senhor, que quereis que eu faça?

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SECRETARIADO DIOCESANO DA PASTORAL DAS VOCAÇÕES
DIOCESE DO PORTO
2015/2016
SENHOR, QUE QUEREIS
QUE EU FAÇA?
Desafios do Papa Francisco à pastoral catequética
CATEQUESE PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS
Desafios do Papa Francisco
à pastoral catequética
Reflexão Pastoral
O Secretariado da Pastoral das Vocações, tendo como ponto de partida algumas afirmações do Papa Francisco, aos Bispos da Conferência Episcopal
de Portugal em visita “ Ad limina apostolorum”, de 7 de setembro 2015, propõe para este âmbito mais específico e importante da Catequese a presente
reflexão sugerida a partir dos problemas elencados e soluções apontadas
no referido discurso. Acrescentam-se-lhe em seguida alguns desafios que
ajudem concretamente os catequistas nas tarefas que lhe são próprias de
educação da fé, de anúncio e acompanhamento das vocações.
Hoje ninguém duvidará que os caminhos da pastoral catequética se
devam cruzar com os caminhos da
pastoral vocacional. E que ambas
devam caminhar juntas, profundamente interligadas e identificadas.
O crescimento na fé e a tomada de
consciência vocacional são uma e a
mesma realidade. A pastoral vocacional é parte integrante do Kerigma.
Só haverá proposta integral da fé se esta incluir proposta vocacional.
Um contributo para a solução do problema real e delicado da escassez de
vocações na nossa Diocese, deve legitimamente esperar-se de educadores
da fé conscientes da necessidade do seu testemunho de fé e da importância
de uma eficiente pedagogia vocacional.
Abrindo a uma nova visão o processo catequético, a presente reflexão tem
por objetivo renovar o compromisso dos educadores da fé na comunidade
cristã por uma promoção adequada das vocações, compreendidas as sacerdotais e consagradas.
Problemas identificados no discurso:
1. Um grande número de adolescentes e jovens abandonam a prática cristã.
Não nos pode deixar de preocupar esta debandada da juventude. Tem custado muito fazer compreender ao Povo de Deus, que a situação em matéria
de transmissão da fé e de vocação mudou muito. Há alguns anos atrás os
canais naturais de transmissão e de socialização da fé e da vocação, eram
a família, a escola e a paróquia. Atualmente, tendo-se perdido a sintonia
entre estas instâncias educativas há um bloqueio a essa missão. Continuam
a lutar, mas com enormes dificuldades e obstáculos. O ar secularizado que
se respira nas famílias, a ausência de Deus nas escolas porque não lhe é
permitida a entrada, a desistência precoce da paróquia são desafios à pastoral da Igreja. Nas comunidades cristãs, a pastoral catequética é chamada
a desenvolver como atividade habitual de sementeira, uma pastoral vocacional com as crianças, os adolescentes e os jovens. E que pense também, a
proposta de um caminho vocacional crismal. Precisam ser abertos espaços
de silêncio que ajudem a escutar e a reconhecer a voz de Deus.” Especialmente no nosso tempo em que a voz do Senhor parece afogada por “outras
vozes” e a proposta de o seguir, entregando a própria vida, pode parecer difícil, toda a comunidade cristã, todo o fiel, deveria assumir conscientemente
o compromisso de promover as vocações” ( cf.Bento XVI).
2. A proposta realizada pelo catequista e pela comunidade não os convence a ficar. A complexidade da situação cultural que vive a nossa sociedade
e que se repercute nas comunidades eclesiais e particularmente nos jovens, não apenas interfere com alguns dos elementos constituintes da fé
e da vocação mas barra mesmo os caminhos de acesso à fé e à vocação.
Daí a necessidade de apresentar bem unido o humano e o vocacional num
itinerário comprometedor que coloque o jovem diante de decisões importantes a respeito da sua própria vida, que deve tomar, e de escolhas que
será chamado a fazer. Cada um, convidado a encontrar-se pessoalmente
com Cristo, acolher a revelação da sua verdadeira identidade e a descobrir
a sua própria de cristão discípulo. Ensinar de seguida a entrar na experiência de oração contemplativa que possibilita a escuta a palavra de Deus.
