Sistema de Gestão da Qualidade

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Hospital São Paulo
SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
Hospital Universitário da UNIFESP
Sistema de Gestão da Qualidade
PROTOCOLO: Cirurgia Segura
MACROPROCESSO: Assistência
PROCESSO GERAL: Atendimento de Multiprofissional
PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva,
Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva.
SUBPROCESSO: Todas as respectivas unidades.
DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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Emissão: Abril/2014
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Indexação:
1. INTRODUÇÃO
Em outubro de 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para
Segurança do Paciente. A iniciativa foi uma resposta à Resolução 55.18 da Assembléia Mundial da
Saúde, que recomendou à OMS e aos Estados-Membros a maior atenção possível ao problema da
segurança do paciente. A Aliança desperta a consciência e o comprometimento político para melhorar
a segurança na assistência e apóia os Estados-Membros no desenvolvimento de políticas públicas e
práticas para segurança do paciente. A cada ano, a Aliança organiza programas que abrangem
aspectos sistêmicos e técnicos para melhora da segurança do paciente pelo mundo. Um elemento
central do trabalho da Aliança é a formulação dos Desafios Globais para a Segurança do Paciente. A
cada dois anos, um Desafio é formulado para arrebatar o comprometimento global e reiterar temas
relativos à segurança do paciente que estejam direcionados para uma área de risco significativa em
todos os Estados-Membros da OMS. O primeiro Desafio teve como foco as infecções relacionadas à
assistência à saúde. A cirurgia segura foi escolhida como o tópico para o segundo Desafio Global para
Segurança do Paciente.
Aproximadamente 234 milhões de cirurgias são feitas anualmente no mundo. Cerca de sete
milhões de pacientes apresentam complicações sérias e um milhão morrem durante ou logo após a
cirurgia. O aumento no número de cirurgias foi possível por meio do extraordinário avanço tecnológico,
que trouxe benefícios consideráveis para os pacientes. Os resultados melhoraram de forma
significativa e procedimentos cirúrgicos altamente complexos se tornaram rotineiros. Por outro lado, o
avanço tecnológico tornou o ambiente cirúrgico mais inseguro. Num período de seis meses em um
centro cirúrgico nos Estados Unidos foi evidenciada uma taxa de mortalidade relacionada a erros
médicos de uma para cada 270 erros (0,4%) e 65% desses erros foram considerados como evitáveis.
O ambiente cirúrgico é considerado altamente inseguro, com uma taxa de eventos adversos
estimada em um para cada 10.000 cirurgias. No trauma ortopédico, tal taxa sobe para uma
complicação para cada 100. A taxa de mortalidade cirúrgica, se comparada à da aviação civil (inferior
Elaborado por:
Leila Blanes - COREN/SP: 68603
Coordenadora Assistencial de Enfermagem
ELABORAÇÃO (desta versão)
Revisado por:
Leila Blanes - COREN/SP: 68603
Coordenadora Assistencial de Enfermagem
Kalina Petrof Slavi - COREN /SP: 31810
Gerente de enfermagem do CC
Flávio Trevisani Fakih – COREN: 29226
Escritório da Qualidade/HSP
Juliana Beneduzzi de Deus - COREN/SP: 102757
Coordenadora de Enfermagem do CC
Marcia Baruzzi Bonani CRP: 06/37182
Ecritório da Qualidade
Aprovado por:
Dr Carlos Edval Buchalla
Coordenador do CC e do Comitê de
Cirurgia Segura. CRM-44378
Hospital São Paulo
SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
Hospital Universitário da UNIFESP
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PROTOCOLO: Cirurgia Segura
MACROPROCESSO: Assistência
PROCESSO GERAL: Atendimento de Multiprofissional
PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva,
Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva.
SUBPROCESSO: Todas as respectivas unidades.
