ATA DA OITAVA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE AIMORÉS -MG. Ata da Oitava Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Aimorés-MG, realizada dia seis de abril de dois mil e quinze, com início às dezoito horas e dezesseis minutos e término às dezenove horas e trinta e oito minutos. A reunião foi presidida pelo Presidente Sebastião Ferreira de Souza, com o auxílio técnico do assessor jurídico Dr. Rodrigo Condé, da Secretária Legislativa Maria de Lurdes, e contou com a presença de 08 (oito) vereadores assim relacionados: - Sebastião Ferreira de Souza - Darcy Salomão - Andréa Cândida Plaster Mattos Afoumado - Gessimar Gomes da Silva - Luciano Afonso Cézar - Natalino Alves de Almeida - Paulo Roberto da Silva - Rogério Borges Rocha O Presidente deu abertura à reunião com a seguinte fórmula invocatória: “SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS”. Após esta invocação, foi proferida uma oração a Deus pela Secretária Legislativa Maria de Lurdes, após, foi realizada a execução do Hino Nacional Brasileiro. Primeira Parte: Expediente Leitura da Ata anterior: aprovada por unanimidade Leitura de Correspondências e Comunicações: Correspondência da Câmara Municipal de Governador Valadares convidando para o lançamento oficial do projeto Câmara Sustentável – coleta seletiva, no dia 15/04/2015, às 14h30min quando se fará uma análise técnica das questões ambientais. A Câmara Municipal está implantando a coleta seletiva no âmbito do Legislativo – uma das atividades inseridas no projeto Câmara Sustentável. Ofício da Aliança Geração de Energia S/A, comunicando que a Usina Hidrelétrica Eliezer Batista em Aimorés passa a fazer parte dos ativos da empresa Aliança Geração de Energia S/A. No dia 27 de fevereiro, foi concluído o processo de formação da empresa e as participações das acionistas aos empreendimentos hidrelétricos passam agora a fazer parte dos ativos da Aliança. No último dia 20 de março, ocorreu a integração dos funcionários. Oradores Inscritos: O vereador Rogério Borges Rocha, no uso da palavra ao proceder à leitura do ofício nº 01/2015, sobre renúncia, solicitou que o seu teor fosse transcrito na íntegra para a ata, como se segue: Em 2012 decidi entrar para a vida política através de um mandato de vereador, para bem representar os munícipes desta cidade dentro da Casa Legislativa. Meus ideais eram da renovação política e administrativa, de esquecer o lado A ou o lado B, ou seja, deixar de lado ideias partidaristas ou políticos antigos da cidade e buscar a união para o crescimento do Município. Até por esta razão é que inclusive decidi aceitar participar da composição de uma chapa mista para a mesa diretora desta Casa no primeiro biênio, onde fui Vice – Presidente, Vossa Excelência foi o Presidente e o vereador Gessimar o Secretário (cada um de um Partido Político). Porém, como componente da Mesa Diretora no primeiro biênio e como vereador eleito para bem representar o povo, buscar o crescimento da cidade, a paz e harmonia política, tentar melhorar a forma de se fazer gestão, não consegui concretizar os meus objetivos, embora muito tenha tentado. Foram inúmeras vezes que em vão tentei, através de ofícios, de oratórias em reuniões plenárias, em reuniões com Vossa Excelência, implantar ou por em discussão ao menos com Vossa Excelência, várias questões: necessidade de se realizar o concurso público na Câmara, implantar uma forma de melhor gerir a questão contábil e financeira, necessidade de melhor controlar os gastos, como modificando questões ligadas ao controlador e ordenador de despesa, sugeri até a venda do veículo oficial, para mim fonte de gastos desnecessários com combustível, a reforma da legislação da Casa(Lei Orgânica, o próprio Regimento Interno e Resoluções internas, dentre outras), aproximando a sociedade e chamando os estudantes de direito, como a faculdade local para discutir, e inúmeras outras. O que mais me incomoda é, como vereador, fiscal da lei, não consegui fiscalizar nem a própria Casa da qual sou integrante, visto que busquei diversas informações nesta Casa para me inteirar dos gastos e das despesas da Câmara, mas sem sucesso. Ás vezes respostas parciais. Foram ofícios, oratórias, pedidos formais e informais. E nada. Percebo nesta Casa uma gestão desordenada no que tange ao controle dos gastos e uma administração NADA TRANSPARENTE. E esta ausência de transparência me incomoda e muito, ao ponto de não mais suportá-la, pois devo satisfação aos meus eleitores e a todos os cidadãos, que sempre me perguntam e não tenho como explicar. É frustrante como vereador eu não conseguir dar informações e explicar. Tentei aproximar, ter acesso, até mesmo para ajudar, aconselhar a reduzir os gastos, mas não tenho