Ensinar o que significa vocação. Que passos dar para orientar a nossa vida
segundo o projeto de Deus. O que supõe e significa seguir Jesus? Que
escolhas dão mais significado e plenitude à minha vida? Que somos chamados a ser e a fazer para que a nossa vida seja fonte de luz e de amor para
os outros? Concretamente trata-se de desenvolver um conjunto orgânico
de atividades específicas e complexas vinculadas à catequese pelas quais
se procede à sementeira e aos cuidados que lhe correspondem: suscitar,
acolher, acompanhar e orientar à formação.
3. Predomínio de um pensamento dominante atual que vê o homem como
criador de si mesmo e totalmente embriagado de liberdade com dificuldade em aceitar o conceito de vocação. A mentalidade urbana promove um
modelo de homem sem vocação. Muitos dos valores como a autonomia da
pessoa, a liberdade, vividos num contexto laicista, imprimem um dinamismo
oposto à vocação, desenvolvem um homem à margem de Deus, encurvado
egocêntrico ocupado com a sua vida e o seu bem-estar. Encurralados no
beco sem saída de um humanismo sem Deus e relativista, os jovens devem ser muito ajudados nas suas questões mais profundas. É necessário
ajudar cada um a descobrir que foi aqui colocado por Deus e que é criatura
sua.Logo tudo é dom. Nada é merecido. Quando atinjo a compreensão do
que recebi, a vida torna-se dom que se oferece. Se chego a compreender
a liberdade como um dom de Deus, para com Ele crescer numa relação de
amizade e de comunhão, serei capaz de progressivamente me abrir à aceitação agradecida e livre da identidade que me é dada pela presença viva do
Senhor na minha vida e disponho-me a segui-lo.
4. Prevalência de um modelo escolar com guiões com conhecimentos cerebrais sobre a figura e a vida de Jesus para os sucessivos anos de catequese
mas onde é difícil entrar Jesus no testemunho de vida do catequista e da
comunidade inteira. A catequese escolar preocupa-se e ocupa-se com a
transmissão de valores. É importante fazê-la. Mas uma catequese concentrada no sentido e nos valores produz voluntários não produz discípulos de
Jesus. Não produz vocações. É preciso cuidar dos valores e da sua transmissão, mas isso não é suficiente. E um voluntário dura enquanto lhe dura
a boa vontade.
Soluções propostas pelo papa:
1. Instaurar um modelo catecumenal que conte com o testemunho de vida
do catequista e da comunidade inteira e que leve ao encontro pessoal com
Cristo. Numa catequese do encontro o fundamental é a pessoa de Jesus
que incarna todos os valores com quem se estabelece uma vida de intimidade real. Uma catequese que favorece o encontro das crianças, dos adolescentes e dos jovens com Jesus vivo, produz vocações de compromisso e de
entrega generosa. O catequista para realizar esta catequese do encontro,
muito ganhará em inspirar-se na atuação de S. João Batista que aponta
para Jesus. Os educadores de uma comunidade cristã não podem subtrair
a dimensão vocacional da sua missão. Mesmo que nos catecismos o tema
não esteja presente ou explicitamente proposto a catequese deve tratá-lo.A
vocação resulta de um encontro e de um diálogo. A mediação singular desse encontro deve ser realizada pelo catequista e pela catequese.
2. Vivido em dinâmica vocacional segundo o qual Deus chama e o ser humano responde. A vocação é a realidade constitutiva do ser humano, fruto
do diálogo entre a palavra ”eficaz” do criador, que escolhe, chama, envia
e assiste e a resposta “humilde” do crente que constrói a sua identidade
em relação vital com os outros, em continuidade projetiva e em evolução
dinâmica, até se formar em imagem de Cristo, membro ativo da Igreja, sinal vivente do Reino de Deus. Este conceito de vocação supõe que a pessoa chamada corresponda com ações adequadas à ação de Deus nela…se
compreenda com identidade de eleita, responda, cumpra a missão e seja
fiel. A mediação do catequista terá que ajudar cada uma acolher a sua
identidade, propor-lhe o ideal do chamamento, iniciar na missão, acompanhar e sustentar no caminho. A condição juvenil é uma oportunidade
para uma atuação vocacional. O jovem está a viver questões ligadas à
identidade, à alteridade, ao projeto e ao caminho de crescimento evolutivo. Há todo um trabalho de sementeira que deve estar incorporado na
pastoral catequétical e que deve ser realizado por todos na comunidade
cristã. Deve, esse trabalho de sementeira, concretizar-se em capacidade
de proposta (propor a vocação).
3. Conferir dimensão vocacional a todo o processo catequético que cubra as
várias idades do ser humano.
