RA066DIR/2009 – REV.07 ÁGUAS DE ITU EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO S/A. ITU - SP “PLANO DIRETOR DE ESGOTOS DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE ITU” - VOLUME I – RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO - REV. 07 - NOV/2009 NOVA AMBI SERVIÇOS ANALÍTICOS LTDA. Rua Sebastião Eugênio de Camargo, 53 – CEP 05360-010 – Butantã – São Paulo-SP – Fone/Fax: (11) 3731-8703 www.novaambi.com.br ÍNDICE VOLUME I Pág. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................... 01 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MUNICÍPIO .......................................................................03 1.1 LOCALIZAÇÃO....................................................................................................................03 1.2 CLIMA ..................................................................................................................................03 1.3 RECURSOS HÍDRICOS .......................................................................................................04 1.4 GEOMORFOLOGIA .............................................................................................................07 1.5 INFRAESTRUTURA .............................................................................................................08 1.6 LEGISLAÇÃO ......................................................................................................................10 2. ESTUDOS EXISTENTES .........................................................................................................18 2.1 PLANO DIRETOR DE SANEAMENTO BÁSICO DO MÉDIO TIETÊ SUPERIOR – BACIA 4 .........................................................................................................18 2.2 PLANO DIRETOR DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE ITU ..............................................................................................................19 2.3 ESTANCIA TURÍSTICA DE ITU – CIDADE NOVA: SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS........................................................................................................................24 2.4 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS – RAE DA DERIVAÇÃO DE ÁGUA DO RIBEIRÃO VAREJÃO PARA ABASTECIMENTO DA CIDADE NOVA................................................................................................................27 2.5 ESTUDO DE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO – EVI DA DERIVAÇÃO DE ÁGUA DO RIO PIRAJIBU PARA ABASTECIMENTO DA CIDADE NOVA .....................................28 2.6 PORTARIA DAEE Nº 193 DE 02 DE MAIO DE 1997 ...........................................................28 2.7 DIAGNÓSTICO PRELIMINAR GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DE SÃO MIGUEL...............................................................................................28 2.8 ESTUDO DE CONCEPÇÃO PARA O EMISSÁRIO DE ESGOTOS ETE CIDADE NOVA RIO PIRAJIBU E RESPECTIVO ESTUDO DE AUTO-DEPURAÇÃO DO RIO PIRAJIBU NO MUNICIPIO DE ITU .........................................................................................................29 2.9 ESTUDO DE VIABILIDADE DE EXPLORAÇÃO, RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO RIO PIRAJIBU.................................................................................................................29 2.10 ESTUDOS DE REAVALIAÇÃO DO SISTEMA ATUAL E PROPOSTO E NOVA CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE CIDADE NOVA, PIRAPITINGUI, PORTAL DO ÉDEN, CITY CASTELO E ADJACÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE ITU - SP......................................................................................................30 2.11 INTERCEPTOR DOS CÓRREGOS ITAIM MIRIM E ITAIM GUAÇU................................... 37 3. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTE ..............................................................40 3.1 SEDE MUNICIPAL ...............................................................................................................40 3.2 DISTRITO DE PIRAPITINGUI................................................................................................52 4. ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E PARÂMETROS TÉCNICOS UTILIZADOS NO PLANO DIRETOR ........................................................................................................................57 4.1 HORIZONTE DE PROJETO .................................................................................................57 4.2 BASE CARTOGRÁFICA ......................................................................................................57 4.3 BACIAS E SUB-BACIAS DE ESGOTAMENTO ...................................................................57 4.4 ESTUDOS DEMOGRÁFICOS ..............................................................................................58 4.5 PARÂMETROS BÁSICOS DE PROJETO............................................................................62 4.6 CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTOS..........................................................................................64 VOLUME II 5. SELEÇÃO E COTEJO DAS ALTERNATIVAS DE ESGOTAMENTO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS ESGOTOS......................................................................................71 5.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................71 5.2 CRITÉRIOS ADOTADOS NO ESTUDO DAS ALTERNATIVAS DE ESGOTAMENTO E TRATAMENTO......................................................................................................................72 5.3 DESCRIÇÃO DAS ALTERNATIVAS SELECIONADAS........................................................77 6. DEFINIÇÃO DA SOLUÇÃO DE ESGOTAMENTO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS ESGOTOS .......................................................................................................................110 6.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................110 6.2 JUSTIFICATIVA DA SOLUÇÃO ADOTADA ........................................................................111 ANEXOS – VOLUME I I.1 - ITU-PDE-01: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE ITU E BACIA HIDROGRÁFICA TIETÊ/SOROCABA (IGRHI-10) I.2 - ITU-PDE-02: BACIAS HIDROGRÁFICAS E PERÍMETRO URBANO I.3 - ITU-PDE-03: A/B/C/D DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO EM 2015/2025/2035 (DIVISÃO POR BACIAS E SUB-BACIAS) I.4A - ITU-PDE-04A: SEDE MUNICIPAL - EMISSÁRIOS/INTERCEPTORES/COLETORES TRONCO, LINHAS DE RECALQUE E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO (SISTEMA EXISTENTE) I.4B - ITU-PDE-04B:DISTRITO DE PIRAPITINGUI-EMISSÁRIOS/INTERCEPTORES/COLETORES TRONCO, LINHAS DE RECALQUE E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO (SISTEMA EXISTENTE) I.5 - ITU-PDE-05: PLANTA GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS (SISTEMA EXISTENTE) - ETE-CANJICA I.6 - PREVISÃO POPULACIONAL E ESTIMATIVA DE DEMANDA DE ÁGUA (RELATÓRIO 1.1) E ESTUDO DE DEMANDAS POR ROTA COMERCIAL (RELATÓRIO 2.1) – QUIRON SERVIÇOS DE ENGENHARIA/2008 ANEXOS – VOLUME II II.1 - ITU-PDE-06: SEDE MUNICIPAL – DISTRITO DE PIRAPITINGUI-SISTEMA DE ESGOTAMENTO E TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA (ALTERNATIVAS 1.1, 1.2 e 1.3) II.2 - ITU-PDE-07: EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA (ALTERNATIVA 1.1) II.3 - ITU-PDE-08: EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA-PLANTA E PERFIL (ALTERNATIVA 1.2) II.4 - ITU-PDE-09: -EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE-CANJICA-PLANTA E PERFIL (ALTERNATIVA 1.3) II.5A - ITU-PDE-10A: SEDE MUNICIPAL – INTERVENÇOES (ALTERNATIVA 2) II.5B - ITU-PDE-10B: DISTRITO DE PIRAPITINGUI-SISTEMA DE ESGOTAMENTO E TRATAMENTO NA ÁREA SUL (ALTERNATIVA 2) II.6 - ITU-PDE-11: PLANTA GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - ETE PIRAJIBU (ALTERNATIVA 2) APRESENTAÇÃO A elaboração do Plano Diretor de Esgotos visa atender a uma das proposições do Plano Diretor Participativo da Estância Turística de Itu consubstanciada na alínea I do artigo 28 da Sub-Seção I, Seção III, do Capítulo III – ”da Política do Meio Ambiente e Saneamento Ambiental”: “I – elaborar Plano Diretor de Coleta, Tratamento e Disposição de Esgotos que defina prioridades e oriente o programa de investimentos no setor, no prazo máximo de 02 (dois) anos após a promulgação do presente Plano”. Adicionalmente, o Plano Diretor de Esgotos objetiva também atender em um prazo de doze meses um dos compromissos celebrados entre a empresa Águas de Itu Exploração de Serviços de Água e Esgoto S/A e o Ministério Público do Estado de S. Paulo, com a anuência da Prefeitura de Itu, objeto do item 10, alínea a, do Termo de Ajustamento de Conduta, assinado em 20 de agosto de 2008. Itu, uma das mais tradicionais e progressistas cidades do Estado de S. Paulo, com um elevado IDH, nas suas três dimensões: educação, expectativa de vida e renda o que a enquadra em posição privilegiada dentre os municípios paulistas, é também bem servida em termos de saneamento básico no que se refere aos índices de atendimento em abastecimento de água e coleta de esgotos, alcançando cerca de 98%. No entanto, apesar de mais de 95% da Sede municipal ser também atendida por tratamento de esgotos ao nível secundário, o Distrito de Pirapitingui, localizado a cerca de 15Km da Sede, não conta ainda com este tipo de serviço acarretando em conseqüência lançamentos “in natura”. Em conseqüência, na elaboração deste Plano Diretor, procurou-se focar estes estudos principalmente nas carências sanitárias do Distrito e nas formas de solucioná-las, através do traçado de alternativas que envolveram inclusive as hipóteses de utilização de parte da infra-estrutura sanitária da Sede, representada por coleta e tratamento, ou a alternativa de concentrar a solução no próprio Distrito, com status de um sistema isolado, a exemplo do que ocorre com o abastecimento de água. Todos os aspectos envolvidos no cotejo das alternativas, sejam técnicos, econômicos, legais, institucionais e ambientais foram considerados e avaliados cuidadosamente nestes estudos o que permitiu a seleção da solução mais adequada envolvendo esgotamento, tratamento e disposição final dos esgotos gerados em Pirapitingui. A Sede, malgrado seus altos índices de atendimento em termos de coleta e tratamento de esgotos, também mereceu abordagem detalhada, notadamente no que se refere a alternativa de implantação de novas obras lineares como forma de substituição de conjuntos elevatórios de esgotos atualmente em operação na bacia do córrego Itaim. 1 Por sua própria natureza, Planos Diretores, notadamente os que estabelecem diretrizes de longo prazo como o do presente estudo, que prevê um horizonte de projeto de 30 anos, com base em uma população projetada para este período, fatalmente terá de ser revisto periodicamente a fim de que ajustes e melhorias possam ser implementadas a tempo, em função de novas tendências de crescimento e da ocupação das áreas de projeto, bem como em conformidade com a evolução de novas tecnologias de tratamento , além do incremento das restrições ambientais. 2 1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MUNICÍPIO 1.1 LOCALIZAÇÃO O município de Itu, no Estado de São Paulo, abrange uma extensão territorial de 642,0 km². Pertence à Região Administrativa de Sorocaba e à Região de Governo de Sorocaba. Limita-se com os seguintes municípios: Porto Feliz, Elias Fausto, Salto, Indaiatuba, Itupeva, Cabreúva, São Roque, Mairinque e Sorocaba. As Coordenadas Geográficas da sede do município são: Latitude: 23º 16’ S Longitude: 47º 18’ E Itu localiza-se cerca de 100 km da capital do estado, a aproximadamente 47 Km de Campinas, 49 Km de Jundiaí e situa-se na região de Sorocaba, da qual dista 39 Km. 1.2 CLIMA O clima na região se caracteriza como Tropical Brasil Central, Mesotérmico Brando e Úmido, fortemente influenciado pelo relevo, dado o município estar situado no início da “Depressão Periférica Paulista”, zona caracterizada por ser de sombra de chuvas, em relação às áreas vizinhas situadas a leste. A precipitação anual é da ordem de 1.300 mm, havendo clara distinção de verão e inverno. A seca abrange de 5 a 6 meses (abril a setembro) com precipitações mensais abaixo de 70 mm, sendo que no mês de agosto apresenta valores médios menores que 35 mm. No verão (dezembro a março) as precipitações mensais são da ordem de 170 mm, destacando-se o mês de janeiro que passa dos 220 mm. Nos meses de outubro e novembro as médias são da ordem de 120 mm. No pluviograma 1.1 abaixo, da estação de prefixo E4-023 situada no município de Itu nas coordenadas Latitude 23º20’ Longitude 47º20’, pode-se observar as médias mensais dos anos de 1936 a 2000. Figura 1.1- Pluviograma acumulado médio mensal Fonte:Banco de Dados Pluviométricos do Estado de São Paulo 3 Assim como a pluviometria, também a temperatura e a umidade fazem clara distinção entre inverno (frio e seco) e verão (quente e úmido). A umidade relativa do ar varia de 50 a 80%, com temperatura média no período diurno entre 22 e 28ºC com máximas da ordem de 33ºC. A variação climática tem relativa influência na demanda de água. No verão o consumo tende a aumentar de 5 a 7%, inversamente, há uma tendência no inverno de consumo reduzir até 5% em relação à média anual. 1.3 - RECURSOS HÍDRICOS 1.3.1 - Introdução O município de Itu está inserido na Unidade de Gerenciamento dos Recursos Hídricos 10 (UGRHI 10), denominada Bacia Hidrográfica dos Rios Sorocaba/Médio Tietê, dividida em duas grandes sub-bacias: − Médio Tiete Superior; e − Alto Sorocaba; A UGRHI 10 é composta por 33 municípios com uma área de drenagem de 7079km2, se estendendo desde a saída do Reservatório de Pirapora no rio Tietê até a barragem de Barra Bonita, numa extensão de aproximadamente 270km, conforme mapa nº ITU-PDE-01 apresentado no anexo I.1. O principal curso d’água do município é o Rio Tietê, cujos principais afluentes no município de Itu, em sua margem esquerda, são o córrego Itaim–Guaçu, córrego Guaraú e o córrego Pirapitingui. À margem direita desemboca o córrego São José. Há ainda o Ribeirão Piraí afluente do rio Jundiaí, contribuinte da margem direita do Tietê. O desenho nº ITU-PDE-02 (anexo I.2) apresenta a divisão das bacias hidrográficas do município. O Distrito de Pirapitingui ou Cidade Nova é banhado pelos córregos Tapera Grande e São Miguel ou Varejão ou ainda Varjão, cursos d’água afluentes da margem direita do rio Pirajibu, afluente do Sorocaba. Com referência às águas subterrâneas há dois tipos de sistemas de aqüíferos na região: sedimentar e cristalino. 1.3.2 - Sede Municipal 1.3.2.1- Bacia do Guaraú O córrego Guaraú e seus formadores, córregos do Brochado e córrego do Taboão, nascem e banham a área mais densa da sede do município. Com uma área de drenagem de 15 km², o córrego Guarau tem sua foz no rio Tietê. 4 1.3.2.2 - Bacia do Pirapitingui / Taquaral A bacia hidrográfica do Pirapintigui ou Taquaral é das bacias das áreas de projeto a que apresenta maior extensão. A área de drenagem é de 76,27km² considerando também as áreas de drenagem das sub-bacias dos Gomes e Braiaiá, seus principais afluentes, todos da margem direita. O córrego Pirapitingui deságua no rio Tietê junto a ponte da Rodovia Marechal Rondon sobre o rio. A bacia do Pirapitingui / Taquaral contribui para o abastecimento de água da sede com capacidade de captação atual de 250L/s no córrego Pirapitingui, 100L/s no córrego Braiaiá (com plano de ampliação para 180L/s a partir de 2009) e 45L/s no córrego dos Gomes. O Plano Diretor de Água previu seis reservatórios no córrego Pirapitingui para abastecimento de Itu no período de estiagem (não inclui os reservatórios das subbacias do Braiaiá e Gomes, listados abaixo individualmente). - Chácara Bambui; - Fazenda Esperança; - Fazenda Potiguar; - Terras de São José I; - Centro do Professorado Paulista; e - Sítio Lameirão. Na sub-bacia do córrego Braiaiá foram previstos quatro reservatórios de interesse: - Granja Selecta; - Fazenda Santa Marta; - Fazenda Ventania; e - Fazenda Taquaral. Na sub-bacia do córrego dos Gomes foram previstos mais seis reservatórios: - Santa Fé; - Paulista; - Canjiquinha; - Primavera; - Fazenda Nossa Senhora das Graças; e - Fazenda Santo Antonio. 1.3.2.3 - Bacia do Itaim-Guaçú Com uma área de drenagem de 75,63km² a bacia do Itaim-Guaçú abriga a principal área de expansão da sede municipal. O principal curso d’água é o córrego Itaim-Guaçú, com o córrego Itaim-Mirim de afluente, e foz no rio Tietê. 5 A captação na bacia do Itaim-Guaçu é destinada à ETA 07, com capacidade atual de 115L/s. O Plano Diretor de Água relacionou nove reservatórios de interesse para abastecimento de Itu no período de estiagem. São eles: - Sitio Flamboaian; - Sitio da Mama; - Sitio Belo Horizonte; - Sitio Santo Antonio; - Sitio Cafeara; - Sítio São Simão; - Sitio Nakamura; - Pousada Maeda; e - Cláudio Daldon. Nesta bacia já foram implantados alguns poços para captação de água subterrânea, visando o reforço do abastecimento de água para a sede do município. 1.3.2.4 - Bacia do São José A área de drenagem da bacia do São José, curso d’água afluente da margem esquerda do Tietê, é de 9km². Parte de suas águas é captada para suprir a ETA 05 com vazão de 10L/s, estando previsto um aumento para 70L/s, a partir de 2015. O Plano Diretor de Água não identificou nenhum reservatório de interesse para abastecimento nos períodos de estiagem. Esta bacia não se inclui nas áreas de projeto. 