S E M A N A Porto Alegre / 8 de maio de 2009 / nº 18 / Ano XIV / www.fiergs.org.br Momento de decisão Nada melhor do que uma tempestade para mostrar na prática os consertos que temos que fazer no telhado. Por isto, a crise internacional pode ser uma boa oportunidade para que o Brasil acerte o rumo no sentido do desenvolvimento sustentado. Temos que olhar para a frente, muito além das dificuldades atuais. Que futuro vislumbramos para o País? O que queremos como nação? Quais as reformas estruturais são urgentes? Temos um plano estratégico e uma agenda de ações a concretizar? As respostas irão acertar a nossa casa diante do novo mundo que surgirá depois da crise. Mudarão os patamares competitivos dos países, a economia globalizada sofrerá surtos de protecionismo, e os investimentos seguirão novas trajetórias de seletividade. Aqueles que se prepararem para o período póscrise terão mais chances de sucesso, consolidando posições e conquistando um novo status internacional. O importante é decidir agora o Brasil que queremos, numa coalizão da vontade política com a tenacidade empreendedora da iniciativa privada. Paulo Fernandes Tigre, presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul “Crise dá ao Brasil lição de competitividade”, diz Tigre Diminuir impostos sobre produtos, zerar a tributação das exportações e desonerar os investimentos. Estes foram os principais pontos defendidos pelo presidente da FIERGS, Paulo Tigre, em audiência pública no Senado, nesta terça-feira, em Brasília. A importância da implementação destas questões para o fortalecimento econômico e social do Brasil, segundo o industrial, vem sendo verificada com a chegada da crise. “As medidas adotadas para amenizar os efeitos da tempestade internacional são algumas daquelas que, há muito tempo, o empresariado defende. Sem ser atendido e, às vezes, sem ser ouvido”, disse, referindo-se ao recente corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos, eletroeletrônicos e material de construção. “Se essa e outras lições forem assimiladas, certamente a economia brasileira ficará melhor e irá superar este momento de dificuldades. Podemos afirmar que a crise trouxe para o Brasil uma grande lição de competitividade”. Segundo o presidente da FIERGS, com a turbulência global forçando o governo a diminuir os impostos, mesmo que apenas em alguns segmentos, a tese de sua utilização como ferramenta eficaz de crescimento vem sendo comprovada na prática. “O empresariado, durante os períodos de normalidade e crescimento econômico, sempre buscou convencer as autoridades de que a redução dos tributos pode elevar a arrecadação e o emprego pelo simples fato de estimular o consumo”, enfatizou Tigre na Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade, a convite do senador Francisco Dornelles. “Agora temos a oportunidade de acertar a nossa casa para esse mundo real pós-crise. Temos que olhar para a frente e decidir quais os pontos a serem modernizados e quais as reformas estruturais urgentes para o Brasil”. De forma pontual e urgente, Tigre listou as medidas anticrise necessárias para serem realizadas pelo governo federal: destravamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); agilização dos recursos em logística para a modernização da infraestrutura nacional; manutenção dos investimentos da Petrobras e Eletrobrás; e redução dos gastos públicos em rubricas que não envolvam os investimentos mais importantes para o Brasil. Em relação aos itens que os parlamentares têm influência direta, o industrial citou o cadastro positivo dos contribuintes; a reestruturação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; agilização do processo licitatório; combate às fraudes da previdência social; a lei das agências reguladoras; e a regulamentação do licenciamento ambiental. (segue) Foto: Miguel Angelo E D I T O R I A L Presidente da FIERGS participou de audiência pública no Senado Questões apresentadas no Senado ESTRATÉGIA Um dos pontos destacados pelo presidente Paulo Tigre no Senado foi a força do mercado interno como uma estratégia para bloquear os efeitos negativos de origem externa, sem