A atividade vocacional não pode ser uma atividade pontual mas tem que estar desenvolvida em todos os sectores da pastoral e especificamente ao longo do itinerário catequético com meios e intervenções adequadas. Já não se
trata simplesmente de esperar que apareça um rapaz ou rapariga que diga
ter vocação, o catequista tem que sair ao encontro dos que não se referem
a isso, e fazer proposta de ideais elevados e acompanhar esse caminho.
Dentro da comunidade o catequista deve assumir essa responsabilidade.
Esta atitude supõe uma nova sensibilidade e espiritualidade vocacional que
se traduza numa nova prática que torne possível uma pastoral vocacional
renovada. Percebe-se nas palavras do Papa que a lacuna está nas comunidades cristãs, aí a pastoral vocacional é insuficiente por vazio de proposta,
por falta de testemunho e por inadequação do modelo de catequese que se realiza. Nesta lógica torna-se mais clara a intenção do Secretariado Diocesano das
Vocações de que em cada paróquia se estabeleça uma equipa de duas ou
três pessoas encarregadas de animar a pastoral vocacional da comunidade,
e se acabe com este vazio vocacional.
Indicações para organizar a pastoral vocacional vinculada à catequese
1. Idades privilegiadas
A tendência generalizada para deixar as coisas correr e fazer pontaria
para interlocutores jovens a partir dos 18 anos com a munição da proposta vocacional específica, deve ser revista. Crianças, pré adolescentes e
adolescentes têm ficado praticamente abandonados numa pedagogia que
consente todas as possíveis iniciações nestas idades orientadas a preparar
as decisões das idades seguintes, menos a proposta vocacional, que fica
ausente na lista das escolhas.
2. Os destinatários privilegiados
São as crianças, pré adolescentes e jovens que circulam no âmbito da
paróquia, nos nossos grupos de catequese. Devem ser ajudados e acompanhados no processo de acolher a vocação em qualquer momento que se
manifeste, devem ser levados a sério, ajudados a clarificar as suas intenções e orientados e convidados para as instâncias diocesanas de discernimento ou de formação vocacional. O catequista deve assumir ser também
ele, um “pescador de homens”.
3. Algumas sugestões sobre o modo e iniciativas destinadas a propor as
vocações específicas.
Realizar catequeses atentas em sublinhar e ressaltar os aspetos vocacionais nelas presentes. E proposta de catequeses explicitas sobre vocação
em momentos especialmente significativos da comunidade e do calendário
vocacional (Semana dos Seminários, Semana das Vocações, Semana dos
Consagrados, Dia de Oração pela Vida Contemplativa, Jornada de Santificação dos Sacerdotes).
Promover encontros específicos, acampamentos, peregrinações, com acentuação claramente vocacional.
Ações missionárias como resposta ao mandato missionário de Jesus.
Dias com: visitas programadas aos Seminários e Mosteiros da Diocese
Informar sobre a existência de instâncias de primeiro acolhimento para a
vida, consagrada e laical no Secretariado Diocesano das Vocações.
Informar igualmente sobre as instâncias de primeiro discernimento e de
acompanhamento para a vocação sacerdotal (ver guião dos Seminários
Diocesanos):
Pré- Seminário Diocesano ( com encontros mensais de aproximação ao
Seminário, entre o 5º e o 9º ano)
Seminário do Bom Pastor (onde se ingressa após conclusão do 9º ano de
escolaridade para frequentar o ensino secundário e o ano propedêutico)
4. Alguns critérios inspiradores e estratégias para que o catequista ative a
dimensão vocacional.
A continuidade é um valor a cultivar a apresentação da vocação específica a
cada geração que passa por nós, é uma grande responsabilidade e revê-se
de grande necessidade e urgência.
A oração pelas vocações deve ser cultivada no grupo e em cada um. Uma
oração profunda e constante no programa da catequese, porque os operários são poucos Mt 9,37.
Fortalecer e fomentar a Oração no Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Cultivar um amor real à Virgem Maria como aquela que responde de um
modo perfeito ao chamamento do Senhor e nos pede para fazer o que o seu
Filho nos disser.
Alimentar-se e alimentar no grupo a leitura orante da Palavra de Deus
Fazer anúncio gradual e integral da vocação como chamamento para todos
e na idade que lhe cabe educar seja a infância, pré-adolescência, adolescência
ou juventude. E não esquecer nunca um anúncio específico do evangelho da
vocação específica, especialmente a vocação sacerdotal.