1.3.3 - Distrito de Pirapitingui 1.3.3.1- Bacias dos córregos Tapera Grande e São MigueI (ou Varejão) O Distrito de Pirapitingui ou Cidade Nova, que abrange as localizações de Cidade Nova, Pirapitingui, Portal do Eden, City Castelo e adjacências, está localizado nas bacias dos córregos Tapera Grande e São Miguel ou Varejão, todos afluentes do rio Pirajibú, afluente da margem esquerda do rio Sorocaba. O córrego Tapera Grande é formado pelas águas dos córregos do Sanatório e Monteiro de Carvalho. A área total da bacia do Tapera Grande é de 15,5 km2. A bacia hidrográfica do São Miguel ou Varejão (área de drenagem de 44,14km²) possui duas captações de água destinadas ao atendimento de duas estações de tratamento de água para abastecimento do Distrito. São elas a ETA 03 (Vazão 30L/s) e ETA 08 (Vazão de 155L/s após ampliação prevista). Nesta bacia foram programados pelo Plano Diretor de Água de Itu (2008) dois reservatórios de interesse para o abastecimento no período de estiagem: Fazenda São Miguel e 6 Frango Assado. O SAAE de Itu possui também outorga para captação de água no rio Pirajibú. O DNAEE possui um posto fluviométrico no rio Pirajibu, à jusante da confluência do córrego Varejão (código 62478000) denominado Estação Éden (Latitude: 23º 24’ 49” e Longitude: 47º 24’ 18”), que cobre uma área de drenagem de 344,71 km² em operação desde 1937. A série hídrica é constituída por levantamentos das vazões diárias. 1.4 GEOMORFOLOGIA Quanto à Geomorfologia, o Município situa-se entre o Planalto Cristalino e a Depressão Periférica Paulista, na região do médio Tietê. Segundo Almeida (1964) nesta região predominam colinas baixas, de formas suavizadas separadas por vales jovens, sem planícies aluviais importantes. De modo geral, o município em foco possui relevo de colinas suaves, com altitudes que variam, em média, de 500 a 700 metros, com desníveis locais pouco acentuados. Os tipos de solo encontrados no município de Itu estão distribuídos da seguinte maneira: Solos Podzol avermelhado, 51%; Latossolo vermelho, 21%; e, solos ácidos de origem arenosa, 20%. Os outros 8% restantes são solos de pouca expressividade. Os solos locais são arenosos e areno-argilosos, no primeiro caso são litólicos de podzólicos. No que concerne a água subterrânea o Município de Itu, basicamente apresenta dois tipos de Aqüíferos; um Sistema Aqüífero Sedimentar (poroso) e um Sistema Aqüífero Fissural (falhas, fraturas, ...). A circulação das águas subterrâneas do Sistema Aqüífero Sedimentar, no município, mostra uma similaridade das curvas isopotênciais com a topografia da área. As zonas de recarga localizam-se nas maiores cotas e as zonas de descarga, em topografia mais baixa, onde se encaixam as drenagens. As linhas de fluxo das águas subterrâneas direcionam-se, na maior parte da área, para as grandes drenagens, como o Ribeirão Caiacatinga e Rio Itaim-Guaçu, que, por sua vez, deságuam no rio Tietê. Na análise da produtividade dos aqüíferos, o Sistema Aqüífero Sedimentar caracteriza-se por possuir um valor médio de capacidade específica de 0,12 m3/h/m. A sua distribuição, demonstra que 54% dos poços possuem valores menores que 0,10 m³/h/m, 29% entre 0,10 e 0,20 m³/h/m e 17% entre 0,20 e 1,00 m³/h/m. Os poços do Sistema Aqüífero Cristalino, por sua vez, possuem capacidade especifica média (0,39 m³/h/m) maior que o Sistema Aqüífero Sedimentar; contudo, 63% dos poços apresentam valores menores que 0,10 m³/h/m, 12% entre 0,10 e 0,20 m³/h/m e 25,7% com·valores maiores que 0,20 m³/h/m. 7 Os poços que exploram ambos os sistemas aqüíferos apresentaram valor médio de capacidade específica de 0,19 m³/h/m. Na distribuição deste parâmetro, 53% possuem valores menores que 0.10 m³/h/m, 30% dos valores entre 0,10 e 0,20 m³/h/m e 17% com valores entre 0,20 e 1,00 m³/h/m. 1.5 INFRESTRUTURA Em Itu, os domicílios com espaço suficiente apresentam um percentual abaixo do estimado para a região e para o estado, gráfico da figura 1.2: Figura 1.2 – Gráfico de domicílios com espaço suficiente / 2000 Em relação aos domicílios que apresentam infra-estrutura interna urbana adequada o município apresenta resultados acima ao da média da região e ao do estado de São Paulo (figura 1.3). Figura 1.3 – Gráfico de domicílios com Infra-estrutura Interna Urbana adequada / 2000 Em termos de coleta de lixo, o nível de atendimento é superior a 98%, conforme mostra o gráfico da figura 1.4: 8 Figura 1.4 – Gráfico do nível de atendimento em coleta de lixo / 2000 Em 2000 o município apresentava um índice de cobertura de abastecimento de água na ordem de 97% (figura 1.5) e de 95% de cobertura em coleta de esgoto sanitário (figura 1.6): Figura 1.5 – Gráfico do índice de cobertura do sistema de abastecimento de água / 2000 Figura 1.6 – Gráfico do índice de cobertura do sistema de esgotamento sanitário / 2000 Atualmente 100% do esgoto coletado na cidade é tratado, assim como 100% do Lixo domiciliar e comercial tem destino sanitariamente adequado. 9 1.6 LEGISLAÇÃO 1.6.1 Legislação Federal A legislação brasileira referente à questão dos recursos hídricos teve seu início com o Código Civil (Lei n° 3.071/16, art. 563 e seguintes – Das Águas.), dispondo sobre o uso da água sem o comprometimento das suas qualidades naturais sob pena de indenização a quem se viu prejudicado pela alteração. A seguir, o Decreto n° 24.643 de 1934, denominado “Código das Águas”, estabeleceu condições para o aproveitamento da água superficial, em particular à voltada à energia hidráulica (MMA, 1999). O Código Florestal Brasileiro (Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965) vêem a contribuir com a preservação e proteção dos recursos hídricos, ao proibir a supressão vegetal em áreas ao redor destes, reconhecendo a utilidade das florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, às terras que revestem e que são bens de interesse comuns a todos os habitantes do País. A Constituição Federal de 1988, ao trazer a proteção dos recursos hídricos em muitos de seus dispositivos, estabelece várias atribuições ao poder público, destinadas a garantir o meio ambiente sadio e equilibrado a toda a população. Outros instrumentos legais instituídos nesta década foram os que dispunham sobre a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81) e a Ação Civil Pública (Lei 7.347/85). Posteriormente em 1998, foi promulgada a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98). Com a instituição da Política Nacional de Recursos Hídricos de 1997 e a criação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, através da Lei n° 9.433, de 08 de janeiro de 1997, que o setor de planejamento e gestão de recursos hídricos passou a ser organizado em âmbito nacional. A legislação federal afeta a qualidade de água está consubstanciada na Resolução CONAMA Nº 357/2005 que “dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos d’água superficiais, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes”.... promulgada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, com base na Lei 6938 de 31/8/81, regulamentada pelo Decreto nº 99274 de 6/6/1990, esta Resolução entrou em vigor em 17 de março de 2005. Este documento dá diretrizes em termos de padrão de qualidade (Art.14a) e padrão de emissão (Art.34). Isto significa que o lançamento de efluentes deverá, simultaneamente (Art 32 §1º): I - atender às condições e padrões de lançamento de efluentes; 10 II - não ocasionar a ultrapassagem das condições e padrões de qualidade de água estabelecidos para as respectivas classes, nas condições de vazão de referência; e III - atender a outras exigências aplicáveis. Os principais parâmetros previstos como padrões de emissão característicos de efluentes oriundos de tratamento de esgotos predominantemente sanitários, como é o caso em apreço, são: pH, óleos e graxas, fenóis e nitrogênio amoniacal total. Não há limites para DBO. Com relação aos padrões de qualidade os parâmetros mais significativos são: pH, óleos e graxas, fenóis nitrogênio amoniacal, DBO, oxigênio dissolvido e coliformes. Em 7 de abril de 2008 foi promulgada a Resolução CONAMA nº 397/2008 que alterou algumas das condições e padrões de lançamento de efluentes, respectivamente, no Artigo 34 (inciso II do § 4º e Tabela X do § 5º). Desta forma, com relação ao nitrogênio amoniacal, esta Resolução dita que a quantificação deste parâmetro como padrão de emissão não será aplicável em sistemas de tratamento de esgoto sanitário (§ 7) e que o “CONAMA” criará grupo de trabalho, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias) para apresentar propostas de complementação sobre condições e padrões de lançamento de efluentes para o setor de saneamento. A Resolução ressalta ainda em seu Art. 35 que “o órgão ambiental competente poderá, quando a vazão do corpo receptor estiver abaixo da vazão de referência, estabelecer restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, aos lançamentos de outros efluentes que possam, dentre outras conseqüências: I - acarretar efeitos tóxicos agudo em organismos aquáticos; ou II - inviabilizar o abastecimento das populações”. 1.6.2 Legislação Estadual Com o objetivo de conter a exploração desordenada e a poluição dos recursos hídricos do Estado de São Paulo, foram inseridos os artigos 205 e 213, no capítulo IV da Constituição Estadual, de 05/10/89, dispositivos que permitiram ao Estado implantar o gerenciamento dos recursos hídricos, nos moldes dos países desenvolvidos da Europa Ocidental. Daí decorreu a promulgação da Lei N.º 7.663, de 30/12/91, que estabelece a Política Estadual dos Recursos Hídricos e suas normas regulamentadoras complementares, principalmente o Decreto Estadual N.º 41.258, de 31/10/96, e a Portaria DAEE N.º 717, de 12/12/96. Criou ainda, órgãos de coordenação e de integração participativa, como o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH) e os Comitês de Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e do Alto Tietê (AT). No que se refere ao controle da poluição hídrica vige o Decreto 8468 de 8 de setembro de 1976, regulamentando a Lei nº 997 de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre a Prevenção e o Controle da Poluição do Meio Ambiente. 11 A legislação estadual no que concerne ao lançamento de efluentes em corpos hídricos segue, pois, as diretrizes consubstanciadas no Decreto 8468 de junho de 1976 que estabelece, da mesma forma que na legislação federal, padrões de emissão e de qualidade. Os padrões de emissão representam na realidade condições mínimas para o lançamento que obrigatoriamente deverá atender aos padrões de qualidade da classe em que o corpo receptor estiver enquadrado. De acordo com o Art. 18 deste Decreto, que regula os padrões de emissão, a remoção mínima de DBO deve ser de 80% consideradas as DBO afluente e efluente. Nas áreas de projeto, os cursos d’água incluindo os rios Tietê e Pirajibú, foram enquadradas na classe II pela CETESB. Neste caso a DBO medida no corpo receptor não deverá ultrapassar 5mg/L. Outros diplomas legais na esfera estadual são a Lei Nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991, que estabelece a Política Estadual de Recursos Hídricos, o Decreto Nº 41.258 de 31 de outubro de 1996 e a Portaria DAEE Nº 7.117 de 12 de dezembro de 1996. 1.6.3 Legislação Municipal O município de Itu não conta com leis específicas referentes ao meio ambiente. Entretanto, o Plano Diretor do Município promulgado em 2006 é rico em diretrizes ambientais notadamente com referência a recursos hídricos, saneamento ambiental, drenagem e resíduos sólidos. O Plano Diretor Participativo do Município da Estância Turística de Itu foi instituído por meio da Lei Complementar Nº 770, de 10 de outubro de 2006, em consonância com o que dispõe o artigo 182 da Constituição Federal; com a Lei Nº 10.257 de 10 de julho de 2001 – Estatutos da Cidade, com o artigo 5º, inciso 7 – DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL e com os artigos 80 a 87 do TÍTULO III da ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL da Lei 3.153 de 04 de abril de 1990, que instituiu a Lei Orgânica do Município da Estância Turística de Itu. O Plano Diretor se constitui em um documento legal disciplinador abrangendo a totalidade do território, constituindo-se em um instrumento básico da política de desenvolvimento do Município. Integra o processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporarem as diretrizes e prioridades nele contidas (Art.2º). O Plano Diretor foi formatado em 129 artigos inseridos em 10 títulos subdivididos em capítulos, além de 9 anexos sob a forma de mapas. As principais referências relativas ao sistema de esgotos sanitários são apresentadas a seguir: 12 a) Quanto às diretrizes do sistema de coleta, disposição e tratamento de esgotos (Título III, Capítulo III e Seção III): Art. 27 – O sistema de coleta, disposição e do tratamento de esgotos do município se norteará pelas seguintes diretrizes: I - ampliar a rede coletora e o tratamento e a disposição final dos esgotos para atingir 100% da população (Art. 27, I); II - ampliar as medidas de saneamento básico para as áreas deficitárias, por meio da complementação das redes coletoras de esgoto e de abastecimento de água (Art. 27, II); III- implantar sistema de coleta, afastamento, tratamento e disposição final dos esgotos gerados na bacia do Ribeirão Pirapitingui na própria bacia (Art.27,III). b) Quanto às Proposições do sistema de coleta, disposição e tratamento de esgotos (Título III, Capítulo III, Seção III e Sub Seção I) Art. 28 – Para a implementação das proposições do sistema de coleta, disposição e do tratamento de esgotos deverão ser adotadas as seguintes proposições estratégicas: I - elaborar Plano Diretor de Coleta, Tratamento e Disposição de Esgoto, que defina prioridades e oriente o programa de investimentos no setor, no prazo máximo de 02 (dois) anos após a promulgação do presente Plano; II - executar completa revisão de todo o sistema de coleta e afastamento de esgoto existentes na cidade, principalmente os interceptores das bacias do Córrego do Brochado, Córrego do Taboão, Córrego Guaraú e Ribeirão Pirapitingui; III - elaborar cadastro físico dos sistemas de esgotos, possibilitando assim uma operação racional dos sistemas, diminuindo-se perdas e reduzindo-se o tempo de solução das eventuais manutenções; IV - construir o emissário de esgoto do Itaim Mirim – construir interceptor tronco interceptor na bacia Itaim – Itaim Mirim com destinação final na Estação Elevatória nº.12, ou construir Sistema de Tratamento para essa bacia, como objetivo de eliminar 13 (treze) elevatórias existentes hoje e que revertem o esgoto ali gerado para o sistema existente na parte antiga da cidade que não foi prevista para tal, o que já ocasionou saturação e de extravasamento de esgoto em cursos d’água; V - revisar e recuperar os interceptores dos Córregos Brochado, Taboão e Guaraú. c) Quanto aos Resíduos sólidos (Título III, Capítulo IV) 13 Art. 29 – O sistema de limpeza pública compreende o conjunto de atividades de varrição, coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos, capazes de atender às demandas geradas, considerando o contexto intermunicipal e compreende os seguintes objetivos: I - elaborar e implementar o sistema de gestão de resíduos sólidos, garantindo a implantação e ampliação dos programas Lixo e Cidadania, Educação Ambiental, Reciclagem, Coleta Seletiva de Lixo, em eco pontos bem como, a reduzir a geração de resíduos sólidos; II - elaborar e implementar o sistema de gestão de resíduos da construção nos termos da legislação estadual e federal; civil, III - implantar aterro de material inerte na região do Pirapitingui, Cidade Nova e Tapera Grande; IV - implantar programa de resíduos sólidos urbanos prevendo reutilização dos mesmos, transporte e armazenamento; V - ampliar o sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos domiciliares e de saúde para todo o Município e garantir o seu adequado tratamento; VI - implementar um plano regional de tratamento e disposição final de resíduos sólidos, com ênfase nas soluções de alta tecnologia. d) Quanto às proposições dos resíduos sólidos (Título III, Capítulo IV e Seção I) Art. 30 – Para a implementação das proposições dos resíduos sólidos deverão ser adotadas as seguintes estratégias: I - promover a recuperação das áreas que foram utilizadas inadequadamente para disposição de resíduos sólidos domiciliares; II - exigir a recuperação de áreas degradadas por particulares, por disposição inadequada de resíduos sólidos; III - delimitar áreas alternativas para implantação ou re-localização do Aterro Sanitário (conforme mapa); IV - vedar qualquer lançamento ou disposição final de resíduos sólidos nas áreas rurais, ao longo de estradas ou fora dos locais adequados; V - exigir estudos de impacto ambiental para as áreas indicadas para o tratamento ou disposição final de resíduos sólidos no Município; VI - conservar valor e córregos e afluentes dentro do perímetro urbano, com execução de canalização e contenção de suas margens, para o Córrego do Guaraú; Córrego do Brochado e Córrego do Taboão; 14 VII - promover medidas e incentivar formação de cooperativas para reciclagem de lixo em parceria com empresas destinatárias de produtos reciclados; VIII- implantar projeto descentralizado de Eco Pontos – entrega voluntária de inservíveis, para deposição regular dos resíduos da construção civil e demolições; grandes objetos (móveis, poda de árvores, etc.) e resíduos recicláveis, a fim de facilitar a reciclagem desses materiais. Em relação à divisão territorial: “Art. 79. O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento do território do município de Itu, definindo as áreas adensáveis e não adensáveis, de acordo com a capacidade de infra-estrutura e a preservação do meio ambiente.” “Art. 80. O território do Município de Itu, de acordo com o ANEXO I - Mapa 01 – MACROZONEAMENTO, apresenta a delimitação das áreas adensáveis e não adensáveis do Município, subdividindo-se em: I - MACROZONA DE URBANIZAÇÃO I – CENTRO EXPANDIDO; II - MACROZONA DE URBANIZAÇÃO II - PIRAPITINGUI; III - MACROZONA DE IMPLANTAÇÃO DO CENTRO EMPRESÁRIO-INDUSTRIAL DO PIRAPITINGUI E DOS CORREDORES INDUSTRIAIS; IV - MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL; V - MACROZONA DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL COM A PRODUÇÃO DE ÁGUA - MANANCIAIS; VI - MACROZONA DE PREDOMINANTES CARACTERÍSTICAS RURAIS.” A Macrozona de Proteção Ambiental: “Art. 85. A MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL são áreas públicas ou privadas destinadas à proteção, recuperação da paisagem e do meio ambiente existentes, e caracterizam-se como unidades espaciais que compreendem os seguintes objetivos: I – conservar a diversidade de ambientes, de espécies e de processos naturais pela adequação das atividades humanas às características ambientais da área, seus potenciais e limitações; II - proteger as características ambientais e oferecer espaços públicos adequados e qualificados ao lazer da população; III - proteger nascentes e cabeceiras dos córregos; IV - áreas públicas ou privadas, em situação de degradação ambiental, que devem ser recuperadas para ampliar os espaços voltados ao lazer da população; V - áreas privadas, com vegetação significativa a serem preservadas, com objetivo de propiciar o equilíbrio ambiental.” 