UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Cleverson - TCC On-line

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Cleverson Francisco Moreira
LIVE-DVD GERDS LINUX
CURITIBA
2010
LIVE-DVD GERDS LINUX
CURITIBA
2010
Cleverson Francisco Moreira
LIVE-DVD GERDS LINUX
Monografia apresentada como requisito avaliativo
para obtenção do grau de Especialista em Redes
de Computadores e Segurança de Redes da
Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientador: Roberto Amaral
CURITIBA
2010
TERMO DE APROVAÇÃO
Cleverson Francisco Moreira
LIVE-DVD GERDS LINUX
Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do grau de Especialista em Redes de
Computadores e Segurança de Redes no Curso de Pós Graduação da Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, 19 de abril de 2010.
_______________________________
Curso de Pós Graduação em Redes de Computadores e Segurança de
Redes.
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador: Prof. Roberto Amaral.
Universidade Tuiuti do Paraná
RESUMO
A maioria dos usuários de computadores preferem que seu sistema operacional
traga em sua instalação, softwares que são utilizados mais freqüentemente. Uma
das formas de realizar isso é através da customização do sistema operacional, e é
com base nela que realizamos a construção de um live-dvd Linux. O mesmo é
destinado aos alunos das matérias de redes, sistemas operacionais e também ao
laboratório de redes da Universidade Tuiuti do Paraná. A aplicabilidade de um livedvd Linux customizado não fica restrita apenas ao âmbito educacional, mas também
pode ser utilizada como ferramenta de trabalho para profissionais da área de
informática.
Palavras-chave:
customização,
live-dvd,
sistema
operacional.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – TELA DE BOOT DO LFS ...................................................................... 17
FIGURA 2 – TELA DE BOOT DO LIVE-CD DO MORPHIX ...................................... 19
FIGURA 3 – TELA DE OPÇÕES DO REMASTERSYS ............................................ 20
FIGURA 4 – TELA DE BOOT DO GRUB .................................................................. 22
FIGURA 5 – TELA DE INICIALIZAÇÃO DO SISTEMA ............................................. 23
FIGURA 6 – BARRA DE INICIALIZAÇÃO RÁPIDA .................................................. 24
FIGURA 7 – PAPEL DE PAREDE DA ÁREA DE TRABALHO .................................. 24
FIGURA 8 – CRIANDO A IMAGEM ISO ................................................................... 25
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 O QUE É O LINUX? ................................................................................................. 9
2.1 O QUE É O KERNEL? .......................................................................................... 9
3 DIFERENÇAS ENTRE LINUX E WINDOWS ......................................................... 12
4 O QUE É UMA DISTRIBUIÇÃO? .......................................................................... 14
5 O QUE É UMA CUSTOMIZAÇÃO? ....................................................................... 16
6 COMO FOI IMPLEMENTADO O LIVE-DVD GERDS LINUX? .............................. 16
6.1 OS PRINCIPAIS PACOTES DO LIVE-DVD-GERDS LINUX ............................... 25
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 27
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29
8
1 INTRODUÇÃO
Atualmente observa-se um crescimento no uso do software livre por parte de
empresas privadas, órgãos governamentais, meios acadêmicos e uma boa parcela
de usuários domésticos. Isso ocorre devido aos aperfeiçoamentos e avanços destes
sistemas de softwares, que em vários casos já ultrapassam os proprietários, pois
desempenham melhor qualidade, disponibilidade e usabilidade.
O LIVE-DVD GERDS LINUX tem como objetivo facilitar o trabalho de
professores e alunos de maneira que estes não necessitem instalar muitos
programas ou customizá-los, pois a grande maioria dos programas utilizados pelos
professores já estão instalados no sistema.
O foco deste trabalho é a customização e criação de uma distribuição LINUX
acrescentando programas úteis para as disciplinas ministradas nos laboratórios de
redes e também o repasse desta distribuição aos alunos, para que estes possam
instalar o sistema em seus computadores e assim tirarem melhor proveito das aulas.
9
2 O QUE É O LINUX?
Segundo Michael Jang, “Linux é apenas o kernel, a parte do sistema
operacional que permite ao seu software e ao seu hardware se comunicarem.”
(2003, p. 03). O Linux é derivado do sistema operacional Unix, sua primeira aparição