Para reflexão pessoal ou de grupo
Descreva o estado da pastoral vocacional que atualmente se realiza na catequese da sua paróquia. Utilize 5 adjetivos que expressem a sua perceção pessoal.
Que estratégias e que programação está disposto a implementar com o seu
grupo de catequese, tendo por base o calendário diocesano para a pastoral
vocacional e o projeto de pastoral vocacional juvenil proposto pelo Secretariado Diocesano das Vocações?
As catequeses que se seguem são a tradução da proposta da Conferência
Episcopal Espanhola para o Dia do Seminário 2015. As referências do
youtube são as propostas do original, algumas com possível tradução.
Em alternativa, podem pesquisar-se outras propostas em português.
A catequese para crianças
OBJETIVO
O objetivo que estabelecemos para esta catequese é que a criança entenda
que os sacerdotes são «amigos fortes de Deus», nas palavras de Santa Teresa de Jesus. Para isso, muitas crianças que tomaram a decisão de se tornar padres estão a preparar-se num lugar chamado “seminário”. Para uma
compreensão mais profunda, o sacerdote ou o catequista ensinar-lhes o
que significa isto de o sacerdote ser um amigo forte de Deus e como um dia
pensou nas palavras de Santa Teresa: «Senhor, que quereis que eu faça?».
ESCUTAR JESUS
Motiva-se as crianças dizendo que, diante do Senhor, os Apóstolos encontraram um amigo, um amigo que querem conhecer mais de perto para ser
como Ele. Da mesma forma, Santa Teresa, como os Apóstolos, também
encontrou um amigo verdadeiro que transformou toda a sua vida. E diante
do Senhor, Teresa toma as decisões mais importantes de sua vida.
Deixa-se um tempo de silêncio, como uma música ambiente, e escuta-se
depois o Evangelho de João (12, 20-33):
“Entre os que tinham subido a Jerusalém à Festa para a adoração, havia
alguns gregos. Estes foram ter com Filipe, que era de Betsaida da Galileia,
e pediam-lhe: «Senhor, nós queremos ver Jesus!» Filipe foi dizer isto a
André; André e Filipe foram dizê-lo a Jesus. Jesus respondeu-lhes: «Chegou a hora de se revelar a glória do Filho do Homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só;
mas, se morrer, dá muito fruto. Quem se ama a si mesmo, perde-se; quem
se despreza a si mesmo, neste mundo, assegura para si a vida eterna. Se
alguém me serve, que me siga, e onde Eu estiver, aí estará também o meu
servo. Se alguém me servir, o Pai há-de honrá-lo. Agora a minha alma está
perturbada. E que hei-de Eu dizer? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente para esta hora é que Eu vim! Pai, manifesta a tua glória!»
Veio, então, uma voz do Céu: «Já a manifestei e voltarei a manifestá-la!»
Entre as pessoas presentes, que escutaram, uns diziam que tinha sido um
trovão; outros diziam: «Foi um Anjo que lhe falou!» Jesus respondeu: «Esta
voz não veio por causa de mim, mas por amor de vós. Agora é o julgamento
deste mundo; agora é que o dominador deste mundo vai ser lançado fora.
E Eu, quando for erguido da terra, atrairei todos a mim.» Dizia isto dando a
entender de que espécie de morte havia de morrer.”
Reflexão sobre o Evangelho: Jesus convida-nos a segui-lO. Quer que sejamos seus amigos. Mas, para seguir Jesus e ser seus amigos precisamos de
uma fé como o grão de trigo. O trigo quando cai na Terra lança raízes e um
rebento até se formar uma espiga. Jesus quer que sejamos assim cada um
de nós. Quer que sejamos como um grão de trigo. Se Jesus te chamasse, o
que Lhe dirias? Aceitarias ser seu amigo? Como pensas que podes conhecer um pouco melhor Jesus? E Jesus, como te pode conhecer melhor?
CONHECENDO MAIS DE PERTO (DINÂMICA)
Convida-se as crianças a pensar que muitas crianças da idade delas querem ser muito amigos de Jesus e parecer-se com Ele. Explica-se que estes
meninos vivem no seminário, que é o lugar onde se preparam para ser
sacerdotes. Convida-se as crianças que pensem sobre o modo como creem
se vive num seminário. Que pensem sobre o que fazem. Se estudam, se
brincam, se eles passeiam, se rezam, etc.