15 “Art. 90. A MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL subdivide-se em: I - Área de Proteção Permanente, faixa de 100 metros ao longo de cada margem do Rio Tietê; II - Área de Proteção Ambiental – APA’s, que são a APA Rio Tiete - Estrada Parque; APA Braiaia; APA Vassoural; APA Bairro Botuxim e a APA Cidade Nova I; III - Área de Preservação Ambiental e Turística, faixa de 500 metros ao longo de cada margem do Rio Tietê; IV - Área de Preservação Vegetal remanescente de floresta nativa do Município porção sudeste; V - Área de Proteção aos Matacões - Morros Graníticos, faixa de 250 metros ao longo de cada lado da Rodovia Marechal Rondon.” A Macrozona de desenvolvimento compatível com a produção de água – mananciais: “Art. 86. A MACROZONA DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL COM A PRODUÇÃO DE ÁGUA – MANANCIAIS é composta por áreas do território com pouca infra-estrutura urbana, que apresentam fragilidade ambiental e forte presença de recursos hídricos. São objetivos desta Macrozona: I – restringir e ordenar o uso, a ocupação e o adensamento urbano, compatível com a implantação e a manutenção das vias públicas, praças, áreas verdes, vegetação, que deverão ser implantadas com recursos dos empreendedores ou dos proprietários de lotes, desonerando o erário de tal incumbência, excluindo-se os loteamentos residenciais aprovados e implantados; II – requalificar as áreas de baixa qualidade urbanística e ambiental; III – promover a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos residenciais, compatibilizando-a com a proteção do meio ambiente; IV – criar critérios para a conversão ou adequação dos usos existentes para os de interesse turístico; V - delimitar as futuras bacias hidrográficas para captação e, juntamente às atuais, destiná-las à reservação, conservação, produção e proteção de água potável, e VI – promover, juntamente com municípios limítrofes, consórcios, cooperações, parcerias, projetos, programas e ações visando a promoção, conservação e a utilização conjunta de recursos hídricos para o abastecimento de água pára às gerações atuais e futuras.” “Art. 92. A MACROZONA DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL COM A PRODUÇÃO DE ÁGUA – MANANCIAIS, subdivide-se em: I - Áreas Destinadas à Regularização Fundiária, compreendem as áreas de assentamento residenciais (loteamentos) irregulares, com identificação e relação, em mapa anexo; II - Áreas de futuras captações de água potável, de acordo com a delimitação de novas bacias; III - Setores especiais de exploração mineral; IV - Áreas alternativas para implantação e relocalização do aterro sanitário.” 16 E finalmente é definido o Direito de Preferência do Poder Público: “Art. 101. O Poder Público municipal poderá exercer o Direito de Preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 do Estatuto da Cidade. Parágrafo único. O Direito de Preferência será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para: I - ........ III - implantação de equipamentos urbanos e comunitários; IV - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; V - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; ........” 17 2 – ESTUDOS EXISTENTES A seguir são relacionados e descritos em seus aspectos essenciais os principais estudos envolvendo a coleta e o tratamento dos esgotos da Sede municipal e o Distrito de Pirapitingui. 2.1 – PLANO DIRETOR DE SANEAMENTO BÁSICO DO MÉDIO TIETÊ SUPERIOR – BACIA 4 Trata-se de um dos planos diretores de macrobacias hidrográficas do Estado de São Paulo contratado pela SABESP. Elaborado pelo Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores-CNEC, o plano concluído em setembro de 1991 tinha como horizonte de projeto o ano de 2010. No planejamento foram utilizadas as seguintes premissas básicas de projeto para sistemas de esgotos sanitários: − Índice de atendimento igual ao de 1990 até o ano 2000 caso tenha sido maior que 80%. A partir do ano 2000, inclusive, atendimento até atingir 85% ou o índice de 1990 no caso de ser maior que 85%; − Índice de atendimento crescendo linearmente até atingir 80% no ano 2000 e 85% no ano 2010, caso tenha sido menor que 80% em 1990; − Contribuição de esgoto “per capita” calculada a partir da demanda de água, excluindo-se as perdas; − Coeficiente de retorno compensa a vazão de infiltração; − Coeficientes de variação de contribuição iguais a 1,2 e 1,5 para vazão máxima diária e máxima horária, respectivamente; − Carga orgânica de origem doméstica equivalente a 54g/hab.dia; − Coletores-tronco interceptores e emissários previstos junto aos fundos de vale principais considerando-se uma declividade média de 0,5% e 75% de lâmina para a vazão máxima horária; − Tratamento de esgoto em função do porte da comunidade, área disponível e características do corpo receptor; − Lagoas facultativas únicas ou sistema australiano para tratamento de esgotos de populações inferiores a 20.000 hab. em 2010; e − Sistemas de lodos ativados por aeração prolongada, lagoa aerada seguida de lagoa de decantação, valos de oxidação ou filtros biológicos para o tratamento de esgotos de populações acima de 20.000 hab. 18 Constata-se que este Plano Diretor admitiu o Distrito de Pirapitingui englobando somente os seguintes núcleos urbanos: Sanatório, Vila Martins e Portal do Éden. O estudo projetou para o Distrito uma população de cerca de 4.205 hab. no ano 2000 e 4.420 hab. em 2010. Quanto ao tratamento, o plano propunha a construção de duas lagoas facultativas independentes sendo os corpos receptores finais o córrego do Sanatório e o São Miguel ou Varejão. 2.2 – PLANO DIRETOR DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE ITU 2.2.1 - Introdução Elaborado pela Fortes & Tesini Consultoria e Planejamento S/C Ltda. em 1990 para a Prefeitura Municipal de Itu este estudo estabeleceu diretrizes técnicas e econômicas visando o sistema de esgotos sanitários para o horizonte de 2010 contemplando apenas o Distrito – Sede. À época do Plano, Itu com uma população total de 105.867 habitantes, segundo o IBGE, tinha sua sede praticamente coberta por redes coletoras de esgotos, com aproximadamente 277km de tubulação implantadas, porem com lançamentos “in natura” nos corpos d’água da bacia do Guaraú. 2.2.2 - Resumo do Plano 2.2.2.1 - População de projeto A população de projeto da sede foi estimada para 2000 e 2010 em 163.415 hab. e 269.245 hab., respectivamente. Apenas para efeito de estudo demográfico, já que não foram incluídas no Plano Diretor, as populações de Cidade Nova e Vila de Pirapitingui foram estimadas naqueles mesmos anos em 33.330 hab. e 39.455 hab., respectivamente. As áreas de projeto, com base nas populações estimadas, foram divididas em zonas demográficas isodensas. 2.2.2.2 - Estudo de demandas Os parâmetros de projeto utilizados foram os seguintes: − coeficiente per capita: 218 l/hab.dia; − coeficiente K1: 1,20; − coeficiente K2: 1,50; − relação água/esgoto: 0,80; e 19 − coeficiente “per capita” de carga orgânica: 54 g/hab.dia. 2.2.2.3 - Bacia e sub-bacias de esgotamento Para o planejamento foram consideradas três bacias de esgotamento: − Bacia do Guaraú; − Bacia de Pirapitingui; e − Bacia do Itaim-Guaçú. As bacias de esgotamento foram subdivididas em 8 sub-bacias. Em cada uma delas foram delimitadas as zonas demográficas por densidades, objetivando determinar as populações e vazões de projeto por sub-bacias. 2.2.2.4 - Concepção do plano O Plano Diretor de Esgotos Sanitários foi elaborado para um horizonte de projeto de 20 anos, em duas etapas de 10 anos cada uma, finalizando em 2000 e 2010 respectivamente. Para a formulação das alternativas, foram consideradas as bacias naturais de esgotamento delimitadas pelas bacias do Pirapitingui, Guaraú e Itaim-Guaçú. Cada uma delas teve definido um sistema próprio de esgoto compreendendo rede de coleta, interceptores e tratamento, independente dos demais sistemas propostos. Uma quarta alternativa considerou a reunião dos esgotos das bacias do Guaraú e Itaim em um único local para tratamento e disposição final. Duas outras pequenas áreas, Vassoural e Paraíso, deveriam contar com pequenos sistemas independentes. 2.2.2.4.1 - Sistema Pirapitingui O sistema Pirapitingui teria instalações de tratamento à margem direita do Córrego Pirapitingui junto à foz no rio Tietê. Foram consideradas quatros alternativas de tratamento: − − − − Lagoa facultativa; Reatores anaeróbios de fluxo ascendente (RAFA) seguidos de lagoa facultativa; Lagoa aerada seguida de lagoa de decantação; e Lodos ativados por aeração prolongada. Seriam também implantados interceptor à margem direita do Pirapintigui em uma extensão de 6.550m, sendo 2.100m com diâmetro de 600mm e 3.450m com diâmetro de 500mm. 20 As vazões médias de projeto em 2000 e 2010 seriam respectivamente, 139,48 L/s e 218,75 L/s, enquanto que as cargas orgânicas seriam nestes mesmos anos estimadas em 2.492 kgDBO/dia e 3.706 kgDBO/dia, respectivamente. A solução mais econômica recaiu na segunda alternativa, (reatores anaeróbios de fluxo ascendente seguidos de lagoa facultativa) cujos custos incluindo investimentos (interceptação e tratamento) e energia seriam de US$1.938.466 e US$1.433.484 nas primeira e segunda etapas respectivamente. O investimento inicial seria de US$1,7 milhões. Entretanto, o Plano Diretor enfatizou que a escolha de qualquer das 4 alternativas estaria na dependência dos entendimentos que viessem a ser realizados entre a Prefeitura Municipal, o SAAE, os investidores privados que tencionassem implantar loteamentos na bacia, bem como dos custos de energia que tivessem de ser arcados pelo SAAE. 2.2.2.4.2 - Sistema Guaraú Este sistema teria instalações de tratamento em área localizada entre o Curtume e a divisa com Salto. Por serem de extensão reduzida, as alternativas de tratamento não contemplaram lagoas, limitando-se ao processo de lodos ativados, convencional ou na modalidade aeração prolongada. Com relação à localização, duas alternativas foram consideradas: − junto ao Curtume; e − próximo à divisa com Salto em um local denominado Sítio da Canjica. No caso da adoção da primeira alternativa, as obras de interceptação na 1ª etapa diziam respeito ao prolongamento do interceptor da margem direita do Guaraú em uma extensão de 1050m, assim como sua travessia. Contudo, o esgotamento das áreas à jusante ficaria na dependência de interceptores, elevatórias e emissários por recalque, cujos custos não foram considerados naquele estudo. No caso da adoção da 2ª alternativa, as obras de interceptação na 1ª etapa seriam as mesmas da alternativa anterior e mais a construção do trecho final do interceptor da margem direita do Guaraú, em uma extensão de 1600m, assim como da travessia do curtume até a ETE. Em ambas as alternativas seriam necessários implantar na 2ª etapa interceptores às margens dos córregos assim definidos: a) Reforço do interceptor à margem direita do Guaraú em uma extensão de 600m; b) Reforço do interceptor da margem esquerda do Taboão da Tapera em uma extensão de 900m; c) Reforço do interceptor velho do Brochado em uma extensão de 2120m; e 21 d) Prolongamento do interceptor do Brochado em uma extensão de 1620m para montante. As vazões médias de projeto em 2000 e 2010 seriam, respectivamente, 289,58L/s e 355,98L/s, enquanto as cargas orgânicas seriam nestes mesmos anos estimadas em 7.386 kgDBO/dia e 8.551 kgDBO/dia. Nestes quantitativos estariam inclusos as contribuições de três industrias de grande potencial poluidor, a saber: Pepsico, Tecelagem São Pedro e o Curtume. A solução de melhor relação beneficio-custo, quanto ao tratamento, recaiu na alternativa de lodos ativados por aeração prolongada (400L/s). Com relação à localização, o estudo deixou em aberto a solução, precificando, contudo, ambas as alternativas, ETE no Curtume e ETE no Sitio Canjica. Os custos totais inerentes à ETE no Curtume foram de US$3.450.454 e US$2.237.989, nas 1ª e 2ª estapas respectivamente, enquanto que a ETE localizada no Sitio Canjica foram de US$4.266.921 e US$2.237.989 nas 1ª e 2ª etapas, respectivamente. 2.2.2.4.3 - Sistema Itaim-Guaçú Este sistema teria instalações de tratamento no local designado Sitio do Abacate, espaço bastante amplo e plano. Duas alternativas de tratamento foram consideradas, sendo a primeira representada por um conjunto de lagoas (Sistema Australiano) e a segunda representada por reatores anaeróbios de fluxo ascendente (RAFA) seguidos por lagoas facultativas. As vazões médias de projeto em 2000 e 2010 foram calculadas em 78,85L/s e 205,40L/s, respectivamente, enquanto a carga orgânica foi estimada, respectivamente, em 1.642 kgDBO/dia e 4.051 kgDBO/dia. O sistema Itaim compreenderia um interceptor principal situado à margem direita do Córrego Itaim enquanto que na margem esquerda se preveriam interceptores de pequena extensão e diâmetro, interligado ao interceptor principal, à margem direita, por travessias. O interceptor principal teria uma extensão de 7,390 km com diâmetro variando de 400 a 600 mm. Por se tratar de uma bacia extensa, com ocupação praticamente inexistente à época, o Plano estudou a viabilidade de implantação deste sistema para a 1ª etapa. 22 Assim sendo, a bacia foi dividida em quatro sub bacias individualizadas por RAFA´s como forma de eliminação da necessidade de implantação dos custosos interceptores. A implantação dos RAFA´s, um para cada bacia, seria feita apenas nos trechos urbanizados. Como esta modalidade de tratamento não atingiria o padrão de emissão, esta solução foi encarada apenas como solução provisória. A 2ª etapa, contudo, seria completada com a implantação do interceptor e com a construção do tratamento definitivo no sítio do Abacate, abandonando-se então os RAFA´s da 1ª etapa do Plano. Na 2ª etapa seriam então implantados 10 RAFA´s seguidos de duas lagoas facultativas, mais 20 leitos de secagem, abandonando-se a alternativa de lagoas anaeróbias de custos mais elevados. Nestas condições, os custos de investimento mais energia da 1ª e 2ª etapas seriam, respectivamente, de US$ 238.115 e US$ 4.164.856. 2.2.2.4.4 - Sistema Conjunto Guaraú-Itaim Esta alternativa previa a reversão dos esgotos da bacia do Guaraú em direção à bacia do Itaim objetivando o tratamento conjunto no sítio do Abacate. As vazões médias seriam, neste caso, de 368,43L/s e 562,38L/s nas 1ª e 2ª etapas respectivamente, enquanto que as cargas orgânicas seriam de 9.028 kgDBO/dia e 12.602 kgDBO/dia, respectivamente. Na 1ª etapa seriam implantados: a) 1.050m de interceptor com diâmetro de 600mm à margem direita do Guaraú até o Curtume; b) 450m de interceptor com diâmetro de 800mm até a elevatória de reversão; c) Estação elevatória de reversão a ser localizada junto ao bueiro da Rodovia do Açúcar com 5 conjuntos moto-bombas de 90CV cada; d) Emissário por recalque com diâmetro de 800 mm em uma extensão de 1km ligando a elevatória até o espigão divisor de águas entre bacias do Guaraú e do Itaim; e) Emissário, trecho final por gravidade, diâmetro de 800 mm, numa extensão de 1 km do divisor Guaraú-Itaim até o Sitio do Abacate; e f) Instalações de tratamento no Sítio do Abacate. Na 1ª etapa seriam implantados RAFA’s e leitos de secagem. Na 2ª etapa seriam implantadas as unidades previstas anteriormente para o tratamento isolado em cada 23 sistema. Na bacia do Guaraú seriam implantadas as complementações e reforços dos interceptores nas sub-bacias do Taboão e Brochado. Na bacia do Itaim seriam implantados os interceptores definitivos eliminando-se os RAFA´s provisórios e conduzindo-se todos os esgotos coletados para o tratamento no sitio do Abacate. A solução preconizada, isto é, a implantação de RAFA’s seguidos de lagoas aeradas e mais leitos de secagem foi a mais vantajosa. Na 1ª etapa o investimento inicial ficaria em torno de US$3,7 milhões. O custo final estaria em US$ 9,1 milhões. 2.3 – ESTÂNCIA TURÍSTICA DE ITU – CIDADE NOVA: SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS Concluído em agosto de 1991, este estudo elaborado pela Fortes&Tesini desenvolveu o Projeto Básico do Sistema de Esgotos Sanitários da “Cidade Nova” localizada no Distrito de Pirapitingui a cerca de 15km do núcleo urbano. 2.3.1 - Área de Projeto O estudo abrangeu uma área de cerca de 1.300ha situada próxima à confluência das rodovias Castelo Branco e Açúcar, no Distrito de Pirapitingui. Incluiu as seguintes localidades: a) Cidade Nova (Glebas I, IIA e IIB). Por “Cidade Nova” entendeu o Plano Diretor (1990) as três glebas com um total de 7.000 lotes urbanizados. Por “Vila de Pirapitingui” o Plano Diretor entendeu a população urbana do Distrito de Pirapitingui, conforme definida pelo IBGE, assentada nos seguintes núcleos urbanos: − Sanatório; − Vila Martins; e − Portal do Éden. Estes três núcleos correspondiam pois a “população urbana do Distrito de Pirapitingui”, de acordo com o Plano Diretor (1990). b) City Castelo (Glebas I e II). A City Castelo foi provavelmente considerada como “rural” pelo IBGE em 1980. Além destas foram incluídas também áreas não ocupadas que foram consideradas no projeto como áreas de expansão. Para fins de projeto do sistema de esgotos a área de projeto foi subdividida em duas: uma ao norte e outra ao sul da rodovia Castelo Branco. 