O ENSINO DA GRAMÁTICA E O DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO – FUNDAMENTOS LINGUÍSTICOS E OPERACIONALIZAÇÃO REGISTO DE CERTIFICAÇÃO: CCPFC/ACC-69314/12 MODALIDADE: E-Lea rning ECTS / HORAS: 2 ECTS / 52 Horas – 2 .1 CRÉDI TOS SEMESTRE / ANO LECTIVO: 2 º Semestre - Ano Lec ti vo 2011 -2 012 DOCENTES: GLÓRIA BASTOS E LUÍS SALEMA INÍCIO: 5 MARÇO 2012 CANDIDATURAS: 30 JANEIRO A 17 FEVEREIRO2012 CUSTO: 120 € SINOPSE: No ensino do português, o conhecimento explícito/funcionamento da língua assume-se como um eixo transversal e estruturante. As competências adquiridas neste âmbito são suscetíveis de serem (re)investidas nas atividades de produção escrita, de expressão/compreensão oral e de leitura. Com a implementação da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS) e a sua didatização, consubstanciada no Dicionário Terminológico (DT), tornam-se necessárias intervenções fundamentadas e programadas, no que se refere ao ensino da gramática. Se este ensino for desenvolvido pela descoberta, exigindo dos alunos treino de observação, classificação de dados e formulação de generalizações, ele constituirá uma excelente forma de desenvolver o conhecimento explícito da língua. Essa ação de formação visa explorar os diferentes domínios do Dicionário Terminológico, fomentando a reflexão linguística e metalinguística, para que as opções tomadas, no ensino da gramática, assentem num sólido conhecimento dos diferentes níveis de análise. COMPETÊNCIAS: - Refletir sobre os princípios conceptuais e metodológicos subjacentes ao ensino da gramática; - Conhecer as alterações introduzidas pelo Dicionário Terminológico (DT), relativamente à TLEBS; Conhecer a base de dados do Dicionário Terminológico em linha; - Operacionalizar termos, definições e a sua hierarquização, de acordo com o Dicionário Terminológico; - Conceber atividades de língua que partam, sempre que possível, do conhecimento implícito dos alunos com vista à explicitação das regras do funcionamento da língua; - Didatizar os conteúdos de conhecimento explícito/funcionamento da língua, de forma linguisticamente fundamentada; - Ter uma atitude crítica alicerçada face à nova nomenclatura e à sua utilização. CONTEÚDOS: Na ação de formação, serão trabalhadas as seguintes temáticas: (I) Perspetivas sobre o ensino da gramática I.i – Análise de diferentes conceções em torno do ensino da gramática I.ii - Apresentação da base de dados do Dicionário Terminológico (DT) em linha I.iii – Os domínios do DT e os níveis de análise linguística (II) Língua, comunidade linguística, variação e mudança – exploração das entradas do DT (III) Linguística descritiva – exploração das entradas do DT III.i – Fonética e fonologia (fonemas, prosódia e processos fonológicos) III.ii – Morfologia (palavra e constituintes da palavra, morfologia flexional, processos morfológicos de formação de palavras e classes de palavras) III.iii – Sintaxe (frase e constituintes da frase, funções sintáticas, articulação entre constituintes e entre frases) III.iv Lexicologia III.v – Semântica (IV) Análise do discurso, retórica, pragmática e linguística textual – exploração das entradas do DT (V) Lexicografia – exploração das entradas do DT (VI) Representação gráfica – exploração das entradas do DT DESTINATÁRIOS: Professores dos grupos 200, 210, 220 E 300. METODOLOGIA DE TRABALHO: A metodologia a adotar assenta em dois vetores fundamentais: estudo individual e trabalho colaborativo, através da participação em fóruns de discussão. O estudo individual pressupõe que o formando leia os materiais que são disponibilizados, tomando nota dos aspetos que se lhe afiguram menos conhecidos, procurando colocá-los em confronto com os seus conhecimentos anteriores, distinguindo aspetos essenciais de aspetos acessórios, numa perspetiva de apreciação crítica e construtiva de conhecimentos, organizando e elaborando sínteses/reflexões pessoais. Cada temática desenvolve-se, assim, em torno de propostas de atividades que partem da leitura orientada de determinados textos, esperando-se que haja uma participação ativa nos fóruns associados a essas atividades. Para cada tema, serão indicados os materiais de leitura obrigatória. Será, ainda, disponibilizado um conjunto de materiais de consulta/leitura opcional, sempre que se considere necessário. O trabalho individual deverá fornecer a base para o trabalho colaborativo, nomeadamente a participação nos fóruns de discussão, de natureza assíncrona, que têm como objetivo a partilha de conhecimentos com os colegas e a clarificação de dúvidas com os docentes responsáveis pela formação. Todas as atividades de ensino e aprendizagem relativas a esta ação serão, pois, realizadas em regime online (e-learning, com recurso a uma plataforma) valorizando-se formas de comunicação assíncronas. A metodologia a adotar baseia-se no modelo pedagógico em vigor na Universidade Aberta. AVALIAÇÃO: Avaliação será feita de acordo com o modelo pedagógico da Universidade Aberta contemplando a realização de um trabalho final individual. Irá ser usada uma classificação qualitativa e quantitativa, de acordo com a nova redacção dada ao nº 3 do artigo 13º do RJFCP, obtida pelo formando, segundo a seguinte escala de classificações de 1 a 10 valores, devidamente ponderada: - EXCELENTE: de 9 a 10 valores - MUITO BOM: de 8 a 8,9 valores - BOM: de 6,5 a 7,9 valores - REGULAR: de 5 a 6,4 valores - INSUFICIENTE: de 1 a 4,9 valores Aos formandos Aprovados com a classificação mínima de 5 valores (REGULAR) será atribuído o número de créditos previsto para a acção de formação frequentada. BIBLIOGRAFIA: AA.VV. Dicionário terminológico. Em http://dt.dgidc.min-edu.pt/ AA.VV. (2011). Da teoria à prática – Ensino do português. Lisboa: Lisboa Editora. CAMPOS, Maria Henriqueta & XAVIER, Maria Francisca (1991). Sintaxe e semântica do português. Lisboa: Universidade Aberta. CASTELEIRO, João Malaca (2009). Vocabulário ortográfico da língua portuguesa. Porto: Porto Editora. CASTRO, Ivo (1991). Curso de história da língua portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta. CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley (1994). Nova gramática do português contemporâneo. Lisboa: Edições Sá da Costa. DUARTE, Inês (2000). Língua portuguesa. Instrumentos de análise. Lisboa: Universidade Aberta. DUARTE, Inês (2008). O conhecimento da língua: desenvolver a consciência linguística. Lisboa: Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. FARIA, Isabel Hub et al. (1996). Introdução à linguística geral e portuguesa. Lisboa: Caminho. MATEUS, Maria Helena Mira et al. (2005). Fonética e fonologia do português. Lisboa: Universidade Aberta. MATEUS, Maria Helena Mira et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho. 5.ª Edição. MATEUS, Maria Helena Mira et al. (1990). Fonética, fonologia e morfologia do português. Lisboa: Universidade Aberta.