Mas como uma coisa é pensar e outra, bem diferente, é conhecer, convida­
‑se as crianças a aprender mais sobre a vida no seminário, o que é um
sacerdote e o que faz. Para isso, poder-se-á convidar as crianças a escrever
uma carta ao seminário diocesano, individualmente ou em grupo. Nessa
carta podem expressar melhor as suas perguntas, as suas curiosidades.
Que lhes digam o que é um sacerdote para eles. Também se pode dizer para
se fazerem “convidados” para passar um dia com eles, vivendo como eles
vivem e fazendo as coisas que eles fazem.
A intenção desta dinâmica é criar na criança a “experiência” de outras
crianças da mesma idade, já que é muito diferente que o catequista lhes
conte estas coisas, de escutar o que é um sacerdote ou como se vive no
seminário da boca de gente animada.
FALANDO COM UM AMIGO (ORAÇÃO)
Os sacerdotes e seminaristas são amigos de Jesus. Falam com Jesus como o
melhor dos seus amigos. Concluímos a catequese recitando a seguinte oração:
(A Oração que aparece na pagela da Semana dos Seminários. Seria oportuno que todos tenham uma pagela de forma a poder rezar e levar para casa).
MATERIAL
Nos seguintes vídeos as crianças vão ver o que é o seminário e o que se
faz neles. Seria bom ver os vídeos e a partir dos vídeos escrever a carta ao
seminário para conhecer mais sobre o nosso Seminário diocesano.
https://www.youtube.com/watch?v=UsA8h5dcBRw
https://www.youtube.com/watch?v=PwEK1LSsK2g
https://www.youtube.com/watch?v=cIHVw3QxsD4
https://www.youtube.com/watch?v=babILyHXZN0
https://www.youtube.com/watch?v=0vZyD-rXUEk
> Consultar suportes digitais em: www.seminariodobompastor.pt
Catequese para adolescentes
OBJETIVO
«Senhor, que quereis que eu faça?» Estas palavras eram uma constante na
vida de Santa Teresa de Jesus. Por isso, no ano em que celebramos o
V centenário do seu nascimento queremos que ressoem de um modo especial nos adolescentes.
Por isso, o objetivo que queremos conseguir com a catequese que se segue
não é outro senão que o adolescente se questione: «Senhor, que quereis
que eu faça?». Sabendo que quando se cumpre a vontade de Deus nasce
essa liberdade e felicidade. Mas que, ao mesmo tempo, é imprescindível a
nossa disponibilidade. A disponibilidade de realizar uma opção pela Pessoa
de Cristo, como um dia fez Santa Teresa de Jesus.
AQUECENDO OS MOTORES
Antes de o adolescente escutar a Palavra de Deus, convida-se a despertar
um primeiro conjunto de pensamentos. Para isso convidamos o adolescente
a pensar nas qualidades que tem e na razão porque Deus as usaria para o
chamar ao sacerdócio. Essas qualidades deverão ser escritas na ficha do
grão de trigo que se junta.
ESCUTANDO JESUS
Motivam-se os adolescentes dizendo que o Senhor nos dirige um convite
muito concreto e pessoal: «Se alguém me serve, que me siga, e onde Eu
estiver, aí estará também o meu servo. Se alguém me servir, o Pai háde honrá-lo». Essa é a razão pela qual André e Filipe decidiram seguir o
Senhor. E, do mesmo modo, ao longo da história muitas pessoas fizeram o
mesmo: Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz, São João de Ávila [escolher aqui o testemunho daqueles que possam ser mais facilmente recordados pelos adolescentes]. Dizer “sim” ao Senhor, ou responder: «Senhor,
que quereis que eu faça?», é dar uma volta à vida, embarcar numa aventura
que vale a pena.
Deixando um tempo de silêncio, enquanto se ouve uma música ambiental,
escuta-se o relato do Evangelho de São João (Jo 12, 20-33):
“Entre os que tinham subido a Jerusalém à Festa para a adoração,
havia alguns gregos. Estes foram ter com Filipe, que era de Betsaida
da Galileia, e pediam-lhe: «Senhor, nós queremos ver Jesus!» Filipe
foi dizer isto a André; André e Filipe foram dizê-lo a Jesus. Jesus respondeu-lhes: «Chegou a hora de se revelar a glória do Filho do Homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à
terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem
se ama a si mesmo, perde-se; quem se despreza a si mesmo, neste
mundo, assegura para si a vida eterna. Se alguém me serve, que me
siga, e onde Eu estiver, aí estará também o meu servo. Se alguém me
servir, o Pai há-de honrá-lo. Agora a minha alma está perturbada.