2.3.2 - Alcance de Projeto e População de Projeto 24 O horizonte de projeto levou em conta duas etapas: A primeira etapa foi estimada entre 7 e 12 anos com a taxa geométrica de crescimento anual da população compreendida entre 6,0% e 10,4% ao ano. O alcance da etapa final do projeto foi estimado em 10 a 17 anos além da primeira etapa com taxas geométricas de crescimento anual compreendida entre 6,0% e 10,3% ao ano. Desta forma, o alcance de projeto ficou entre 17 e 29 anos, sendo 7 a 12 anos na 1ª etapa e as restantes na segunda e ultima etapa. Assim sendo, a população que seria atendida pelo projeto foi estimada em 31.800 hab. na primeira etapa e 73.400 hab. no final do plano. A população inicial considerada foi de 13.600 habitantes. Estas populações distribuídas nas áreas norte e sul resultaram, respectivamente, em 26.600 hab. e 5.200 hab. na 1ª etapa e 60.400 hab. e 13.000 hab. na 2ª etapa. 2.3.3 - Vazões e Carga Orgânica de Projeto Foram adotados os parâmetros básicos do Plano Diretor (1990), a saber: - Consumo “per capita”: 218 L/hab.dia; - Coeficiente do dia de maior consumo: K1 = 1,2; - Coeficiente da hora de maior consumo: K2 = 1,5; - Relação água e esgoto: 0,8; e - DBO5: 54 g/hab.dia. As vazões máximas diárias distribuídas nas áreas norte e sul resultaram, respectivamente, em 64,5L/s e 12,5 L/s na 1ª etapa e 151L/s e 26,8 L/s na 2ª etapa. As cargas orgânicas resultaram em 1.717 kgDBO/dia e 3.964 kgDBO/dia nas 1ª e 2ª etapas, respectivamente. 2.3.4 - Base Cartográfica O estudo utilizou como base cartográfica a restituição aerofotométrica do IGC na escala 1:10.000 ampliada para 1:2.000. Esta base foi completada com levantamentos planialtimétricos da Cidade Nova na escala 1:1.000. 2.3.5 - Concepção do Projeto 25 2.3.5.1 - Nível de projeto O projeto do sistema de esgotos da área norte foi desenvolvido a nível de projeto básico. Na área sul, parte foi desenvolvido a nível de projeto básico, enquanto que as elevatórias e o tratamento mereceram apenas o estudo de planejamento. 2.3.5.2 - Área Norte O sistema de esgotos da Cidade Nova – Área Norte foi desenvolvido segundo as seguintes unidades: a) Redes Coletoras Cidade Nova – Gleba I; Cidade Nova – Gleba IIA; Sanatório; Cidade Nova – Gleba IIB; Vila Martins. b) Elevatória e recalque da Cidade Nova – Gleba I; Idealizada no sentido de preservar a qualidade da água do córrego São Miguel ou Varejão, este recalque objetivou a reversão dos esgotos coletados para a bacia do córrego do Sanatório. c) Emissário e coletores tronco do córrego do Sanatório. O emissário, com diâmetro variando de 400mm a 600mm, teria inicio no ponto de reunião dos esgotos coletados pela sede da Cidade Nova – Gleba IIA seguindo para jusante pela margem esquerda do córrego do Sanatório numa extensão aproximada de 3,8 km até as proximidades da foz do córrego no Tapera Grande onde se situaria a elevatória final do sistema. Neste percurso, o emissário receberia a contribuição de dois coletores-tronco: - Coletor-tronco da Cidade Nova – Gleba IIB de 500mm que conduziria os esgotos coletados nesta gleba, incluindo também o efluente da Estação de Tratamento existente na Vila Martins e os esgotos recalcados da Cidade Nova – Gleba I; - Coletor-tronco de Vila Martins de 150mm conduzindo os efluentes tratados da parte sul do bairro. O emissário receberia também a contribuição do efluente tratado pela lagoa de estabilização da rede coletora do Sanatório. Em seu trecho final, o emissário deveria lançar à Elevatória Final a totalidade dos esgotos coletados na área norte da Cidade Nova. A elevatória deveria se localizar à margem esquerda do córrego do Sanatório no final do emissário. 26 d) Elevatória Final e Estação de Tratamento de Esgotos da bacia do Sanatório. A Elevatória estaria situada à margem esquerda do córrego do Sanatório em frente à Estação de Tratamento (ETE). A ETE foi prevista segundo o processo de lodos ativados por aeração prolongada em regime de bateladas. Dois módulos da ETE seriam implantados de imediato enquanto que ao final da 1ª etapa seriam implantados os dois módulos restantes. Cada um dos 4 módulos teria a capacidade de atender 15.000 hab. ou 210 kgDBO/dia segundo uma vazão máxima horária de 78,8L/s. Cada módulo seria composto por dois tanques de aeração/decantação e dez leitos de secagem. 2.3.5.3 - Área Sul O estudo contemplou apenas a nível de planejamento a solução do esgoto e tratamento para esta área. Em linhas gerais a ETE se localizaria na City Castelo I junto ao córrego São Miguel ou Varejão próximo à confluência com o Pirajibú. Dois coletores-tronco conduziriam os esgotos produzidos na City Castelo II e Portal do Éden até um emissário. A ETE, também em sistema de bateladas, seria constituída de dois módulos com dois tanques de aeração cada. 2.4 – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS-RAE DA DERIVAÇÃO DE ÁGUA DO RIBEIRÃO VAREJÃO PARA ABASTECIMENTO DA “CIDADE NOVA” Este estudo elaborado em 1997 pelo Engº Luiz Fernando Alves da Silva, objetivou apresentar ao Departamento de Águas e Energia Elétrica-DAEE as características de utilização do Ribeirão Varejão, também conhecido como córrego São Miguel, pelo SAAE que possui duas tomadas d´água para abastecimento público e posterior lançamento. O estudo concluiu, conforme cálculo da disponibilidade hídrica do córrego Varejão pela viabilidade e a necessidade de duas captações do córrego Varejão (90L/s no total), requerendo ao DAEE as competentes outorgas incluindo as dos lançamentos de esgotos tratados de 18L/s no córrego Varejão e 54L/s no córrego do Sanatório. 2.5 – ESTUDO DE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO – EVI DA DERIVAÇÃO DE ÁGUA DO RIO PIRAJIBÚ PARA ABASTECIMENTO DA CIDADE NOVA 27 Também sob a responsabilidade técnica do Engº Luiz Fernando Alves da Silva, este estudo elaborado em 1997 objetivou apresentar ao Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAAE os estudos técnicos de planejamento visando a utilização das águas do rio Pirajibú pelo SAAE para captação e posteriores lançamentos para fins de abastecimento público. O estudo concluiu pela necessidade de uma captação no rio Pirajibú requerendo ao DAEE o deferimento do seu estudo de viabilidade de implantação abrangendo os seguintes pleitos: − Captação a partir de 2002, por 6 anos de até 40L/s por 16 horas do rio Pirajibú; − Lançamento, a partir de 2002, por 6 anos, de até 23,60L/s no rio Pirajibú, proveniente da ETE Pirajibú; e − Lançamento, a partir do ano de 2002, por 6 anos de até 70,80L/s no rio Pirajibú, proveniente da ETE São Miguel. No que se refere ao tratamento de esgotos o estudo reza que o processo seria o de lodos ativados convencional. A ETE São Miguel teria capacidade de fim plano de 138,6L/s (70,8L/s até o período de validade da outorga) enquanto a ETE Pirajibú teria a capacidade final de 24,68L/s (23,60L/s no período de outorga. 2.6 – PORTARIA DAEE Nº 193 DE 02 DE MAIO DE 1997 O DAEE através da Portaria Nº 193 de 02 de maio de 1997 outorgou ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE de Itu, em um prazo mínimo de 10 anos, concessão administrativa para as captações e lançamentos requeridos à exceção dos lançamentos de 64,80 m3/h no córrego Varejão. 2.7 – DIAGNÓSTICO PRELIMINAR GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DE SÃO MIGUEL Desenvolvido pela ENGECORPS em 1998 teve como objetivo a verificação das condições da Estação de Tratamento de Esgotos São Miguel. Como resultado da avaliação, a ENGECORPS constatou uma série de problemas envolvendo a implantação da estação de tratamento, destacando-se: − Infra estrutura geral incompleta (urbanização, vias de acesso, drenagem, terraplenagem, retaludamento e cerca, sistema de água potável, unidades de apoio, etc); − Ausência de equipamentos de instrumentação; e 28 − Potenciais problemas operacionais no canal de chegada, gradeamento, caixa de areia, tanque contato, etc. 2.8 – ESTUDO DE CONCEPÇÃO PARA O EMISSÁRIO DE ESGOTOS ETE CIDADE NOVA–RIO PIRAJIBU E RESPECTIVO ESTUDO DE AUTODEPURAÇÃO DO RIO PIRAJIBU NO MUNICÍPIO DE ITU Desenvolvido em 1999 pela WALM Engenharia e Tecnologia Ambiental, objetivou atender às exigências da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. O estudo considerou uma população de projeto de 25.100 habitantes para os bairros Cidade Nova I, II e III, Vila Martins e Vila Vivenda no município de Itú e a população futura de 7.500 habitantes no bairro Dálmatas e Cajurú do Sul no município de Sorocaba. O emissário previsto se desenvolveria ao longo da margem esquerda do córrego Tapera Grande tendo 7.670m de extensão. Foram analisadas as condições de lançamento dos esgotos tratados com redução de 90% da carga orgânica, tendo sido observado que, para as vazões estudadas, as taxas de oxigênio dissolvido permaneceriam acima de 4 mg/L para as condições de vazão mínima: média de 7 dias com tempo de recorrência de 10 anos (Q 7,10), vazão mínima de 30 dias com tempo de recorrência de 20 anos (Q 30,20) e vazão média. O estudo ainda avaliou os impactos decorrentes da implantação e operação do emissário durante a construção. 2.9 – ESTUDO DE VIABILIDADE DE EXPLORAÇÃO, RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO RIO PIRAJIBÚ Este estudo foi elaborado pela WALM Engenharia e Tecnologia Ambiental em 1999 para o Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Sorocaba. Objetivou propor um plano de recuperação e preservação da bacia hidrográfica do rio Pirajibú com a finalidade de preservar a quantidade e qualidade das águas da bacia visando sua utilização futura como manancial estratégico para os municípios de Sorocaba, Itu, Mairinque e Alumínio. Para tanto, o estudo propôs um conjunto de programas incluindo: proteção ambiental com a criação da área de proteção ambiental do Pirajibú; qualidade das águas (cadastro, monitoramento e estudo de autodepuração); controle ambiental de atividade mineral e fortalecimento institucional. O programa de melhoria da qualidade das águas estabelecia como metas a redução de 90% das cargas orgânicas domésticas e 95% das cargas orgânicas industriais como prioridades. Incluiria: - Coleta e tratamento dos esgotos domésticos de Mairinque; 29 - Melhoria no sistema de tratamento de efluentes da Cargill; - Coleta e tratamento dos esgotos domésticos de Alumínio; - Coleta e tratamento dos esgotos domésticos do distrito de Pirapitingui em Itu; - Coleta e tratamento dos esgotos domésticos de Brigadeiro Tobias em Sorocaba; - Coleta e tratamento dos esgotos domésticos do Éden em Sorocaba; - Coleta e tratamento dos esgotos domésticos de Aparecidinha em Sorocaba; e - Coleta e tratamento dos esgotos domésticos de Cajuru do Sul em Sorocaba. As principais ações recomendadas naquele estudo compreenderiam a ampliação das redes coletoras de esgotos domésticos de forma a atender quase 100% da população urbana e o tratamento destes esgotos com eficiência superior a 90% priorizando o tratamento das cargas orgânicas lançadas no córrego São Miguel, por ser o afluente mais importante do rio Pirajibú. No estudo de autodepuração do rio Pirajibú, constatou-se que uma redução de 90% da carga orgânica doméstica apenas garantiria os níveis de oxigênio dissolvido segundo os padrões de classe II mas seria insuficiente no enquadramento da DBO no rio segundo aqueles padrões. Concluía o estudo pela necessidade também de se efetuar melhorias no tratamento dos efluentes industriais da bacia. Foi também realizada uma simulação na situação em que o rio Pirajibú fosse saneado para as atuais cargas poluidoras. Os resultados indicaram que se deveria reduzir em 95% e 90% as cargas doméstica e industrial, respectivamente. Entretanto, estes índices não bastariam para atender o crescimento populacional previsto até o ano 2020 o que sinalizava para a necessidade de total recuperação desta bacia. 2.10 – ESTUDOS DE REAVALIAÇÃO DO SISTEMA ATUAL E PROPOSTO E NOVA CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE CIDADE NOVA, PIRAPITINGUI, PORTAL DO EDEN, CITY CASTELO E ADJACÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE ITÚ-SP 2.10.1 - Introdução Elaborado para o SAAE, em julho de 1999, pelo FIPAI – Fundação para o Incremento da Pesquisa e Aperfeiçoamento Industrial, este estudo objetivou a proposição de uma nova alternativa de coleta e tratamento dos esgotos da área. 2.10.2 - Dados Básicos de Projeto 30 2.10.2.1 - Alcance do projeto O período de projeto considerado se iniciaria no ano 2000 e findaria em 2019. 2.10.2.2 - Área de projeto A área de projeto abrangeria: a) Loteamentos já ocupados: - Cidade Nova - Jardim União - Vila Vivenda - Vila Martins - Parque Novo Mundo - Portal do Éden - City Castelo I e II b) Loteamentos projetados / em implantação: - Gleba IV - Gleba V - Jardim Europa - Village Castelo c) Sanatório d) Área Institucional Correspondeu a uma área próxima à Vila Martins sendo destinada à Prefeitura e) Áreas de preservação f) Áreas de expansão O total das áreas de projeto foi de 1272 ha. 2.10.3 - População de projeto Foi elaborado um estudo populacional da área com base na saturação dos bairros existentes e a saturação das áreas não ocupadas (loteamentos previstos, área institucional, área de preservação e áreas de expansão). Deste modo, a saturação estimada da área de planejamento atingiu 67.422 hab., bastante próxima aos resultados da projeção logística da população (65.349 hab.). Nos anos de 1991, 1996 e 1998 foram previstos, respectivamente, as populações de projeto de 10.927 hab. (Censo de 1991 do IBGE), 23.000 (estimativa prévia do IBGE) e 27.552 hab (Cadastramento Carraro). 31 A partir de uma análise da evolução da população foram estimadas as densidades populacionais das tres zonas de ocupação homogênea de 2000 até a saturação. 2.10.4 - Bacias e Sub-Bacias de esgotamento Foram consideradas duas bacias principais de esgotamento: Córrego do Sanatório e Córrego São Miguel ou Varejão. Uma pequena bacia situada na divisa dos municípios de Itu e Sorocaba, a do Córrego Monteiro de Carvalho complementava a área. As sub-bacias foram delineadas considerando-se o eixo da Rodovia Castelo Branco como referência. São elas: - Região Sul: A sub-bacia que drena os bairros: City Castelo I e II, Portal do Éden e Village Castelo. Foi denominada sub-bacia São Miguel – Sul; - Região Norte: Está subdividida em três sub-bacias: − Sanatório – Margem Esquerda Drena os bairros: Gleba V, Sanatório, Jardim União, Vila Vivenda e Vila Martins; − São Miguel – Norte Drena a Cidade Nova e o Parque Novo Mundo − Monteiro de Carvalho – Margem direita Drena pequena parcela de área de planejamento sem ocupação. 2.10.5 - Parâmetros de Projeto Foram adotados os seguintes parâmetros: - Consumo efetivo “per capita” (descontando-se as perdas) • • São Miguel – Sul: 190 L/hab. dia Sanatório e São Miguel – Norte: 120 L/hab.dia - Dia de maior consumo (K1) : 1,20 - Hora de maior consumo (K2) : 1,50 - Dia de menor consumo (K3) : 0,50 - Coeficiente de retorno : 0,80 - Coeficiente de infiltração : 0,2 L/s. km 32 - Densidade média dos coletores : 4 m/hab - Contribuição “per capita” de carga orgânica : 54 gDBO/hab. dia 2.10.6 - Contribuição de esgotos As vazões máximas horárias de esgotos na região Norte de planejamento envolvendo Sanatório Margem Esquerda e São Miguel – Norte foram de 78,75L/s, 134,20L/s e 157,50L/s, respectivamente, nos anos 2000, 2009 e 2019. Neste cálculo foram computadas também as vazões de infiltração. Já na região Sul, englobando São Miguel – Sul, as vazões máximas horárias foram de 19,11L/s, 29,08L/s e 30,91L/s, respectivamente, nos anos 2000, 2009 e 2019. Nestes mesmos períodos, as cargas orgânicas (DBO) estimadas foram, respectivamente, na região Norte de 1.519 KgDBO/dia, 2.588 KgDBO/dia, e 3.037KgDBO/dia. Já na região Sul os valores estimados foram, respectivamente, 260 KgDBO/dia, 396 KgDBO/dia e 421 KgDBO/dia. 2.10.7- Infra-estrutura sanitária existente O sistema de esgotamento e tratamento existente à época incluía as seguintes unidades: a) Sub-bacia São Miguel Norte (Alternativas 1 e 1.1) Implantado na quase totalidade faltando apenas a solução do esgotamento para a área do Jardim Europa. Incluía também as elevatórias Cidade Nova e Parque Novo Mundo. b) Sub-bacia São Miguel Sul Parcialmente implantado, restando complementar a rede coletora e implantar a elevatória EE 13. c) Sub-bacia Sanatório Margem Esquerda Parcialmente implantado, faltando a construção do interceptor que atenderia as áreas situadas a montante da área de contribuição da ETE São Miguel, atendendo Sanatório, à futura Gleba V e áreas de expansão urbana. d) ETE São Miguel parcialmente construída e equipada, e emissário até a confluência do córrego Sanatório com o Monteiro de Carvalho. 2.10.8 - Proposição de sistemas de tratamento 33 2.10.8.1 - Avaliação das estações de tratamento originariamente previstas. O estudo avaliou as concepções das estações de tratamento de esgotos originariamente previstas para a área. São elas: a) ETE Pirajibú, então em fase de projeto executivo concluído, com implantação prevista próxima à margem do córrego Varejão, perto do Condomínio Residencial City Castelo, seria concebida pelo processo de lodos ativados por aeração prolongada com desinfecção final para uma vazão média de 14,43L/s (1ª etapa) e 19,43L/s (2ª estapa). O efluente tratado seria lançado através de um emissário, no rio Pirajibú a jusante da futura captação de água prevista para o abastecimento de água de Cidade Nova. O estudo concluiu que a ETE Pirajibú, tal como concebida, estaria apta a operar até o ano de 2019. b) ETE São Miguel, planejada para atenderas áreas da Vila Martins, parte do jardim Europa e Vila Vivenda, com o 1º módulo parcialmente implantado, foi concebida pelo processo de lodos ativados do tipo aeração prolongada com regime de fluxo intermitente, por batelada. Incluía desinfecção do efluente final. Foi projetada segundo uma vazão média de 50,2L/s para a 1ª etapa atendendo uma população de 15.592 hab e 140,2L/s para a 2ª etapa, atendendo 60.407 hab. O sistema foi concebido em 4 módulos, 2 para cada etapa. A ETE São Miguel, necessitaria de um investimento adicional para a conclusão das obras e instalação de equipamentos, bem como a construção de um emissário de 600mm de diâmetro e 5.710m de extensão até o rio Pirajibú, de acordo com a exigência, em 1995, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente devido a baixa capacidade de diluição do seu corpo receptor natural, córrego Tapera Grande. O estudo concluiu também pela necessidade de complementação da ETE, incluindo ampliação para as novas vazões e populações contribuintes. Constatou-se também que a área disponível não comportaria ampliação do sistema, havendo necessidade um exame da área localizada no entorno da ETE para a construção de uma outra estação de tratamento com capacidade de atender ou complementar o atendimento da população final da 2ª etapa. 