foi em novembro de 1991, criado por um estudante de Ciência da Computação na
Universidade de Helsinki, Finlândia chamado Linus Benedict Torvald.
O Linux é mantido por uma comunidade mundial de desenvolvedores (que
inclui programadores individuais e empresas como IBM e HP), coordenada pelo
mesmo Linus. O sistema operacional Linux conta com todas as características do
Unix, ele está em constante evolução e é de domínio público.
Segundo Campos (2006), “O Linux adota a GPL, uma licença de software
livre – o que significa que todos os interessados podem usá-lo e redistribuí-lo, nos
termos da licença.”.
2.1 O QUE É O KERNEL?
Para Alecrim (2004), “Kernel pode ser entendido com uma série de arquivos
escritos em linguagem C e em linguagem Assembly que constituem o núcleo do
sistema operacional. É o kernel que controla todo o hardware do computador. Ele
pode ser visto como uma interface entre os programas e todo o hardware. Cabe ao
kernel as tarefas de permitir que todos os processos sejam executados pela CPU e
permitir que estes consigam compartilhar a memória do computador.”.
O kernel é a parte mais importante do sistema operacional, pois ele permite
que as funções de comunicação com os periféricos que estão nele inclusas sejam
10
reaproveitadas sempre que um novo programa é feito, isso economiza muito
trabalho e diminui o risco da ocorrência de erros. Na existência de periféricos ou
elemento de um sistema computacional que o kernel não dá suporte, faz-se
necessário escrever uma nova interface para eles, os chamados drivers ou módulos
(ALECRIM, 2004).
Periodicamente, novas versões do kernel do Linux são lançadas. Isso ocorre
para prover melhorias em uma determinada função da versão anterior, para corrigir
vulnerabilidades e para adicionar recursos ao kernel, principalmente compatibilidade
com novos hardwares.
Cada versão do kernel é representada por três números distintos separados
por pontos, sendo que um quarto número pode ser aplicado, por exemplo: 2.6.21.3.
O primeiro número indica a versão do kernel. Esse número muda raramente: De
acordo com Alecrim (2004), “a última alteração ocorreu em 1996, quando o kernel
passou da versão 1 para a versão 2”. O segundo número indica a última revisão feita
até o momento naquela versão do kernel. O terceiro número, por sua vez, indica
uma revisão menor, como se fosse uma "revisão da última revisão" do kernel. Note
que o terceiro número pode ser acompanhado de pequenas siglas. Uma que
costuma aparecer com freqüência é a sigla rc (release candidate), que indica a
disponibilização de uma versão ainda não oficial, por exemplo: 2.6.22-rc1. Há siglas
que apontam uma versão trabalhada por um desenvolvedor em específico, como a
"mm", que indica as alterações feitas por Andrew Morton.
Um quarto número pode ser usado. Ele é aplicado quando uma falha grave
no kernel foi descoberta, sendo, portanto, necessário atualizá-lo. Porém, não faz
sentido lançar uma revisão completa apenas por causa de algumas correções, razão
esta que levou à utilização de um quarto número.
11
Segundo Alecrim (2004),
o kernel do Linux permite que o sistema operacional seja compatível com
uma série de plataformas, desde palmtops até mainframes. Até mesmo nos
computadores da Apple é possível instalar o Linux. As principais
plataformas compatíveis são: Apple, Sun, Sparc, Alpha, PowerPC, i386
(Intel), ARM, entre outras.
12
3 DIFERENÇAS ENTRE LINUX E WINDOWS
Uma grande discussão é travada quando realizamos uma comparação entre
dois sistemas operacionais, principalmente quando um deles é software livre e o
outro não.
Na ótica de Hexsel (2006),
Software Livre (Free Software) é o software disponível com a permissão
para qualquer um usá-lo, copiá-lo, e distribuí-lo, seja na sua forma original
ou com modificações, seja gratuitamente ou com custo. Em especial, a
possibilidade de modificações implica em que o código fonte esteja
disponível. Se um programa é livre, potencialmente ele pode ser incluído em
um sistema operacional também livre. É importante não confundir software
livre com software grátis porque a liberdade associada ao software livre de
copiar, modificar e redistribuir, independe de gratuidade. Existem programas
que podem ser obtidos gratuitamente mas que não podem ser modificados,
nem redistribuídos.
De acordo com Morimoto (2006), “O sistema operacional é provavelmente o
software mais importante em qualquer computador. Ele é o responsável por ativar
todos os periféricos e criar o ambiente sobre o qual todos os outros programas
rodam”.
Algumas diferenças entre Windows e Linux são:

Windows é software proprietário, o uso é restrito à licença.

