Mecânica Clássica Curso - Licenciatura em Física – EAD Profº. M.Sc. Marcelo O’Donnell Krause ILHÉUS - BA Aula 1 : Cinemática da partícula Aula 1 : Cinemática da partícula • Exemplos Um tubo metálico, retilíneo e oco, encontra-se girando sobre uma mesa com velocidade angular constante e igual a w. No interior do tubo, uma formiga caminha com velocidade constante, em relação ao tubo, de modulo v, na direção paralela ao eixo de simetria do tubo e no sentido contrario ao ponto em que passa o eixo em torno do qual o tubo gira, que vamos tomar como origem de um sistema de coordenadas polar. Calcule a trajetória da formiga neste sistema polar supondo que no instante inicial a formiga passava pela origem e o tubo passava pelo eixo polar, ou seja, em θ = 0. Aula 1 : Cinemática da partícula Aula 1 : Cinemática da partícula Aula 1 : Cinemática da partícula Aula 1 : Cinemática da partícula h r Aula 1 : Cinemática do sólido Do ponto de vista da Mecânica um corpo rígido, ou um solido, e uma distribuição continua de massa com a propriedade, ou vinculo, de que a distancia entre quaisquer dois pontos deste permaneça constante no tempo. Assim, escolhendo A e B como dois pontos quaisquer do solido, teremos que: ‖ A - B ‖ = constante no tempo! Embora o movimento mais geral de um solido seja, a primeira vista, bastante complicado de se descrever, existem dois casos especialmente simples e que, como veremos, servem de base para a descrição o mais geral. Trata-se do movimento puramente translacional e do movimento puramente rotacional. Aula 1 : Cinemática do sólido • Translação O movimento puramente translacional e aquele em que o vetor que liga dois pontos quaisquer do corpo rígido permanece equipolente a um vetor fixo no referencial a partir do qual o movimento do corpo e estudado. Portanto, podemos escrever que, para quaisquer A e B pertencentes ao solido em movimento translacional, temos: A - B = constante no tempo. Teorema: Todos os pontos de um corpo rígido, com movimento puramente translacional, possuem, em cada instante, a mesma velocidade e a mesma aceleração. • Demonstração: Considere que a figura ao lado representa um corpo rígido num momento em que este se move em translação, em relação ao referencial R. Aula 1 : Cinemática do sólido • Rotação O movimento puramente rotacional e aquele em que dois pontos do solido encontramse em repouso em relação ao referencial em que este e observado. Estes dois pontos determinam uma reta, Δ, chamada de eixo de rotação. Podemos mostrar que todos os pontos do solido que se encontram sobre o eixo de rotação possuem, também, velocidade nula no referencial em pauta. Para nos convencermos disto, observe a figura abaixo, onde os pontos A e B são os pontos em repouso e que, por isso, definem a reta Δ: Aula 1 : Cinemática do sólido • Velocidade de rotação: Na figura abaixo representamos um sólido em movimento de rotação pura em um determinado referencial R, e escolhemos um sistema de eixos cartesianos fixo em tal referencial, de maneira que o eixo z deste sistema coincide com o eixo de rotação do sólido: Aula 1 : Cinemática do sólido O sólido em rotação em torno de um eixo que coincida com o eixo z do sistema cartesiano, como na figura anterior, apenas explicitando agora dois dos pontos do sistema S que definem Δ, os pontos A e B na figura 5, e vamos usar também o sistema de coordenadas cilíndricas (ρ, θ, z): Aula 1 : Cinemática do sólido O sólido em rotação em torno de um eixo que coincida com o eixo z do sistema cartesiano, como na figura anterior, apenas explicitando agora dois dos pontos do sistema S que definem Δ, os pontos A e B na figura 5, e vamos usar também o sistema de coordenadas cilíndricas (ρ, θ, z): Aula 1 : Cinemática do sólido O sólido em rotação em torno de um eixo que coincida com o eixo z do sistema cartesiano, como na figura anterior, apenas explicitando agora dois dos pontos do sistema S que definem Δ, os pontos A e B na figura 5, e vamos usar também o sistema de coordenadas cilíndricas (ρ, θ, z): Aula 1 : Problema Cinemático na Mudança de Referenciais Vamos chamar de R’ um referencial inicial e de R um referencial que se mova em relação ao primeiro de maneira conhecida. E fácil perceber que, por exemplo, um vetor que e constante no referencial R, para um observador que se movimente “junto” com este referencial (imagine o vetor que liga dois pontos do referencial R), não parecerá constante do ponto de vista de outro observador no referencial R’, visto que o “corpo” de R se move em relação a R’. Usaremos a seguinte notação em nossa analise: d/dt (ou um ponto sobre um vetor) será usada para designar a derivada temporal relativa a R’ e ∂/∂t para designar a derivada temporal medida por um observador em R. Aula 1 : Problema Cinemático na Mudança de Referenciais Exercício 2 Exercício 6 O disco circular representado na figura tem raio igual a R, e rígido e esta rolando, sem deslizar, sobre um piso horizontal. Sabe-se que e retilínea a trajetória descrita pelo centro C do disco e que todos os pontos deste se mantem num mesmo plano vertical. A figura e correspondente a uma certa data t, quando a velocidade do centro C do disco tinha norma igual a ‖vC‖ e O era o ponto do disco que estava em contato com o piso. Sabendo que as distancias dos pontos A, B e D ao ponto O são respectivamente iguais a 3R/2, 2R e 5R/4, calcule as normas das velocidades de tais pontos, correspondentes a data t. Exercício 8 O comprimento do raio da esfera fixa representada na figura vale R, enquanto que o da esfera menor e que rola sobre ela vale r. No instante em que o segmento de reta OC forma com a vertical um ângulo igual a θ a velocidade angular da esfera móvel vale w. Sabendo que a esfera móvel rola sem deslizar, calcule a velocidade do seu centro, no instante mencionado. (Todas as velocidades são relativas ao referencial onde a esfera maior e fixa, e ambas as esferas são rígidas.) r I o R c Exercício 9 Na figura esta representada uma seção plana e vertical de um hemisfério, de raio R, cavado na rocha, e no interior do qual rola, sem deslizar, uma esfera rígida, de raio r < R. A seção representada contem os centros O e C do hemisfério e da esfera rolante. Numa data genérica t a velocidade angular da esfera móvel e igual a w e o segmento de reta OC que une os pontos O e C forma com a vertical um angulo θ. Calcule: 1) a velocidade escalar do centro C da esfera rolante, na data t; 2) o valor de na data t. (Todas as velocidades mencionadas são relativas a um referencial solidário a rocha.) Até a próxima e Bons Estudos!!!