trade-0ff inflação e desemprego e o programa bolsa

Propaganda
TRADE-0FF INFLAÇÃO E DESEMPREGO E O PROGRAMA BOLSA
FAMÍLIA: UMA ANÁLISE DAS VARIÁVEIS ECONÔMICAS NO ESTADO DE
MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 2004 A 2010.
Francielle Evllin de Oliveira1
Roberta Cristine Mendes Queiroz 2
Luciana Maria Costa Cordeiro 3
Tânia Marta Maia Fialho4
Resumo
O presente artigo tem como objetivo desenvolver uma análise sobre o processo
evolutivo do programa Bolsa Família, observado entre os municípios do Estado
de Minas Gerais no período de 2004 a 2010. Para efeitos de análise,
considera-se o fato deste programa apresentar, por hipótese, relação de
causalidade positiva como o rendimento da população ocupada no Estado,
bem como, relação negativa de causalidade com o nível de desemprego
observado em Minas Gerais, ao longo do período observado. Tendo em vista
responder a tais pressupostos, o artigo encontra-se subdividido em três
seções, além de uma breve introdução. Na primeira seção apresentam-se os
argumentos teóricos referentes à curva de Phillips, demonstrando a relevância
das variáveis exógenas, no caso o programa bolsa família, como promotor de
variações na relação entre os preços e o emprego da economia mineira; na
segunda seção são apresentados os principais aspectos da economia mineira
no que diz respeito a suas variáveis de interesse, como rendimento médio,
desembolsos com o programa bolsa família, índice de desigualdade, dentre
1
Acadêmica do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes) Montes Claros, MG Brasil /Bolsista de Iniciação Cientifica- FAPEMIG.
[email protected]
2
Acadêmica do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes) Montes Claros, MG Brasil /Bolsista de Iniciação Cientifica Voluntária/UNIMONTES.
[email protected]
3
Professora do departamento de Ciências Econômicas- UNIMONTES - Doutora em Economia pela
UFMG. ([email protected])
4
Professora do departamento de Ciências Econômicas- UNIMONTES - Doutora em Economia pela
UFMG. ([email protected])
outros aspectos que permitem observar sua caracterização de maneira mais
específica. Na última seção, apresenta-se a análise empírica dos dados, com
destaque para o modelo econométrico de regressão múltipla, com base em
teste simples de hipóteses. Por fim constata-se uma relação de causalidade
negativa entre o nível de renda na ocupação e desemprego, bem como uma
relação de causalidade positiva entre o desempenho do programa bolsa família
e o índice de desemprego no Estado de Minas Gerais.
Palavras chaves: bolsa família, renda, emprego.
Abstract
This article is mainly aimed to develop an analysis of the evolutionary process
of the Bolsa Familia program, observed between the municipalities of Minas
Gerais in the period 2004-2010. For analysis purposes, we consider the fact
that this program provides, by hypothesis, positive causal relationship as the
income of the employed population in the state, but also presents a negative
causal relationship with the level of employment observed in Minas Gerais,
along observed period. In order to respond to such assumptions, the paper is
divided into three sections, as highlighted: the first section presents the
theoretical arguments regarding the Phillips curve, demonstrating the relevance
of the exogenous variables, where the family allowance program, as promoter
variations in the relationship between prices and employment of the State
economy; in the second section the main aspects of the mining economy are
presented with respect to their variables of interest for this study, such as
average income, disbursements with the family allowance program, index of
inequality, among other aspects that allow us to observe its characterization so
more specific. The last section presents the empirical data analysis, with
emphasis on econometric multiple regression model, based on simple
hypothesis testing. Finally confirm the assumptions considered throughout the
work, though there is a negative causal relationship between the level of income
in the occupation and unemployment, as well as a positive relationship of
causality in the relationship between the performance of the scholarship
program and the index family unemployment in the State of Minas Gerais.
Key-words: bolsa familia, income, employment.
1- Introdução
Ao longo do tempo observa-se uma ampliação dos pressupostos teóricos, com
base em vertentes econômicas que têm defendido uma relação de causalidade
positiva entre o desemprego e o nível de preços da economia. Para tanto,
pressupõe-se que quanto maior o estímulo à demanda agregada, oriunda do
maior rendimento, maior a tendência à elevação de preços das economias de
modo geral. Para este contexto, a teoria econômica desde a década de 1960
vem estudando tal relação, como um trade-off entre preços e desemprego.
Tais correntes de pensamento econômico, também têm buscado explicações
plausíveis, para compreensão dos vários fatores que podem explicar o
comportamento destas variáveis entre as economias de modo geral.
Por diversas análises teóricas percebe-se a necessidade de incluir fatores,
além dos preços que possam responder pelas variações do emprego na
economia, neste sentido, as variáveis exógenas, oriundas de choques
externos, por exemplo, podem ser uma justificativa plausível para o desvio da
trajetória na relação de causalidade observada entre o comportamento dos
preços e do desemprego na economia.