E que hei-de Eu dizer? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente
para esta hora é que Eu vim! Pai, manifesta a tua glória!»
Veio, então, uma voz do Céu: «Já a manifestei e voltarei a manifestá­
‑la!» Entre as pessoas presentes, que escutaram, uns diziam que
tinha sido um trovão; outros diziam: «Foi um Anjo que lhe falou!» Jesus respondeu: «Esta voz não veio por causa de mim, mas por amor
de vós. Agora é o julgamento deste mundo; agora é que o dominador
deste mundo vai ser lançado fora. E Eu, quando for erguido da terra,
atrairei todos a mim.» Dizia isto dando a entender de que espécie de
morte havia de morrer.”
CONHECENDO MAIS DE PERTO (DINÂMICA)
O sacerdote, o catequista, ou, se tem lugar num centro educativo, o professor, faz referência a Santa Teresa de Jesus e à ideia que ela tem de sacerdote. Se se pergunta a Santa Teresa como é o sacerdote, ela dirá que é um
homem de “letras” (estudioso), exemplar, amigo forte de Deus, responsável
pela Palavra de Deus e de muitas pessoas a quem tem que ensinar.
E, sobretudo, responsável da Eucaristia, pois graças ao sacerdote podemos
participar dos sacramentos que nos ajudam a crescer e a aprofundar a
nossa fé. É assim que ela o vê.
Por isso, propomos ao adolescente que disponha na silhueta de papel quais
os requisitos, segundo o seu próprio critério, que tem de ter o sacerdote.
Uma vez desenhado o perfil que, segundo o adolescente, o sacerdote tem de
ter, fala-se-lhe da forma como o Senhor realiza o chamamento: pode ser atravé
de um amigo, de uma frase, de um sacerdote exemplar, etc. Para aprofundar
um pouco mais recomendamos ver com o adolescente o seguinte vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=ObxuH6gNK9s
Uma vez tendo descoberto a mensagem central do vídeo, «Deus tem um
plano para ele e esse plano é fazê-lo feliz», daremos um passo mais e
mostraremos ao adolescente que são muitos os adolescentes que decidem
responder ao Senhor e ser sacerdotes. Para isso, esses adolescentes se
preparam nos seminários. Perguntamos-lhes como é que eles imaginam
a vida num seminário. E estabelecemos uma conversa com a partilha de
opiniões. Chegado o momento, convidamo-los a olhar detenidamente um
dos vídeos que se seguem, e perguntamos-lhes novamente se era isso que
eles tinham pensado.
https://www.youtube.com/watch?v=cIHVw3QxsD4
https://www.youtube.com/watch?v=TTvgaUYbnEI
https://www.youtube.com/watch?v=UsA8h5dcBRw
https://www.youtube.com/watch?v=PwEK1LSsK2g
https://www.youtube.com/watch?v=babILyHXZN0
https://www.youtube.com/watch?v=0vZyD-rXUEk
FALANDO COM UM AMIGO (ORAÇÃO)
A oração é necessária para esse encontro com Deus onde nasce e se forja a
vocação dos sacerdotes, os «amigos fortes de Deus» como dizia Santa Teresa. Por isso queremos concluir a catequese com a ajuda do vídeo que se segue,
e com a recitação que aparece na pagela da Semana dos Seminários.
PARA APROFUNDAR (MATERIAL COMPLEMENTAR)
Faz-se a seguinte pergunta: para que serve a bússola?, em simultâneo os
adolescentes vêm uma bússola projetada.
Santa Teresa era uma buscadora nata. Ela pode ser para cada um de nós
como essa bússola que nos indica os pontos cardeais da nossa vida, da nossa existência, e o sentido para onde e como temos que ir para tornar
realidade esses desejos que cada um de nós tem em mente. Mas antes
temos de nos “pôr a caminho” definindo bem os nossos pontos cardeais, as
nossas metas, porque cada um de nós está chamado a encontrar o papel
que Deus quer para nós, para as nossas vidas. Podemos fazer a seguinte
dinâmica.
N: Como imaginas e desejas a tua vida?
S: Que espaço ocupa Deus na tua vida?
