Ouvi-nos, Senhor

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25 DE ABRIL
6º dia da novena de Santa Catarina de Sena
O Pai Eterno fala a Catarina sobre a caridade:
É como um vaso que tu vais encher na fonte. Se tu o tiras da fonte para
beber, o vazo fica logo vazio. Mas se segurares o vazo na fonte enquanto
bebes, ele não vai ficar vazia. Na verdade, estará sempre cheio. Na
verdade, o amor do teu vizinho está destinado a ser bebido em Mim, sem
qualquer interesse próprio.
Peço-te que Me ames com o mesmo amor com que Eu te amo. Mas, por
Mim tu não podes fazer isso, porque Eu te amei sem ser amado. Qualquer
que seja o amor que tens por Mim tu deves-Me, assim ama-Me, não
gratuitamente, mas por dever, enquanto Eu te amo não por dever, mas
gratuitamente. Então tu não podes dar-Me o tipo de amor que Eu te peço.
É por isso que Eu te pus entre os teus vizinhos, para que possas fazer por
eles o que não podes fazer por Mim - que é, amá-los sem qualquer
preocupação com agradecimentos e sem olhar para qualquer lucro para si
mesmo. E o que fazes para eles eu considero feito a Mim.
Portanto, o teu amor deve ser sincero: Tu deves amar os teus vizinhos
com o mesmo amor com que tu Me amas. Sabes como lhes podes dizer
quando o seu amor espiritual não é perfeito? Se estás angustiada quando
parece que aqueles que amas não estão a devolver o teu amor e não te
amam tanto quanto achas que tu os amas. Ou se estás angustiada quando
parece que estás a ser privada da sua companhia ou conforto ou que eles
amam outra pessoa mais do que a ti.
A partir destas e de muitas outras coisas tu deves ser capaz de dizer se o
teu amor por Mim e pelos teus vizinhos ainda é imperfeito e que tens
bebido do teu vazo fora da fonte, mesmo que teu amor tenha sido
elaborado a partir de Mim. Mas é porque o teu amor por Mim é
imperfeito que tu o mostras de modo tão imperfeito àqueles que amas
com um amor espiritual.
26 DE ABRIL
1) 7º dia da novena de Santa Catarina de Sena
2)Rezemos pelo Papa, por intercessão do Papa S. Anacleto (ou Cleto)
(76-88)
3) Ano de 2015 – Domingo do Bom Pastor
Novena de Santa Catarina de Sena
De uma carta de Santa Catarina a Giovanna dei Pazzi
... Tu virás a conhecer a Verdade Eterna, amando-A. E o único sinal que
podemos dar do nosso amor é amar a todos na caridade e a sofrer com
verdadeira e real paciência mesmo até à morte. Não devemos querer ter
tempos e lugares para o nosso próprio gosto, mas no caminho de Deus - e
Deus não procura nem quer nada, mas que sejamos santos.
Então ... eu quero que entendas, minha filha, que tudo o que Deus
concede ou permite nesta vida, Ele fá-lo ou porque precisamos disso ou
para nossa salvação ou para o nosso progresso na perfeição. Devemos,
portanto, suportá-lo com humildade e pacientemente. Devemos aceitá-lo
com reverência, abrindo a nossa mente para considerar a grande caridade
e amor ardente com que Deus no-lo dá. Quando percebermos que Ele não
o dá mas por amor, aceitá-lo-emos em amor.
Esta virtude da paciência é tão essencial para nós que temos de conseguila se não quisermos perder o fruto do nosso trabalho. ... Onde devemos
procurá-la? Em Cristo crucificado. Porque a Sua paciência foi tanta que
nunca se ouviu nenhum grito de reclamação da Sua parte. Os judeus
gritaram: "Crucifica-o!" E ele gritou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem
o que fazem"
... Do Seu sangue tem sido feita uma bebida para aqueles que querem, e
comida do Seu Corpo. Pois não há maneira que o nosso apetite seja
satisfeito, não há maneira que a nossa fome e sede sejam aliviadas,
excepto com o Seu Sangue. Mesmo que tivéssemos todo o mundo, não
poderíamos estar satisfeitos, porque as coisas do mundo são menos do
que nós somos, e não podemos estar satisfeitos com nada menos do que
nós somos. Somente o Sangue pode satisfazer a nossa fome, porque o
Sangue foi misturado e amassado com a Divindade Eterna, uma natureza
infinitamente maior do que nós. Portanto, não podemos satisfazer o nosso
desejo - com o fogo da caridade, uma vez que foi por amor que o Sangue
foi derramado!
Carta 87 a partir de Vol. II
27 DE ABRIL
8º dia da novena de Santa Catarina de Sena
O Pai Eterno fala a Catarina:
Disse-vos como as lágrimas brotaram do coração: O coração apanha-as do
seu desejo ardente e estende-as para os olhos. Assim como a madeira
verde, quando é colocada no fogo, chora lágrimas de água no calor,
porque ainda é verde (pois se fosse seca não choraria), assim o coração
chora quando é novamente feito verde pela renovação da graça, após a
dessecação secura do egoísmo foi retirada da alma. Assim são o fogo e as
lágrimas que se fazem um no desejo ardente. E porque o desejo não tem
fim, não pode ser satisfeito nesta vida. Pelo contrário, quanto mais se
ama, menos se parece amar. Assim, o amor exerce um desejo santo, e
com esse desejo os olhos choram.
Mas uma vez que a alma se separou do corpo e Me atingiu, o seu
objectivo final, por causa disso ela não desiste do seu desejo, de modo a
não mais Me desejar e a caridade dos seus vizinhos. Porque a caridade
entrou nela como uma grande senhora, levando com ela o fruto de todas
as outras virtudes. Foi o sofrimento que acabou, porque se ela anseia por
Mim agora ela possui-Me, na verdade, sem qualquer receio de poder
perder o que ela tem desejado há tanto tempo. É assim que ela alimenta a
chama, porque quanto mais ela tem fome mais ela se enche, e quanto
mais ela é saciada, mais ela tem fome. Assim, o teu desejo é uma coisa
infinita. Se não fosse, Eu poderia ser servido por qualquer coisa finita,
nenhuma virtude teria valor ou vida. Pois Eu, que sou Deus infinito, quero
que Me sirvas com o que é infinito, e tu não tens nada, exceto o amor e o
desejo infinito da tua alma.
“Diálogo” de Santa Catarina de Siena - Capítulo 92
28 DE ABRIL
1) Dia de S. Luís Maria Grignion de Montfort
1 a) Método para rezar com fruto o Santo Rosário, segundo S. Luís Maria
Grignion de Montfort
1 b) Ladainha de S. Luís Maria Grignion de Montfort
2) 9º (e último) dia da novena de Santa Catarina de Sena
3) 1º dia do tríduo de S. José Operário
4) Ano de 2019 – II Domingo da Páscoa (ou Domingo da Misericórdia)
1) Dia de S. Luís Maria Grignion de Montfort
1 a) Método para rezar com fruto o Santo Rosário, segundo São Luís
Maria Grignion de Montfort:
Oferecimento do Terço:
Uno-me a todos os santos que estão no Céu, a todos os justos que estão
sobre a Terra, a todas as almas fiéis que estão neste lugar. Uno-me a Vós,
meu Jesus, para louvar dignamente Vossa Santa Mãe, e louvar-Vos a Vós,
nela e por Ela. Renuncio a todas as distrações que me vierem durante este
Rosário, que quero recitar com modéstia, atenção e devoção, como se
fosse o último da minha vida.
Nós Vos oferecemos, Trindade Santíssima, este Credo, para honrar todos
os mistérios todos da nossa Fé; este Pai nosso e estas três Ave-Marias,
para honrar a unidade da Vossa essência e a Trindade das Vossas Pessoas.
Pedimo-Vos uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente.
Assim seja.
Rezar o Credo, o Pai-nosso, três Ave-Marias e o Glória.
