Ratings Acima do Soberano - Ratings Corporativos e de Governo

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Data de Publicação: 19 de novembro de 2013
Critérios
Ratings Acima do Soberano - Ratings Corporativos e de Governo:
Metodologia e Premissas
Analista principal:
Laura J Feinland Katz, CFA, Criteria Officer, Emerging Markets, Nova York, 1 (212)-438-7893,
[email protected]
Ratings Corporativos:
Elena Anankina, CFA, Moscou, 7 (495) 783-4130, [email protected];
Mehul P Sukkawala, CFA, Cingapura, (65) 6239-6337, [email protected];
Peter Kernan, Criteria Officer, Londres, 44 (20) 7176-3618, [email protected]
Ratings de Instituições Financeiras:
Arnaud DeToytot, Paris, 33 (1) 4420-6692, [email protected]
Michelle Brennan, Criteria Officer, Londres, 44 (20)-7176-7205, [email protected]
Ratings de Seguros:
Rob C Jones, Londres, 44 (20) 7176-7041, [email protected];
Rodney A Clark, FSA, Nova York, 1 (212) 438-7245, [email protected];
Emmanuel Dubois-Pelerin, Criteria Officer, Global Financial Services, Paris, 33 (1) 4420-6673 [email protected]
Taos D Fudji, Milão, 39 (02) 72111-276, [email protected]
Ratings de Public Finance:
Cathy L Daicoff, Criteria Officer, U.S. Public Finance, Nova York, 1 (212) 438-6766,
[email protected]
Olga I Kalinina, CFA, Sovereigns And International Public Finance, Nova York, 1 (212) 438-7350,
[email protected]
Ratings de Operações Estruturadas:
Nancy G Chu, Criteria Officer, RMBS-Américas, Nova York, 1 (212) 438-2429,
[email protected]
Chief Credit Officers:
Lucy A Collett, Américas, Nova York, 1 (212) 438-6627, [email protected]
Lapo Guadagnuolo, EMEA, Londres, 44 (20) 7176-3507, [email protected]
Fabienne Michaux, Ásia-Pacífico, Melbourne, 61 (3) 9631-2050,
[email protected]
Ian D Thompson, Londres, 44 (20) 7176 3395, [email protected]
ÍNDICE
ESCOPO DO CRITÉRIO
SUMÁRIO DO CRITÉRIO
DATA EFETIVA
IMPACTO SOBRE OS RATINGS VIGENTES
METODOLOGIA
A. Calibração do critério
B. Ratings acima do soberano: passar ou não no teste de
estresse (Pass/Fail)
C. Ratings acima do soberano: o diferencial máximo de ratings
entre ratings de entidades não soberanas e o rating soberano
relacionado
D. Determinando o diferencial do rating final em relação ao
rating soberano
E. Entidades Vinculadas a Governos (GREs, na sigla em inglês
para Government-Related Entities)
F. Outras situações
G. Avaliação de transferência & conversibilidade (T&C)
APÊNDICE I
APÊNDICE II: Dados e detalhes adicionais para “Cenários de
Default de Soberano”: base para teste de estresse para ratings
acima do soberano
APÊNDICE III: Mudanças em comparação com o critério anterior
Critérios e Artigos Relacionados
Informações regulatórias adicionais
(Nota do Editor: Este artigo foi atualizado em 20 de novembro de 2013, com alterações mínimas
de formatação para incorporar uma correção na tabela 2. Essas alterações não afetaram o
conteúdo do critério).
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1. A Standard & Poor’s está atualizando sua metodologia para considerar em quais casos faremos
a avaliação de entidades não soberanas em um nível de rating mais alto do que o soberano, com
relação a ratings corporativos (incluindo project finance, instituições financeiras e seguradoras) e
ratings de governos locais e regionais (incluindo empresas do setor público). O critério abrange os
seguintes aspectos:



O potencial de classificar entidades acima do rating soberano, se acreditarmos que a
entidade não entrará em default em um cenário de estresse que provavelmente acompanha
um default soberano.
Uma estrutura que indica quantos degraus o rating de uma entidade pode exceder o rating
soberano, dependendo principalmente da sensibilidade do setor da entidade ao risco-país:
até dois degraus no caso de ‘alta sensibilidade’ ao risco-país, e de até quatro degraus no
caso de ‘sensibilidade moderada’ ao risco-país; e
Limites de rating para moeda estrangeira, relacionados ao risco de transferência e
conversibilidade (T&C), a não ser que existam fatores mitigantes para o risco T&C.
2. A atualização do critério segue a nossa solicitação de comentários Request for Comment:
Ratings Above The Sovereign-Corporate And Government Ratings, publicado em 12 de abril de
2013. Este critério constitui uma estrutura global que substitui Nonsovereign Ratings That Exceed
EMU Sovereign Ratings: Methodology And Assumptions (“critério EMU”), publicado em 14 de junho
de 2011, com relação aos ratings corporativos e de governos não soberanos. Uma solicitação de
comentários relacionada ao critério relativo aos ratings de operações estruturadas, Request For
Comment: Methodology And Assumptions For Ratings Above the Sovereign-Single Jurisdiction
Structured Finance, publicado em 14 de outubro de 2013. O critério também substitui, em parte, as
seções em vários artigos de critério que se referem a ratings acima do soberano, tais como Criteria
For Determining Transfer And Convertibility Assessments, publicado em 18 de maio de 2009 (as
seções Ratings Above The Sovereign’s e Ratings Above The T&C Assessment); veja Related
Criteria And Research no final deste artigo.
3. Este critério traz mais clareza e comparabilidade à nossa abordagem global por considerar
ratings corporativos e de governo acima do rating soberano. Um artigo de critério relacionado,
Country Risk Assessment Methodology And Assumptions, publicado em 19 de novembro de 2013,
introduz um novo benchmark, a avaliação risco-país. Esse ranking (em uma escala de 1 a 6) de
risco-país identificado é um aspecto de um critério específico do setor que utilizamos para
determinar os ratings de entidades tais como corporativos. O risco-país cobre uma grande variação
de riscos econômicos, institucionais, do mercado financeiro, e legais que surgem ao fazer negócio
com, ou em, um país específico, e podem afetar a qualidade de crédito da entidade independente
de onde ela esteja no espectro de ratings.
4. A visão da Standard & Poor’s é que nem todos os ratings precisam ser limitados no nível do
rating soberano. Evidência dos últimos 20 anos de crises e defaults soberanos (veja Apêndice II)
suporta duas noções-chave que são reafirmadas em nosso critério: (1) um default soberano não
implica que todas as entidades do país entrarão em default, mas (2) o estresse econômico que
acompanha historicamente um default soberano seria considerado grave e levaria a um aumento
significativo de defaults não soberanos.
5. Nessa estrutura para avaliar ratings acima do soberano, alinhamos nosso tratamento de
mercados desenvolvidos e em desenvolvimento. Ao fazer isso, introduzimos algumas alteraçõeschave no critério EMU. Acreditamos que muitas considerações de risco-país únicas na União
Econômica e Monetária da União Europeia (EMU, na sigla em inglês) permanecem válidas.
Contudo, agora acreditamos que a sensibilidade de certos setores ao risco-país é mais alta do que
pensávamos anteriormente, particularmente para entidades em países que fazem parte da união
monetária, tais como Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda. Além disso, observamos um grau maior
de risco residual – ou seja, baixa probabilidade, mas risco eventual de elevada severidade (tal
como o risco de uma saída da união monetária, que, em nosso ponto de vista, alcançou níveis
significativos na Grécia, ou a imposição de um congelamento de depósitos e controles de capital,
que ocorreu no Chipre) – quando um país está passando por um estresse econômico severo ou
um default soberano.
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6. Portanto, não distinguimos entre países membros, ou não, da EMU com relação à aplicação de
um cenário de estresse de default soberano e a diferenciação máxima de degraus com relação ao
rating soberano respectivo.
7. O critério constitui metodologias específicas e premissas sob Principles Of Credit Ratings,
publicado em 16 de fevereiro de 2011.
ESCOPO DO CRITÉRIO
8. O critério se aplica a ratings na escala global para empresas corporativas (incluindo ratings de
emissão de project finance); instituições financeiras; seguradoras; governos estaduais, locais, e
regionais (incluindo ratings de emissão de public finance), incluindo entidades vinculadas ao
governo (GREs, na sigla em inglês) e empresas do setor público (relacionadas ao soberano e ao
governo local). Emissões do setor público relacionadas ao setor imobiliário e carteiras de títulos
municipais não estão dentro do escopo deste critério; estas são cobertas pelo critério relacionado a
operações estruturadas, que foi proposto em uma solicitação separada de comentários (veja
Request for Comment: Methodology And Assumptions For Ratings Above the Sovereign-Single
Jurisdiction Structured Finance, de 14 de outubro de 2013).
SUMÁRIO DO CRITÉRIO
9. Uma entidade pode ser classificada acima do rating soberano em moeda estrangeira se, em
nossa opinião, existe uma probabilidade significativa de esta não entrar em default se o soberano
entrar em default. Para entidades cujo soberano foi avaliado como ‘A+’ ou abaixo, aplicamos um
cenário de estresse soberano simulado. Entidades que “passam” nesse teste de estresse (ou, para
soberanos avaliados como ‘AA-’ e acima, entidades que possuem características que podem
mitigar um cenário de estresse soberano e cuja qualidade de crédito não depende de vínculos
diretos com o soberano) podem ser avaliadas em dois ou até quatro degraus acima do rating
soberano em moeda estrangeira, dependendo se vemos a sensibilidade do setor destas ao riscopaís como ‘alta’ ou ‘moderada’, respectivamente. Especificidades adicionais desses passos estão
explicadas abaixo.
10. Primeiro determinamos o rating potencial da entidade, que comparamos com o rating soberano
em moeda estrangeira do país (ou países) onde a entidade possui exposição(ões) substancial (is).
Um rating “potencial”, que significa o rating que vamos atribuir de acordo com o critério relevante
para a entidade, tal como critério de rating corporativo, critério de rating de bancos, etc., antes de
considerarmos qualquer cenário de estresse soberano. O rating potencial incorpora a nossa visão
da exposição da entidade ao conjunto mais amplo de riscos-país relevantes. O rating soberano não
age como um “teto” para os ratings. Porém, ao avaliar uma entidade acima do rating soberano em
moeda estrangeira, a Standard & Poor’s está expressando sua visão de que a entidade possui
qualidade de crédito suficiente para suportar um default do soberano. Em outras palavras, uma
entidade avaliada acima do soberano deve ter uma capacidade superior de pagar sua dívida
quando comparada ao soberano e, em última instância, se houver um default soberano em moeda
estrangeira, existe a probabilidade significativa de que o emissor não entrará em default como
resultado do cenário acompanhando o default soberano.
11. Portanto, para uma entidade ser avaliada acima do rating soberano em moeda estrangeira,
aplicamos um cenário de estresse (stress test) de default soberano em moeda estrangeira. Esse
teste de estresse está relacionado ao país (ou países) onde a entidade possui uma concentração
substancial de exposição e onde o potencial rating excederia o rating soberano em moeda
estrangeira. A natureza geral de um cenário de estresse de default soberano e as premissas
específicas do setor são descritas mais no final, na Seção intitulada Ratings Above the Sovereign:
The Pass/Fail /Stress Test.
12. Quando consideramos um rating acima do rating soberano em moeda local, mesmo se este
último for igual ao rating em moeda estrangeira, a entidade deve ser capaz de passar por um
cenário mais estressante associado a um default soberano em moeda estrangeira e em moeda
local. A principal diferença entre os cenários de default soberano em moeda estrangeira e em
moeda local é o efeito adverso incremental que um default de títulos soberanos em moeda local
teria na liquidez e posições de investimento da entidade detentora desses títulos.
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13. Para entidades que passam no teste de estresse descrito na Seção “Metodologia” intitulada
“Ratings Acima do Soberano: Passar ou Não no Teste de Estresse”, este critério permite um
diferencial de rating de até quatro degraus acima do rating soberano em moeda estrangeira, com
elevação de rating adicional possível no caso de melhorias estruturais ou suporte externo. O
número máximo de degraus acima do rating soberano em moeda estrangeira depende da
sensibilidade relativa da entidade ao risco-país, conforme especificado nas tabelas 1 e 2. O rating
soberano em moeda estrangeira para uma entidade de jurisdição única é o país de domicílio da
entidade; para uma entidade de múltiplas jurisdições, pode ser o domicílio ou composto utilizando
uma abordagem mista. O domicílio é geralmente utilizado para instituições financeiras,
seguradoras e governos locais, e uma abordagem mista (média ponderada) é geralmente utilizada
para corporações, conforme explicado nos parágrafos 55-58.
14. O propósito dessa estrutura é também antecipar a probabilidade baixa, porém os riscos
eventuais de alta severidade associados aos cenários de estresse e default soberanos, que não
são capturados pelo teste de estresse. Esses tipos de eventos podem incluir um congelamento de
depósitos, redenominação da moeda ou riscos geopolíticos. Avaliamos o suporte externo de
crédito (tal como de uma entidade de domicílio estrangeiro), sob o critério relevante, tal como
Group Rating Methodology, publicado em 19 de novembro de 2013, ou Assessing Bank Branch
Creditworthiness, publicado em 14 de outubro de 2013, para suporte implícito da empresa
controladora; ou nosso critério de garantia, tal como Guarantee Criteria-Structured Finance,
publicado em 7 de maio de 2013. Com base nesse critério relacionado ao suporte de crédito
externo, podemos avaliar uma entidade acima do diferencial de rating máximo especificado por
este critério.
15. A tabela 1 descreve o grau relativo de sensibilidade ao risco-país por setor.
16. O último passo no critério se aplica apenas a ratings não soberanos em moeda estrangeira. Ele
considera se o rating é limitado pela avaliação de T&C. Uma avaliação de T&C de um país reflete a
visão da Standard & Poor’s sobre a probabilidade de o soberano restringir o acesso não soberano
ao câmbio necessário para satisfazer as obrigações de pagamento da dívida. (Veja Methodology:
Criteria For Determining Transfer And Convertibility Assessments, publicado em 18 de maio de
2009).
17. Ratings em moeda estrangeira de entidades não soberanas são geralmente mais baixos do
que o rating em moeda local na avaliação do emissor ou de T&C. Contudo, o rating pode exceder a
avaliação de T&C, dependendo da resiliência esperada da entidade ao evento de T&C e a
exposição a uma dada jurisdição. (Veja os parágrafos 66-73 para obter mais detalhes, incluindo
referência a limitações em que a exposição é de 50% ou mais em uma dada jurisdição, e testes de
estresse para eventos de T&C nos quais a exposição é 25% ou mais em uma dada jurisdição).
18. O teste de estresse e as limitações relacionados ao T&C se aplicam apenas a ratings em
moeda estrangeira; ratings em moeda local são guiados pela aplicação deste critério, porém não
são limitados pelo risco de T&C.
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19. Observação 1: Além dos passos nessa tabela, podemos avaliar o suporte do grupo, ou os
aspectos estruturais, para considerar se um rating pode exceder o soberano. Veja os parágrafos
42 e 63-64. Observação 2: Em um país avaliado como ‘AA-’ ou acima, o Passo 3 não é necessário
(Aplicar Teste de Estresse para Ratings Acima do Soberano), embora conforme o parágrafo 38,
revisamos considerações a serem avaliadas acima do soberano a partir de uma perspectiva
qualitativa.
Tabela 1 - Determinando a Sensibilidade de uma Entidade Não Soberana ao Risco-País
Exemplos de sensibilidade moderada
Setores não listados na seção ‘alta sensibilidade’ são geralmente considerados como tendo ‘sensibilidade moderada’,
conforme o parágrafo 48. Veja abaixo alguns exemplos de setores com ‘sensibilidade moderada’:
Seguradoras de todos os riscos exceto riscos pessoais (seguradoras patrimoniais, de resseguro, de saúde sem acúmulo de
poupança)
Empresas de infraestrutura relacionadas ao mercado financeiro (como, por exemplo, casas de câmbio, processadoras de
transações – para pagamentos de cartão de crédito –, exceto câmaras de compensação)
Telecomunicações, empresas de TV a cabo
Produtores exportadores de recursos naturais
Empresas cíclicas exportadoras (aço, produtos químicos, automóveis, cimento e bens de capital)
Fabricantes de produtos de consumo de primeira necessidade, incluindo bebidas
Varejistas de alimentos
Empresas farmacêuticas
Exemplos de alta sensibilidade*
Seguradoras de vida, resseguradoras de vida, seguradoras de saúde com acúmulo de poupança, seguradoras multiriscos com
prioridade em seguros de vida, seguradoras com o negócio estreitamente correlacionado com ciclos econômicos
Instituições financeiras
Câmaras de compensação financeiras
Setor imobiliário: construtoras residenciais, trusts de investimento imobiliário, incorporadoras de propriedades, empresas de
gestão imobiliária, construtoras
Produtores de recursos naturais não exportadores
Empresas cíclicas não exportadoras (aço, produtos químicos, automóveis, cimento e bens de capital)
Empresas controladoras de investimento doméstico
Empresas não regulamentadas de geração e fornecimento de energia
Infraestrutura de rede de serviços de utilidade pública regulamentada (de propriedade de investidores e sem fins lucrativos)
Empresas de infraestrutura de transporte
Governos locais e regionais**
Setores de empresas de finanças públicas: saúde, educação superior, residencial e sem fins lucrativos**
*GREs, independente do setor industrial, normalmente são consideradas como tendo ‘alta sensibilidade’ ao risco-pais, com
algumas exceções. Veja os parágrafos 60-62 para considerações específicas relacionadas a GREs. **Certos governos locais e
regionais, e certos setores relacionados de empresas, podem ter sensibilidade ‘moderada’ ao risco-país. Os requisitos foram
descritos no parágrafo 45. Observação: De acordo com o país, podemos alterar as classificações de sensibilidade do setor.
Quaisquer alterações são regidas pelos parágrafos 44-45, e listadas no Apêndice I, conforme este for atualizado e republicado no
futuro.
Tabela 2 - Determinando o Diferencial de Rating Máximo Entre o Rating Soberano em Moeda Estrangeira e o Rating de
Emissor (Moeda Estrangeira e Local)
Sensibilidade ao riscopaís*
Para soberanos com ratings ‘B’ ou acima, o
diferencial máximo acima do rating soberano
Para soberanos com ratings ‘B-’ a ‘D’ ou
‘SD’, o rating máximo não soberano
Alta
2 degraus†
‘B+’
Moderada
4 degraus†
‘BB‘
*De acordo com a tabela 1. †Aplicamos julgamento analítico ao fazer a determinação final sobre o diferencial de rating, caso a
caso, até o máximo (veja o parágrafo 50). Limites do diferencial máximo também podem ser aplicados para um dado país ou
setor; por exemplo, certos governos locais e regionais possuem uma sensibilidade ‘moderada’ ao risco-país, mas podem ser
avaliados apenas em até três degraus acima do soberano, sujeitos a certos requisitos adicionais, de acordo com o parágrafo 52.
Observação: Para entidades com mais de 70% de exposição a um único país com risco adverso de redenominação de moeda
‘significativo’, o rating máximo é ‘B’. O risco adverso de redenominação de moeda ‘significativo’ se aplica quando avaliamos uma
probabilidade de 1 a 3 ou acima de que o país vai sair do regime de moeda, como, por exemplo, sair de uma união monetária, e
quando esperamos uma redenominação para ter um efeito de crédito negativo.
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DATA EFETIVA
20. Este critério se torna efetivo imediatamente na data da publicação. Pretendemos completar
nossa revisão de ratings potencialmente afetados dentro dos próximos seis meses.
IMPACTO SOBRE OS RATINGS VIGENTES
21. Esperamos menos alterações nos ratings como resultado da aplicação deste critério do que
esperávamos no momento em que publicamos a solicitação de comentários. Esperamos que até
25 grupos financeiros sejam afetados dentro dos ratings de serviços financeiros, até 15 entidades
sejam afetadas dentro dos ratings corporativos e de project finance, e nenhum impacto nos
governos locais e regionais e suas empresas relacionadas do setor público. O impacto nos ratings
corporativos será predominantemente de elevações, principalmente com relação a ratings em
moeda local; o impacto nos serviços financeiros será uma mistura de elevações e rebaixamentos,
estes últimos para entidades que não passaram no teste de estresse para os ratings excederem o
rating soberano em moeda estrangeira.
METODOLOGIA
A. Calibração do critério
22. Em Understanding Standard & Poor’s Rating Definitions, publicado em 3 de junho de 2009, a
Standard & Poor’s descreveu crises financeiras selecionadas e as definiu em termos de estresse
associado a um dado nível de rating. As crises associadas a um default ou estresse soberano
estavam entre as de mais alta severidade: Argentina em 2001 (cenário de estresse ‘AAA’), México
em 1994 (cenário de estresse ‘AA’), Tailândia em 1997 (cenário de estresse ‘AA’), e Rússia em
1998 (cenários de estresse ‘A’/’A’). A crise recente na Grécia exibiu uma volatilidade
macroeconômica associada a um cenário de estresse ‘AA’. Esses níveis de estresse formam nosso
teste de estresse para a avaliação de ratings acima do soberano. O estresse macroeconômico
para esse teste é semelhante àquele utilizado em nossa definição de um cenário de estresse ‘AA’,
pois observamos normalmente tal severidade em um caso de default ou estresse soberano. Por
exemplo, os declínios do Produto Interno Bruto (PIB) reais nos casos listados acima foram
conforme a seguir (declínios cumulativos citados, a não ser que um ano único seja dado):
Argentina, 25% (1998-2002); México, 15% (1994-1995); Tailândia, 12,5% (1997-1998); Rússia,
9,1% (1998); Grécia, 7,1% em 2011, seguido de 6,8% em 2012, com um declínio cumulativo de
20% esperado entre 2009 e 2013. (Para obter mais detalhes sobre os dados observados, por favor
consulte o Apêndice II e Understanding Standard & Poor’s Rating Definitions, publicado em 3 de
junho de 2009).
23. Há uma alta correlação entre as taxas de default corporativo e crises soberanas e volatilidade
macroeconômica, conforme suportado pelo nosso estudo de default de mercados emergentes
(veja 2012 Emerging Markets Corporate Default Study And Rating Transitions: The Region’s
Default Rate Exceeds The Global Rate For The Fourth Time In History, publicado em 27 de março
de 2013). De acordo com esse estudo, taxas de default globais de mercados emergentes de grau
especulativo chegaram a um pico em 2002 em 16% após a crise soberana da Argentina e
volatilidade macroeconômica aumentada no Brasil. Esse pico na taxa de default foi
significativamente mais alto do que a taxa recorde de 11% de default de ratings corporativos de
grau especulativo em 1991. O outro pico significativo em taxas de default de grau especulativo em
mercado emergente foi de 8% em 1998, relacionado às crises macroeconômicas da Rússia e da
Ásia.
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24. Para mercados desenvolvidos, nossos estudos de default global também demonstram uma
correlação significativa de defaults como pontos fracos nos ciclos de negócio e crises bancárias. O
pico de 1991 da taxa de default mencionado acima ocorreu após uma pequena recessão nos
Estados Unidos, uma recessão severa porém curta no Reino Unido, e a crise bancária Nórdica.
Outros picos de default de mercados desenvolvidos de grau especulativo foram de 10,6% nos EUA
em 2001 (a recessão dos EUA) e 11,4% em 2009 (a crise bancária global e a recessão); e de
12,3% na Europa em 2002 (em parte por causa do estouro da bolha de tecnologia/Internet e
fracassos de um grande número de empresas de telecom criadas – start-ups). (Fontes: 2012
Annual Global Corporate Default Study, publicado em 18 de março de 2013, e Understanding
Standard & Poor´s Rating Definitions, publicado em 3 de junho de 2009).
25. Para calibrar a sensibilidade ao risco-país por setor (‘moderada’ versus ‘alta’ sensibilidade),
consideramos a sensibilidade a ciclos econômicos, conforme medido pelo declínio na rentabilidade
e receita ao longo do período de pico ao de baixa do ciclo (PTT, na sigla em inglês para peak-totrough), conforme descrito em Methodology: Industry Risk, publicado em 19 de novembro de 2013,
Apêndice 1; nossas observações históricas de transições para um risco regulatório mais alto ou
outros tipos de influência negativa do governo, para setores como o de utilidades públicas, e
infraestrutura de transporte, durante cenários de estresse soberano; nossas observações históricas
da sensibilidade a tendências econômicas e cenários de estresse soberano para instituições
financeiras (veja Apêndice 1 para dados sobre empréstimos problemáticos); e, para seguradoras, a
tendência de se concentrar investimentos no governo doméstico e em outros títulos domésticos, e
o tamanho relativo de investimentos versus capital.
26. Ao calibrar os limites do diferencial máximo de rating acima do rating soberano (dois a quatro
degraus, respectivamente, para setores de sensibilidade ‘alta’ e ‘moderada’), consideramos a
severidade dos defaults resultantes de eventos de alta severidade observados (tais como a
combinação de um congelamento de depósitos, desvalorização de moeda, e controles de preços
no evento de estresse da Argentina de 2001/2001; o congelamento de depósitos bancários e
controle de capital no Chipre em março de 2013); e a severidade esperada de defaults se um país
membro saísse da zona do euro, conforme indicado pelo risco crescente que vemos para tal
evento no caso da Grécia (veja Credit FAQ: What Are The Potential Rating Effects If A Country
Exits A Monetary Union?, publicado em 4 de outubro de 2012). Impomos limitações de ratings, pois
todas as entidades seriam afetadas por tais eventos de alta severidade; dividimos tais limitações
em duas categorias, reconhecendo que entidades com sensibilidade ‘moderada’ ao risco-país
possuem uma capacidade melhor de mitigar o impacto do risco-país e soberano.
27. Outros estudos, tais como This Time is Different (Reinhart, Carmen M., e Rogoff, Kenneth S.,
2009), também apontam para a ligação entre defaults corporativos e crises bancárias (veja a figura
16.1, na página 252). Os autores indicam que embora os países possam passar por certos tipos de
crises, tais como defaults em série sobre a dívida soberana ou episódios de hiperinflação,
economias desenvolvidas e emergentes da mesma forma, permanecem sujeitas a crises bancárias
e financeiras.
B. Ratings acima do soberano: passar ou não no teste de estresse
(Pass/Fail)
28. Primeiro determinamos o rating potencial da entidade e depois comparamos com o rating
soberano em moeda estrangeira do país (ou países) no qual a entidade possui exposição (ões)
substancial (is). Rating “potencial” quer dizer um rating que atribuiríamos de acordo com o critério
relevante para a entidade, tal como critério de rating corporativo, critério de rating bancário, etc.,
antes de se aplicar um teste de estresse para ratings acima do soberano. O rating potencial
incorpora nossa visão da exposição da entidade ao amplo conjunto de riscos-país relevantes. O
rating soberano não age como um “teto” para os ratings não soberanos. Contudo, ao avaliar uma
entidade acima do rating soberano em moeda estrangeira, a Standard & Poor’s está expressando
sua opinião de que a disposição e a capacidade da entidade de pagar sua dívida é superior à do
soberano, e que, basicamente, se ocorrer um default soberano em moeda estrangeira, existe a
probabilidade significativa de o emissor não entrar em default como resultado do cenário
acompanhando o default soberano.
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29. Portanto, para uma entidade ser avaliada acima do rating soberano em moeda estrangeira, a
entidade deve ser capaz de passar em um teste de estresse hipotético de default soberano em
moeda estrangeira. Consideramos esse teste de estresse para entidades com múltiplas jurisdições
(ou grupos de entidades) com exposição substancial a países cujo rating soberano em moeda
estrangeira é mais baixo do que o rating de crédito potencial da entidade. No mínimo, aplicamos o
teste de estresse relativo ao rating soberano em moeda estrangeira para o qual a entidade possui
a maior exposição substancial e nos casos em que o rating em moeda estrangeira é mais baixo do
que o rating de crédito potencial da entidade. O motivo de aplicarmos o teste de estresse na maior
exposição significativa é que, geralmente, se uma entidade passar no teste de estresse para
países onde ela possui exposições maiores, ela também vai passar no teste para países onde está
menos exposta. No caso de soberanos não avaliados, aplicaremos o teste de estresse com base
em nossa visão da qualidade de crédito soberana.
30. Em uma base casuística, podemos aplicar o teste de estresse a mais de um país, se
considerarmos que a entidade possui exposição substancial a dois ou mais países. Ao aplicar o
teste de estresse a mais de um país por vez, podemos assumir que o estresse afeta dois ou mais
países ao mesmo tempo se considerarmos a correlação econômica entre os países como sendo
significativa. Caso a entidade não passe no teste de estresse, o rating será limitado de acordo com
o rating em moeda estrangeira do país com a avaliação mais baixa para o qual ela não passou no
teste. Se determinarmos que o emissor não possui exposição substancial a um país cujo soberano
foi avaliado em um nível mais baixo do que o rating potencial, não podemos aplicar um teste de
estresse.
31. Geralmente consideramos que a exposição é substancial quando representa aproximadamente
25% ou mais da exposição total da entidade, (conforme medida pelas métricas no parágrafo 43)
levando-se em consideração nossas visões de exposições atuais e esperadas. Também aplicamos
o estresse soberano nas exposições abaixo de 25% com relação ao país de domicílio se
acreditarmos que a empresa poderia fracassar no teste de estresse soberano. Listamos exemplos
de como aplicamos o teste de estresse abaixo.