2.10.8.2 - Solução escolhida para o tratamento O tipo de tratamento proposto para todas as alternativas, excetuando-se a alternativa 4 e sua variante, seria pelo processo de lodos ativados por aeração prolongada em regime intermitente de vazão (3 reatores em batelada) complementado por leitos de secagem. A propósito, o estudo desenvolveu exercícios de previsão da capacidade de diluição dos corpos receptores para as contribuições previstas após tratamento, resultando na decisão de considerar para todas as alternativas, (exceto as Alternativas 4 e 4.1) a disposição final no rio Pirajibu, a jusante da foz com o Tapera Grande em áreas 34 pertencentes ao município de Sorocaba, corroborando a decisão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. 2.10.9 - Alternativas de esgotamento estudadas Os estudos do FIPAI definiram 4 alternativas de esgotamento para o Distrito de Pirapitingui. Em comum, estas alternativas consideram a inclusão da ETE São Miguel no sistema (Alternativas de 1 a 4) ou a sua exclusão (Alternativas 1.1, 2.1, 3.1 e 4.1). 2.10.9.1 - Descrição das Alternativas a) Tratamento centralizado na região Norte – Alternativas 1 e 1.1 Esta alternativa preconizava o tratamento dos esgotos de Pirapitingui na região Norte do Distrito. Contudo, a centralização do tratamento na ETE Sanatório exigiria a reversão de todos os esgotos das sub-bacias São Miguel Norte e Sul para a sub-bacia Sanatório Margem esquerda. O estudo não definiu precisamente o local exato para a implantação da estação tratamento (ETE Sanatório), embora tenham sido investigadas como prováveis áreas a montante, ao longo da margem esquerda do córrego Sanatório, próximo Sítio Cleto. O corpo receptor seria o Pirajibú acarretando a necessidade de construir um emissário de 5710m e 600mm de diâmetro. de as ao se As vazões médias previstas em fim de plano (2019) para a região Norte seriam de 107,5L/s, enquanto que para a região Sul as contribuições seriam de apenas 19,94L/s redundando em uma vantagem para esta alternativa. b) Tratamento centralizado na região Sul – Alternativas 2 e 2.1 Esta alternativa considerava implantar uma ETE no mesmo local previsto originariamente para a ETE Pirajibú, ou seja, junto à margem direita do córrego Varejão (São Miguel), próximo à confluência com o rio Pirajibú. O lançamento final seria no Pirajibú após a confluência do córrego Varejão a jusante da captação prevista. A centralização do tratamento na região Sul exigiria a reversão das contribuições das sub-bacias São Miguel Norte e Sanatório margem esquerda para a bacia São Miguel Sul até uma caixa de reunião de onde os esgotos se encaminhariam, através de um emissário por gravidade mas sob pressão, até uma estação elevatória e em seguida à ETE Pirajibú . Esta alternativa teria como vantagem o fato de a ETE estar próxima ao local de lançamento no Pirajibú. c) Descentralização dos Sistemas de Tratamento – Alternativas 3 e 3.1 35 Esta alternativa propõe a implantação de duas novas estações de tratamento, além da ETE São Miguel, em caso do seu aproveitamento. A localização dos sistemas de tratamento seria na região de concentração de cada bacia contribuinte: - junto à confluência do córrego Varejão com o rio Pirajibú na região Sul - área prevista para a implantação da ETE - Pirajibú; - próximo à confluência do córrego do Sanatório com o córrego Monteiro de Carvalho, ou seja, na mesma área considerada na alternativa 1. Os locais de lançamento do efluente tratado seriam os mesmos previstos nas alternativas anteriores, ou seja, o rio Pirajibú. A descentralização do tratamento nas regiões Sul e Norte exigiria a reversão das contribuições da sub-bacia São Miguel Sul até a ETE Pirajibú, a reversão dos esgotos da sub-bacia São Miguel Norte para sub-bacia Sanatório Margem Esquerda, bem como as contribuições por recalque da margem esquerda do Sanatório. d) Transposição para a ETE – Canjica- Alternativas 4 e 4.1 Esta alternativa foi considerada visto que a ETE – Canjica já existente, localizada na sede do município ainda dispunha de capacidade ociosa para absorver as contribuições geradas na região da Cidade Nova e adjacências, sem que houvesse necessidade de ampliação de capacidade das instalações existentes, pelo menos até o ano 2005. Na situação de fim de plano (2015), com a ampliação da ETE, a estação de tratamento ainda teria uma certa ociosidade. A reversão se daria a partir de uma estação elevatória posicionada anexa à caixa de reunião existente que receberia as contribuições também por recalque das sub-bacias. São Miguel Sul e Norte e da sub-bacia Sanatório Margem esquerda. O emissário, com uma extensão total de 18.414m, teria trechos sob recalques e por gravidade sob pressão, desenvolvendo-se inicialmente pela rodovia SP-79 atravessando a Rodovia do Açúcar sobre a ponte existente seguindo por esta rodovia na direção da sede até as proximidades do ribeirão Guaraú. Após atravessar o córrego e a ferrovia atingiria a área da ETE.. O efluente final seria lançado no rio Tietê. 2.10.9.2 - Alternativa selecionada Para definição da alternativa mais econômica, no estudo procedeu-se a uma avaliação de custos de investimentos envolvendo interceptores, elevatórias e estação de tratamento, bem como com despesas de exploração (energia elétrica, pessoal e desinfecção do efluente tratado). De posse dos custos totais inerentes a cada alternativa foi efetuada uma análise econômica para se determinar a alternativa de mínimo custo, através do método de 36 custo marginal aplicado às unidades cujos investimentos e despesas variassem entre as alternativas. A conclusão dos estudos econômicos indicou ser a alternativa de transposição dos esgotos à ETE Canjica, (Alternativa 4.1) a mais viável economicamente, principalmente devido à ociosidade daquela depuradora o que redundaria em nenhum investimento em tratamento para esta alternativa. Todo o sistema seria implantado em uma única etapa. O local selecionado para a implantação da elevatória de transposição, ponto de união de todos os esgotos do Distrito, estaria situado no cruzamento da Rua Dr. Lauro de Souza Lima com a avenida da Paz Universal (Rodovia SP-79). A vazão a ser transposta seria de 184,6L/s contra uma altura manométrica média de 38,51m. O emissário por recalque teria 5.600m de extensão, com 450mm de diâmetro.O emissário por gravidade teria uma extensão total de 13.814m, com diâmetros variando de 350 a 450mm. Várias obras complementares seriam necessárias, entre redes de esgotos e sistemas de bombeamento, para propiciar o encaminhamento dos esgotos das sub-bacias São Miguel Sul e Norte, bem como Sanatório Margem Esquerda ao ponto de reunião das contribuições, junto a elevatória de transposição.. Os investimentos necessários para a implantação desta solução foram estimados pelo estudo em R$14.430.830,90. O mesmo estudo concluiu também que a entrada em operação da ETE – São Miguel não se justificaria dado que o principal fator de custo estaria relacionado à necessidade de implantação do emissário final para o lançamento do efluente tratado com 5.710m de extensão ao longo de uma faixa de terreno desfavorável atravessando extensas regiões de brejo o que acarretaria profundidades de até 4,20m. 2.11 - INTERCEPTOR DOS CÓRREGOS ITAIM MIRIM E ITAIM GUAÇÚ Projeto executivo desenvolvido pelo SEREC em maio de 2005, este sistema de afastamento dos esgotos das bacias dos rios Itaim Mirim e Itaim Guaçu é constituído de um interceptor principal, denominado interceptor do Itaim e de coletores troncos interligados ao principal. O interceptor principal se estenderia das proximidades do Jardim das Indústrias (montante) até a estação elevatória existente de esgotos final da bacia (EE-12), localizada nas imediações do cruzamento da Estada Municipal ITU-070 e leito do córrego Itaim Guaçu. Esse interceptor deveria receber a vazão proveniente de toda bacia considerada em projeto, contando para isso com a contribuição de diversos coletores tronco. 37 No total, deveriam ser implantados 8 coletores troncos, todos numa única etapa. Cada coletor deveria atender uma sub-bacia de esgotamento, visando à eliminação das elevatórias existentes e o atendimento de futuras áreas urbanizadas da bacia de projeto. No projeto elaborado pelo SEREC, foi considerada uma população contribuinte à bacia do Itaim de 73.274 hab. e uma vazão de final de plano (2027) de 223,7L/s. O destino final do esgoto recalcado pela EE-12 deveria ser elevatória EE-2, situada à margem da rodovia do Açúcar, que por sua vez o encaminharia para o emissário final, que teria como destino a ETE Canjica. Ao longo de todo o percurso do interceptor, ocorreriam travessias de filetes d’água, seja pelo próprio interceptor ou pelos coletores. Com intuito de minimizar os impactos nesses cursos d’água, o projeto optou pela transposição desses obstáculos sempre pela parte inferior do leito, evitando situações de remanso a montante da travessia, caso a alternativa fosse por tubulação “aérea”. Em vista disso, devido à necessidade de aprofundamento das tubulações, foi necessário condicionar a definição dos traçados dos trechos a jusante das travessias às condições topográficas locais, de modo a se obter um melhor resultado, considerando a relação custo/benefício. A extensão total do interceptor Itaim, desde o ponto mais a montante (com diâmetro de 150mm), próximo a EE-11 até a chegada na EE-12 (com diâmetro de 800mm) seria de 9.448 m. Este interceptor projetado para coletar, por gravidade, os esgotos da bacia do córrego Itaim terá oito coletores-tronco afluentes. O interceptor do Itaim terá seu início no Jardim das Indústrias (Vila Lucinda), no local onde está instalada a EER-11 (atualmente inoperante). A partir desse ponto, o interceptor percorrerá cerca de 635m até receber a contribuição do coletor tronco (CT-01), com comprimento de 526m e diâmetro de 150mm, oriundo do CDHU, onde está instalada a EER-21. Posteriormente, cerca de 1.030m a jusante, o interceptor deverá receber outra importante contribuição (pontual), no final da Rua Domingos Martineli Neto (Parque São Camilo), onde se encontra em funcionamento a EER-20. O CT-02 será responsável pela coleta dos esgotos gerados em parte do Jardim Itaim, inclusive da EE Itaim II. Com comprimento da ordem de 1.660m e diâmetro de 200mm, deverá interligar-se ao interceptor do Itaim cerca de 2.260m a jusante da contribuição da EER-20. Por sua vez, o CT-04 terá comprimento de 646m, diâmetro de 150mm e deverá interligar-se ao interceptor cerca de 415m a jusante do ponto de ligação do CT-03. O CT-04 será responsável pela desativação da EE-08, localizada ao lado do Clube Gorila’s. 38 O CT-05, oriundo do Jardim da Pedreira, deverá lançar o esgoto no interceptor do Itaim cerca de 260m a jusante. Deverá ter diâmetro de 150mm, comprimento de 411m e também necessitará de uma travessia sob a Rodovia do Açúcar. Nas imediações da passagem do interceptor sob a Estrada do Barreto deverá ser feita a interligação do CT-06, responsável pelo esgotamento da vazão atualmente direcionada para EE-15, localizada no Portal da Vila Rica. Esse trecho deverá ter 924m de comprimento e diâmetro de 200mm. Próxima à junção dos rios Itaim Mirim e Itaim Guaçu será feita a interligação do CT07 ao interceptor. Esse coletor deverá conduzir o esgoto proveniente do Residencial Potiguara, visando à desativação das elevatórias EE-16 e EE-17. Cerca de 255m a jusante, o interceptor receberá a contribuição do CT-08, responsável pelo esgotamento da vazão da região da Estância Bom Viver e Parque Residencial Mayard visando desativação da EE-23. Esse coletor deverá ter diâmetro de 200mm e comprimento de 1.067m. 39 3 – SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTE 3.1 - SEDE MUNICIPAL 3.1.1 - Sistema de Coleta Cerca de 90% da área urbana da Sede do município encontra-se coberta por rede de esgotos, com aproximadamente 405km de tubulação. Só de coletores-tronco e interceptores a rede de coleta engloba 31km de tubulação. Há ainda 22 estações elevatórias de esgotos. O sistema de esgotos conta com uma estação de tratamento (ETE Canjica). O número de economias é de cerca de 34.000 unidades. O sistema da Sede é composto de três bacias de esgotamento: − Bacia do Guaraú, toda interceptada, coletando toda a região Norte e central da cidade; − Bacia do Itaim-Guaçú que abrange a área oeste da cidade com esgotos transpostos à bacia do Guaraú em diversos pontos por 15 elevatórias; e − Bacia do Pirapitingui, que abrange a área rural da cidade com esgotos interceptados e afastados por 7 elevatórias em direção elevatória da Ponte Nova localizada nesta mesma bacia transpondo os esgotos diretamente à ETE Canjica. Na bacia do Guaraú, a maior parte dos esgotos é encaminhada, por gravidade aos interceptores implantados nos fundos de vale do córrego Brochado, córrego Taboão e córrego Guaraú. Ao longo do córrego Brochado existe um interceptor implantado com diâmetros que variam de 250 e 500mm. O córrego do Taboão possui em ambas as margens interceptores com diâmetro de 300mm implantados na Av. Dr. O. P. Mendes até o encontro com o interceptor do Brochado.O interceptor do Brochado junta-se ao interceptor da margem esquerda do Taboão (ambos com 300mm de diâmetro) nas proximidades da Tapera. A partir daí, o interceptor que cruza o córrego do Brochado segue pela margem esquerda do córrego Guaraú com diâmetro de 500mm, até a ETE Canjica, localizada próxima à divisa com o Município de Salto, à margem direita do córrego Guaraú, corpo receptor dos efluentes tratados. Outra parte dos esgotos da Sede é recalcada à ETE Canjica através da Elevatória Ponte Nova e por um emissário sob pressão de diâmetro 600mm. O desenho nº ITU-PDE-04A apresenta os principais coletores tronco, interceptores, emissários e estações elevatórias – EER existentes na sede municipal. 40 Outro interceptor cruza o Brochado sobre o antigo pontilhão da estrada de ferro, seguindo pelo leito abandonado da ferrovia até encontrar a tubulação de 500mm de diâmetro à margem esquerda do Guaraú nas proximidades do curtume. A Tabela 3.1 apresentada a seguir mostra as características dos principais coletores/interceptores e emissários enquanto que a Tabela 3.2 apresenta as características das estações elevatórias de recalque (EER). Tabela 3.1 – Coletores / Interceptores e Emissários da Sede TRECHO DESCRIÇÃO BACIA DIÂMETRO (mm) COMPRIMENTO (km) Itaim Emissário Guaraú 400 0,4 Vila Santa Terezinha Coletor tronco Guaraú 200 0,4 Vila Gatti Coletor tronco Guaraú 300 0,4 Brochado Interceptor Guaraú 600 2,2 Margem Esquerda Brochado Coletor tronco Guaraú 250 0,9 Margem Direita Brochado Coletor tronco Guaraú 200 0,9 J.Faculdade Interceptor Guaraú 300 1,5 J.Av.Tiradentes Interceptor Guaraú 250 0,7 Taboão Interceptor Guaraú 250 0,9 Olavo Assis Coletor tronco Guaraú 300 0,4 Chácara Paraíso Coletor tronco Guaraú 200 0,3 J Rosinha Coletor tronco Guaraú 250 0,5 Taboão Interceptor Guaraú 300 2,2 Chácara Flora Interceptor Pirapitingui 400 0,8 Alves Siqueira Interceptor Pirapitingui 500 0,6 Santo Antonio Emissário Pirapitingui 200 0,8 Pirapitingui Interceptor Pirapitingui 500 3,6 Jardim. Aeroporto Coletor tronco Pirapitingui 300 1.0 Margem Direita Pirapitingui Interceptor Guaraú 300 1,3 Jardim Padre Bento Interceptor Guaraú 250 0,6 Canjica Emissário Guaraú 450 6,5 Vila Santo Antonio Interceptor Guaraú 600 3,4 J.Alberto Gomes Interceptor Guaraú 400 0,7 Obs: Dados fornecidos pela Águas de Itu 41 Tabela 3.2 - Características das Estações Elevatórias de Recalque (EER) da Sede ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTOS - EER LOCALIZAÇÃO BACIA VAZÃO L/s POTÊNCIA (CV) EER 00 PONTE NOVA Pça Mal. Rondon 300 Ponte Nova Pirapitingui 142,0 3 x 250 EER 01 JD.SÃO PAULO R.Orlando Goes, s/nº, Jd.São Paulo Pirapitingui 80,0 EER 02 PROGRESSO Av. Primavera, Progresso Guarau 54,2 EER 03 PARAÍSO I Est. Elevatória s/nº, Jd. Paraíso Pirapitingui EER 04 SANTO ANTONIO Rod. Municipal Itu 20 Sto Antonio Pirapitingui EER 05 SANTO ANTONIO Prox.Vicente de Carvalho s/nº Sto Antonio EER 06 SANTO ANTONIO Prox.Casemiro de Abreu s/nº Sto Antonio EER 07 GOLF TERRAS Al.Carla, 921 - Lote 921 Terras S.José EER 08 V.GORILAS EER 12 CANGUIRI EER 14 RESIDENCIAL ITAIM EER 15 VILA RICA EER 16 POTIGUARA PV EER 17 POTIGUARA CV EER 18 BAIRRO BRASIL EER 19 SÃO CAMILO EER 20 SÃO CAMILO EER 21 CDHU EER 22 TERRAS EER 23 BOM VIVERI EER 25 RESIDENCIAL ITAIM II EER 30 FINAL R.Claudio Fonseca - V. Gorilas Rod. Municipal Itu 70 B.Canguiri R.Modesta S.Carreri, s/nº, Residencial Itaim R.Francisco M.Galvão,s/nº Portal da Vila Rica R. Maria J. Zacarias s/nº, Res. Potiguara R.Edson Campos s/nº Res. Potiguara R.Recife, 0 BD 18 Bairro Brasil R.Irene de Campos Moraes, 0 BD 19 São Camilo R. Eric T. Bueno, 22 BD 20 São Camilo R. Galileu Bicudo, nº 600 BD 21 CDHU Al.Gondoleiro do Amor,Viz;917 Terras de S.José R. Bela Emília, nº 625 Bom Viver R. José Maria Boff Rv. Salto Itu Km 2,6 DADOS TÉCNICOS ALTURA MANOMÉTRICA (mca) ORIGEM / DESTINO 80,0 Vem da EER-01; Vai para ETE Canjica 3 x 10 4,8 Vem da EER-22; Vai para EER-00 2 x 30 10,0 Vem da EER-18; Vai para ETE Canjica 11,1 2 x 30 51,0 Vem da rede; Vai para ETE Canjica 18,9 2 x 45 50,5 Vem da rede; Vai para EER-00 Pirapitingui 3,0 2 x 4.8 22,0 Vem da rede; Vai para EER-00 Pirapitingui 11,1 2 x 30 60,0 Vem da rede; Vai para EER-00 Pirapitingui 5,0 2 x 4.5 5,0 Vem da rede; Vai para EER-22 Itaim Itaim Itaim Itaim Itaim Itaim Guarau Itaim Itaim Itaim Pirapitingui Itaim Itaim Guarau 10,0 45,0 11,0 4,27 ND 5,0 ND 6,25 7,7 ND ND ND ND 202,0 2 x 41 2 x 75 2 x 24 2 x 17 2 x 25 2 x 7.5 2 x 10 2 x 50 2 x 50 2 x 8.5 2 x 1.1 2 x 25 2 x 10 4 x 75 43,0 63,0 45,0 59,5 ND 17,6 ND 50,6 52,5 37,0 ND ND ND ND Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Vem Obs: Dados fornecidos pela Águas de Itu ND = Dado não disponível 42 da rede; Vai para EER-30 da EER-17/23; Vai para EER-02 da rede; Vai para EER-30 da rede; Vai para EER-30 da rede; Vai para EER-17 da EER-16; Vai para EER-12 da rede; Vai para EER-30 da EER-20; Vai para EER-30 da rede; Vai para EER-19 da rede; Vai para EER-30 da EER-07; Vai para EER-01 da rede; Vai para EER-12 da rede; Vai para EER-30 da rede; Vai para ETE Canjica 3.1.2 - Estação de tratamento 3.1.2.1 - Concepção A ETE-Canjica é uma Estação de tratamento biológica operando segundo o processo de lodos ativados de alta taxa, utilizando como reatores aeróbios poços profundos (70m), construídos em concreto (“Deep Shaft”). Trata-se da única instalação em operação no Brasil para tratamento de esgotos sanitários utilizando este processo de depuração, patenteado pela ICI e Anglian Water. A Estação de Tratamento de Esgotos de Itu – ETE CANJICA (desenho nº ITU-PDE-05), teve sua implantação concluída em 2002. Foi projetada para atender uma população de 130.000 hab. na 1ª etapa e 250.000 hab. em fim de plano, ano 2015. 