acesso e nem oportunidade. Esta Casa recebe um valor significativo do Executivo (mais de Hum milhão e oitocentos mil reais) e NÃO vejo prestação de contas alguma dos gastos, para o povo e nem mesmo para nós vereadores. Já se pediu prestação de contas nesta Casa. Nós vereadores já pedimos, sempre sem sucesso. Na gestão de Vossa Excelência, no primeiro biênio nunca vi uma apresentação de prestação de contas nesta Casa para nós vereadores em Plenário e nem mesmo um balancete. O que mais me indigna é que nem quando fui componente da Mesa Diretora, nunca vi uma prestação de contas e um balancete. Nunca fui convidado a reunir sobre isso e muito menos a deliberar. Nunca me foi apresentado. Nesse biênio continua não sendo apresentada uma prestação de contas pormenorizada para apreciação dos vereadores. Sinto um desgosto profundo, a ponto de retirar o meu estímulo de continuar nessa luta. Não consigo mais ficar nessa luta por buscar uma gestão de qualidade, eficiente e mais do que isso, transparente, pois se trata de dinheiro público. E conviver com essa sensação e situação de impotência está me causando males pessoais de toda ordem. Vejo o País numa situação de crise financeira, carência de recursos e tenho que conviver com esta Casa, através de vossa gestão, onde não se vê sobrar recursos, não se presta contas nem mesmo para nós vereadores, quanto mais para o povo, não sabendo então, como se gastam os recursos públicos que recebemos do Executivo. Temos exemplos em legislaturas anteriores nesta Casa, onde recursos sobraram e foram devolvidos ao Executivo, obras foram feitas, inclusive esta Casa. Tenho noticiais de outros municípios que conseguem economizar e devolver recursos ao Executivo. Há quem pense que o dinheiro é do Legislativo e que não temos obrigação de devolver ao Executivo. Não concordo. Estão errados. O dinheiro é do povo. Temos obrigação de bem gastá-lo, de forma econômica, eficaz e transparente. Legislativo não faz obras. O valor deve ser só para nossa manutenção. Um recurso devolvido pode ser uma praça pública feita, reformada; pode ser uma rua pavimentada; pode melhor ajudar o Hospital, por exemplo, enfim, poderíamos estar contribuindo mais como parlamentares, para o bem do Município. E, por não conseguir implantar e ver tudo isso ocorrer, apesar de muito ter tentado, por perceber que essa gestão da Casa, através de Vossa Excelência não atendeu aos meus legítimos anseios, e que ainda nada mudou em 03 meses do 2º biênio desta gestão, é que estou POR ESTE ATO RENUNCIANDO AO MEU MANDATO DE VEREADOR PARA A LEGISLATURA DE 2013/2016, A QUE FUI ELEITO, assim fazendo através deste ofício, nos termos do artigo 125 do Regimento Interno desta Casa e demais disposições aplicáveis, inclusive o artigo 124, § 8º, também deste Regimento e artigo 41, § 7º, inciso I c/c artigo 25, XIV da Lei Orgânica do Município de Aimorés. Agradeço a companhia dos que comigo também tenham tentado e de todos me despeço. Com a leitura deste ofício em sessão plenária pública, ofício que entrego em mãos, em plenário, requeiro que tudo se conste em ata, inclusive sua íntegra. O edil disse que a paz e a justiça são muito importantes para a cidade e o ápice da Justiça é a misericórdia. Que não guarda rancor daqueles que lhe criticaram. Que se faz necessário dizer tudo isso em público. Que retorna para a sua residência, mas não deixará de ajudar o Município e a sociedade aimoreense. Que a cidade de Aimorés depende do repasse do governo federal. Que somos apressados para produzir maldade, mas tudo isso um dia vai acabar. Que pede desculpas àqueles que de alguma forma ofendeu, finalizou o edil. O vereador Paulo Roberto da Silva, na qualidade de líder do Prefeito e no uso da palavra, disse ao plenário que lamenta a saída do vereador Rogério, mas respeita a sua decisão. Que tem visto nesta Casa a arte de difamar a administração pública municipal, fato lamentável. Que esta Casa reprovou uma prestação de contas que havia sido aprovada pela Corte de Contas Estadual, fato que nunca aconteceu nesta Câmara. Que diante dessa situação o Poder Executivo impetrou um Mandado de Segurança, obtendo uma liminar. Que no dia seguinte da votação que rejeitou a prestação de contas do Poder Executivo, esse fato já era matéria do jornal. O edil disse que ninguém ganha com isso, quanto mais o próprio Município. Que não veio para esta Casa buscar qualquer tipo de privilégio, ao contrário está aqui para promover o bem comum. Que a Câmara Municipal tem um repasse de mais de R$ 170.000,00. Que os gastos desta Casa são altos. Que se cobra muito do Executivo, mas deveríamos também dar exemplo. Como legislador e fiscal da lei não consegue fiscalizar a Câmara Municipal. O Edil disse que foi acusado por colegas, teve