Nesta
perspectiva,
para
efeitos
deste
estudo,
considera-se
que
o
comportamento da renda dos ocupados em atividades produtivas no Estado de
Minas Gerais, pode afetar o desemprego de forma positiva, assim como
também fatores exógenos, típicos de programas como o bolsa família, podem
atuar em sentido inverso, contribuindo para a ampliação das taxas de
desemprego da economia.
Tendo em vista verificar as suposições apresentadas ao longo deste artigo,
verificou-se a necessidade de compreender-se melhor, os aspectos teóricos
que envolvem o tema em estudo.
2 – Compreendendo o trade-off Inflação e Desemprego: a Curva de
Phillips
A curva de Phillips se originou de um estudo5 publicado por A.W.Phillips, em
1958. Phillips constatou uma relação negativa entre a taxa de desemprego e a
taxa de inflação salarial a partir de dados do Reio Unido no período de 1861 a
1957. No início do seu trabalho, Phillips descreve algumas palavras que
justificam a relação negativa entre taxa de desemprego e taxa de crescimento
dos salários.
When then demand for a commodity or service is high relatively
to the supply of it we expect the price to rise, the rate o rise being
greater the greater the excess demand. Conversely when the
demand is low relatively to the supply we expect the price to fall, the
rate of fall being greater the greater the deficiency of demand. It
seems plausible that this principle should operate as one of the
factors determining the rate of change of money wage rates, which
are the price of labour service. 6(PHILLIP, 1958 p.283)
Segundo Phillips (1958) a relação entre desemprego e a taxa de variação dos
salários, não apresentam uma relação de linearidade. Um fator que influencia
essa taxa de variação de salários nominais pode ser a taxa de mudança da
demanda por trabalho, e assim o desemprego. Portanto, outro fator que pode
afetar a taxa de variação dos salários monetários é a taxa de variação dos
preços no varejo.
O objetivo que Phillips seguiu em seu trabalho, era verificar se a evidencia
estatística suporta a hipótese de que a taxa de variação de salários monetários
no Reino Unido, poderia ser explicado pelo nível de desemprego e a taxa de
O estudo que originou o conceito da curva de Phillips, foi publicado em 1958, intitulado “The Relation
Between Unemployment and the Rate of Change of Money Wage Rates in the United Kingdon, 18611957”.
6
Quando a demanda por uma mercadoria ou serviço é alta em relação a sua oferta, espera-se que o seu
preço cresça, sendo a sua taxa de crescimento tanto maior quanto maior o excesso de demanda.
Inversamente, quando a demanda é baixa relativamente à oferta, espera-se que o preço caia, sendo a sua
taxa de variação tanto maior quando maior a deficiência de demanda. Parece plausível que este princípio
deva aplicar-se como um dos fatores determinantes da taxa de variação dos salários nominais, os quais
são os preços do serviço de trabalho.
5
variação do desemprego. Em sua conclusão ele aborda que a evidencia
estatística apresentada no trabalho, apoiou a hipótese, e que a taxa de
mudança de salários nominais pode ser explicada pelo nível de desemprego.
Conforme Garcia (2005), Paul Samuelson e Robert Solow7, em 1960, repetiram
o exercício feito por Phillips, para os Estados Unidos no período de 1900 a
1960. Em que substituíram a taxa de variação dos salários nominais, pela taxa
de inflação dos preços, alegando existir praticamente uma igualdade entre elas.
Encontraram uma relação inversa entre as duas variáveis, batizada pelos
autores como “Curva de Phillips”. A partir disso, a curva passou a ser
fundamental na decisão de políticas macroeconômicas, onde os governos
poderiam escolher entre inflação e desemprego.
A curva de Phillips original logo desapareceu no início da década de 1970,
fundamentado em suas razões, conforme estabelecido por Garcia (2005): a
primeira razão foi a mudança no processo de formação das expectativas de
inflação dos agentes econômicos, e a segunda foram os choques de petróleo
ocorridos da década de 70. Grandes choques de oferta eram novidades no
país pós-guerra. Eles impulsionaram a inflação para cima, ao mesmo tempo
em que causaram recessão, gerando o novo fenômeno da estagflação.
Objetivando aprofundar os estudos sobre o modelo original da Curva de
Phillips, Mankiw (2011), cita três aspectos que difere a curva de Phillips original
da utilizada nos dias de hoje. Em primeiro lugar ele aborda que a curva de
Phillips moderna substituiu inflação salarial por inflação de preços. Em segundo
lugar a curva de Phillips moderna inclui a inflação esperada. Esse acréscimo é
decorrente do trabalho de Milton Friedman e Edmund Phelps 8 , em que
enfatizaram a importâncias das expectativas em relação à oferta agregada. E
em terceiro lugar, a curva de Phillips moderna inclui os choques na oferta. Na
década de 1970, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)
promoveu consideráveis aumentos no preço internacional do petróleo, o que
fez com que os economistas passassem a ficarem mais atentos para a
importância dos choques na oferta agregada.
