Cadastrados 126 mil doadores de medula Hemominas credita

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MINAS GERAIS QUARTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2008 - 4
Saúde
Cadastrados 126 mil doadores de medula
Hemominas credita sucesso ao trabalho permanente de conscientização
A Fundação Hemominas fechou o ano de 2007
com mais de 30 mil cadastros de candidatos à doação
de medula óssea no Redome (Registro Nacional de
Doadores de Medula Óssea). O dado foi levantado
pela Gerência de Captação de Doadores, que é responsável pela conscientização da população e cadastro das
pessoas interessadas em se candidatar à doação, em
Minas Gerais. Desde 2000, a instituição é responsável
pelo serviço no Estado e, até 2007, já cadastrou cerca
de 126 mil candidatos no Registro Nacional.
De acordo com a responsável pela Gerência de
Captação da Hemominas, Heloísa Gontijo, o número
atingido pela instituição, este ano, reflete o avanço do
trabalho de conscientização e o maior número de pessoas que procuram as unidades da Hemominas para
efetivar o cadastro.
A Fundação leva equipamentos para o trabalho
em escolas, universidades, igrejas, comunidades, empresas e instituições. O Registro Nacional conta hoje
com mais de 500 mil cadastrados em todo o Brasil. A
compatibilidade de sangue para a doação é de 25%
para parentes e de um para 100 mil entre pessoas não
aparentadas.
A aposentada Maria Auxiliadora Peixoto é um
exemplo da importância do trabalho desenvolvido
pela Fundação. Ela se cadastrou em novembro de
2004 e, em 2007, descobriu que tem grandes possibilidades de ser uma doadora. Agora, vai fazer um se-
gundo exame para confirmar a compatibilidade.
Maria de Fátima Santos Torres, de 24 anos, conheceu o cadastro através de reportagens de televisão.
“O meu marido veio doar sangue e me falou do cadastro de medula. Aí, eu vim e aproveitei para fazer as
duas ações solidárias.
DULCE RODRIGUES/HEMOMINAS
Coleta externa de amostra de medula óssea
realizada pelo Hemocentro de Belo Horizonte
Cadastro
Para se cadastrar como candidata à doação de medula óssea, a pessoa precisa apresentar documento de
identidade com foto, preencher os formulários, ter entre 18 e 55 anos e não apresentar doenças como as infecciosas ou as hematológicas. Ela recebe todos os esclarecimentos sobre o processo de doação e, em seguida, é colhida uma pequena amostra de sangue que será
submetida ao exame de classificação da medula
(HLA).
Todas as unidades da Hemominas, exceto as
Agências Transfusionais, fazem a coleta da amostra de
sangue para cadastro de candidatos à doação de medula óssea. As unidades são os Núcleos Regionais de
Diamantina, Divinópolis, Ituiutaba, Manhuaçu, Passos, Patos de Minas, Ponte Nova, São João Del Rei e
Sete Lagoas; os Hemocentros Regionais de Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Pouso
Alegre, Uberaba e Uberlândia, além do Hemocentro
de Belo Horizonte; e os postos de coleta de Betim,
Além Paraíba e o Hospital Júlia Kubitschek.
Esclarecimento da Secretaria de Saúde
sobre suspeitas de febre amarela em MG
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
(SES/MG) foi notificada, ontem, sobre a internação de G.
J. R., de 49 anos, pecuarista, morador de Acrelândia, no
Estado do Acre, com suspeitas de febre amarela. O paciente, que não é vacinado, encontra-se internado no Hospital
Felício Rocho, em Belo Horizonte. O material do pecuarista foi coletado ontem e encaminhado para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) para análise.
Sobre a morte de primatas, em Minas Gerais, a SES/MG
informa que, até ontem, foram notificados pela Gerência Regional de Saúde (GRS) de Unaí, seis mortes de micos em Cabeceira Grande, região Noroeste do Estado, e um primata de grande
porte (guariba), em Buritis. A GRS de Uberlândia também confirmou o óbito de um mico na cidade, e a Regional de Januária
informou que encontrou três guaribas mortas na beira de um
córrego, em Luislândia, Norte do Estado.