Mistérios Gozosos
1º Mistério - anunciação
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a
vossa Encarnação no seio de Maria; e vos pedimos, por esse mistério, e
por Sua intercessão uma profunda humildade. Assim seja.
No final: Graças do mistério da Encarnação, descei em nossas almas.
Assim seja.
2º Mistério – visitação
Nos Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da
visitação de Vossa Santa Mãe à Sua prima santa Isabel e da santificação de
São João Batista; e Vos pedimos, por esse mistério e pela intercessão de
Vossa Mãe Santíssima, a caridade para com o nosso próximo. Assim seja.
No final: Graças do mistério da visitação, descei em nossas almas. Assim
seja.
3º Mistério – nascimento de Jesus
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra do
Vosso nascimento no estábulo de Belém; e Vos pedimos, por este mistério
e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desapego dos bens terrenos
e ao amor à pobreza. Assim seja.
No final: Graças do mistério do nascimento de Jesus, descei em nossas
almas. Assim seja.
4º Mistério – apresentação de Jesus e purificação de nossa Senhora
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra da Vossa
apresentação ao templo, e da purificação de Maria; e Vos pedimos, por
este mistério e pela Sua intercessão, uma grande pureza de corpo e de
alma. Assim seja.
No final: Graças do mistério da purificação descei em nossas almas. Assim
seja.
5º Mistério – perda e encontro no Templo
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra do
Vosso reencontro por Maria; e Vos pedimos, por este mistério; e por Sua
intercessão, a verdadeira sabedoria.
Ao final: Graças do mistério do reencontro de Jesus, descei em nossas
almas. Assim seja.
Mistérios Luminosos
1º Mistério – baptismo de Jesus
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a
Vosso Batismo no rio Jordão; e Vos pedimos, por esse mistério, e pela
intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de ser cheio e conduzido
pelo Vosso Espírito Santo. Assim seja.
No final: Graças do mistério do batismo de Jesus, descei em nossas almas.
Assim seja.
2º Mistério – bodas de Caná
Nos vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da
Vossa manifestação nas bodas de Caná; e Vos pedimos, por esse mistério
e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, que nunca falte a Vossa graça
em nossas famílias. Assim seja.
No final: Graças do mistério das bodas de Caná, descei em nossas almas.
Assim seja.
3º Mistério – Anúncio do Reino de Deus
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra ao
anúncio do Reino de Deus e o convite à conversão; e Vos pedimos, por
este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a Graça de viver
e anunciar o Evangelho. Assim seja.
Ao final: Graças do mistério do anúncio do Reino de Deus, descei em
nossas almas. Assim seja.
4º Mistério – Transfiguração
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra da Vossa
transfiguração no monte Tabor; e Vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de sermos configurados a
vossa Divina humanidade. Assim seja.
Ao final: Graças do mistério da transfiguração, descei em nossas almas.
Assim seja.
5º Mistério – instituição da Eucaristia
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra da
instituição da Eucaristia; e Vos pedimos, por este mistério; e pela
intercessão da Vossa Mãe Santíssima, um coração adorador.
No final: Graças do mistério da instituição da Eucaristia, descei em nossas
almas. Assim seja.
Mistérios Dolorosos
1º Mistério – Agonia de Jesus
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra da
Vossa agonia mortal no Jardim das Oliveiras; e Vos pedimos, por este
mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição dos
nossos pecados. Assim seja.
No final: Graças do mistério da agonia de Jesus, descei em nossas almas.
Assim seja.
2º Mistério – Flagelação
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da
Vossa sangrenta flagelação; e Vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão da Vossa Mãe santíssima, a mortificação dos nossos sentidos.
Assim seja.
No final: Graças do mistério da flagelação de Jesus, descei em nossas
almas. Assim seja.
3º Mistério – Coroação de espinhos
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra da
Vossa coroação de espinhos; e Vos pedimos por este mistério e pela
intercessão da Vossa Mãe Santíssima, o desprezo do mundo. Assim seja.
No final: Graças do mistério da coroação de espinhos, descei em nossas
almas. Assim seja.
4º Mistério – A caminho do Calvário
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra do
carregamento da Cruz; e Vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão da Vossa Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas
cruzes. Assim seja.
No final: Graças do mistério do carregamento da cruz, descei em nossas
almas. Assim seja.
5º Mistério – Morte de Jesus
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra da
Vossa crucificação e morte ignominiosa sobre o Calvário; e Vos pedimos
por este mistério e pela intercessão da Vossa Mãe Santíssima, a conversão
dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das almas do
purgatório. Assim seja.
No final: Graças do mistério da crucificação de Jesus descei em nossas
almas. Assim seja.
Mistérios Gloriosos
1º Mistério – Ressurreição
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra da
Vossa Ressurreição gloriosa; e Vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão da Vossa Mãe Santíssima, o amor a Deus e o fervor no Vosso
serviço. Assim seja.
No final: Graças do mistério da ressurreição, descei em nossas almas.
Assim seja.
2º Mistério – Ascensão
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da
Vossa triunfante Ascensão; e Vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão da Vossa Mãe Santíssima, um ardente desejo do Céu, nossa
cara pátria. Assim seja.
Ao final: Graças do mistério da Ascensão descei, em nossas almas. Assim
seja.
3º Mistério – Pentecostes
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra do
mistério de Pentecostes; e Vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão da Vossa Mãe Santíssima, a descida do Espírito Santo em
nossas almas. Assim seja.
Ao final: Graças do mistério de Pentecostes, descei em nossas almas.
Assim seja.
4º Mistério – Assunção de nossa Senhora
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra da
Ressurreição e triunfal Assunção da Vossa Mãe ao céu; e Vos pedimos, por
este mistério e pela Sua intercessão, uma terna devoção a tão boa mãe.
Assim seja.
Ao final: Graças do mistério da Assunção, descei em nossas almas. Assim
seja.
5º Mistério – Coroação de nossa Senhora
Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra da
coroação gloriosa da Vossa Mãe Santíssima no Céu; e Vos pedimos, por
este mistério e pela Sua intercessão, a perseverança na graça e a coroa da
glória. Assim seja.
Ao final: Graças do mistério da coroação gloriosa de Maria, descei em
nossas almas. Assim seja.
Saudação Final
Eu Vos saúdo, Maria, Filha bem-amada do eterno Pai, Mãe admirável do
Filho, Esposa muito fiel do Espírito Santo, templo augusto da Santíssima
Trindade; eu Vos saúdo soberana Princesa, a quem tudo está submisso no
céu e na terra; eu Vos saúdo, seguro refúgio dos pecadores, nossa
Senhora da Misericórdia, que jamais repelistes pessoa alguma. Pecador
que sou, prostro-me aos Vossos pés, e Vos peço que me obtenhais de
Jesus, Vosso amado Filho, a contrição e o perdão de todos os meus
pecados, e a divina sabedoria. Eu me consagro todo a Vós, com tudo o que
possuo. Eu Vos tomo, hoje, por minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois,
como o ultimo dos vossos filhos e o mais obediente dos Vossos escravos.
Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros de um coração que deseja
amar-Vos e servi-Vos fielmente. Que ninguém diga que, entre todos que a
Vós recorreram, seja eu o primeiro desamparado. Ó minha esperança, ó
minha vida, ó minha fiel e imaculada Virgem Maria defendei-me, nutri-me,
escutai-me, instruí-me, salvai-me. Assim seja. Em Nome do Pai, (+) do
Filho e do Espírito Santo. Amen.