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a uma por 1.000.000 de exposições), faz com que a saúde seja considerada mais perigosa. Somado a
esses fatores, ainda há o custo social e financeiro desses erros. De acordo com dados da Autoridade
de Litigação (LA) da National Health System (NHS), sediada na Inglaterra, a maioria das queixas de
negligência clínica vem de especialidades cirúrgicas. Mesmo os procedimentos mais simples
envolvem dezenas de etapas críticas, com inúmeras oportunidades para falhas e enorme potencial de
erros que resultam em injúrias aos pacientes. O obstáculo mais crítico para o bom desempenho de
uma equipe cirúrgica é a própria equipe: os cirurgiões, os anestesiologistas, os enfermeiros e outros
membros devem ter um bom relacionamento e uma comunicação efetiva. Uma equipe que trabalhe
unida para usar seus conhecimentos e suas habilidades em benefício do paciente pode prevenir uma
proporção considerável das complicações que ameaçam a vida. Para tanto, é necessário combinar a
precisão técnica com a segurança do paciente. Nesse contexto, o uso correto de ferramentas como o
Protocolo de Cirurgia Segura da OMS pode ajudar a atingir essa meta.
Em 2008, o Ministério da Saúde do Brasil aderiu à campanha Cirurgias Seguras Salvam Vidas,
cujo principal objetivo é a adoção, pelos hospitais, de uma lista de verificação padronizada, preparada
por especialistas, para ajudar as equipes cirúrgicas na redução de erros e danos ao paciente.
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi instituído pela Portaria Ministerial
(MS) nº 529 de 01/04/13 e tem como um dos seus objetivos específicos “produzir, sistematizar e
difundir conhecimentos sobre segurança do paciente”. O Ministério da Saúde visando o alcance desse
objetivo publicou por intermédio da Portaria Ministerial n º 1.377, de 9 de julho de 2013, os três
primeiros protocolos que tratam das temáticas “Cirurgia Segura”, “Prática de Higiene das mãos” e
“Ulcera por pressão”. Os documentos, construídos a partir de consenso técnico-científico e
considerando as sugestões recebidas por meio de consulta pública, visam contribuir para o
desenvolvimento da gestão de riscos voltada para a qualidade e segurança do paciente nos serviços
de saúde, e estão publicados e acessíveis.
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Coordenadora Assistencial de Enfermagem
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Marcia Baruzzi Bonani CRP: 06/37182
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Dr Carlos Edval Buchalla
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PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva,
Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva.
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O presente protocolo abrange os tópicos principais e documentos que norteiam as condutas
relacionadas às ações de segurança do paciente cirúrgico no Hospital São Paulo, sendo eles a Lista
de Verificação, a Avaliação Pré-anestésica (APA), o Termo de Consentimento Esclarecido (TCE), a
Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP), a Demarcação da Lateralidade
de Sítio Cirúrgico e o Protocolo de Profilaxia Antimicrobiana.
2. OBJETIVOS
Determinar e instituir medidas preventivas de ocorrência de incidentes, eventos adversos e
mortalidade cirúrgica, visando a segurança na realização dos procedimentos cirúrgicos no Hospital
São Paulo.
3. MEDIDAS QUE INTEGRAM O PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA
LISTA DE VERIFICAÇÃO
A lista de verificação deve ser feita de acordo com o Protocolo do Hospital São Paulo (HSP) em
todas as cirurgias e possui quatro etapas: foi incluída uma etapa na lista, devido à característica do
HSP, sendo a primeira etapa imediatamente antes de encaminhar o paciente ao centro cirúrgico.
Nesse momento é confirmado a vaga de UTI, reserva de sangue, se tem equipamentos específicos,
órteses e próteses.
A segunda etapa de verificação ocorre antes da indução anestésica, em que é verificada a
identidade do paciente, a marcação do sítio cirúrgico, a assinatura do termo de consentimento e a
conformidade dos materiais solicitados. Também são antecipadas as dificuldades de intubação e o
risco de hemorragias.