que provar que não tinha acontecido aquilo com ele, tendo inclusive que parar numa Delegacia de Policia, no Ministério Público e no Juiz, que mandou encerrar o processo. Que a politicagem no Município de Aimorés é penosa e triste. Que cartas anônimas circularam na cidade acusando o seu cunhado Gilson de ter violentado alunas da APAE. Que com essa cultura a cidade de Aimorés nunca irá crescer, pois irá completar cem anos. Que devemos amadurecer politicamente. Que devemos conscientizar politicamente as próximas gerações, pois a atual está contaminada. Que há momentos em que fica envergonhado das coisas que acontecem dentro da vida política de nossa cidade, finalizou o edil. A vereadora Andréa Afoumado, no uso da palavra disse ao plenário que foi surpreendida pela decisão do vereador Rogério Borges Rocha. Que estamos vivendo um mundo político difícil, que sente nojo, vergonha, e que muitas vezes se cala, porque a posição que ocupamos, acabamos ajudando inúmeras pessoas. Que participou no ano passado da reunião onde o vereador Rogério disse que se medidas não fossem adotadas por esta Casa, deixaria o cargo de vereador. Que se entristece com a decisão do referido vereador, mas a respeita. Que através do exemplo do vereador Rogério, a transparência possa existir nesta Casa. Que não podemos generalizar que todos os políticos são ruins. A edil disse que participou no Hospital São José e São Camilo de uma reunião onde não foi relatada nenhuma irregularidade na instituição. Que o diretor do hospital se colocou à disposição para apresentar quaisquer esclarecimentos perante esta Casa. Que agradece ao Deputado Federal Mauro Lopes, o qual através de uma emenda parlamentar destinou o importe de 286 mil para o hospital São Jose e São Camilo; cuja importância já se encontra depositada em favor do mesmo. A edil disse que se a politicagem continuar, Aimorés fará cem anos, sem nada. Que devemos fazer uma política mais honesta, voltada pro bem do povo e não para o bem próprio. Que esteve visitando o residencial Nilton Freire Sampaio e que medidas serão adotadas, a fim de que esse seja entregue ao Município. Que novamente esclarece que não multou ninguém, que não tem competência para praticar tal ato e que essa boataria deve acabar. Que não veio para a Câmara dos vereadores para ser mais uma, mas veio para fazer a diferença. Contudo se não fizer a diferença, gostaria de ter a mesma coragem do vereador Rogério, finalizou a edil. O Presidente Sebastião Ferreira de Souza, no uso da palavra disse ao plenário que lamenta a decisão do vereador Rogério, mas a respeita, pois se trata de um direito dele. O vereador Rogério disse que se eu voltasse a ser Presidente que ele renunciaria. Que é pela quarta vez que estou presidindo esta Casa. Que sempre fui eleito democraticamente. Quanto aos gastos, cada gestor tem uma posição. Que nunca segurou nenhum vereador que queira participar de eventos fora do Município, os quais sempre têm gastos. Que todas as suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas Estadual. Que nada deve. Que sempre trabalhou com muita seriedade. Que discorda da posição do vereador Rogério de devolver o veículo desta Casa para a Prefeitura. Que a sua preocupação é com o desenvolvimento do Município. Que recebeu hoje nesta Casa uma comissão da Usina Hidrelétrica, a qual solicitou interveniência junto à municipalidade para realização de uma reunião para discutir os passivos ambientais deixados pela construção da hidrelétrica. Que acredita que essa iniciativa deveria partir do Poder Executivo; finalizou o presidente. O vereador Paulo Roberto da Silva, no uso da palavra disse ao plenário que a administração municipal recebeu o orçamento de dois projetos sobre a construção do CAIS no bairro da Barra da Manhuaçu. Que um projeto foi o orçamento de 600 mil e o outro no valor de R$1.100.000,00. Que esses valores são referentes apenas ao projeto de construção. Que a construção em si terá um valor ainda maior. Que seria Interessante fazer com que o Consórcio assuma a responsabilidade pelo pagamento desse projeto. Que devemos agendar o quanto antes uma reunião com o IBAMA em Belo Horizonte. Segunda Parte: Chamada Final: Foi constatada a presença de 08 (oito) vereadores, justificada a ausência dos vereadores Carlos Roberto Serrano, Sandra Lúcia Costa Jourinch por motivo de viagem e o vereador Onair Vitorino Filho por estar participando da posse de seu filho André, aprovado em concurso público como Promotor de Justiça no Estado de Santa Catarina. A próxima reunião ordinária ficam os Senhores Vereadores convocados para o dia 13/04/2015, às 18:00 horas. Sala das Sessões, 13 de abril de 2015. Sebastião Ferreira de Souza Presidente Sandra Lúcia Costa Jourinch Secretária