3.1.2.2 - Vazões e Cargas Orgânicas A ETE-Canjica foi projetada para depurar uma vazão média de 407L/s e uma vazão máxima de 615 L/s em 1ª etapa (1996-2005) com DBO média de 300 mg/L, resultando uma carga orgânica de 10523kg DBO/dia. A ampliação prevista em 2ª etapa (2006-2015) deverá atingir uma vazão média de 541L/s e uma vazão máxima de 802 L/s para uma carga orgânica de 14.025 kg DBO/dia. De janeiro a dezembro de 2007 a vazão média dos esgotos brutos afluentes à ETE foi de 284L/s. Nos 3 primeiros meses de 2008 assomou à ETE Canjica uma vazão média de 321L/s. As DBO e DQO médias, resultantes do valor da média aritmética de 20 resultados de DBO e DQO medidos em amostras do esgoto bruto afluentes à ETE Canjica, no período de julho de 2008 à janeiro de 2009 foram de 317mg/L e 468mg/L, respectivamente, resultando em uma carga orgânica média de 8354 kg DBO/dia. 3.1.2.3 - Unidades componentes da ETE – Canjica A ETE Canjica é composta das seguintes unidades de tratamento: a) Tratamento Preliminar Gradeamento; Desarenação. b) Tratamento biológico Metabolização em reatores aeróbios do tipo “Deep Shaft”; Desgaseificação; Clarificação. 43 c) Tratamento do lodo excedente Adensamento; Desidratação; Estabilização química. 3.1.2.4 - Descrição das unidades de tratamento 3.1.2.4.1 - Estação Elevatória Final de Rede A Estação Elevatória Final de rede recebe os despejos provenientes do interceptor Guaraú, representando 60% da vazão total do sistema. No início do canal de entrada desta elevatória, um extravasor e um stop-log, possibilitam o desvio do fluxo para o córrego Guaraú. Após o stop-log, os despejos passam por uma grade de retenção dos sólidos grosseiros. A limpeza da grade é efetuada manualmente através de rastelo, conduzindo o material removido a uma caçamba coletora situada no topo da grade. A montante da grade, chega a tubulação de esgotos sanitários dos prédios da administração e da oficina. Após a grade, ainda no canal de entrada, chega a tubulação de drenagem das estruturas do sistema de tratamento preliminar, em ferro fundido de 300m. Os esgotos são admitidos na câmara principal da elevatória, após passarem pela comporta de sentido único, acionada por pedestal de suspensão através de engrenagens. O recalque para o sistema de gradeamento mecânico é efetuado por conjuntos de moto-bombas centrífugas submersíveis, sendo instalado 04 (quatro) conjuntos na primeira fase e um 5º conjunto na segunda fase. 3.1.2.4.2 - Gradeamento e Extravasão A unidade de gradeamento e extravasão recebe os despejos provenientes da Estação Elevatória Final, representando 60% da vazão total do sistema e da Estação Elevatória de Ponte Nova, representando os 40% restantes. A admissão é feita em um compartimento onde ocorre a mistura das contribuições. Deste compartimento, o fluxo é distribuído pelos canais de gradeamento, sendo que os mecanizados estão funcionando normalmente e o canal com grade de limpeza manual serve como reserva, em casos de manutenção ou picos de vazão. O material retido nas grades é transferido para as calhas coletoras, através do mecanismo automático de limpeza. Essas calhas, com inclinação adequada, conduzem o material recolhido para as caçambas. 44 Após passar pelas grades, o esgoto segue para um compartimento de saída, o qual possui um ponto para drenagem de escumas 03 (três) saídas, que conduzem o líquido aos canais desarenadores. Tanto a entrada quanto a saída dos canais de gradeamento, são controladas por comportas de duplo sentido. 3.1.2.4.3 - Desarenador Plano Do gradeamento, o líquido é distribuído igualmente para os 03 (três) desarenadores do tipo gravimétrico, que funcionam simultaneamente, sem reserva para limpeza, já que este procedimento é efetuado automaticamente por parafusos extratores de areia. Atualmente o terceiro desarenador não está em funcionamento, por não estar equipado. Na entrada, cada desarenador possui defletores para o direcionamento do fluxo possibilitando um regime de escoamento “tranquilo”, de modo a facilitar a separação dos materiais inertes. Todo material depositado no fundo da câmara principal, é conduzido para um poço através de raspador com quatro braços, acionado por moto-redutor. A remoção do material depositado no poço é efetuada por um classificador tipo parafuso, conduzindo-o para um contentor (caçamba). A saída de desarenador, o líquido verte para um compartimento coletor, de onde segue para a estrutura de medição - Calha Parshall. 3.1.2.5 - Calha Parshall e Caixa de Medição Os efluentes provenientes dos 03 (três) desarenadores seguem para um canal de tranquilização (ou câmara de reunião), a montante da calha Parshall. No raio central da curva que integra o canal mencionado acima, foi construída uma parede guia, evitando que a turbulência se propague para o canal de medição. A calha Parshall possui garganta (W) de 3 ft e medidor de vazão com sensor ultra-sônico, instalado em poço piezométrico, provido de processador para indicação digital no local e transmissão para painel central de controle. O esgoto vertido após a calha Parshall, reúne-se ao proveniente da elevatória EE02 (elevatória de efluentes de processo), que recebe o transbordo dos adensadores, o filtrado da centrífuga e o dreno das unidades locais, seguindo para a câmara de divisão de fluxo, instalada à jusante. Da câmara de divisão de fluxo os despejos seguem para os reatores de poços profundos (“Deep Shaft”). 45 3.1.2.6 - Poço Profundo e Tanque do poço (Deep Shaft e Head Tank) As câmaras de alimentação recebem o esgoto de tratamento preliminar e o retorno do lodo. Isoladamente, cada câmara alimenta um lado do reator (Deep Shaft),seguindo pelo poço descendente juntamente com a parcela proveniente da câmara ascendente, que retorna pelo tanque do poço. O sentido do fluxo é garantido por diferença de pressão provocada pelos sistemas de “air lift”, instalados nas câmaras descendentes e ascendentes. As câmaras de alimentação recebem o esgoto de tratamento preliminar e o retorno do lodo. Isoladamente, cada câmara alimenta um lado do reator, seguindo pelo poço descendente juntamente com a parcela proveniente da câmara ascendente, que retorna pelo tanque do poço. O sentido do fluxo é garantido por diferença de pressão provocada pelos sistemas de “air lift” instalados nas câmaras descendentes e ascendentes. Desta forma, o líquido que entra na câmara descendente somente efetuará este encaminhamento no sentido da câmara ascendente, sem a possibilidade de retornar para a superfície. Todo o fluxo descendente é forçado a seguir até o fundo do tanque, já que a passagem para a câmara ascendente é efetuada nesta região. Assim, é possível manter um tempo de residência adequado, bem como garantir um íntimo contato entre o lodo recirculado e o esgoto afluente, proporcionando a adsorção da matéria orgânica para posterior biodegradação. O processo dispõe de tempo de retenção hidráulico e tempo de residência do lodo baixo se comparado ao sistema convencional. Entretanto pelas altas transferências de oxigênio e altas concentrações de sólidos no reator, a biodegradação é garantida e é muitas vezes superior ao sistema convencional. O reator em poço profundo (Deep Shaft) compreende dois conjuntos de câmaras (direito e esquerdo), funcionando paralelamente. Cada conjunto compreende os seguintes compartimentos: − − − − Câmara de alimentação; Câmara descendente; Câmara ascendente; e Câmara de reciclo/saída de tratado, sendo que esta integra o denominado Head Tank. Apesar de haver uma completa divisão de fluxo, em cada conjunto de câmaras funcionando independentemente do outro, não poderá ser feito o esgotamento de um lado sem que seja feito do outro (ao mesmo tempo), pois esta operação danificaria a estrutura do poço. A câmara de saída não possui divisão, atendendo ao mesmo tempo, aos dois conjuntos descritos anteriormente. Esta câmara é denominada tanque de mistura. 46 Neste local está instalado o analisador, indicador e transmissor de O.D. (oxigênio dissolvido) cujo sinal será derivado. O efluente do Deep Shaft, com grande quantidade de gases dissolvidos, tenderá a sofrer flotação do material suspenso. Assim, é necessário que seja conduzido ao desgaseificador, eliminando este efeito. O suprimento de oxigênio originariamente era feito por meio de dois compressores de ar (mais um de reserva) de 350CV cada, centrífugos, isentos de óleo, disponibilizando uma vazão de ar capaz de introduzir, no mínimo, cerca de 1.682,9kg/h de oxigênio a uma pressão de 6.21 bar. Atualmente, existem dois compressores, portáteis, sobre rodas, alugados, de 1800m³/h e com 300 CV cada, instalados junto ao prédio dos compressores próximo aos “Deep Shaft”. No prédio encontram-se desativados os três equipamentos originais, juntamente com as bombas de vácuo (ativas). 3.1.2.7 - Desgaseificador, Câmara de Reaeração e Canal de Distribuição Do tanque de mistura do “Deep Shaft”, o despejo segue para as câmaras de alimentação do desgaseificador. A partir deste ponto, novamente há uma divisão de vazão, em duas partes iguais. Assim, cada câmara alimenta uma torre de desgaseificação. Isto ocorre também na câmara de reaeração, ou seja, cada uma recebe metade da vazão do sistema. Das câmaras de reaeração, os despejos seguem para a câmara ou canal de saída, onde novamente se reúnem. A saída deste canal é efetuada através de duas tubulações com diâmetro de 1,00m cada, que seguem para a caixa de distribuição/alimentação dos clarificadores. 3.1.2.8 - Caixa de Distribuição A câmara de distribuição é alimentada pelo fundo, através das duas tubulações com 1,0 m de diâmetro, provenientes do canal de saída das câmaras de reaeração. No ponto de entrada dos tubos, as paredes possuem inclinação de 60◦, formando 02 (dois) poços de lodo tipo tronco-piramidal. Todo o líquido que chega no compartimento central da câmara de distribuição, verte através de 16 (dezesseis) comportas, para as 04 (quatro) câmaras externas (04 comportas para cada câmara). Cada câmara externa direciona o fluxo para um clarificador. 3.1.2.9 - Clarificadores A entrada é efetuada pelo fundo dos clarificadores, proveniente da caixa de distribuição descrita no item 3.1.2.8. 47 Cada clarificador possui uma câmara central, conduzindo o despejo para a parte superior do tanque, onde finalmente penetra no interior da câmara de sedimentacão. Esta configuração é necessária para permitir o funcionamento do raspador e ao mesmo tempo manter uma zona tranqüila no fundo do tanque, possibilitando o acúmulo de sólidos para posterior remoção. Assim, vertendo próximo à superfície do líquido, controla-se a velocidade. Para auxiliar na correta distribuição, bem como no direcionamento do fluxo de forma a evitar eventuais curtos-circuitos, foram instalados bafles centrais (ou cilindro de repartição), provocando um encaminhamento descendente até uma determinada profundidade. Com o maior diâmetro do bafle central, a velocidade do fluxo é bastante reduzida, permitindo que haja o depósito de quantidades significativas de sólido já nesta região. Partículas mais leves vão se depositando ao longo do percurso até atingir a canaleta de recolhimento de clarificado. Todo o lodo sedimentado é recolhido pelos braços raspadores e direcionado para o centro do tanque, sendo recalcado pelas bombas de retorno/descarte de lodo. O clarificado obtido, representando o efluente tratado, segue para a elevatória de diluição, podendo ser encaminhado diretamente para o corpo receptor, ou utilizado parcialmente para diluição do lodo nos adensadores, operações de lavagens e/ou para alimentação da ETA. 3.1.2.10 - Estação Elevatória de Retorno de lodo (RAS) O sistema de recirculação compreende 05 (cinco) conjuntos moto-bombas, centrífugas de parafuso, com eixo horizontal, velocidade variável, sendo que 03 (três) operarão normalmente e 02 (duas) serão instaladas como reserva. Numa segunda etapa será instalada mais uma bomba, ficando 04 (quatro) em operação normal e 02 (duas) como reserva. Cada bomba é dedicada exclusivamente a um clarificador específico, entretanto poderá ser alinhada, em ocasiões extraordinárias, qualquer uma das 03 (três) bombas dos subsistemas para qualquer um dos respectivos clarificadores. Ressaltese que para este procedimento todos os conjuntos moto-bomba e válvulas motorizadas deverão estar em modo manual de operação. Na primeira etapa, 03 (três) bombas, sendo 01 reserva, efetuarão o retorno do lodo proveniente dos clarificadores CLA-01 e 02 e 02 (duas) bombas, sendo 01 (uma) reserva, permitirão. o retorno do lodo proveniente do clarificador CLA-03. Após a instalação das 06 (seis) bombas, paralelamente ao início de operação do CLA-04, 03 (três) bombas, sendo 01 (uma) reserva, efetuarão o retorno do lodo proveniente dos clarificadores CLA-01 e 02 e 03 (três) bombas, sendo 01 (uma) reserva, efetuarão o retorno do lodo proveniente dos clarificadores CLA-03 e 04, para a câmara de alimentação do “Deep Shaft”. 48 3.1.2.11 - Elevatória de Descarte de lodo (WAS) O sistema de descarte de lodo em excesso compreende 03 (três) conjuntos moto bombas, centrífugas, com eixo horizontal, velocidade variável, sendo que 02 (duas) operarão normalmente e 01 (uma) será instalada como reserva. As linhas de sucção partem de derivações provenientes das linhas de sucção das bombas de recirculação – “RAS”, sendo que cada bomba de descarte succiona o lodo de um conjunto de clarificadores, CLA-01/02 e CLA-03/04 (na primeira etapa apenas CLA-03). As bombas recalcam o descarte de lodo diretamente para os adensadores por gravidade, onde ao fluxo é adicionado água de diluição para o controle de odores. 3.1.2.12 - Adensadores A alimentação é efetuada pelo fundo dos adensadores, a partir da caixa de chegada, que recebe o lodo proveniente da Estação Elevatória de Recirculação e Descarte de Lodo, mais propriamente das bombas de descarte – “WAS” e a água de diluição, proveniente da elevatória EE-D. O encaminhamento é feito do fundo desta caixa, para a câmara central, conduzindo o lodo (ou lodo = água de diluição), para a parte superior do tanque, onde finalmente penetra no interior da câmara de sedimentação e adensamento. Como nos casos dos clarificadores, a entrada pelo fundo permite o funcionamento do raspador e ao mesmo tempo mantém uma zona tranquila no fundo do tanque, possibilitando o acúmulo de sólidos para posterior remoção.Assim, vertendo próximo à superfície do líquido, controla-se a velocidade. Para auxiliar na correta distribuição, bem como no direcionamento do fluxo de forma a evitar eventuais curtos-circuitos, os adensadores também possuem bafles centrais (ou cilindros de repartição), provocando um encaminhamento descendente até uma determinada profundidade. Com o maior diâmetro do bafle central, a velocidade do fluxo é bastante reduzida, permitindo que haja depósito de quantidade significativa de sólidos já nesta região. Partículas mais leves vão se depositando ao longo do percurso até atingir a canaleta de recolhimento de clarificado, localizada na periferia da estrutura. Todo o lodo sedimentado no fundo dos adensadores, é recolhido pelos braços raspadores e direcionado para o centro dos tanques. As linhas de saída de lodo do fundo dos adensadores, interligam-se na caixa de reunião à jusante destes, seguindo a Elevatória de Lodo Adensado. Cada adensador possui 13 janelas, cada uma contendo uma placa em aço carbono com 8 (oito) vertedores, por onde o sobrenadante clarificado verte, seguindo pela canaleta até o ponto de saída, de onde prossegue por gravidade, para o poço de sucção da elevatória EE-02. 49 As janelas são distribuídas em espaços iguais de aproximadamente 27° 41”. A linha proveniente da Estação Elevatória EE-D, possui 03 (três) derivações na caixa de distribuição a montante dos adensadores, sendo 02 (duas) com diametros de 200mm, seguindo para os adensadores AD-01 e AD-02 e 01 (uma) com diametro de 100mm, seguindo para as caixas imediatas dos adensadores e para o reservatório de Água para Lavagem/Diluição projetado para a lavagem das telas das antigas prensas desaguadoras (atualmente desativadas). 