Linux é software livre, você pode compartilhar à vontade.

Windows tem uma opção, Windows.

Linux tem mais de Distros ou pacotes de distribuição.

Windows é alvo de mais de 100.000 vírus e parasitas virtuais.

Linux é praticamente imune à vírus.

Windows tem muitos acordos com fabricantes de hardwares, e, portanto, usa
drivers binários proprietários que dão bom suporte à multimedia e jogos
gráficos 3D.
13

Linux desenvolve seus drivers de forma livre e com código fonte (compiláveis)
via
engenharia
reversa
ou
com
base
nas
informações
que
são
disponibilizadas por fabricantes que apóiam o software livre, que ainda são
em número inferior aos parceiros de código fechado do Windows.

Windows requer hardware topo de linha.

Linux funciona desde computadores Pentium-100 até os modernos QuadCores ou ainda Clusters de Supercomputadores.

Windows é menos usado em servidores e mais usado em desktops.

Linux é mais usado em servidores e menos usado em desktops.

Windows exige mais reboots e reformatações devido à instalação de novos
programas e à instabilidades do sistema e aquelas induzidas por vírus.

Linux foi projetado para não necessitar de reboot (quando instala um
programa não precisa reiniciar a máquina) e muito menos reformatações
periódicas.

Windows tornou-se o padrão na era dos 32 bits.

Linux está a caminho de se tornar o padrão na era dos 64 bits.

Windows não dá muita margem ao usuário para que este adquira um
profundo conhecimento do sistema, e nem o usuário vai conseguir fazer isso
se tentar, pois o sistema é fechado.

Linux dá total liberdade para o usuário para que este obtenha total
conhecimento do sistema de forma a adequá-los às suas necessidades
específicas, podendo modificá-lo à vontade e ir fundo em suas entranhas para
ter certeza de que o sistema o obedece 100%.
14

Windows é desenvolvido por um número limitado de técnicos, em ambiente
privado corporativo, na forma de uma empresa privada tradicional do século
20.

Linux e outros sistemas operacionais de código aberto são desenvolvidos por
um número ilimitado de colaboradores, a chamada comunidade global do
software livre, apoiada na internet, onde todo e qualquer problema por mais
complexo que possa parecer, acaba se transformando num problema trivial,
daí o Linux ter menos Bugs, numa forma de produção colaborativa do século
21. (Algumas...,2010).
4 O QUE É UMA DISTRIBUIÇÃO?
De acordo com Sulamita Garcia,
uma distribuição Linux é um conjunto de vários aplicativos que rodam em
cima do kernel Linux, que é a parte mais importante para o sistema
funcionar. A forma como essas distribuições organizam os softwares
instalados, como são desenvolvidas, a filosofia na qual são baseadas é o
que as torna diferentes umas das outras. (2008, p. 1).
Para Campos (2006), “Como o Linux e a maior parte dos softwares incluídos
em distribuições são livres, qualquer organização ou indivíduo suficientemente
motivado podem criar e disponibilizar (comercialmente ou não) a sua própria
distribuição. Isso faz com que hoje haja registro de mais de 300 distribuições
ativamente mantidas, embora menos de 20 delas sejam largamente conhecidas”.
Para Morimoto (2006), as principais distribuições Linux são:
Debian – é desenvolvida e atualizada através dos esforços de milhares de
voluntários espalhados ao redor do mundo, é a distribuição oficial do projeto GNU,
pois a mesma segue seu estilo de desenvolvimento, possui suporte a língua
portuguesa, além de ser a única com suporte a 14 arquiteturas diferentes. Possui um
15
sistema avançado de gerenciamento de pacotes chamado de dpkg, facilitando a
instalação e atualização de pacotes. O Debian é considerado a distribuição mais
estável, devido aos extensivos testes feitos antes do lançamento de cada versão,
para alcançar um alto nível de confiabilidade.
Slackware – desenvolvida por Patrick Volkerding, com o objetivo de atingir
facilidade de uso e estabilidade como prioridades principais, o mesmo segue os
padrões Linux, como o Linux File System Standard, que é um padrão de
organização de diretórios e arquivos para as distribuições.
Red Hat Enterprise – distribuição comercial americana suportada pela Red
Hat e voltada para servidores de grandes e medias empresas. Também conta com
uma certificação chamada RHCE específica desta distribuição, seu gerenciamento
de pacotes é o rpm.
Suse – distribuição alemã com foco em usuários com conhecimentos
técnicos em Linux (programador, administrador de rede, entre outros), também
possui suporte ao idioma e teclado Português, além de uma ferramenta chamada
yast, que permite configurar todo o sistema no ambiente gráfico.
16
5 O QUE É UMA CUSTOMIZAÇÃO?
Na maioria das vezes quando instalamos um sistema operacional, este não
traz consigo todos os aplicativos e configurações que necessitamos, pois as
pessoas possuem gostos diferentes e utilizam softwares com finalidades diferentes
também. Por isso vários profissionais da comunidade de software livre contribuem
no desenvolvimento de soluções para este problema, direcionando as mesmas a um
grupo menor de usuários.
A palavra customização “tem o sentido de adaptar os produtos e processos
ao gosto do cliente, portanto é o atendimento que visa à satisfação do freguês. A
origem da palavra está no inglês customer, que significa “cliente” – não tem nada a
ver com “costume”, como pode parecer à primeira vista ao falante de português.”
(CUSTOMIZAÇÃO..., 2010).
Existem basicamente três maneiras para customizar uma distribuição:

Montando a distribuição do zero.

Alterando o conjunto de pacotes de uma distro pronta.

Fazendo uso de ferramentas automatizadas.
6 COMO FOI IMPLEMENTADO O LIVE-DVD GERDS LINUX?
Criar uma distribuição do zero é o ideal, pois agrega muito mais
conhecimento sobre o funcionamento interno do Linux e ainda há a possibilidade de
escolher todos os pacotes que fazem parte da distribuição.
17
O LFS (Linux From Scratch) ou “Linux do nada” como também é chamado,
“é um projeto liderado por Gerard Beekmans que fornece instruções passo-a-passo
de como construir distribuições Linux a partir do zero”. (SCRATCH..., 2010).
Usando o LFS, “o usuário pode criar um sistema Linux compacto, sem
necessidade da inclusão de pacotes dispensáveis para a aplicação do usuário,
resultando numa grande economia de espaço em disco e processamento”.
(SCRATCH..., 2010).
FIGURA 1 – TELA DE BOOT DO LFS
FONTE: Figura extraída do site http://www.oshares.cn/wordpress/wpcontent/uploads/2009/11/01-LFS-LCD.jpg. Acesso em 10 de junho de 2009.
Seguindo as orientações do manual do LFS encontrado no site do projeto,
construiu-se uma boa parte do LIVE-DVD GERDS LINUX, porém, devido a algumas
incompatibilidades de hardwares, erros de compilação de pacotes e falhas de
dependências de pacotes, este método ficou inviável.
18
Utilizar um live-cd modular para criar uma distribuição Linux, facilita muito o
trabalho, pois seu conteúdo é dividido em módulos, arquivos compactados,
comumente utilizando-se do sistema de arquivos squashfs, ou similar, contendo
aplicativos, bibliotecas, configurações entre outros.
Squashfs “é um sistema de arquivos somente leitura para Linux que
implementa compressão”. (SQUASHFS..., 2010).
O live-cd modular escolhido foi o do morphix, devido a sua versatilidade, ele
está dividido da seguinte maneira:

Módulo-Base – É uma seleção básica de programas composto pelo kernel e
módulos além de scripts responsáveis por detectar e configurar o hardware.
Sua função é inicializar o sistema, detectar e configurar todo o hardware
disponível no computador.

Módulo-Principal – É o módulo de trabalho que irá receber as instalações dos
programas e as diversas configurações do sistema que estará sendo
construído. Consiste em um sistema de arquivos Debian completo, construído
com a utilização do debootstrap, mais a inclusão de programas essenciais.

