20/09/2010 Variação geográfica Intra-específica • Evolução de uma nova espécie: – Converter a variação dentro da espécie em diferenças entre espécies Especiação • Os padrões de variação geográfica podem ser um misto de deriva e seleção • Clina: gradiente contínuo de variação intra-específica – O ambiente pode variar descontinuamente no espaço: • Diferentes genes podem estar adaptados as 2 regiões • Clina por causa do fluxo gênico Diferenciação populacional Especiação Passer domesticus – Variação causada por adaptação as condições locais – Regra de Bergman • Nas Américas há 400 anos (ou ~400 gerações de pardais), • Isto equivaleria a 10.000 anos de evolução na espécie humana (tempo médio de geração = 25 anos). Diferenciação de populações e especiação mutações, deriva, seleção, fluxo gênico Na Biologia Evolutiva, especiação é a divisão de populações em unidades evolutivas independentes. Estas unidades na dinâmica evolutiva correspondem a estágios provisórios de uma sucessão de gerações, e que podem ou não dar origem a novas espécies. Espécie B Espécie A Cladogênese – divisão de uma linhagem em duas diferentes que se divergem uma da outra com o passar do tempo. tempo pop1 Especiação Mutações e deriva aumentam a diferenciação e o fluxo gênico diminui. Se a seleção é divergente, também aumenta a diferenciação populacional. Esta diferenciação entre populações pode levar eventualmente à especiação pop2 Anagênese – mudança microevolutiva dentro de uma população/espécie 1 20/09/2010 Anotações de Darwin (1837) Especiação e Geografia Primeira ilustração de especiação por cladogênese nos tentilhões de Galápagos. Alopátrica (áreas separadas) Também é a primeira figura representativa de uma árvore evolutiva, com os nós referentes aos ancestrais comuns. – evolui geograficamente isolada de sua ancestral • Típica ou vicariante (barreira extrínseca) • Peripátrica (efeito fundador) -> dispersão Parapátrica (área única com diferentes hábitats adjacentes) – evolui em uma população geograficamente contígua Simpátrica (mesma área) – evolui no mesmo ambito geográfico de sua ancetral Alopátrica Típica ou Peripátrica Vicariância Efeito fundador Parapátrica Simpátrica Como ocorre a especiação? Isolamento geográfico é o mais comum • Uma barreira física (montanha, rio etc) reduz o fluxo gênico • Diferenças acumulam entre as populações • Quando novamente estas populações divergentes entram em contato, elas não mais se intercruzam. Especiação Alopátrica Fluxo gênico x especiação • A interrupção do fluxo gênico entre as Espécie A População populações alopátricas leva, com o única panmítica Nova zona tempo a evolução de barreiras geográfica intrínsecas (pré e pós-zigótico) de Isolamento entre populações isolamento entre elas. • O isolamento reprodutivo pode evoluir como subproduto da divergência em pops. alopátricas. – Experimentos em laboratório – Observações biogeográficas Registro de especiação em laboratório Uma variedade de Drosophila paulistorum apresentou isolamento reprodutivo em relação à parental entre 1958 e 1963 no laboratório de Theodosius Dobzhansky que mantinha várias populações isoladas em meio de cultivo. Aumento da divergência genética Aumento do isolamento reprodutivo Espécie A Espécie B Especiação completada Dobzhansky, T. 1973. Species of Drosophila: New Excitement in an Old Field. Science 177:664-669 2 20/09/2010 Divergência adaptativa pode levar ao início de barreiras reprodutivas Especiação Alopátrica • É provável que os caracteres que influem na adaptação ecológica estejam geneticamente correlacionados com os caracteres que influenciam o isolamento prézigótico . Drosophila pseudoobscura (Dodd , 1989) amido • Diferenças em enzimas digestivas; • Comportamento reprodutivo A forma do bico pode influir no comportamento reprodutivo • Tipo de alimento em cada ambiente • Fêmeas:escolha do parceiro por inspeção do bico • Associada ao tipo de canto que ave entoa – Bicos pequenos trinados rápidos e variados Isolamento geográfico – Pleiotropia: um gene influi em mais de uma característica fenotípica – Efeito carona: quando a seleção favorece um gene de um loco, genes em locos ligados também podem aumentar em freqüência. • Pode trazer um gene relacionado com o cortejo por exemplo. Isolamento alopátrico • Como populações se tornam alopátricas? – Eventos de Dispersão • Efeito fundador – Eventos Vicariantes • Fragmentação Fenômenos vicariantes cíclicos Glaciações e cordilheiras dispersão barreira extrínseca extinção de intermediários 3 20/09/2010 Ocorreu especiação durante o isolamento geográfico? (de acordo com CBE) Fenômenos vicariantes cíclicos Glaciações e ecossistemas Espécies em anel Espécies em anel Diferenciação alopátrica – uma barreira geográfica extrínseca (o Vale Central) separou as populações da salamandra Ensatina, que é uma espécie em anel. Muitos pesquisadores consideram que espécies em anel são produtos de especiação parapátrica. • gaivotas do gênero Larus • A área de distribuição forma um anel em volta do Pólo Norte. • No norte da Europa não intercruzam A gaivota-prateada, Larus argentatus e gaivota-d'asa-escura, Larus fuscus 14-21 Espécies em anel • Phylloscopus trochiloides (Irwin et al, 2001) • Distribuído em torno das margens do planalto Tibetano, na Ásia • As canções das duas formas reprodutivamente isoladas (viridanus no oeste e plumbeitarsus no leste) diferem descontinuamente na Sibéria Central. • nenhuma das duas formas distingue o canto da outra como sendo da mesma espécie Especiação Alopátrica: Vicariante • É a típica especiação por separação geográfica. • Geralmente, uma barreira extrínseca separa as populações que acumulam diferenças devido a mutações, deriva e seleção natural. • Eventualmente uma barreira reprodutiva também aparece, formando duas espécies de acordo com o CBE. 4 20/09/2010 Especiação alopátrica vicariante Duas espécies de esquilos separadas pelo Grand Canyon (EUA) • As populações de micos do gênero Saguinus foram separadas pelo Rio Amazonas e afluentes. • Nas regiões onde os rios são largos, indivíduos de margens opostas não se intercruzam, e as populações se divergem em direção a espécies separadas. • Onde o rio é estreito, os indivíduos ainda se intercruzam. Especiação Peripátrica Especiação Alopátrica: Peripátrica • É a especiação devido à dispersão (ou isolamento) de poucos migrantes para outra área. • Estes migrantes fundam uma nova população periférica: efeito fundador. • Deriva genética e seleção natural divergente geralmente atuam na diferenciação. • Eventualmente uma barreira reprodutiva aparece entre as populações alopátricas, formando duas espécies de acordo com o CBE. dispersal • Foi iniciada pela dispersão de poucos indivíduos (efeito fundador) de Myrmeciza hemimelaena a uma pequena floresta boliviana isolada por ao menos 3000 anos do fragmento maior e contínuo de habitat florestal. • Divergência de canto e frequências alélicas divergentes indicam que está ocorrendo especiação peripátrica. – Neste caso chamamos de especiação incipiente (ainda são subespécies). Especiação Peripátrica Especiação alopátrica Especiação simpátrica População única panmítica Espécie A Nova zona geográfica Espécie C Isolamento entre populações Nova zona ecológica, ploidia, etc Aumento da divergência genética Cavia intermedia (Caviidae) Aumento do isolamento reprodutivo População foi isolada desde o fim da última Glaciação (12.000 anos atrás). Possui baixíssima diversidade genética, resultado de um efeito fundador e do baixo tamanho populacional efetivo (Ne ao redor de 40 indivíduos). Também possui peculiaridades morfológicas e genéticas típicas de espécies de ilhas. Especiação completada Espécie A Espécie B Espécie C Espécie D 5 20/09/2010 Autopoliploidia : Prímulas de Hugo de Vries Diplóide Especiação Simpátrica Tetraplóide • Especiação instantânea através de poliploidia – indivíduo poliplóide é reprodutivamente isolado da(s) espécie(s) parental(ais) – autopoliploidia – todos cromossomos se originam de uma única espécie. – alopoliploidia - dua espécies se hibridizam e o zigoto híbrido é estabilizado pela duplicação cromossômica. • Seleção Disruptiva (divergente) – especialização de nichos (adaptação) – seleção sexual (escolha do parceiro ou competição para o acasalamento) Formação de um alopoliplóide (hibridização seguida de aumento da ploidia) Alopoliploidia A reprodução entre duas espécies de Clarkia (Onagraceae ) resulta em um híbrido estéril. A duplicação do número cromossômico resulta em uma terceira espécie de Clarkia que é fértil, mas isolada reprodutivamente das duas espécies parentais. 