7
Ganhadores do prêmio Nobel de economia no ano de 1970 e 1987, respectivamente.
Milton Friedman e Edmund Phelps desenvolveram as primeiras versões para o modelo da informação
imperfeita na década de 1960.
8
A curva de Phillips original é complementada pelos estudos de Milton
Friedman, ao apresentar sua versão modificada, considerando a maneira em
que os agentes formam suas expectativas, fazendo com que as expectativas
fossem indispensáveis na sua análise. Em seu modelo ele defendia as
expectativas adaptativas, na qual relacionava que o agente aprenderia com os
erros cometidos no passado, levando em conta sua expectativa de hoje.
Robert Lucas e Thomas Sargent introduziram o conceito de expectativas
racionais, em que os agentes possuem todas as informações e tem pleno
domínio do instrumental macroeconômico, em que a inflação esperada é igual
à inflação realizada. No modelo de Lucas e Sargent, como os agentes tem
expectativas racionais, antecipam suas ações na negociação salarial. (Filho,
2004). Conclui-se portanto, que posterior à relação da curva de Phillips original,
pode-se observar mais duas opções de curva de Phillips, uma com
expectativas adaptativas e outra com expectativas racionais.
De acordo com Mankiw (2011) os economistas de um modo geral, expressam
a oferta agregada sob a forma de uma relação definida pela curva de Phillips,
em que determina que a inflação dependa da inflação esperada, do desvio do
desemprego em relação da sua taxa natural e de choques na oferta. Os
formuladores de políticas econômicas que controlam a demanda agregada se
deparam com uma opção de troca do tipo perde-ganha entre inflação e
desemprego no curto prazo.
Em resumo, a curva de Phillips sofreu ao longo do tempo alterações na sua
definição. A versão original que prevaleceu até a década de 1970, considerava
uma relação negativa entre a taxa de desemprego e taxa de crescimento dos
salários nominais. A versão mais moderna da curva passou a dominar a
literatura econômica a partir da década de 1980 e estabelece uma relação
negativa entre taxa de desemprego e taxa de inflação.
2.1- Relação entre desemprego e comportamento dos preços na
economia: influências de componentes exógenos típicos como o
Programa Bolsa Família.
A hipótese que pode ser englobada a partir dos dados que serão analisados é
de que um aumento no valor da transferência que o beneficiário do Bolsa
Família recebe , pressiona os salários da economia para cima, pois para ele
deixar de ganhar o benefício ele teria que receber um salário maior do que o
recebido pela transferência de renda. Isso leva à percepção de que os
aumentos dos salários pressionariam os preços da economia para cima,
gerando inflação e aumento do desemprego, conduzindo a uma abordagem
alternativa da curva de Phillips, tida como a versão novo- Keynesiana.
Mendonça e Sachsida (2012) abordam que a curva implica que a inflação
crescente pode reduzir temporariamente o desemprego, mas não pode baixá-lo
permanentemente. Ela impõe uma relação de curto prazo entre inflação e
desemprego. E ainda é à base dos modernos modelos de dinâmica
inflacionária, em que se assume um modelo de fixação de preços com rigidez
nominal, o que implica que a dinâmica inflacionária pode ser explicada pela
evolução esperada dos custos marginais reais.
A
curva
de
Phillips
novo
Keynesiana
é
derivada
do
trabalho
de
Calvo 9(1983).Como aborda Tristão e Torrent (2013) nesse estudo, um autor
propõe um modelo estrutural que leva a uma curva de Phillips com
expectativas racionais que possibilita um trade-off de curto prazo devido a
rigidez nominal a qual está submetida ao processo de determinação de preços.
As firmas possuem uma probabilidade de reajustar preços em um determinado
período. Então, nem todas são capazes de reajustar seus preços a cada
período, e isso gera uma rigidez nominal que leva a um ajustamento gradual do
nível de preços, que por sua vez possibilita um trade-off de curto prazo entre
inflação e desemprego dentro de um ambiente de agentes que se comportam
racionalmente.
Conclui-se que as abordagens teóricas mais recentes, que têm desenvolvido
seus estudos sobre a relação entre desemprego e inflação, têm demonstrado a
relevância de componentes exógenos, fruto de expectativas sobre a economia.
Neste contexto, torna-se relevante compreender um pouco mais sobre as
políticas de renda, em que os governos não pressupõem na maioria das vezes
9
Guilherme A. Calvo publicou o seu artigo em 1983 intitulado “Staggered Prices In a Utility-Maximizing
Framework”.
a possibilidade de intervirem no comportamento dos preços e emprego da
economia.