E: Se Deus te chamar, como um dia chamou Santa Teresa de Jesus, que
responderias?
O: Diante da tua resposta, que te diria Deus?
Sugere-se aos adolescentes que falem entre eles em grupos de 3 ou 4.
Também se pode falar abertamente no grupo. Uma vez terminado o diálogo,
cada adolescente tentará sintetizar as suas respostas em “duas palavras”,
que se poderão escrever num cartaz.
> Consultar suportes digitais em: www.seminariodobompastor.pt
A catequese para jovens
OBJETIVO
«Senhor, que quereis que eu faça?». Estas palavras foram uma constante
na vida de Santa Teresa de Jesus. Por isso, no ano em que celebramos o
V centenário de seu nascimento, queremos que ressoem de modo especial
entre os jovens.
O objetivo que queremos alcançar, com esta catequese, não é outro senão
que o jovem se encontre com a pessoa de Cristo e se pergunte: «Senhor,
que quereis que eu faça?». Com o lema queremos sublinhar que a vontade
de Deus cumprida torna a pessoa livre e leva-a a ser feliz. Para isso queremos que o jovem entenda a atitude e postura do amigo fiel, a disponibilidade, o sentir-se amado por Deus como fonte desta disponibilidade. Para isso,
procuraremos que a catequese seja dinâmica e sempre em um ambiente
orante onde o encontro se torna possível com Ele.
Para o desenvolvimento da catequese propomos que se faça em dois espaços totalmente diferentes, mas que tenham como intuito conectar toda a
catequese. Para começar usamos uma sala onde realizaremos a dinâmica
inicial como tomada de consciência. Concluída a dinâmica passaremos a
capela ou oratório para continuar catequese diante do Senhor num momento de oração.
TOMANDO CONSCIÊNCIA: que pintas?
A vida, a nossa vida, imaginamo-la de distintas maneiras, simultaneamente
desejamos muitas coisas. Nós estabelecemos muitas metas, grandes projetos. Pensa por um momento que tens a oportunidade de fazer um grande
grafiti na parede, com uma grande frase, implicativa, cheia de vida, dinâmica, que resuma isso que imaginas e pensas.
Fecha os olhos e fá-lo interiormente. Imagina que tens uma lata de spray e
fazes grafiti; escuta o som de um barco, observa como se forma essa palavra.
Santa Teresa de Jesus também imaginou a vida de uma determinada maneira. Mas não só a imaginou, também desejou essa vida para todas as pessoas. Sabes de que forma? Como um movimento envolvente do intenso amor
e serviço que a todos alcança. Poderemos nós desejar alcançar e contagiar
com essa força incontrolável da vida?
Projetar o vídeo a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=8Gosg1ybxTU
Depois de projetar o vídeo, começar um diálogo sobre o papel do sacerdote nas
nossas vidas e na sociedade. Vejamos as ações que realiza; estas são como que
o movimento de envolvente e intenso amor e serviço que a todos alcança.
PROCURANDO ... PONTOS CARDEAIS
Continuamos na mesma sala, mas agora começa-se com a seguinte pergunta: Para que serve uma bússola? Ao mesmo tempo projetamos uma
bússola diante dos jovens.
Santa Teresa era uma buscadora nata. Ela pode ser para cada um de nós
como essa bússola que nos indica os pontos cardeais da nossa vida, da
nossa existência, e o sentido para onde e como temos que ir para tornar realidade esses desejos que cada um de nós tem em mente. Mas antes temos
de nos “pôr a caminho” definindo bem os nossos pontos cardeais, as nossas
metas, porque cada um de nós está chamado a encontrar o papel que Deus
quer para nós, para as nossas vidas. Podemos fazer a seguinte dinâmica.
N: Como imaginas e desejas a tua vida?
S: Que espaço ocupa Deus na tua vida?
E: Se Deus te chamar, como um dia chamou Santa Teresa de Jesus, que
responderias?
O: Diante da tua resposta, que te diria Deus?
Sugere-se aos adolescentes que falem entre eles em grupos de 3 ou 4.
Também se pode falar abertamente no grupo. Uma vez terminado o diálogo,
cada adolescente tentará sintetizar as suas respostas em “duas palavras”,
que se poderão escrever num cartaz.
Concluída a dinâmica projetar-se-á um dos seguintes vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=fEI3uD0_dPs#t=13 https://www.youtube.
com/watch?v=Yre_T4etrUs
ENCONTRAR …UM AMIGO
Na capela tem lugar a última parte da catequese e a mais importante.
