Alda Maria de Paula Mata Universidade do Estado do Rio de Janeiro [email protected] O PAPEL DA NATUREZA NA REESTRUTURAÇÃO ESPACIAL DO MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU Introdução Este trabalho se propõe a estudar: “qual a influência da natureza para reestruturação espacial do Município de Nova Iguaçu?”. Levando em consideração a fase atual que o município se insere: a valoração do solo urbano, a especulação imobiliária, bem como a preservação da natureza, no que concerne à preservação da mata atlântica remanescente em seu território. Para tratar das questões descritas acima, pretende-se falar da Geografia do referido município através de sua História Ambiental. Para isto, faz-se necessário uma breve discussão sobre as contribuições da ciência Geográfica para elaboração de uma História Ambiental. Apresentando suas semelhanças, passando pela interdisciplinaridade característica as duas disciplinas, bem como a relação dos níveis da História Ambiental como os objetos de estudo da Geografia. Objetivos Este trabalho tem por objetivo abordar as contribuições dos temas paisagem e memória; e natureza e cultura; com a seguinte questão central: “qual a influência da natureza para reestruturação espacial do Município de Nova Iguaçu?”. A fim de falar de sua Geografia através de sua história-ambiental. Objetivos Específicos apresentar a Geografia do referido município através de sua História Ambiental; discutir a relação dos temas paisagem e memória e natureza e cultura com a temática proposta nesse trabalho. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 Metodologia Como característica metodológica, o viés da pesquisa utilizado é o histórico-crítico-dialético, sob a perspectiva do método dedutivo. Para a realização deste estudo, serão necessários levantamentos de referências teórico-conceituais sobre o tema abordado, utilizando fontes que discutam a História Ambiental, História do Pensamento Geográfico, a relação da Geografia com a História Ambiental, paisagem, memória, natureza, cultura e o que mais for importante e apresentar-se de grande relevância no desenvolver desta pesquisa. Como proposta metodológica para a elaboração do referencial teórico-conceitual, para o bom entendimento da História Ambiental, o autor Donald Worster e José Augusto Drummond foram de grande importância, no que tange a questão metodológica dessa área de estudo. Para a interface entre a História Ambiental e a Geografia, utilizou-se a autora Inês Aguiar de Freitas. Em seqüência, apresentaram-se os temas paisagem e memória; e natureza e cultura; e em que medida esses dois temas dialogam com a proposta desse trabalho. Como fundamentação teórica foram utilizados os autores Simon Schama, Glaken, Roberto Da Matta, Inês Aguiar de Freitas, como fontes principais à reflexão sobre a questão central dessa investigação. Como fontes complementares ao tema desenvolvido nesse trabalho, foram utilizados os autores Antônio Carlos Diegues, Carlos Walter Porto Gonçalves, Carl Sauer e Denis Cosgrove. A presente pesquisa encontra-se no estágio de levantamento de fontes primárias e secundárias, bem como na elaboração de seu referencial teórico-conceitual. Referencial teórico-conceitual Segundo Worster (1991) a história ambiental inicia-se na década de 1970 ao passo que o movimento ambientalista e as discussões sobre a crise ambiental global se expandiam em escala mundial, alcançando a população de vários países. Nesse contexto, outras disciplinas demonstraram interesse acadêmico acerca de temas ambientais, como por exemplo, a Economia e a Filosofia. No entanto, enquanto ocorria a diminuição do interesse popular pelos temas ambientais, aumentava o interesse acadêmico por esse assunto, adquirindo escopo político e moral. À medida Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2 que a história ambiental amadurecia, seu objetivo principal tornou-se de acordo com Worster (1991) “(...) aprofundar o nosso entendimento de como os seres humanos foram, através dos tempos, afetados pelo seu ambiente natural e, inversamente, como eles afetaram esse ambiente e com que resultados”. A História