Avaliação dos casos de Candidíase Sistêmica descritos na literatura, em pacientes HIV positivos antes e após o início do tratamento. Lenice Cunha.S. de Rios1, Lourimar Viana Nascimento Franco de Sousa2 RESUMO A Candida sistêmica ou candidemia implica na presença de espécies do gênero Candida na corrente sanguínea. Estas podem ser adquiridas tanto por via endógena, pela translocação de Candida através do trato gastrintestinal ou por via exógena, como no contato das mãos de profissionais de saúde com pacientes portadores de cateteres vasculares centrais, implantes de próteses contaminadas, bem como pela administração parenteral de soluções contaminadas. O sistema imunológico é o maior determinante na manifestação de grande parte das infecções fúngicas, principalmente as fungemias. O HIV tem sido um dos principais fatores predisponentes destas infecções. O uso da terapia anti-retroviral tem se mostrado necessária, para que o paciente tenha uma recuperação do sistema imunológico e como conseqüência um melhoramento na sua condição de vida, diminuindo assim a possibilidade das infecções oportunistas. RESUMEN La candida sistémica o candidemia implica en la presencia del género candida en la corriente sanguínea. Estas pueden ser adquiridas tanto por vía endógena, por la transmovilización de candida a través del trato gastrointestinal o por vía exógeno, como el contacto de alas manos de profesionales de la salud con pacientes portadores de catéteres vasculares centrales, implante de prótesis contaminadas, bien como por la administración parental de soluciones contaminadas. El sistema inmunológico es el mayor determinante en la manifestación de gran parte de las infecciones fúngicas, principalmente las fungemias. El HIV ha sido un de los principales factores predisposición de estas infecciones. Algunos autores han mostrado que el uso de la terapia antiretroviral se hace necesaria, para que el paciente tenga una recuperación del sistema inmunológico y como consecuencia una mejora en su condición de vida, disminuyendo así la posibilidad de las infecciones oportunistas. PALAVRAS-CHAVES: CANDIDA , CANDIDEMIA, HIV, ANTIRETROVIRAL 1 Aluna do Curso de Pós-Graduaçao em Análises Clinicas e Gestão de Laboratório - UNIVALE, 2 Orientadora Ms. Profª. da disciplina de Microbiologia - UNIVALE INTRODUÇÃO CANDIDA SISTÊMICA E CANDIDEMIA A Candida sistêmica ou candidemia A candidíase é uma infecção fúngica de espectro bastante extenso, que acomete principalmente pacientes imunodeprimidos e apresenta como agente etiológico leveduras do gênero Candida (AVRELLA & BENNETT, 2008). Este gênero é composto por aproximadamente 200 espécies, sendo a C. albicans a levedura oportunista mais freqüente (OLIVEIRA, 2005). implica na presença de Candida na corrente sanguínea (PASQUALOTTO 2004). Destas infecções, 80% são causadas por espécies de leveduras do gênero Candida, sendo considerada a quarta causa de sepse, correspondendo a 5%-10% segundo dados do Nosocomial deste gênero algumas Sueveillance System (FRANCA 2008). As espécies mais comumente Dentro Infection isoladas em amostras de sangue venoso de pacientes hospitalizados espécies como C. albicans, C. tropicalis, C. são glabrata, C. krusei e C. parapsilosis fazem parapsilosis, parte da microbiota normal humana da pele, (GODIM et al, 2009, FRANCA 2008). cavidade gastrointestinal, Segundo Giolo et al, 2010, nos Estados geniturinário e respiratório. A transição da Unidos, entre 1979 e 2001, houve um forma comensal desta levedura, para forma aumento patogênica corrente sanguínea causadas por fungos, e bucal, trato acontece quando ocorrem alterações nos mecanismos de defesa do C. albicans, C. de C. tropicalis, glabrata 207% e nas C. C. krusei infecções da Candida foi o principal gênero envolvido. hospedeiro (GOEBEL, 2007). Acredita-se que a maioria dos casos As leveduras do gênero Candida de