Mini-Módulo – É uma imagem cloop e pode ser utilizada para adicionar
recursos extras ao Live-CD.
A seqüência adotada na criação do live-cd utilizando o módulo-base do
morphix foi:
1. Preparação do ambiente;
2. Aquisição de arquivos e ferramentas necessárias;
3. Personalização da tela de boot, arquivo de menu e telas de inicialização;
4. Criação do sistema base em um diretório criado pelo usuário;
5. Instalação dos aplicativos, ambiente do live-cd e ajustes do sistema;
19
6. Junção do sistema base ao live-cd;
7. Testes com a máquina virtual para gravação posterior.
O
live-cd
gerado
com
o
módulo-base
do
morphix
apresentou
incompatibilidades com hardwares mais atuais, ocasionando a não inicialização do
sistema em algumas máquinas, e ainda a falta de um instalador gráfico para o disco,
que é de fundamental importância, porque sem ele não é possível utilizar o sistema
operacional através do hard disk, ocasionou o abandono deste método.
FIGURA 2 – TELA DE BOOT DO LIVE-CD DO MORPHIX.
FONTE: Figura extraída do site http://www.linux-user.de/ausgabe/2005/03/020-morphix/01morphix-boot-start.png. Acesso em 22 de novembro de 2009.
Caso o usuário já possua uma distribuição, seja ela em CD, formato ISO ou
instalado no computador, é possível personalizá-la e então gerar uma nova
distribuição.
20
A remasterização “é um termo utilizado entre os usuários do Linux para
designar o ato de personalizar as versões Linux, já existentes, pelos próprios
usuários”. (REMASTERIZAÇÃO...,2010).
O Remastersys “é um programa que serve para o usuário fazer um backup
total do sistema (e não apenas dos pacotes baixados via apt-get ou do synaptics) e
colocá-lo em um live-dvd para instalá-lo em outra máquina ou disco rígido já com
tudo pré-instalado, ou simplesmente para fazer uma distribuição customizada”.
(USANDO...,2010).
FIGURA 3 – TELA DE OPÇÕES DO REMASTERSYS.
FONTE: Figura extraída do site http://praji.files.wordpress.com/2008/07/remastersysgui.png. Acesso em 15 de janeiro de 2010.
Segue os procedimentos, softwares e hardwares utilizados para criar o LIVEDVD GERDS LINUX.
Os softwares utilizados foram:

Distribuição Linux Debian Lenny;

Linguagem de Programação em Shell script bash;
21

Ferramenta automatizada para Debian e Ubuntu Remastersys versão 2.03;

Software para gravação de CD/DVD GnomeBaker 0.6.4;

Software para edição de imagens Gimp 2.4.7;

Ferramenta para criar boot gráfico splashy 0.3.13-3

Ferramenta para criar a barra de inicialização rápida gDesklets 0.36
O microcomputador utilizado possui os seguintes itens de hardwares:

Processador: Intel Core 2 Quad Q6600 2.4Ghz;

Memória RAM: 2048 MB DDR2 1066 Mhz;

H.D.: 320 GB Sata II;

Placa de vídeo: ATI Radeon HD 4850 – 512MB;
As seqüências de ações foram:

Fazer o download de uma imagem ISO do Debian Lenny no site oficial;

Gravar a imagem ISO do Debian num CD;

Instalar o sistema operacional no microcomputador;

Procurar por atualizações e instalar as mesmas caso disponíveis, utilizando o
comando #apt-get update no prompt de comando ou via ferramenta synaptic;

Instalar o remastersys, para isso abra o terminal e digite nele sudo gedit
/etc/apt/sources.list dê ENTER e coloque as seguintes linhas no final do
arquivo:
#Remastersys
deb http://www.remastersys.klikit-linux.com/repository remastersys/
Salve o arquivo, feche o terminal e abra o synaptics, clique em recarregar e
espere o fim do processo. Agora procure por remastersys, marque para
instalação, clique em aplicar e aguarde a instalação. Será criado um ícone
22
chamado
Remastersys
Backup
no
menu
de
aplicativos/Sistema/Administração.