deixar de implementar uma política agressiva de comércio internacional. “As duas propostas se complementam e é dessa interação que podemos elevar o padrão de vida dos brasileiros”, salientou Tigre. SEGMENTOS As dificuldades enfrentadas pela indústria gaúcha, relatou Tigre, não são diferentes das que atingem outras regiões brasileiras. No entanto, possuem peculiaridades. Desta forma, a FIERGS também entregou ao Senado as manifestações de 23 segmentos industriais do Estado sobre as consequências da turbulência global e as demandas para minimizar os efeitos da crise. São eles: eletroeletrônico, arroz, carvão, curtumes, vestuário, artigos de couro, ônibus, móveis, adubos, carnes, metal-mecânico, artefatos de borracha, calcário, calçados, fármacos, laticínios, tabaco, indústria gráfica, papel e celulose, suínos, trigo, brinquedos e vinho. BUROCRACIA O presidente da FIERGS abordou igualmente “o custo invisível da burocracia”. Conforme Tigre, o relatório de competitividade “Brasil 2009”, do Fórum Econômico Mundial, coloca a burocracia como um dos primeiros entraves ao desenvolvimento do País, que passou da 59ª posição, em 2005, para a 64º, em 2008, entre 134 nações. “Tudo que fizermos para a redução da carga tributária sobre os cidadãos, os contribuintes e as empresas estaremos fazendo pelo desenvolvimento sustentado do Brasil”. Meirelles afirma que País dá sinais de recuperação, mas ainda há muito trabalho ces da indústria automobilística nacional, que teve uma queda de 4% na produção em 12 meses. Já no Japão, o recuo chegou a 56%, nos Estados Unidos foi registrada uma retração de 55% e no Reino Unido, 51%. “O Brasil está saindo dessa crise já numa trajetória de recuperação e com perspectivas de investimentos no País, mas a crise não acabou e o excesso de otimismo pode levar a uma decepção. Temos ainda muito trabalho pela frente”, concluiu Meirelles. O presidente do Banco Central reforçou seu otimismo quando relatou acreditar que as previsões do mercado para o crescimento do PIB neste ano, de 0,3% de queda ante 2008, segundo o relatório Focus desta se- mana, estão muito baixas. “A nossa previsão será divulgada em junho. Achamos que o mercado está um pouquinho pessimista”, disse. A atual expectativa da autoridade monetária é de crescimento de 1,2% no PIB. O Fórum teve ainda as participações da representante do International Association for Research in Economic Psychology no Brasil, Vera Rita de Mello Ferreira, que falou sobre Psicologia Econômica; do colunista do Financial Times, Martin Wolf, que abordou as Finanças e Mercados; e do ex-presidente do BC do Brasil, Gustavo Franco, discutindo Políticas Públicas. Ismail Erturk, professor da Universidade de Manchester, destacou o mercado de ações e a gestão financeira. Foto: Dudu Leal A crise internacional e a reação da economia brasileira foi o tema abordado pelo presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirellles, no Fórum de Economia sobre a Crise, realizado na quarta-feira, na FIERGS. Ele falou da sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, por videoconferência, para 500 pessoas. O evento foi promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), com apoio da CNI. Meirelles apresentou um comparativo entre a economia do Brasil e de outras nações. Os números mostram que os efeitos da turbulência global estão sendo menores no País. “Estamos com uma reserva internacional de US$ 201 milhões e a dívida pública caiu depois da crise porque temos reservas elevadas em euro e dólares, enquanto em outros países a dívida aumentou de 50 a 70%”, justificou. O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, destacou em seu discurso, na abertura do evento, que o Brasil recebeu os impactos da crise em uma posição privilegiada. “Várias medidas adotadas na emergência podem e devem ser incorporadas de forma estruturante no País. A redução de impostos nos produtos, a desoneração de investimentos, a carga fiscal zero nas exportações e o aumento da concorrência bancária são fatores que poderão fazer com que o Brasil saia da crise em uma condição melhor”. Para o presidente do BC, as taxas de