3- Políticas de distribuição de renda: o Programa Bolsa Família
Em outubro de 2003 o Programa Bolsa Família (PBF) foi criado no âmbito da
iniciativa Fome Zero. O Bolsa Família é um programa de transferência direta de
renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em
todo o país. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem como
foco de atuação os milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior
a R$ 77 mensais e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no
acesso aos serviços públicos. O programa possui três eixos principais: a
transferência de renda que promove o alívio imediato da pobreza; as
condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de
educação,
saúde
e
assistência
social;
e
as
ações
e
programas
complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os
beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade. (Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate a Fome, 2014)
Quando o programa foi lançado tinha como objetivo contribuir para
a inclusão social de milhões de famílias brasileiras suprimidas pela
miséria, com alívio imediato da situação de pobreza e da fome. Além
disso, também almejava estimular um melhor acompanhamento do
atendimento do público-alvo pelos serviços de saúde e ajudar a
superar indicadores ainda dramáticos, que marcavam as trajetórias
educacionais das crianças mais pobres: altos índices de evasão,
repetência e defasagem idade-série. Pretendia assim, contribuir para
a interrupção do ciclo intergeracional de redução da pobreza.
(CAMPELLO, 2013 p.17)
Uma característica importante do programa é que as suas condições,
impuseram uma articulação entre as áreas de educação, saúde e assistência
social em torno dos beneficiários. Então, as populações com maiores
dificuldades de acesso aos serviços básicos passaram a receber uma atenção
por meio desses serviços, o que foi favorecido pela maior inclusão das famílias
no programa.
Desde a inclusão do Programa Bolsa Família, foram desenvolvidos vários
trabalhos para medir o impacto dessa política de transferência de renda nos
setores da saúde, educação, e do mercado de trabalho, entre outros. Pois, as
próprias condicionalidades do programa deveriam favorecer melhor esses
serviços, aos beneficiários do programa.
Júnior, Jaime e Cavalcante (2013) fizerem uma análise do papel do programa
bolsa família no setor saúde em que abordaram o histórico e resultados no
setor desde a sua implementação. Foram utilizados outros trabalhos que
relacionaram o impacto do programa no setor. Os autores abordaram que são
amplamente conhecidos os impactos do programa bolsa família na redução da
pobreza e na diminuição da desigualdade de renda, e também nos últimos
tempos na dinamização da economia nacional pela criação de um grande
mercado consumidor interno. Entre as pesquisas analisadas, merece destaque
a contribuição do programa de transferência de renda na redução da
desnutrição, mortalidade infantil e baixo peso ao nascer, que são temas
importantes em termos de saúde pública no país.
No setor educacional Craveiro e Ximenes (2013) fizeram um estudo sobre as
perspectivas e desafios para a universalização da educação básica no Brasil.
Estudos realizados recentemente têm demonstrado que o acompanhamento da
frequência escolar do programa Bolsa Família tem produzido melhorias
significativas
nos
indicadores
educacionais
do
público
acompanhado,
comparativamente ao público em geral. Esse estudo em questão mostrou que
o acompanhamento da frequência escolar como condicionalidade do Programa
Bolsa Família tem se apresentado efetivo em seu propósito, em que os
estudantes beneficiários têm apresentado uma menor taxa de abandono da
escola, tanto no ensino fundamental como no ensino médio. Os autores
abordaram que esta incidência ocorre na apuração da taxa verificada para a
totalidade dos alunos das escolas públicas, onde isto oferece indicações da
efetividade da condicionalidade da educação no programa Bolsa Família e seu
acompanhamento, evidenciando a contribuição desta ação na diminuição das
desigualdades educacionais.
Conforme Satyro e Soares (2009) uma das críticas mais incisivas a respeito do
bolsa família é relativa ao “efeito preguiça”. Segundo está crítica, condicionar
um beneficio à renda da família pode levar a acomodação e diminuir a oferta de
trabalho de seus membros. Ou seja, a hipótese é que a transferência criaria um
desincentivo ao trabalho, principalmente naquelas famílias para as quais só
existe o beneficio básico, portanto, não há condicionalidade a ser cumprida.
Oliveira e Soares (2012) analisaram estudos que abordam o impacto do bolsa
família na oferta de trabalho e concluíram que os programas de transferência
de renda possuem impactos pequenos sobre o mercado de trabalho, e que
alguns desses impactos como a redução da jornada de trabalho das mães e o
aumento na probabilidade de trabalho em certos grupos, são positivos , e que
do ponto de vista das políticas públicas, pode se afirmar que não existe
constatação empírica que sustente a hipótese de que haveria um efeito renda
maior do que um efeito substituição (efeito preguiça) no caso destes
programas.
Em sua conclusão sobre o efeito do bolsa família no trabalho Satyro e
Soares(2009) abordaram que a maior parte dos estudos encontra efeitos
demasiadamente pequenos para serem relevantes , com reflexos maiores
apenas para as mães, que podem chegar a trabalhar quase duas horas a
menos semanais por receberem o Bolsa Família. Isto sugere que seja um
efeito positivo, pois os cuidados que as mães têm com crianças pequenas,
podem transformar-se em efeitos favoráveis para a vida toda.
