VESTIBULAR UFPE – UFRPE / 1999 2ª ETAPA NOME DO ALUNO: _______________________________________________________ ESCOLA: _______________________________________________________________ SÉRIE: ____________________ TURMA: ____________________ HISTÓRIA 01. A História é muito antiga. A humanidade registrou suas experiências, a partir do momento em que os homens puderam relacionar a função motora do uso das mãos com a capacidade de abstração para formular conceitos. Sobre a dinâmica do processo histórico, analise as afirmações: 0-0) A Antropologia, a Arqueologia e a Geografia auxiliaram a História na formulação dos conceitos e do próprio conhecimento histórico. 1-1) O Paleolítico e o Neolítico são fases da pré-história que não se enquadram na dinâmica do processo histórico. 2-2) Apenas o Neolítico se enquadra na periodização da História, porque, nele, as sociedades eram ágrafas. 3-3) A História engloba todas as fases do processo histórico: Paleolítico, Neolítico e Histórico propriamente dito. 4-4) A Pré-História e a História são classificadas em períodos históricos distintos, porque as diferenças entre eles são mais relevantes que as semelhanças. 02. O Império Romano, ao mesmo tempo em que alcançava o ponto máximo de sua expansão territorial, atingia o ápice das suas contradições, deflagrando-se o processo de sua decadência, a que se relaciona: 0-0) A crise da mão-de-obra escrava, a partir do século III, é apontada como um dos fatores responsáveis pela referida decadência. 1-1) A divisão do Império Romano em duas grandes partes: o Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. 2-2) A pressão dos povos “bárbaros”, invadindo as fronteiras do império, somada às tensões e revoltas sociais ocorridas, tanto no âmbito interno como nas províncias. 3-3) A deposição, pelos “bárbaros”, em 476, de Rômulo Augusto, último imperador do Império Romano do Oriente. 4-4) A disputa dos generais romanos pela posse das províncias, favorecendo o processo de centralização do império. 03. O Sistema Feudal – formação social predominante na Europa durante a baixa Idade Média – não pode ser rigorosamente descrito, uma vez que as condições variavam muito de lugar para lugar. Entretanto, há consenso entre historiadores sobre alguns pontos fundamentais à compreensão desse sistema. 0-0) As relações sociais de produção no Sistema Feudal baseavam-se na propriedade da terra e na produção agrícola para consumo imediato. 1-1) No Sistema Feudal, o servo, cuja denominação tem origem na palavra latina “servus”, que significa escravo, era parte da propriedade do senhor, podendo ser comprado ou vendido em qualquer parte, a qualquer tempo, independente da ligação com a sua terra. 2-2) Nas relações sociais de produção denominadas de servis no Sistema Feudal, os trabalhadores tinham direitos de usufruto e de ocupação da terra, mas a propriedade pertencia a uma hierarquia de senhores. 3-3) Uma característica marcante do sistema feudal era o fato de que os arrendatários de terras trabalhavam não só as terras que arrendavam, mas também a propriedade do senhor. 4-4) No sistema feudal, apesar da existência de reis, a base do poder era local. Cada feudo era independente do outro, tinha autonomia e era governado pelo seu senhor, que fazia parte da nobreza. 04. Sobre as feiras afirmações abaixo. medievais, analise as 0-0) As feiras medievais alcançaram projeção internacional e constituíram-se em áreas exclusivas para o câmbio das diversas moedas européias. 1-1) As feiras tornaram-se instrumentos do comércio local das cidades, para o abastecimento cotidiano dos seus habitantes. 2-2) As feiras eram locais fixos de comercialização apenas da produção dos feudos. 3-3) As feiras eram centros distribuidores, onde os grandes mercadores, que se diferenciavam dos pequenos revendedores errantes e artesãos locais, compravam e vendiam as mercadorias procedentes do Oriente e do Ocidente, Norte e Sul da Europa. 