1 b) Ladainha de S. Luís Maria Grignion de Montfort
Senhor, tende misericórdia de nós,
Jesus Cristo, tende misericórdia de nós,
Senhor, tende misericórdia de nós,
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
RESPOSTA: TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS
Pai do Céu, que sois Deus
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
Espírito Santo, que sois Deus,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
RESPOSTA: ROGAI POR NÓS
Santa Maria,
S. Luís Maria de Montfort,
Discípulo fiel de Jesus Cristo, a Sabedoria Encarnada,
Coração dócil ao Espírito Santo,
Ministro fervoroso da Eucaristia,
Amante apaixonado da cruz,
Escravo de amor de Jesus em Maria,
Devoto de S. Miguel e dos Santos Anjos,
Figura de uma eminente santidade,
Maravilha de pobreza e de abandono à Providência,
Anjo de inocência e de pureza,
Retrato de perfeita obediência,
Homem de retiro e de oração,
Prodígio de mortificação,
Exemplo de obediência e de caridade,
Valente atleta da glória de Deus e da salvação das almas,
Semeador infatigável da Palavra de Deus,
Cantor da doutrina cristã,
Renovador da piedade eucarística,
Propagador do culto do Sagrado Coração,
Pregador insigne da cruz e do rosário,
Apóstolo e profeta do reino de Jesus por Maria,
Doutor da perfeita devoção à Santíssima Virgem,
Defensor intrépido da integridade da fé,
Filho devotíssimo da Igreja e do seu chefe,
Admirável angariador de almas,
Formador das elites pelas associações piedosas,
Formador de leigos ao serviço da Igreja,
Educador cristão da juventude,
Pai dos pobres,
Socorro dos doentes,
Auxiliar das almas do Purgatório,
Guia do verdadeiro peregrino,
Restaurador dos templos do Senhor,
Fundador de congregações religiosas,
Modelo do sacerdote e do missionário,
Alma toda consumida apenas por Deus,
Intercessor poderoso junto de Jesus e de Maria,
RESPOSTA: S. LUÍS MARIA DE MONTFORT
Obtende-nos o espírito de fé,
Obtende-nos o espírito de oração,
Obtende-nos o sentido da cruz,
Obtende-nos a vossa verdadeira devoção a Maria,
Obtende-nos o vosso amor pela Igreja,
Obtende-nos a vossa coragem nas provas,
Obtende-nos o vosso espírito missionário,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós
Senhor
V. Rogai por nós, S. Luís Maria de Montfort
R- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos
Ó Deus, que fizestes de S. Luís Maria um pregador eminente do reino do
Vosso Único Filho, e por ele suscitastes na Vossa Igreja uma dupla família
religiosa: dignai-Vos conceder, segundo o seu ensino e a seu exemplo, a
graça de servir para sempre sob o jugo suave da Bem-Aventurada Virgem
Mãe Este mesmo Filho bem-amado que vive e reina conVosco na unidade
do Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amen.
Ou
Senhor, Vós que abrasastes o coração de S. Luís Maria com o desejo
ardente de pregar ao povo o Evangelho do Vosso Filho, permiti que, pela
sua oração, sob a direcção de Maria, sejamos dóceis ao Vosso Espírito e
nos tornemos apóstolos infatigáveis do Vosso Reino, atentos ao apelo dos
pobres no serviço fraterno. Por Cristo nosso Senhor que conVosco vive e
reina na unidade do Espírito Santo. Amen
2) Novena de Santa Catarina de Sena
De uma carta de Santa Catarina para Frate Tommaso dalla Fonte
Meu caro Padre, imploro-vos que cumprais o meu desejo de vos ver unido
a Deus e nEle transformado. Mas isto é impossível, a menos que sejamos
um com a Sua Vontade. Oh doce eterno, ter-nos ensinado como descobrir
a Vossa Santa Vontade! Se fôssemos perguntar àquele jovem amoroso e
gentil e Pai misericordioso, Ele responder-nos-ia assim : "Queridos filhos,
se vós descobrisseis e experimentasseis os efeitos da Minha vontade, ela
mora dentro da célula da vossa alma". Esta célula é um poço no qual
existe terra, bem como água. Na terra podemos reconhecer a nossa
própria pobreza: vemos que não somos - pois não somos. Vemos que o
nosso ser é de Deus. Oh caridade ardente e inefável! A seguir vejo que
assim como descobrimos a terra chegamos à água viva, a essência do
conhecimento da vontade do verdadeiro e gentil Deus, que deseja nada
mais que sejamos santificados. Por isso, entremos nas profundezas desse
bem - porque se moramos lá, vamos, necessariamente, viremos
necessariamente a conhecer tanto a nossa bondade como a bondade de
Deus. Ao reconhecer que não somos nada, nós humilhamos-nos. E, ao
humilharmo-nos entramos naquelas chamas, de coração consumido,
aberto como uma janela sem persianas, para nunca mais ser fechada.
Como vamos focamos ali o olho do livre arbítrio que Deus nos deu, nós
vemos e sabemos que a Sua Vontade Se tornou nada mais do que a nossa
santificação.
Amor, doce amor! Abri, abri-nos a nossa memória, para que possamos
receber, segurar com firmeza, e entender grande Bondade de Deus!
Porque assim como compreendemos, assim amamos, e quando amamos,
encontramo-nos unidos com o amor e transformados em amor, nesta
mãe caridade, tendo passado e estando ainda a passar pelo portão que é
Cristo crucificado.
Ele disse isso aos Seus discípulos: "Eu virei, e farei a minha morada em
vós." Este é o meu desejo: ver-vos na residência, nesta transformação. A
minha alma anseia por isto - especialmente para vós e também para toda
a gente. Peço-vos: sede pregado rápidamente na cruz.
Carta 41 - cartas de Santa Catarina de Siena
2) Tríduo de S. José Operário
1º dia
A vocação do homem para o trabalho
Oração inicial
Senhor! Ensinai-me a ser generoso, a dar sem calcular, a trabalhar sem me
importar com a recompensa, a entregar-me aos outros sem esperar o seu
“muito obrigado”, a servir sempre os meus irmãos, a fazer a caridade do
sorriso, quando não tiver outra coisa para dar, a doar-me em tudo e cada
vez mais àqueles que precisarem de mim, a só esperar a minha
recompensa em Vós, e mesmo que esta não existisse, a fazer tudo isso
simplesmente porque é essa a Vossa Vontade.
Palavra de Deus
Génesis 1, 27-31
Salmo de meditação (Salmo 115)
Refrão: Que poderei retribuir ao Senhor, por tudo aquilo que Ele me deu?
Reflexão
O trabalho divino na obra da criação é compreendido pelos salmistas e
pelos profetas – especialmente Isaías e Jeremias – e nos livros sapienciais
como criação da História, mais do que da natureza. O povo de Israel fez a
experiência de Deus como Deus da sua História. Depois descobriu que Ele
é também o Criador da natureza. Assim a vocação do Universo criado
apresenta a firmeza das montanhas, a regularidade dos fenómenos e a
potência dos elementos como sinais da fidelidade de Deus – o
Deus”presente” – ao seu povo: “Eu porei a Minha Lei no seu seio e a
escreverei no seu coração. Assim falou Deus, Ele que estabelece o Sol para
iluminar o dia e ordena à Lua e às estrelas que iluminem a noite, que agita
o mar e as suas ondas rugem. Quando estas leis falharem… então a raça
de Israel deixará também de ser uma nação diante de Mim para sempre”.
Colaborar com Deus, pelo trabalho, na transformação da terra, é ser, com
Deus, co-autor do destino humano. A obra da História humana, vista à luz
da fé, é resultado de duas mãos: a de Deus e a o homem”.
Preces
Rezemos pelos migrantes espoliados das suas terras e sem emprego nas
cidades
Ouvi-nos, Senhor
Rezemos pelos desempregados e subempregados. Talvez entre os nossos
parentes e amigos, membros da nossa comunidade.
Ouvi-nos, Senhor
Rezemos pelos trabalhadores que sofrem por causa da jornada de
trabalho.
Ouvi-nos, Senhor
Rezemos por todos os trabalhadores em conflito com os seus patrões por
maior justiça no trabalho, por justos salários, por carteiras assinadas e
condições dignas de trabalho.