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Coordenadora Assistencial de Enfermagem
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Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
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DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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Na terceira etapa que ocorre antes da incisão na pele, deve-se fazer uma breve pausa de
menos de um minuto antes da incisão, todos os membros da equipe cirúrgica – cirurgiões,
anestesiologistas, enfermeiros e quaisquer outras pessoas envolvidas – se apresentam, antecipam as
possíveis complicações da cirurgia, confirmam verbalmente a identificação do paciente, o sítio
cirúrgico, o procedimento a ser feito e a posição do paciente. Nessa etapa também são confirmados:
a aplicação de antimicrobianos e tromboembólicos profiláticos, quando indicados; a conformidade dos
exames de imagem, e o funcionamento e a correta esterilização dos materiais. Essa etapa é um meio
de assegurar a comunicação entre os membros da equipe e evitar erros como “paciente errado” ou
“local errado”. Tem sido mandatório nos Estados Unidos, mas em muitos países, como o Brasil, é
apenas sugerido.
A última etapa e que ocorre antes da saída do paciente da sala cirúrgica, o procedimento é
novamente checado, os materiais usados são conferidos e contados, as amostras, encaminhadas e os
planos pós-operatórios, discutidos. Em cada uma das etapas o coordenador da lista de verificação
deve confirmar se a equipe cirúrgica completou todas as tarefas para aquela etapa, antes de
prosseguir para a nova fase.
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Etapas da Verificação da Cirurgia Segura – Hospital São Paulo / HU da UNIFESP
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Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
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DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA (APA)
É uma avaliação realizada pelo médico anestesiologista previamente ao ato anestésico. Essa
avaliação consiste de entrevista contendo interrogatório sobre diversos aparelhos, antecedentes
pessoais, anestésicos, cirúrgicos, hábitos, alergias, uso de medicações entre outras informações
relevantes sobre suas condições físicas e psicológicas. Além da história, deve-se fazer o exame
físico e se necessário exames complementares.
É durante a avaliação e/ou consulta pré-anestésica que o anestesiologista informa o paciente
sobre os cuidados antes, durante e depois da realização do procedimento. Essas informações são
basicamente sobre o período de jejum pré-operatório, as rotinas da anestesia e as informações
gerais sobre a técnica anestésica que será empregada para a realização da cirurgia. Este é o
momento ideal para esclarecer dúvidas do paciente, aliviar preocupações, ansiedade, medo, além de
permitir a identificação de características individuais que podem aumentar o risco anestésico. Essa
consulta visa estabelecer medidas apropriadas para diminuir o risco anestésico, planejar a técnica
anestésica, a assistência pós-operatória e obter o consentimento pós-informado.
Para a avaliação do estado físico do paciente é utilizada, além de outros escores, uma
Classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) que se baseia na condição do
paciente, independente do procedimento cirúrgico que será realizado.
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DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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Indexação:
TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO (TCE)
O objetivo do TCE é informar ao paciente e/ou seu responsável sobre o procedimento cirúrgico
ao qual o paciente será submetido, seus riscos e benefícios. Esclarecer dúvidas. Colher assinatura
do paciente ou responsável no Termo de Consentimento Esclarecido.
Observações:
- Todo procedimento cirúrgico deve ser explicado antecipadamente ao paciente, ou ao seu
representante quando tratar-se de incapaz (menores de idade, senilidade, estados confusionais, etc),
pelo médico executor, ou ao que participará do procedimento, salvo em risco iminente de morte.
Conformidade ao artigo 22 do capítulo IV do Código de Ética Médica do Conselho Federal de
Medicina, resolução nº 1.931/2009, em vigor 13/abril/2010. Artigo 39 do Código de Defesa do
Consumidor (Lei nº8.0780/90).
- A realização do procedimento estará sujeita ao aceite do paciente ou responsável, e ao
preenchimento do Termo de Consentimento Esclarecido completo.
- O paciente não deverá ser encaminhado para o Centro Cirúrgico ou à Sala de Operação sem o
Termo de Consentimento Esclarecido devidamente preenchido e assinado pelo médico e paciente ou
responsável.
- Nas amputações e transplante de órgãos é necessário também um termo específico, e deve
constar a assinatura de testemunhas.
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Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
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DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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Indexação:
TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO DO HOSPITAL SÃO PAULO
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Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
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Indexação:
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA (SAEP)
A SAEP consiste na realização da prática de enfermagem de modo sistemático (organizado e
planejado) e tem como objetivo subsidiar meios para uma assistência de enfermagem global
atendendo as necessidades do paciente cirúrgico.
