UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO. CURSO DE POS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM CONTROLADORIA E GESTÃO EMPRESARIAL TAMARA DO COUTO SANTOS A RELEVÂNCIA DA ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME, MARGENS E RESULTADOS NA GESTÃO DE UMA COMERCIAL AGRÍCOLA Prof(a) Orientador(a): Eusélia Pavéglio Vieira IJUÍ (RS) 2016 2 A RELEVÂNCIA DA ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME, MARGENS E RESULTADOS NA GESTÃO DE UMA COMERCIAL AGRÍCOLA Tamara do Couto Santos1 Eusélia Pavéglio Vieira2 RESUMO Este estudo tem como escopo a análise de custos observando os volumes, as margens e o resultado, a fim de evidenciar a relevância desses fatores para a gestão da empresa estudada. Tais fatores, primeiramente, foram fundamentados teoricamente, com referências em estudos anteriores e bibliografias sobre o assunto. A metodologia da pesquisa classifica-se como aplicada, descritiva, de abordagem qualitativa. Foram analisados os dados disponibilizados pela empresa, e os resultados apontam o cálculo dos preços de venda mínimos e orientativo, sobre os quais foram simuladas as margens de contribuição. Logo se obteve o ponto de equilíbrio, a margem de segurança operacional, a rotatividade dos estoques e a demonstração do resultado. Após os cálculos e análises, conclui-se que a empresa precisa rever sua metodologia de precificação, pois essa questão não está bem definida, sugerindo-se desta forma aos gestores rever os elementos que constituem os preços de venda das mercadorias para garantir a rentabilidade e a lucratividade da empresa, gerando melhores resultados. PALAVRAS CHAVE: Custo. Volume. Margens. Resultado. Comércio. 1 INTRODUÇÃO A agricultura brasileira vem crescendo gradativamente durante os anos, evoluindo em quantidade, em qualidade e em tecnologia, principalmente a cultura de soja, devido à demanda desse produto no mercado, que serve de matéria prima para a elaboração de diversos produtos consumidos por humanos e animais. O sucesso da produção agrícola depende de diversos fatores, entre eles a economia, o clima e a gestão dos insumos. O agronegócio brasileiro tem um papel importante no cenário econômico dos mercados, mas, de acordo com Hall; Beck; Toledo (2013, p.53) “o setor é fortemente dependente de capital de terceiros o que pode reduzir a lucratividade devido ao custo da dívida”. A comercialização de insumos agrícolas está inserida neste contexto, e é importante que diante disto os custos que permeiam este setor sejam difundidos. 1 Bacharel em Ciências Contábeis pela UNOPAR – PR. Pós-graduanda em Controladoria e Gestão Empresarial pela UNIJUÍ – RS. 2 Professora da DACEC. Mestre em Contabilidade pela FVC e Profª. Orientadora. 3 Bonacim; Gaio; Abrozini (2009 apud HALL; BECK; TOLEDO 2013, p.53-54) afirmam que “as empresas do agronegócio têm maior acesso ao crédito com prazos de pagamento maiores e menores juros, fato que pode ser explicado pela grande busca de financiamentos garantidos por alienação fiduciária de ativos imobilizados”. Os autores descrevem que o agronegócio sentiu os efeitos da crise subprime de 2008, apesar das medidas do governo, no setor agrícola houve uma retração maior devido à desvalorização das commodities, além de redução nas exportações. Entretanto, apesar do cenário crítico, as novas tecnologias e variedades de sementes e grãos de soja têm necessitado de manejos mais amplos com agrotóxicos, de acordo com a publicação da Companhia Nacional de Abastecimento – (CONAB, 2014). Souza (2013, p.14) comenta que “este setor é bastante sensível ao desempenho dos produtores que por sua vez são suscetíveis a eventos climáticos e variações dos preços das commodities no mercado internacional, Riscos, os quais se transferem para as empresas comerciais, em hipótese do produtor passar por alguma crise”. Com essas considerações e haja vista que na conjuntura do cenário do agronegócio, o comércio de insumos agrícolas cresce no mesmo ritmo, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do País, alcança-se então a questão, a qual orienta o presente estudo que é verificar de que forma a análise do custo, volume, margens e resultados pode fornecer dados relevantes para a gestão de uma empresa comercial? Segundo Souza (2013, p.11) “as empresas agrícolas, principalmente do noroeste do Rio Grande do Sul, possuem um peso forte na economia regional e exigem cada vez mais o uso de técnicas consistentes de gestão”. Por conseguinte, o objetivo da pesquisa é explorar uma análise de custos, observando os volumes, as margens e o resultado desta, a fim de evidenciar a importância destes fatores para gestão da empresa em estudo. De acordo com Graunke (2012, p.3) “a análise do custo, volume e lucro permite visualizar a variação do lucro em relação aos fatores custos e volume de vendas, gerando informações para tomada de decisões”. A base para esta análise são as receitas e as despesas, em um período de seis meses. Conforme NBC T 19.41, a qual dispõe sobre a Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), discorre que despesa é uma redução do patrimônio líquido que surge no decorrer das atividades da entidade, e inclui, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Toma forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques, ou bens do ativo imobilizado. O desempenho é a relação entre receitas e despesas da entidade durante um exercício ou período. 