25 DE ABRIL 6º dia da novena de Santa Catarina de Sena O Pai Eterno fala a Catarina sobre a caridade: É como um vaso que tu vais encher na fonte. Se tu o tiras da fonte para beber, o vazo fica logo vazio. Mas se segurares o vazo na fonte enquanto bebes, ele não vai ficar vazia. Na verdade, estará sempre cheio. Na verdade, o amor do teu vizinho está destinado a ser bebido em Mim, sem qualquer interesse próprio. Peço-te que Me ames com o mesmo amor com que Eu te amo. Mas, por Mim tu não podes fazer isso, porque Eu te amei sem ser amado. Qualquer que seja o amor que tens por Mim tu deves-Me, assim ama-Me, não gratuitamente, mas por dever, enquanto Eu te amo não por dever, mas gratuitamente. Então tu não podes dar-Me o tipo de amor que Eu te peço. É por isso que Eu te pus entre os teus vizinhos, para que possas fazer por eles o que não podes fazer por Mim - que é, amá-los sem qualquer preocupação com agradecimentos e sem olhar para qualquer lucro para si mesmo. E o que fazes para eles eu considero feito a Mim. Portanto, o teu amor deve ser sincero: Tu deves amar os teus vizinhos com o mesmo amor com que tu Me amas. Sabes como lhes podes dizer quando o seu amor espiritual não é perfeito? Se estás angustiada quando parece que aqueles que amas não estão a devolver o teu amor e não te amam tanto quanto achas que tu os amas. Ou se estás angustiada quando parece que estás a ser privada da sua companhia ou conforto ou que eles amam outra pessoa mais do que a ti. A partir destas e de muitas outras coisas tu deves ser capaz de dizer se o teu amor por Mim e pelos teus vizinhos ainda é imperfeito e que tens bebido do teu vazo fora da fonte, mesmo que teu amor tenha sido elaborado a partir de Mim. Mas é porque o teu amor por Mim é imperfeito que tu o mostras de modo tão imperfeito àqueles que amas com um amor espiritual. 26 DE ABRIL 1) 7º dia da novena de Santa Catarina de Sena 2)Rezemos pelo Papa, por intercessão do Papa S. Anacleto (ou Cleto) (76-88) 3) Ano de 2015 – Domingo do Bom Pastor Novena de Santa Catarina de Sena De uma carta de Santa Catarina a Giovanna dei Pazzi ... Tu virás a conhecer a Verdade Eterna, amando-A. E o único sinal que podemos dar do nosso amor é amar a todos na caridade e a sofrer com verdadeira e real paciência mesmo até à morte. Não devemos querer ter tempos e lugares para o nosso próprio gosto, mas no caminho de Deus - e Deus não procura nem quer nada, mas que sejamos santos. Então ... eu quero que entendas, minha filha, que tudo o que Deus concede ou permite nesta vida, Ele fá-lo ou porque precisamos disso ou para nossa salvação ou para o nosso progresso na perfeição. Devemos, portanto, suportá-lo com humildade e pacientemente. Devemos aceitá-lo com reverência, abrindo a nossa mente para considerar a grande caridade e amor ardente com que Deus no-lo dá. Quando percebermos que Ele não o dá mas por amor, aceitá-lo-emos em amor. Esta virtude da paciência é tão essencial para nós que temos de conseguila se não quisermos perder o fruto do nosso trabalho. ... Onde devemos procurá-la? Em Cristo crucificado. Porque a Sua paciência foi tanta que nunca se ouviu nenhum grito de reclamação da Sua parte. Os judeus gritaram: "Crucifica-o!" E ele gritou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" ... Do Seu sangue tem sido feita uma bebida para aqueles que querem, e comida do Seu Corpo. Pois não há maneira que o nosso apetite seja satisfeito, não há maneira que a nossa fome e sede sejam aliviadas, excepto com o Seu Sangue. Mesmo que tivéssemos todo o mundo, não poderíamos estar satisfeitos, porque as coisas do mundo são menos do que nós somos, e não podemos estar satisfeitos com nada menos do que nós somos. Somente o Sangue pode satisfazer a nossa fome, porque o Sangue foi misturado e amassado com a Divindade Eterna, uma natureza infinitamente maior do que nós. Portanto, não podemos satisfazer o nosso desejo - com o fogo da caridade, uma vez que foi por amor que o Sangue foi derramado! Carta 87 a partir de Vol. II 27 DE ABRIL 8º dia da novena de Santa Catarina de Sena O Pai Eterno fala a Catarina: Disse-vos como as lágrimas brotaram do coração: O coração apanha-as do seu desejo ardente e estende-as para os olhos. Assim como a madeira verde, quando é colocada no fogo, chora lágrimas de água no calor, porque ainda é verde (pois se fosse seca não choraria), assim o coração chora quando é novamente feito verde pela renovação da graça, após a dessecação secura do egoísmo foi retirada da alma. Assim são o fogo e as lágrimas que se fazem um no desejo ardente. E porque o desejo não tem fim, não pode ser satisfeito nesta vida. Pelo contrário, quanto mais se ama, menos se parece amar. Assim, o amor exerce um desejo santo, e com esse desejo os olhos choram. Mas uma vez que a alma se separou do corpo e Me atingiu, o seu objectivo final, por causa disso ela não desiste do seu desejo, de modo a não mais Me desejar e a caridade dos seus vizinhos. Porque a caridade entrou nela como uma grande senhora, levando com ela o fruto de todas as outras virtudes. Foi o sofrimento que acabou, porque se ela anseia por Mim agora ela possui-Me, na verdade, sem qualquer receio de poder perder o que ela tem desejado há tanto tempo. É assim que ela alimenta a chama, porque quanto mais ela tem fome mais ela se enche, e quanto mais ela é saciada, mais ela tem fome. Assim, o teu desejo é uma coisa infinita. Se não fosse, Eu poderia ser servido por qualquer coisa finita, nenhuma virtude teria valor ou vida. Pois Eu, que sou Deus infinito, quero que Me sirvas com o que é infinito, e tu não tens nada, exceto o amor e o desejo infinito da tua alma. “Diálogo” de Santa Catarina de Siena - Capítulo 92 28 DE ABRIL 1) Dia de S. Luís Maria Grignion de Montfort 1 a) Método para rezar com fruto o Santo Rosário, segundo S. Luís Maria Grignion de Montfort 1 b) Ladainha de S. Luís Maria Grignion de Montfort 2) 9º (e último) dia da novena de Santa Catarina de Sena 3) 1º dia do tríduo de S. José Operário 4) Ano de 2019 – II Domingo da Páscoa (ou Domingo da Misericórdia) 1) Dia de S. Luís Maria Grignion de Montfort 1 a) Método para rezar com fruto o Santo Rosário, segundo São Luís Maria Grignion de Montfort: Oferecimento do Terço: Uno-me a todos os santos que estão no Céu, a todos os justos que estão sobre a Terra, a todas as almas fiéis que estão neste lugar. Uno-me a Vós, meu Jesus, para louvar dignamente Vossa Santa Mãe, e louvar-Vos a Vós, nela e por Ela. Renuncio a todas as distrações que me vierem durante este Rosário, que quero recitar com modéstia, atenção e devoção, como se fosse o último da minha vida. Nós Vos oferecemos, Trindade Santíssima, este Credo, para honrar todos os mistérios todos da nossa Fé; este Pai nosso e estas três Ave-Marias, para honrar a unidade da Vossa essência e a Trindade das Vossas Pessoas. Pedimo-Vos uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente. Assim seja. Rezar o Credo, o Pai-nosso, três Ave-Marias e o Glória. Mistérios Gozosos 1º Mistério - anunciação Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a vossa Encarnação no seio de Maria; e vos pedimos, por esse mistério, e por Sua intercessão uma profunda humildade. Assim seja. No final: Graças do mistério da Encarnação, descei em nossas almas. Assim seja. 2º Mistério – visitação Nos Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da visitação de Vossa Santa Mãe à Sua prima santa Isabel e da santificação de São João Batista; e Vos pedimos, por esse mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a caridade para com o nosso próximo. Assim seja. No final: Graças do mistério da visitação, descei em nossas almas. Assim seja. 3º Mistério – nascimento de Jesus Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra do Vosso nascimento no estábulo de Belém; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desapego dos bens terrenos e ao amor à pobreza. Assim seja. No final: Graças do mistério do nascimento de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. 