- O foco principal é estar centrado no paciente e nas intervenções para atender suas necessidades.
- Respeitar o paciente como indivíduo, protegendo seus direitos e dignidade;
- Reduzir a ansiedade do paciente e de sua família;
- Oferecer assistência individualizada (cada pessoa é diferente e tem suas necessidades);
- Satisfação do paciente, familiares e equipe.
As etapas da SAEP vão desde a admissão do paciente com coleta de dados e avaliação do
paciente, identificação dos diagnósticos de enfermagem, prescrição das intervenções de
enfermagem e registro de sua evolução durante toda a internação com reavaliação diária e em cada
situação, assim como as anotações de todas as ocorrências com o paciente durante esse período,
utilizando os impressos apropriados e seguindo os protocolos de Documentação em Enfermagem.
Para realizar a SAEP são utilizados alguns instrumentos. A coleta de dados (SAE) é
preenchida pelo enfermeiro do setor de internação na admissão no hospital. Além desse instrumento,
no momento em que o paciente é encaminhado ao Centro Cirúrgico, é preenchido um formulário de
confirmação de execução do preparo pré-operatório, que pode ser feito por todos os profissionais de
enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem).
Desde a admissão ao Centro Cirúrgico (CC), até o retorno à unidade de destino (Unidade de
internação ou UTI), os profissionais de enfermagem do CC preenchem o instrumento da SAEP.
Alguns tópicos importantes registrados no SAEP são de fundamental importância para
garantir a segurança no procedimento cirúrgico, sendo eles a recepção, posicionamento do paciente,
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DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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Validade: Indeterminada
Indexação:
presença de acessos vasculares, monitorização, local da placa e local da incisão. Além disso, são
controladas e registradas as compressas, gazes, agulhas e instrumental utilizado, assim como as
peças para anátomo patológico.
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
O Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento organizacional que traduz o
planejamento do trabalho a ser executado. É uma descrição detalhada de todas as medidas
necessárias para a realização de uma tarefa.
O POP tem como objetivo manter o processo em funcionamento, através da padronização e
minimização de ocorrência de desvios na execução da atividade, ou seja, assegura que as ações
tomadas para a garantia da qualidade sejam padronizadas.
Os responsáveis em cada área envolvida com a Cirurgia Segura (equipe médica, de
enfermagem, engenharia clínica, SCIH, higiene, central de desinfecção e esterilização de materiais,
central de processamento de roupas, farmácia, entre outras) tem o compromisso de desenvolver e
revisar constantemente seus POPs e divulgá-los.
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Validade: Indeterminada
Indexação:
LATERALIDADE
A demarcação de lateralidade de sítio cirúrgico tem como objetivo demarcar o membro,
região, lado ou nível de localização onde será realizada a cirurgia ou o procedimento terapêutico
invasivo.
Observações sobre a demarcação:
- Todo procedimento cirúrgico ou terapêutico invasivo, possível de ter mais do que uma
localização deverá ser demarcado antes do paciente ser encaminhado para o local de realização do
procedimento.
- A marcação será realizada pelo cirurgião responsável, ou médico executor do procedimento,
desde que esteja presente durante o procedimento.
- Sempre que possível a demarcação deve ser realizada com a participação ativa do paciente
e/ou responsável.
- A marca padronizada ( - um alvo) será feita próxima ao local, de forma a não deixar dúvidas,
e suficientemente permanente para continuar visível após preparação da pele. Marcadores adesivos
não são permitidos.
- Em procedimentos que serão realizados em regiões bilateral, a demarcação deve ser feita em
ambos os lados.
A demarcação do sítio cirúrgico é obrigatória na maioria dos procedimentos cirúrgicos, exceto:
Cirurgia em órgão único.
Casos de intervenção nos quais o local de inserção do cateter/instrumento não
é predeterminado. Exemplo: cateterização cardíaca, laparotomia exploradora.
Cirurgias em dentes, face e mucosas – escrever nome e local no Termo de
consentimento informado (não usar abreviaturas).