3.1.2.13 - Estação Elevatória de Diluição (EED) À Estação Elevatória de Diluição, são atribuídas as seguintes finalidades: − Caixa de reunião e transbordo do efluente tratado proveniente dos clarificadores; − Fornecimento de água para diluição do lodo descartado a ser adensado e limpeza das linhas de lodo dos adensadores; − Alimentação do reservatório de água para lavagem de telas das antigas prensas Desaguadoras (operação desativada); − Alimentação da ETA (Estação de Tratamento de Água), destinada ao tratamento terciário, visando a utilização da água tratada neste nível, como água de serviço para diversos fins; − Caixa de passagem (compartimento de saída), para parcela proveniente do extravasamento do sistema de gradeamento e da elevatória de drenagem de fundação (rebaixamento do lençol freático), localizado na elevatória de recirculação e descarte de lodo. Todo o líquido deste compartimento escoa para o corpo receptor via estrutura de extravasão. 3.1.2.14 - Estação Elevatória EE-02 A Estação Elevatória EE-02 recebe os sobrenadantes dos dois adensadores, o filtrado e efluente de lavagem de telas das prensas desaguadoras (função desativada), a drenagem da Elevatória de Lodo Adensado e a drenagem da área da Elevatória de Recirculação e Descarte de lodo, compondo um efluente misto denominado reciclo de processo. Todos os despejos são lançados no poço de sucção, através de um compartimento de tranquilização, típico para a maioria das elevatórias. O recalque para a câmara de saída da Calha Parshall é efetuado por 03 (três) bombas centrífugas submersíveis, sendo 01 (uma) reserva. Após a união das tubulações de recalque provenientes das três bombas, foi instalada uma válvula para possibilitar a descarga da linha, retornando para o poço de sucção da elevatória. 50 3.1.2.15 - Estação Elevatória de Lodo Adensado Esta elevatória tem por função, bombear o lodo adensado, transportando-o do fundo dos adensadores à alimentação das centrífugas estabelecendo uma vazão controlada para cada circuito de desaguamento. 3.1.2.16 - Sistema de Desidratação e Estabilização do lodo 3.1.2.16.1 - Centrífuga Originariamente o sistema de desidratação era composto por duas prensas desaguadores de 11,6m³/h de lodo cada. Atualmente estes equipamentos foram substituídos por uma única centrifuga, alugada, com capacidade de 30m³/h. A centrífuga é alimentada individualmente, por uma das bombas de lodo adensado, descrita no item 3.1.2.15. Na linha de alimentação da centrífuga é efetuada a dosagem de polieletrólito. O fluxo de alimentação é efetuado a partir da câmara de floculação, onde o lodo proveniente da elevatória de adensadores, já misturado ao polieletólito, sofrerá uma agitação lenta por alguns instantes, promovendo a formação de flocos maiores, para proporcionar uma desidratação mais eficiente. A torta seca obtida é conduzida para o pavimento inferior através de um funil coletor, até um misturador contínuo, onde é dosada cal para proporcionar a estabilização química da torta. O funil possui desviador basculante e mangote, possibilitando a descarga direta em uma caçamba. A descarga do misturador para as caçambas é efetuada a partir de esteira inclinada. 3.1.2.16.2 - Sistema de Polieletrólitos O sistema de preparo e dosagem de polieletrólitos é composto basicamente por: 02 (dois) tanques de preparo de polieletrólitos em concreto; 02 (dois) misturadores lentos de eixo vertical; 02 (duas) bombas dosadoras de polieletrólitos, tipo diafragma. Nas linhas de recalque das bombas dosadoras, existe um ponto de entrada para água, possibilitando a diluição de 0,5% para a diluição ideal recomendada pelo fabricante. O controle da quantidade de água é efetuado por meio de manobra em registro tipo esfera, de diâmetro de ¾, com base na leitura de vazão efetuada por medidor tipo rotâmetro, a jusante do registro. A vazão de polieletrólito é obtida através do gráfico que indica a vazão deste tipo de bomba, onde a variação geralmente é obtida por percentual, sendo a vazão mínima = 0% e a máxima =100%. A dosagem de polieletrólitos é efetuada em linhas, em um ponto próximo à entrada das câmaras de floculação da centrífuga. 51 Cada bomba efetuará a dosagem na linha de alimentação da centrífuga. Entretanto, há a possibilidade de succionar de apenas um tanque e também efetuar a dosagem a partir de uma mesma bomba, através de tubulações de interligação instaladas na sucção e no recalque. 3.1.2.16.3 - Depósito de cal e misturador A cal virgem é recebida em caminhões, de onde é transferida para um silo de armazenagem, com 40m3 de capacidade, provido de filtro de mangas no alto, a fim de evitar que durante a carga a agitação do material pulverulento, provoque o inconveniente espalhamento de cal. A dosagem de cal no misturador é efetuada automaticamente, conforme ajuste no inversor de freqüência da rosca transportadora. 3.1.2.17 - Descarte de Lodo e Transporte O descarte de torta de lodo desaguado pela centrífuga ocorre automaticamente, em função do próprio regime de funcionamento da mesma. A coleta é efetuada por um funil, que direciona todo o volume gerado para o pavimento inferior, onde será admitido no misturador contínuo, que efetuará sua mistura com cal virgem proveniente do silo de armazenamento. Do misturador, a torta segue por correia transportadora inclinada até as caçambas coletoras, sendo então removida para a disposição no aterro da Estri em Paulinia. Na Sede do município, onde praticamente a totalidade dos esgotos (cerca de 91%) é coletada e tratada, o corpo receptor é o córrego do Guaraú. O local de lançamento do efluente no córrego Guaraú dista cerca de 5km da foz no rio Tietê. 3.1.2.18 - Corpo receptor As vazões lançadas pela ETE Canjica no Guaraú (331L/s em março de 2008) supera a vazão mínima de 7 dias consecutivos (Q7,10) deste córrego, estimada em 29L/s resultante da contribuição de uma bacia de drenagem de cerca de 15km2. Por outro lado, a vazão Q7,10 do rio Tietê na foz do Guaraú é de cerca de 79,4m3/s. 3.2 - DISTRITO DE PIRAPITINGUI O sistema de esgotos sanitários do Distrito de Pirapitingui, composto de 3 bacias de esgotamento, Tapera Grande, Varejão Norte e Varejão Sul compreende, na área a norte da Rodovia Castelo Branco, redes coletoras no Sanatório, Vila Martins, Cidade Nova, Parque Novo Mundo, Jardim União e Vila Vivenda. Na área ao sul existem redes coletoras no Portal do Éden, Village Castelo e City Castelo 2. 52 Originariamente a rede coletora do Sanatório encaminhava os esgotos até uma lagoa de oxidação facultativa, às margens do córrego do Sanatório, enquanto que a rede coletora de Vila Martins encaminhava os esgotos a duas pequenas estações de tratamento de nível primário pouco abaixo da captação. Estas estações de tratamento encontram-se, há muito, desativadas. A ETE-São Miguel prevista para depurar os esgotos das áreas da Vila Martins, parte do Jardim Europa e Vila Vivenda com grau secundário de depuração (lodos ativados em batelada projetada para 25L/s), construída em substituição às antigas ETEs encontra-se desativada sem nunca ter entrado em operação. Atualmente o sistema de esgoto do Distrito de Pirapitingui com cerca de 70km de rede 4,5km de interceptores e emissários, 2 estações elevatórias e 10.300 economias possui a configuração apresentada no desenho nº ITU-PDE-04B. Os esgotos coletados na bacia do Tapera Grande correspondente à área urbana do lado norte, à direita da rodovia Castelo Branco (lado de Itú) são lançados “in natura” neste córrego. Os esgotos do córrego São Miguel, (ou Varejão Norte) que coleta toda a área urbana do lado norte, à direita da Rodovia Castelo Branco (lado de Itu) são recalcados por duas elevatórias para a bacia do Tapera Grande e também lançados “in natura”. Finalmente, os esgotos da bacia do córrego São Miguel, (ou Varejão Sul) que abrange toda a área urbana do lado sul, à esquerda da Rodovia Castelo Branco são lançados no próprio córrego, também sem tratamento. A Tabela 3.3 apresenta as características dos interceptores do Distrito de Pirapitingui, enquanto a Tabela .3.4 apresenta as características das elevatórias de esgoto. Tabela 3.3 - Coletores/interceptores e emissários do Distrito de Pirapitingui TRECHO DESCRIÇÃO BACIA Jardim Novo Mundo Interceptor São Miguel Cidade Nova Interceptor Jardim União Interceptor Córrego Sanatório Interceptor São Miguel (Varejão Norte) São Miguel (Varejão Sul) São Miguel (Varejão Sul) CA = Concreto Armado Nd = Não Disponível 53 DIÂMETRO COMPRIMENTO MATERIAL (mm) (km) 400 0,4 CA 200 0,4 PVC 300 0,4 Nd 600 2,2 Nd Tabela 3.4 - Estações Elevatórias de Recalque (EER) do Distrito de Pirapitingui ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE RECALQUE - EER BACIA VAZÃO L/s POTÊNCIA (CV) Altura manométrica (mca) EER 09 – Cidade Nova São Miguel (Varejão Norte) 66 2 x 30 55 EER 10 – Novo Mundo São Miguel (Varejão Norte) 13 2 x 70 60 Especificamente, o sistema de esgotamento sanitário existente no Distrito de Pirapitingui apresenta as seguintes características: a) Área Sul (Portal do Éden, City Castelo e Village Castelo) - Rede coletora no Portal do Eden e na City Castelo 2; - Lançamento sem tratamento no córrego São Miguel. b) Área Norte (Cidade Nova, Parque Novo Mundo, Jardim União, Vila Martins, Vila Vivenda e Sanatório) − Rede coletora e coletor tronco de DN300 e DN400, na Cidade Nova; − Estação Elevatória de Esgotos da Cidade Nova, compreendendo 2 bombas submersas com capacidade para recalcar 55L/s contra um desnível de 55m. Os esgotos são revertidos para a rede coletora do Jardim União através da linha de recalque que se desenvolve pela rua Porto Feliz até atingir o divisor de águas, no início da rua Dr. Aníbal G. Adjute; − Rede coletora do Parque Novo Mundo; − Estação elevatória de esgotos do Parque Novo Mundo compreendendo duas bombas submersíveis cada uma com capacidade para recalcar 13L/s contra um desnível de 60m. Os esgotos são revertidos também para a rede coletora do Jardim União, através da linha de recalque que se desenvolve pela Avenida Contorno Oeste e pela rua Porto Feliz até atingir o divisor de águas no início da rua Dr.Aníbal G. Adjute; − Rede coletora de Vila Martins, Jardim União e Vila Vivenda; − Coletor tronco do Jardim União, com diâmetro de 500mm, até o local da antiga ETE São Miguel; 54 − Rede coletora do Sanatório e emissário final, diâmetro de 600mm ao longo, do Córrego do Sanatório. No Distrito de Pirapitingui, ao contrário do que ocorre na Sede municipal, os esgotos são lançados “in natura”. Os corpos receptores são os córregos Tapera Grande e Varejão (ou São Miguel) e seus afluentes, cursos d´água pertencentes à bacia do rio Pirajibú. A principal característica dos corpos d’água destas áreas de projeto é que se constituem em cabeceiras dos córregos afluentes à margem direita do Pirajibú e, desta forma, possuem descargas reduzidas se comparadas com o porte das contribuições de esgotos. O córrego Tapera Grande possui uma vazão mínima de 7 dias consecutivos (Q7,10) na seção correspondente à confluência do córrego Monteiro de Carvalho de apenas 24,4L/s, considerando-se uma área de drenagem de 15,5km2. Um estudo efetuado em 1999 pela FIPAI concluiu que o lançamento de uma vazão de esgotos de 30,73L/s neste ponto correspondente à contribuição da ETE São Miguel, prevista em fim de plano, causaria uma depleção de oxigênio nas águas do Tapera Grande inferior ao padrão de classe 2 ao longo de todo o seu percurso até a foz no Pirajibú, distante cerca de 35km da ETE. Já na outra sub-bacia, córrego Varejão (ou São Miguel) com área de drenagem de 44,14km2 a vazão mínima de 7 dias consecutivos (Q7,10) na confluência do Pirajibú é de cerca de 70L/s. Todavia, para fins de abastecimento público de Cidade Nova são extraídos pela ETA 03, 35L/s e pela ETA 08 cerca de 70L/s , (futuramente, 155 L/s com elevação da capacidade da ETA 08 e a desativação da ETA 03) acarretando redução a jusante das descargas do rio e, em conseqüência, de sua capacidade de diluição. Entretanto, o rio Pirajibú na confluência do córrego São Miguel (ou Varejão) próximo ao local da captação de água, a vazão mínima de 7 dias consecutivos (Q7,10) é de 382,25L/s correspondente a uma área de drenagem de uma bacia de 242,26km2. O SAAE - Itu conta também com outorga para captação de água no Pirajibú. Na foz do Tapera Grande situada a jusante, a área de drenagem do Pirajibú é de 375,75km2. Isto resulta em uma vazão mínima de 7 dias consecutivos Q7,10 de 591,16L/s. Dada esta situação hidrológica desfavorável destes córregos em termos de capacidade de diluição, já em 1995, o Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental - DAIA, da Coordenadoria de Planejamento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente já havia solicitado, quando da análise da ETE São Miguel, estudos quanto ao lançamento dos efluentes tratados, oriundos do Distrito de Pirapitingui, diretamente no rio Pirajibú, após a captação de água, devido a baixa capacidade de diluição do Tapera Grande. O termo de ajustamento de conduta – TAC, celebrado entre o Ministério Público do Estado de São Paulo e “Águas de Itu” em 20 de agosto de 2008 expressa no seu 55 item 10 alínea “g” que a concessionária “não poderá nos termos da decisão proferida nos autos da Ação Civil Pública que ocorreu perante a 2ª Vara de Itu, sob o nº 622/93, prever em seus projetos lançamento de esgoto in natura no Rio Pirajibú e nem mesmo esgoto tratado nos Ribeirões Varejão, Tapera Grande e Sanatório, salvo na hipótese do plano diretor de esgoto não puder tecnicamente superar tal proibição, e, contar com a anuência e aprovação da CETESB para proposta apresentada”. O Rio Pirajibú, corpo receptor final dos efluentes das áreas de projeto possui qualidade de água de abastecimento para fins de suprimento público de água potável (IAP) em nível apenas regular, de acordo com medições bimestrais efetuadas no Posto JIBU 02900 da Rede de Monitoramento da Qualidade da Água da CETESB. 56 4 – ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E PARÂMETROS TÉCNICOS UTILIZADOS NO PLANO DIRETOR 4.1 – HORIZONTE DE PROJETO O Plano Diretor de Esgotos de Itu prevê um horizonte de projeto de 30 anos a partir de 2008, inicio da concessão dos serviços de água e esgotos do município pelo Poder Concedente, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Itú 4.2 - BASE CARTOGRÁFICA Para a elaboração do Plano Diretor foi utilizada a seguinte base cartográfica principal: a) Levantamento esterofotogramétrico topográfico regular do reambulação 1971 e restituição 1973, na escala 1:50.000; IBGE, 1965, b) Restituição aerofotogramétrica do instituto geográfico e cartográfico – IGC, 1978, reambulação 1978/79, na escala 1:10.000. 4.3 - BACIAS E SUB-BACIAS DE ESGOTAMENTO 4.3.1 - Bacias da Sede Nas áreas de projeto existem três bacias principais de esgotamento, drenantes em direção ao rio Tietê: Guaraú, Pirapitingui e Itaim-Guaçú. 4.3.1.1 - Bacia do Guarau O córrego Guaraú é formado pelas sub-bacias do córrego do Brochado e córrego do Taboão, além das áreas das sub bacias drenadas pelas elevatórias EER 2, 18 e 30 –Final). O córrego do Taboão nasce próximo à rua Heróis da FEB atravessando toda a extensão do quartel do exército. A partir deste local, o córrego encontra-se canalizado ao longo da Av. Otaviano Pereira Mendes até a confluência do córrego Brochado, pela margem esquerda, próximo à antiga estação ferroviária, atual sede do SAAE de Itu. O córrego do Brochado tem suas nascentes próximas à rua Tiradentes e Av. das Rosas, desenvolvendo-se e margeando o antigo leito da estrada de ferro. Na confluência do córrego Taboão e em alguns trechos a montante o córrego é canalizado. O córrego Guarau segue em direção ao rio Tietê, constituindo no corpo receptor do efluente tratado da ETE – Canjica, localizado à sua margem direita, próximo à divisa com o município de Salto. A bacia do Guarau é a mais densa das bacias das áreas de projeto. 57 4.3.1.2 - Bacia do Pirapitingui É a maior das bacias da área de projeto abrangendo a área sul da cidade. Contudo, possui pouca área dentro do perímetro urbano. É formada pelos rios Pirapitingui, Braiaiá, Gomes e seus afluentes. É o principal manancial de água da cidade. Os esgotos da bacia são interceptados e encaminhados à 7 elevatórias localizadas em cada uma de suas sub-bacias (EERs 00, 01, 03, 04, 05, 06, 07 e 22). A elevatória de Ponte Nova (EER 00) recebe todos os esgotos das elevatórias da bacia, recalcando-os à ETE Canjica. 4.3.1.3 - Bacia do Itaim-Guaçú Esta bacia se caracteriza por abrigar a principal área de expansão da cidade. É formada pelos córregos Itaim-Mirim e Itaim-Guaçú, em cuja confluência se implantou uma barragem de nível para captação de água bruta para a cidade. Os esgotos desta bacia são também recalcados à bacia do Guaraú por meio de 11 elevatórias localizadas em cada uma de suas sub-bacias (EER 08, 12, 14, 15, 16, 17, 19, 20, 21, 23 e 25) 4.3.2 - Bacias do Distrito de Pirapitingui No Distrito de Pirapitingui existem duas bacias de esgotamento: Varejão ou São Miguel e Tapera Grande, todas afluentes da margem direita do rio Pirajibú. São identificadas 3 sub-bacias: São Miguel Sul, São Miguel Norte (EER 09 e EER 10) e a sub-bacia do córrego Sanatório, um dos formadores do Tapera Grande. 4.4 – ESTUDOS DEMOGRÁFICOS 4.4.1 - Introdução Os estudos demográficos foram desenvolvidos por ocasião da elaboração do Plano Diretor de Água de Itu recentemente concluído. A demanda de água a ser atendida para fins de abastecimento público, base para as estimativas dos esgotos domésticos produzidos foi calculada em conformidade com o crescimento populacional das áreas de projeto (Anexo I.6). Na projeção populacional de Itu, o estudo considerou que a mancha urbana possui uma descontinuidade, resultando na formação de duas áreas urbanas distanciadas entre si em cerca de 8km. Tais são, a Sede municipal onde reside a maior parte da população do município e o Distrito de Pirapitingui, área em processo de grande expansão demográfica devido à localização privilegiada onde despontam loteamentos populares e empreendimentos imobiliários de alto padrão. 