4º Mistério – apresentação de Jesus e purificação de nossa Senhora Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra da Vossa apresentação ao templo, e da purificação de Maria; e Vos pedimos, por este mistério e pela Sua intercessão, uma grande pureza de corpo e de alma. Assim seja. No final: Graças do mistério da purificação descei em nossas almas. Assim seja. 5º Mistério – perda e encontro no Templo Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra do Vosso reencontro por Maria; e Vos pedimos, por este mistério; e por Sua intercessão, a verdadeira sabedoria. Ao final: Graças do mistério do reencontro de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. Mistérios Luminosos 1º Mistério – baptismo de Jesus Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a Vosso Batismo no rio Jordão; e Vos pedimos, por esse mistério, e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de ser cheio e conduzido pelo Vosso Espírito Santo. Assim seja. No final: Graças do mistério do batismo de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. 2º Mistério – bodas de Caná Nos vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da Vossa manifestação nas bodas de Caná; e Vos pedimos, por esse mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, que nunca falte a Vossa graça em nossas famílias. Assim seja. No final: Graças do mistério das bodas de Caná, descei em nossas almas. Assim seja. 3º Mistério – Anúncio do Reino de Deus Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra ao anúncio do Reino de Deus e o convite à conversão; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a Graça de viver e anunciar o Evangelho. Assim seja. Ao final: Graças do mistério do anúncio do Reino de Deus, descei em nossas almas. Assim seja. 4º Mistério – Transfiguração Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra da Vossa transfiguração no monte Tabor; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de sermos configurados a vossa Divina humanidade. Assim seja. Ao final: Graças do mistério da transfiguração, descei em nossas almas. Assim seja. 5º Mistério – instituição da Eucaristia Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra da instituição da Eucaristia; e Vos pedimos, por este mistério; e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, um coração adorador. No final: Graças do mistério da instituição da Eucaristia, descei em nossas almas. Assim seja. Mistérios Dolorosos 1º Mistério – Agonia de Jesus Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra da Vossa agonia mortal no Jardim das Oliveiras; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição dos nossos pecados. Assim seja. No final: Graças do mistério da agonia de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. 2º Mistério – Flagelação Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da Vossa sangrenta flagelação; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe santíssima, a mortificação dos nossos sentidos. Assim seja. No final: Graças do mistério da flagelação de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. 3º Mistério – Coroação de espinhos Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra da Vossa coroação de espinhos; e Vos pedimos por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, o desprezo do mundo. Assim seja. No final: Graças do mistério da coroação de espinhos, descei em nossas almas. Assim seja. 4º Mistério – A caminho do Calvário Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra do carregamento da Cruz; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas cruzes. Assim seja. No final: Graças do mistério do carregamento da cruz, descei em nossas almas. Assim seja. 5º Mistério – Morte de Jesus Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra da Vossa crucificação e morte ignominiosa sobre o Calvário; e Vos pedimos por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, a conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das almas do purgatório. Assim seja. No final: Graças do mistério da crucificação de Jesus descei em nossas almas. Assim seja. Mistérios Gloriosos 1º Mistério – Ressurreição Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra da Vossa Ressurreição gloriosa; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, o amor a Deus e o fervor no Vosso serviço. Assim seja. No final: Graças do mistério da ressurreição, descei em nossas almas. Assim seja. 2º Mistério – Ascensão Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da Vossa triunfante Ascensão; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, um ardente desejo do Céu, nossa cara pátria. Assim seja. Ao final: Graças do mistério da Ascensão descei, em nossas almas. Assim seja. 3º Mistério – Pentecostes Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra do mistério de Pentecostes; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, a descida do Espírito Santo em nossas almas. Assim seja. Ao final: Graças do mistério de Pentecostes, descei em nossas almas. Assim seja. 4º Mistério – Assunção de nossa Senhora Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra da Ressurreição e triunfal Assunção da Vossa Mãe ao céu; e Vos pedimos, por este mistério e pela Sua intercessão, uma terna devoção a tão boa mãe. Assim seja. Ao final: Graças do mistério da Assunção, descei em nossas almas. Assim seja. 5º Mistério – Coroação de nossa Senhora Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra da coroação gloriosa da Vossa Mãe Santíssima no Céu; e Vos pedimos, por este mistério e pela Sua intercessão, a perseverança na graça e a coroa da glória. Assim seja. Ao final: Graças do mistério da coroação gloriosa de Maria, descei em nossas almas. Assim seja. Saudação Final Eu Vos saúdo, Maria, Filha bem-amada do eterno Pai, Mãe admirável do Filho, Esposa muito fiel do Espírito Santo, templo augusto da Santíssima Trindade; eu Vos saúdo soberana Princesa, a quem tudo está submisso no céu e na terra; eu Vos saúdo, seguro refúgio dos pecadores, nossa Senhora da Misericórdia, que jamais repelistes pessoa alguma. Pecador que sou, prostro-me aos Vossos pés, e Vos peço que me obtenhais de Jesus, Vosso amado Filho, a contrição e o perdão de todos os meus pecados, e a divina sabedoria. Eu me consagro todo a Vós, com tudo o que possuo. Eu Vos tomo, hoje, por minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois, como o ultimo dos vossos filhos e o mais obediente dos Vossos escravos. Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros de um coração que deseja amar-Vos e servi-Vos fielmente. Que ninguém diga que, entre todos que a Vós recorreram, seja eu o primeiro desamparado. Ó minha esperança, ó minha vida, ó minha fiel e imaculada Virgem Maria defendei-me, nutri-me, escutai-me, instruí-me, salvai-me. Assim seja. Em Nome do Pai, (+) do Filho e do Espírito Santo. Amen. 1 b) Ladainha de S. Luís Maria Grignion de Montfort Senhor, tende misericórdia de nós, Jesus Cristo, tende misericórdia de nós, Senhor, tende misericórdia de nós, Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos. RESPOSTA: TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS Pai do Céu, que sois Deus Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, Espírito Santo, que sois Deus, Santíssima Trindade, que sois um só Deus, RESPOSTA: ROGAI POR NÓS Santa Maria, S. Luís Maria de Montfort, Discípulo fiel de Jesus Cristo, a Sabedoria Encarnada, Coração dócil ao Espírito Santo, Ministro fervoroso da Eucaristia, Amante apaixonado da cruz, Escravo de amor de Jesus em Maria, Devoto de S. Miguel e dos Santos Anjos, Figura de uma eminente santidade, Maravilha de pobreza e de abandono à Providência, Anjo de inocência e de pureza, Retrato de perfeita obediência, Homem de retiro e de oração, Prodígio de mortificação, Exemplo de obediência e de caridade, Valente atleta da glória de Deus e da salvação das almas, Semeador infatigável da Palavra de Deus, Cantor da doutrina cristã, Renovador da piedade eucarística, Propagador do culto do Sagrado Coração, Pregador insigne da cruz e do rosário, Apóstolo e profeta do reino de Jesus por Maria, Doutor da perfeita devoção à Santíssima Virgem, Defensor intrépido da integridade da fé, Filho devotíssimo da Igreja e do seu chefe, Admirável angariador de almas, Formador das elites pelas associações piedosas, Formador de leigos ao serviço da Igreja, Educador cristão da juventude, Pai dos pobres, Socorro dos doentes, Auxiliar das almas do Purgatório, Guia do verdadeiro peregrino, Restaurador dos templos do Senhor, Fundador de congregações religiosas, Modelo do sacerdote e do missionário, Alma toda consumida apenas por Deus, Intercessor poderoso junto de Jesus e de Maria, RESPOSTA: S. LUÍS MARIA DE MONTFORT Obtende-nos o espírito de fé, Obtende-nos o espírito de oração, Obtende-nos o sentido da cruz, Obtende-nos a vossa verdadeira devoção a Maria, Obtende-nos o vosso amor pela Igreja, Obtende-nos a vossa coragem nas provas, Obtende-nos o vosso espírito missionário, Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós Senhor V. Rogai por nós, S. Luís Maria de Montfort R- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos Ó Deus, que fizestes de S. Luís Maria um pregador eminente do reino do Vosso Único Filho, e por ele suscitastes na Vossa Igreja uma dupla família religiosa: dignai-Vos conceder, segundo o seu ensino e a seu exemplo, a graça de servir para sempre sob o jugo suave da Bem-Aventurada Virgem Mãe Este mesmo Filho bem-amado que vive e reina conVosco na unidade do Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amen. Ou Senhor, Vós que abrasastes o coração de S. Luís Maria com o desejo ardente de pregar ao povo o Evangelho do Vosso Filho, permiti que, pela sua oração, sob a direcção de Maria, sejamos dóceis ao Vosso Espírito e nos tornemos apóstolos infatigáveis do Vosso Reino, atentos ao apelo dos pobres no serviço fraterno. Por Cristo nosso Senhor que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amen 2) Novena de Santa Catarina de Sena De uma carta de Santa Catarina para Frate Tommaso dalla Fonte Meu caro Padre, imploro-vos que cumprais o meu desejo de vos ver unido a Deus e nEle transformado. Mas isto é impossível, a menos que sejamos um com a Sua Vontade. Oh doce eterno, ter-nos ensinado como descobrir a Vossa Santa Vontade! Se fôssemos perguntar àquele jovem amoroso e gentil e Pai misericordioso, Ele responder-nos-ia assim : "Queridos filhos, se vós descobrisseis e experimentasseis os efeitos da Minha vontade, ela mora dentro da célula da vossa alma". Esta célula é um poço no qual existe terra, bem como água. Na terra podemos reconhecer a nossa própria pobreza: vemos que não somos - pois não somos. Vemos que o nosso ser é de Deus. Oh caridade ardente e inefável! A seguir vejo que assim como descobrimos a terra chegamos à água viva, a essência do conhecimento da vontade do verdadeiro e gentil Deus, que deseja nada mais que sejamos santificados. Por isso, entremos nas profundezas desse bem - porque se moramos lá, vamos, necessariamente, viremos necessariamente a conhecer tanto a nossa bondade como a bondade de Deus. Ao reconhecer que não somos nada, nós humilhamos-nos. E, ao humilharmo-nos entramos naquelas chamas, de coração consumido, aberto como uma janela sem persianas, para nunca mais ser fechada. Como vamos focamos ali o olho do livre arbítrio que Deus nos deu, nós vemos e sabemos que a Sua Vontade Se tornou nada mais do que a nossa santificação. Amor, doce amor! Abri, abri-nos a nossa memória, para que possamos receber, segurar com firmeza, e entender grande Bondade de Deus! Porque assim como compreendemos, assim amamos, e quando amamos, encontramo-nos unidos com o amor e transformados em amor, nesta mãe caridade, tendo passado e estando ainda a passar pelo portão que é Cristo crucificado. Ele disse isso aos Seus discípulos: "Eu virei, e farei a minha morada em vós." Este é o meu desejo: ver-vos na residência, nesta transformação. A minha alma anseia por isto - especialmente para vós e também para toda a gente. Peço-vos: sede pregado rápidamente na cruz. Carta 41 - cartas de Santa Catarina de Siena 2) Tríduo de S. José Operário 1º dia A vocação do homem para o trabalho Oração inicial Senhor! Ensinai-me a ser generoso, a dar sem calcular, a trabalhar sem me importar com a recompensa, a entregar-me aos outros sem esperar o seu “muito obrigado”, a servir sempre os meus irmãos, a fazer a caridade do sorriso, quando não tiver outra coisa para dar, a doar-me em tudo e cada vez mais àqueles que precisarem de mim, a só esperar a minha recompensa em Vós, e mesmo que esta não existisse, a fazer tudo isso simplesmente porque é essa a Vossa Vontade. Palavra de Deus Génesis 1, 27-31 Salmo de meditação (Salmo 115) Refrão: Que poderei retribuir ao Senhor, por tudo aquilo que Ele me deu? Reflexão O trabalho divino na obra da criação é compreendido pelos salmistas e pelos profetas – especialmente Isaías e Jeremias – e nos livros sapienciais como criação da História, mais do que da natureza. O povo de Israel fez a experiência de Deus como Deus da sua História. Depois descobriu que Ele é também o Criador da natureza. Assim a vocação do Universo criado apresenta a firmeza das montanhas, a regularidade dos fenómenos e a potência dos elementos como sinais da fidelidade de Deus – o Deus”presente” – ao seu povo: “Eu porei a Minha Lei no seu seio e a escreverei no seu coração. Assim falou Deus, Ele que estabelece o Sol para iluminar o dia e ordena à Lua e às estrelas que iluminem a noite, que agita o mar e as suas