Sabedoria: o caminho da felicidade! “[A sabedoria] é arvore de vida ... felizes são todos os que a retêm” (Pv 3.18-20). Já vimos que a felicidade advinda da sabedoria é melhor do que tudo que o dinheiro pode comprar; é melhor que o glamour, e os maiores anseios do coração ainda são inferiores ao que ela pode oferecer; ela tem poder de nos dar dias quantitativa e qualitativamente melhores e pode tornar os caminhos da existência mais agradáveis. Veremos ainda. 5. A felicidade advinda da sabedoria é vida para quem a alcança e a retém. “É árvore de vida para os que a alcançam, e felizes são todos os que a retêm” (Pv 3.18). A expressão aqui traduzida como árvore de vida remete-nos ao Jardim criado por Deus, onde havia a árvore que dá vida. Em outras palavras, alcançar a sabedoria é alcançar a vida. Contudo, o sábio aponta para algo: mais do que alcançar a sabedoria é preciso se manter nesta via. Só assim a felicidade o perseguirá. A vida é assim feita de eventos e processos. Alcançar a árvore da vida é o evento, manter-se conectado a ela é o processo. A felicidade reside em manter-se conectado Àquele que dá vida e sabedoria. E mais... 6. O próprio Deus utilizou-se da sabedoria para trazer o mundo a existência e mantê-lo em bom funcionamento. “O SENHOR com sabedoria fundou a terra, com inteligência estabeleceu os céus. Pelo seu conhecimento os abismos se rompem, e as nuvens destilam orvalho.” Ao encerrar as orientações do sábio sobre os princípios de causa e efeito, Salomão apresenta um argumento contundente sobre a necessidade de buscarmos a sabedoria. Diz o Rei de Israel que a excelência da sabedoria advém de sua origem, utilidade e finalidade. Em outras palavras, a verdadeira sabedoria tem origem em Deus, foi por Ele utilizada e acaba lançando-nos a Ele. Tudo o que existe foi criado pelo Senhor ainda que alguns seres tenham se pervertido, juntamente com suas obras, devido à independência do criador e por querer viver a partir de sua própria estultícia. Tudo o que existe, se mantém em funcionamento devido à sabedoria do Eterno. Pense um pouco. Quanto vale uma bola de basquete, uma blusa, um carro ou uma caneta? Todos esses objetos valem muito ou quase nada. Sua valoração depende das mãos que a criaram ou dela se utilizam ou utilizaram. Por exemplo. Uma bola de basquete em minha posse tem um valor, mas se foi utilizada por Michael Jordan num final de campeonato, tem outro valor. O mesmo carro tem diferentes valores dependendo se foi utilizado por um cidadão comum ou por Juscelino Kubitschek ou ainda John Kennedy na sua última passeata como presidente dos Estados Unidos da América. O mesmo se aplica a caneta e a blusa. Partindo desse princípio, nos convencemos que a sabedoria é um dom extraordinário porque nasce com o Eterno e foi por Ele utilizada para criar nosso magnífico, ordenado, incomensurável, riquíssimo e admirável Universo. Ora, se o próprio Deus se utiliza da sabedoria a fim de trazer a existência e manter o micro e o macrocosmo. Se Ele, a fim de trazer uma indescritível beleza, harmonia e poder aos milhares de diferentes minerais, vegetais e animais; aos bilhões de galáxias com seus grupos e sub grupos que por sua vez são formadas por outros bilhões de estrelas, por que criaturas finitas, instáveis e transitórias como nós acharíamos que poderíamos realizar alguma coisa boa sem a mesma sabedoria utilizada pelo Criador? Por que seríamos arrogantes ao achar que a sabedoria nasceu conosco e é intrínseca a nós? Como é possível ser sábio nos múltiplos relacionamentos e demandas da existência se não recebermos do Soberano porções diárias dessa Sofia? E mais, quão mais felizes seríamos se ao invés de confiarmos em nossos próprios pensamentos ou nas dicas dos meios de comunicação, consultássemos o originalizador e doador da sabedoria? Quantos erros evitaríamos, quantas dor de cabeça seria dissipada, quanto dinheiro deixaria de ser desperdiçado, quão melhores seriam nossos cônjuges, filhos e colegas; quantos relacionamentos seriam potencializados ao invés de quebrados? Que o Eterno criador, mantenedor e doador da vida e sabedoria, nos agracie com esta sabedoria e que sejamos humildes o suficiente para tributar-lhe a honra e a glória que lhe é devida. Rev. Heliel G. Carvalho – [email protected]