candidemia seja adquirida por via causam diferentes manifestações clínicas, endógena, pela translocação de Candida tais como infecções monilíase da pulmonares, endocardites, oral, vaginites, através do trato gastrintestinal. Entretanto, pele/unha, doenças infecções hematogênicas por Candida spp. esofagites, também podem ser adquiridas por via enterites, meningites, abcessos no exógena, através do contato das mãos de cérebro, artites, cistites, septicemias e profissionais de outros (OLIVEIRA, 2005). A capacidade de portadores de aderência desta levedura na superfície centrais, implante gastrointestinal, funciona contaminadas, bem como um fator de virulência importante administração parenteral tendo um papel relevante no surgimento da contaminadas (HINRICHSEN et al, 2008, infecção sistêmica (OLIVIERA, 2006). XAVIER 2008). ou endotelial saúde com cateteres pacientes vasculares de como de próteses pela soluções RELAÇÃO DA CANDIDA E PACIENTES para o período de 1980-1999 foram HIV Candidíase (59,2%), Tuberculose (25,5%), Pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP) Com o aumento no número de pacientes imunocomprometidos, os fungos (23,0%) Neurotoxoplasmose (15,3%) e Herpes zoster (12,5%) (DELGADO, 2008). têm emergido como a maior causa de TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL doenças humanas, causando infecções quando as defesas do hospedeiro Reitera-se que pela evolução da estiverem debilitadas (GOEBEL, 2007). O sistema imunológico é o maior determinante na manifestação de grande parte das infecções fúngicas, principalmente naquelas onde ocorre evolução para fungemia, onde pode ser citado candidemias. como Os exemplo principais as fatores predisponentes a essas infecções são principalmente a pelo HIV, gradativamente utilização à da Combinada na qual ocorre imunossupressão, Terapia (TARV), a Anti-retroviral é um desfecho inevitável para garantir a expectativa de vida dos indivíduos infectados (LAZZAROTTO, 2007). da O tratamento da infecção do HIV foi (SIDA), iniciado em 1987. A primeira droga utilizada Corticoterapia, uso de drogas citotóxicas, foi a Zidovudina, um análago nucleosídeo, linfomas, leucemias entre outros (BOFF, que tem seu mecanismo de atuação 2007). inibindo a ação da enzima transcriptase Imunodeficiência Síndrome infecção Adiquirida A AIDS representa um dos maiores reversa (ANGELO, 2005). problemas de saúde da atualidade em virtude de seu caráter e pelo HIV passou a ser vista como uma gravidade. A sua principal característica é a doença crônica potencialmente controlável. supressão profunda da imunidade mediada A por recuperação imune e o controle virológico, células T que suscetível as neoplasias pandêmico Após o advento da TARV, a infecção torna o indivíduo infecções secundárias neurológicas, que oportunistas, e se não TARV aumentar Em estudo realizado para avaliar a à no AIDS e melhorar a a 2009, PEREIRA 2007, FERNANDES 2009). ocorrência associadas sobrevida promover forem óbito (LAZZAROTTO, 2007). das de qualidade de vida dos pacientes (SILVA Além temporal a capaz doenças combatidas, levam-no inevitavelmente ao tendência é doenças Brasil, as manifestações que tiveram maior incidência disso, é das capaz de doenças diminuir a oportunistas, prevenindo a transmissão vertical e a progressão da infecção e diminuir a mortalidade associada ao HIV em todo o mundo (CAMPOS, 2008). Com a utilização dos novos anti- apenas uma vez, vírus tem oportunidade observar uma redução na ocorrência de rapidamente e também podem levar ao infecções oportunistas em 60 a 80% dos desenvolver-se cepas de HIV resistentes pacientes aos 2008, TEIXEIRA reproduzir-se a retrovirais na terapia do HIV, passou-se a (DELGADO de o medicamentos que estão sendo 2009). Desde a introdução dos Inibidores administrados. da Protease (IPs) do HIV, as infecções multiplicação fúngicas, Candidíase fundamental