Ouvi-nos, Senhor
Rezemos por todas aquelas pessoas que não querem trabalhar, preferindo
viver na ociosidade e no roubo
Ouvi-nos, Senhor
29 DE ABRIL
1) Dia de Santa Catarina de Sena
1 a) Ladainha 1 de Santa Catarina de Sena
1 b) Ladainha 2 de Santa Catarina de Sena
2) IV Domingo Pascal 2012
2 a) Domingo do Bom Pastor
2a1) Ladainha 1 do Bom Pastor
2a2) Ladainha 2 do Bom Pastor
2 b) Dia das Vocações
2b1 ) Rosário das vocações meditado
2b2) Mistérios gososos vocacionais meditados
2b3) Mistérios gloriosos vocacionais meditados
2b4) Mistérios da vocação
2b5) Mistérios do chamamento divino
2b6) Terço vocacional (meditações sem mistérios)
3) 2º dia do tríduo de S. José Operário
1) Dia de Santa Catarina de Sena
1 a) Ladainha 1 de Santa Catarina de Sena
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos
RESPOSTA: TENDE PIEDADE DE NÓS
Pai do céu, que sois Deus,
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus
Espírito Santo, que sois Deus,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus.
RESPOSTA: ROGAI POR NÓS
Santa Maria,
Santa Catarina de Sena,
Cara filha de Deus,
Filha privilegiada de Maria
Digna filha de S. Domingos,
Flor de inocência,
Fruto precoce das virtudes,
Imagem de simplicidade,
Perfeito modelo de humildade,
Tesouro de pureza,
Anjo de doçura,
Defesa da fé,
Escudo de esperança,
Incêndio de amor,
Virgem admirável,
Esposa de Cristo,
Vós, que sois a esposa e o amor do Senhor Jesus Cristo,
Vós, que fostes privada do vosso coração,
Vós que recebestes o Coração de Jesus,
Vós que sois émula dos maiores penitentes,
Vós que sentistes um vivíssimo amor pela cruz de Jesus,
Vós que sempre andastes na presença de Deus seguindo o caminho da
perfeição,
Vós cuja alma foi inteiramente desligada das coisas terrenas e dos
sentidos,
Vós que fostes frequentemente arrebatada em Deus,
Vós que sempre saboreastes o maná da oração,
Virgem ilustre do mais perfeito recolhimento,
Vós que estivestes inviolavelmente ligada a Deus por uma estreita união,
Vós que fostes transformada em Cristo,
Virgem enriquecida com o dom da profecia,
Caçadora mística das almas que querieis ganhar para Deus,
Medianeira poderosa das almas endurecidas no mal
Auxiliadora dos pecadores,
Apoio das almas fiéis,
Pomba da graça,
Anjo pacificador dos povos,
Coluna brilhante da Igreja,
Conselho dos pontífices,
Terror da heresia,
Glória da Igreja,
Glória da Terceira Ordem de S. Domingos,
Modelo da perfeita obediência
Modelo de invencível paciência,
Virgem que suspirais pelo Céu,
Virgem rica de graça e de virtudes,
Virgem coroada de perseverança,
Virgem que gozais no Céu do abraço eterno do Vosso Esposo
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. Senhor, ouvi a minha oração
R. E que os meus votos cheguem até Vós
Oremos
Fazei, Deus Todo Poderoso, que celebrando o nascimento para o Céu da
bem-aventurada Catarina, Vosso virgem, saboreemos a alegria desta
solenidade anual e nos aproveitemos do exemplo de uma tão grande
virtude. Por Cristo nosso Senhor que conVosco vive e reina na unidade do
Espírito Santo. Amen.
1 b) Ladainha 2 de Santa Catarina de Sena
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, ouvi-nos Cristo, ouvi-nos
RESPOSTA: TENDE PIEDADE DE NÓS
Pai do Céu, que sois Deus, tende piedade de nós
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós
Santa Trindade, que sois um só Deus tende piedade de nós
RESPOSTA: ROGAI POR NÓS
Santa Maria, Nossa Mãe,
Santo Domingo, glorioso Patriarca,
Santa Catarina de Sena,
Santa Catarina, benévola mãe dos pobres,
Santa Catarina, doce mãe dos que sofrem,
Santa Catarina, misericordiosa mãe dos enfermos,
Santa Catarina, refúgio dos que sofrem,
Santa Catarina, intercessora dos pecadores,
Santa Catarina, rosa de paciência,
Santa Catarina, modelo de humildade,
Santa Catarina, modelo de castidade,
Santa Catarina, recipiente de graças,
Santa Catarina, ardente promotora da Honra de Deus,
Santa Catarina, espelho de santidade
Santa Catarina, exemplo de clemencia,
Santa Catarina, Glória da Ordem de Predicadores,
Santa Catarina, fecunda mãe espiritual,
Santa Catarina, promotora da paz,
Santa Catarina, discípula de Jesus,
Santa Catarina, serva,
Santa Catarina, bendita com vossas santas chagas,
Santa Catarina, recompensada amplamente por vossos esforços e méritos,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo perdoai-nos, Senhor
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós,
Senhor
V.Rogai por nós, gloriosa virgem, Santa Catarina,
R. Para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
2 ) IV Domingo Pascal 2012
2 a ) Domingo do Bom Pastor
2 a 1) Ladainha 1 do Bom Pastor
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, ouvi-nos
Jesus Cristo, atendei-nos
Deus, Pai do Cordeiro, tende piedade de nós
Deus Filho, Cordeiro do Sacrifício, tende piedade de nós
Deus, Espírito Santo, Vida do Cordeiro, tende piedade de nós
RESPOSTAS SEMPRE DIFERENTES
Ó Bom Jesus, Pastor dos justos, ouvi-nos
Vigilante Procurador da ovelha perdida, guiai-nos
Fervorosa Esperança da ovelha caída, guiai-nos
Vós que reunis constantemente o rebanho disperso, guiai-nos
Ó Bom Pastor, ouvi o vosso rebanho
Abrigo puríssimo do coração ansioso, alimentai-nos
Festa perpétua da alma esfomeada, alimentai-nos
Pão Duradouro da Vida Perfeita, alimentai-nos
Ó Bom Pastor, ouvi o Vosso rebanho
Domador paciente das vontades rebeldes, tosquiai-nos
Professor leal de toda a espécie de ordens, tosquiai-nos
Terno purificador de toda a mancha de pecado, tosquiai-nos
Ó Bom Pastor, ouvi o Vosso rebanho,
Das iscas dos falsos pastores que se escondem sob a Vossa aparência,
protegei-nos
Das miragens dos campos mais ricos, que conquistam as nossas mentes,
protegei-nos
Das doenças da alma, que nos separam do Vosso rebanho, protegei-nos
Oremos
Ó Bom Pastor, simultaneamente Guarda e Cordeiro, que conheceis bem
todo o rebanho que conduzis, guiai-nos, alimentai-nos, tosquiai-nos,
ordenai-nos que vamos pata junto de Vós, encantando na Vossa pastagem
celestial, e louvando-Vos por todo o sempre. Amen
2 a2 ) Ladainha 2 do Bom Pastor
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Pai do Céu, que sois Deus, tende piedade de nós
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
RESPOSTA: DEFENDEI, BOM PASTOR, O VOSSO REBANHO
Pastor amante das almas,
Pastor que dais a vida pela Vossa grei,
Pastor para dais a vida pela minha vida.
Pastor que depois de me terdes perdido me ganhastes,
Pastor, que me reconduzis ao caminho,
Pastor, que me carregastes aos ombros,
Pastor sempre procurais guardar-me,
Pastor, que me apascentais suavemente,
Pastor, que me dais água pura quando tenho sede,
Pastor, que sois o pastor e o pasto,
Pastor, que me dais silvos amorosos,
Pastor, em cujo báculo eu descanso,
Pastor, que me procurais apesar de eu Vos ter ofendido,
Pastor, que também sois um manso cordeiro,
Pastor, peregrino do céu.