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Hospital Universitário da UNIFESP
Sistema de Gestão da Qualidade
PROTOCOLO: Cirurgia Segura
MACROPROCESSO: Assistência
PROCESSO GERAL: Atendimento de Multiprofissional
PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva,
Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva.
SUBPROCESSO: Todas as respectivas unidades.
DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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Emissão: Abril/2014
Validade: Indeterminada
Indexação:
Crianças prematuras – pelo risco de tatuagem definitiva, indicar órgão e
lateralidade no consentimento informado.
Recusa do paciente – escrever no prontuário a recusa, com data e assinatura
do paciente ou responsável.
Cirurgias de emergência – o médico responsável deverá confirmar o local de
intervenção em prontuário e a checagem ocorrerá antes da incisão.
• O paciente não será encaminhado à sala de operação sem a marcação (exceto
nos casos já descritos).
Elaborado por:
Leila Blanes - COREN/SP: 68603
Coordenadora Assistencial de Enfermagem
ELABORAÇÃO (desta versão)
Revisado por:
Leila Blanes - COREN/SP: 68603
Coordenadora Assistencial de Enfermagem
Kalina Petrof Slavi - COREN /SP: 31810
Gerente de enfermagem do CC
Flávio Trevisani Fakih – COREN: 29226
Escritório da Qualidade/HSP
Juliana Beneduzzi de Deus - COREN/SP: 102757
Coordenadora de Enfermagem do CC
Marcia Baruzzi Bonani CRP: 06/37182
Ecritório da Qualidade
Aprovado por:
Dr Carlos Edval Buchalla
Coordenador do CC e do Comitê de
Cirurgia Segura. CRM-44378
Hospital São Paulo
SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
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PROTOCOLO: Cirurgia Segura
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Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva.
SUBPROCESSO: Todas as respectivas unidades.
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Indexação:
PROFILAXIA ANTIMICROBIANA
O objetivo da profilaxia antimicrobiana em cirurgia é prevenir a infecção de sítio cirúrgico,
atingindo níveis do antibiótico no sangue e nos tecidos que exceda, em toda a duração do
procedimento, as concentrações inibitórias mínimas dos microrganismos mais freqüentemente
encontrados naquele sítio.
Os aspectos críticos da antibioticoprofilaxia cirúrgica são a escolha do antimicrobiano
adequado, o uso de dose adequada para o peso do paciente (atenção aos obesos) e a manutenção
de níveis séricos e tissulares terapêuticos durante a cirurgia, o que pode requerer a repetição de
doses em cirurgias mais prolongadas.
Para direcionar a terapia pré, intra e pós-operatória, o grupo de antimicrobianos do SCIH do
HSP desenvolveu uma Tabela com recomendações de uso do antimicrobiano de acordo com cada
procedimento cirúrgico, e inclui as boas práticas em profilaxia antimicrobiana em cirurgia: ex:
administrar a primeira dose do antibiótico em até 1 hora antes de iniciar a incisão, preferencialmente
na indução anestésica; quando uso de vancomicina,
administrar a 1ª dose dentro de 2 horas
antes da incisão; prescrever o antibiótico e dose adequada de acordo com o procedimento; repetir a
dose no intra-operatório se indicado; suspender os antibióticos em 24 até 48 horas; no caso de
cirurgias eletivas, avaliar focos de infecção prévios e tratá-los antes do procedimento.
Essas recomendações tem sido constantemente revisadas pelo SCIH e divulgadas.
Elaborado por:
Leila Blanes - COREN/SP: 68603
Coordenadora Assistencial de Enfermagem
ELABORAÇÃO (desta versão)
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Leila Blanes - COREN/SP: 68603
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Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva.
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DESCRITOR: Cirurgia, pré-operatório, segurança do paciente.
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Indexação:
4. NOTIFICAÇÕES
Em caso de ocorrência de não conformidades ou quase erros de acordo com a lista de
verificação das etapas da cirurgia, as mesmas devem ser notificadas à coordenação do centro
cirúrgico e encaminhadas conforme a origem (diretoria clínica, diretoria de enfermagem, diretoria
administrativa, engenharia, anestesiologia, farmácia, etc).
