Formulados Comerciais e Fixação de Nitrogênio na Cultura do Milho

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A responsabilidade socioambiental da pesquisa agrícola
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Formulados Comerciais e Fixação de Nitrogênio na Cultura do Milho
Denes Luan Baldin (1); Francisco Camargo Oliveira (2); Nilva Teresinha Teixeira (3); Anderson Souza De Jesus (1)
Acadêmicos do Curso de Engenharia Agronômica “Manoel Carlos Gonçalves” UniPinhal e estagiários da JUMA-AGRO, AV. Hélio Vergueiro
Leite, 1,Espírito Santo do Pinhal, SP, CEP 13990-000, [email protected]; (2) Engenheiro Agrônomo da JUMA-AGRO, Rua Victor
Acierini, 2370 Dist. Ind. G.V.II, Mogi Guaçu, SP, CEP 13849-106; (3) Professora do Curso de Engenharia Agronômica “Manoel Carlos
Gonçalves” UniPinhal, Av. Hélio Vergueiro Leite, 1, CEP 13990-000,
Espírito Santo do Pinhal, SP, Brasil
INTRODUÇÃO
Atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho. Sabe-se que o Nitrogênio é um dos nutrientes mais
extraídos pela referida espécie. A adubação com o referido nutriente é um dos aspectos que elevam o custo de produção do milho; fertilizantes nitrogenados são caros (Garcia e Mattoso, 2006). A capacidade de fixação de nitrogênio
atmosférico pelas gramíneas, incluindo-se o milho, pode ser alternativa viável para minimizar as quantidades de nitrogenados necessários a empregar no cultivo do milho. Junior et al. (2008) demonstraram que o uso da inoculação de
sementes de milhos com Azospirillum promoveu maior produção de matéria seca e acúmulo de N nas raízes. Ao se
considerar os aspectos nutricionais da cultura do milho são inúmeros os relatos da resposta à adubação.Ritchie et al.
(1993) enfatizam que, apesar de serem pequenas as exigências nutricionais do milho nos estádios iniciais de desenvolvimento, altas concentrações de nutrientes na zona radicular são benéficas, pois promovem um bom arranque inicial.
Ao empregar a técnica de inoculação as sementes serão tratadas com adubos e inoculantes comerciais portadores
de microorganismos fixadores de nitrogênio, em uma única operação. Portanto, informações relativas sobre tal procedimento são fundamentais. Assim, o objetivo é relatar os resultados de ensaio conduzido, em condições controladas, para verificar a influência do uso em conjunto de fertilizantes e inoculante comerciais no comportamento inicial
de milho, mensurada através do desenvolvimento das plantas, teores de nutrientes e de clorofila nas folhas e no
desenvolvimento biométrico.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Casa de Vegetação do Curso de Engenharia Agronômica do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL, município de Espírito Santo do Pinhal – SP, no período de Outubro
de 2011 a dezembro de 2011, com milho (Zea mays.l.) Pioneer P3862H. O delineamento estatístico foi o inteiramente
casualizado, envolvendo 6 tratamentos e 5 repetições (Tabela 1). Cada parcela constou de 1 vaso plástico de 5 litros
de capacidade que receberam substrato composto de terra de barranco, na proporção de 30% de areia de rio e 70%
de terra de barranco, corrigida quanto à fertilidade pelos resultados de solo e exigência da cultura. Em cada parcela
dispôs-se 5 sementes, deixando-se, após 10 dias, 2 plantas. Quando pertinente as sementes foram tratadas com inoculante líquido contendo Azospirillum brasiliense estirpe 11005 (Spp. 245) 1x109 células viáveis/ml. Aos 21 dias de
idade da planta aplicou-se, via foliar, 2 ml l-1 de formulado comercial contendo 6% de Zn, 3% de Mn, 0,5 % de B, 0,3
de Cu, 0,2% de Fe, 0,05% de Mo, 0,02% de Co e 4% de S.
As avaliações foram efetuadas aos 50 dias de idade da planta coletando-se a massa verde e seca da parte aérea e
raízes, teores macronutrientes da parte aérea, empregando-se a metodologia (Malavolta, 1989). Na estimativa do teor
de clorofila, através do medidor portátil Minolta SPAD 502 (SoilPlant Analysis Development), método proposto por
Piekielek et al. (1995). Todos os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) conforme o delineamento já
referido. As médias foram comparadas por meio do teste de “Tukey (P<0,05)”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados de altura de plantas e comprimento de raízes (figura 1), massa verde e seca de raízes e parte aérea (figuras 2 e 3), mostram que as parcelas que receberam sementes apenas inoculadas (tratamento 2) foram superiores as
demais , inclusive quando se procedeu ao uso dos formulados, assemelhando-se, entretanto, aos auferidos no tratamento 5, quando se associaram os formulados implicados no ensaio. Tal observação atesta a eficiência da técnica da
inoculação para a cultura. Os formulados aplicados no ensaio, isolado – tratamento 3- ou associado – tratamento 5,
favoreceram o desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea. Observe-se, que a associação formulado 1 e
inoculante produziu tendência de crescimento das plantas. Já, no tratamento 6, quando se adicionaram os dois formulados e inoculação, houve queda nos valores. Então, pode-se considerar que o uso dos organismos fixadores em conjunto apenas com o formulado 1 deve ser promissor. Já, a associação dos dois formulados com inoculação foi prejudicial. O que pode ser indicativo, que, talvez, sugere que o uso dos 2 formulados em conjunto deve ser dissociado da inoculação.
Parte aérea
Raízes
Uma empresa de soluções.
CONCLUSÕES
Os resultados obtidos nos ensaios permitiram concluir:
A inoculação de sementes com microorganismos fixadores de nitrogênio mostrou-se eficiente;
os formulados comerciais incluídos no ensaio aumentaram o desenvolvimento das plantas,
o emprego conjunto dos dois formulados e inoculante provocou decréscimo de produção;
não houve efeito dos tratamentos nos teores de macronutrientes e no nível de clorofila na parte aérea das plantas.
REFERÊNCIAS
ARGENTA, G.; SILVA, P.R.F. da e BORTOLINI,C.G. Teor de clorofila na folha como indicador do nível de N em cereais.
Ciência Rural, 31:715-722, 2001.
CHAPMAN, S.C.; BARRETO, H.J. Using a chlorophyll meter to estimate specific leaf nitrogen of tropical maize during
vegetative growth. Agronomy Journal, 89:.557-562, 1997.
GARCIA, J.C.; MATTOSO, M.J. Importância do milho em Minas Gerais. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.27,
n. 233, p.7-12, jul./ago. 2006.
MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas. Piracicaba, Associação
Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1989. 201p.
PIEKIELEK, W .P.; FOX, R. H.; TOTH, J. D. MACNEAL, K.E.Use of a chlorophyll meter at the early dent stage of corn
to evaluante N sufficiency. Agronomy Journal, 87:403-408, 1995.
RITCHIE, S .W.; HANWAY, J. J. e BENSON. G. O. How a corn plant develops. Ames, Iowa State University of Science
and Technology, Cooperative Extension Service, 1993. 21p.
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