Agora trata-se de levar todo o trabalho e reflexão à oração. Pode-se colocar num lugar destacado o “Ícone da amizade”, também conhecido como o
ícone Abad Menas. Mas se houver possibilidade de realizar a exposição do
Santíssimo, tanto melhor.
Começa-se a oração cantando uma cântico de invocação ao Espírito Santo.
Deixando depois um momento de silêncio, enquanto se escuta a música
ambiente e a leitura do Evangelho de São João (12, 20-33):
“Entre os que tinham subido a Jerusalém à Festa para a adoração,
havia alguns gregos. Estes foram ter com Filipe, que era de Betsaida
da Galileia, e pediam-lhe: «Senhor, nós queremos ver Jesus!» Filipe
foi dizer isto a André; André e Filipe foram dizê-lo a Jesus. Jesus respondeu-lhes: «Chegou a hora de se revelar a glória do Filho do Homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à
terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem
se ama a si mesmo, perde-se; quem se despreza a si mesmo, neste
mundo, assegura para si a vida eterna. Se alguém me serve, que me
siga, e onde Eu estiver, aí estará também o meu servo. Se alguém me
servir, o Pai há-de honrá-lo. Agora a minha alma está perturbada.
E que hei-de Eu dizer? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente
para esta hora é que Eu vim! Pai, manifesta a tua glória!»
Veio, então, uma voz do Céu: «Já a manifestei e voltarei a manifestála!» Entre as pessoas presentes, que escutaram, uns diziam que
tinha sido um trovão; outros diziam: «Foi um Anjo que lhe falou!»
Jesus respondeu: «Esta voz não veio por causa de mim, mas por
amor de vós. Agora é o julgamento deste mundo; agora é que o dominador deste mundo vai ser lançado fora. E Eu, quando for erguido
da terra, atrairei todos a mim.» Dizia isto dando a entender de que
espécie de morte havia de morrer.”
Após um período razoável de silêncio coloca-se uma questão aos Jovens:
Que significam para ti esta palavras do Evangelho:
Se alguém me serve, que me siga, e onde Eu estiver, aí estará também o
meu servo. Se alguém me servir, o Pai há-de honrá-lo.
Reflexão sobre o Evangelho: Hoje também podemos encontrar muitos “Gregos” (Pessoas de todas as procedências) que querem conhecer Jesus. Nós
podemos ser como André e Filipe, que não só comunicam a Jesus querer
conhece-Lo. Eles mesmo O mostram. Assim, é um Sacerdote. Ele mostra quem
é Jesus; mas não só isso: mas somente isso ele faz as vezes de Jesus.
O sacerdote é como o grão de trigo que cai na terra e germina para dar frutos. O sacerdote, desprendendo-se de si mesmo, está à disposição de Cristo
para o que Ele necessite. O sacerdote é como Cristo, dá a vida pelos outros,
não torna para si. E é aí onde se mostra e se experimenta essa liberdade.
Santa Teresa Jesus disse que “devem ser os que se esforçam pelos fracos e
propagem ânimo nos pequenos” (C 3, 4). Quer dizer, o sacerdote é quem Ele
se ajoelha como Cristo na Última Ceia para lavar os pés aos seus discípulos
e, assim, dar ânimo e exemplo.
Nós somos como André e Filipe. Já o conhecemos, mas temos de continuar
a conhecê-lo um pouco mais, como o fazemos com os amigos.
Depois de um tempo de silêncio propõe-se ouvir um dos hinos Santa Teresa
de Ávila:
https://www.youtube.com/watch?v=V0b_3lUnj0Y
Seguidamente, incentiva-se os jovens a partilhar essas palavras que eles
escreveram numa cartolina expressando assim livremente as emoções que
brotaram do interior.
Uma vez concluída, pode-se projetar o vídeo que se segue e pede-se que
estejam atentos à mensagem que contém:
https://www.youtube.com/watch?v=Dt3JnIwO0bc
Terminado o vídeo, finaliza-se com a Oração proposta:
(A Oração que aparece na estampa do dia Seminário. Seria oportuno que
todos tenham uma estampa de forma a poder rezar e levar para casa).
> Consultar suportes digitais em: www.seminariodobompastor.pt
SECRETARIADO DIOCESANO
DA PASTORAL DAS VOCAÇÕES
DIOCESE DO PORTO
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