ondas rugem. Quando estas leis falharem… então a raça de Israel deixará também de ser uma nação diante de Mim para sempre”. Colaborar com Deus, pelo trabalho, na transformação da terra, é ser, com Deus, co-autor do destino humano. A obra da História humana, vista à luz da fé, é resultado de duas mãos: a de Deus e a o homem”. Preces Rezemos pelos migrantes espoliados das suas terras e sem emprego nas cidades Ouvi-nos, Senhor Rezemos pelos desempregados e subempregados. Talvez entre os nossos parentes e amigos, membros da nossa comunidade. Ouvi-nos, Senhor Rezemos pelos trabalhadores que sofrem por causa da jornada de trabalho. Ouvi-nos, Senhor Rezemos por todos os trabalhadores em conflito com os seus patrões por maior justiça no trabalho, por justos salários, por carteiras assinadas e condições dignas de trabalho. Ouvi-nos, Senhor Rezemos por todas aquelas pessoas que não querem trabalhar, preferindo viver na ociosidade e no roubo Ouvi-nos, Senhor 29 DE ABRIL 1) Dia de Santa Catarina de Sena 1 a) Ladainha 1 de Santa Catarina de Sena 1 b) Ladainha 2 de Santa Catarina de Sena 2) IV Domingo Pascal 2012 2 a) Domingo do Bom Pastor 2a1) Ladainha 1 do Bom Pastor 2a2) Ladainha 2 do Bom Pastor 2 b) Dia das Vocações 2b1 ) Rosário das vocações meditado 2b2) Mistérios gososos vocacionais meditados 2b3) Mistérios gloriosos vocacionais meditados 2b4) Mistérios da vocação 2b5) Mistérios do chamamento divino 2b6) Terço vocacional (meditações sem mistérios) 3) 2º dia do tríduo de S. José Operário 1) Dia de Santa Catarina de Sena 1 a) Ladainha 1 de Santa Catarina de Sena Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos RESPOSTA: TENDE PIEDADE DE NÓS Pai do céu, que sois Deus, Filho, Redentor do mundo, que sois Deus Espírito Santo, que sois Deus, Santíssima Trindade, que sois um só Deus. RESPOSTA: ROGAI POR NÓS Santa Maria, Santa Catarina de Sena, Cara filha de Deus, Filha privilegiada de Maria Digna filha de S. Domingos, Flor de inocência, Fruto precoce das virtudes, Imagem de simplicidade, Perfeito modelo de humildade, Tesouro de pureza, Anjo de doçura, Defesa da fé, Escudo de esperança, Incêndio de amor, Virgem admirável, Esposa de Cristo, Vós, que sois a esposa e o amor do Senhor Jesus Cristo, Vós, que fostes privada do vosso coração, Vós que recebestes o Coração de Jesus, Vós que sois émula dos maiores penitentes, Vós que sentistes um vivíssimo amor pela cruz de Jesus, Vós que sempre andastes na presença de Deus seguindo o caminho da perfeição, Vós cuja alma foi inteiramente desligada das coisas terrenas e dos sentidos, Vós que fostes frequentemente arrebatada em Deus, Vós que sempre saboreastes o maná da oração, Virgem ilustre do mais perfeito recolhimento, Vós que estivestes inviolavelmente ligada a Deus por uma estreita união, Vós que fostes transformada em Cristo, Virgem enriquecida com o dom da profecia, Caçadora mística das almas que querieis ganhar para Deus, Medianeira poderosa das almas endurecidas no mal Auxiliadora dos pecadores, Apoio das almas fiéis, Pomba da graça, Anjo pacificador dos povos, Coluna brilhante da Igreja, Conselho dos pontífices, Terror da heresia, Glória da Igreja, Glória da Terceira Ordem de S. Domingos, Modelo da perfeita obediência Modelo de invencível paciência, Virgem que suspirais pelo Céu, Virgem rica de graça e de virtudes, Virgem coroada de perseverança, Virgem que gozais no Céu do abraço eterno do Vosso Esposo Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor. Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor. Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. V. Senhor, ouvi a minha oração R. E que os meus votos cheguem até Vós Oremos Fazei, Deus Todo Poderoso, que celebrando o nascimento para o Céu da bem-aventurada Catarina, Vosso virgem, saboreemos a alegria desta solenidade anual e nos aproveitemos do exemplo de uma tão grande virtude. Por Cristo nosso Senhor que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amen. 1 b) Ladainha 2 de Santa Catarina de Sena Senhor, tende piedade de nós Jesus Cristo, tende piedade de nós Senhor, tende piedade de nós Cristo, ouvi-nos Cristo, ouvi-nos RESPOSTA: TENDE PIEDADE DE NÓS Pai do Céu, que sois Deus, tende piedade de nós Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós Santa Trindade, que sois um só Deus tende piedade de nós RESPOSTA: ROGAI POR NÓS Santa Maria, Nossa Mãe, Santo Domingo, glorioso Patriarca, Santa Catarina de Sena, Santa Catarina, benévola mãe dos pobres, Santa Catarina, doce mãe dos que sofrem, Santa Catarina, misericordiosa mãe dos enfermos, Santa Catarina, refúgio dos que sofrem, Santa Catarina, intercessora dos pecadores, Santa Catarina, rosa de paciência, Santa Catarina, modelo de humildade, Santa Catarina, modelo de castidade, Santa Catarina, recipiente de graças, Santa Catarina, ardente promotora da Honra de Deus, Santa Catarina, espelho de santidade Santa Catarina, exemplo de clemencia, Santa Catarina, Glória da Ordem de Predicadores, Santa Catarina, fecunda mãe espiritual, Santa Catarina, promotora da paz, Santa Catarina, discípula de Jesus, Santa Catarina, serva, Santa Catarina, bendita com vossas santas chagas, Santa Catarina, recompensada amplamente por vossos esforços e méritos, Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo perdoai-nos, Senhor Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Senhor V.Rogai por nós, gloriosa virgem, Santa Catarina, R. Para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo. 2 ) IV Domingo Pascal 2012 2 a ) Domingo do Bom Pastor 2 a 1) Ladainha 1 do Bom Pastor Senhor, tende piedade de nós Jesus Cristo, tende piedade de nós Senhor, tende piedade de nós Jesus Cristo, ouvi-nos Jesus Cristo, atendei-nos Deus, Pai do Cordeiro, tende piedade de nós Deus Filho, Cordeiro do Sacrifício, tende piedade de nós Deus, Espírito Santo, Vida do Cordeiro, tende piedade de nós RESPOSTAS SEMPRE DIFERENTES Ó Bom Jesus, Pastor dos justos, ouvi-nos Vigilante Procurador da ovelha perdida, guiai-nos Fervorosa Esperança da ovelha caída, guiai-nos Vós que reunis constantemente o rebanho disperso, guiai-nos Ó Bom Pastor, ouvi o vosso rebanho Abrigo puríssimo do coração ansioso, alimentai-nos Festa perpétua da alma esfomeada, alimentai-nos Pão Duradouro da Vida Perfeita, alimentai-nos Ó Bom Pastor, ouvi o Vosso rebanho Domador paciente das vontades rebeldes, tosquiai-nos Professor leal de toda a espécie de ordens, tosquiai-nos Terno purificador de toda a mancha de pecado, tosquiai-nos Ó Bom Pastor, ouvi o Vosso rebanho, Das iscas dos falsos pastores que se escondem sob a Vossa aparência, protegei-nos Das miragens dos campos mais ricos, que conquistam as nossas mentes, protegei-nos Das doenças da alma, que nos separam do Vosso rebanho, protegei-nos Oremos Ó Bom Pastor, simultaneamente Guarda e Cordeiro, que conheceis bem todo o rebanho que conduzis, guiai-nos, alimentai-nos, tosquiai-nos, ordenai-nos que vamos pata junto de Vós, encantando na Vossa pastagem celestial, e louvando-Vos por todo o sempre. Amen 2 a2 ) Ladainha 2 do Bom Pastor Senhor, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos. Jesus Cristo ouvi-nos. Pai do Céu, que sois Deus, tende piedade de nós Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós. Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós. Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. RESPOSTA: DEFENDEI, BOM PASTOR, O VOSSO REBANHO Pastor amante das almas, Pastor que dais a vida pela Vossa grei, Pastor para dais a vida pela minha vida. Pastor que depois de me terdes perdido me ganhastes, Pastor, que me reconduzis ao caminho, Pastor, que me carregastes aos ombros, Pastor sempre procurais guardar-me, Pastor, que me apascentais suavemente, Pastor, que me dais água pura quando tenho sede, Pastor, que sois o pastor e o pasto, Pastor, que me dais silvos amorosos, Pastor, em cujo báculo eu descanso, Pastor, que me procurais apesar de eu Vos ter ofendido, Pastor, que também sois um manso cordeiro, Pastor, peregrino do céu. Pastor, que levais a Vossa grei à glória, Pastor, que deixais noventa e nove ovelhas por minha causa, Pastor, que ides à frente como guia, Pastor divino em hábito humano, Pastor, a cuja voz os leões tremem, Pastor, por Quem vivo e por Quem morro, Pastor, que não perdeis uma única das Vossas ovelhas. Pastor, mais valente que David. Pastor, mais inocente que Abel. Pastor, mais amante que Jacob. Pastor, mais discreto que José Pastor, mais compassivo que Jonas. Pastor, mais vigilante que Amós. Pastor, mais sublimado que Isaac. Pastor, que não tendes semelhante, Pastor, o melhor dos pastores. Oremos Ó Deus, que sublimastes o mundo com a humildade do Vosso Filho, concedei perpétua alegria aos Vossos fiéis, para que cheguem às alegrias eternas aqules a quem livrastes da morte eterna. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amen 2 b) Dia das Vocações 2b1) Rosário das Vocações meditado Mistérios gososos Anunciação do Anjo O relato da ANUNCIAÇÃO foi escrito num género literário bíblico igual ao relato de uma vocação profética. É sempre Deus quem toma a iniciativa: “Foi um Anjo enviado por Deus”, diz o Evangelho. Ele é a fonte de todo o dom e carisma, nada temos em nós de bom que dele não tivéssemos recebido – diz Santo Agostinho - e, de modo particular, o dom da vocação. Tal como aos antigos profetas a quem o Senhor chamou que coloca em nós tais e tais palavras”. É Ele quem chama e coloca em nossos corações o sagrado fogo do Amor no qual nos faz participar. Ele bate à nossa porta para nos encher dos bens da sua casa e nos introduzir no seu celeiro. Importa saber escolher como Maria no seu Fiat. Visitação de nossa Senhora A VISITAÇÃO é um dos sinais preparatórios da vinda de Jesus. Para que o grande Sinal aparecesse, esta visita de Deus em Jesus Cristo, foi necessária uma preparação. Uma Virgem concebeu e deu à luz um Filho, anunciandoo o mesmo Anjo S. Gabriel, como prova, que uma estéril concebe o Precursor. Na nossa vocação há muitas vezes coisas destas. O grande sinal que é a entrega amorosa do discípulo ao Mestre é precedido por sinais menores que vão realizando e anunciando esta união definitiva de que a vida religiosa é sinal. Para a nossa vocação é preciso saber ler os sinais de Deus. Nascimento de Jesus É grande o mistério do NASCIMENTO: “O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós “. Ele incarnou e a humanidade pode retomar com vantagem o esplendor da Criação. Toda a vocação cristã manifesta a união da alma com Deus, é um canto de Amor que a Amada canta ao Amado. Na vocação religiosa, é essencial, como Maria, José, os Magos e os Pastores, acolher a Deus com alegria e adorá-Lo. Nesta união, fortificada pela contemplação, se encontra o sentido da vida religiosa. Apresentação do Menino Jesus no Templo e Purificação de nossa Senhora A PURIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO são ainda sinais do amor manifestado em Jesus, Maria, a toda pura e sem mancha, ceita cumprir a Lei de Moisés. A vocação não é uma coisa pessoal mas um bem para a Igreja, para a riqueza do Corpo de Cristo. Por isso temos de nos sujeitar à purificação que dos outros nos vem, mesmo nas nossas motivações, sujeitamo-nos ao julgamento da Igreja. Perda e encontro do Menino Jesus O caminho para o ENCONTRO COM JESUS é uma das fases da vocação,. Tal como a Amada do Cântico dos Cânticos, temos que buscar e perguntar: Onde estás? Buscar, aprofundar, “bater”, são fases pelas quais a vocação tem de passar para chegar ao seu amadurecimento. Com Maria e José aprendemos a procurar com vigor o rosto do Amado. Mistérios dolorosos Agonia de Jesus A AGONIA DE JESUS é o encontro orante e doloroso no qual a decisão é tomada: “Que se faça a Tua vontade”. Esta é a hora da decisão, cálice de angústia e de bênção e salvação. Há que entregar-se por ser ter a promessa: “Basta-te o meu apoio”; essa noite de decisão é de vigília e sofrimento mas o Anjo consolador, como a Cristo, não te faltará. Flagelação de Jesus Despiram-No e FLAGELARAM-NO Muito podemos tirar deste facto. Há nele a renúncia ao prazer, necessário para a fidelidade à vocação; há que escutar os Padres do Deserto que aconselhavam o jejum e a penitência, há que educar a vontade e prender o que custa obedecer, há que aprender a mansidão e a paciência d’Aquele que, como ovelha levada ao matadoiro, não abriu a boca. A vocação tem de deixar marcas no teu corpo. Ele deve ser templo para glória de Deus. Jesus é coroado de espinhos A COROAÇÃO DE ESPINHOS foi sinal de irrisão e motivo de troça ao Salvador, Nisto há algo que aprender. Na vocação religiosa há um grande inimigo a combater, o orgulho, e maior inimigo se torna quando se torna orgulho do intelecto. Ele é grande entrave para que em nós entrem a Graça e o critério evangélico. Das nossas certezas não deve ficar pedra sobre pedra, a não ser a pedra angular que é Cristo, no Qual reconstruímos a nossa vida. Jesus leva a cruz a caminho do Calvário “Quem quiser vir após Mim, PEGUE NA CRUZ e siga-Me”. A marca típica do cristão e sobretudo da vida religiosa é o seguimento de Cristo, “ seguir os seus passos”. Como diz S. Pedro. A vida religiosa como lembra o Concílio é seguimento da Cristo que nos convida a este caminho de abaixamento e glorificação que passa pela cruz. Jesus morre na cruz Em JESUS CRUCIFICADO se cumpre a Escritura: “Hão-de olhar para Aquele que trespassaram”. Em S. João é-nos dito acerca de Jesus na cruz: “Quando for elevado, atrairei todos a Mim”. A vida religiosa pauta-se, antes de mais, pela contemplação d’Aquele que deixou correr rios de água viva do Seu lado aberto na Cruz, Ele, o Senhor, dá o Espírito, a água e o sangue nos quais a Igreja encontra força e alimento. O religioso, contemplando o Mistério da Redenção e alimentando-se dele nos sacramentos, apressa a vinda gloriosa e definitiva do Salvador. Mistérios gloriosos Ressurreição de Jesus Baseada na RESSUREIÇÃO DE JESUS a vida religiosa é a busca da imagem viva do homem novo, imagem de Cristo, resplandecente na sua Ressurreição. O religioso acompanha a sua vida de sinais que manifestam este homem novo. Da tomada de hábito ao compromisso dos conselhos evangélicos é o homem novo que se vai construindo, ao mesmo tempo que se vai destruindo; o que é corruptível se vai desfazendo para que o nosso corpo mortal seja revestido de incorruptibilidade. Ascensão de Jesus Acerca da ASCENSÃO – diz a Escritura – que, subindo ao Céu, Cristo levou cativo o nosso9 cativeiro. Não há liberdade maior do que aquele que temos em Cristo. Esta função de anúncio do Reino de Deus que há-de vir pelo nosso estilo nosso estilo de vida tem a sua verificação na liberdade que temos em relação ao que a Verdade que seguimos nos dá a verdadeira liberdade. Pentecostes No PENTECOSTES os discípulos começaram a falar outras línguas e todos os que estavam em Jerusalém entenderam a Mensagem. A vida religiosa inspirada pelo Espírito Santo, tem a função de anunciar o Amor de Deus mesmo quando ele passa pela clausura e afastamento do mundo. Baseada nos concelhos evangélicos e na vida comunitária, ela anuncia, numa língua acessível a todos, o grande cântico de louvor que os vencedores cantavam ao Cordeiro. A vida religiosa é uma linguagem nova inspirada pelo Espírito para propagar o Evangelho da paz. Assunção de nossa Senhora Maria ASSUNTA AO CÉU é sinal da Igreja triunfante sem mancha nem ruga, mas santa e imaculada. Pela sua vocação especial à santidade o religioso levanta os seus olhos para Maria no Céu, n’Ela ele tem a certeza de vencer o antigo dragão. N’Ela há a certeza dos frutos da Vida Nova em Cristo na qual Ela já participa de modo eminente. Maria elevada ao Céu chama-nos a uma luta incessante contra o pecado e contra o mal, dá-nos a certeza de que, sofrendo com Cristo, reinaremos com Ele. Coroação de nossa Senhora Todo o cristão volta os seus olhos para Maria RAINHA. Coroada no Céu, Ela continua a sua função materna em favor dos discípulos de Seu Filho, Por isso, o religioso recorre, com especial carinho, Aquela que foi vaso de eleição de Deus. D’Ela obtemos todas as graças, Ela é modelo e âncora segura onde se assenta e fortifica a nossa vocação. Coroada no Céu, Ela é sinal de esperança e confiança para aquele que quer seguir os passos de Seu Filho e os d’Ela própria na sua peregrinação de fé. 2 b 2) Mistérios gososos vocacionais meditados Anunciação Ao contemplar a Anunciação com o convite do Anjo a nossa Senhora, podemos pensar e rezar por todos aqueles que são chamados, convidados por Deus para uma missão. Deus chama, convida, propõe, seduz. A obra da Redenção precisa da colaboração dos homens. Hoje, como há dois mil anos, Deus vai aos homens através do “sim” daqueles que são chamados. “Faça-se”, é a resposta de nossa Senhora. Não recusa o convite, não põe condições, não recua perante as dificuldades ou exigências. Maria é modelo para todos os que são chamados. Peçamos para todos a graça da fidelidade. E perguntemo-nos se Deus nos chama, nos interpela, nos convida para um maior serviço do Reino. Visitação O mistério da Visitação tem a tónica do serviço dos outros. Maria vai servir a sua parente Isabel. Vai partilhar com ela alegrias e dores, planos e esperanças. Vai estar presente até ao nascimento de S. João Baptista. Ambas comungam e partilham a alegria de Deus. Seguir o Senhor é estar disposto a ir ao encontro dos homens. Deus continua a chamar muitos para, como Maria, se dedicarem ao serviço dos outros. Ir ao encontro de quem sofre, dedicar a vida a partilhar alegrias e dores dos homens nossos irmãos. Levar Deus aos outros. Fazê-los partilhar a alegria de Deus. Tudo isto se passa no mistério da Visitação. Tudo isto Deus quer fazer no mundo através de pessoas que se dedicam com todo o seu ser à obra do Reino. E são necessários operários. Deus quer colaboradores. Nascimento de Jesus Jesus, o Verbo do Pai, nasce na pobreza e humildade do Presépio. É o Salvador, o Messias Senhor, como anunciam os Anjos aos Pastores. Vem para reunir e libertar o povo. Vai ser a luz que ilumina todo o homem. É de verdade o Príncipe da Paz. Natal é festa de fraternidade. Deus fez-Se Menino para nos cativar pela bondade e ternura. Mas Este Deus Menino, o Emanuel, ainda não é conhecido e amado por todos os homens. São precisos evangelizadores que falem dEle, que O dêem a conhecer. São precisos arautos e construtores da Paz do Presépio. São precisos colaboradores activos na construção do amor. Continuemos a pedir esses colaboradores para a obra da Santa Igreja. E perguntemo-nos se temos feito algo para que da nossa família ou paróquia saiam operários do Reino. Apresentação de Jesus no Templo Apresentar Jesus no Templo é símbolo misterioso da oferta de todos os que se querem entregar a Deus. O oferecimento que Maria e José fazem de Jesus é modelo da oferta que cada um de nós deve fazer de si mesmo a Deus. Se O colocamos em primeiro lugar na nossa vida , não faltará a generosidade para nos oferecermos ao Senhor e aos irmãos, oferta generosa, alegre, plena, sincera, sem reticências. “Aqui estou, Senhor”. “Eis-me aqui, enviai-me”. Oferecer-se a Deus para O servir e para servir os homens. E quando O encontrarmos de verdade como Simeão e a profetiza Ana O encontraram neste mistério da Apresentação, falar dEle a toda a gente. Não nos podemos calar. Os homens precisam de O conhecer, amar, servir. Queres colaborar nessa empresa? Deus conta contigo. Perda e encontro de Jesus no Templo A perda e encontro de Jesus pode colocar-nos noutra perspectiva vocacional. Há tantos filhos perdidos. É urgente procurá-los. Há tantos homens perdidos de Deus, do amor, da justiça, do bem. É necessário encontrá-los. Há tantos pais aflitos à busca dos filhos. É preciso ajudá-los. Trabalho imenso de serviço de Deus . Ajudar os homens a encontrar-se consigo próprios e a encontrarem-se com Deus. Buscar nos caminhos perdidos da vida, aqueles que se perderam de Deus. Empresa maravilhosa dos apóstolos de Jesus. Dedicar o seu tempo, a sua saúde, todo o seu ser, a trabalhar por levar os homens a Deus. Fazê-los encontrar-se com o Senhor. Há caminhos perdidos de ódio, violência, droga, materialismo, etc. Andar pelos caminhos do mundo, procurando os filhos perdidos. E fazê-los encontrar-se na Casa do Pai. 2 b 3) Mistérios gloriosos vocacionais meditados Ressurreição de Jesus Aquele que foi chamado, e corresponde à vocação, não é um morto, mas um vivo. Continua a ser um pecador, mas um pecador que sabe libertar-se do pecado e viver em caridade. Os consagrados, julgados pelo mundo como mortos, dão vida ao mundo. Supostos falhados, cantam jubilosamente as vitórias de Deus. Todo o mundo toma partido – ou a favor ou contra eles. O consagrado não é impecável, mas é modelo para todos os pecadores. Ascensão de Jesus Aquele que foi fiel à vocação, está no mundo, mas não é do mundo. Elevase constantemente à contemplação de Deus, ensina ao mundo Aquele a quem contemplou e repassa o mundo de Deus que é Verdade e Amor. Pentecostes Deus é poderoso para exceder o que possamos desejar ou pedir. Quem é fiel à vocação experimenta grandes coisas que o Espírito de Deus faz por seu intermédio. Assunção de nossa Senhora Nossa Senhora, porque foi sempre fiel à vocação, mereceu ser exaltada por Deus na alma e no corpo. Também todos os que correspondem à vocação de Deus tornam aceite diante de Deus não só a sua alma, como também o mundo que eles conseguiram consagrar. Coroação de nossa senhora Maria foi fiel à vocação, e alcançou a glória eterna. Também todos os consagrados fiéis merecem junto do Pai um lugar de predilecção. Tal como o espírito do mal tem particular interesse em perder o consagrado, assim o Espírito Santo tem especial zelo pela salvação eterna dos que prometeram pertencer-Lhe exclusivamente. 