Roteiro de Recuperação de Redação Professora da Disciplina: Maína Machado Data: __/ /16 Aluno (a): Nº: 2º TRIMESTRE Nota: Ano: 3º ano ____ Ensino Médio Período: Matutino Valor da atividade: 10,0 Conteúdo: Dissertação Argumentativa Vamos nos recordar quais são os principais tópicos da Proposta de Redação do ENEM: Trata-se sempre da modalidade textual dissertativa. Regras básicas desta modalidade: Não utiliza 1º pessoa do singular, sua opinião não pode ser expressa de forma direta como “eu acho que”, “Eu penso que”. A dissertação jamais é feita em tópicos e você nunca deve saltar linhas de um parágrafo para o outro. Opte sempre por dar um título à sua dissertação, ainda que o ENEM não exija isso, o título é a embalagem da sua redação, seja criativo e sempre conecte o título ao que foi abordado. Não pode dirigir-se ao leitor, portanto o uso do pronome “você” e dos verbos no imperativo deve ser abolido. Cuidado também com o possessivo seu/sua, afinal ele também pode ser empregado para mencionar tais pessoas do discurso. Deve ser redigida toda em linguagem formal e deve-se banir quaisquer formas de oralidade. Nunca use o verbo dizer para fazer uma referência, por exemplo: Como disse Clóvis Rossi no trecho x da coletânea. Opte por afirmou, objetou, alegou. Na proposta, exige-se que haja respeito aos direitos humanos. Durante nossas aulas, discutimos bastante este tópico, observe que uma colocação bem feita tanto lexicalmente quanto estruturalmente nem sempre respeita este tópico. Não se esqueça que o ENEM exige uma proposta de intervenção social, ou seja, que você aponte uma solução para a problemática apontada. Vamos recordar o esquema de paragrafação cuja estratégia é alinhar todos os tópicos exigidos por este exame. 1º parágrafo: Mostre que compreendeu a problemática. Alinhe seus conhecimentos sobre as diversas áreas do saber para abordar a temática. 2º Parágrafo: Aponte uma possível causa ou consequência da problemática para a sociedade. Alinhe seu conhecimento de mundo para fortalecer seus argumentos. 3º Parágrafo: Comece a já estabelecer uma possível proposta de solução para a problemática apontada. 4º Parágrafo: Seja exigente com sua proposta de solução, comece a já detalhar a sua proposta de solução e atuar na defesa dos argumentos do porquê ela seria eficaz. 5º Parágrafo: Encerre sua argumentação fazendo uma pequena retomada da problemática e da sua proposta de solução. Observação: Será anulada a redação que se enquadrar em qualquer um dos seguintes casos: Fugir ao tema proposto; Não atender ao tipo dissertativo argumentativo; Não tiver mais que 8 linhas; Ultrapassar o limite de 30 linhas; Não estiver passada a limpo com caneta esferográfica preta; Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos; Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto. Atente-se aos quesitos da tabela de avaliação. Isso serve para qualquer vestibular, antes de passar sua prova a limpo, faça uma auto avaliação e veja se seu texto atende a todos estes tópicos. Tabela avaliativa do ENEM – Formato Padrão Quesito avaliado Valor Máximo I. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 200 II. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo argumentativo. 200 III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 200 IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 200 V. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, demonstrando respeito aos direitos humanos. 200 Total Nota 1000 Tome como base a seguinte coletânea. DOENÇAS ENDÊMICAS NO BRASIL As doenças endêmicas preocupam, a saúde pública há quase um século, graças ao avanço das investigações científicas e da medicina, essas doenças puderam ser controladas. Por definição, Endemia é uma enfermidade, geralmente infecciosa que reina constantemente em um certo país ou região por influência de causa local. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001, p.06). As principais doenças endêmicas do Brasil são: a malária; a leishmaniose; a esquistossomose; a febre amarela; a dengue; o tracoma; a doença de Chagas; a Hanseníase; a tuberculose; a cólera e a gripe A. No final do século XIX e início do século XX, a saúde pública, visando encontrar soluções para o controle dessas endemias, utilizou o conceito dessas doenças infecciosas o que resultou em uma nova disciplina científica, a microbiologia, que descobriu uma significativa quantidade de vetores que causavam as doenças endêmicas. Nessa época a saúde pública brasileira costumava tomar medidas quanto ao meio ambiente em que as pessoas viviam, preocupavam-se muito com a localização dos cemitérios e hospitais, com a drenagem de terrenos e até com pessoas que apresentassem distúrbios mentais ou leprosos. A partir do início do século XX ocorreram vários estudos sobre as doenças endêmicas, nesse período foi descoberto pelo cientista brasileiro Carlos Chagas o vetor Trypanossoma cruzi causador da doença de chagas. Nesse período também houve o controle do vetor Aedes aegypti, o que diminuiu os casos de febre amarela. Na década de 30, a erradicação do vetor Aedes aegypti aliada com a vacina fez com que a febre amarela desaparecesse, voltando novamente na década de 80. A peste bubônica chegou ao Brasil no ano de 1899 e foi mais preocupante do que a febre amarela, o que fez com que encontrassem rapidamente formas de controlar a doença. O vetor da peste bubônica é uma espécie de pulga chamada Xenopsylla cheopis, graças ao empenho de investigação científica foi possível controlar a doença. Em 1950 e 1960 a fundação Rockefeller teve uma grande participação na formação do pensamento sanitário brasileiro. Os três primeiros médicos a receberem bolsa de estudos foram: Carlos Chagas, Geraldo H de Paula Souza e Francisco Borges Vieira. Segundo Silva (2003) Esse foi um período de intensa atividade e de grandes avanços. A parceria com a fundação Rockefeller foi reforçada devido a duas importantes circunstâncias: o retorno das epidemias de febre amarela urbana, com a epidemia de 1928 – 29 no Rio de Janeiro e a detecção do Anopheles gambiae no Rio Grande do Norte. Nos anos 50 e 60 as agências de controle de endemias foram fortemente apoiadas pelo governo norteamericano com o objetivo de controlar as epidemias. As ações de controle de endemias foram perdendo sua importância na lógica oficial, ainda que fossem mantidas, não mais com a prioridade dada no início da década de 1950. Tanto foi