Pastor, que levais a Vossa grei à glória,
Pastor, que deixais noventa e nove ovelhas por minha causa,
Pastor, que ides à frente como guia,
Pastor divino em hábito humano,
Pastor, a cuja voz os leões tremem,
Pastor, por Quem vivo e por Quem morro,
Pastor, que não perdeis uma única das Vossas ovelhas.
Pastor, mais valente que David.
Pastor, mais inocente que Abel.
Pastor, mais amante que Jacob.
Pastor, mais discreto que José
Pastor, mais compassivo que Jonas.
Pastor, mais vigilante que Amós.
Pastor, mais sublimado que Isaac.
Pastor, que não tendes semelhante,
Pastor, o melhor dos pastores.
Oremos
Ó Deus, que sublimastes o mundo com a humildade do Vosso Filho,
concedei perpétua alegria aos Vossos fiéis, para que cheguem às alegrias
eternas aqules a quem livrastes da morte eterna. Pelo mesmo Jesus Cristo,
nosso Senhor, que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Amen
2 b) Dia das Vocações
2b1) Rosário das Vocações meditado
Mistérios gososos
Anunciação do Anjo
O relato da ANUNCIAÇÃO foi escrito num género literário bíblico igual ao
relato de uma vocação profética. É sempre Deus quem toma a iniciativa:
“Foi um Anjo enviado por Deus”, diz o Evangelho. Ele é a fonte de todo o
dom e carisma, nada temos em nós de bom que dele não tivéssemos
recebido – diz Santo Agostinho - e, de modo particular, o dom da
vocação. Tal como aos antigos profetas a quem o Senhor chamou que
coloca em nós tais e tais palavras”. É Ele quem chama e coloca em nossos
corações o sagrado fogo do Amor no qual nos faz participar. Ele bate à
nossa porta para nos encher dos bens da sua casa e nos introduzir no seu
celeiro. Importa saber escolher como Maria no seu Fiat.
Visitação de nossa Senhora
A VISITAÇÃO é um dos sinais preparatórios da vinda de Jesus. Para que o
grande Sinal aparecesse, esta visita de Deus em Jesus Cristo, foi necessária
uma preparação. Uma Virgem concebeu e deu à luz um Filho, anunciandoo o mesmo Anjo S. Gabriel, como prova, que uma estéril concebe o
Precursor. Na nossa vocação há muitas vezes coisas destas. O grande sinal
que é a entrega amorosa do discípulo ao Mestre é precedido por sinais
menores que vão realizando e anunciando esta união definitiva de que a
vida religiosa é sinal. Para a nossa vocação é preciso saber ler os sinais de
Deus.
Nascimento de Jesus
É grande o mistério do NASCIMENTO: “O Verbo fez-Se carne e habitou
entre nós “. Ele incarnou e a humanidade pode retomar com vantagem o
esplendor da Criação. Toda a vocação cristã manifesta a união da alma
com Deus, é um canto de Amor que a Amada canta ao Amado.
Na vocação religiosa, é essencial, como Maria, José, os Magos e os
Pastores, acolher a Deus com alegria e adorá-Lo. Nesta união, fortificada
pela contemplação, se encontra o sentido da vida religiosa.
Apresentação do Menino Jesus no Templo e Purificação de nossa Senhora
A PURIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO são ainda sinais do amor manifestado
em Jesus, Maria, a toda pura e sem mancha, ceita cumprir a Lei de Moisés.
A vocação não é uma coisa pessoal mas um bem para a Igreja, para a
riqueza do Corpo de Cristo. Por isso temos de nos sujeitar à purificação
que dos outros nos vem, mesmo nas nossas motivações, sujeitamo-nos ao
julgamento da Igreja.
Perda e encontro do Menino Jesus
O caminho para o ENCONTRO COM JESUS é uma das fases da vocação,. Tal
como a Amada do Cântico dos Cânticos, temos que buscar e perguntar:
Onde estás? Buscar, aprofundar, “bater”, são fases pelas quais a vocação
tem de passar para chegar ao seu amadurecimento. Com Maria e José
aprendemos a procurar com vigor o rosto do Amado.
Mistérios dolorosos
Agonia de Jesus
A AGONIA DE JESUS é o encontro orante e doloroso no qual a decisão é
tomada: “Que se faça a Tua vontade”. Esta é a hora da decisão, cálice de
angústia e de bênção e salvação. Há que entregar-se por ser ter a
promessa: “Basta-te o meu apoio”; essa noite de decisão é de vigília e
sofrimento mas o Anjo consolador, como a Cristo, não te faltará.
Flagelação de Jesus
Despiram-No e FLAGELARAM-NO Muito podemos tirar deste facto. Há
nele a renúncia ao prazer, necessário para a fidelidade à vocação; há que
escutar os Padres do Deserto que aconselhavam o jejum e a penitência, há
que educar a vontade e prender o que custa obedecer, há que aprender a
mansidão e a paciência d’Aquele que, como ovelha levada ao matadoiro,
não abriu a boca. A vocação tem de deixar marcas no teu corpo. Ele deve
ser templo para glória de Deus.
Jesus é coroado de espinhos
A COROAÇÃO DE ESPINHOS foi sinal de irrisão e motivo de troça ao
Salvador, Nisto há algo que aprender. Na vocação religiosa há um grande
inimigo a combater, o orgulho, e maior inimigo se torna quando se torna
orgulho do intelecto. Ele é grande entrave para que em nós entrem a
Graça e o critério evangélico. Das nossas certezas não deve ficar pedra
sobre pedra, a não ser a pedra angular que é Cristo, no Qual
reconstruímos a nossa vida.
Jesus leva a cruz a caminho do Calvário
“Quem quiser vir após Mim, PEGUE NA CRUZ e siga-Me”.
A marca típica do cristão e sobretudo da vida religiosa é o seguimento de
Cristo, “ seguir os seus passos”. Como diz S. Pedro. A vida religiosa como
lembra o Concílio é seguimento da Cristo que nos convida a este caminho
de abaixamento e glorificação que passa pela cruz.
Jesus morre na cruz
Em JESUS CRUCIFICADO se cumpre a Escritura: “Hão-de olhar para Aquele
que trespassaram”. Em S. João é-nos dito acerca de Jesus na cruz:
“Quando for elevado, atrairei todos a Mim”.
A vida religiosa pauta-se, antes de mais, pela contemplação d’Aquele que
deixou correr rios de água viva do Seu lado aberto na Cruz, Ele, o Senhor,
dá o Espírito, a água e o sangue nos quais a Igreja encontra força e
alimento. O religioso, contemplando o Mistério da Redenção e
alimentando-se dele nos sacramentos, apressa a vinda gloriosa e definitiva
do Salvador.
Mistérios gloriosos
Ressurreição de Jesus
Baseada na RESSUREIÇÃO DE JESUS a vida religiosa é a busca da imagem
viva do homem novo, imagem de Cristo, resplandecente na sua
Ressurreição. O religioso acompanha a sua vida de sinais que manifestam
este homem novo. Da tomada de hábito ao compromisso dos conselhos
evangélicos é o homem novo que se vai construindo, ao mesmo tempo
que se vai destruindo; o que é corruptível se vai desfazendo para que o
nosso corpo mortal seja revestido de incorruptibilidade.
Ascensão de Jesus
Acerca da ASCENSÃO – diz a Escritura – que, subindo ao Céu, Cristo levou
cativo o nosso9 cativeiro. Não há liberdade maior do que aquele que
temos em Cristo. Esta função de anúncio do Reino de Deus que há-de vir
pelo nosso estilo nosso estilo de vida tem a sua verificação na liberdade
que temos em relação ao que a Verdade que seguimos nos dá a
verdadeira liberdade.