Exemplo 1: Emissor domiciliado m um soberano com rating alto (avaliação ‘AA+’), com
exposição substancial (30%) a um soberano com avaliação mais baixa: Um emissor possui
um rating potencial ‘BBB’ e 60% de exposição ao país de domicílio, que possui um rating
soberano em moeda estrangeira ‘AA+’; 30% de exposição ao País A (rating soberano em
moeda estrangeira ‘BB’), e 10% de exposição ao País B (rating soberano em moeda
estrangeira ‘B’). Para o emissor ter um rating de crédito ‘BBB’, seria necessário passar em
um teste de cenário de default do soberano em moeda estrangeira para o País A. Se não
houve aprovação no teste, o rating de crédito seria limitado em ‘BB’.
Exemplo 2: Emissor domiciliado em um soberano com rating alto (avaliação ‘AAA’), com
exposições substanciais a dois soberanos de rating mais baixo (35% e 25%): Um emissor
possui um rating potencial ‘BBB’ e 40% de exposição ao país de domicílio (rating soberano
em moeda estrangeira ‘AAA’), 35% de exposição ao País A (rating soberano em moeda
estrangeira ‘BB’), e 25% de exposição ao País B (rating soberano em moeda estrangeira
‘B’). Para o emissor ter um rating de crédito ‘BBB’, ele teria que passar no teste de cenário
de default do soberano em moeda estrangeira para o País A. Caso ele não seja aprovado
no teste, o rating será limitado em ‘BB’. Se, em uma base casuística, acreditarmos que a
entidade seria particularmente vulnerável a um default soberano no País B, também
poderíamos aplicar um teste de estresse discreto na exposição ao País B (e a não
aprovação no teste para o País B levaria a uma limitação do rating em ‘B’). Se
considerarmos uma correlação significativa entre o País A e o País B, poderíamos fazer um
teste de estresse agregado para defaults soberanos hipotéticos nos dois países ao mesmo
tempo.
9/32



Exemplo 3: Emissor domiciliado em um soberano de rating baixo (avaliação ‘B-’), com uma
exposição majoritária (95%) a soberanos com rating mais alto: Um emissor possui um rating
potencial ‘BBB-’ 5% de exposição ao país de domicílio (rating soberano em moeda
estrangeira ‘B-’), 50% de exposição ao País A (rating soberano em moeda estrangeira
‘BBB’), e 45% ao País B (rating soberano em moeda estrangeira ‘BB’). Para a entidade ser
avaliada como ‘BBB-’, seria necessário passar em um teste de cenário de default do
soberano de moeda estrangeira para o País B. Se o emissor não for aprovado no teste, o
rating seria limitado em ‘BB’. Nesse caso, a exposição ao país de domicílio não é
substancial o suficiente para fazer um teste de estresse para esse país. Conforme
percebemos no parágrafo 63, os ratings não são limitados pelo rating soberano do país de
domicílio quando a exposição está abaixo de 10%.
Exemplo 4: Emissor domiciliado em um soberano avaliado como ‘BBB’, com exposição
significativa a soberanos com rating mais alto: Um emissor possui um rating potencial ‘A-’ e
50% de exposição ao país de domicílio (rating soberano em moeda estrangeira ‘BBB’), 30%
de exposição ao País A (rating soberano em moeda estrangeira ‘A-’) e 20% de exposição ao
País B (rating soberano em moeda estrangeira ‘AA+’). Para a entidade ser avaliada como
‘A-’, seria necessário passar em um teste de cenário de default soberano de moeda
estrangeira para o país de domicílio.
Exemplo 5: Emissor domiciliado em um soberano com avaliação ‘BBB’, com exposições
diversificadas a soberanos com avaliações mais baixas: Um emissor possui o rating
potencial ‘BBB’ e 50% de exposição ao país de domicílio (rating soberano em moeda
estrangeira ‘BBB’), 20% de exposição ao País A (rating soberano em moeda estrangeira
‘BB’), 15% de exposição ao País B (rating soberano em moeda estrangeira ‘B+’), 10% de
exposição ao País C (rating soberano em moeda estrangeira ‘B’), e 5% de exposição ao
País D (rating soberano em moeda estrangeira ‘B-’). Para a entidade ser avaliada como
‘BBB’, faríamos um teste de estresse no País A, mesmo se a exposição fosse abaixo de
25%, se esperássemos que a exposição aumentasse mais de 25% nos próximos anos.
Alternativamente, se a correlação entre o País A e o País B fosse considerada alta,
poderíamos fazer um teste de estresse sobre a exposição combinada dos Países A e B.
32. No caso de uma instituição financeira ou seguradora que possui exposição em excesso de
aproximadamente 50% concentrada em seu país de domicílio, geralmente consideramos altamente
provável que a entidade não seja aprovada em um teste de estresse associado a um default
soberano em moeda estrangeira. Como resultado, não realizaríamos o teste de estresse a não ser
que víssemos razões idiossincráticas fortes que poderiam fazer a entidade ser potencialmente
aprovada no teste. Tais fatores podem incluir níveis excepcionalmente altos de capital e liquidez,
uma exposição predominantemente em moeda local (com prazos combinados para ativos e
passivos), ou a forte possibilidade de suporte externo efetivo (de acordo com o parágrafo 42).
33. A natureza geral desses testes de estresse de default soberano se encontra descrita na tabela
3. O critério aplica um de três cenários de default soberano – Cenário A, B, ou C – dependendo de
nossa avaliação do regime de moeda do país. O critério relevante setorial pode indicar premissas
mais detalhadas a serem utilizadas para esses testes de estresse. Os principais efeitos do cenário
de estresse sobre a liquidez seriam receita e faturamento reduzidos resultantes do estresse
macroeconômico severo, um corte (haircut) nos títulos domésticos negociáveis detidos, um
aumento acentuado dos custos de financiamento para a dívida de taxa variável ou de curto prazo
por causa do choque de taxa de juros assumido, e a falta de acesso aos mercados de capital para
o refinanciamento. Em países onde também assumimos um choque de moeda (veja a tabela 3,
cenário B), o potencial efeito seria incremental. O rating em moeda estrangeira também pode ser
limitado pela avaliação de T&C para o país de domicílio ou a avaliação de T&C para os países com
exposição substancial, conforme descrito mais adiante nos parágrafos 66-73.
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34. Ser aprovado no teste de estresse significa que a entidade provavelmente não entraria em
default. Portanto, a medida de liquidez relevante deveria indicar que a cobertura do pagamento da
dívida seria positiva, e, quando relevante, a medida de capitalização seria positiva e atenderia aos
requisitos mínimos regulatórios, conforme a seguir (após aplicar os estresses na tabela 3):




Empresas corporativas: Liquidez (o índice de fontes em relação aos usos em um cenário de
estresse de um ano,) é maior que 1, conforme definido no artigo Methodology And
Assumptions: Liquidity Descriptors For Global Corporate Issuers, publicado em 19 de
novembro de 2013. Com certeza, para empresas baseadas em ativos, tais como trusts de
investimento imobiliário e empresas controladoras de investimento, também aplicamos um
teste de capitalização: o índice loan-to-value deve permanecer abaixo de 0,8 para passar no
teste de estresse.
Instituições Financeiras: (1) Liquidez, conforme definido no critério relevante (tal como
Banks: Rating Methodology And Assumptions, publicado em 9 de novembro de 2011: Seção
H, Funding and Liquidity, subseção 2, Liquidity), permanece suficiente; (2) patrimônio é
maior que 0; e (3) capital regulatório disponível é positivo – a instituição atende aos
requisitos de capital mínimo regulatório, ou a Standard & Poor’s espera tolerância
regulatória para não fechar a instituição, nem introduzir restrições que seriam classificadas
como um default pela Standard & Poor´s.
Seguradoras/grupos de empresas: O índice de liquidez (conforme definido em Insurers:
Rating Methodology, publicado em 7 de maio de 2013 (seção D2, Liquidity, parte 4, An
Insurer’s liquidity ratio) é maior que 100%; o capital regulatório disponível é positivo; e a
intervenção regulatória é improvável.
Public finance: A liquidez é suficiente para cobrir o pagamento da dívida. (Para mais
detalhes sobre as medidas de liquidez relevantes, veja a seção relevante para o critério do
setor, como por exemplo, Assessing Liquidity in Methodology For Rating International Local
And Regional Governments, publicado em 20 de setembro de 2010; Liquidity (parágrafo 46)
em U.S. State Ratings Methodology, publicado em 3 de janeiro de 2011; e Seção H,
Liquidity Score em U.S. Local Governments General Obligation Ratings: Methodology And
Assumptions, publicado em 12 de setembro de 2013).
35. Com pouca frequência, um emissor pode ser aprovado no teste de estresse apenas porque
assumimos que ele vai executar um plano bem documentado de mitigação de risco que alivia o
risco de default associado ao estresse. Esse plano deve ser crível e aprovado pelo Conselho de
Administração do emissor, e o emissor deve ter incentivos claros (que compensem quaisquer
desvantagens) para executar tal plano e ser capaz e estar disposto a fazê-lo sob o cenário de
estresse. Por exemplo, para seguradoras, o plano de mitigação de risco pode incluir o
compartilhamento de perdas de investimento resultantes com detentores de apólices de seguro
sob políticas que possuem características de participação discricionária (às vezes conhecidas
como “políticas com lucro”).
36. Para casos em que consideramos a avaliação de uma entidade acima do rating soberano em
moeda local, a entidade deve ser capaz de passar em um cenário apropriadamente mais
estressante associado a um default soberano em moeda estrangeira e em moeda local. A
diferença entre os cenários de default soberano em moeda estrangeira e em moeda local é o efeito
adverso incremental de um default em títulos em moeda local sobre as posições de liquidez e
investimento de entidades detentoras desses títulos.
37. Observamos que, independente do rating soberano inicial, defaults soberanos nas últimas duas
décadas têm apresentado uma tendência com características semelhantes. Como resultado,
colocamos três cenários de default soberano “vigentes” (veja a tabela 3) em vez de ter cenários
específicos para o país. Poderíamos complementar esses cenários com outros mais específicos,
pois o cenário é mais previsível, quando temos um soberano avaliado em ‘B’ ou ‘B-’, conforme
esclarecido no parágrafo 39.
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38. Para entidades as quais estamos considerando um rating acima do soberano que possui um
rating em moeda estrangeira ‘AA-’ ou acima, o teste de estresse para um cenário de default
soberano geralmente não seria necessário, dada a baixa probabilidade de um cenário de default
soberano potencial, para um soberano com um rating tão alto. Mesmo assim, vamos revisar, a
partir de uma perspectiva qualitativa, porque a entidade ou setor esperaria (ou não) entrar em
default em um momento em que o soberano está em default, com base na resiliência da entidade
ou do setor a um cenário de estresse severo e ligações diretas limitadas ao soberano. Por
exemplo, esperamos que entidades avaliadas acima do soberano tenham as seguintes
características:


A capacidade de manter qualidade de crédito mais forte do que o soberano em um cenário
de estresse. Por exemplo, a entidade não tem dependência de contrato, receita, subsídios,
ou garantias do governo central ou federal ou suas entidades relacionadas, e exposição
limitada aos títulos do governo e do setor privado no portfólio de investimento; e
A capacidade de limitar o risco de intervenção negativa soberana.
39. Especificamente para governos locais ou regionais ou empresas do setor público (saúde,
educação superior, residencial, ou outros setores não lucrativos), eles devem atender às três
seguintes condições para se qualificar para um rating acima do soberano (além de serem aprovado
no teste pass/fail, se o rating soberano em moeda estrangeira for ‘A+’ ou abaixo):