que o Aedes aegypti , erradicado em 1955, voltou ao país por diversas vezes, mas sempre eliminado, até que em 1973 se constata a reinfestação do país, não mais sendo alcançada a erradicação. (SILVA, 2003) As doenças endêmicas são assim chamadas quando atingem uma determinada área geográfica e apresentam um padrão de ocorrência relativamente estável com elevada incidência ou prevalência. As grandes endemias constituem hoje um dos maiores desafios à saúde pública, uma vez que atingem principalmente pessoas menos favorecidas, entre as doenças endêmicas citadas a maioria delas são oriundas da pobreza, isto é, de condições precárias de vida, a falta de saneamento básico é um dos principais fatores que contribuem para o aparecimento de algumas doenças, tais como: a malária, a cólera, a hanseníase , etc. DENGUE Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. Existem quatro tipos de dengue em todo o mundo, pois o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.Segundo Penna e Temporão (2008).A dengue apresenta uma das grandes preocupações do Ministério da saúde, devido à quantidade de casos notificados todos os anos. Por abranger quase a totalidade do território nacional, há risco potencial de ocorrer novas epidemias associadas à circulação do sorotipo DEN-3 e a possibilidade da entrada do DEN-4, único sorotipo que ainda não tem disseminação no país. A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a população de todos os estados, independentemente da classe social. O zika e o descaso na saúde pública Com epicentro no Brasil, o vírus ameaça tornar-se epidemia global, uma tragédia que poderia ter sido evitada Desde o início do século passado, o Aedes aegypti representa uma grave ameaça à saúde do Brasil. À época, o mosquito era o principal responsável pela transmissão da febre amarela, só controlada após a operação de guerra comandada pelo sanitarista Oswaldo Cruz. O vetor foi erradicado em 1955, mas o relaxamento das medidas de prevenção permitiu o seu retorno poucos anos depois. Em meados dos anos 1980, ele voltaria ao protagonismo ao difundir a dengue pelo território nacional. Desde então, as infrutíferas campanhas governamentais, focadas em apelos à população para eliminar os criadouros domésticos do inseto, jamais conseguiram impedir a repetição de surtos. A fatura de três décadas de descaso é elevada. Em 2015, um novo recorde: 1,6 milhão de infectados por dengue. Polivalente, o mosquito passou a transmitir a febre chikungunya e, agora, encarrega-se de dar carona ao sexagenário, mas ainda pouco conhecido, zika. Até o momento, o Ministério da Saúde confirmou o diagnóstico de 270 bebês com microcefalia ou malformação do cérebro, seis deles por exposição comprovada ao vírus. Outros 3.448 casos seguem sob investigação. Em estado de alerta, a Organização Mundial da Saúde estima que o zika pode atingir entre 3 milhões e 4 milhões de habitantes das Américas, onde se espalha por vários países. Epicentro da epidemia, o Brasil deve concentrar 1,5 milhão de infectados. A doença tem grandes chances de se alastrar por outros continentes. “O zika irá onde o mosquito estiver”, afirma Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças transmissíveis da Organização Pan-Americana de Saúde. Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha e o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças emitiram alertas para gestantes evitarem viagens ao Brasil. Figura 1. Proposta: Considere os textos e gráficos anteriores e elabore uma dissertação sobre a persistência da endemia de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti no Brasil. Não se esqueça de elaborar proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. ____________________________________________________________ 1_______________________________________________________________________________________ 2______________________________________________________________________________________ 3______________________________________________________________________________________ 4______________________________________________________________________________________ 5______________________________________________________________________________________ 6______________________________________________________________________________________ 7______________________________________________________________________________________ 8______________________________________________________________________________________ 9______________________________________________________________________________________ 10_____________________________________________________________________________________ 11_____________________________________________________________________________________ 12_____________________________________________________________________________________ 13_____________________________________________________________________________________ 14_____________________________________________________________________________________ 15_____________________________________________________________________________________ 16_____________________________________________________________________________________ 17_____________________________________________________________________________________ 18_____________________________________________________________________________________ 19_____________________________________________________________________________________ 20_____________________________________________________________________________________ 21_____________________________________________________________________________________ 22_____________________________________________________________________________________ 23_____________________________________________________________________________________ 24_____________________________________________________________________________________ 25_____________________________________________________________________________________ 26_____________________________________________________________________________________ 27_____________________________________________________________________________________ 28_____________________________________________________________________________________ 29_____________________________________________________________________________________ 30_____________________________________________________________________________________