4-4) As feiras eram instituições régias para o renascimento do comércio abalado com as invasões do Mediterrâneo. pioneirismo português, na expansão marítimo-comercial européia, liga-se politicamente ao processo de centralização do poder em Portugal. Sobre esse enunciado, podemos afirmar: 4-4) À preservação, por parte de Lutero, de todos os elementos litúrgicos do catolicismo na celebração da missa, assim como à pregação sobre as relíquias e o poder milagroso dos santos. 0-0) A formação do reino de Portugal foi um processo secular, marcado por guerras constantes, que fazem parte de um movimento mais amplo – o das Cruzadas. 1-1) Com o rei D. Dinis, o movimento da Reconquista chega militarmente ao fim, iniciando-se um período de organização política interna do reino de Portugal. 2-2) A ascensão da dinastia de Avis, que teve início com a elevação de D. João I ao trono português, representou um retrocesso político, no sentido da centralização do poder e da construção de um Estado moderno. 3-3) Determinados setores da burguesia mercantil favoreceram o processo de centralização do poder político em Portugal, sem, entretanto, excluir a presença dos fidalgos 4-4) A “Revolução” de Avis possibilitou à nobreza de Portugal sua solidificação no poder de onde se excluíam os elementos burgueses que favoreceram a centralização do poder monárquico. 07. Sobre o período que comumente chamamos de 06. “A reforma protestante foi um movimento 08. Sobre a Conquista da “Terra Brasilis”, analise as 05. O abrangente de oposição à Igreja Católica , que atingiu, inclusive, o domínio clerical na política e na economia modificando muito dos hábitos e costumes da época”. Rezende, A.P.; Didier, T. A construção da Modernidade V.2, São Paulo : Atual, 1996, p. 36. Analisando o contexto histórico em que se processou o movimento da Reforma protestante, os elementos destacados no texto, referem-se: 0-0) À ausência do apoio a Lutero, por parte da nobreza, de modo a que ele pudesse levar adiante suas idéias e proteger-se das possíveis perseguições 1-1) Ao distanciamento de Lutero dos ensinamentos do catolicismo, contribuindo, como poucos, para questionar esses ensinamentos e condenar os excessos cometidos pelo clero da Igreja. 2-2) Ao enfraquecimento político da Igreja Católica, nas relações de poder, haja vista a Reforma contar com o apoio da burguesia interessada em aumentar seus lucros. 3-3) À incoerência entre o forte controle exercido pela Igreja Católica sobre a vida das pessoas e a sua prática pela ação do clero, a exemplo do comércio das indulgências, da ignorância cultural dos padres, da riqueza patrimonial da Igreja etc. pós-guerra, podemos afirmar: 0-0) A globalização da economia não foi um fenômeno que antecedeu a guerra. O que prevaleceu nesse período foi um forte nacionalismo econômico. 1-1) As principais potências saíram da guerra e destinaram suas economias à produção de poucos produtos de qualidade com preços elevados. 2-2) As economias das principais nações, como a Alemanha, Rússia e China, com a qualidade de seus produtos, tornaram-se imbatíveis na competitividade internacional. 3-3) Estados Unidos, França e Inglaterra, através do Mercado Comum Europeu, importaram em larga escala produtos de excelente qualidade. 4-4) Os países periféricos, como o Brasil, a Turquia e a Grécia, envolvidos na Segunda Guerra Mundial, saíram dela fortalecidos política e economicamente, ingressando definitivamente no rol dos países desenvolvidos. proposições abaixo. 0-0) Alguns mapas anteriores ao ano de 1500 registram a existência da Ilha Brasil ou das Sete Cidades. 1-1) Uma expedição comandada por Duarte Pacheco Pereira foi autorizada pelo rei D. Manuel a sair de Portugal e dirigir-se ao Brasil, em 1498. 2-2) A bula “Inter Coetera”, assinada por Alexandre VI, estabelecia que a África seria portuguesa e a América, espanhola. Portanto, considerando este documento, o Brasil estaria fora do alcance português. 