2b4) Mistérios da vocação Chamamento e escolha dos Apóstolos Depois Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis. E foram a ele. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demónios. Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; e Judas Iscariotes, que O entregou. (Mc 3, 13-19) Chamamento de André e de Simão Pedro No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos; e, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus. E Jesus, voltando-Se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? Ele disse-lhes: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com Ele aquele dia; e era já quase a hora décima. (Jo 1, 35-39) Chamamento do jovem rico E eis que, aproximando-se dele um jovem, Lhe disse: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E Ele disse-lhe: Por que Me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-Lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho. Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-Lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-Me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitos bens. (Mt 19, 16-22) Vocação de Maria No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’ Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: ‘Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim’. Maria perguntou ao anjo: ‘Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?’ O anjo respondeu: ‘O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível’. Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; façase em mim segundo a tua palavra!’ E o anjo retirou-se. (Lc 1, 26-38). Vocação eterna do Verbo de Deus, no seio da Trindade No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo. Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. (Jo 1, 1-14) 2 b 5) Mistérios do chamamento divino 1 - Junto do rio Jordão. S. João Baptista estava a pregar e a baptizar, quando vê aparecer o Messias. Reconheceu-O prontamente e logo O indicou à multidão: “Eis Aquele que tira os pecados do mundo”. Ouvindo isto, dois discípulos de S. João seguiram Jesus. Vendo que O seguiam, Jesus vira-Se para eles e pergunta: “A quem procurais? – Mestre, disseram eles, diz-nos onde moras. – Vinde ver. Eles foram e ficaram com Jesus o dia inteiro. O Evangelista anota que isto aconteceu às dezasseis horas. Passar uma tarde com Jesus vale mais que um dia inteiro, vale mais que a vida. Daqui se conclui que o primeiro convite de Jesus é o de estarmos com Ele, ser seus amigos: isto é que é importante. 2 – Um daqueles dois que seguiam nos passos de Jesus, chamava-se André. Ele tinha um irmão chamado Simão, e diz-lhe: “Encontrámos o Messias”, e levou-o a Jesus. Jesus, fitando os olhos nele, disse: “Simão, doravante vais-te chamar Pedro” (porque serás a pedra fundamental da Minha Igreja). E assim aconteceu. A vocação ou chamamento vem de Deus através de João Baptista, de André, de Pedro, da Igreja, de Deus, pelo Seu Espírito e pela Igreja, continua a chamar: vinde ver, vinde experimentar a doçura da amizade de Jesus. 3- Pedro e André, João e Tiago, eram já discípulos de Jesus, mas não a pleno tempo: só nos tempos livres, pois eram pescadores. Um dia, Jesus passou junto do mar da Galileia e disse-lhes: “Vinde após Mim, e sereis pescadores de homens”. E eles, tendo deixado tudo (os barcos, as redes, os pais, os empregados e os companheiros) seguiram definitivamente o Mestre. A estes juntaram-se outros pescadores e conhecidos. “Vós todos sereis meus amigos porque vos dei a conhecer os segredos do Reino do Meu Pai.” Ter vocação e segui-la (cada um na função a que é chamado) significa uma grande amizade, uma amizade especial da parte de Deus. 4 – Depois que Jesus escolheu os doze apóstolos, que representam as doze tribos de Israel, e mais os setenta discípulos que representam os juízes escolhidos por Moisés, enviou-os dois a dois, em Seu Nome, a anunciar a Boa Nova. Boa Nova, em Nome de Jesus, o Salvador! E por onde passavam faziam as obras de Jesus. Depois deste tirocínio, regressava, fatigados, mas alegres. A amizade gera dedicação, alegria e cooperação no bem. Cooperação! O Senhor cooperou com eles e eles com o Senhor. Deus quer salvar os homens através dos homens. Quer que estes sejam Seus cooperadores na Terra e, por isso, lhes chama mensageiros, suas testemunhas. 5 – Monte das Oliveiras, dia da Ascensão. Depois de ter abençoado os Seus discípulos, Jesus disse-lhes: “Ide por todo o mundo e ensinai todos os povos, baptizando-os em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito santo. Quem acreditar, será salvo. E eis que Eu estou convosco todos os dias até ao fim dos tempos”. 2 b 6) Terço vocacional (meditações sem mistérios) 1— A primeira vocação é o chamamento à vida, o convite a ser pessoa em plenitude. Depois veio o chamamento, o apelo e o dom a ser cristão comprometido, vivendo no meio do mundo a sublime vocação de baptizado. Entre os baptizados, Deus, no Seu Amor, chama, convida alguns e algumas a viverem a vocação matrimonial. Ninguém se pode ou deve casar se não sente um apelo à vida de matrimónio. Este é um sacramento e um caminho de santidade que exige preparação, ponderação, seriedade. Como compromisso para toda a vida, deve ser vivido com empenho, com fidelidade, com amor. É bela a vocação ao matrimónio. Rezemos por todos os casados e por suas famílias, a nossa Senhora, Mãe da Sagrada Família. 2 - Deus, no Seu plano de amor, chama também outros cristãos a assumirem a vocação sacerdotal e a receberem o sacramento da Ordem. O Espírito que chama e convida é o mesmo que depois unge e consagra. A Igreja e o mundo necessitam de mais sacerdotes, de ministros da palavra, da liturgia e da caridade pastoral. Peçamos a nossa Senhora, Mãe do Único e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo, que proteja e abençoe os sacerdotes e os seminaristas e conceda à Igreja mais obreiros, mais trabalhadores na Messe do Senhor. Que nunca falte aos sacerdotes o nosso apoio, ajuda e dedicada colaboração. 3 — Muitas pessoas, movidas por Deus, seduzidas pelo Seu Amor, decidem consagrar as suas vidas em pobreza, castidade e obediência. Como religiosos, fazem os três votos para estarem mais livres para amar e servir a Deus e aos homens. Ao fazerem oferta das suas vidas nas diversas Ordens, Congregações e Institutos, desejam seguir o carisma dos Fundadores e torná-los presentes, vivos no meio da Igreja e do mundo. Rezemos à Mãe dos Religiosos, por todos os que oferecem as suas vidas dum modo radical, sobretudo pelos religiosos missionários que sofrem e tantas vezes são perseguidos por amor de Cristo. 4 — Deus não cessa de dar à Igreja novos modos de vida, consoante as grandes necessidades dos tempos. Talvez por isso têm surgido pessoas consagradas em Institutos seculares. Vivem no meio do mundo, são fermento de Evangelho no seio da Igreja e da Humanidade. Vivendo a sua consagração, os seus votos, inseridos no mundo, querem viver uma secularidade consagrada que seja testemunho vivo do amor de Deus Pai. Peçamos a Nossa Senhora, consagrada a Deus na sua vida de leiga, que abençoe todos aqueles que vivem a sua consagração no mundo. 