para prevenir as doenças orofaríngea, também se tornaram menos relacionadas com a AIDS e portanto, a freqüentes nos pacientes HIV positivos. administração correta dos medicamentos Essa alteração parece estar correlacionada aumenta a probabilidade de êxito do com a elevação das células CD4+ e a tratamento (MUÑOS & ALZATE, 2006). incluindo a Portanto, mais do vírus manter ao a mínimo é melhora do sistema imune (DELGADO, FUNGEMIA, 2008). ANTES E APÓS O TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL. A não adesão aos novos Dada medicamentos para AIDS é considerada um a evidência maior dos mais ameaçadores perigos para a sobrevivência, efetividade causas de morte por AIDS, nos períodos do tratamento, no plano e estudos de pós-terapia temporais anti-retroviral das individual, e para a disseminação de vírus- pré têm resistência, no plano coletivo (SALDANHA, evidenciado que atenção especial deve ser 2009). dada à prevenção de doenças crônicas, que advêm do uso prolongado da terapia Isto porque os novos regimes anti-retroviral (PEREIRA et al, 2007). terapêuticos parecem exigir do indivíduo que adere o tratamento integração No Brasil, desde o início da complexa entre conhecimentos, habilidades epidemia da AIDS, ao lado de uma intensa e aceitação, além de outros importantes atividade de prevenção e luta pelos direitos fatores ligados ao ambiente e ao cuidado à humanos, saúde (COLOMBINI & LOPES, 2006). comportamento A adesão terapêutica se torna importante no tratamento da infecção pelo HIV, geralmente por dois motivos: a adesão terapêutica leva a uma diminuição da carga viral e previne a resistência ao medicamento pois, quando se omite uma dose do medicamento, mesmo que seja vem realizando da estudos infecção e do seus determinantes biopsicossociais o que se conseguiu garantir, de maneira sui generis para países em desenvolvimento, o acesso universal aos anti-retrovirais, desde 1992. Essas conquistas se consolidaram em 1996 frente ao anúncio internacional dos ótimos resultados do ‘coquetel’, intitulado de terapia anti-retroviral de alta potencia (Hight Active Antiretroviral Terapy – HAART) um melhoramento na sua condição de vida (FAGUNDES et al, 2010). diminuindo infecções Embora seja difícil estabelecer uma assim a possibilidade oportunistas das (OLIVEIRA2009, FERNANDES 2009). comparação entre os principais estudos de Conforme adesão à TARV no Brasil, devido à dados citados, este variabilidade metodológica dos mesmos, trabalho teve como objetivo avaliar os vários fatores têm sido implicados em uma casos de Candidíase Sistêmica descritos na pior adesão à TARV, onde pode ser literatura em pacientes HIV positivo, antes e incluindo fatores relacionado aos indivíduos após o uso de antiretrovirais, isto através da tais como, baixa renda familiar, baixa revisão de Literatura, com estudos feitos escolaridade, através de artigos, revistas, levantamentos desemprego, orientação sexual (heterossexual), uso de substâncias Epidemiológicos, ilícitas e o uso de álcool; características Universitários e Hospitais Terciários do relacionadas ao esquema terapêutico como Brasil. complexidade do tratamento onde um maior relatos de Hospitais RESULTADOS & DISCUSSÃO número de comprimidos são ingeridos por dia, troca de anti-retrovirais e história de interrupção da terapia antiretroviral; e variáveis relacionadas ao uso do serviço de saúde, incluindo a perda de uma ou mais consultas, maior tempo entre o diagnóstico da infecção pelo HIV e a primeira prescrição do anti-retrovirais, uso de menos dois dos serviços de atenção ao HIV e uso de serviços com 100 ou menos pacientes A terapia anti-retroviral (TARV) para pacientes vivendo com HIV/AIDS resultou em uma redução da morbidade, aumento da sobrevida, melhoria na qualidade de vida, supressão da carga viral e prevenção da transmissão vertical em todo o mundo (FERNANDES 2009). A