4 Esta pesquisa classificada como aplicada, descritiva e qualitativa, do tipo levantamento sobre os custos, os volumes, as margens e o resultado no ano de 2015, de uma empresa que comercializa insumos agrícolas, tem ampla importância para o ramo do comércio de insumos agrícolas, de modo que pode contribuir em teoria e também em desenvolvimento, gestão, e melhorias corporativas e acadêmicas que envolvam a análise das suas despesas, receitas e a tomada de decisão. 2 BASE CONCEITUAL 2.1 O Comércio de insumos agrícolas no Estado do Rio Grande do Sul A demanda por insumos agrícolas no Estado do Rio Grande do Sul é acentuada devido a relevante área de plantio dos cultivares de Soja e Trigo. Essa circunstância se deve a fatores históricos e econômicos. Desta forma, o comércio agrícola necessita conhecimento e planejamento estratégico para encarar os desafios dessa atividade. No Noroeste do Rio Grande do Sul a agropecuária e a produção agrícola familiar predominam devido à ocupação e povoamento diversificados, conforme Mello (2013) relata em sua pesquisa que inicialmente comercializavam-se apenas o excesso da produção para pagamento das dívidas de compra de terra e de outros meios de produção. E a partir da década de 1990, 32 municípios integraram o “Corede Noroeste Colonial”, o qual atualmente é um dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, que tem como objetivo gerar iniciativas que motivem o desenvolvimento da região. “Os Conselhos Regionais de Desenvolvimento foram criados pelo Governo do Estado como consequência de debates sobre o desenvolvimento regional, com a responsabilidade de definir o destino da parte dos investimentos previstos no orçamento Estadual”, explica Mello (2013, p.138). Brum (2008 apud MELLO, 2013, p.140) afirma que: A região Noroeste do Rio Grande do Sul, devido a fatores como fertilidade natural do solo, bem como domínio de técnicas de produção dos imigrantes colonizadores, viveu várias fases. Até os anos de 1950 vivenciou a fase pré-moderna, resumidamente baseada na agricultura de subsistência e diversificada, com apoio das cooperativas mistas. Após, veio a crise desse modelo de policultura, que se caracterizou pela estagnação decorrente dos limites estruturais do sistema de produção baseado na pequena propriedade familiar, dependente do uso intensivo da mão-de-obra familiar e da fertilidade natural do solo. Lazzari (2014, p.85) ressalta que o diferencial na economia gaúcha em 2013 foi resultado do desempenho da agricultura no Estado. “Nesse ano o comércio apresentou 5 expansão de 4,2%, taxa superior à do ano de 2012 e à média nacional de 2013. Para tal desempenho, contribuíram os aumentos da renda e do crédito”. Em estudo sobre o comportamento de compra dos agricultores do Município de Anta Gorda, no Estado do Rio Grande do Sul, realizado por Pittol; Borges (2013, p.110), descobriu-se que atualmente “o produtor rural também tem a possibilidade de comprar alguns insumos através da internet, entretanto os mesmos preferem comprar nas revendas, pois justificam que desta forma há a possibilidade de barganha e o contato pessoal”. Os agricultores prezam pelo preço e pelo prazo, sendo ainda mais relevante o preço. “O produtor rural realiza cotações de preço de forma frequente e considera importante poder negociar os prazos de pagamento”, conforme descrito por Pittol; Borges (2013, p.118). De acordo com o informativo da (CONAB, 2014) cada defensivo químico tem uma finalidade no controle de diversas pragas, e os adubos químicos e fertilizantes, que atendem as deficiências minerais para o crescimento das plantas, são vistos como um incremento a produtividade. O surgimento da biotecnologia moderna criou “novas oportunidades tecnológicas para o setor de defensivos agrícolas, o qual passou a usar a engenharia genética para criação de novas variedades de vegetais, combater pragas e melhorar a qualidade dos alimentos” conforme Lemos (1992, apud GONÇALVES; LEMOS, 2011, p.02). Neste contexto, uma pesquisa sobre a modernização agrícola no Estado do Rio Grande do Sul, inferida por Pinto; Coronel (2015, p.179) demonstra que entre “os principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico agrícola no Estado estão intrínsecas as despesas totais e de compostos químicos, e as despesas com agrotóxicos na atividade agrícola”. Por conseguinte, identificar os custos é fundamental para manter-se no mercado em tempos de crise, os quais não são raros atualmente, pois todas as atividades que dependem da agricultura também dependem dos riscos que estas enfrentam. 