Dentre os estudos analisados, é perceptível o efeito que o Bolsa Família
proporcionou nos setores básicos da economia. Os resultados constatados, a
partir da análise desses estudos, mostram a importância que o programa Bolsa
Família tem para o desenvolvimento da economia brasileira, ao permitir a
condicionalidade de acesso aos setores básicos e às classes menos
favorecidas.
Assim pretende-se na sequência deste estudo, analisar de forma mais contida
o perfil adotado pela economia de Minas Gerais, em relação a suas variáveis
rendas, emprego e de transferência de renda, baseado no programa bolsa
família do governo federal. Pretende-se a partir desta caracterização, observar
a interligação entre estas variáveis, afim de que se possa perceber as relações
de causalidades entre estas variáveis na economia mineira.
4- Caracterização econômica e territorial do Estado de Minas Gerais10:
O estado de Minas Gerais se destaca no país, por sua relevância populacional,
pois possui a segunda maior população do Brasil. Em extensão territorial,
ocupa o quarto lugar entre os estados brasileiros em termos de dimensões,
além de ser a terceira maior economia do país.
Em 11 anos o valor agregado mineiro ao produto nacional aumentou 1%,
sendo em 1999 o estado responsável por 8,4% do PIB nacional e em 2010 por
9,4%. Suas exportações vêm aumentando, significativamente desde o ano de
2003, representando em 2010, 15,5% das exportações nacionais, alcançando a
segunda posição dentre os estados mais exportadores do país.
O PIB da economia mineira é composto em cerca 58% pelo setor de serviços,
32% pela indústria e cerca de 9% pela agropecuária. Como a economia mineira
tem em sua estrutura majoritariamente a produção de bens primários, mais de
60% das exportações, são desses produtos.
Em Minas Gerais encontra-se localizado o maior polo de biotecnologia do
Brasil, o único fabricante de helicópteros da América Latina, o estado maior
produtor de aço e cimento, segundo maior produtor automotivo e de fundição,
dentre outros destaques.
O PIB mineiro teve um decréscimo de 4% de 2008 para 2009 e o PIB per
capita do estado teve variação nominal de 0,7% e variação real de -4,8%.
Embora o PIB mineiro apresente crescimento desde 2002 maior que o do
Brasil, o PIB per capita é menor que a média nacional, ocupando o 9º lugar no
Brasil e o último dentre os estados da Região Sudeste.
10
Os dados envolvendo a maior parte das análises quantitativas sobre Minas Gerais foram compilados de: Manual de
Gestão Publica Municipal, 3º volume, site do IPEADATA e Plataforma Dataviva.
4.1- Evolução de variáveis da economia mineira: renda, emprego e
transferência de renda.
Analisando a evolução da renda mensal média do estado de Minas Gerais,
entre os anos de 2004 e 2012, observou-se uma tendência crescente da renda,
conforme apresentado por sua curva ascendente ao longo dos anos.
Gráfico 1- Renda média mensal do estado de Minas Gerais entre os anos de 2004 a 2012.
RENDA MÉDIA MENSAL - em valores
absolutos
9.000.000.000,00
8.000.000.000,00
7.000.000.000,00
6.000.000.000,00
5.000.000.000,00
4.000.000.000,00
3.000.000.000,00
RENDA MÉDIA MENSAL - em
valores absolutos
2.000.000.000,00
1.000.000.000,00
0,00
2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da Plataforma Dataviva.
Em termos percentuais, a maior variação na renda pode ser observada entre
os anos de 2009 a 2010, quando a renda média mensal salta de 5,2 bilhões em
2009 para 6,1 bilhões em 2010, um salto de 17,26%. Já de 2011 para 2012,
observou-se a menor variação na renda do estado, com um aumento de
12,13%, saltando de 7,1 bilhões para 7,9 bilhões.
O número de pessoas empregadas no estado também vem aumentando desde
2004, atingindo 4,9 milhões em 2012. Essa variação foi uma tendência no país
desde o ano de 2003, de lá pra cá cerca de 20 milhões de brasileiros entraram
no mercado de trabalho. Tendo seu maior percentual de 2006 para 2007, com
7,8%, e o menor de 2011 para 2012, com 1,59%. Essa taxa coincide com o
ano em que a renda da economia mineira apresentou menor variação
percentual.
Gráfico 2- Número de empregados em valores absolutos no estado de Minas Gerais no período
de 2002-2014.
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
NÚMERO DE EMPREGADOS em valores absolutos
2.000.000
1.000.000
0
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Fonte :Elaboração própria a partir de dados da Plataforma Dataviva.
O número de beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) em Minas Gerais
apresentou grande oscilação desde sua implantação. Sua variação foi
ascendente entre os anos de 2004 a 2006, retraindo entre 2007 e 2008, e
retomando sua trajetória ascendente a partir de 2009. A queda observada
entre os anos de 2007 e 2008 pode ser explicada pelo bom momento que a
economia brasileira estava passando, haja vista o aumento da oferta de
emprego, observada no mesmo período.