Providências
Após a notificação do primeiro óbito de primata não-humano, em Cabeceira Grande, na segunda-feira (7), foi desencadeada uma ação pela SES/MG. Hoje, a equipe de entomologia da
Gerência de Vigilância Ambiental (GVA) da SES/MG chega às
cidades de Cabeceira Grande e Buritis. Equipes de Zoonoses e
de Vigilância Epidemiológica da GRS de Unaí também foram
ao local acompanhar a situação.
Para o município de Luislândia, no Norte de Minas, foi deslocada uma equipe da GRS de Montes Claros. Caso seja necessário a intervenção em outras áreas do Estado, técnicos de outras
GRS estarão à disposição da secretaria.
A equipe de entomologia da GVA vai investigar se existem
mosquitos dos gêneros haemagogus ou sabethes, transmissores
da febre amarela silvestre, na região. É importante ressaltar, no
entanto, que não há a confirmação de que a morte ocorreu devido à doença. Em todos os casos de ocorrências de mortes de primatas são desencadeadas ações para investigar a causa, descar-
tando a ocorrência devido à febre amarela. É importante, ainda,
segundo a GVA, que a população notifique a Secretaria Municipal de Saúde, caso detecte algum óbito destes animais.
Adoença ocorre regularmente no ambiente silvestre, envolvendo primatas e os vetores silvestres da febre amarela. Quando
há um aumento no número de óbitos entre estes animais, o caso
é tratado como uma epizootia (mortandade de primata), que
deve ser notificada e, a princípio, tratada como suspeita da circulação do vírus amarílico.
Vacinas
Para intensificar a imunização nos municípios fronteiriços
com Goiás e Distrito Federal, a SES/MG liberou 140 mil doses
de vacinas para os 13 municípios sob jurisdição da GRS de
Unaí: Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Chapada Gaúcha, Dom Bosco, Formoso, Natalândia, Paracatu, Riachinho, Unaí e Uruana de Minas.
Amanhã, o subsecretário de Vigilância em Saúde da
SES/MG, Luís Felipe Caram, lidera uma reunião com os gestores municipais da GRS de Unaí para implementação das ações
de imunização e de vigilância epidemiológica e de primatas. A
reunião será realizada na sede da Regional de Unaí (Avenida
Governador Valadares, 1634/SL – Centro), às 13 horas.
Ações permanentes
O Estado realiza ações permanentes para prevenção e controle da doença, como implantação da vacina no calendário vacinal, na rotina, aos 9 meses, desde de 2001, além de campanhas
de vacinação em massa desde 1998. E mais, vigilância passiva
de primatas em todo o Estado, o que significa que todo evento
de morte de macaco é investigado como suspeita de febre amarela até seu descarte pelo Laboratório de Referência Nacional do
Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, no Pará.
Também são ações permanentes a vigilância epidemiológica da doença, alertas anuais, no período de maior risco de trans-
missão da doença, com campanhas publicitárias, e alerta aos
profissionais de saúde sobre a doença.
Febre amarela
Com a chegada do verão, das chuvas e do calor, cria-se
o momento propício para a reprodução dos mosquitos transmissores de dengue e febre amarela. Neste ano, há uma
grande incidência de febre amarela no Estado de Goiás, onde
ocorreram casos humanos e epizootias (mortandade de macaco) em 28 municípios. Dentre estas mortes, houve também
a confirmação de um macaco positivo, em um parque na
zona urbana de Anápolis.
Até 1999, a vigilância deste agravo era pautada, exclusivamente, na ocorrência de casos humanos. A partir daquele ano, com a observação de morte de primatas não-humanos em vários municípios de Tocantins e Goiás, tais eventos
passaram a ser vistos como sinalizadores de risco de casos
humanos de febre amarela.
Não existem medidas efetivas de controle dessas populações de animais. Quando a epizootia ocorre nas proximidades de áreas urbanas ou nas áreas limítrofes destas com as
áreas rurais, também está indicada a intensificação das ações
de controle do Aedes aegypti, para que este não transmita a
infecção nas cidades.
Em 2007, foram notificadas epizootias de primatas em
nove estados do país: Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Piauí, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. No entanto, houve confirmação laboratorial para febre amarela apenas em Goiás, até
o momento. Nestes estados, houve registro de epizootias em
48 municípios. Em relação aos casos humanos, foram registrados seis casos em quatro estados: Amazônia, Pará, Roraima e Goiás.
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