Instalar o splashy abra o synaptics e procure por splashy e splashy-themes,
marque para instalação, clique em aplicar e aguarde a instalação. Será criado
um diretório em /etc/splashy/themes/

Instalar os softwares utilizando o synaptics;

Criar a tela de boot do grub utilizando o gimp, para isso abra o gimp e crie
uma imagem no formato 640x480 com 14 cores e salve com o nome splash
no formato xpm. Agora utilize o gzip para compactar a imagem e em seguida
mova-a para o diretório /etc/remastersys/grub/
Edite o arquivo /etc/remastersys/grub/menu.lst e adicione a seguinte linha
caso esta não exista.
splashimage = (hd0,0)/boot/grub/splash.xpm.gz
Salve e saia do editor de texto.
Realize
o
mesmo
procedimento
para
o
arquivo
do
/boot/grub/menu.lst
No terminal logado como usuário root, digite o seguinte comando:
#update-grub
FIGURA 4 – TELA DE BOOT DO GRUB.
diretório
23

Criar a tela de inicialização do sistema utilizando o gimp, para isso abra o
gimp e crie uma imagem no formato 1024x768 e salve com o nome de
background
no
formato
png,
então
mova-a
para
o
diretório
/etc/splashy/themes/default
Edite o arquivo /etc/remastersys/grub/menu.lst e adicione vga=791 splash
quiet no final da linha com o kernel.
Ex.: kernel /boot/vmlinuz ro root=/dev/hda1 ro vga=791 splash quiet
Salve e saia do editor de texto.
Realize
o
mesmo
procedimento
para
o
arquivo
do
/boot/grub/menu.lst
No terminal logado como usuário root, digite o seguinte comando:
#update-initramfs –u –t –k `uname –r`
FIGURA 5 – TELA DE INICIALIZAÇÃO DO SISTEMA.
diretório
24

Editar o arquivo remastersys.conf, para isso utilize um editor de texto e altere
as seguintes linhas do arquivo /etc/remastersys.conf para:
LIVEUSER=”gerds” – define o nome do usuário
LIVECDLABEL=”gerds” – define o nome do CD
CUSTOMISO=”gerdscustom.iso” – define o nome da imagem
Salve e saia do editor de texto.

Utilizar a ferramenta gDesklets para criar uma barra de inicialização rápida;
FIGURA 6 – BARRA DE INICIALIZAÇÃO RÁPIDA.

Personalizar ícones, menus e papel de parede da área de trabalho, no menu
Sistema, Preferências, Aparência.
FIGURA 7 – PAPEL DE PAREDE DA ÁREA DE TRABALHO.

Copiar os arquivos do diretório do usuário gerds para o diretório /etc/skel,
para isso abra um terminal e digite:
25
#mv /home/gerds/{*,.??*} /etc/skel
#rm /etc/skel/.{X,ICE}authority
#chown root.root /etc/skel –R

Gerar a imagem ISO, abra um terminal e logado como usuário root digite:
#remastersys dist
A imagem será criada no diretório /home/remastersys
FIGURA 8 – CRIANDO A IMAGEM ISO.

Gravar a imagem em um DVD, abra o gnomeBaker e selecione a imagem no
diretório /home/remastersys, insira o DVD virgem e clique em gravar.
6.1 OS PRINCIPAIS PACOTES DO LIVE-DVD-GERDS LINUX
Os seguintes pacotes foram instalados:

Navegador Web Firefox 3.6.3

SUN VirtualBox 3.1.4

BrOffice.org 3.2

Cisco Packettracer 5.0
26

Máquina Virtual Java 6 update 19

Gravador de CD/DVD GnomeBaker 0.36

Wireshark 1.0.2

VLC 1.0.2

aMSN 0.97.2

Barra gDesklets 0.36

Remastersys 2.0.18-1

Ntfs-3g

Servidor HTTP Apache 2

Openssh-Server

Squid3

Nmap

Samba

Swat

Mysql-server

Php5

Bind

Postfix
27
7 CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo criar um LIVE-DVD Linux para ser utilizado
nos laboratórios de redes da Universidade Tuiuti do Paraná e também distribuído
para os alunos dos cursos de informática, com o intuito que estes obtenham um
melhor aproveitamento nas aulas.
Dos métodos apresentados, os três foram utilizados, sendo que no primeiro
utilizou-se o Linux From Scratch, este apresentou muitas dificuldades devido à
complexidade dos processos e incompatibilidades com o hardware utilizado. O
segundo método foi através de um live-cd modular do Morphix, que apesar do
progresso em relação ao Linux From Scratch, ainda estava incompleto e com certa
instabilidade. O terceiro método foi o que demonstrou os melhores resultados e
gerou a versão final do LIVE-DVD GERDS LINUX, neste método utilizou-se uma
ferramenta automatizada chamada remastersys, e utilizando-a ganhamos velocidade
e qualidade no desenvolvimento do LIVE-DVD.
Com o conhecimento adquirido neste trabalho, fica evidente que uma
distribuição Linux não é melhor do que outra, pois cada uma delas possui suas
particularidades e são destinadas a usuários com necessidades diferentes assim
como também não existe o melhor método para criar uma distribuição Linux, pois em
cada método utilizado, o nível de conhecimento do usuário e suas necessidades
também variam.
Então se o usuário for experiente em Linux e quer algo totalmente ao
contexto de suas necessidades, o método mais indicado é o Linux From Scratch,
apesar de este ser bastante complexo e dispor de muito tempo, traz ótimos
28
resultados. Agora se o usuário possuir pouco conhecimento em Linux é melhor optar
por uma ferramenta automatizada.
Com relação a trabalhos futuros, pode ser indicado o aperfeiçoamento deste
LIVE-DVD GERDS LINUX, acrescentando novas funcionalidades e melhoramentos.
29
REFERÊNCIAS
ALECRIM,
Emerson.
O
Kernel
do
Linux.
2004.
Disponível
http://www.infowester.com/linuxkernel.php. Acesso em: 12 jan. 2010.
em:
ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE: Windows e Linux. Disponível em:
http://winxlinux.com/algumas-diferencas-entre-windows-e-linux/. Acesso em: 14 fev.
2010.
CAMPOS, Augusto. O que é Linux. BR-Linux. Florianópolis, março de 2006.
Disponível em: http://br-linux.org/faq-linux/. Acesso em: 12 jan. 2010.
CUSTOMIZAÇÃO:
Dicionário
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Disponível
em:
http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=customiza%E7%E3o&id
=6339. Acesso em: 22 mar. 2010.
Free
Software
Foundation:
Software
Livre.
Disponível
em:
http://www.dbit.com.br/blog/2008/09/17/o-conceito-de-software-livre/. Acesso em: 27
jun. 2009.
GARCIA, Sulamita. Por que existem tantas distribuições?. Disponível em:
http://www.linuxmagazine.com.br/images/uploads/pdf_aberto/LM05_distros.pdf.
Acesso em: 28 jun. 2009.
HEXSEL, Roberto. O que é Software Livre?. 2006. Disponível
http://www.softwarelivre.gov.br/SwLivre/. Acesso em: 21 set. 2009.
em:
JARGAS, Aurélio Marinho. Shell Script Profissional. São Paulo: Novatec, 2008.
JANG, Michael. Dominando Red Hat Linux 9. Rio de Janeiro: Ciência Moderna,
2003.
MORIMOTO, Carlos Eduardo. Linux Entendendo o Sistema. Disponível em:
http://www.gdhpress.com.br/entendendo/ Acesso em: 29 jun. 2009.
MORIMOTO, Carlos Eduardo. Redes e Servidores Linux: Guia Prático. 2ª Ed. Porto
Alegre: Sul Editores, 2006.
MORIMOTO, Carlos Eduardo. Redes Guia Prático. Porto Alegre: Sul Editores, 2008.
NEVES, Julio Cezar. Programação Shell Linux. 6 ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
REMASTERIZAÇÃO:
Remasterizar.
Disponível
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Remasteriza%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 10 mar.
2010.
SCRATCH: Linux From Scratch. Disponível em: http://www.linuxfromscratch.org/.
Acesso em: 12 jan. 2010.
30
SQUASHFS: Sistema de Arquivos. Disponível em: http://squashfs.sourceforge.net/.
Acesso em: 17 jan. 2010.
USANDO
O
REMASTERSYS:
Remastersys.
Disponível
http://sidserra.phpnet.us/remastersys.htm. Acesso em: 16 mar. 2010.
em:
Download