juros de mercado têm o maior impacto na economia e, por consequência da crise, estão cada vez mais baixas. “Em janeiro de 2003 tínhamos uma taxa de 30%, em abril de 2009 está abaixo de 10%, o que significa a estabilização da nossa economia”. Destacou ainda as medidas recentes adotadas pelo governo: o leilão de dólares para atender as demandas e a ampliação do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Para comprovar o desempenho do Brasil diante da crise foram apresentados os índi- Presidente do Banco Central falou na videoconferência do Fórum de Economia Atividade Industrial do RS é a menor desde 1992 A atividade da indústria gaúcha caiu 14,2% no primeiro trimestre de 2009, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o maior recuo desde 1992, quando iniciou a série histórica do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS). “A forma como a crise internacional se manifesta na economia brasileira faz da indústria o setor mais atingido. E, as particularidades dela no Estado, acabam por nos dar uma tonalidade diferente”, afirmou o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, nesta terça-feira, ao divulgar a pesquisa. De acordo com Tigre, a grande intensidade das perdas e a sua disseminação entre a maioria dos setores pesquisados continuam sendo as características predominantes. Todas as variáveis analisadas registraram quedas expressivas no acumulado do ano. Aquelas que se referem à atividade produtiva foram as mais afetadas: faturamento (-16,4%) e compras (-33,1%). A primeira reflete, principalmente, as dificuldades com as exportações, ao passo que, a segunda, deixa antever que o setor deve continuar enfrentando problemas. A utilização da capacidade instalada desacelerou 9,3%, registrando uma taxa de ociosidade de 22,2% nas linhas de produção, a mais acentuada desde 1993. A desaceleração na indústria também atingiu o mercado de trabalho e todas as três variáveis que apontam seu comportamento mostraram quedas. As horas trabalhadas, a massa salarial e o emprego caíram 12,2%, 5,7% e 3,8%, respectivamente. Essa retração também é disseminada, como revela o índice de difusão, onde 50% das empresas analisadas diminuíram sua folha de pagamento, e atinge, principalmente, os municípios onde a atividade industrial se faz mais presente. Os segmentos que mais reduziram vagas no período foram Fumo (-32,5%), Couro e Calçados (-9,4%), Máquinas e Equipamentos (-7,8%), Borracha e Plástico (-6%) e Móveis (-3,2%). De um total de 17 diferentes atividades industriais analisadas no trimestre, 15 apontaram queda. Os maiores recuos foram em Químicos (-28,6%), Metalurgia Básica (-26,5%), Produtos de Metal (-26%) e Máquinas e Equipamentos (-18,9%). Apenas Têxtil e Vestuário obtiveram elevação de 2,5% e 0,7%, respectivamente. “Os efeitos da turbulência global estão sendo sentidos na maioria dos segmentos, principalmente aqueles com importante participação na riqueza gaúcha”, disse o presidente da FIERGS, destacando que as desacelerações têm ficado acima 20%, recorde histórico. O resultado apurado pelo IDI-RS no acumulado do ano já vinha sendo captado por outras pesquisas realizadas pela FIERGS, como a Sondagem e o Índice de Confiança do Empresário Industrial no Rio Grande do Sul. “O sentimento negativo do industrial gaúcho demonstra, em grande parte, as dificuldades conjunturais que o setor enfrenta”, ressaltou Tigre. Conforme apurado, os principais problemas enfrentados pelas indústrias estão concentrados na falta de demanda (na opinião de 67,8% dos entrevistados), elevada carga tributária (54,8%), na competição acirrada de mercado (42,6%) e nas taxas de juros elevadas (32,2%). Em março, a atividade industrial caiu pelo quinto mês consecutivo e fechou em -13,9%, ante o mesmo período de 2008. Nem mesmo os dois dias úteis a mais (10% do tempo de produção) foram suficientes para amenizar a retração. Governo federal busca produtos gaúchos para Forças Armadas no mundo que não tenha a participação do governo”, completou. Ainda de acordo com o secretário, a Finep financiará o desenvolvimento de projetos e o BNDES apoiará a produção de artigos de