2.2 A relação do custo, volume, margens e resultado De acordo com Moraes; Wernke (2006, p.82-83) “a análise de custo, volume e resultado demonstra os efeitos das mudanças nos volumes de vendas na lucratividade da organização”. Esclarecem ainda, que este modelo de análise examina o comportamento das receitas e custos totais, os resultados das operações decorrentes de mudanças ocorridas nos níveis de vendas, preços de venda, custos variáveis por unidade ou custos fixos. É uma 6 ferramenta que permite projetar o lucro por meio do acompanhamento das modificações nos preços de venda, nos custos e no volume vendido. Bomfim; Passarelli (2006) corroboram afirmando que a análise do custo-volumelucro acompanha como os lucros e gastos se transformam com a variação do volume, analisando, assim, as consequências para o resultado decorrentes de alterações nos custos variáveis, custos e despesas fixas, preço de venda, volume e diversidade de produtos, de forma que esta observância possa contribuir para planejamentos. Em outro estudo semelhante, Wernke; Alves (2014, p.2) afirmam que a análise CVL costuma abranger três conceitos: “Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança”. Ainda, relata que a análise da margem de contribuição é relativamente simples, pois visa identificar o que sobrou da receita de vendas depois de deduzidos os custos e as despesas variáveis. O valor resultante contribuirá para a cobertura dos custos fixos e para a formação do lucro. Neste sentido, Bornia (2010, p.55) menciona que: A análise de custo-volume-lucro envolve conceitos de margens de contribuição unitária, e razão de contribuição unitária. Onde a margem de contribuição é o montante da receita menos os custos variáveis, e, a margem de contribuição unitária é o preço de venda menos os custos variáveis unitários do produto. A razão de contribuição é a margem de contribuição dividida pela receita, ou a margem de contribuição unitária dividida pelo preço de venda. Desta forma fica evidente a complexidade deste tipo de interpretação, e faz-se necessário, e importante, compreender claramente cada item que compõe a análise. 2.2.1 Despesas de comercialização Gasto, despesas e desembolso são sinônimos no dicionário brasileiro, entretanto em contabilidade de custos estes termos têm proposições diferentes. Bornia (2010, p.15) distingue que “o gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independente de terem sido utilizados ou não”; em empresas que comercializam mercadorias seria no momento da compra de mercadorias para revenda independente da realização da venda; e o desembolso é “o ato do pagamento, que pode ocorrer em momento diferente do gasto”. Assim, o gasto pode ocorrer na realização de uma despesa. Enquanto o desembolso ocorrerá se o gasto for pago no mesmo momento, como por exemplo, na compra de materiais de escritório à vista; haverá o gasto e o desembolso na mesmo ocasião. Contabilmente, Pereira (2014, p.91-92) descreve que “o grupo de despesas, em empresas comerciais, é composto pelas despesas para a manutenção da empresa, o qual não 7 deve ser confundido com o custo”. O grupo de custos está estritamente relacionado com as vendas. No custo lança-se, por exemplo, as despesas de folha de pagamento; no caso de uma empresa que comercialize mercadorias, os salários dos vendedores. Neste sentido, Bomfim; Passarelli (2006, 51- 52) distinguem que a mais importante diferença contábil entre custos e despesas refere-se ao fato de que “as despesas podem ser debitadas às contas de resultado no período em que são pagas ou incorridas, enquanto os custos só são levados a débito de resultado (sob a forma de custo dos produtos ou serviços vendidos) por ocasião da venda do bem ou serviço ao qual estejam associados”. Para Bornia (2010, p.16), no âmbito industrial, “as despesas são os valores dos insumos consumidos para o funcionamento da empresa e não identificados na fabricação, refere-se à atividade fora do setor da fabricação, geralmente sendo separada em administrativa, comercial e financeira”. Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos de fabricação pelo fato de estarem relacionadas com a administração geral da empresa e a comercialização do produto. O estudo de Bornia é voltado para empresas industriais, entretanto pode-se compreender que de acordo com a atividade fim da empresa as despesas e os custos serão alocados de forma diferente, devendo-se observar atentamente a esses detalhes. Assim, conforme Bomfim; Passarelli, (2006, 51-52) “os custos são gastos diretamente relacionados com realização de bens e serviços destinados, pela empresa, à comercialização; e as despesas são os demais gastos decorrentes do exercício das funções empresariais de apoio, de venda, de pós-venda e/ou de administração”. 