51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 421 [email protected] Bertucchi-vogt, NA1; Batista, JS2; Formiga-Aquino, K2; Marão-Siqueira, T2; Alves-Gomes, JA2 1 Centro Universitário Luterano de Manaus-CEULM-ULBRA/INPA; 2 Laboratório Temático de Biologia Molecular/Coordenação Geral de Pesquisas/INPA Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Subsídios pra conservação e manejo da dourada no rio Madeira e estuário amazônico inferido a partir do estudo da região controle do DNA mitocondrial A dourada (Brachyplatystoma rousseauxii) é a espécie mais comum do rio Madeira, sendo considerada um dos mais importantes recursos pesqueiros no nível comercial para a bacia Amazônica. Alguns dos aspectos biológicos e ecológicos estudados até o momento indicam que esta espécie realiza grandes migrações para completar seu ciclo de vida, abrangendo uma área muito extensa, envolvendo seis países. As cabeceiras representam à área de reprodução, o estuário, corresponde a área de criação e o médio Amazonas é utilizado para alimentação e crescimento. O rio Madeira corresponde a um dos afluentes utilizados pela dourada para desovar e o estuário é utilizado por esta espécie como área de criação. Diante deste cenário, a partir de seqüências da região controle do DNA mitocondrial, foi estimada a variabilidade nucleotídica da dourada do rio Madeira e do estuário Amazônico, afim de verificar como atualmente se encontra esta espécie, no nível genético no intuito de subsidiar políticas de conservação e manejo. A região controle do DNA mitocondrial apresentou 911 pb para os 89 indivíduos analisados. Foram coletados 50 indivíduos do rio Madeira e identificados 36 haplotipos com 47 mutações. Já o estuário apresentou 24 haplotipos com 48 mutações entre 39 exemplares analisados. A distância genética dos 89 espécimens de B. rousseauxii variou entre 0 e 2,40%. As análises foram feitas em função dos períodos sazonais de captura desta espécie na Amazônia (safra e entressafra). Com base nos resultados obtidos, não foram encontradas diferenças significativas entre os dois períodos sazonais. A análise de variância molecular (AMOVA), também indica que não houve diferença significativa entre as mesmas, sugerindo que a os indivíduos oriundos das duas localidades possam compor uma parcela de um estoque pesqueiro na Amazônia Brasileira. Estes resultados são cruciais não só para subsidiar planos de manejo como também fornecer dados científicos a projetos que visam à construção de hidrelétricas no rio Madeira e em outros afluentes do rio Amazonas/Solimões. A influência antropológica na área de migração da espécie pode ameaçar drasticamente o ciclo de vida da dourada na Amazônia. Apoio Finaceiro: IFS, Provárzea, PPI 1-3550 INPA/MCT, CNPq.