disponibilidade dos TARV é alta e homogênea na maioria dos serviços, havendo menor disponibilidade apenas dos medicamentos utilizados para cadastrados (CAMPOS, 2008). profilaxia Além a fungemia tratamento das infecções em oportunistas (MELCHIOR 2006). Algumas pacientes com imunidade comprometida das manifestações da infecção HIV ocorrem tem com valores mais elevados na era pós- sido disso, e freqüentemente especialmente aqueles associada HIV. terapêutica anti-retroviral tripla, como a Alguns autores têm síndrome da emaciação, o linfoma de mostrado que o uso da terapia anti- Hodgkin, o Sarcoma de Kaposi, a demência retroviral se faz necessária, para que o associada à infecção HIV, a esofagite por paciente Candida (OLIVEIRA 2009). tenha uma com recuperação do sistema imunológico e como conseqüência e a pneumonia recorrente (OLIVEIRA J., 2002). bacteriana Conforme SALDANHA e a adesão à terapia, a partir da dispensação colaboradores 2009, a adesão a terapia pela farmácia, verificaram-se taxas de anti-retroviral adesão de 76,5% e 64,1%, respectivamente é essencial para um tratamento adequado dos pacientes de HIV, (CASTILLHO, 2006). sendo que a não adesão é a causa mais Estudos comum de falha do tratamento destes pacientes. Dados também que foram avaliados por Muños et al, 2006, e pelo Ministério da Saúde - Diretrizes para o fortalecimento das ações de adesão ao tratamento para pessoas que vivem com HIV e AIDS. em diferentes pacientes de instituições de São Paulo e Rio de Janeiro mostram que as infecções fúngicas sistêmicas foram encontradas em 14 a 22% dos pacientes com leucemia sendo causa de morte em 61% destes, de 25 a 64% dos pacientes com câncer e granulocitopenia prolongada, e de 58 a 81% Em estudo qualitativo realizado no Hospital feitos Universitário de Santa Maria (HUSM), avaliou por um período de seis dos pacientes com AIDS, sendo que 10 a 20% destes morreram devido a infecções fúngicas (Tabela 1) (BOULOS, 1993). meses, o grau de adesão a terapia antiretroviral, entre 898 indivíduos maiores de 15 anos, que recebem medicamentos para o controle da infecção pelo vírus da A Tabela 2, destacaram-se para Candidíase as formas Septicêmicas (35%), orofaríngea (15,6%) e esofágica (31,1%). Imunodeficiência Humana (HIV). Entre a população estudada, pode-se considerar que ocorreu uma alta adesão à terapia com anti-retrovirais, com apenas 7% Tabela 2: Locais da infecção fúngica nos pacientes estudados Diagnóstico Nº de pacientes e locais SNC dos Sist. indivíduos não aderindo ao tratamento Criptococose 52(91,2) 3(5,2) (SALDANHA 2009). Candidíase 1 Outros 2 Tabela 1. Distribuição da população estudada segundo adesão ao tratamento. Adesão(%) Classificação Pacientes (n) % >95 boa adesão 655 73,0 95-70 zona crítica 89 10,0 < 70 má adesão 88 10,0 0 Abandono Orf. Esof - - 16(35,5) 7(15,6) 14(31,1) 1 - - Abd Pul. Cut. - - - 1 3 1 - - 3 SNC. Sistema nervoso Central; Sistêmica; Orofagea; Esofágica, Abdominal, Pulmão, Cutânea. Conforme XAVIER, 2008, os casos 66 7,0 mais freqüentes de candidemia, foram em pacientes com idade inferior a 30 dias e superior a 60 anos, faixas etárias essas Estudos realizados em Minas Gerais e no Rio Grande do Norte, onde avaliaram onde deficiência fisiológica e sistema imunológico comprometido dos pacientes poderiam estar favorecendo o desenvolvimento da infecção. (13,9%) e toxoplasmose (9,72%) (FAGUNDES, et al 2010). Foram realizadas 210 biópsias de Segundo FAGUNDES, 2010, as linfonodos periféricos de pacientes com infecções oportunistas após uso da terapia infecção pelo HIV, cento e seis (50,5%) HAART ocorreram em 74 pacientes com biópsias maior prevalência para herpes cutâneo em foram realizadas na região cervical. Os diagnósticos mais prevalentes 18 incluíram casos orofaríngea em 14 (9,7%), pneumocistose (50,2%) sendo que mais de 90% dos casos em 12 (8,3%), toxoplasmose em nove foram