815) restabeleceu o
equilíbrio entre as grande potências européias
(Inglaterra, Prússia, Rússia e Áustria; também foi
criada a “Santa Aliança” – exército internacional para
manter a nova ordem pós-napoleônica.
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