Gráfico 3- Números de beneficiários do programa bolsa família em valores absolutos no estado
de Minas Gerais no período de 2002-2014.
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS
DO PBF - em valores
absolutos
600.000
400.000
200.000
0
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IPEADATA.
Os dados apresentados para caracterização das variáveis econômicas no
Estado de Minas Gerais, aparentemente, têm demonstrado uma relação
positiva de crescimento, o que poderia inferir que todas as variáveis, seja de
renda, emprego ou transferência de renda, têm evoluído favoravelmente em
relação ao processo de crescimento e desenvolvimento econômico esperado
pelo estado. Todavia, para melhor compreensão do trade-off inflação e
desemprego, tendo em vista confirmar as hipóteses apresentadas ao longo
deste estudo, de que no Estado de Minas Gerais, a maior distribuição de
recursos via programa bolsa família, estaria contribuindo para um acréscimo na
renda da população ocupada e desta forma, estimulando a demanda agregada,
gerando maior desemprego e maior nível de preços. Em se confirmando tal
suposição, pressupõe-se a quebra do trade-off inflação e desemprego na
economia mineira, a partir da maior inserção do programa bolsa família.
5- Análise empírica dos dados: relação entre variáveis da economia
mineira
A presente seção tem como objetivo testar as hipóteses levantadas ao longo
deste trabalho, em que se supõe uma relação de causalidade negativa entre a
transferência de recursos do Bolsa Família e o comportamento do emprego e
da renda no Estado de Minas Gerais.
Para este fim o seguinte modelo, baseado em teste de hipóteses a partir da
regressão múltipla, com base no método de Mínimos Quadrados Ordinários, foi
utilizado:
Y = βo + β1x1 + β2x2 + εt (1.1)
Em que Y representa a variável resposta (log do PIB e da renda na ocupação),
x1 e x2 representam as variáveis explicativas (o volume de transferências
oriundas do Programa Bolsa Família e a taxa de desemprego da economia
mineira, respectivamente) e ε representa o erro experimental. Esse é um
modelo de regressão linear múltipla com duas variáveis independentes ou
explicativas (x1 e x2). O termo linear indica que a equação (1.1) é uma função
linear de parâmetros desconhecidos βo, β1e β2, denominados coeficientes de
regressão.
Para tal fim, utilizou-se de forma simplificada a análise de regressão múltipla,
cujas variáveis de interesse no modelo econométrico proposto são descritas a
seguir:
Modelo 1:
PIB (Y) = βo + β1x1(Transferência Bolsa Família)+ β2x2(taxa de desemprego) + εt (1.2)
Modelo 2:
Renda dos Ocupados (Y) = βo + β1x1(Transferência Bolsa Família)+ β2x2(taxa de desemprego) + εt (1.3)
Descrição das variáveis:
i) Variável Dependente (PIB): partindo do pressuposto de que quanto maior o
PIB agregado da economia mineira, maior pressupõe-se ser a demanda
agregada, o que por sua vez influencia positivamente no nível de preços da
economia
ii) Variável dependente (modelo 2): A variável renda na ocupação, analisada
para os anos de 2004 a 2010, em todos os municípios de Minas Gerais, foi
utilizada como proxi para a variável inflação. Dado em seus aspectos de
agregados macroeconômicos, que a elevação da renda, induz à maior
demanda agregada e por sua vez, estaria diretamente relacionada ao maior
nível de preços na economia, caso apresente trajetória ascendente ao longo do
tempo.
iii) Variável Independente β1 (Transferência de Renda): as transferências do
programa bolsa família foram observadas entre o período de 2004 a 2010, em
todos os municípios de Minas Gerais. Para esta variável, pressupõe-se que
qualquer elevação implicaria em acréscimo na renda de ocupação, fator que ao
estimular o demanda agregada, teria como consequência o aumento do nível
de preços da economia mineira.
iv) Variável Independente β2 (Taxa de desemprego): variável definida para o
período de 2004 a 2010, representativa do total de desempregados agregados
nos municípios de Minas Gerais. Pressupõe-se para efeitos desta análise que
qualquer acréscimo na taxa de desemprego corrente da economia conduziria à
contração da renda das pessoas ocupadas e, por sua vez, à redução do nível
de preços da economia.
Os modelos apresentados no quadro a seguir demonstram a relação de
causalidade entre as variáveis. Verifica-se que ao considerar o período de 2004
a 2010 para todos os municípios do Estado de Minas Gerais, a variável
Transferências do Bolsa Família, possui relação de causalidade positiva com o
PIB. Estes dados permite-nos inferir que as transferências oriundas do
programa bolsa família, contribuem positivamente para o crescimento da renda
agregada da economia mineira e por sua vez afetam positivamente seu índice
de preços.