3-3) Espanhóis disputam, com os portugueses, a primazia de terem chegado à “Terra Brasilis”. Vicente Pinzón e Diego de Lepe são apontados como navegadores espanhóis que aportaram no litoral NorteNordeste. 4-4) “Quarta-feira, 22 de abril – e à Quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buchos e neste dia a horas de véspera houvemos vista de terra, isto é, primeiramente d’um grande monte, mui alto e redondo... ao qual monte alto o capitão pôs o nome o Monte Pascoal e a terra a Terra de Vera Cruz”. Esta descrição é um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel. 3-3) A exploração aurífera realizada na região sul do Brasil – Rio Grande do Sul e Paraná – levou a essa região grandes contingentes de africanos. 4-4) A pecuária foi responsável pela interiorização da colonização, e os rios brasileiros foram caminhos navegáveis que integravam regiões. 11. Sobre a produção cultural brasileira no século XVIII, particularmente a de Minas Gerais, analise as proposições abaixo. 09. De forma bem humorada, a imagem acima caricatura um momento das relações entre os indígenas brasileiros e os portugueses, na colonização do Brasil. A respeito desse assunto, analise as alternativas abaixo. 0-0) Durante os primeiros anos da conquista, índios e brancos entendiam-se em um sistema de escambo, que não feria a estrutura social dos indígenas, nem sua autonomia tribal. 1-1) O Brasil, à época da conquista, era habitado por grupos étnicos distintos, entre os quais se destacavam quatro troncos lingüísticos: o jê, o karib, o nuaruaque e o tupi. 2-2) A partir da instituição das capitanias hereditárias na colonização do Brasil, os donatários portugueses passam a relacionar-se com o indígena, de modo mais brando, de forma a inseri-los no processo produtivo que se instalava. 3-3) Diversamente da Espanha, Portugal não utilizou, em relação ao Brasil, meios coercitivos para a exploração da mão-deobra indígena, na consecução do seu projeto colonizador. 4-4) A escravidão do indígena no Brasil teve início antes mesmo de D. João III tentar uma ocupação mais efetiva da terra brasileira. 10. As proposições abaixo dizem respeito à história do período colonial no Brasil. 0-0) No início do século XVII, o pau-brasil não compunha sozinho a paisagem do litoral nordestino. Grandes plantações de canade-açúcar esverdeavam o litoral, da Paraíba até Sergipe. 1-1) A presença holandesa no Nordeste brasileiro deve-se também às guerras entre Espanha e Países Baixos, que ocorreram durante a União Ibérica (15801640). 2-2) O desenvolvimento da cultura do café possibilitou ao Brasil receber imigrantes italianos. 0-0) A presença constante da religião com seus cultos e festas fez das igrejas o centro das manifestações da arte barroca no Brasil. 1-1) Manuel Francisco Lisboa é identificado como o grande renovador da arquitetura mineira, cujo trabalho tem continuidade na obra de seu filho, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. 2-2) As concepções barrocas européias foram recriadas no espaço colonial brasileiro, imprimindo-se a elas peculiaridades inerentes à condição colonial. 3-3) Na verdade, grande parte da arte chamada de “Barroco Mineiro” pertence ao estilo rococó, posterior ao Barroco e dele derivado. 4-4) A igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (antiga Vila Rica), é considerada pelos estudiosos da arte brasileira a obra-prima do Barroco mineiro. 12. A onda revolucionária de 1848 varreu a Europa e teve repercussão no Brasil. Sobre este tema, analise as proposições abaixo. 0-0) O liberalismo esteve presente nessas revoluções, contrariando as limitações impostas pela monarquia absoluta. 1-1) O nacionalismo foi uma bandeira utilizada pelos revolucionários, tanto na Europa quanto no Brasil. 2-2) A nacionalização do comércio a retalho estava entre as reivindicações dos revolucionários da Praieira – 1848, em Pernambuco. 3-3) A igualdade social e econômica também esteve na mira dos revolucionários europeus. 