14-33 Especiação por hibridização: Introgressão Em alguns casos, a hibridização continuada com uma das parentais pode levar à introgressão. Especiação por hibridização: introgressão Iris fulva Iris hexagona • A população híbrida possuirá alguns genes da espécie 2 (introgressão na espécie 1). • Com o tempo, esta população híbrida estabilizada pode se tornar uma nova espécie. Muitos dos casos de especiação de híbridos de plantas envolvem um certo número de gerações de introgressão em vez de um único evento súbito de especiação. Iris nelsonii Pantânos do sul da Louisiana 6 20/09/2010 Especiação simpátrica em moscas maggot (Rhagoletis pomonella) Barreiras reprodutivas devido a pressões seletivas divergentes Rhagoletis pomonella Hawthornes (Pilriteiro) Moscas maggot As duas plantas hospedeiras fornecem recursos em diferentes épocas do ano. Maçãs Seleção adaptativa divergente levou à especiação simpátrica nas áreas de cultivos de maçãs Atualmente duas espécies de maggot (área hachurada) são simpátricas no norte dos EUA, onde há cultivos de maçã. A mosca da fruta (maggot) é nativa da América do Norte, mas as maçãs não. Originalmente, as maggots se alimentavam do pilriteiro (fruta nativa), mas agora também de maçãs. Diferentes tempos de frutificação das macieiras e pilriteiros criaram uma barreira ao fluxo gênico entre os dois tipos de moscas, consideradas atualmente duas espécies. A especialização para se alimentar de maçãs favorece o aparecimento de larvas em épocas diferentes do que as especializadas em hawthornes. Seleção natural divergente para diferentes nichos alimentares e formação de espécies em simpatria Radiação adaptativa em Ciclídeos do Lago Victoria na África Especiação Simpátrica e Seleção Sexual Barreiras comportamentais ligadas à Seleção Sexual • Processos seletivos associados à: – escolha do parceiro – Competição para privilégio reprodutivo • podem levar à rápida especiação. • O aparecimento de novas espécies com barreiras reprodutivas: – se dá em uma mesma área – acompanhada de diferenciação morfológica ou não (espécies crípticas). Três espécies crípticas de papa-moscas (Empidonax sp) muito similares, mas são isoladas reprodutivamente pelos cantos e preferências distintos. 7 20/09/2010 Seleção sexual – isolamento comportamental entre espécies de ciclídeos Escolha de parceiros em duas espécies de ciclídeos do Lago Victoria (África) As filogenias podem ser usadas para testar se a especiação foi simpátrica ou alopátrica Pundamilia nyererei vermelho Pundamilia pundamilia azul Escolha do parceiro Sem escolha do parceiro Seehausen e van Alphen (1998) Behavioral Ecology and Sociobiology 42: 1-8. A escolha das fêmeas de machos com diferentes cores depende da incidência de luz branca. Com luz monocromática num experimento feito em laboratório, não há mais escolha do parceiro (seleção sexual). Na natureza, coisas parecidas podem acontecer, como no caso da água se tornar turva, dificultando a visibilidade e escolha do parceiro. Especiação Parapátrica • Ocorre em um continuum populacional. • A espécie (e suas populações) é distribuída por uma ou mais áreas adjacentes com diferentes nichos e pressões seletivas. • A seleção divergente leva cada população a uma adaptação local. • Entre estas populações forma-se uma zona híbrida, cujos indivíduos não são bem adaptados a nenhum dos dois ambientes das populações parentais. • A zona híbrida serve como um barreira ao fluxo gênico entre as duas populações localmente adaptadas que podem se tornar novas espécies. Especiação Parapátrica Pequeno pássaro verde de Camarões, África, com várias espécies adjacentes, uma em cada ecossistema. • parte da população se adaptou a um hábitat adjacente ao da população/espécie parental • grupo populacional divergente possui uma combinação única de características adaptadas localmente. Especiação Parapátrica • Especiação parapátrica incipiente em gramíneas, Anthoxanthum odoratum, direcionada por adaptação a metais pesados contaminando o solo. • Divergência nos tempos de florescência (isolamento reprodutivo) entre as duas populações sugerem que barreiras reprodutivas e especiação são iminentes. Zonas Híbridas na Especiação Parapátrica – Se as duas populações