Pentecostes
No PENTECOSTES os discípulos começaram a falar outras línguas e todos
os que estavam em Jerusalém entenderam a Mensagem. A vida religiosa
inspirada pelo Espírito Santo, tem a função de anunciar o Amor de Deus
mesmo quando ele passa pela clausura e afastamento do mundo. Baseada
nos concelhos evangélicos e na vida comunitária, ela anuncia, numa língua
acessível a todos, o grande cântico de louvor que os vencedores cantavam
ao Cordeiro. A vida religiosa é uma linguagem nova inspirada pelo Espírito
para propagar o Evangelho da paz.
Assunção de nossa Senhora
Maria ASSUNTA AO CÉU é sinal da Igreja triunfante sem mancha nem
ruga, mas santa e imaculada. Pela sua vocação especial à santidade o
religioso levanta os seus olhos para Maria no Céu, n’Ela ele tem a certeza
de vencer o antigo dragão. N’Ela há a certeza dos frutos da Vida Nova em
Cristo na qual Ela já participa de modo eminente. Maria elevada ao Céu
chama-nos a uma luta incessante contra o pecado e contra o mal, dá-nos a
certeza de que, sofrendo com Cristo, reinaremos com Ele.
Coroação de nossa Senhora
Todo o cristão volta os seus olhos para Maria RAINHA. Coroada no Céu,
Ela continua a sua função materna em favor dos discípulos de Seu Filho,
Por isso, o religioso recorre, com especial carinho, Aquela que foi vaso de
eleição de Deus. D’Ela obtemos todas as graças, Ela é modelo e âncora
segura onde se assenta e fortifica a nossa vocação. Coroada no Céu, Ela é
sinal de esperança e confiança para aquele que quer seguir os passos de
Seu Filho e os d’Ela própria na sua peregrinação de fé.
2 b 2) Mistérios gososos vocacionais meditados
Anunciação
Ao contemplar a Anunciação com o convite do Anjo a nossa Senhora,
podemos pensar e rezar por todos aqueles que são chamados, convidados
por Deus para uma missão. Deus chama, convida, propõe, seduz. A obra
da Redenção precisa da colaboração dos homens. Hoje, como há dois mil
anos, Deus vai aos homens através do “sim” daqueles que são chamados.
“Faça-se”, é a resposta de nossa Senhora. Não recusa o convite, não põe
condições, não recua perante as dificuldades ou exigências. Maria é
modelo para todos os que são chamados. Peçamos para todos a graça da
fidelidade. E perguntemo-nos se Deus nos chama, nos interpela, nos
convida para um maior serviço do Reino.
Visitação
O mistério da Visitação tem a tónica do serviço dos outros. Maria vai servir
a sua parente Isabel. Vai partilhar com ela alegrias e dores, planos e
esperanças. Vai estar presente até ao nascimento de S. João Baptista.
Ambas comungam e partilham a alegria de Deus. Seguir o Senhor é estar
disposto a ir ao encontro dos homens. Deus continua a chamar muitos
para, como Maria, se dedicarem ao serviço dos outros. Ir ao encontro de
quem sofre, dedicar a vida a partilhar alegrias e dores dos homens nossos
irmãos. Levar Deus aos outros. Fazê-los partilhar a alegria de Deus. Tudo
isto se passa no mistério da Visitação. Tudo isto Deus quer fazer no mundo
através de pessoas que se dedicam com todo o seu ser à obra do Reino. E
são necessários operários. Deus quer colaboradores.
Nascimento de Jesus
Jesus, o Verbo do Pai, nasce na pobreza e humildade do Presépio. É o
Salvador, o Messias Senhor, como anunciam os Anjos aos Pastores. Vem
para reunir e libertar o povo. Vai ser a luz que ilumina todo o homem. É de
verdade o Príncipe da Paz. Natal é festa de fraternidade. Deus fez-Se
Menino para nos cativar pela bondade e ternura. Mas Este Deus Menino,
o Emanuel, ainda não é conhecido e amado por todos os homens. São
precisos evangelizadores que falem dEle, que O dêem a conhecer. São
precisos arautos e construtores da Paz do Presépio. São precisos
colaboradores activos na construção do amor. Continuemos a pedir esses
colaboradores para a obra da Santa Igreja. E perguntemo-nos se temos
feito algo para que da nossa família ou paróquia saiam operários do Reino.
Apresentação de Jesus no Templo
Apresentar Jesus no Templo é símbolo misterioso da oferta de todos os
que se querem entregar a Deus. O oferecimento que Maria e José fazem
de Jesus é modelo da oferta que cada um de nós deve fazer de si mesmo a
Deus. Se O colocamos em primeiro lugar na nossa vida , não faltará a
generosidade para nos oferecermos ao Senhor e aos irmãos, oferta
generosa, alegre, plena, sincera, sem reticências. “Aqui estou, Senhor”.
“Eis-me aqui, enviai-me”. Oferecer-se a Deus para O servir e para servir os
homens. E quando O encontrarmos de verdade como Simeão e a profetiza
Ana O encontraram neste mistério da Apresentação, falar dEle a toda a
gente. Não nos podemos calar. Os homens precisam de O conhecer, amar,
servir. Queres colaborar nessa empresa? Deus conta contigo.
Perda e encontro de Jesus no Templo
A perda e encontro de Jesus pode colocar-nos noutra perspectiva
vocacional. Há tantos filhos perdidos. É urgente procurá-los. Há tantos
homens perdidos de Deus, do amor, da justiça, do bem. É necessário
encontrá-los. Há tantos pais aflitos à busca dos filhos. É preciso ajudá-los.
Trabalho imenso de serviço de Deus . Ajudar os homens a encontrar-se
consigo próprios e a encontrarem-se com Deus. Buscar nos caminhos
perdidos da vida, aqueles que se perderam de Deus. Empresa maravilhosa
dos apóstolos de Jesus. Dedicar o seu tempo, a sua saúde, todo o seu ser,
a trabalhar por levar os homens a Deus. Fazê-los encontrar-se com o
Senhor. Há caminhos perdidos de ódio, violência, droga, materialismo,
etc. Andar pelos caminhos do mundo, procurando os filhos perdidos. E
fazê-los encontrar-se na Casa do Pai.
2 b 3) Mistérios gloriosos vocacionais meditados
Ressurreição de Jesus
Aquele que foi chamado, e corresponde à vocação, não é um morto, mas
um vivo. Continua a ser um pecador, mas um pecador que sabe libertar-se
do pecado e viver em caridade. Os consagrados, julgados pelo mundo
como mortos, dão vida ao mundo. Supostos falhados, cantam
jubilosamente as vitórias de Deus. Todo o mundo toma partido – ou a
favor ou contra eles.
O consagrado não é impecável, mas é modelo para todos os pecadores.
Ascensão de Jesus
Aquele que foi fiel à vocação, está no mundo, mas não é do mundo. Elevase constantemente à contemplação de Deus, ensina ao mundo Aquele a
quem contemplou e repassa o mundo de Deus que é Verdade e Amor.
Pentecostes
Deus é poderoso para exceder o que possamos desejar ou pedir. Quem é
fiel à vocação experimenta grandes coisas que o Espírito de Deus faz por
seu intermédio.
Assunção de nossa Senhora
Nossa Senhora, porque foi sempre fiel à vocação, mereceu ser exaltada
por Deus na alma e no corpo.
Também todos os que correspondem à vocação de Deus tornam aceite
diante de Deus não só a sua alma, como também o mundo que eles
conseguiram consagrar.
Coroação de nossa senhora
Maria foi fiel à vocação, e alcançou a glória eterna. Também todos os
consagrados fiéis merecem junto do Pai um lugar de predilecção.
Tal como o espírito do mal tem particular interesse em perder o
consagrado, assim o Espírito Santo tem especial zelo pela salvação eterna
dos que prometeram pertencer-Lhe exclusivamente.
2b4) Mistérios da vocação
Chamamento e escolha dos Apóstolos
Depois Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis. E foram a ele.
Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. Ele os enviaria a
pregar, com o poder de expulsar os demónios. Escolheu estes doze:
Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu
irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do
Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé,
Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; e Judas Iscariotes, que O
entregou. (Mc 3, 13-19)
Chamamento de André e de Simão Pedro
No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos; e,
vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. E os dois
discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus. E Jesus, voltando-Se e
vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi
(que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? Ele disse-lhes: Vinde, e
vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com Ele aquele dia; e era já
quase a hora décima. (Jo 1, 35-39)
Chamamento do jovem rico
E eis que, aproximando-se dele um jovem, Lhe disse: Bom Mestre, que
bem farei para conseguir a vida eterna? E Ele disse-lhe: Por que Me
chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém,
entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-Lhe ele: Quais? E Jesus
disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso
testemunho. Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Disse-Lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha
mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai,
vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e
vem, e segue-Me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste,
porque possuía muitos bens. (Mt 19, 16-22)
Vocação de Maria
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da
Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um
homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem
era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de
graça, o Senhor está contigo!’ Maria ficou perturbada com estas palavras
e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então,
disse-lhe: ‘Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de
Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de
Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus
lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os
descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim’. Maria perguntou ao
anjo: ‘Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?’ O anjo
respondeu: ‘O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com
sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho
de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este
já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus
nada é impossível’. Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; façase em mim segundo a tua palavra!’ E o anjo retirou-se. (Lc 1, 26-38).
Vocação eterna do Verbo de Deus, no seio da Trindade
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que
foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas
trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que
todos cressem por meio dele.
Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao
mundo.
Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo
não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes
o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e
vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. (Jo 1, 1-14)
2 b 5) Mistérios do chamamento divino
1 - Junto do rio Jordão. S. João Baptista estava a pregar e a baptizar,
quando vê aparecer o Messias. Reconheceu-O prontamente e logo O
indicou à multidão: “Eis Aquele que tira os pecados do mundo”. Ouvindo
isto, dois discípulos de S. João seguiram Jesus. Vendo que O seguiam,
Jesus vira-Se para eles e pergunta: “A quem procurais? – Mestre, disseram
eles, diz-nos onde moras. – Vinde ver. Eles foram e ficaram com Jesus o
dia inteiro. O Evangelista anota que isto aconteceu às dezasseis horas.
Passar uma tarde com Jesus vale mais que um dia inteiro, vale mais que a
vida.
Daqui se conclui que o primeiro convite de Jesus é o de estarmos com Ele,
ser seus amigos: isto é que é importante.
2 – Um daqueles dois que seguiam nos passos de Jesus, chamava-se
André. Ele tinha um irmão chamado Simão, e diz-lhe: “Encontrámos o
Messias”, e levou-o a Jesus. Jesus, fitando os olhos nele, disse: “Simão,
doravante vais-te chamar Pedro” (porque serás a pedra fundamental da
Minha Igreja). E assim aconteceu. A vocação ou chamamento vem de Deus
através de João Baptista, de André, de Pedro, da Igreja, de Deus, pelo Seu
Espírito e pela Igreja, continua a chamar: vinde ver, vinde experimentar a
doçura da amizade de Jesus.
3- Pedro e André, João e Tiago, eram já discípulos de Jesus, mas não a
pleno tempo: só nos tempos livres, pois eram pescadores. Um dia, Jesus
passou junto do mar da Galileia e disse-lhes: “Vinde após Mim, e sereis
pescadores de homens”. E eles, tendo deixado tudo (os barcos, as redes,
os pais, os empregados e os companheiros) seguiram definitivamente o
Mestre. A estes juntaram-se outros pescadores e conhecidos. “Vós todos
sereis meus amigos porque vos dei a conhecer os segredos do Reino do
Meu Pai.” Ter vocação e segui-la (cada um na função a que é chamado)
significa uma grande amizade, uma amizade especial da parte de Deus.
4 – Depois que Jesus escolheu os doze apóstolos, que representam as
doze tribos de Israel, e mais os setenta discípulos que representam os
juízes escolhidos por Moisés, enviou-os dois a dois, em Seu Nome, a
anunciar a Boa Nova. Boa Nova, em Nome de Jesus, o Salvador! E por
onde passavam faziam as obras de Jesus. Depois deste tirocínio,
regressava, fatigados, mas alegres. A amizade gera dedicação, alegria e
cooperação no bem. Cooperação! O Senhor cooperou com eles e eles com
o Senhor. Deus quer salvar os homens através dos homens. Quer que
estes sejam Seus cooperadores na Terra e, por isso, lhes chama
mensageiros, suas testemunhas.
5 – Monte das Oliveiras, dia da Ascensão. Depois de ter abençoado os
Seus discípulos, Jesus disse-lhes: “Ide por todo o mundo e ensinai todos os
povos, baptizando-os em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito santo.
Quem acreditar, será salvo. E eis que Eu estou convosco todos os dias até
ao fim dos tempos”.
2 b 6) Terço vocacional (meditações sem mistérios)
1— A primeira vocação é o chamamento à vida, o convite a ser pessoa em
plenitude. Depois veio o chamamento, o apelo e o dom a ser cristão
comprometido, vivendo no meio do mundo a sublime vocação de
baptizado. Entre os baptizados, Deus, no Seu Amor, chama, convida alguns
e algumas a viverem a vocação matrimonial. Ninguém se pode ou deve
casar se não sente um apelo à vida de matrimónio. Este é um sacramento
e um caminho de santidade que exige preparação, ponderação, seriedade.
Como compromisso para toda a vida, deve ser vivido com empenho, com
fidelidade, com amor. É bela a vocação ao matrimónio. Rezemos por todos
os casados e por suas famílias, a nossa Senhora, Mãe da Sagrada Família.
2 - Deus, no Seu plano de amor, chama também outros cristãos a
assumirem a vocação sacerdotal e a receberem o sacramento da Ordem.
O Espírito que chama e convida é o mesmo que depois unge e consagra. A
Igreja e o mundo necessitam de mais sacerdotes, de ministros da palavra,
da liturgia e da caridade pastoral. Peçamos a nossa Senhora, Mãe do
Único e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo, que proteja e abençoe os
sacerdotes e os seminaristas e conceda à Igreja mais obreiros, mais
trabalhadores na Messe do Senhor. Que nunca falte aos sacerdotes o
nosso apoio, ajuda e dedicada colaboração.
3 — Muitas pessoas, movidas por Deus, seduzidas pelo Seu Amor,
decidem consagrar as suas vidas em pobreza, castidade e obediência.
Como religiosos, fazem os três votos para estarem mais livres para amar e
servir a Deus e aos homens. Ao fazerem oferta das suas vidas nas diversas
Ordens, Congregações e Institutos, desejam seguir o carisma dos
Fundadores e torná-los presentes, vivos no meio da Igreja e do mundo.
Rezemos à Mãe dos Religiosos, por todos os que oferecem as suas vidas
dum modo radical, sobretudo pelos religiosos missionários que sofrem e
tantas vezes são perseguidos por amor de Cristo.
4 — Deus não cessa de dar à Igreja novos modos de vida, consoante as
grandes necessidades dos tempos. Talvez por isso têm surgido pessoas
consagradas em Institutos seculares. Vivem no meio do mundo, são
fermento de Evangelho no seio da Igreja e da Humanidade. Vivendo a sua
consagração, os seus votos, inseridos no mundo, querem viver uma
secularidade consagrada que seja testemunho vivo do amor de Deus Pai.
Peçamos a Nossa Senhora, consagrada a Deus na sua vida de leiga, que
abençoe todos aqueles que vivem a sua consagração no mundo.
5 — Não podemos esquecer no nosso terço vocacional, os contemplativos,
essas pessoas que na vida de clausura, no silêncio e no recolhimento, no
trabalho humilde e na oração assídua, se dão a Deus e se imolam pelos
homens. Os mosteiros dos contemplativos são verdadeiros oásis no meio
do mundo tantas vezes longe de Deus e em deserto de amor e de oração.