defesa. Lembrou que já existem 25 projetos no Ministério da Ciência e Tec- General apresentou as oportunidades de negócios para indústrias do Estado nologia, integrantes da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). “A expectativa é de que, até o fim do ano, tenhamos a legislação encaminhada para tributação e financiamentos especiais”. Em 2006, existiam no Brasil 7.741 empresas produtoras de itens de defesa, e em 2008, 11.025. Foto: Dudu Leal “A Indústria de defesa terá tributação especial e financiamentos pelo BNDES”, afirmou o secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, general José Elito Carvalho Siqueira, em reunião de trabalho nesta quinta-feira, na FIERGS, com a participação de representantes de empresas gaúchas. O encontro foi coordenado pelo presidente da FIERGS, Paulo Tigre, que destacou a tradição do setor industrial no Estado em oferta de itens de defesa e segurança. “Nosso setor industrial é um dos mais diversificados do País. Na visão da FIERGS e do CIERGS, a indústria estabelecida no Estado pode ser vista, entendida e estimulada como uma plataforma integrada de produção para a Política de Defesa Nacional”. O objetivo da iniciativa foi apresentar oportunidades de negócios a partir da decisão do governo de investir na reestruturação das Forças Armadas, anunciada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. “A ideia é capacitar a indústria nacional para que conquiste autonomia em tecnologias indispensáveis à defesa”, explicou o secretário.“O Estado também vai auxiliar as indústrias a conquistar mercados no exterior, pois não existe indústria de defesa Poloneses querem ampliar relação comercial Promoção Comercial e Investimentos da Embaixada da Polônia no Brasil, aposta em uma pequena aceleração este ano. “Cresceremos 0,7%”, afirma. Os principais produtos exportados do Brasil para a Polônia, Müller (C) e Jacek (D) destacaram que negócios entre os países precisam ser ampliados Australianos procuram parceria com empresas do Estado Foto: Dudu Leal Sete empresas gaúchas e oito australianas participaram, na quarta-feira, do Encontro de Negócios Brasil-Austrália (Construção Civil). O vice-coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) da FIERGS, Frederico Dürr, recebeu o consultor do governo do Estado de Victoria e chefe da missão, Ben Foskett, e demais integrantes da delegação daquele país, destacando que encontro servia para aproximar empresas e desenvolver parcerias futuras em novos negócios. Segundo Foskett, foi a primeira missão de prospecção feita pelo seu Estado ao Brasil, com o objetivo de “reconhecer as oportunidades de cooperação” na área da construção civil. Victoria está localizada no sudeste da Austrália e é responsável por 25% do total do PIB do país (mais de US$ 1,68 bilhão em 2008), e abriga também 25% da população australiana. Suas principais cidades são Sydney e Melbourne, e pelo porto de Melbourne transitam 40% dos contêineres que entram e saem do país. Gaúchos e australianos realizaram encontro na área da construção civil de acordo com resultados de 2007, foram Veículos e Acessórios (US$ 65,2 milhões, 24% da participação total), Fumo (US$ 54,03 milhões, 20%), Reatores Nucleares (US$ 28,8 milhões, 10,6%). Foto: Dudu Leal “Nova Polônia na Nova Europa” foi o tema do encontro que contou com a presença do embaixador da Polônia no Brasil, Jacek Kisielewski, na terça-feira, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. Jacek apresentou as oportunidades de negócios com aquele país europeu ao coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) da FIERGS, Cezar Müller, industriais e empresários. Müller destacou que a relação comercial entre a indústria do Estado e a Polônia precisa ser ampliada, já que este país ocupa atualmente apenas a 58ª colocação no ranking dos exportadores de produtos gaúchos, com 0,23% de participação, US$ 41,68 milhões no ano passado. O embaixador, por sua vez, vê os seguintes cenários para a recessão atual: no otimista, a Polônia, que cresceu economicamente 4,9% em 2008, terá um incremento de 0,7% em 2009. No pessimista, -0,7%. “Dentro dos 27 países que