2.2.2 Apuração do custo de uma empresa comercial De acordo com Bomfim; Passarelli (2006, p.171-172) “o custo comercial é o total dos dispêndios em dinheiro nos quais a empresa incorre para a obtenção de uma mercadoria ou de um serviço”. E ressaltam que o custo comercial deve ser apurado de forma a evidenciar o custo, a receita e o lucro das mercadorias vendidas. Para isso, deve-se ter controle por meio de fichas onde possa ser registrado o preço de aquisição do objeto de compra e venda, assim como as despesas diretamente relacionadas com essa operação, como transporte, impostos e comissões. No âmbito comercial, os custos também podem ser alocados em diretos e indiretos. Conforme Pereira (2014, p.214) “no comércio de mercadorias, os custos diretos não são os mesmos das linhas de produção fabris, mas aqueles que interferirem diretamente na 8 comercialização dos produtos”. Portanto, os salários dos vendedores, as comissões sobre vendas, a locação do ponto de venda, podem ser considerados como custos diretos. Já os custos administrativos, para que se mantenha a empresa em pleno funcionamento, que passa pelo departamento contábil, de pessoal, de marketing, entre outros, podem ser considerados como custos indiretos, ou despesas, dependendo da interpretação do profissional contábil ou administrativo. Bomfim; Passarelli (2006, p.171-172) classificam como custos diretos “os custos de compra de mercadorias determinado no preço da fatura, deduzidos dos descontos, abatimentos e bonificações obtidos na sua compra e acrescido de todas as despesas incorridas até a sua entrada no armazém ou depósito, tais como seguros, transportes, comissões de compra outras”. O valor que deve constar no estoque do período são os custos incluídos no custo contábil, o qual é composto do custo de compra das mercadorias mais as despesas gerais sobre a guarda desses produtos, tais como custos com armazenagem, seguros de estocagem, salários do pessoal do armazém, entre outros. Assim, o custo comercial é composto do custo contábil acrescido dos custos complementares, mas na prática os esses não são considerados como custos da mercadoria para efeito de avaliação do estoque. Quanto à variabilidade os custos podem ser fixos ou variáveis. Para Wernke (2010, p.32) “os custos variáveis são aqueles cujo valor total do período está proporcionalmente relacionado com o volume de mercadorias comercializadas, ou seja, quanto maior o volume de vendas, maior serão os custos e despesas variáveis”. Já os custos e despesas fixas são classificados por Wernke (2010, p. 33) como “os gastos cujos valores totais permanecem constantes mesmo com alteração do volume de mercadorias vendidas, esses estão relacionados com os gastos com a parte gerencial da loja e com a estrutura física da empresa”. Bomfim; Passarelli (2006, p.175-176) ressaltam que: O cálculo do custo comercial de uma empresa deve ser baseado no controle de estoque, com registros precisos de entradas e saídas de mercadorias. Pois, o cálculo do lucro líquido periódico para as empresas comerciais envolve diversos problemas, como a questão básica de atribuir um custo razoável a todas as mercadorias disponíveis para a venda durante um período, especificando-se o valor total que deve ser considerado como custo das mercadorias vendidas durante o período, e o valor total que deve ser atribuído ao custo das mercadorias que permanecem em disponibilidade para venda no final do mesmo período. É salientada por Pereira (2014) que as empresas exclusivamente de atividade comercial, que somente revendem mercadorias, também têm no custo uma atividade fundamental para a gerência e condução dos negócios, e desta forma, é importante a ampla observação dos custos, desde o processo de aquisição das mercadorias para comercialização a 9 qual passa pela escolha correta do fornecedor, assim como o tempo para entrega do produto, o custo com fretes, os impostos que poderão ou não ser recuperados, entre outros fatores. 