A capacidade de manter características de crédito mais fortes do que o soberano em um
cenário de estresse, tal como ter uma base de receita derivada localmente de maneira
predominante (ou seja, uma falta de dependência na receita, subsídios do governo central
ou outras transferências do governo);
Uma estrutura institucional que seja previsível e limite o risco de intervenção soberana
negativa, como, por exemplo, autonomia de receita e despesas suportadas pelas provisões
constitucionais e estatutárias; e
A capacidade de mitigar a intervenção negativa do soberano porque a entidade possui uma
alta flexibilidade financeira e administração de tesouraria independente.
40. Quando o rating soberano for ‘B’ ou abaixo, o cenário de default específico deve ser mais
previsível. Se o rating soberano for ‘B’ ou ‘B-’, podemos desenvolver um cenário de default
específico para o país para determinar se podemos avaliar entidades acima do soberano. Para
ratings soberanos ‘CCC+’ e abaixo, esperamos que as condições de estresse atuais representem
nosso caso-base e o cenário de default esperado e, em geral, não fazemos um teste de estresse
para ratings de entidades de até ‘B-’ (exceto se a avaliação de transferência e conversibilidade
também for ‘CCC+’ ou abaixo). Quando o rating soberano for ‘CCC+’ ou abaixo, ainda faríamos um
teste de estresse para ratings de entidades que poderiam exceder ‘B-’.
Tabela 3 - Testes de Estresse de Cenário de Default de Soberanos
Cenário A: Estresse econômico, sem desvalorização da moeda
Escopo do País
Este cenário se aplica aos países membros da zona do euro, países com um vínculo fixo e
permanente a uma outra moeda (ex. Panamá), e outros países com moedas de reserva
internacional (os Estados Unidos, Japão). Os ratings soberanos em moeda estrangeira e local
serão iguais para esses países.
PIB
O país passa por uma recessão profunda. Declínios no PIB em torno de 6% a 10% em um ano.
Desemprego
Desemprego aumenta de 20% a 30%, sujeito a uma taxa de desemprego mínima assumida de
15%.
Taxas de juros
As taxas de juros nominais locais dobram, sujeitas a um mínimo de pelo menos a taxa de juros
pico histórica para esse país, ao longo de um horizonte de tempo relevante, mais o movimento
flight to quality ou, quando disponível, premissas calibradas a um grau severo de estresse
econômico: esperamos o racionamento do crédito para os emissores domésticos com as
melhores avaliações.
Títulos soberanos, e títulos de
governos locais e regionais
Títulos de curto prazo (menos de um ano), 65% do valor nominal (haircut = 35%); títulos de longo
prazo (um ano ou mais), 40% do valor nominal (haircut = 60%).
Observação: Esses cortes (haircuts) aplicados a títulos/valores mobiliários e para a dívida
soberana também seriam aplicados a empréstimos. Para empréstimos de longo prazo ao
governo central, 60% do valor nominal (haircut = 40%). Para empréstimos feitos para governos
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locais e regionais, veja as premissas específicas do setor bancário e de seguradoras abaixo.
Choque de preços de
commodities
Para países onde as commodities representam uma porcentagem significativa das exportações
ou do PIB, aplicar uma queda de preço severa para commodities, que é aplicada ao teste de
estresse relacionado ao país para produtores de commodities (ex.: quedas para o preço histórico
médio de três meses observadas na última desaceleração severa do setor, ajustadas de acordo
com a inflação global e/ou alterações estruturais no mercado).
Títulos de dívida do setor
privado
Os seguintes haircuts se aplicam a todos os títulos/valores mobiliários e a empréstimos feitos
para obter liquidez (portfólios de trading/investimento). Para ver o impacto nos portfólios de
empréstimos, veja as premissas específicas do setor bancário e de seguradoras abaixo.
• Dívida bancária sênior cai para 40% do valor nominal (haircut = 60%)
• Dívida bancária sênior de curto prazo (menos de um ano), certificados de queda de depósito
para 65% do valor nominal (haircut = 35%)
• Dívida corporativa sênior: 60% (haircut) para o valor nominal, para o teste de liquidez; 30% de
corte (haircut) para o valor nominal, para o teste de capital
• Dívida júnior bancária/corporativa (equity hybrids): 100% (haircut = 0% do valor nominal)
• Títulos cobertos caem para 40% do valor nominal para o teste de estresse de liquidez, e para o
teste de estresse de capital, queda para 70% do valor nominal, no qual o cover pool é RMBS,
CMBS, ou ABS; queda para 40% do valor nominal no qual o cover pool é de ativos do setor
público, para os testes de liquidez e capital
• RMBS, CMBS, e ABS: Para o teste de estresse de liquidez, assumimos um corte de 100%
(haircut = 0% do valor nominal) por causa do mercado muito ilíquido em geral e, em particular,
em um momento de estresse soberano. Para o teste de estresse de capital, assumimos um corte
de 30% (haircut) do valor nominal.
Depósitos bancários
Assumimos um corte de 10% (haircut), exceto se mitigado pelo seguro do depósito ou uso de
bancos sistemicamente importantes
Patrimônio: listado, títulos
líquidos
Preço cai para 30% do valor contábil registrado a partir dos dados relatados do ano fiscal
anterior; no caso de um declínio de preço substancial observado nos valores de pico recentes ou
desde a data do relatório financeiro do exercício fiscal, podemos modificar essa premissa caso a
caso
Declínio de preço de
propriedade
Para emissores com um portfólio combinado de propriedades residenciais e comerciais,
assumimos um declínio de preço de 50% desde a data do relatório financeiro do último exercício
fiscal, com ajustes dependendo de nossa opinião sobre o ponto no qual está o ciclo imobiliário
para esse país. No caso de (i) um declínio de preço substancial observado nos valores de pico
recentes ou desde a data do relatório financeiro do exercício fiscal, ou (ii) um país com uma bolha
de ativos patrimoniais em que uma premissa de 50% pode ser insuficientemente prudente,
podemos modificar essa premissa caso a caso.
Para fundos, reduzimos em linha com o tipo de controladora (títulos de dívida do governo versus
Outros títulos ou investimentos do setor privado, ou patrimônio); para outros tipos de títulos ou investimentos (private equity,
outras participações ilíquidas), assumimos um corte de 100% (haircut = 0% do valor nominal)
Outros
Não assumimos acesso aos mercados de capitais doméstico e internacional. Sem acesso a
financiamento bancário externo, incluindo cross-border swaps, exceto para linhas comprometidas
nas quais não esperamos cláusulas de efeito adverso relevante (cláusulas MAC, na sigla em
inglês) ou desencadeamentos semelhantes no caso de um cenário de default soberano. Tarifas
para serviços de utilidade pública são congeladas. Exportadores de commodities enfrentam
aumento das taxas de importação. Para emissores avaliados como ‘BB+’ ou abaixo, assumimos
que financiamento bancário doméstico esteja disponível para renovações apenas de linhas
bancárias de curto prazo existentes. Para emissores avaliados como ‘BBB-’ e acima, assumimos
que financiamento bancário doméstico esteja disponível para renovações de linhas bancárias
domésticas de curto prazo e refinanciamento de empréstimos bancários domésticos de médio
prazo.
Premissas específicas do setor
Duração do teste de estresse
Todos os fatores acima são enfatizados por pelo menos um ano em nossas projeções. Com
relação ao efeito nas medidas do balanço (instituições financeiras, de seguros), o teste de
estresse é feito em uma base pro forma com relação à última data do relatório financeiro
disponível. Com relação a medidas de liquidez nas quais o soberano relacionado é avaliado
como ‘BB+’ ou abaixo, fazemos o estresse da entidade ou transação (para project finance) para o
primeiro ano de projeção; quando o soberano relevante é avaliado como ‘BBB-' ou acima,
fazemos o estresse da entidade ou transação para o segundo ano de projeção.
Setor bancário e de seguros: Empréstimos vencidos aumentam mais que 20% ou duas vezes o
nível atual (média para empréstimos ao consumidor e comerciais). Perda em caso de default (na
Premissas específicas do setor
sigla em inglês LGD - loss given default) é de 70% para empréstimos não garantidos, 50% para
bancário e de seguradoras
empréstimos garantidos (ex. hipotecas). Se houver uma deterioração muito substancial na
qualidade dos ativos, podemos modificar essas premissas caso a caso.
Setor bancário: Lucro pré-provisão está sujeito a um corte (haircut) de 30% para aquele
decorrente do país com estresse, e 10% para todo o outro lucro pós-provisão.
Seguros: Lucro pré-estresse está sujeito a um corte (haircut) de 30% para aquele decorrente do
país com estresse, e de 10% para todo o outro lucro pós-provisão.
Governos regionais e locais: Se as exposições dos empréstimos a governos domésticos
regionais e locais forem substanciais, podemos assumir taxas de empréstimos vencidos
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adicionais específicas para o setor ou acrescentar uma redução.
Run-off (fuga de depósitos) de depósitos domésticos: assumimos 15% de run-off nos depósitos
de varejo, 25% nos depósitos de atacado, e 20% em todos os depósitos nos quais o mix não foi
divulgado. Saídas caem para a metade quando esperamos que o banco obtenha benefícios de
um movimento de flight to quality. No mínimo, esperaríamos que tal banco tivesse um Perfil de
Crédito Individual (SACP, na sigla em inglês para stand-alone credit profile) pelo menos dois
degraus acima do SACP médio do banco no sistema. Veja o parágrafo 84 para premissas sobre
financiamento cross-border.
O banco central permanece disponível (para bancos domésticos) apenas como uma fonte de
liquidez de moeda local (contra garantia elegível). Se o banco central for uma instituição
supranacional avaliada acima do soberano respectivo, no qual existe uma perspectiva de acesso
realista, podemos assumir acesso limitado à liquidez de moeda estrangeira.
Em países onde o banco central é uma instituição supranacional, como, por exemplo, o Banco
Central Europeu, e avaliado acima do soberano respectivo, o teste de estresse de liquidez leva
em consideração o acesso esperado ao crédito de recompra do banco central, com os haircuts
aplicados pelo banco central.
Premissas específicas do setor Aplicamos uma premissa de 35% de descontinuidade das apólices; para seguro de crédito,
de seguros
aplicamos um aumento no índice de perda de 150% (2,5x).
O haircut para liquidez detida nos bancos locais e títulos do governo (conforme especificado
acima), choque da taxa de juros para custos de financiamento para dívida de taxa variável ou de
Premissas específicas ao setor
curto prazo, risco para linhas de crédito domésticas, declínio relacionado ao PIB na demanda
de empresas corporativas, de
doméstica. Para este último, podemos utilizar premissas específicas do setor a uma dada
project finance e entidades de
indústria, embora as premissas específicas a cada caso possam ser aplicáveis. Para ratings
governo/municipais
corporativos podemos alternativamente usar a seguinte orientação para declínios de EBITDA
assumidos para o teste de estresse, dependendo da sensibilidade do setor ao risco-país:
MODERADA sensibilidade, 15%-20% declínio de EBITDA
ALTA sensibilidade, 30% de declínio de EBITDA
O haircut para liquidez detida nos bancos locais e títulos do governo (conforme especificado
Premissas específicas a public
acima); queda na receita do imposto de renda relacionado ao PIB e premissas de desemprego;
finance, governos regionais e
queda na receita de impostos sobre bens imóveis relacionada às premissas de declínio de preços
locais
de bens imóveis
Cenário B: Estresse econômico com desvalorização da moeda
Premissas gerais
O Cenário B se aplicaria a todos os países que não se encaixam nos cenários A ou C de default
soberano. Esse cenário incluiria, por exemplo, países com mercado desenvolvido que não são
membros de uma união monetária e não possuem reserva de moeda (como por exemplo, a Nova
Zelândia), e a maioria dos países de mercados emergentes. Esse cenário inclui todos os
estresses no Cenário A e acrescenta um estresse de moeda. Como os ratings soberanos em
moeda estrangeira e local podem ser diferentes, existem estresses diferenciados relacionados.
Observação: Para qualquer variável não listada abaixo, os estresses são idênticos às premissas
no Cenário A, incluindo: PIB, desemprego, taxas de juros, reduções de valor de mercado (exceto
para títulos soberanos em moeda local), e acesso a refinanciamento, bem como premissas
específicas a “Corporações & Governos”.
Desvalorização da moeda
local
Moeda local perde 50% de seu valor versus a referência da moeda forte (ou seja, dólar
americano para a América Latina, Ásia/Pacífico; euro para a Europa Oriental)
Geral: Efeito específico para a entidade ou transação para descasamento de moeda (ativos
versus passivos) e/ou relacionado a custos do serviço da dívida sem hedge
Para corporações, acrescentar o efeito de depreciação da moeda na receita, custos de matériaprima importada, e custos de investimento
Inflação
Assumir a duplicação da inflação, sujeita a um mínimo de pelo menos o pico histórico das taxas
de inflação para esse país dentro de um horizonte relevante de tempo
Títulos soberanos em moeda
estrangeira
Assumir uma queda de valor de mercado para 40% do valor nominal
Títulos soberanos em moeda
local
Curto prazo, apreciado em 75% do valor nominal para um diferencial de dois degraus, 70% do
valor nominal para um diferencial de um degrau. Longo prazo, apreciado em 60% do valor
nominal para um diferencial de dois degraus, 50% do valor nominal para um diferencial de um
degrau.
Para o teste de estresse para
ratings acima do rating
soberano em moeda local, ou
quando os rating soberanos
em moeda estrangeira e em
moeda local são iguais
Assumir uma queda no mercado de 30% do valor nominal para todos os títulos
Cenário C: Risco substancial de saída de uma união monetária
Premissas gerais
País com uma probabilidade de 50% ou acima de saída de uma união monetária ou outro vínculo
fixo com outra moeda; premissas são semelhantes ao Cenário B, mais congelamento de
depósitos e redenominação de passivo na moeda local nova (em uma taxa de conversão
assumida exigida pelo governo que é 50% da taxa cambial do mercado)
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C. Ratings acima do soberano: o diferencial máximo de ratings entre ratings
de entidades não soberanas e o rating soberano relacionado
41. Para entidades aprovadas no teste de estresse descrito na tabela 3, o critério permite um
diferencial de rating de até quatro degraus acima do rating soberano em moeda estrangeira. Este
último é do país onde a entidade está domiciliada ou para entidades corporativas não financeiras
operando em múltiplas jurisdições, é determinado por uma média ponderada dos ratings
soberanos nos países onde a entidade possui exposições substanciais. O número máximo de
degraus acima do rating soberano em moeda estrangeira em referência depende da sensibilidade
relativa da entidade ao risco-país. O propósito dessa estrutura é de antecipar o risco de eventos de
baixa probabilidade, mas de alto impacto (HILP, na sigla em inglês para low-probability but highseverity events) associados a cenários de dificuldade e default soberanos que são capturados pelo
teste de estresse. Esses tipos de eventos poderiam incluir um congelamento de depósitos,
redenominação de moeda, ou riscos geopolíticos.
42. Avaliamos o suporte de crédito externo (por exemplo, de uma entidade em domicílio
estrangeiro), tal como suporte implícito do controlador ou uma garantia, sob o critério relevante, e
poderíamos avaliar uma entidade acima do diferencial de rating máximo especificado por esse
critério. No caso de suporte implícito, tal suporte teria que ser, em nossa visão, resiliente.
Tabela 4 - Determinando o Efeito do Rating da Avaliação de Transferência & Conversibilidade.+
Exposição à
jurisdição
>90%, Vende
domesticamente
>90%, Exportadores
70%-90%
50%-70%
25%-50%
<25%
Teste de
Estresse para
Não
evento de
T&C?
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Teto do
Rating
Até 1 degrau acima da
T&C, se passar no
teste de estresse; teto
na T&C se não passar
no teste de estresse
Até 1 degrau
acima da T&C, se
passar no teste de
estresse; teto na
T&C se não
passar no teste de
estresse
Até 2 degraus
acima da T&C, se
passar no teste de
estresse; teto na
T&C se não passar
no teste de
estresse
Nenhum teto se
passar no teste
de estresse; teto
na T&C se não
passar no teste
de estresse
Nenhum
T&C
Observação: Nessa tabela, todas as referências a testes de estresse estão relacionadas ao teste de estresse para um evento de
T&C.
43. Aplicamos a metodologia nos parágrafos 44-48 para determinarmos um grau relativo de
sensibilidade ao risco-país da entidade. Se a entidade apresenta exposição a mais de um setor ou
país, o critério vai calcular as exposições usando as seguintes medidas:





Ratings corporativos – EBITDA, receitas ou outras medidas baseadas em volume, quando
apropriado. Por exemplo, para a finalidade destse cálculo, aplicamos a abordagem de “elo
mais fraco” dos exportadores. Se os ativos estão baseados em um país de alto risco, e não
podem ser realocado em nenhum outro lugar, testamos a exposição ao país de alto risco e
que não pode ser facilmente redirecionado para outro lugar, mas mediremos a exposição ao
país de alto risco, mesmo se os ativos se basearem em um país de baixo risco;
Bancos e outras instituições financeiras – exposição ajustada usada na análise de capital
ajustado pelo risco (veja Bank Capital Methodology And Assumptions, publicado em 6 de
dezembro de 2010), ou quando não estiver disponível , a divisão geográfica das
demonstrações de empréstimos dos bancos (incluindo itens fora do balanço);
Câmaras de compensação e gestoras de ativos – receitas
Empresas de seguros — investimentos na conta geral (uma carteira de investimentos de
uma seguradora, que exclui investimentos de apólices nas quais os segurados apresentam
um risco de default).
Governos locais e regionais — receitas.
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44. Nossa classificação de sensibilidade de um emissor corporativo e governamental ao risco-país,
com base no histórico de sensibilidade a setores e tipos de ativos à volatilidade econômica, e a
mudanças potenciais no ambiente legal e regulatório durante um período de estresse soberano e
de default, geralmente é feita conforme descrito nos parágrafos 46-47. Avaliamos essa
sensibilidade ao risco-país em duas categorias: ‘alta’ e ‘moderada’. Entretanto, em casos
específicos, poderíamos determinar que um setor normalmente considerado com sensibilidade
‘moderada’ em vez de ‘alta’ sensibilidade, ou por outro lado, que um setor normalmente
considerado como tendo ‘alta’ sensibilidade em vez de sensibilidade ‘moderada’, com base nos
dados históricos e em nossa visão prospectiva. Por exemplo, classificamos as indústrias de
telecomunicações e televisão a cabo como apresentando sensibilidade ‘moderada’ ao risco-país.
Se os dados históricos específicos ao país e a nossa visão prospectiva sobre uma entidade
naquele setor suportarem nossa visão de que aquela indústria pode ser mais sensível ao risco-país
em um país em particular, podemos mudar a classificação para ‘alta’. Listamos as determinações
para sensibilidade específica ao país e ao setor para a sensibilidade no Apêndice I, ou
futuramente, quando se publicar uma atualização do Apêndice I.
45. Para que alteremos a sensibilidade de uma indústria de ‘alta’ para ‘moderada’, precisamos
assumir que características específicas ao país protejam aquela indústria do risco macroeconômico
e do risco-pais e do impacto direto de um default soberano, e assumimos também que tais
características continuariam presentes mesmo se o soberano sofresse níveis mais elevados de
estresse no futuro. No caso incomum em que a determinação do risco específico ao país tenha
sido estabelecida para os governos local e regional (ou seja, movendo de sensibilidade ‘alta’ para
‘moderada’) e, potencialmente, para certos setores de empresas relacionados a eles, há requisitos
adicionais e restrições no diferencial máximo de rating entre aqueles do soberano e da entidade,
de acordo como o parágrafo 52. Para que possamos determinar uma sensibilidade ‘moderada’, os
governos, em nossa visão, necessitariam apresentar características específicas ao país que os
protegem do risco macroeconômico e do risco país e do impacto direto de um default soberano,
além dos fatores mencionados no parágrafo 39.
Alta sensibilidade
46. Qualificamos os seguintes setores e tipos de ativos como apresentando ‘alta’ sensibilidade ao
risco-país, o que significa que eles são altamente sensíveis a uma combinação de volatilidade
econômica e de mudanças potenciais no ambiente legal e regulatório. As GREs,
independentemente do setor industrial a que pertencem, são normalmente consideradas como
apresentando ‘alta’ sensibilidade ao risco-país, com algumas exceções. Veja parágrafos 60-62
para considerações específicas a GREs.






Seguradoras de vida, seguradoras de saúde baseadas em poupança, e seguradoras
compostas com uma maioria de seus passivos, porque seus negócios são fortemente
influenciados pelo ritmo do acúmulo de riquezas em um país e porque uma parcela
significativa de ativos tende a ser investida na dívida doméstica do governo e dos depósitos
bancários domésticos. Para aliviar o estresse resultante nas seguradoras de vida, alguns
defaults de soberano levaram a alguns governos a exigir que se fizessem mudanças nos
termos dos contratos que nos levam a considerar que as seguradoras afetadas estariam em
default;
Seguradoras com negócios fortemente correlacionados com os ciclos econômicos, tais
como seguradoras de hipotecas e de crédito.
Instituições financeiras, pois estas frequentemente detêm dívida doméstica do governo,
incluindo aquelas para o propósito de liquidez, e porque seus negócios são afetados por
tendências econômicas domésticas. As instituições financeiras são normalmente expostas a
políticas fiscais e estão sujeitas à regulação doméstica;
Câmaras de liquidação financeira;
Empresas do setor imobiliário — construtoras, fundos de investimento imobiliário,
desenvolvedores de propriedades, empresas de administração imobiliária, em razão de sua
exposição às condições econômicas e às mudanças potenciais nas estruturas regulatórias;
Produtores de recursos naturais não exportadores, em razão dos riscos fiscais e políticos
que acreditamos que essas entidades enfrentam;
16/32




Empresas cíclicas não exportadoras que produzem aço, produtos químicos, automóveis,
cimento e bens de capital, em razão de nossa visão sobre a extrema sensibilidade às suas
economias domésticas;
Empresas holdings de investimento, em razão de sua exposição aos mercados de ações em
um cenário de estresse soberano;
Governos locais e regionais, pois vemos tipicamente sua base de receitas como fortemente
correlacionada com as condições econômicas (sujeito ao parágrafo 45); e
Setores de empresas de public finance — saúde , educação superior, habitação, e outros
emissores sem fins lucrativos, em razão de seus vínculos com as condições econômicas
domésticas e/ou vínculos com seus respectivos governos centrais, estaduais, locais e
regionais (sujeito ao parágrafo 45).
Sensibilidade moderada
47. Qualificamos, por exemplo, os seguintes setores e tipos de ativos como apresentando
sensibilidade ‘moderada’ ao risco-país (com exceção da maioria das GREs, conforme mencionado
no parágrafo 46):







Empresas de infraestrutura do mercado financeiro (tais como processadores de câmbio e de
operações de cartões de crédito), exceto câmaras de compensação;
Seguradoras, excluindo seguro de vida (propriedade/acidentes, resseguro, seguradores de
saúde e seguradoras compostas e resseguradoras com a maioria dos passivos excluindo
seguro de vida);
Empresas de telecomunicações e de televisão a cabo;
Produtores de recursos naturais para a exportação e empresas cíclicas exportadoras (aço,
produtos químicos, automóveis, cimento e bens de capital). Embora a demanda para seus
produtos possa não estar atrelada a condições domésticas, exportadores ainda estão
expostos à intervenção direta e indireta de seus países de domicílio (por exemplo, taxas de
exportação, cotas de exportação, obrigações de repatriamento de recursos de exportação e
sua conversão em moeda local, etc.);
Fabricantes de produtos de consumo, incluindo bebidas;
Varejo de alimentos; e
Empresas farmacêuticas.
48. Qualquer outra indústria não listada como ‘altamente sensível’ de acordo com o parágrafo 46,
será geralmente considerada como tendo sensibilidade ‘moderada’. Os exemplos listados acima
são resumidos na tabela 1.
D. Determinando o diferencial do rating final em relação ao rating soberano
49. O diferencial final entre o rating do emissor (ou equivalente) e o rating soberano em moeda
estrangeira pode atingir o máximo diferencial para os ratings soberanos ‘B’ ou mais alto, ou resultar
da aplicação do teto de rating, para ratings soberanos ‘B-’ ou mais baixo, determinado pela tabela
2. Para se aplicar a tabela 2, determinamos primeiramente: a) o rating potencial na tabela 1; e c) o
rating soberano (domicílio ou média ponderada por exposição; veja parágrafo 55).
50. É importante notar que as entidades que passam no teste nem sempre recebem ratings até o
diferencial máximo indicado na tabela 2. Aplicamos o julgamento analítico quando determinamos o
diferencial de rating final, até o teto. Por exemplo, vamos dizer que estamos analisando uma
empresa de telecomunicações com um rating potencial quatro degraus acima do rating soberano
em moeda estrangeira, e, com base nas características de crédito individuais da empresa e no fato
de esta estar inserida em uma indústria de sensibilidade ‘moderada’, podemos decidir atribuir um
rating à entidade apenas um ou dois degraus acima do rating soberano, em razão de a empresa
negociar volumes substanciais com entidades governamentais, ou em função de haver um
histórico de restrições por parte do governo à flexibilidade de precificação da empresa.
17/32
51. Quando atribuímos ratings de recuperação ou outros aspectos estruturais à nossa análise de
rating, o rating final da emissão pode exceder aquele determinado na tabela 2, de modo a refletir
suas características estruturais. Em tais casos, permitimos a elevação do rating de emissão acima
do rating de crédito soberano em moeda estrangeira, se esperamos que as melhoras ainda podem
ser aplicadas no caso de um cenário de default do governo soberano.
52. Em alguns casos, em que os governos locais e regionais tenham sido classificados, de acordo
com o parágrafo 45, como tendo sensibilidade moderada, o diferencial máximo de rating entre os
rating de crédito soberano em moeda estrangeira e o rating de emissor (ou de emissão) recebe o
teto de três degraus. Se qualquer entidade relacionada ao governo e associada com tal governo
apresenta sensibilidade ‘moderada’, esta estará sujeita ao mesmo diferencial máximo de rating de
três degraus acima do rating de crédito soberano em moeda estrangeira. A razão para essa
abordagem diferenciada para os governos é que mesmo os governos locais e regionais com
sensibilidade ‘moderada’ estão mais vinculados à influência do governo central do que outras
indústrias cuja sensibilidade também é classificada como ‘moderada’. Além disso, aplicamos um
teste de estresse de maior severidade a fim de permitir que um rating atribuído a uma dada
entidade ou dívida atinja um intervalo de, no máximo, três degraus, em linha com o nível ‘extremo’
de estresse econômico (que definimos como um cenário de estresse ‘AAA’ em “Understanding
Standard & Poor’s Rating Definitions”, publicado em 3 de junho de 2009), mais do que meramente
um nível ‘severo’ de estresse econômico (que definimos como um cenário de estresse ‘AA’). Tal
teste de estresse seria aplicado independentemente do rating soberano atual.
53. Nossa matriz na tabela 2 vincula os ratings soberanos e a sensibilidade de uma entidade ao
risco-país, porque a qualidade de crédito do soberano pesa de maneira variada sobre todas as
entidades na jurisdição. Acreditamos que quanto mais próximo o soberano está de um distress
(avaliado como ‘B-’ ou abaixo), mais previsível é seu cenário de default real. Incorporamos isso ao
aplicarmos os tetos absolutos de nível de rating no lugar de um diferencial de rating especificado
se o rating do soberano for ‘B-’ ou mais baixo.
54. O diferencial acima do rating soberano se aplica apenas se a entidade passou no teste de
estresse (ou sujeito à análise qualitativa), conforme descrito na seção “Ratings acima do soberano:
passar ou não no teste de estresse”, por ser avaliada acima do soberano. Isto é, portanto, menos
provável se a sensibilidade ao risco-país for alta.
55. Para o propósito de aplicação da tabela 2, o rating soberano ‘relevante’ que usamos para se
determinar o diferencial de rating máximo é normalmente aquele atribuído ao país de domicílio.
Para entidades multijurisdicionais, o rating soberano relevante é: a) para instituições financeiras e
empresas de seguros, o país de domicílio (por causa do papel crítico das regulações e do
financiamento); b) para as corporações (industriais e concessionárias de serviços de utilidade
pública), uma média ponderada computada de acordo com os ratings soberanos de países onde a
empresa tenha exposições substanciais, sujeita às condições destacadas nos dois parágrafos
seguintes. No caso de governos soberanos não avaliados, aplicamos os diferenciais de rating
máximos e os níveis de rating máximos na tabela 2 com base em nossa opinião sobre a qualidade
de crédito do governo soberano.
56. Para a medida de média ponderada, geralmente consideramos todos os países que
respondem por 25% ou mais da exposição do emissor, mas aplicamos nosso julgamento quando
relevante. Por exemplo, se uma entidade corporativa tem 10% de exposição a cada um dos 10
soberanos com rating ‘B’, provavelmente consideramos o rating soberano relevante como sendo
‘B’ apesar do fato de que individualmente nenhum país seja responsável por 25% ou mais de
exposição. Alternativamente, se uma entidade corporativa tem 5% de exposição a cada um dos 20
soberanos com rating entre ‘B’ e ‘AAA’, podemos calcular uma média ponderada (a não ser que
usamos o país de domicílio, conforme mencionado acima). Quando esperamos que as exposições
projetadas sejam significativamente diferentes das históricas, usamos as exposições projetadas.
18/32
57. Para empresas, o país de domicílio pode ainda ser relevante. Podemos usar o país de
domicílio como ponto de referência em alguns casos – por exemplo, para empresas multinacionais
globalmente diversificadas que operam em um grande número de países, se acreditamos que há
uma exposição substancial a um único país. Alternativamente, a média ponderada pode ser
elevada em um degrau se todas as seguintes condições forem atendidas:



A matriz da empresa está localizada em um país com um rating soberano maior que a
média ponderada preliminar dos ratings soberanos correspondentes às suas exposições
substanciais;
Nenhum país, com um rating soberano igual a, ou maior que, a média ponderada preliminar
dos ratings soberanos, representa ou espera-se que represente mais de 20% das receitas,
EBITDA, ou ativos fixos ou outras medidas financeiras apropriadas;
A empresa tem sua principal fonte de captação de recursos (funding) no nível da empresa
holding, ou por meio de uma subsidiária financeira localizada em um país com um rating
soberano mais forte que o da empresa holding, ou se qualquer financiamento local poderia
ser muito rapidamente substituído no nível da empresa holding.
58. De forma semelhante ao exposto no parágrafo anterior, para empresas, a média ponderada do
rating soberano usada para aplicar a tabela 2 pode ser rebaixada em um degrau se nenhuma das
seguintes condições são satisfeitas:


A matriz da empresa está localizada em um país com um rating soberano inferior àquele da
média ponderada preliminar dos ratings soberanos correspondendo às suas exposições
substanciais;
A empresa tem seu funding principal no nível da empresa holding, ou por meio de uma
subsidiária financeira localizada em um país com um rating soberano mais fraco do que a
média ponderada.
Defaults soberanos de natureza técnica de curta duração
59. Se rebaixarmos um rating para ‘SD’(selective default, na sigla em inglês) em razão de um
evento de default de natureza técnica e para o qual esperamos que terá uma curta duração, ou se
rebaixarmos um rating soberano para a categoria ‘CCC’ ou para ‘D’ em antecipação a tal evento,
as entidades não soberanas podem não ser afetadas diretamente em função dos tetos dos ratings.
Em tal cenário, o ponto de referência aos ratings não soberanos, para a finalidade da aplicação da
tabela 2, seria o rating soberano pós-default, ou a camada mais alta final da faixa do rating
soberano esperado pós-default, conforme indicado em conjunto com a ação de rating soberana.
E. Entidades Vinculadas a Governos (GREs, na sigla em inglês para
Government-Related Entities)
60. A GREs estão normalmente mais sujeitas ao risco-país, e ao risco de intervenção soberana
negativa do que as entidades do setor privado, pois as GREs têm um vínculo direto com os
governos. Quando consideramos se vamos atribuir a uma GRE um rating acima do soberano,
levamos em conta as provisões contidas neste critério “Ratings Acima do Soberano” (ou critério
RAS) e também no critério de GREs, Rating Government-Related Entities: Methodology And
Assumptions, publicado em 9 de dezembro de 2010 (ou critério GRE). O critério GRE (nos
parágrafos 42-44) estabelece as condições gerais para se atribuir um rating acima do soberano a
uma GRE. O critério RAS estabelece o diferencial máximo sobre o rating soberano, bem como os
pontos específicos para o teste de estresse que aplicamos ao atribuirmos ratings acima do
soberano. As provisões especiais para os ratings das GREs dependem de estas estarem
relacionadas ao governo soberano ou a um governo local ou regional. As condições especiais a
seguir se aplicam a GREs relacionadas ao soberano e a GREs relacionadas ao governo regional.
Nota: as provisões abaixo com relação ao “diferencial de rating máximo” aborda o diferencial de
rating máximo entre o rating da GRE e o rating soberano em moeda estrangeira, nos casos em que
o governo soberano recebe um rating ‘B’ ou superior. Quando o governo soberano é avaliado
como ‘B-’ ou mais alto, aplicamos as provisões expostas na tabela 2 com relação ao rating não
soberano máximo, de acordo com a classificação de sensibilidade da GRE.
19/32
61. O critério RAS se aplica a GREs com as seguintes condições especiais:



Sensibilidade à indústria: para se aplicar a tabela 2, classificamos a sensibilidade da GRE
como sendo ‘alta’ a menos que esta satisfaça as seguintes condições: a) seu
“vínculo” (conforme determinado pelo critério GRE) é ‘limitado’, e b) a sensibilidade da
indústria para o setor da GRE é ‘moderada’, se ou pela classificação da indústria pela tabela
1 ou pelo Apêndice I.
Diferencial de rating máximo: para se aplicar a tabela 2, o diferencial de rating máximo
geralmente corresponde à determinação de sensibilidade no item 1 acima. Entretanto, para
as concessionárias de serviços de utilidade pública (definidas como aquelas com 70% ou
mais de exposição a uma única jurisdição), o diferencial máximo é de um degrau.
Para fins de esclarecimento, se a categoria de suporte do governo à GRE é ‘quase certa’ ou
‘extremamente alta’, não é necessário se aplicar nenhum teste de estresse para se alinhar
os ratings da GRE com os rating em moeda estrangeira e em moeda local do governo
soberano (para aqueles na categoria ‘quase certa’) ou com o resultado de rating da tabela 4
do critério GRE (‘extremamente alta’).
62. O critério RAS se aplica a GREs relacionadas ao governo, com as seguintes condições
especiais:


Sensibilidade à indústria: a sensibilidade da indústria segue aquela do setor da GRE, de
acordo com a tabela 1 ou o Apêndice 1, com a seguinte provisão: a sensibilidade da GRE
pode ser moderada até o ponto em que seu vínculo com o governo for ‘limitado’, ou se a
sensibilidade com o governo relacionado for ‘moderada’.
O diferencial de rating máximo: com a finalidade de se aplicar a tabela 2, o diferencial de
rating máximo é um degrau, a menos que o governo local ou regional relacionado esteja ele
mesmo dois degraus acima do soberano, caso este em que a concessionária de serviços de
utilidade pública pode receber um rating dois degraus acima do soberano. Se o governo
relacionado estiver ele mesmo três degraus acima do soberano (de acordo com o exposto
no Apêndice I), a concessionária de serviços de utilidade pública pode receber um rating
três degraus acima do rating soberano se a aplicação do critério GRE der suporte à tal
conclusão.
F. Outras situações
63. Garantias: Os diferenciais de rating máximo em relação ao soberano não se aplicam nos
casos em que as obrigações financeiras são garantidas por uma contraparte com rating superior
àquele atribuído às obrigações principais do soberano, quando o garantidor estiver localizado fora
da jurisdição onde a garantia satisfaz nosso critério de garantia de dívida de crédito (veja
Guarantee Criteria – Structured Finance, publicado em 7 de maio de 2013. )
64. Suporte implícito do grupo: Quando o emissor em questão é uma subsidiária, aplicamos
nosso Group Rating Methodology, publicado em 19 de novembro de 2013, para determinarmos se
a entidade pode receber um rating acima do soberano, e em quantos degraus, dependendo de
nossa opinião sobre a probabilidade de esta receber suporte do grupo durante um evento de
estresse soberano futuro.
20/32
65. Emissões ou transações com menos de 10% de exposição à jurisdição de domicílio:
Estas não são restritas pela tabela 2, com base em sua jurisdição de domicílio. Entretanto, quando
tais entidades apresentam exposição significativa, concentrada fora de sua jurisdição de domicílio,
aplicamos tetos relevantes a tais exposições. Por exemplo, se uma instituição financeira estiver
domiciliada em um país em que esta tenha uma exposição de apenas 5%, porém tenha exposição
maior que 35% a outro país com rating abaixo do rating potencial da entidade, então, ainda assim,
aplicaríamos um teste de estresse associado ao cenário de default soberano em tal país (de não
domicílio), e podemos aplicar tetos de rating a tais exposições.
G. Avaliação de transferência & conversibilidade (T&C)
66. O passo final na aplicação deste critério (apenas para ratings em moeda estrangeira) é
considerar se o rating é restringido pela avaliação de transferência e conversibilidade (Transfer &
Conversibility – T&C). Essa avaliação reflete a avaliação da Standard & Poor’s sobre a
probabilidade de um governo soberano restringir o acesso de uma entidade não soberana à moeda
estrangeira que esta necessita para cumprir o serviço de sua dívida. Os ratings em moeda local
não são restringidos pela avaliação.
67. Os parágrafos abaixo especificam certos testes para considerar os ratings acima da avaliação
de T&C. Entretanto, com respeito ao país de domicílio, também analisamos as considerações
legais, regulatórias e outras qualitativas. Tais considerações podem levar, por sua vez, a restrições
de ratings sobre a avaliação de T&C para o país de domicílio, independentemente da exposição da
entidade ao país.
68. Para ratings soberanos ou avaliações de T&C na categoria ‘B’ ou mais alta, os ratings em
moeda estrangeira de qualquer entidade que obtenha 90% ou mais de sua exposição de uma
única jurisdição geralmente terá um teto equivalente à avaliação de T&C daquela jurisdição.
Entretanto, se a entidade for uma corporação não financeira, esta poderá ter um rating em moeda
estrangeira até um degrau acima da avaliação de T&C, se esta atender a todas as seguintes
condições (para casos em que possamos considerar mais de um degrau acima da avaliação de
T&C, veja outros fatores mitigantes no seguinte parágrafo):




Obtém suas receitas principalmente de exportações;
Estabeleceu contas offshore para capturar vendas de exportação;
Tem fortes incentivos para continuar pagando sua dívida estrangeira mediante um cenário
de estresse, julgado pelo grau de integração ao sistema de comércio global e dos mercados
de capitais (ou seja, a diversificação geográfica de sua base de clientes, registro de dívida
estrangeira e/ou ações, e um histórico em crises econômicas anteriores, se relevante);
Passar nosso teste de estresse de T&C (além de atender o padrão de teste de estresse
para ratings acima do soberano; veja a seção “Ratings acima do soberano: passar ou não
no teste de estresse - Pass/Fail”), significando que acreditamos que a entidade ainda
poderia cumprir o serviço de sua dívida se a) assumíssemos que apenas 25% das receitas
de exportação estariam disponíveis para o serviço da dívida, em razão das exigências de
repatriamento das exportações; b) os 75% restantes das receitas de exportação, e qualquer
outro fluxo de caixa gerado domesticamente e os ativos não estariam disponíveis para o
serviço da dívida em moeda estrangeira; e assumíssemos que o acesso é restrito à moeda
estrangeira disponível para material importado e bens de capital importados.
69. Atenuantes estruturais para o risco de T&C, que poderiam levar a um rating mais que um
degrau acima da avaliação de T&C, incluindo o seguro contra risco político, ou uma transação de
project finance com mecanismos estruturais que mitiguem o risco de T&C ao segregar os
recebíveis em moeda estrangeira em contas offshore. Também para empresas não financeiras, de
acordo como nosso Group Rating Methodology (seção de metodologia IX: “Grupos Corporativos”),
podemos considerar um suporte implícito de uma matriz estrangeira, em certos casos, que dê
suporte a um degrau acima da avaliação de T&C (se a entidade é “core” para a matriz, e se o
rating soberano ou a avaliação de T&C for ‘B-’ ou inferior).
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70. Quando o rating em moeda estrangeira do governo soberano, ou a avaliação de T&C do
governo soberano for ‘B-’ ou inferior, podemos, alternativamente, decidir que há um cenário T&C
específico ao país, semelhantemente ao exposto no parágrafo 40 para o cenário de teste de
estresse soberano. Tal cenário pode concluir que, por exemplo, poderia haver restrições T&C mais
duras (exemplo, sem receitas de exportações permitidas para serem mantidas offshore para o
serviço da dívida), ou potencialmente restrições menos severas, tais como isenções específicas
para certas indústrias.
71. Para entidades com menos de 90% de exposição a uma única jurisdição, aplicamos a estrutura
indicada na tabela 4 para determinarmos se uma entidade poderia receber um rating acima da
avaliação de T&C daquela jurisdição, e se, por isso, até quantos degraus. Para entidades com
exposição entre 25% e 90% a uma única jurisdição, exigimos um teste de estresse para um evento
de T&C. Nesse teste de estresse, assumimos que o fluxo de caixa gerado domesticamente e os
ativos não estarão disponíveis para o serviço da dívida em moeda estrangeira, nem para pagar as
importações de matéria-prima ou bens de capitais. Entretanto, para exportações, assumimos que
25% das receitas de exportação estressadas permanecem disponíveis em moeda forte para o
serviço da dívida, e 10% das receitas de exportações permanecem disponíveis para pagar
importações de matéria-prima ou bens de capital.
Tabela 4 - Determinando o Efeito do Rating da Avaliação de Transferência & Conversibilidade
Exposição à >90%, Vende
Jurisdição
Domesticamente
>90%, Exportadores
70%-90%
50%-70%
25%-50%
<25%
Teste de
estresse para
Não
evento de
T&C
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Teto do
rating
Até um degrau acima
do T&C, se passar no
teste de estresse; teto
no nível do T&C se não
passar no teste de
estresse
Até um degrau
acima do T&C, se
passar no teste de
estresse; teto no
nível do T&C se
não passar no
teste de estresse
Até dois degraus
acima do T&C, se
passar no teste de
estresse; teto no
nível do T&C se
não passar no
teste de estresse
Nenhum teto se
passar no teste
de estresse; teto
Nenhum
no nível do T&C
se falhar no teste
de estresse
T&C
Nota: Nesta tabela, todas as referências ao teste de estresse referem-se ao evento de T&C.
72. Portanto, até o ponto em que a entidade não entrar em default em suas obrigações em moeda
estrangeira durante um teste de estresse de T&C de um único país (ou teste de estresse de T&C
de exportador, quando relevante), o rating em moeda estrangeira da entidade poderá ser:



Até um degrau acima da avaliação de T&C daquela jurisdição para não exportadores com
70% a 90% de exposição derivada daquela jurisdição ou exportadores com exposição acima
de 90%;
Até dois degraus acima da avaliação de T&C daquela jurisdição (50% a70% de exposição);
ou
Nenhum limite relativo à avaliação de T&C (abaixo de 50% de exposição).
73. O teste de T&C se aplica apenas aos ratings em moeda estrangeira; os ratings em moeda local
não são restringidos pela T&C. Por outro lado, os ratings em moeda local não refletem os riscospaís relevantes, com exceção de T&C. Os ratings de crédito de emissor em moeda estrangeira
atribuídos a entidades domésticas não soberanas são geralmente inferiores: a) ao rating em
moeda local do emissor ou b) à avaliação de T&C, a menos que o rating possa exceder a
avaliação de T&C como exposto no parágrafo anterior.
22/32
APÊNDICE I
74. Em referência à tabela 1 e aos parágrafos 44 e 45, classificamos os seguintes setores para os
países listados como tendo sensibilidade ‘moderada’, em vez de ‘alta’:
Governos estaduais e locais, Estados Unidos
75. Fundamentos: As seguintes características distinguem os governos locais e estaduais dos
Estados Unidos de seu governo federal, e também demonstram autonomia e relativa estabilidade
de receitas, mesmo diante de condições de estresse.









Estrutura legal excepcionalmente forte e previsível autonomia de governo; longo histórico de
proteção da estrutura institucional. Responsabilidade pela prestação de uma ampla gama de
serviços – e a autoridade para cobrar impostos suficientes para financiar suas provisões –
mantém os estados da União sob a 10a Emenda Constitucional. O sistema federal nos
Estados Unidos outorga poder aos estados como se fossem entidades soberanas. As
entidades locais são governadas pelas leis estaduais. Os direitos dos estados e seus
poderes foram estabelecidos de baixo para cima, criando uma única e distante relação entre
o governo federal e as formas de governos locais e estaduais.
Não há histórico de intervenção direta negativa pelo governo federal nas entidades
estaduais e locais governamentais nos Estados Unidos.
Autonomia excepcionalmente forte de tomada de decisão/coleta de receitas/ajustes de
gastos.
O arranjo do federalismo fiscal dos Estados Unidos encoraja a disciplina fiscal, fazendo com
que os governos estaduais e locais fortemente internalizem os custos de decisões fiscais
discricionárias. Essa disciplina está bem embutida e evidenciada pelas políticas fiscais, tais
como as exigências de orçamentos equilibrados.
Alavancagem relativamente baixa dos governos estaduais e locais dos Estados Unidos.
A estrutura de dívida para os governos locais e estaduais fornecem força significativa
durante os cenários de estresse. A dívida é geralmente amortizada, e quase todos os
ratings de public finance dos Estados Unidos são ratings de emissão, o que reflete
estruturas de títulos específicas, receitas dedicadas, provisões legais que oferecem
prioridade de pagamentos para os detentores de títulos em uma base de preferência, e
frequentemente têm um cenário de estresse embutido (prioridade, cobertura e limites de
alavancagem).
Forte desempenho de crédito ao longo do tempo. Os ratings de public finance dos Estados
Unidos têm suportado um cenário de estresse ‘AAA’ com um desempenho relativamente
forte: um default no nível estadual durante a Grande Depressão e pouquíssimos defaults no
nível local ao longo do tempo.
Flexibilidade de receitas e gastos muito grande. Os governos estaduais têm autonomia
sobre sua estrutura fiscal, incluindo a composição de sua base de impostos,
estabelecimento de taxas e coleta de tributos. Os governos locais nos Estados Unidos
obtêm a maioria de suas receitas (geralmente entre 60%-70%) dos impostos de propriedade
locais. Os impostos de propriedade não são imediatamente refletidos nos valores da
propriedade em razão do atraso nas reavaliações das propriedades; e 2) a flexibilidade dos
governos locais para compensar o declínio do valor mediante autonomia no estabelecimento
de taxas ou tributos.
Dependência limitada de funding federal direto. Funding direto do governo federal
representa apenas cerca de 4% do total das receitas do governo local, muito do qual
representa fundos designados para os gastos de capital. Embora os estados tenham uma
forte dependência de funding federal, a principal área de integração fiscal com o governo
federal é o Medicaid, que é um programa voluntário.
76. Apesar das características acima, os governos estaduais e locais dos Estados Unidos são
limitados a três degraus acima do governo soberano. Um governo individual necessitaria
demonstrar resiliência a um teste de estresse ‘extremo’ para se qualificar para mais de dois
degraus acima do governo soberano.
23/32
Educação superior, escolas independentes, Estados Unidos
77. Fundamentos: As universidades nos Estados Unidos têm demonstrado capacidade provada de
suportar fontes de receitas declinantes, variação no valor dos fundos, mudança de demografia e
várias pressões competitivas ao longo dos ciclos econômicos. As universidades nos Estados
Unidos são entidades autônomas e têm operado sem qualquer intervenção governamental
negativa e mantêm total autoridade para implementarem ajustes necessários para responder a
climas econômicos cambiantes. Essas instituições operam separadamente do governo estadual ou
federal. Entretanto, as universidades públicas (aquelas associadas com, ou financiadas por
governos locais ou estaduais) são limitadas a três degraus acima do soberano, o mesmo que o
governo relacionado; uma universidade individual precisaria demonstrar resiliência a um teste de
estresse ‘extremo’ para se qualificar a mais de um degrau acima do soberano.
78. Universidades privadas e escolas independentes são tratadas igualmente a outras empresas
de setores de ‘sensibilidade moderada’; estas podem se qualificar para quatro degraus acima do
soberano.
Sem fins lucrativos, Estados Unidos
79. Fundamentos: a sensibilidade das entidades sem fins lucrativos dos Estados Unidos é
considerada ‘moderada’ em razão dos normalmente elevados fundos e de uma capacidade
demonstrada de desempenho diante de vários ciclos econômicos. Entretanto, uma entidade
individual sem fins lucrativos precisaria demonstrar resiliência ao teste de estresse ‘extremo’ para
se qualificar a dois degraus acima do soberano.
80. A Standard & Poor’s pode periodicamente atualizar este Apêndice adicionando reclassificações
setoriais específicas ao país.
APÊNDICE II: Dados e detalhes adicionais para “Cenários de Default de
Soberano”: base para teste de estresse para ratings acima do soberano
Queda no PIB ao longo do período de pico ao de baixa do ciclo (PTT, na sigla em inglês para
peak-to-trough)
81. Veja Understanding Standard & Poor’s Ratings Definitions, publicado em 3 de junho de 2009,
Apêndice 4. No cenário de estresse ‘AA’, indicamos uma queda no PIB de 15% e no cenário de
estresse ‘A’, indicamos uma queda no PIB de até 6%. No artigo citado acima e no caso mais
recente da Grécia, também observamos as quedas no PIB a seguir para eventos de estresse de
soberano selecionados:




México, 1994: 15%;
Tailândia, 1997: 12,5%
Rússia, 1998: 9,1% e
Grécia, 2011:, 7,1%
82. Escolhemos uma queda do PIB de um ano de 6%-10% para o teste de estresse do soberano
no critério para o rating acima do soberano – pior do que o cenário de estresse ‘A’, mas que não
atinge o máximo indicado no cenário de estresse ‘AA’.
Movimentos cambiais (todos os setores)
83. Nosso cenário prevê uma perda de 50% do valor em relação à moeda-padrão relevante
(US$/Euro). Essa severidade é maior que os movimentos entre 30%-40% observados em
setembro e outubro de 2008, porém mais branda que os movimentos de 70% ou mais observados
durante as crises soberanas durante as quais uma moeda não segue mais uma taxa de câmbio
fixa.
24/32
Exemplos históricos de uma perda de valor de 30%-40%



Brasil, 2008 – O real brasileiro perdeu 33% de seu valor em relação ao dólar.
México, 2008 – o peso mexicano perdeu 30% de seu valor em relação ao dólar.
Brasil, 2002, após o defult argentino e diante das incertezas em relação às possíveis
políticas que seriam adotas pelo governo de Lula – o real perdeu 41% de seu valor em
relação ao dólar.
Exemplos de perda de valor de 50%

México, 1994-1995 – A crise “Tequila”.
Exemplos de perda de valor de mais de 70%



A crise Argentina, 2001-2002 – O peso perdeu 71% de seu valor em relação ao dólar,
saindo de uma taxa de câmbio fixa.
Indonésia, 1998 – A rúpia perdeu 75% de seu valor
Rússia, 1998 – O rublo perdeu 74% de seu valor
Acesso a funding internacional (todos os setores)
84. Nosso cenário indica que as entidades não teriam acesso a funding internacional, nem de
bancos internacionais nem dos mercados de capitais (e para bancos, aos depósitos de atacado)
por um ano. As linhas com vencimento de curto prazo ou longo prazo ou emissões de títulos
necessitariam ser pagas por meio do fluxo de caixa, outras formas de liquidez ou fontes de
financiamento doméstico. A exceção se aplica às linhas bancárias para as quais não esperamos
cláusulas ou gatilhos de “cláusulas MAC” no caso de cenário de default de soberano. Isso se
baseia no seguinte fundamento: as fontes não domésticas de financiamento se exaurem
rapidamente diante de uma crise soberana.
Acesso ao financiamento doméstico (todos os setores)
85. Nosso cenário assume que não haverá nenhum acesso aos mercados de capitais. Na
referência para o funding bancário, esperamos que as taxas de juros nominais locais sejam
dobradas. Para as emissões em grau especulativo, assumimos que financiamento bancário estaria
disponível apenas para a renovação de linhas bancárias domésticas de curto prazo. Para
emissores em grau de investimento, assumimos que o financiamento bancário estaria disponível
para a dívida com vencimento de longo prazo. O fundamento para isso é que esperamos que a
disponibilidade esperada de crédito será cortada em linha com a liquidez/questões de funding nos
bancos domésticos.
Valor da posição líquida/ativos investidos em títulos do governo local, bancos locais, e
empresas domésticas
86. Assumimos um haircut de 60% no valor ao par dos títulos do governo em moeda estrangeira.
Essa mudança em relação à nossa proposta na solicitação de comentários (quando assumimos
um haircut de 70%) foi acompanhada de comentários que apontavam que a severidade dos
resultados de perdas em razão de default da Grécia e da Argentina foi atípica para os defaults de
soberano. Reexaminamos os dados de estudos, tais como o estudo de FMI realizado por
Sturzenegger e Zettelmeyer, Haircuts: Estimating Investor Losses in Sovereign Debt
25/32
Restructurings, 1998-2005, publicado em 2005. Nesse estudo, os haircuts apresentados foram
considerados significativos, embora a maioria deles não foi tão severa quanto nossa premissa de
haircut original de 70% (Rússia em cerca de 60%, Ucrânia 40%, Paquistão 30%, Equador 60%,
Argentina 70% e Uruguai 30%). A premissa de haircut que usamos permanece bastante
significativa, reconhecendo o provável desconto de mercado severo nos casos de entidades
necessárias para vender os títulos de dívida doméstica para cobrir as necessidades de cobertura
de liquidez imediatas.
87. Para os países onde os ratings soberanos em moeda local e estrangeira diferem em dois
degraus, o cenário B pede um haircut de 40% no valor ao par dos títulos do governo em moeda
local de longo prazo, e um haircut de 50% ao valor ao par para o diferencial de um degrau entre os
ratings soberanos em moeda local e em moeda estrangeira. Os títulos do governo em moeda local
de curto prazo (com vencimento em menos de um ano) não perdem tanto valor. Assumimos um
haircut de 25% para um diferencial de dois degraus, e de 30% para o valor ao par do diferencial de
um degrau.
88. Nossas premissas para os haircuts de títulos não soberanos são:




Dívida bancária sênior e dívida dos governos locais e regionais são tratadas de forma
semelhante às premissas de títulos do governo soberano em moeda estrangeira, porque os
bancos geralmente negociam em linha com o soberano e considera-se que tenham uma alta
correlação de default com o soberano;
Assume-se que a dívida sênior corporativa obtém um haircut de 60% no valor de face, para
o propósito de teste de liquidez, o qual está em linha com as premissas que utilizamos em
nosso critério de valor de mercado (MV) (Veja Metodologia e Premissas para os Títulos de
Valor de Mercado, publicado em 17 de setembro de 2013). Por outro lado, assumimos um
haircut de 30% no valor de face, com o propósito de nosso teste de capital, para melhor
alinhar as premissas de empréstimos problemáticos (Nonperforming Loans ou NPLs) para
os bancos (20% de NPLs com uma perda em razão de default (LGD) de 70% para os
empréstimos unsecured e 50% para os empréstimos secured).
Assume-se que as securitizações (RMBS, CMBS e ABS) obtenham um haircut de 30% no
valor de face, com o propósito de nosso teste de capital, refletindo o fato de que as
securitizações em um dado país tendem a ser avaliadas acima do soberano, o que indica
que esperamos uma resiliência significativa dessas classes de ativos em um cenário de
default soberano.
Assumimos que os covered bonds tenham haircut semelhantes para os títulos de bancos e
soberanos para nosso teste de liquidez (40% de haircut ao par), e premissas semelhantes
para os ativos de cover pools com o propósito de nosso teste de capital (60% de haircut ao
par para títulos de governos locais e regionais, 30% de haircut ao par para os títulos de
RMBS/CMBS/ABS).
Controles de preço
89. Esperamos um congelamento de taxas/preços das concessionárias de serviços de utilidades
públicas por um ano. O fundamento disso é que os controles de preços são comuns durante
depreciações cambiais severas e em tempos de crise econômica. Exemplos disso são: o
congelamento do preço de longo prazo ou controles de preços para as concessionárias de gás e
de eletricidade; os congelamentos de taxas de concessionárias de serviços de utilidade pública, na
crise de 1997-1998; controles de preços nas tarifas de concessionárias de serviços de utilidades
públicas e de gêneros alimentícios básicos da Venezuela; e os controles de preços durante a crise
“Tequila” de 1994 do México (tarifas de pães e de concessionárias de serviços de utilidade
pública).
Empréstimos problemáticos (NPLs)
90. Esperamos que os NPLs aumentem até pelo menos 20% dos empréstimos totais. De acordo
com o World Bank Database of Banking Crises
(http://www1.worldbank.org/finance/World_Bank_Database_of_Banking_Crises_October_6_2003.xls),
26/32
30% foi o pico típico atingido durante a crise da Ásia em 1997-1998 (Malásia, 30%; Coreia, 35%; e
Tailândia, 33% ; embora a Indonésia tenha atingido 70%). Outros pontos de dados: Argentina, 20%
(2002); Uruguai, 25% (2002); Brasil, 15% (1999); Costa Rica, 32% (1996); México, 18,9% (1995).
De acordo com os dados do Banco Mundial para a Grécia, os NPLs em relação aos empréstimos
totais brutos atingiram 11,5% em 2011, e estimamos que os NPls na Grécia atinjam 20%-25% até
o final de 2012.
Run-off de depósitos (fuga de depósitos)
91. Assumimos que os bancos domésticos vivenciariam um run-off de depósitos significativo no
período anterior, durante ou posterior a um evento de default de soberano, como a seguir: 15% de
depósitos de varejo e 25% de depósitos de atacado domésticos (run-off de depósitos de atacado
internacionais deveria ser de 100%, ou sejam os depósitos a prazo não são renovados assim que
vencem). A base para essa premissa são as saídas de depósitos observadas em cenários de
estresse de soberano, incluindo: no Uruguai, atingiram 33% dos run-off de depósitos em 2002; na
Argentina atingiram 18% em 2001 antes do congelamento de depósitos; e na Grécia atingiram 37%
do run-off ao longo do período de pico ao de baixa do ciclo (de dezembro de 2009 a junho de
2012).
APÊNDICE III: Mudanças em comparação com o critério anterior
92. As principais mudanças com relação ao critério da União Monetária Europeia são:




Mudamos certas classificações de sensibilidade da indústria ao risco-pais, tais como:
eliminamos a classificação de ‘baixa sensibilidade’; consideramos as empresas de seguros
de ramos elementares como tendo uma sensibilidade ´moderada´ em comparação com a
classificação de ´alta´ sensibilidade presente no critério da União Monetária Europeia; e
trazendo os governos locais e regionais e as empresas de public finance para dentro dessa
estrutura, como sendo setores que geralmente apresentam ´alta´ sensibilidade ao riscopaís. Também permitimos que as determinações da indústria específicas ao país, tais como
movendo de ‘alta’ para ‘moderada’, ou de ‘moderada’ para ‘alta’, em uma base específica ao
país (tais como essas determinações aparecem no Apêndice I).
O teste de estresse para atribuirmos um rating a entidades não soberanas acima do rating
de seu governo soberano é novo como um requisito explícito, mesmo para entidades
baseadas na União Monetária Europeia. Ao mesmo tempo, o critério inclui um diferencial de
rating mais amplo entre a entidade não soberana e o governo soberano relacionado para
sensibilidades ‘moderadas’ e ‘alta’.
Para ratings corporativos não financeiros, ampliamos a definição de exposição ao país.
Consideramos a medida relevante para uma indústria particular ou setor, que pode ser
EBITDA, receitas, ou outras medidas baseadas em volume, quando apropriado.
Também para ratings corporativos, agora geralmente determinamos o rating soberano em
moeda estrangeira referenciado para entidades que operam em múltiplas jurisdições,
usando uma média ponderada de ratings soberanos em moeda estrangeira para os países
onde a entidade está exposta de forma significativa; entretanto, há certas situações em que
o domicílio é a referência.
93. Para entidades fora da União Monetária Europeia, as principais mudanças em relação ao
critério anterior são:


Para entidades que passam no teste de estresse, introduzimos mais especificidade ao
diferencial máximo de rating do soberano, dependendo da sensibilidade da indústria ao
risco-país. Poderíamos avaliar uma entidade em até dois degraus acima do soberano se a
entidade estivesse em uma indústria que consideramos de ‘alta’ sensibilidade ao risco-país,
ou até quatro degraus se considerarmos que a indústria apresenta sensibilidade ‘moderada’
ao risco-país.
Introduzimos mais especificidades em relação às premissas para um teste de estresse para
o rating não soberano superior àquele do soberano na categoria ´A+` e abaixo (veja tabela
3).
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

Para empresas de seguros, há um foco maior nos riscos associados com o cenário de
default em moeda estrangeira do soberano e o diferencial de rating de seguradora ante o
rating em moeda estrangeira do soberano. Acreditamos que embora a maioria das
seguradoras tenha investimentos denominados em moeda local e obrigações de apólices,
as seguradoras ainda seriam afetadas de maneira significativa pelo estresse econômico que
pode acompanhar um default de soberano em moeda estrangeira. Por exemplo,
esperaríamos uma perda significativa do valor de mercado no título doméstico, nas ações, e
nas carteiras imobiliárias, uma queda significativa nos volumes de novos negócios, e para o
setor de seguro de vida, um aumento nas extinções de apólices (policy lapses). Além disso,
desde que não assumimos nenhum acesso aos mercados de capitais, as seguradoras
dependentes do acesso ao mercado de capitais experimentariam uma queda significativa na
disponibilidade de crédito.
Também adicionamos mais especificidades ao nosso critério para possíveis ratings acima
da avaliação de T&C. As entidades com 50% ou mais de receitas advindas de fontes
domésticas, incluindo exportadores que produzem exportações a partir de uma base de
ativos local, podem ser capazes de ter um rating em moeda estrangeira acima da avaliação
de T&C sujeito a certos testes de estresse e a tetos de rating. Os exportadores que
produzem exportações a partir de uma base de ativos locais podem ter um rating em moeda
estrangeira um degrau acima da avaliação de T&C mesmo com 90% de exposição a um
único país, sujeito a restrições detalhadas na seção de T&C.
Critérios e Artigos Relacionados

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
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


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

Country Risk Assessment Methodology And Assumptions, 19 de novembro de 2013
Group Rating Methodology, 19 de novembro de 2013
Corporate Methodology, 19 de novembro de 2013
How Standard & Poor's Intends To Finalize--And Apply--Its Ratings Above The Sovereign
Corporate And Government Criteria, 15 de novembro de 2013
Standard & Poor's Ratings Definitions, 24 de outubro de 2013
Request For Comment: Methodology And Assumptions For Ratings Above The Sovereign-Single Jurisdiction Structured Finance, 14 de outubro de 2013
Assessing Bank Branch Creditworthiness, 14 de outubro Oct. 14, 2013
Methodology And Assumptions For Market Value Securities, 17 de setembro de 2013
Update On Proposed Criteria For Ratings Above The Sovereign For Corporate And
Government Entities, 19 de agosto de 2013
Guarantee Criteria--Structured Finance, 7 de maio de 2013
Principles Of Credit Ratings, 16 de fevereiro de 2011
Stand-Alone Credit Profiles: One Component Of A Rating, 1 de outubro de 2010
Understanding Standard & Poor's Rating Definitions, 3 de junho de 2009
Critérios totalmente substituídos:

Criteria Update: Factoring Country Risk Into Insurer Financial Strength Ratings, 11 de
fevereiro de 2003
28/32
Critérios parcialmente substituídos:








Insurers: Rating Methodology, 7 de maio de 2013 (Seção D3 "Rating An Insurer Above The
Sovereign Rating," parágrafos 199-200)
U.S. Local Governments General Obligation Ratings: Methodology And Assumptions, 12 de
setembro de 2013 (parágrafo 13 foi atualizado para referir a este critério , no lugar da
solicitação de comentário "Methodology And Assumptions: Request For Comment: Ratings
Above The Sovereign--Corporate And Government Ratings," 12 de abril de 2013)
Banks: Rating Methodology And Assumptions, 9 de novembro de 2011 (Seção C, "Rating
Banks Above The Sovereign," parágrafos 209-210)
U.S. State Ratings Methodology, 3 de janeiro de 2011 (Seção A, 2, "Relationship to
sovereign rating," parágrafo 19, foi atualizado para referir os requisitos deste critério)
Nonsovereign Ratings That Exceed EMU Sovereign Ratings: Methodology And
Assumptions," 14 de junho de 2011 (todas as seções são substituídas, com respeito aos
ratings corporativos e de governo)
Rating Government-Related Entities: Methodology And Assumptions, 9 de dezembro de
2010 ("Rating a GRE above the rating on its government", parágrafos 42 e 43 são
parcialmente substituídos, com respeito à Tabela 3, Sovereign Default Scenario Stress
Tests, e parágrafos 60-62, Government Related Entities; parágrafo 45, com respeito ao teto
para a avaliação do T&C.)
Methodology: Rating A Regional Or Local Government Higher Than Its Sovereign, 9 de
setembro de 2009 (paraágrafo 13 está atualizado para se referir às exigências deste critério,
com respeito ao diferencial de ratings entre o rating dos governos locais e regionais e o
rating de seu respectivo governo soberano; parágrafo 15 está atualizado com referência à
tabela e deste artigo com respeito à características específicas de nossa análise de cenário
de estresse soberano para a LRG a ser avaliado acima do soberano)
Criteria For Determining Transfer and Convertibility Assessments, 18 de maio de 2009 (as
seções "Ratings Above TheSovereign's" e "Ratings Above the T&C Assessment" foram
substituídas, com respeito aos ratings de empresas e de governos)
94. Este critério representa a aplicação específica dos princípios fundamentais que definem o risco
de crédito e as opiniões de rating. O uso dele é determinado pelos atributos específicos do emissor
ou da emissão, bem como pela avaliação da Standard & Poor’s Ratings Services do crédito e, se
aplicável, dos riscos estruturais para um determinado rating de emissor ou de emissão. As
metodologias e premissas podem mudar ocasionalmente, como resultado de condições de
mercado e econômicas, de fatores específicos do emissor ou da emissão, ou de novas evidências
empíricas que afetariam nosso julgamento de crédito.
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inclusive, balanços financeiros auditados do Ano Fiscal, informações financeiras trimestrais,
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relatórios de análises dos aspectos econômico-financeiros (MD&A) e similares da entidade
avaliada e/ou de sua matriz. Além disso, utilizamos informações de domínio público, incluindo
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ou outros reguladores, bolsas de valores, e outras fontes públicas, bem como de serviços de
informações de mercado nacionais e internacionais.
Aviso de ratings ao emissor
O aviso da Standard & Poor’s para os emissores em relação ao rating atribuído é abordado na
política “Aviso de Pré-Publicação aos Emissores”.
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Frequência de revisão de atribuição de ratings
O monitoramento da Standard & Poor’s de seus ratings de crédito é abordado em:


Descrição Geral do Processo de Ratings de Crédito (seção de Revisão de Ratings de
Crédito) http://www.standardandpoors.com/ratings/articles/pt/la/?
articleType=PDF&assetID=1245338484985
Política de Monitoramento http://www.standardandpoors.com/ratings/articles/pt/la/?
articleType=PDF&assetID=1245319078197
Conflitos de interesse potenciais da S&P Ratings Services
A Standard & Poor’s Brasil publica a lista de conflitos de interesse reais ou potenciais em “Conflitos
de Interesse — Instrução Nº 521/2012, Artigo 16 XII” seção em www.standardandpoors.com.br.
Faixa limite de 5%
A S&P Brasil publica em seu Formulário de Referência apresentado em
http://www.standardandpoors.com/ratings/br-disclosure/pt/la o nome das entidades responsáveis
por mais de 5% de suas receitas anuais.
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