58 A evolução histórica demográfica da Sede municipal e do Distrito de Pirapitingui, segundo o IBGE, é mostrada na Tabela 4.1 a seguir: Tabela 4.1 - Evolução demográfica das áreas urbanas do município Sede Pirapitingui Total Ano (hab.) (hab.) (hab.) 1950 16.550 77 16.627 1960 23.435 79 23514 1970 35.993 48 36.041 1980 61.908 907 62.815 1991 89.266 7.550 96.816 1996 90.539 21.467 112.006 2000 ND ND 123.942 2007 ND ND 135.913 De 1950 a 1991 – números estimados pelo estudo da Fundação Getúlio Vargas-IBRE FONTE: Plano Diretor de Água – 2008 – QUIRON A contagem populacional de 2007, realizada pelo IBGE, para todo o município de Itú, tendo como data de referência o dia 1º de abril daquele ano, apresentou uma população recenseada total de 146.259 habitantes, sendo 135.913 habitantes na área urbana e 10.346 habitantes na área rural. O IBGE, nesta contagem populacional, não diferenciou se a população urbana recenseada estava domiciliada na Sede ou no Distrito. 4.4.2 - Projeção populacional Segundo o Plano Diretor de Água, a população urbana total atingiu seu pico de crescimento em 1970 e a partir de então tem havido uma tendência declinante das taxas anuais de crescimento da população urbana (1,33% entre 2000/07), bem como das taxas de ocupação habitante por domicílio (3,32hab/dom em 2007). Tendo em vista a projeção populacional ao longo do período de projeto, o estudo do Quiron considerou dados de estimativas populacionais anteriores, quais sejam: a) Previsão populacional do estudo FGV-IBRE/2000 e do Diagnóstico do SAAE de Itu elaborado pela Endonucleum/2001. Este estudo apresentava uma previsão populacional com horizonte de 20 anos estimado com base na evolução populacional da Sede e do Distrito a partir do ano 2000 até o ano de 2020. b) Previsão populacional UNIEMP/2005 Estas previsões consideraram o horizonte de estudos até o ano de 2035, a partir do ano de 2001, tanto para a Sede como para o Distrito. c) Previsão SEADE/2008 59 Previsão da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São PauloSEADE. Estimou a evolução da população urbana e rural até o ano de 2020 para todo o município. d) Previsão populacional constante na proposta da Concessão Previsão utilizada na proposta visando a licitação de concessão dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Itu. As estimativas populacionais foram feitas a partir de 2007 até o final do período de concessão em 2038, referindo-se a população da Sede e do Distrito. Estas estimativas são praticamente coincidentes com as do SEADE/2008. 4.4.3 - Projeção Populacional O estudo da Quiron optou por adotar a curva de tendência populacional a partir dos dados do IBGE (Censo 1991 e 2000 e Contagem 2007), o que levou a estimar uma população no horizonte de projeto (2035) entre o previsto pelos estudos do Endonucleum/2001 e da UNIEMP/2005. Aplicando-se a equação da curva de tendência emergiu a seguinte previsão anual da população urbana (Sede e Pirapitingui). Aos resultados obtidos o estudo considerou um acréscimo de aproximadamente 5% devido à população flutuante, estimada com base nos estudos do IBGE de 2007 que levantou os domicílios não ocupados de uso ocasional. A Tabela 4.2 apresenta a previsão da população urbana factível no período de 2007 a 2038. A distribuição desta população entre a Sede do município e o Distrito de Pirapitingui foi dificultada por falta de informações uma vez que não haviam dados populacionais diferenciados em ambos os núcleos urbanos. No entanto, o estudo da Quiron tomou por base as pesquisas anteriormente citadas, que consideraram a distribuição da população urbana da Sede como variando de 80 a 65% (Distrito de Pirapitingui de 20 a 35%) do total, ao longo do período de projeto. Conforme estas informações, a Quiron estimou os percentuais da população urbana da sede ao longo do período de projeto, com um máximo de 80% em 2007 até um mínimo de 65% em 2038. 60 Tabela 4.2 - Previsão Populacional Urbana Factível Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 Sede (hab.) 108.725 110.196 111.663 113.130 114.600 116.076 117.562 119.060 120.574 122.105 123.660 125.240 126.847 128.485 129.654 131.130 132.602 134.070 135.536 136.999 138.460 139.917 141.372 142.825 144.275 145.723 147.170 148.613 150.055 151.495 152.933 154.370 Distrito (hab.) 34.826 36.486 38.151 39.814 41.475 43.130 44.776 46.408 48.026 49.625 51.201 52.753 54.277 55.770 57.732 59.387 61.046 62.709 64.374 66.042 67.713 69.387 71.063 72.741 74.422 76.105 77.789 79.477 81.166 82.857 84.550 86.244 Total (hab.) 143.551 (*) 146.682 149.814 152.944 156.075 159.206 162.338 165.468 168.600 171.730 174.861 177.993 181.124 184.255 187.386 190.517 193.648 196.779 199.910 203.041 206.173 209.304 212.435 215.566 218.697 221.828 224.959 228.090 231.221 234.352 237.483 240.614 (*) IBGE – Contagem da População em 2007, acrescido de 5% para população flutuante 4.4.4 - Densidades demográficas As densidades demográficas das áreas de projeto foram estimadas com base no estudo de distribuição da população na mancha urbana de acordo com as previsões populacionais efetuadas para a Sede do município e para o Distrito de Pirapitingui, tendo por objetivo também o Plano Diretor de Água. Os objetivos específicos do estudo foram também estimar a distribuição das demandas atuais de água, bem como as previstas nos anos 2015, 2025 e 2035. 61 A distribuição das demandas atuais de água foram estimadas com base nas 221 rotas comerciais de leitura na Sede e 32 rotas no Distrito de Pirapitingui. Desta forma, foram calculadas a média dos consumos para cada uma destas rotas, a quantidade de economias, a localização de cada rota, bem como a população atendida por rota. A estimativa do crescimento populacional por rota foi estimada pela Quiron, com base nos dados de Plano Diretor da cidade com a identificação das áreas saturadas, áreas com tendências de verticalização, áreas do Centro Histórico, além de investigações “in loco”. Os desenhos nos ITU-PDE-03 A, B e C apresentados no anexo I.3, elaborados originariamente para o Plano Diretor de Água, mostram as informações sobre as densidades populacionais e população por rota comercial respectivamente para os anos de 2015, 2025 e 2035 nas bacias de esgotamento. Já o desenho ITU-PDE-03D, também no anexo I.3, apresenta a divisão da sede e do distrito em sub-bacias de esgotamento. Tais divisões foram determinadas com auxilio das curvas de nível, bem como pelo sentido da rede de drenagem. O termo utilizado para distinguir cada uma das sub-bacias foi a área de influência das EER’s nelas inseridas. No caso da não existência de uma EER, a divisão por sub-bacias foi feita com base na drenagem natural dos esgotos para os interceptores dos córregos do Brochado, Guaraú e Taboão (lado direito e lado esquerdo). Também neste caso, cada uma das sub-bacias teve sua população e contribuição estimadas pelas rotas comerciais para os anos 2008, 2015, 2025 e 2035. O estudo da Qurion também estimou os consumos em m3/mês (L/s) para cada uma das rotas da Sede adotando um “per carpita” de 170L/hab.dia, o coeficiente de máxima vazão diária K1 = 1,2 e um índice de perdas de 25% no período 2015 a 2035. 4.5 – PARAMETROS BÁSICOS DE PROJETO 4.5.1 - Índice de atendimento O índice de atendimento previsto em contrato é de 98%, que deverá ser atingido até o 5º ano de vigência. Como o mesmo foi iniciado em 2007, esta meta deverá ser atingida até 2012. 4.5.2 - Coeficientes K 1 e K 2 de variação de consumo O Plano Diretor de Água fixou estes coeficientes em conformidade com dados da literatura técnica, por não haver macro medição e telemetria na rede de distribuição do sistema de abastecimento de água: 62 - Coeficiente do dia de maior consumo : K 1 = 1,2 - Coeficiente da hora de maior consumo : K 2 = 1,5 Estes coeficientes serão utilizados para o cálculo da rede de coleta e estações elevatórias de rede. Entretanto, dadas as características do sistema de esgotos de Itu onde inúmeras elevatórias estão inseridas, nos dimensionamentos das estações de tratamento deverão ser também utilizados dados reais das vazões afluentes medidas, visando estabelecer correlações válidas das variações entre vazões médias, mínimas e máximas (diárias e horárias). 4.5.3 - “Per capita” efetivo As estimativas das contribuições de esgotos foram feitas com base nas demandas de água objeto de estimativas no Plano Diretor de Água que utilizou informações e indicadores operacionais de Nível 1 referentes ao período de outubro/2007 a fevereiro/2008 do sistema de abastecimento de água de Itu. O “per capita” efetivo foi fixado no Plano Diretor de Água em 170L/hab.dia considerando informações operacionais e comerciais da “Águas de Itu” referentes ao mês de janeiro de 2008 (Indicadores Operacionais de Nível 1) calculado conforme o Indicador I022 do Sistema Nacional de Informações de Saneamento–SNIS que redundou em um “per capita” efetivo de 169,81L/hab.dia. (O consumo micro medido no mês de janeiro de 2008 foi de 730 891m3, distribuído em 46 779 economias ou 43 594 ligações) 4.5.4 - Coeficiente de retorno O valor clássico adotado em sistemas de esgotos é de 80% da relação média entre os volumes de esgoto produzido e de água efetivamente consumida. Será adotado, em principio, neste Plano Diretor. 4.5.5 - Coeficiente de Infiltração O coeficiente considerado no Plano Diretor de Esgotos de 1991 de 0,2 L/s km passível também de ser adotado neste estudo. Não se incluem neste índice as contribuições clandestinas de águas pluviais na rede de esgotos sanitários, situação aliás atualmente muito comum nas áreas de projeto.Na ETE Canjica, há ocorrência de grandes picos de vazões, cerca de 30%, em tempo úmido, segundo informações do corpo operacional da ETE. 4.5.6 - Densidade Média dos Coletores Para fins de cálculo das vazões de infiltração a densidade média dos coletores foi adotada conforme: - Sede: 3,5m/hab; - Distrito de Pirapitingui: 2m/hab 63 4.5.7 - Contribuição de Carga Orgânica Será adotado o valor clássico de 54g/hab. dia para os cálculos de carga orgânica, cujas contribuições totalizadas são apresentadas nas Tabelas 4.18 e 4.21. 4.6 – CONTRIBUIÇÕES DE ESGOTOS Com base nos parâmetros de projeto retro descritos, as Tabelas 4.3 a 4.17 apresentam as contribuições de esgotos domésticos por bacia de esgotamento, em termos de vazão e carga orgânica na Sede e no Distrito de Pirapitingui. Incluem nestes valores as contribuições devidas a infiltração, bem como lançamentos pontuais de despejos industriais. Tabela 4.3 – Contribuição Média de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 92 101 113 125 129 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 49 53 60 66 68 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 33 36 41 45 46 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 173 190 213 236 243 TOTAL Tabela 4.4 – Contribuição Diária de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 110 121 136 150 155 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 58 64 72 79 82 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 40 43 49 54 55 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 208 228 256 283 292 TOTAL 64 Tabela 4.5 – Contribuição Horária de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 165 181 204 225 232 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 87 96 108 119 122 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 59 65 73 81 83 TOTAL 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 312 342 384 425 437 Tabela 4.6 – Contribuição de Infiltração nas Áreas de Projeto (Sede) Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 41 45 50 56 57 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 22 24 27 29 30 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 15 16 18 20 21 TOTAL 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 77 84 95 105 108 Tabela 4.7 – Contribuição de Efluente Industrial nas Áreas de Projeto (Sede) Etapalização VAZÃO (L/s) BACIA 2008 2015 2025 2035 2038 11,04 12,22 13,26 14,08 14,4 Pirapitingui - - - - - Itaim Guaçu - - - - - 11,04 12,22 13,26 14,08 14,4 Guaraú TOTAL Obs: Valores correspondentes a contribuição da Pepsico 65 Tabela 4.8 – Contribuição Média Total de Esgoto Doméstico e Efluente Industrial nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 144 158 177 195 200 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 70 77 86 96 98 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 48 52 59 65 67 TOTAL 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 262 286 321 355 365 Tabela 4.9 – Contribuição Diária Total de Esgoto Doméstico e Efluente Industrial nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 162 178 199 220 226 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 80 87 98 109 112 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 54 59 67 74 76 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 296 324 364 403 414 TOTAL Tabela 4.10 – Contribuição Horária Total de Esgoto Doméstico e Efluente Industrial nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 217 238 267 295 303 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 109 119 134 148 153 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 74 81 91 101 104 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 400 438 492 544 560 TOTAL 66 Tabela 4.11 – Contribuição Média de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) VAZÃO (L/s) BACIA 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 34 45 60 75 80 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 24 31 42 52 56 TOTAL 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 57 76 101 128 136 Tabela 4.12 – Contribuição Diária de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) VAZÃO (L/s) BACIA 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 41 54 72 90 96 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 28 37 50 63 67 TOTAL 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 69 91 122 153 163 Tabela 4.13 – Contribuição Horária de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 61 80 108 136 144 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 42 56 75 94 100 TOTAL 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 103 136 182 230 244 67 Tabela 4.14 – Contribuição de Infiltração nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 9 11 15 19 20 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 6 8 11 13 14 TOTAL 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 15 19 26 32 34 Tabela 4.15 – Contribuição Média Total de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA VAZÃO (L/s) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 42 56 75 95 100 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 30 39 52 66 70 TOTAL 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 72 95 127 160 170 Tabela 4.16 – Contribuição Diária Total de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) VAZÃO (L/s) BACIA 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 49 65 87 110 116 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 34 45 60 76 81 TOTAL 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 84 110 147 186 197 68 Tabela 4.17 – Contribuição Horária Total de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) VAZÃO (L/s) BACIA 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 70 92 123 155 165 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 48 64 85 108 114 TOTAL 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 118 155 208 262 279 Tabela 4.18 – Contribuição em Carga Orgânica de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA CARGA ORGÂNICA (Kg DBO/dia) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 58.404 63.904 71.834 79.529 81.816 3.154 3.451 3.879 4.295 4.418 Pirapitingui 30.855 33.761 37.950 42.015 43.224 1.666 1.823 2.049 2.269 2.334 Itaim Guaçu 20.937 22.909 25.752 28.510 29.330 1.131 1.237 1.391 1.540 1.584 110.196 120.574 135.536 150.055 154.370 5.951 6.511 7.319 8.103 8.336 TOTAL Tabela 4.19 – Contribuição em Carga Orgânica de Efluente Industrial nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização CARGA ORGÂNICA (Kg DBO/dia) BACIA 2008 2015 2025 2035 2038 310 343 372 395 404 Pirapitingui 0 0 0 0 0 Itaim Guaçu 0 0 0 0 0 310 343 372 395 404 Guaraú TOTAL Obs: 1- DBO(5) = 325 mg/L 2- Valores correspondentes a contribuição da Pepsico 69 Tabela 4.20 – Contribuição em Carga Orgânica Total de Esgoto Doméstico e Efluente Industrial nas Áreas de Projeto (Sede) - Etapalização CARGA ORGÂNICA (Kg DBO/dia) BACIA 2008 2015 2025 2035 2038 Guaraú 3.464 3.794 4.251 4.690 4.822 Pirapitingui 1.666 1.823 2.049 2.269 2.334 Itaim Guaçu 1.131 1.237 1.391 1.540 1.584 6.261 6.854 7.691 8.498 8.740 TOTAL Tabela 4.21 - Contribuição em Carga Orgânica de Esgoto Doméstico nas Áreas de Projeto (Distrito de Pirapitingui) - Etapalização POPULAÇÃO (hab) BACIA CARGA ORGÂNICA (KgDBO/dia) 2008 2015 2025 2035 2038 2008 2015 2025 2035 2038 Tapera Grande 21.527 28.335 37.981 47.888 50.884 1.162 1.530 2.051 2.586 2.748 Varejão 14.959 19.691 26.393 33.278 35.360 808 1.063 1.425 1.797 1.909 36.486 48.026 64.374 81.166 86.244 1.970 2.593 3.476 4.383 4.657 TOTAL 70 ANEXOS – VOLUME I I.1 - ITU-PDE-01: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE ITU E BACIA HIDROGRÁFICA TIETÊ/SOROCABA (IGRHI-10) I.2 - ITU-PDE-02: BACIAS HIDROGRÁFICAS E PERÍMETRO URBANO I.3 - ITU-PDE-03: A/B/C/D DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO EM 2015/2025/2035 (DIVISÃO POR BACIAS E SUB-BACIAS) I.4A - ITU-PDE-04A: SEDE MUNICIPAL - EMISSÁRIOS/INTERCEPTORES/COLETORES TRONCO, LINHAS DE RECALQUE E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO (SISTEMA EXISTENTE) I.4B - ITU-PDE-04B:DISTRITO DE PIRAPITINGUIEMISSÁRIOS/INTERCEPTORES/COLETORES TRONCO, LINHAS DE RECALQUE E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO (SISTEMA EXISTENTE) I.5 - ITU-PDE-05: PLANTA GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS (SISTEMA EXISTENTE) - ETE-CANJICA I.6 - PREVISÃO POPULACIONAL E ESTIMATIVA DE DEMANDA DE ÁGUA (RELATÓRIO 1.1) E ESTUDO DE DEMANDAS POR ROTA COMERCIAL (RELATÓRIO 2.1) – QUIRON SERVIÇOS DE ENGENHARIA/2008 71