Caso ocorram eventos adversos e/ou eventos sentinela (ex: cirurgia em parte errada do corpo
ou cirurgia em paciente errado), o evento deve ser relatado em impresso de Notificação e
encaminhado à diretoria (O Impresso para Notificação e o Fluxograma é desenvolvido e divulgado
pelo Comitê de Gerenciamento de Riscos).
Elaborado por:
Leila Blanes - COREN/SP: 68603
Coordenadora Assistencial de Enfermagem
ELABORAÇÃO (desta versão)
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Kalina Petrof Slavi - COREN /SP: 31810
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Escritório da Qualidade/HSP
Juliana Beneduzzi de Deus - COREN/SP: 102757
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Marcia Baruzzi Bonani CRP: 06/37182
Ecritório da Qualidade
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Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva.
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5. COMITÊ DE ESPECIALISTAS
O Comitê de Cirurgia Segura do Hospital São Paulo possui representantes das seguintes
áreas: médicos (cirurgião, anestesiologista), enfermagem, SCIH, grupo de antimicrobianos do SCIH,
diretoria clínica, de enfermagem, administração do centro cirúrgico, engenharia e escritório da
qualidade.
Dentre suas atribuições destacam-se o desenvolvimento e revisão periódica do protocolo,
monitoramento dos indicadores, acompanhamento dos casos críticos, orientação e capacitação das
equipes.
6. REFERÊNCIAS
1. Amalberti R, Auroy Y, Berwick D, Barach P. Five system barriers to achieving ultrasafe
health care. Ann Intern Med. 2005;142(9):756–64.
2. Anvisa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2008.
Manual Cirurgias Seguras
Salvam Vidas. Aliança Mundial para Segurança do Paciente. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home.
3. Associação Nacional de Hospitais Privados. Observatório ANAHP. Gestão de risco e
segurança evidenciam governança clínica nos hospitais da ANAHP. Edição 03/2011.
p: 12-17.
4. Bohomol E. Boas práticas para promoção de segurança em centro cirúrgico. In: Viana
DL. Boas práticas de enfermagem. Ed Yendis. Cap 12.São Paulo. 2010;261.
5. Calland JF, Adams RB, Benjamin Jr DK. Thirty-day postoperative death rate at an
academic medical center. Ann Surg. 2002;235(5):690–6.
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Leila Blanes - COREN/SP: 68603
Coordenadora Assistencial de Enfermagem
ELABORAÇÃO (desta versão)
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Marcia Baruzzi Bonani CRP: 06/37182
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Emissão: Abril/2014
Validade: Indeterminada
Indexação:
6. Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina - http://www.cremesp.org.br
7. Grigoleto ARL, Gimenes FRE, Avelar MCQ. Segurança do cliente e as ações frente ao
procedimento cirúrgico. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2011 abr/jun;13(2):347-54.
8. Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, editors. To err is human: building a safer health
system. Washington: National Academy Press; 2000.
9. No authors listed. NHS: Being open: communicating patient safety incidents with
patients,
their
families,
and
cares.
Disponível
em:
wwwnfs.npsa.nhs.uk/resources/?entryid45=65077 [acesso em 21 de marc¸o de 2013].
10. Protocolo para Cirurgia Segura. Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz. 2013. Disponível
em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/PROTOCOL
O%20CIRURGIA%20SEGURA.pdf
11. Vendramini RCR et al. Segurança do paciente em cirurgia oncológica: experiência do
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Revista da Escola de Enfermagem da
USP. 2010;44(3).
12. Weiser TG, Regenbogen SE, Thompson KD, Haynes AB, Lipsitz SR, Berry WR, et al.
An estimation of the global volume of surgery, a modelling strategy based on available
data. Lancet. 2008;372(9633):139–44.
13. World Health Organization. World Alliance for Patient Safety: Forward Programme,
2008-2009. Disponível em: www.who.int/patientsafety/en [acesso em 16 de abril de
2013].
14. www.medicinanet.com.br/conteudos/gerenciamento/2117/manual_de_implementaçãod
ochecklist:parte1-antes da indução anestésica. Autor: Lucas Santos Zambon. Última
revisão: 10/07/2009.
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