2.2.3 Formação de preços – Orientativo e mínimo Atualmente a precificação é uma das estratégias mercadológicas que fazem a diferença diante das altas concorrências no mercado. Também implica no crescimento e desenvolvimento das empresas, pois atualmente os clientes têm mais preferência por preço à qualidade. Assim, Wernke (2010, p.47) menciona que “os lojistas utilizam basicamente dois métodos de precificação, um pela formação de preço de venda e outro pela análise dos preços de venda praticados”. No primeiro caso estipula-se um preço de venda orientativo através da aplicação de uma taxa de marcação (ou Mark-up) sobre o custo unitário de compra da mercadoria. Este método é mais utilizado por empresas com poder de impor os preços ao mercado consumidor. Estas mesmas empresas utilizam este método para calcular um preço de venda mínimo no qual já está embutida a margem de lucro desejada, com o intuito de compará-lo com os preços correntes de mercado. Wernke aduz que atualmente é melhor analisar os preços de venda praticados, pois a determinação do preço está cada vez mais influenciada pela concorrência e menos por fatores internos. Neste sentido, Bomfim; Passarelli (2006, p. 431) aludem que: A técnica de formação de preços se aplica em duas situações especificas: para reajustar os preços de produtos já existentes; ou para determinar o preço de produtos novos que aumentam a linha de produtos da empresa e produtos novos que visam a substituição de produtos existentes. Três fatores básicos orientam o reajuste de preço ou formação: os custos do bem apreçado, a concorrência que o mercado oferece a esse bem e o nível do lucro pretendido pela empresa. Ressaltam ainda que, desta forma, o preço de venda sempre deve ser maior que o valor do custo, pois se este for menor a sobrevivência da empresa pode ser abalada, assim como os investimentos nela realizados. Assim, preços unitários mais altos não representam lucros totais maiores, o que significa que um faturamento maior não garante a lucratividade. Para Pereira (2014, p.229) “o preço de venda pode ser obtido por meio da seguinte fórmula: Preço de venda = custo + lucro”. O mesmo, ainda, infere que para atingir os objetivos traçados pelos gestores, o preço de venda tem papel fundamental, e desta forma, as análises de custos devem ser efetuadas de forma ponderada, desde os fornecedores da mercadoria para revenda até os custos internos da entidade. 10 2.2.4 Margens de contribuição e ponto de equilíbrio A margem de contribuição e o ponto de equilíbrio são ferramentas de gestão adequadas para tomadas de decisões em curto prazo. Wernke (2010, p.82) define que a margem de contribuição designa “o valor resultante da venda de uma unidade após serem deduzidos, do preço de venda respectivo, o custo unitário de compra e as despesas variáveis (tributos incidentes sobre a venda, comissão dos vendedores) associadas a mercadoria vendida”. A margem de contribuição pode ser conceituada como o valor monetário que cada unidade comercializada contribui para, inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da loja, e posteriormente, gerar o resultado final do período, lucro ou prejuízo. Moraes; Wernke (2006, p.83-84) mencionam que a Margem de Contribuição possibilita diversas análises com o objetivo de “reduzir custos, assim como auxiliar nas políticas de incremento de quantidade de vendas e redução dos preços unitários de venda de produtos ou mercadorias”. Porém, os mesmos ressaltam que a Margem de Contribuição apesar de ser uma ótima ferramenta de gestão tem suas limitações, as quais os administradores devem sempre estar atentos, como na fixação de preços dos produtos, e a existência de custos mistos, com uma parcela fixa e outra variável. Kaplan; Atkinson (1989, apud MORAES; WERNKE, 2006, p.82) define que o ponto de Equilíbrio “é uma informação quantitativa muito interessante oriunda da análise do custo, volume e lucro, definida como o nível de vendas com o qual a margem de contribuição apenas cobre os custos fixos, no qual o lucro é zero”. Em outro estudo, Wernke (2010, p.111) define como ponto de equilíbrio “o nível de vendas, em unidades físicas ou em valor monetário, no qual a empresa opera sem lucro ou prejuízo”. Desta forma o número de unidades vendidas é o suficiente para cobrir as despesas e custos, não só os fixos, mas também as variáveis, da loja no período, sem gerar qualquer resultado positivo. Ferreira (2010, p.32) conceitua que o ponto de equilíbrio contábil “é aquele em que vendendo um determinado número de unidades, a empresa apura resultado igual a zero, não havendo, desta forma, lucro ou prejuízo”. Já o Ponto de Equilíbrio Econômico, para Ferreira (2010, p.33) “é quando o lucro contábil é igual ao rendimento que seria obtido se o capital próprio da empresa fosse aplicado em outro tipo de investimento, como investimento em ações”. O autor ainda evidencia que “o ponto de equilíbrio financeiro considera para análise apenas os custos e despesas fixos que geram desembolsos, sobre o volume de vendas, do qual 11 devem ser eliminados gastos de depreciação e amortização, por exemplo, e incluídos nos custos e despesas fixos”. Desta forma, o ponto de equilíbrio financeiro é alcançado quando a margem de contribuição total é igual ao total de custos e despesas