Ambiental como disciplina acadêmica, tem como principais centros de estudos países de língua inglesa, como os Estados Unidos da América e Austrália, através de pesquisas realizadas por “historiadores e biólogos de diferentes temas e especialidades (FREITAS 1999, 2006). Os Estados Unidos da América é um centro de referência, segundo Worster (1991), “pela liderança norte-americana nas questões ambientais”. A França também figura como centro de estudos de história ambiental, através de estudos sobre o ambiente realizados por historiadores vinculados à revista Annales. A história ambiental tem como proposição atrelar a história natural à história social (FREITAS, 1999), conferindo a natureza o caráter de agente capaz de promover cultura e, portanto, influenciar as sociedades e culturas humanas (DRUMMOND, 1991). Todavia, não consiste em uma proposta de determinismo natural, mas sim, “colocar a sociedade na natureza” (CRONON apud DRUMMOND, 1991 p. 180; e FREITAS, 1999 p. 5). Segundo Freitas (1999), a história ambiental “considera a terra um agente e presença na história”, o que agrega a história ambiental uma escala global de análises dos fenômenos ambientais estudados, proporcionando uma visão mais integrada de mundo que perpassa a escala do local, que nesse caso, pode ser exemplificada pelos estudos do meio ambiente nos limites das fronteiras nacionais. A história ambiental tem como principal tema a esfera não-humana (Worster, 1991), que pode ser entendida como as forças naturais que interferem na vida humana (Freitas, 1999). Desse modo, apresentam-se três conjuntos de questões (ou níveis) que se incorporam a esse campo do saber. A primeira questão se coloca no campo da história natural, pois se refere ao entendimento da natureza propriamente dita, no que tange aos aspectos tanto orgânicos, quanto inorgânicos da natureza. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 3 A segunda questão trata da interação do domínio sócio-econômico a natureza. Nesse sentido, tornam-se objetos de estudo ferramentas de trabalho, modos de produção e exploração dos recursos naturais, análise das configurações de poder das sociedades, e por conseqüência o estudo do poder da tomada de decisão. Nesse último enquadram-se as decisões políticas, econômicas e ambientais. A terceira questão se apresenta no nível intelectual ou mental, onde se inserem as percepções, leis, mitos, valores étnicos, e outros fatores que possuam significado individual ou de um grupo social com a natureza. Assim, a história ambiental representa uma maneira de se apropriar da natureza como objeto de estudo, integrando-a aos resultados das transformações humanas ou ainda a evolução da paisagem natural da área (Freitas, 1999). Embora, História Ambiental ter nascido da História, pode ser definida, devido a sua construção enquanto disciplina, por seu caráter amplo e interdisciplinar, o que permite a ela fazer interface com outras disciplinas, como a Geografia. Segundo Worster Os historiadores ambientais vêm se apoiando em muitos geógrafos para chegar as suas conclusões. (...) No último século pesquisadores das duas disciplinas entraram muitas vezes nos territórios uns dos outros e descobriram muitas semelhanças de temperamento. (WORSTER, 1991 p. 212) Ainda de acordo com Worster (...) foram principalmente os geógrafos que nos ajudaram a perceber que a nossa situação não é mais a de sermos moldados pelo ambiente. Ao contrário, hoje em dia nós é que cada vez mais estamos assumindo a moldagem, e com conseqüências muitas vezes desastrosas. (WORSTER, 1991 p. 213) Podem-se destacar como possibilidade de conexão entre a história ambiental e a Geografia, além da característica interdisciplinar das duas disciplinas, o interesse no estudo “ das Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 4 relações entre natureza e cultura e de como tais relações influenciam a ação dos homens sobre o meio ambiente” (Freitas, 1999 p. 2). Assim como, os três níveis os quais funcionam a história ambiental que se encontram com os objetos de estudo da Geografia. Nessa perspectiva, como ponto de partida de semelhança entre as duas