tuberculose; hiperplasia reacional (6,25) e diarréias apareceram em 12 (8,3%) (HR) 48 casos (22,7%), linfoma 19 casos dos pacientes, como pode ser visto na (9,0%) e micoses sistêmicas 12 casos tabela a seguir. micobacteriose 105 (5,7%) que incluíram a histoplasmose, paracoccidioidomicose e criptococose (RAMOS et al, 2010). de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (LEPAC) da Universidade Estadual de Maringá, de 100 pacientes infectados com HIV 58 apresentaram culturas positivas para Candida (WINGETER et al, 2007). No Estado do Paraná, um trabalho a ocorrência de infecções oportunistas em uma população de HIV. Dos 175 pacientes atendidos na Casa de Apoio, 144 foram avaliados, os demais não o foram por serem portadores de HIV e não estarem utilizando terapia combinada de alta potência HAART. Cento e trinta e um pacientes pacientes, candidíase Tabela 3. Prevalência de infecções oportunistas antes e após o uso de terapia HAART em pacientes HIV. Maringá, Estado do Paraná. Já estudos realizado no Laboratório avaliou (12,5%) apresentaram infecções _______________________________________________ Infecções oportunistas Taxa de prevalência ________________________________________________ Antes da Terapia Após Terapia HAART HAART ________________ Candidíase oral Câncer cervical Criptococose pulm. Diarreias Herpes zoster Hepatite C Herpes cutâneo Herpes genital Tuberculose pulm. Pneumocistose Toxoplasmose Meningite Citomegalovirose Linfoma NH Pneumonia bact. Sarcoma de Kaposi Tuberculose cutânea Sífilis cutânea Molusco contagioso Sífilis genital Nº____ %__ ___ Nº___ __% 36 25,0 14 9,70 02 1,39 02 1,39 00 0,0 02 1,39 50 34,07 12 8,30 09 6,25 04 2,80 00 0 07 4,86 28 19,40 18 12,50 03 2,08 01 0,69 13 9,03 05 3,47 20 13,90 12 8,30 14 9,72 09 6,25 04 2,80 02 1,39 01 0,69 02 1,39 00 0 01 0,69 02 1,39 04 2,80 01 0,69 02 1,39 01 0,69 00 0 01 0,69 00 0 02 1,39 04 2,80 09 6,25 03 2,08 oportunistas antes de iniciar a terapia para Com a utilização dos novos anti- etiológico retrovirais na terapia do HIV passou-se a (34,7%), candidíase orofaríngea (25%), observar uma redução na ocorrência de herpes infecções oportunistas em 60% a 80% dos HAART, diarréias com sem cutâneo maior prevalência diagnóstico (19%), pneumocistose pacientes, porém para os pacientes de REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS diagnóstico tardio ou aqueles que não respondem adequadamente a terapêutica anti-retroviral a Candida ainda é uma doença oportunista muito freqüente (DELGADO 2008). CONCLUSÃO A Candidemia oportunista como que é ocorre decorrência da uma doença frequentemente imunodepressão, como ocorre muito nos casos dos pacientes HIV. O principal objetivo da terapia antiretroviral é retardar a manifestação da imunodeficiência, e ou, restaurar o quanto possível, a imunidade, aumentando o tempo e qualidade de vida da pessoa infectada. O uso da terapia antirretroviral e a generalização das profilaxias primária e secundária levaram à redução do número de infecções terapêutica oportunistas. se torna A adesão importante no tratamento da infecção pelo HIV, mas esta terapia ainda é um campo extremamente complexo e dinâmico e apesar dos muitos avanços ocorridos nos últimos anos, algumas questões importantes, tais como o uso de novas drogas e estratégias de tratamento, ainda carecem de maiores estudos para permitir o seu uso mais amplo na prática clínica diária com eficácia e segurança, evitando assim os efeitos colaterais e complicações decorrentes da terapia prolongada. ÂNGELO A.L.D., Relação entre contagem total de linfócitos e contagem de céluas TCD4+ em pacientes soropositivos para HIV, Salvador: Instituto de Ciências da Saúde/ UPES / UFBA, 2005 AVRELLA D.; BENNETT L.S. Tratado de Medicina Interna. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, RBAC, vol.40(3): 205207, 2008. 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