4-4) Com a miséria dos camponeses e proletários, a organização dos partidos socialistas, na Europa e no Brasil, antecedeu e preparou as revoluções de 1848. 13. Sobre o fim do tráfico de escravos negros no Brasil. 0-0) A extinção do tráfico negreiro no Brasil não constitui um fato isolado na sua vida econômica. Correspondeu às exigências da expansão industrial inglesa. 1-1) A Inglaterra impôs a inclusão de cláusula relativa à extinção do tráfico negreiro no tratado pelo qual reconhecia a independência do Brasil. 2-2) A escravidão não constituía assunto interno de cada país, o que tornou lícita a intervenção, tanto de ingleses como de franceses e holandeses, no processo de extinção do tráfico de escravo no Brasil. 3-3) Na segunda metade do século XIX, época da expansão da economia cafeeira, intensificou-se no Brasil o tráfico de escravos. aprovado pelo 4-4) O “Bill Aberdeen”, parlamento inglês, concedia à marinha brasileira o direito de revistar os navios ingleses suspeitos de tráfico negreiro 14. O término da Primeira Guerra Mundial marcou o fim de uma época no Brasil. Interferiu também no modo de vida e nas artes. Sobre esta questão, analise as alternativas abaixo. 0-0) Surgiram as “vanguardas” na literatura, na música e nas artes plásticas: Futurismo, Dodecafonismo, Cubismo. 1-1) A Semana de Arte Moderna em São Paulo não foi a primeira manifestação do Modernismo. Anos antes, Anita Malfatti havia exposto seus quadros causando polêmica. 2-2) O movimento modernista retomou temas como o indianismo e a seca nordestina. 3-3) Escritores, como Ariano Suassuna e Graciliano Ramos, integraram-se ao movimento modernista nordestino. 4-4) O Modernismo possibilitou o fim da primazia da literatura sobre as outras artes. A pintura de Portinari e Di Cavalcanti ganharam relevância mundial. 15. Sobre o período agitado de 1961 a 1964, analise as alternativas abaixo. 0-0) A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, levou o Brasil a mudar de regime de governo: de Presidencialista para Parlamentarista. 1-1) João Goulart assume o governo brasileiro, em 1961, como primeiro ministro do general Henrique Teixeira Lott, “O General da Legalidade”. 2-2) O movimento popular brasileiro de 1961 – 1964 se formou dentro da perspectiva nacionalista, cujo programa privilegiava as reformas de base. 3-3) O governo de Goulart era apoiado pela frente parlamentar nacionalista, pelo comando geral dos trabalhadores, pelas associações estudantis, associações de sargentos e outros, mas carecia de uma visão política capaz de enfrentar o capitalismo em um país dependente. 4-4) Durante este período, Juscelino Kubitscheck inaugurou Brasília, transferindo a capital do litoral para o interior do Brasil. 16. O mapa abaixo assinala a liderança na Europa Ocidental dos E.U.A. e da U.R.S.S. Observe o mapa e analise as seguintes proposições. FINLANDIA MAR BALTICO U.R.S.S. ALEMANHA OR. ALEMANHA C . FRANÇA POLONIA TCHECOSLOVAQUIA AUSTRIA SUÍÇA HUNGRIA ROMENIA ESPANHA PORTUGAL SUÉCIA MAR DO NORTE HOLANDA DINAMARCA O E.U.A. BÉLGICA IRLANDA NORUEGA ISLÂNDIA INGLATERRA OCEANO ATLÂNTICO CANADA IUGOSLÁVIA MAR NEGRO BULGÁRIA ITÁLIA ALBANIA MAR MEDITERRÂNEO GRÉCIA TURQUIA AFRICA 0-0) A carta acima mostra a bipolarização atual do mundo. As áreas de influência dos Estados Unidos e as áreas de influência da União das Repúblicas Soviéticas. 1-1) Este mapa é datado do período que antecedeu a Segunda Grande Guerra; mostra o alinhamento dos países e a formação de blocos que viriam a ser inimigos durante o conflito – 1939-1945. 2-2) O mapa assinala a bipolarização do mundo ocidental, após a Segunda Guerra e as áreas de influência do pacto de Varsóvia e da OTAN. 3-3) No mapa, países, como a Suíça, Aústria, Iugoslávia, Albânia, Suécia, Finlândia e Irlanda, ficaram fora da área de influência da OTAN e do pacto de Varsóvia. 4-4) No mapa, a principal nação, E.U.A., não está representada fisicamente. Entretanto, não há dúvidas quanto à sua presença no processo de bipolarização.