fixos que afetam as disponibilidades (FERREIRA, 2010, p.33). Bomfim; Passarelli (2006, p.305-306) observam algumas limitações do ponto de equilíbrio “como os gastos fixos não são constantes, pois em algum momento eles evoluem na medida em que os volumes ultrapassam determinados níveis, nos quais a empresa deve reajustar-se e investir para crescer”. Também observam que em qualquer nível de venda, os preços não permanecerão constantes, porque em condições normais de mercado onde há demanda por bens de procura elástica só consegue-se aumentar as vendas mediante a redução dos preços, motivo pelo qual as receitas podem não evoluir linearmente. Mas, tais limitações não invalidam a grande utilidade desta análise no direcionamento das decisões gerenciais. 2.2.5 Rotatividade dos estoques Observar a rotatividade dos estoques é uma forma de controle para renovação dos estoques de mercadorias como também para acompanhar as alterações do ativo circulante. Pereira (2014, p.187) relata que as empresas comerciais “devem ter seus estoques avaliados e contados no final de cada período. Para isso, a legislação do Imposto de Renda determina as formas de apuração dos estoques, PEPS, e Custo Médio”. Segundo Pereira (2014, p.190-192) “o custo médio é o mais utilizado apesar deste sistema requerer um pouco mais de atenção, pois é mais complexo do que as apurações PEPS e UEPS”, porque o custo não será exatamente o valor do produto, mas sim a média dos valores dos produtos. Desta forma, os valores dos custos das mercadorias vão variar sempre que houver variação de preço de aquisição do produto. Bomfim; Passarelli, (2006, p.177-178) explanam que: O custo unitário multiplicado pelo número de unidades disponíveis dará o custo total a ser atribuído às mercadorias disponíveis. Contudo, é frequente o caso de mercadorias idênticas serem compradas em tempos e a preços diferentes. Neste caso, fica complicado definir o custo unitário das mercadorias disponíveis. Essa questão é dirimida por meio da legislação fiscal, a qual permite dois métodos, cada um resultando em custos de avaliação de estoque diferentes. O primeiro é o sistema de controle de estoque permanente, o qual consiste em apurar o estoque por meio de registro permanente e individual para cada mercadoria, podendo ser atribuído neste caso apenas o custo médio a estas. E o segundo método é pelo controle periódico ou simplificado, onde as mercadorias são avaliadas pelo preço constante nas últimas notas fiscais, entretanto este método não representa um controle efetivo, oferecendo maiores riscos de controle. 12 Wernke (2010. p.184) cita que os estoques demandam grande parte do capital de giro das empresas varejistas, portanto os gestores devem estar atentos à atribuição do montante destinado aos estoques, e “sugere que para aperfeiçoar o desempenho da loja neste aspecto deve-se definir uma política de estocagem, em dias, das mercadorias e o cálculo do custo financeiro de manter determinado volume estocado”. Em estudo de Ferreira (2010, p.10), este infere que “o índice obtido através do Prazo Médio de renovação dos estoques aponta em quantos dias, em média, os estoques estão sendo renovados, servindo para orientar a reposição”. Neste sentido, Bomfim; Passarelli (2006, p.182) “aludem que o estudo da rotação dos estoques informa ao comerciante o número de vezes (frequência) e o prazo médio em que giram os seus estoques, dentro de um determinado exercício ou período considerado”. E que, portanto, saber este quociente é de grande utilidade ao comerciante na fixação do seu estoque ideal, além de servir de base para análises mais avançadas das suas operações. O quociente de rotação é determinado pela divisão do Custo das Mercadorias Vendidas durante um determinado período pelo estoque médio desse mesmo período. Quando o estoque for tomado somente no final do período, será a soma do estoque inicial mais o estoque final dividido por 2 (dois) (BOMFIM; PASSARELLI, 2006). 2.2.6 Rentabilidade e lucratividade Drucker (1999 apud VENDRAMIN; TEIXEIRA, 2014, p.174) afirma que “a obrigação fundamental de uma empresa é gerar e maximizar os lucros, cumprindo as obrigações com seus acionistas, proporcionando um fluxo de caixa adequado para saldar os compromissos financeiros, uma vez que a empresa que não produz lucros está fadada a desaparecer”. A Razão de Contribuição representa igualmente a parte das vendas que cobrirá os custos fixos e originará o lucro, em termos percentuais. A margem de contribuição unitária está ligada ao lucro do produto, e a razão de contribuição relaciona-se com sua rentabilidade, conforme disposto por Bornia (2010, p.55). Dropa, et al. (2014, p.13) interpretam que o Cálculo da Margem da Contribuição Unitária em reais e em percentual “permite averiguar quais pontos são mais rentáveis individualmente, facilitando a elaboração de promoções, bem como a análise de preços praticados quanto à rentabilidade dos itens comercializados”. 