disciplinas, explicita-se a apropriação de um dos conceitos chave da Geografia – a região geográfica – pela História Ambiental. Bem como, o entendimento do conjunto de elementos físicos e ecológicos da região estudada a partir de um diálogo interdisciplinar com as ciências naturais. Destaca-se, então, a análise das interações dos recursos naturais com o nível de desenvolvimento do processo civilizatório das sociedades humanas feito pela História Ambiental, que se assemelha ao possibilismo geográfico de Vidal De La Blache. Além disso, enfatiza-se o uso de fontes diversificadas, oriundas da História Econômica e Social pela História Ambiental, como o relato de viajantes e exploradores, muito presente também nos trabalhos geográficos. E ainda, o trabalho de campo, estratégia fundamental a Geografia, também utilizado pela História Ambiental (Drummond apud Freitas, 1999, 2006). Assim, a História Ambiental tem muito a contribuir com a Geografia para a melhor compreensão da organização espacial e as transformações das paisagens, levando em consideração o homem como agente transformador do meio ambiente, e a influência das variáveis ambientais nesse processo. E é nessa conjuntura que se insere a questão norteadora desse estudo: “qual a influência da natureza na reestruturação espacial de Nova Iguaçu?”. Para debater sobre o papel da natureza na reestruturação espacial de Nova Iguaçu, se faz necessário colocar a natureza na história do referido município, como objeto de estudo e fator essencial ao entendimento da fase atual a qual Nova Iguaçu se encontra – a especulação imobiliária de partes específicas de seu território. Ou seja, tratar de sua Geografia através de sua História Ambiental. Assim, abordando nesse estudo questões pertinentes as duas disciplinas: paisagem e memória, e ainda a relação entre natureza e cultura. O termo paisagem surge no Renascimento para indicar uma nova relação entre os seres humanos e seu ambiente (Cosgrove, 1998 p. 98). Além disso, paisagem sempre esteve intimamente ligada à cultura. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 5 Os estudos da paisagem na Geografia Humana americana originaram-se a partir da obra de Carl Sauer, que enfatizou a ação do homem transformando a Terra. Para Sauer (1998), a paisagem é composta de elementos físicos e culturais. A primeira metade do conteúdo da paisagem está relacionada à vegetação, ao clima, a geologia e a geomorfologia – paisagem natural; e a segunda metade, caracteriza-se pelas marcas que as sociedades humanas imprimem a paisagem natural – paisagem cultural. De acordo com Sauer (1998, p. 59), “a cultura é o agente, a área natural é o meio, a paisagem cultural o resultado”. A paisagem cultural é o resultado da ação humana sobre a paisagem natural. Nesse contexto, como resultante dessas modificações enquadra-se às construções humanas, como os condomínios fechados que estão sendo construídos no território iguaçuano, para atender a um determinado grupo cultural remodelando, assim, a paisagem cultural do município. A paisagem, como conceito geográfico, é composta pela relação de elementos visíveis e invisíveis, de modo, que seu significado varia de acordo com autores, e também na trajetória do pensamento geográfico. O caráter subjetivo da paisagem se expressa também nas diferentes culturas. Nesse viés, inclui-se o conceito alemão landschaft (paisagem), que difere enquanto significado das outras línguas. A Landschaft representa um complexo natural total, onde a natureza é integrada pelas ações humanas (Freitas, 1999 p. 31). Na Alemanha, esse termo é utilizado para designar o objeto de estudo da Geografia e figura como vocábulo científico dessa ciência. Esse conceito está atrelado ao romantismo alemão, ao qual incorporam-se a natureza elementos das artes, religião e a glória dos antepassados. Baseado nesse termo, Pokutchaiev, concebeu a idéia de paisagem como um complexo natural total. Ao contrário do conceito alemão, o vocábulo francês – paysage – é mais descritivo e subjetivo. O romantismo alemão pode ser considerado como um novo olhar sobre a natureza, originário do sentimento germânico que se identifica com a floresta, berço das divindades, abrigo, e fonte de alimentos. A palavra de origem na língua inglesa landscape, como o termo germânico landschaft, “significa tanto uma unidade de ocupação humana – uma jurisdição, na verdade – quanto qualquer coisa que pudesse ser o aprazível objeto de uma pintura” (Schama, 1996 p. 20). Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 6 A paisagem é fruto da cultura, além disso, é estabelecida através de mitos, lembranças e obsessões. Nesse sentido, “a paisagem é obra da mente. Compõe-se tanto de camadas de lembranças quanto de estratos de rocha” (Schama, 1996 p. 17). Assim, paisagem e memória é uma maneira de olhar, de reencontrar o que já possuímos, contudo, foge de nosso reconhecimento e contemplação (Schama, 1996). Nessa conjuntura, se insere o sopé do maciço Gericinó-Mendanha, que remete através de sua arquitetura a época da citricultura, e abriga em sua totalidade parte da floresta atlântica remanescente protegida sob a forma de Parque Municipal, bem como a população mais abastada do município desde a época dos laranjais. Ou ainda a Avenida Nilo Peçanha, no centro de Nova Iguaçu, que apesar da artificialização e uniformização de sua paisagem, transmite com sua história o progresso alcançado através da citricultura, e lembra-nos do status iguaçuano de “Cidade do Perfume”, conquistado devido ao aroma de seus laranjais. A reestruturação espacial de Nova Iguaçu é caracterizada ao mesmo tempo pelo encarecimento do solo urbano e conseqüente especulação imobiliária, quanto pela preservação da mata atlântica restante em seu território, tornando-as unidades de conservação. Existindo, portanto, a eleição da floresta como objeto de preservação, como a escolha de uma paisagem urbana semelhante a dos condomínios fechados característicos da Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. As florestas não se declaram unidades de conservação, é a sociedade através de suas leis e valores culturais que elegem a paisagem natural e determinam o que deve ser preservado e protegido. Essa forma de pensar e agir, do homem como dono da Terra, superior aos outras formas de vida, incorporam-se as idéias apresentadas por Glaken (1991). De acordo com esse autor, desde a época dos Gregos para responder a algumas questões, elaborou-se três idéias gerais: a idéia da Terra designada ao homem; a idéia da influência ambiental; e a idéia do homem como agente geográfico. Essa última possibilita ao homem deixar suas marcas na paisagem. Essa capacidade está diretamente interligada a relação entre natureza e cultura. De acordo com Gonçalves Toda sociedade, toda cultura cria, inventa, institui uma determinada idéia do que seja natureza. Nesse sentido, o conceito de natureza não é natural, sendo na verdade criado e instituído pelos homens. Constitui um dos Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 7 pilares através do qual os homens erguem as suas relações sociais, sua produção material e espiritual, enfim, sua cultura. (GONÇALVES, 2006 p. 23) Assim, natureza é um conjunto de idéias concebidas de acordo com a cultura de uma determinada sociedade, imbuída de significados, percepções e valores, representados na esfera do mundo não-humano. A natureza, portanto, é uma criação das mentes humanas. Segundo Da Matta, a concepção de natureza de qualquer brasileiro se expressa pela idéia da natureza como “mãe pródiga”, passiva, desse modo, caracterizando-se como uma verdadeira mátria, ao invés de pátria. Uma natureza dadivosa que tem como funcionalidade satisfazer as necessidades do homem, dando-lhes alegrias e prazer, um verdadeiro paraíso, ou ainda, os Jardins do Éden. Ao contrário da compreensão puritana de natureza, onde a natureza deveria ser domesticada através do trabalho, desde a carta de Pero Vaz de Caminha em 1500, se faz referencia às potencialidades da natureza brasileira e se difunde a idéia da existência de recursos naturais inesgotáveis. De fato, “continuamos a acreditar, numa natureza pródiga e num Brasil paradisíaco de riqueza e generosidade inesgotáveis” (DA MATTA, 1993 p. 143). Mas, a natureza no Brasil, em