5 — Não podemos esquecer no nosso terço vocacional, os contemplativos, essas pessoas que na vida de clausura, no silêncio e no recolhimento, no trabalho humilde e na oração assídua, se dão a Deus e se imolam pelos homens. Os mosteiros dos contemplativos são verdadeiros oásis no meio do mundo tantas vezes longe de Deus e em deserto de amor e de oração. Peçamos a Nossa Senhora que desperte em muitos jovens o desejo de se consagrarem a Deus. Peçamos também que a vida religiosa e a vida contemplativa sejam mais estimuladas e amadas pelos cristãos. 3) Tríduo a S. José Operário 2º dia Jesus, o trabalhador Oração inicial Pai, nós Vos louvamos porque Vos revelastes como trabalhador, criando, conservando a criação, e chamando-nos para aperfeiçoá-la. O Vosso Filho Jesus também trabalhou com as Suas mãos, sentiu a resistência da matéria, o cansaço do corpo e o suor do rosto. Nós Vos agradecemos pelo trabalho que podemos fazer no campo e na cidade. Por ele ganhamos o pão para nós e para as nossas famílias. Olhai, ó Pai, para todos os que querem trabalhar e não podem. Olhai para os desempregados, para os doentes, para os idosos e para os marginalizados. Nunca nos deixeis esquecer que, pelo trabalho, ajudamos a construção do Vosso Reino, que já começa aqui na Terra e se completará com a vinda gloriosa do Senhor. Tudo isso Vos pedimos, ó Pai, que trabalhais desde toda a eternidade, por Vosso Filho e nosso Irmão trabalhador, na força do Espírito Santo. Amen. Reflexão Em Jesus o trabalho encontrou o seu modelo acabado. Vivendo como trabalhador braçal numa sociedade pobre e dependente, onde todos o eram, Jesus exprime, na Sua maneira de ser, a mentalidade de um trabalhador. Era conhecido como o “filho do carpinteiro” e andava na companhia de pescadores, entre os quais também um cambista, um economista, e outros. É S. João que, com mais insistência, apresenta Jesus como trabalhador. Ele refere-Se a toda a Sua obra com a um trabalho encomendado pelo Pai. Ouçamos alguns trechos do Evangelho de S. João: “As autoridades judaicas começaram a perseguir Jesus porque Ele tinha curado num sábado. Jesus, então, disse-lhes: ‘Meu Pai tem trabalhado até agora e Eu também trabalho. (…) Eu tenho um testemunho maior do que o de João: são as obras que o Pai Me concedeu realizar. As obras que Eu faço dão testemunho de Mim, mostrando que o Pai Me enviou” (Jo 5, 1617.36) Senhor, seja feita a Vossa Vontade S. João articula a obra de Jesus com sete festas… São ‘sinais’ do carácter festivo do trabalho. Há um ar de festa e liturgia em torno do trabalho de Jesus. Perpassa todos os actos e culmina todos os afazeres. Jesus age para a glorificação do Pai. Senhor, venha a nós o Vosso Reino “Quando chegou a plenitude dos tempos. Deus mandou o Seu Filho, nascido de uma mulher” (Gal 4, 4). Ao sentir completada a Sua obra, Ele assinou a Sua entrega total: “Tudo está consumado” (Jo 19, 28-30). O Pai aceitou o Seu trabalho e confirmou-o, dando-Lhe um Nome acima de todo o nome. Toda a língua confesse: Jesus é o Senhor Ao terminar a obra da criação, o Pai “descansou” no sétimo dia. Ressuscitando no primeiro dia da semana, Jesus fez da vitória sobre a morte a primeira obra da nova ordem. Antes de encerrar o ciclo do Seu fazer, Jesus ressuscitado dobra-Se mais uma vez à criatura, serve uma refeição aos dois discípulos de Emaús, na qual eles O reconheceram (lc 24, 30-31). E foi “no decurso de uma refeição com eles, que Ele lhes ordenou que aguardassem a promessa do Pai” (Act 1, 4). Coroando, como Pai, a Sua obra, Jesus, o Trabalhador, que venceu a morte, quis, até ao fim, realçar a ligação íntima entre o trabalho, a comida e a vida. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, Senhor Pai nosso, Ave Maria 30 DE ABRIL 1) 3º dia do tríduo de S. José Operário 2) Rezemos pelo Papa, por intercessão do Papa S. Pio V (1566-1572) (Memória Facultativa) Tríduo de S. José, Operário 3º dia S. José, exemplo de trabalhador Oração Inicial Lembrai-vos, ó S. José, esposo da Virgem Maria e modelo de trabalhador, que nunca se ouviu dizer que alguém tivesse recorrido à vossa protecção e não fosse por vós socorrido. Cheios de confiança, recorremos a vós neste dia, pedindo pelos trabalhadores, que sejam respeitados os seus direitos e trabalhem para a construção da Civilização do Amor. Amen. Palavra de Deus Mt 13, 54-58 Reflexão A encíclica Laborem Exercens, de João Paulo II, aponta pistas para uma espiritualidade do trabalho, apoiando-se na expressão “Evangelho do trabalho”, que relata a experiência de trabalho de Jesus. E diz-nos: “Esta verdade, segundo a qual o homem, mediante o trabalho, participa na obra do próprio Deus, seu Criador, foi particularmente posta em relevo por Jesus Cristo, aquele Jesus de Quem muitos dos Seus primeiros ouvintes em Nazaré ficavam admirados e exclamavam: “De onde lhe veio tudo isso? E que sabedoria é essa que lhe foi dada? (…) Porventura não é Este o carpinteiro?” Com efeito, Jesus não só proclamava , mas sobretudo punha em prática com as obras o “Evangelho” que Lhe tinha sido confiado, a palavra de sabedoria eterna. Por esta razão, tratava-se verdadeiramente do “evangelho do trabalho”, pois Aquele que o proclamava era Ele próprio Homem de trabalho, do trabalho artesanal como Jesus de Nazaré”. Se a experiência do trabalho é o ponto de partida do anúncio de Jesus, ela não é acidental nem visa apenas valorizar o trabalho. É algo muito mais profundo pois “a eloquência da vida de Cristo é inequívoca: Ele pertence ao mundo do trabalho”. Preces 1. Nós Vos damos graças, ó Deus, porque nos dais a graça de transformarmos o trabalho em fonte de bênção para o nosso próximo. Resposta: Bendito seja o Nome do Senhor 2. Nós Vos damos graças, ó Pai, porque pelo nosso trabalho podemos, a exemplo do Vosso Filho Jesus, ser Corpo dado e sangue derramado, alimento para a vida dos nossos irmãos e irmãs. 3. Nós Vos damos graças, ó Pai, porque pelo trabalho nos dais o dom da festa, onde a vida se faz querida e saboreada, onde a vida é partilhada, onde a sociedade se renova, onde é usufruída a liberdade do canto, da dança, da alegria, da celebração. 4. Nós Vos damos graças, ó Pai, pela presença de S. José na História da Salvação, sendo modelo de trabalhador para todos nós. Oração final S. José, vós fostes a árvore abençoada por Deus, não para dar frutos, mas para dar sombra: a) sombra protectora de Maria, vossa esposa b) sombra de Jesus, que vos chamou de pai e ao Qual vós vos entregastes totalmente. A vossa vida, feita de trabalho e de silêncio, ensina-me a ser eficaz em todas as situações. Ensina-me, acima de tudo, a esperar na obscuridade firme na fé. Sete dores e sete alegrias resumem a vossa existência : foram as alegrias de Jesus e de Maria, expressão da vossa dedicação sem limites. Que o vosso exemplo me acompanhe em todos os momentos: a) florescer a Vontade do Pai me colocou b) saber esperar, entregar-me sem reservas até que a tristeza e a alegria dos outros sejam a minha própria tristeza e a minha própria alegria. Amen