compõem a União Europeia, será o que menos perderá este ano”, prevê. Piotr Maj, chefe do Departamento de A G E N D A Metrologia O Senai promove o III Encontro Nacional de Metrologia para Inovação e Competitividade da Indústria. O evento acontece dia 12 de maio, na sede da FIERGS, com o objetivo de promover a atualização técnica e tecnológica, o intercâmbio entre instituições atuantes na área e a divulgação da importância da metrologia para o desenvolvimento do País. Informações e inscrições: www.senairs.org.br. Inovação Tecnológica Os Conselhos da Pequena e Microindústria (Copemi) e de Inovação e Tecnologia (Citec) da FIERGS apoiam o curso Projetos de Inovação Tecnológica (PIT), realizado pela ABDI, em 15 de maio, na sede da FIERGS. Informações poderão ser obtidas no site www.protec.org.br. Cursos a sindicatos Dentro do Programa de Desenvolvimento Associativo – CNI, o Sistema FIERGS, por meio do IEL-RS, promove cursos gratuitos a sindicatos, dando continuidade ao Programa Re-Significação Sindical. No dia 15 de maio, haverá o curso “O uso do BSC na Execução da Estratégia”. Já nos dias 28 e 29 ocorre o curso Comunicação e Marketing, que trata das estratégias de comunicação para o aprimoramento das lideranças empresariais sindicais. Informações: (51) 3347-8960. Evento sobre metrologia traz especialistas à FIERGS Na próxima terça-feira, dia 12 de maio, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com apoio do departamento regional (Senai- RS), promove o III Encontro Nacional de Metrologia para Inovação e Competitividade da Indústria, às 9h, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O evento tem como objetivo promover atualização técnica e tecnológica e intercâmbio entre instituições atuantes na área, além de sensibilizar os participantes quanto à importância da metrologia para o desenvolvimento do País. Destinado a empresários e dirigentes da indústria, especialistas, laboratoristas e professores e estudantes de nível médio e universitário, o encontro será aberto com palestra do presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), João Alziro Herz da Jornada, sobre “Metrologia e desenvolvimento industrial”. “Senai e a metrologia – Atuação e desafios” será o tema do diretor de Educação e Tecnologia do Senai-RS, Paulo Presser, e “A importância da metrologia para a inovação tecnológica na indústria automobilística”, do representante da General Motors (GM), Júlio César Affeldt. Márcio Rebouças, da Braskem S/A, vai falar sobre “Aplicação da metrologia na indústria petroquímica e sua importância como diferencial competitivo”, e Achiles Sei Filho, da Petrobras, discutirá a “Metrologia no setor naval”. O evento ainda abordará a “Nanometrologia, novos desafios para a medição”, por Guenter Wilkening (PTB Alemanha), “Acreditação de produtores de materiais de referência”, pela representante do Inmetro, Suzana Sabóia de Moura, e “Ensaios de proficiência – Garantia da confiabilidade metrológica”, por Carla Carraro, da Sadia. A Rede Senai de Metrologia, a maior rede privada de laboratórios do País, conta com mais de 180 laboratórios presentes em todo o Brasil, atuando em mais de 15 áreas industriais. Secretário do Planejamento destaca ações da gestão O secretário estadual de Planejamento, Mateus Bandeira, participou da reunião de Diretorias FIERGS/CIERGS, na terça-feira. Bandeira mostrou as prioridades de sua pasta e as ações da gestão. O secretário destacou ainda o que os governos estaduais podem fazer neste momento de crise: intensificar os investimentos que provoquem efeitos positivos nos empregos, melhorar a qualidade e a produtividade do gasto público, conter ou reduzir as despesas de custeio e articular a implantação de PPPs. Ele afirmou ainda que o governo gaúcho está preparado para a crise e vai investir cerca de R$ 2,4 bilhões. Bandeira (E) participou da reunião de Diretorias Alunos do Recanto do Sabiá fazem curso de panificação Um grupo de 17 alunos do Recanto do Sabiá, de Porto Alegre (foto), fez a primeira aula do curso de panificação na CEP Visconde de Mauá Senai, em Porto Alegre, dentro do Programa Emancipar, parceria entre o