O colonizador europeu ao deparar-se com os

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A IDENTIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA DIANTE DO RACISMO
COLONIAL
O colonizador europeu ao deparar-se com os africanos formulou, conforme Mogobe
Ramose, um questionamento se o outro seria um animal com aparência humana. Tal
observação contém uma consequência racista e especista que essa comunicação
pretende problematizar com o intuito de discutir a questão da identidade no âmbito do
racismo colonial. Este racismo pretende normatizar quem seria humano por meio de um
ideal humanista que, para Ramose, reduz as potencialidades a partir de uma “condição
humana”. Para objetar essa redução de identidades, Achille Mbembe na Crítica da
Razão Negra problematiza a mente colonial em que atribui a figura do Negro como
aquele que simboliza ao mesmo tempo o humano/animal e, por isso, consolida-o como
testemunho vivo do imenso “caixão vazio” dos territórios permeados pela
Necropolítica. Portanto, essa comunicação articula, por meio da filosofia de Mogobe
Ramose e Achille Mbembe, a construção entre a identidade e racismo na normatização
de uma “condição humana” colonial.
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