pertencem ainda à mesma espécie, a prole híbrida pode ter uma ligeira desvantagem adaptativa, pois estes podem não ser bem adaptados a nenhum dos ambientes das populações parentais. Esta zona híbrida pode então funcionar como uma barreira entre as populações, aumentando a divergência. – Zonas híbridas interespecíficas ocorrem quando esta divergência ou isolamento reprodutivo é grande o bastante para chamar as duas populações de espécies. Neste caso, os híbridos são mais raros e com grande desvantagem adaptativa. Zona de Tensão 8 20/09/2010 Espécies em anel —Salamandras • A salamandra Ensatina (Ensatina eschscholtzii) ocorre do Canadá ao Sul da Califórnia com várias populações intercruzantes em regiões adjacentes ao longo de sua distribuição. • O Vale Central, uma área quente, seca e baixa divide duas regiões úmidas, uma costeira e outra interior, onde vivem as salamandras. • Nestas duas regiões paralelas existem populações, e as duas mais extremas do sul não se intercruzam. • Espécies em anel são normalmente consideradas como exemplos de especiação parapátrica, mas alguns estudiosos consideram-nas como alopátrica. Genética, especiação e hibridização Vários estudos genéticos com marcadores quantitativos, moleculares e cromossômicos permitem caracterizar, identificar e quantificar a hibridização. Especiação Peripátrica x Parapátrica • Especiação Peripátrica (tipo de alopátrica) ocorre no limite extremo da distribuição ou por dispersão de indivíduos. As populações filhas ficam isoladas geograficamente e sofrem um efeito fundador. • Especiação Parapátrica ocorre por isolamento genético/adaptativo ao longo da distribuição geográfica em áreas adjacentes contínuas com diferenças de habitat. Teoria de Dobzhansky-Muller, do isolamento pré-zigótico • O isolamento é causado por interação de genótipos em locos múltiplos e não pelo genótipo em um só loco. • Epistasia Já foram descritos vários genes e fenômenos cromossômicos relacionados ao menor fitness (valor adaptativo/sucesso reprodutivo) observado nos híbridos interespecíficos. Isolamento Genético por Epistasia • “Especiação Gênica” ou “Modelo Dobzhansky-Muller” – Duas populações alopátricas experimentam substituições independentes (fixam alelos diferentes ou combinações destes em cada uma delas). Teoria de Dobzhansky-Muller • Resolve o problema geral da “transposição de vales” adaptativos (heterozigotos hibrídos) durante a especiação – Os alelos de uma população funcionariam tão bem quanto na outra? • A ação de um alelo depende do resto do “ambiente” (background) genético, isto dos alelos em outros genes. • Um alelo deve ser favorecido no seu background original, então híbridos devem ser menos adaptados do indivíduos das populações ou espécies parentais. 9 20/09/2010 Regra de Haldane Regra de Haldane O sexo heterogamético nos híbridos interespecíficos é geralmente mais afetado na viabilidade ou fertilidade. Ex: machos em mamíferos, fêmeas em aves, etc • A regra de Haldane prevê (pelo menos em animais com determinação sexual cromossômica) que os híbridos heterogaméticos terão maiores problemas de incompatibilidade: – viabilidade ou fertilidade reduzidas. • O híbridos do sexo heterogamético têm menos aptidão (está ausente ou é raro) do que os híbridos do sexo homogamético Grupo Caráter afetado Hibridização com assimetria sexual Número de casos que seguem o princípio de Haldane Mamíferos (XX, XY) Fertilidade 20 19 Aves (ZW, ZZ) Fertilidade 43 40 Viabilidade 18 18 Fertilidade e viabilidade 145 141 Drosophila (Balanço Y autossomos) Coyne e Orr (1989) Regra de Haldane é uma explicação de Dobzhansky-Muller Híbridos interespecíficos de peixe-boi Peixe-boi marinho - Trichechus manatus Teoria da dominância de Muller: híbridos heterogaméticos são afetados por todos genes (caracteres) recessivos e dominantes ligados ao X que estão envolvidos em incompatibilidades, enquanto híbridos homogaméticos são apenas afetados pelos caracteres dominantes. Espécie 1 Fêmeas XX Machos XY Espécie 2 Fêmeas xx Machos xY Híbridos interespecíficos Fêmeas Xx Machos XY ou xY Especiação e Seleção Natural • Pressões seletivas divergentes agindo sobre populações separadas levam a um aumento da diferenciação interpopulacional, adaptação local e eventualmente, especiação (aparecimento de barreira reprodutiva no CBE). • Seleção Natural e Seleção Sexual estão envolvidas com processos de especiação rápida, tal como fenômenos em que há Radiação Adaptativa e Especiação Simpátrica. Sete indivíduos híbridos entre as duas espécies foram encontrados perto da foz do Amazonas Peixe-boi amazônico T.inunguis Os híbridos, pelo menos os machos, podem ser totalmente estéreis Especiação e Macroevolução • São reconhecidos dois modelos temporais de especiação: gradualismo estrito e equilíbrio pontuado. • Há uma grande correlação entre grupos monofiléticos originados por especiação de um antigo ancestral comum e a distribuição atual das espécies derivadas (biogeografia). • Padrões de especiação podem ser observados também no registro fóssil para alguns grupos com muitos fósseis. • Especiação rápida é frequentemente observada em grupos com “novidades evolutivas” ou que ocuparam regiões com nichos diversificados e não “ocupados”. 10 20/09/2010 Anagênese Cladogênese Modelo do Gradualismo estrito 14-63 Especiação e biogeografia Modelo do Equilíbrio Pontuado 14-64 Especiação no registro fóssil: árvore da linhagem dos equinos • Distribuição de Ratitas – Avestruz, emas, emus, kiwis e casuares • O ancestral hipotético deveria estar distribuído pelo megacontinente Gondwana • Especiações a partir deste ancestral estão correlacionadas com a distribuição geográfica das espécies derivadas e a tectônica de placas. 14-66 11 20/09/2010 Especiação Rápida Drosófilas Hawaianas • Radiação Adaptiva – processo que gera um grupo de espécies relacionadas que ocupam áreas próximas, todas evoluindo de um ancestral comum recente. – observa-se especiação rápida acompanhada de adaptações a diferentes habitats • A adaptação pode ser dirigida para minimizar a competição por recursos disponíveis com outras espécies (deslocamento de caráter). Tentilhões de Darwin Radiação Adaptativa nos pássaros do Hawai Radiação Adaptiva nos pássaros nativos do Hawai 14-72 12 20/09/2010 Genética e especiação • Especiação é acompanhada de diferenciação genética devido a diversos fatores evolutivos. • Estudos genéticos permitem reconstruir eventos de especiação. • Modelos genéticos explicam algumas barreiras reprodutivas, como a esterilidade ou inviabilidade dos híbridos. Uma visão gênica da diferenciação populacional levando à especiação populações alopátrica espécies parapátrica Wu (2001) Especiação e filogenia Caracteres discriminantes (autapomórficos) COI Barcodes em 16 spp 000000011111122222222222333333444 001123500344801345566779001569011 581495647106502451769253681 928436 Thamnophilus caerulescens Thamnophilus ambiguus Thamnophilus pelzelni Thamnophilus doliatus Herpsilochmus atricapillus Sakesphorus cristatus Dsythamnus_mentalis Dsythamnus plumbeus Drymophila ochropyga Drymophila ferruginea Drymophila squamata Myrmeciza loricata Rhopornis ardesiaca Pyriglena leucoptera Formicivora serrana Taraba major CACAAAACAACAAACCCAACAAAGCCCATAAAA .................G.T...A......... ....G..............T...A....C.... ............G.....GT...A.T.C..... .TT.............T..A.C.A.A...C... T..................AG..ATA....... .....GG............A...A.A......G .G.........G..T....A..GA.A....... ..............A....A...A.A....... ..............T..C.A...A.AA...... ........G..........G...A.AT...... ............C......A...A.A....... ..............T....A...T.AT...T.. .........G.........A...T.A.....G. .......T.....GT....A...A.AT...... ...G......T....T...A...A.A....... Sítios discriminantes Especiação em Thamnophilidae Árvore filogenética com sequências de COI em 16 spp de Thamnophilidae 99 B0665 B0663 B0655 99 99 D. ochropyga B0653 B0654 B0656 B0369 B0367 B0368 D. ferruginea R. ardesiaca 99 B0609 D. squamata B0647 B0317 B0329 P. leucoptera B0326 B0335 B0658 99 B0644 M. loricata B0657 99 B0677 B0678 T. major B0646 B0291 99 B0292 D. plumbeus B0290 99 B0680 B0643 F. serrana B0660 99 B0281 D. mentalis B0285 99 B1189 H. atricapillus B1301 B1188 B1296 99 S. cristatus B1186 B1303 99 B0525 T. doliatus B0524 99 B0515 99 B0511 90 B0513 B0528 99 B0535 B0562 99 B1148 B1147 T. pelzelni B1150 99 Todas spp de de acordo com CBE são também spp de acordo com o conceito filogenético de spp, pois todas são monofiléticas. 90 T. caerulescens 82 91 T. ambiguus 13