consonância com a questão ambiental global, adquire um novo mito: o mito moderno da natureza intocada (DIEGUES, 2008 p.185). Ou seja, espaços naturais protegidos, onde a natureza demonstra toda sua beleza, um paraíso para o homem urbano; como a porção de Mata Atlântica e as cachoeiras do Parque Municipal de Nova Iguaçu; ou ainda a floresta intocável presente na Reserva Biológica do Tinguá. Desse modo, figuram em Nova Iguaçu um importante papel em sua atual organização espacial. Resultados preliminares Como resultados preliminares, denota-se a interface entre Geografia e História Ambiental a partir da característica interdisciplinar comum as duas disciplinas, o interesse no estudo “ das relações entre natureza e cultura e de como tais relações influenciam a ação dos homens sobre o meio ambiente” (Freitas, 1999 p. 2). Assim como, os três níveis (o entendimento da natureza propriamente dita; interação do domínio sócio-econômico e a natureza; fatores que apresentam Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 8 significado individual ou de um grupo social com a natureza – percepções, leis, mitos) os quais funcionam a história ambiental que se encontram com os objetos de estudo da Geografia. Nessa perspectiva, como ponto de partida de semelhança entre as duas disciplinas, explicita-se a apropriação de um dos conceitos chave da Geografia – a região geográfica – pela História Ambiental. Bem como, o entendimento do conjunto de elementos físicos e ecológicos da região estudada a partir de um diálogo interdisciplinar com as ciências naturais. Ressalta-se, nesse contexto, o exame das interações dos recursos naturais com o nível de desenvolvimento civilizatório das sociedades humanas feito pela História Ambiental, que se assemelha ao possibilismo geográfico de Vidal De La Blache. Além disso, destaca-se o uso de fontes variadas, decorrentes da História Econômica e Social pela História Ambiental, como o relato de viajantes e exploradores, muito presente também nos trabalhos geográficos. E ainda, o trabalho de campo, artifício essencial a Geografia, também utilizado pela História Ambiental (Drummond apud Freitas, 1999, 2006). Outra semelhança é que ambas colocam em seus estudos a relação natureza e cultura. Assim, a História Ambiental surge com a proposta de colocar a natureza na sociedade, ou seja, levar em consideração as variáveis ambientais que influenciaram no desenvolvimento das sociedades humanas. Proposição muito utilizada pela ciência geográfica. Deste modo, com a intenção de realizar um trabalho sobre o município de Nova Iguaçu, onde o cerne deste estudo é a natureza, e como a natureza influenciou seu processo de reestruturação espacial, retoma-se uma questão antiga da Geografia, a relação natureza e cultura. E para melhor debater essa temática a História Ambiental aliada a Geografia apresenta as ferramentas necessárias para o desenvolvimento dessa investigação. O debate central desse trabalho não foge a questão muito debatida pela Geografia “a de dar sentido à natureza” (FREITAS, p.13). Nesse contexto, que este trabalho se apresenta, buscando dar sentido a natureza na reestruturação espacial de Nova Iguaçu. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 9 Referencias COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDHAL, Zeny. Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998. p. 92-123. DIEGUES, Antonio Carlos. Conclusões. In: DIEGUES, Antonio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2008. p. 185-187. DRUMMOND, José Augusto. A História Ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos, de Janeiro, vol. 4, n. 8, p 177 - 197, 1991. FREITAS, Inês Aguiar de. A contribuição da história ambiental para uma geografia da América Latina. Geógrafos Sem Fronteiras, Rio de Janeiro, 29 de maio 2009. Disponível em: <http://www.gsf.org.br/?q=node/1>. Acesso em: 05 ago. 2009. FREITAS, Inês Aguiar; PERES, Waldir Rugero; RAHY, Ione Salomão. A janela de Hitler. Geo Uerj: Revista do Departamento de Geografia, Rio de Janeiro, n. 6, p.29-36, 1999. Semestral. FREITAS, Inês Aguiar de. 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