Senai, Secretaria da Justiça e Prefeitura de Porto Alegre. O curso segue até outubro. O projeto está sendo desenvolvido em 75 municípios do Estado. Até 2010, 18 mil famílias devem ser atendidas. O Emancipar desenvolve ações nas áreas de capacitação profissional, combate ao déficit habitacional, acesso ao microcrédito, estímulo ao empreendedorismo, à qualidade de vida e encaminhamento ao mercado de trabalho, envolvendo parceiros estaduais, municipais e da própria comunidade. Senai-RS lança dois novos cursos técnicos O Senai-RS já abriu as inscrições para dois novos cursos: Curso Técnico em Informática e Curso Técnico em Logística. O primeiro, que teve lançamento oficial nesta quinta-feira, em Novo Hamburgo, forma o profissional que apresenta as competências necessárias para desenvolver software, implantar o produto e proporcionar suporte na utilização do sistema, respeitando os padrões estabelecidos. São 1.360 horas/aula que estão sendo oferecidas nos turnos da tarde e noite. O candidato deve ter 15 anos completo e, no mínimo, estar cursando a 2ª série do Ensino Médio. O Curso Técnico em Logística forma o profissional que tem as competências necessárias para planejar, executar e controlar os processos logísticos, atendendo a suprimentos, produção e distribuição de bens e serviços, respeitando os padrões específicos. O candidato deve ter 16 anos completos e estar, no mínimo, cursando a 2ª série do Ensino Médio. Serão 1.240 horas com aulas no turno da noite. As inscrições devem ser feitas até 25 de junho e a prova de seleção será dia 27. Informações: Centro Tecnológico do Calçado Senai - Av. Pedro Adams Filho, 6338 - Novo Hamburgo/RS - Telefone (51) 3594 3355. Cozinha Moçambique ganha nova unidade Uma unidade do Cozinha Moçambique saiu da sede da FIERGS, em Porto Alegre, nesta sexta-feira, rumo ao Porto de Rio Grande, de onde embarcará para o país africano. Este é o segundo caminhão que segue para Moçambique, onde os cursos iniciam em junho, tendo sido doado pela empresa Camargo Corrêa. Com a implantação coordenada pelo Sesi-RS, o Cozinha Moçambique, por meio dos cursos, conscientiza a população sobre a melhor maneira de aproveitar integralmente os alimentos, evitando o desperdício e aumentando o valor nutritivo das preparações. Além disso, são repassados métodos para limpar os alimentos, maneiras de congelá-los e descongelá-los sem perder nutrientes, noções de educação alimentar, microbiologia e elaboração de lista de compras, evitando o desperdício e valorizando a renda. Participação na Exposol Até domingo, o Senai-RS, integrante do Sistema FIERGS, participa da Exposol – Exposição e Feira de Soledade, no Parque de Eventos Centenário, em Soledade. No espaço, haverá divulgação de cursos e serviços tecnológicos para promover o desenvolvimento da indústria local, além de assessoria técnica e tecnológica. A Exposol, que está na sua 9ª edição, é um evento de caráter empresarial com as suas atividades direcionadas para as feiras específicas como pedras preciosas e agronegócios. O Cozinha Brasil, um programa do Serviço Social da Indústria, coordenado pelo Sesi-RS, já exportou sua tecnologia para o Uruguai e Moçambique e este ano deverá estar também na Guatemala. Caminhão será usado no projeto coordenado pelo Sesi-RS no país africano Edição de maio da Indústria em Ação trata da crise como oportunidade A edição de maio da revista Indústria em Ação, do Sistema FIERGS, aborda em sua reportagem de capa as oportunidades que surgem para as indústrias do Rio Grande do Sul, apesar da crise que abala a economia mundial. Na última edição da Feira de Hannover, realizada no mês passado, a FIERGS liderou a missão empresarial brasileira, que contou com 46 gaúchos. A tradição empreendedora da mesorregião Noroeste, com sua indústria múltipla e criativa, é tratada na terceira reportagem da série sobre o Perfil Econômico do RS. O entrevistado do mês é o empresário belga Gunter Pauli, que estará em junho na FIERGS participando da IX Conferência Anpei de Inovação Tecnológica. Indústria em Ação tem uma tiragem de 18 mil exemplares e também pode ser acessada no site www.fiergs.org.br.