Quanto à variável emprego, verifica-se que a elevação da taxa de desemprego
em 1%, reduz o PIB da economia mineira em 8%. Desta forma confirma-se a
relação de causalidade negativa observada entre o nível de emprego e a renda
da economia. Pode-se ainda inferir, conforme pressuposto teórico observado
para o modelo referente à curva de Phillips, que a variável taxa de
desemprego, ao contribuir negativamente como o PIB da economia mineira,
entre os anos de 2004 a 2010, favorece o menor nível de preços da economia.
Quadro 1 - Estatísticas representativas do modelo 1:
Variável dependente: log (Renda dos Ocupados)
Variáveis
Coeficientes
t
0,9218377
23.37
P (valor)
Independentes
Transferência
Bolsa
Família
0,000
(0,0394487)
(log)
Taxa de Desemprego
0,000
-0,0835147
-6.57
(0,0127125)
Constante
5,851915
(0,2506504)
0,000
23.35
Estatísticas do modelo:
Number de observações =
722
F( 2, 719) = 273.20
Prob > F
R-squared
= 0.0000
= 0.4318
Adj R-squared = 0.4302
Para efeito de análise das variáveis, considerando-se como variável
dependente, o montante de renda obtida pelas pessoas ocupadas no Estado
de Minas gerais, utilizou-se o ano de 2010, para o qual estas informações
estão disponíveis em sua totalidade para todos os municípios do Estado.
Analisando com base no modelo crossection de regressão múltipla, verifica-se
uma relação positiva entre o volume de recursos transferidos via programa
bolsa família e a renda da população ocupada. Induz, portanto, à existência de
um grau de correlação positivo entre as transferências de renda e o nível de
preços da economia mineira. Quanto à taxa de desemprego, tem-se que para a
economia mineira, no ano de 2010, a elevação do desemprego em 1 ponto
percentual, acarreta redução de cerca de 2% na renda das pessoas ocupadas,
portanto, pressupõe-se um grau de correlação negativa entre o nível de preços
e a taxa de desemprego da economia mineira, para o ano de 2010,
confirmando o trade-off inflação e desemprego.
Quadro 2 - Estatísticas representativas do modelo 2:
Variável dependente: log (PIB)
Variáveis
Coeficientes
t
0,0313073
2.48
P (valor)
Independentes
Transferência
Bolsa
Família
0.013
(0,0126454)
(log)
Taxa de Desemprego
-0.0235509
(0.0040999)
Constante
0.000
-5.74
6.516613
(0.0805662)
0.000
80.89
Estatísticas do modelo:
Número de observações=
816
F( 2, 719) = 16.79
Prob > F
R-squared
= 0.0000
= 0.3907
Adj R-squared = 0.3907
Deve-se destacar que as análises de regressão utilizadas neste modelo
econométrico, via método dos Mínimos Quadrados Ordinários, foram testadas
para verificação de existência de multicolinearidade entre as variáveis, através
do teste de VIF. Para este teste observam-se, nos dados apresentados, a não
existência de multicolinearidade entre as variáveis tratadas consideradas neste
modelo. Conforme verificado no quadro 3, em que o VIF esta abaixo de 10 e o
seu inverso (1/VIF) encontra-se mais próximo de 1, indicando baixo grau de
multicolineariedade entre as variáveis do modelo estimado.
Quadro 3 – Teste de Multicolineariedade:
Teste de multicolinearidade entre as variáveis (VIF)
Variável dependente: PIB
Variable
VIF
1/VIF
Lbenefic
tax_desemp
1.02
1.02
0.977073
0.977073
Mean VIF
1.02
Vif (Variável dependente: renda na ocupação)
Variable
VIF
1/VIF
ltbf
tax_desemp
1.10
1.10
0.908052
0.908052
Mean VIF
1.10
Análise de correlação entre as variáveis econômicas em Minas Gerais;
Através de um teste simples de correlação entre as variáveis, renda e
emprego, no Estado de Minas Gerais, conferiu-se o efeito positivo da
transferência de renda, via programa bolsa família, em sua população. Para
esta variável, tem-se que os programas de transferência de renda, do tipo
bolsa família, estão correlacionados em 63 pontos percentuais com o PIB da
economia mineira. Por sua vez a taxa de desemprego, possui grau de
correlação com o PIB de apenas 1%. Se analisarmos a correlação da taxa de
desemprego com as transferências do Bolsa família, constata-se que esta se
dá ao nível de 30% para o Estado de Minas Gerais. Tal resultado de correlação
corrobora a vertente teórica da curva de Phillips que pressupõe uma relação de
causalidade positiva entre as variáveis exógenas da economia, neste caso a
variável abrangente, programa bolsa família e o nível de desemprego, haja
vista que, estar desempregado passa a custar menos para o trabalhador, que
tem acesso a este tipo de programa de transferência de renda.