Peçamos a Nossa Senhora que desperte em muitos jovens o desejo de se
consagrarem a Deus. Peçamos também que a vida religiosa e a vida
contemplativa sejam mais estimuladas e amadas pelos cristãos.
3) Tríduo a S. José Operário
2º dia
Jesus, o trabalhador
Oração inicial
Pai, nós Vos louvamos porque Vos revelastes como trabalhador, criando,
conservando a criação, e chamando-nos para aperfeiçoá-la.
O Vosso Filho Jesus também trabalhou com as Suas mãos, sentiu a
resistência da matéria, o cansaço do corpo e o suor do rosto.
Nós Vos agradecemos pelo trabalho que podemos fazer no campo e na
cidade. Por ele ganhamos o pão para nós e para as nossas famílias.
Olhai, ó Pai, para todos os que querem trabalhar e não podem. Olhai para
os desempregados, para os doentes, para os idosos e para os
marginalizados.
Nunca nos deixeis esquecer que, pelo trabalho, ajudamos a construção do
Vosso Reino, que já começa aqui na Terra e se completará com a vinda
gloriosa do Senhor.
Tudo isso Vos pedimos, ó Pai, que trabalhais desde toda a eternidade, por
Vosso Filho e nosso Irmão trabalhador, na força do Espírito Santo. Amen.
Reflexão
Em Jesus o trabalho encontrou o seu modelo acabado. Vivendo como
trabalhador braçal numa sociedade pobre e dependente, onde todos o
eram, Jesus exprime, na Sua maneira de ser, a mentalidade de um
trabalhador. Era conhecido como o “filho do carpinteiro” e andava na
companhia de pescadores, entre os quais também um cambista, um
economista, e outros. É S. João que, com mais insistência, apresenta Jesus
como trabalhador. Ele refere-Se a toda a Sua obra com a um trabalho
encomendado pelo Pai. Ouçamos alguns trechos do Evangelho de S. João:
“As autoridades judaicas começaram a perseguir Jesus porque Ele tinha
curado num sábado. Jesus, então, disse-lhes: ‘Meu Pai tem trabalhado até
agora e Eu também trabalho. (…) Eu tenho um testemunho maior do que
o de João: são as obras que o Pai Me concedeu realizar. As obras que Eu
faço dão testemunho de Mim, mostrando que o Pai Me enviou” (Jo 5, 1617.36)
Senhor, seja feita a Vossa Vontade
S. João articula a obra de Jesus com sete festas… São ‘sinais’ do carácter
festivo do trabalho. Há um ar de festa e liturgia em torno do trabalho de
Jesus. Perpassa todos os actos e culmina todos os afazeres. Jesus age para
a glorificação do Pai.
Senhor, venha a nós o Vosso Reino
“Quando chegou a plenitude dos tempos. Deus mandou o Seu Filho,
nascido de uma mulher” (Gal 4, 4). Ao sentir completada a Sua obra, Ele
assinou a Sua entrega total: “Tudo está consumado” (Jo 19, 28-30). O Pai
aceitou o Seu trabalho e confirmou-o, dando-Lhe um Nome acima de todo
o nome.
Toda a língua confesse: Jesus é o Senhor
Ao terminar a obra da criação, o Pai “descansou” no sétimo dia.
Ressuscitando no primeiro dia da semana, Jesus fez da vitória sobre a
morte a primeira obra da nova ordem. Antes de encerrar o ciclo do Seu
fazer, Jesus ressuscitado dobra-Se mais uma vez à criatura, serve uma
refeição aos dois discípulos de Emaús, na qual eles O reconheceram (lc 24,
30-31). E foi “no decurso de uma refeição com eles, que Ele lhes ordenou
que aguardassem a promessa do Pai” (Act 1, 4). Coroando, como Pai, a
Sua obra, Jesus, o Trabalhador, que venceu a morte, quis, até ao fim,
realçar a ligação íntima entre o trabalho, a comida e a vida.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje, Senhor
Pai nosso, Ave Maria
30 DE ABRIL
1) 3º dia do tríduo de S. José Operário
2) Rezemos pelo Papa, por intercessão do Papa S. Pio V (1566-1572)
(Memória Facultativa)
Tríduo de S. José, Operário
3º dia
S. José, exemplo de trabalhador
Oração Inicial
Lembrai-vos, ó S. José, esposo da Virgem Maria e modelo de trabalhador,
que nunca se ouviu dizer que alguém tivesse recorrido à vossa protecção e
não fosse por vós socorrido. Cheios de confiança, recorremos a vós neste
dia, pedindo pelos trabalhadores, que sejam respeitados os seus direitos e
trabalhem para a construção da Civilização do Amor. Amen.
Palavra de Deus
Mt 13, 54-58
Reflexão
A encíclica Laborem Exercens, de João Paulo II, aponta pistas para uma
espiritualidade do trabalho, apoiando-se na expressão “Evangelho do
trabalho”, que relata a experiência de trabalho de Jesus. E diz-nos: “Esta
verdade, segundo a qual o homem, mediante o trabalho, participa na obra
do próprio Deus, seu Criador, foi particularmente posta em relevo por
Jesus Cristo, aquele Jesus de Quem muitos dos Seus primeiros ouvintes
em Nazaré ficavam admirados e exclamavam: “De onde lhe veio tudo
isso? E que sabedoria é essa que lhe foi dada? (…) Porventura não é Este o
carpinteiro?” Com efeito, Jesus não só proclamava , mas sobretudo punha
em prática com as obras o “Evangelho” que Lhe tinha sido confiado, a
palavra de sabedoria eterna. Por esta razão, tratava-se verdadeiramente
do “evangelho do trabalho”, pois Aquele que o proclamava era Ele próprio
Homem de trabalho, do trabalho artesanal como Jesus de Nazaré”. Se a
experiência do trabalho é o ponto de partida do anúncio de Jesus, ela não
é acidental nem visa apenas valorizar o trabalho. É algo muito mais
profundo pois “a eloquência da vida de Cristo é inequívoca: Ele pertence
ao mundo do trabalho”.
Preces
1. Nós Vos damos graças, ó Deus, porque nos dais a graça de
transformarmos o trabalho em fonte de bênção para o nosso próximo.
Resposta: Bendito seja o Nome do Senhor
2. Nós Vos damos graças, ó Pai, porque pelo nosso trabalho podemos, a
exemplo do Vosso Filho Jesus, ser Corpo dado e sangue derramado,
alimento para a vida dos nossos irmãos e irmãs.
3. Nós Vos damos graças, ó Pai, porque pelo trabalho nos dais o dom da
festa, onde a vida se faz querida e saboreada, onde a vida é partilhada,
onde a sociedade se renova, onde é usufruída a liberdade do canto, da
dança, da alegria, da celebração.
4. Nós Vos damos graças, ó Pai, pela presença de S. José na História da
Salvação, sendo modelo de trabalhador para todos nós.
Oração final
S. José, vós fostes a árvore abençoada por Deus, não para dar frutos, mas
para dar sombra:
a) sombra protectora de Maria, vossa esposa
b) sombra de Jesus, que vos chamou de pai e ao Qual vós vos entregastes
totalmente.
A vossa vida, feita de trabalho e de silêncio, ensina-me a ser eficaz em
todas as situações. Ensina-me, acima de tudo, a esperar na obscuridade
firme na fé.
Sete dores e sete alegrias resumem a vossa existência : foram as alegrias
de Jesus e de Maria, expressão da vossa dedicação sem limites.
Que o vosso exemplo me acompanhe em todos os momentos:
a) florescer a Vontade do Pai me colocou
b) saber esperar, entregar-me sem reservas até que a tristeza e a alegria
dos outros sejam a minha própria tristeza e a minha própria alegria. Amen
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