Áreas prioritárias para as aves marinhas identificadas pela primeira

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nota de imprensa
25 de outubro de 2012
Áreas prioritárias para as aves
marinhas identificadas pela primeira
vez a nível mundial
As aves marinhas são o grupo de aves mais ameaçado de extinção em todo o
mundo, e pouco se sabia das áreas mais importantes para a sua conservação
em pleno oceano. A partir de agora já sabemos quais as principais áreas a
proteger no mar: a BirdLife International disponibilizou online o primeiro Atlas
mundial das Áreas Importantes para as Aves (IBA) marinhas, onde se
identificam 3.000 áreas prioritárias para a conservação deste grupo de aves,
das quais 18 em Portugal.
A BirdLife International lançou, no decorrer da 11ª Conferência das Partes da
Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB COP11), em Hyderabad (Índia), o
1º inventário global de IBA marinhas. Este inventário representa uma valiosa
contribuição para alcançar um dos objectivos da CDB em proteger 10% das áreas
marinhas e costeiras até 2020.
Foto: Cagarra © Joaquim Teodósio
O Atlas online engloba 3000 IBA marinhas identificadas para 350 espécies de aves
em 150 países, e resulta de 6 anos de trabalho que envolveu 40 parceiros da
BirdLife e outros especialistas em conservação de aves marinhas externos à rede
BirdLife, em colaboração com departamentos governamentais de conservação e
várias convenções internacionais, como a CDB, Diretiva Aves da União Europeia e
Convenção de Nairobi. Algumas destas IBA foram já incluídas no processo de
identificação de Áreas marinhas Ecologica ou Biologicamente Significativas (EBSA)
dirigido pela CDB.
As aves marinhas são o grupo de aves mais ameaçado do mundo e têm diversos
problemas de conservação, já que muitas espécies viajam milhares de quilómetros
em águas internacionais e por várias Zonas Económicas Exclusivas (ZEE), indo a
terra apenas durante a época de reprodução. Segundo Ben Lascelles,
Coordenador Global das IBAs Marinhas da BirdLife, “dadas as grandes distâncias
que percorrem, os longos períodos que passam no mar e as múltiplas ameaças
que enfrentam, a identificação de uma rede de locais prioritários para a
conservação deste grupo de espécies é fundamental para garantir a sua
sobrevivência”.
Este Altas online fornece informações essenciais para diversos públicos:
conservacionistas, decisores políticos, sector de planeamento energético (parques
eólicos, exploração de gás e de petróleo), gestores das pescas e da poluição
marinha e para a indústria dos seguros.
Para mais informações contactar:
Iván Ramírez, Coordenador do Programa
Marinho
TEL 968447300
e-mail: [email protected]
Segundo Iván Ramírez, Coordenador do Programa Marinho da SPEA e da BirdLife
Europa, “Portugal está representado neste Atlas com 18 áreas, 17 já foram
identificadas no Inventário publicado pela SPEA em 2008, e agora, aproveitando o
lançamento desta publicação online, o inventário foi atualizado com mais uma IBA
Marinha nos Açores que constitui uma zona de repouso e migração da ameaçada
nota de imprensa
25 de outubro de 2012
freira-do-bugio. Infelizmente, de todas estas zonas apenas uma, e só
parcialmente, está já protegida legalmente (Berlengas), o que indica um grave
atraso do Governo Português nesta matéria”.
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NOTAS:
O Atlas online pode ser consultado através do link: www.birdlife.org/datazone/marine
A SPEA – A Sociedade Portuguesa para o estudo das Aves é uma Organização Não Governamental de
Ambiente que trabalha para a conservação das aves e dos seus habitats em Portugal. A SPEA faz parte
da BirdLife International, uma aliança de organizações de conservação da natureza em mais de 100
países, considerada uma das autoridades mundiais no estudo das aves, dos seus habitats e nos
problemas que os afectam (ver www.spea.pt).
BirdLife International – É uma parceria de 117 organizações internacionais de conservação, e líder
mundial em conservação de aves. A abordagem única de escala local a global da BirdLife permite
desenvolver uma conservação a longo prazo e de forte impacto para o benefício da natureza e das
comunidades. | http://www.birdlife.org/
Convenção para a Diversidade Biológica (CDB) – Na 10ª Conferência das Partes, em Nagoya, Japão,
em outubro de 2010, 193 Partes acordaram num Plano Estratégico com 20 objectivos. Entre estes
estão incluídos os objectivos 11 “Em 2020, pelo menos 17% das áreas terrestres e águas interiores, e
10% das áreas marinhas e costeiras, especialmente as áreas de especial importância para a
biodiversidade e serviços de ecossistemas, são conservadas através administrações ecologicamente
representativas e bem relacionadas com sistemas de áreas protegidas, geridas de forma eficaz e
equitativa, e outras medidas eficientes de conservação diretamente relacionadas com as áreas,
integradas em áreas terrestres e marinhas mais alargadas”, e 12 “ Até 2020 a extinção das espécies
ameaçadas conhecidas foi impedida e o seu estatuto de conservação , particularmente daquelas em
maior declínio, foi melhorado e mantido”.
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Para mais informações contactar:
Iván Ramírez, Coordenador do Programa
Marinho
TEL 968447300
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