Quadro 4- correlação entre PIB, transferência de renda (bolsa família)
e taxa de desemprego.
correlate lpib ltbf tax_desemp
(obs=722)
Lpib
ltbf
tax_desemp
PIB
Transferências
Taxa de desemprego
1.0000
0.6306
0.0162
1.0000
0.3047
1.0000
Quadro 5- correlação entre total de rendimento obtido pelos ocupados,
transferência de renda (bolsa família) e taxa de desemprego.
correlate lrenocup ltbf tax_desemp
(obs=816)
Renda ocupados Transferências Taxa desemprego
Lrenocup
ltbf
tax_desemp
1.0000
0.0265
-0.1801
1.0000
0.3032
1.0000
6- Aspectos conclusivos.
O desenvolvimento deste artigo possibilitou a confirmação de um trade-off na
relação entre desemprego e nível de preços na economia mineira. Ao mesmo
tempo,
percebem-se
claramente
as
implicações
dos
programas
de
transferência de renda, típicos como o bolsa família, sobre a renda da
economia. Constata-se neste caso a influência destes recursos muito mais
sobre
o
emprego
da
economia,
agindo
de
forma
negativa,
que
necessariamente sobre o nível de renda. Sobretudo ao se levar em
consideração que a ampliação da renda oriunda destas transferências
pressiona a demanda agregada contribuindo, sobremaneira, para a elevação
dos preços, não favorecendo o poder de compra real da população.
O maior volume de renda, oriundo das transferências, pressiona o mercado de
trabalho, elevando os custos de manutenção do emprego, agregando inflação
de custos, à já tão conhecida inflação de demanda, observada pelo
crescimento de renda.
Assim tem-se que as economias de modo geral, e de forma mais específica, a
economia mineira, objeto de estudo de nossas análises, devem estar atentas à
relação existente entre suas variáveis de emprego, renda e transferências de
renda, tendo em vista o efeito que as mesmas podem sem seu conjunto,
promover sobre sua necessidade de estabilidade econômica ao longo prazo.
7 REFERENCIAS
BACHA,José Caetano.LIMA,Roberto Arruda de Souza.A Curva de Phillips e a
economia brasileira no período de 1991 a 2002. PESQUISA & DEBATE, SP,
volume 15, n. 1(25), pp. 131-162, 2004.
BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS).
Bolsa Família. Brasília: MDS, 2014.
CALVO, G. Staggered prices in a utility-maximizing framework. Journal of
Monetary Economics, n12, p. 883-398, 1983.
CAMPELLO,
Tereza.
Uma
Década
Derrubando
Mitos
e
Superando
Expectativas in Programa Bolsa Família uma Década de Inclusão e Cidadania,
p15-24. Brasília: IPEA, 2013.
CRAVEIRO, Clélia Brandão Alvarenga.XIMENES,Daniel de Aquino.Dez Anos
do Programa Bolsa Família : Desafios e Perspectivas para a Universalização
da Educação Básica no Brasil in Programa Bolsa Família uma Década de
Inclusão e Cidadania ,p 94-109.Brasília:IPEA,2013.
FILHO, O.S.A. A curva de salário para região metropolitana de Salvador: uma
análise econométrica a partir dos dados as PED de 1997 a 2003. Salvador,
2004. Dissertação de mestrado entregue a Universidade Federal da Bahia.
GARCIA, M. G. P. O Real dilema entre inflação e crescimento. 2005.
Disponível em: <www.econ.puc-rio.br/Mgarcia/Artigos/Artigos> Acesso em:
02/07/14.
JÚNIOR,Helvecio
Maria
Miranda
Cavalcante de.O
Magalhães.JAIME,Patricia
Papel do setor Saúde
Constante.LIMA,Ana
no
Programa Bolsa
Família:Histórico,Resultados e Desafios para o Sistema Único de Saúde in
Programa Bolsa Família uma Década de Inclusão e Cidadania,p6693.Brasília:IPEA, 2013.
MANKIW, N.Gregory. Macroeconomia. 7ªEd. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
MENDONÇA, Jorge Mário. SACHSIDA. Inflação Versus Desemprego: Novas
Evidencias para o Brasil.Brasília:IPEA, 2012.(Textos para discussão,n 1.763)
OLIVEIRA, Luiz Felipe Batista de. SOARES, Sergei S D. O que se sabe sobre
os efeitos das transferências de renda sobre a oferta de trabalho. Brasília:
IPEA,2012 (Textos para Discussão,n.1.738)
PHILLIPS, A. W. The relationship between unemployment and the rate of
change of money wage rates in the United Kingdom, 1861-1957. Economica,
p.283-299, nov. 1958.
SOARES, Sergei. SATYRO, Natália. O Programa Bolsa Família: Desenho
Institucional, Impactos e Possibilidades Futuras. Brasília: IPEA, 2009 (Texto
para Discussão, n.1.424)
TRISTÃO, Thiago Santana. TORRENT, Hudson das S. Relações não lineares
na curva de Phillips: Uma abordagem semi-parámetrica.2ªED.Premio Ministério
da Fazenda de Economia.Julho,2013.
Download