13 Ferreira (2010,p.41) “explica que os índices de rentabilidade são aplicados na avaliação da lucratividade relativa às atividades da empresa, e dizem respeito ao retorno, na forma de lucro, dos recursos aplicados”. Entre os índices evidenciados por Ferreira (2010, p.11) está “a taxa de retorno ou rentabilidade do capital próprio, a qual indica o retorno total do capital próprio aplicado na empresa, ou seja, o índice de lucro com base no patrimônio líquido”. Ferreira (2010, p.12) comenta que “este índice deve ser comparado com alternativas de investimento e com o retorno de sociedades do mesmo porte e setor da empresa sob análise para que se tenha ideia do desempenho deste”. Os investimentos mais conservadores, como a poupança, produzem rentabilidade em torno de 6% ao ano, sem riscos. Para ser atraente, a atividade empresarial, que envolve riscos significativos, deve apresentar retorno mais elevado que esse (FERREIRA, 2010, p.13). Outro indicador é a margem líquida ou taxa de retorno sobre as vendas líquidas, conforme Ferreira (2010) este indicador demonstra a parcela de lucro final embutida no valor das vendas líquidas, devendo ser comparada com a participação do lucro operacional líquido nas vendas líquidas (margem operacional), na qual refletem apenas as atividades operacionais. Já a margem operacional sobre as vendas líquidas, para Ferreira (2010, p.14), “indica o percentual de lucro operacional líquido embutido no valor das vendas líquidas do período, a qual deve ser comparada com a participação do lucro líquido do exercício nas vendas líquidas (margem líquida)”. As taxas de retorno sobre o investimento são segregadas em o “investimento operacional e o investimento total”, segundo Ferreira (2010, p.14). 3 METODOLOGIA Esta pesquisa tem embasamento bibliográfico, em documentos fornecidos pela empresa em estudo, e em seguida foram realizadas as análises dos dados obtidos. Quanto a natureza esta pesquisa classifica-se como aplicada, pois tem o escopo de reproduzir conhecimentos para aplicação prática voltada a solução de problemas específicos da realidade. A pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área de saber, e à apresentação de soluções alternativas. (ZAMBERLAN et al., 2014). Neste sentido Will (2012, p. 61) descreve que “a pesquisa aplicada é uma investigação motivada pela necessidade de resolver problemas concretos”. As consequências desse tipo de pesquisa são palpáveis, e ela define o que o pesquisador quer fazer. Assim, neste estudo analisou-se o comportamento das despesas operacionais e o 14 desempenho das receitas em uma empresa do comércio agrícola, no Estado do Rio Grande do Sul. Quanto à abordagem este estudo é qualitativo, pois os fenômenos são interpretados inferindo-se os significados à pesquisa. Segundo Silva et al (2015) a pesquisa qualitativa é necessária para explicar os fenômenos. Will (2012, p.63) corrobora mencionando que: Na abordagem qualitativa, o pesquisador participa, compreende e interpreta. O caso ou a situação estudada podem tão somente ajudar na compreensão de outros tantos casos, ou colaborar na compreensão de um dado problema mais geral. A análise qualitativa toma esses dados como parte de um contexto fluente de relações, não apenas como coisas isoladas ou acontecimentos fixos, captados num instante de observação. No que se refere aos objetivos, este estudo classifica-se como descritivo visando identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo, características de um grupo, comunidade, população ou contexto social (ZAMBERLAN et al., 2014). Segundo Zamberlan et al (2014) “nas pesquisas em geral nunca se utiliza apenas um procedimento metodológico e nem somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem necessários”. Em vista disso, nesta pesquisa realizou-se por meio da pesquisa bibliográfica em livros, revistas, e em outras pesquisas já publicadas que contribuam para o desenvolvimento deste trabalho. Um pesquisador pode e deve preocupar-se com a validade nas três fases da pesquisa qualitativa: formulação, desenvolvimento e resultados. A forma que essa preocupação irá assumir varia de pesquisador para pesquisador, conforme suas orientações filosóficas, epistemológicas e científicas, sendo de fundamental importância, no entanto, manter coerência ao longo de toda a pesquisa, (OLLAIK; ZILLER, 2012, p. 239). Foi utilizada a análise de dados e resultado. A fonte de dados é da empresa de comércio agrícola, situada em Cruz Alta, no Estado do Rio Grande do Sul. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS O estudo foi realizado em uma empresa comercial que revende produtos agrícolas, situada na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, a qual é média produtora de grãos e desta forma demanda por este tipo de comércio, havendo cerca de 17 (dezessete) empresas concorrentes. A empresa em análise pode ser considerada de pequeno porte, possuindo apenas 17 (dezessete) colaboradores. Tem sede própria há 09 anos, mas está no mercado há aproximadamente 30 anos. Atualmente é administrada por um gerente em conjunto com os sócios. O objetivo principal do estudo foi aplicar conceitos de análise de custos para propiciar uma avaliação do desempenho econômico da empresa mencionada. Para executar as análises foram levantados os dados necessários, 15 oriundos do exame de controles internos, demonstrações contábeis e indagações aos responsáveis pelo setor administrativo e contábil. Em seguida os dados foram filtrados, e passou-se para os cálculos dos fatores envolvidos na análise de custos. Para aplicar a análise de custos foram seguidas algumas etapas cujo passo inicial foi selecionar e somar os dados de um período de seis meses por grupo de mercadoria (Adjuvante, Adubo, Fertilizante Foliar, Fungicida, Herbicida, Inoculante, Inseticida), entre quantidade e valores de venda, quantidade e valores de compras, e, despesas fixas. Os preços de compra e de venda foram obtidos com base em relatórios internos da empresa, e optou-se por utilizar para base dos cálculos o valor médio do período tanto para as compras, quanto para as vendas, pois havia muitas mercadorias do mesmo grupo com variação de embalagem. Em seguida, questionado ao Contador da empresa sobre a os impostos incidentes sobre venda, o mesmo afirmou que conforme a legislação em vigor para este tipo de mercadoria há benefícios fiscais. De acordo com o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS) do Estado do Rio Grande do Sul: Art. 9° - São isentas do imposto as seguintes operações com mercadorias: VIII - saídas internas, no período de 6 de novembro de 1997 a 30 de abril de 2017, das seguintes mercadorias: a) inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes, adesivos, estimuladores e inibidores de crescimento (reguladores), vacinas, soros e medicamentos, produzidos para uso na agricultura e na pecuária, inclusive inoculantes, vedada a sua aplicação quando dada ao produto destinação diversa; Já em relação às Contribuições Sociais PIS e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, a redação é dada pela Lei nº. 10.925/2004: Art. 1º Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS incidentes na importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno de: (Vigência) (Vide Decreto nº 5.630, de 2005) I - adubos ou fertilizantes classificados no Capítulo 31, exceto os produtos de uso veterinário, da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto no 4.542, de 26 de dezembro de 2002, e suas matérias-primas; II - defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas;[...] IV - corretivo de solo de origem mineral classificado no Capítulo 25 da TIPI; [...] VI - inoculantes agrícolas produzidos a partir de bactérias fixadoras de nitrogênio, classificados no código 3002.90.99 da TIPI; 16 Com base nos dados disponibilizados pela empresa, assim como a legislação vigente, apresenta-se na sequência a formação de preços. 4.1 Formação do preço orientativo Para o cálculo do preço de venda mínimo e orientativo foram consideradas as despesas fixas, o custo de compra das mercadorias, a margem de lucro desejada pela empresa, e os impostos, encontrando-se primeiramente o mark-up, o qual foi obtido através da subtração do percentual dos impostos, descontos e margem de lucro da empresa de um valor inicial de 100%. Quadro 1- Cálculo do mark-up divisor de cada mercadoria para base do preço de venda orientativo Mercadorias Fatores ( Preço de Venda) Impostos sobre vendas Comissões despesas operacionais e adm Margem de Lucro Soma (100 - DVV - ML) Mark up divisor (..../100) Mark up Multiplicador (1/MK Div) Adjuvante Adubo 100 0 -4 -28 -20 48 0,4800 2,0833 100 0 -4 -28 -20 48 0,4800 2,0833 Fert. Foliar Fungicida Herbicida 100 0 -4 -28 -20 48 0,4800 2,0833 100 0 -4 -28 -20 48 0,4800 2,0833 100 0 -4 -28 -20 48 0,4800 2,0833 Inoculante Inseticida 100 0 -4 -28 -20 48 0,4800 2,0833 100 0 -4 -28 -20 48 0,4800 2,0833 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Para calcular o mark-up para base de cálculo do preço de venda mínimo retirouse o valor da margem de lucro e encontrou-se um mark-up com valor de 1,4705, o qual foi multiplicado pelo valor do custo de compra de cada mercadoria e resultou no preço mínimo de venda. O mark-up foi a base de cálculo para se chegar aos preços relacionados no quadro 2, no qual pode ser visualizada a divisão dos custos totais, pelos dois métodos de custeio. Quadro 2 - Cálculo do preço de venda mínimo e orientativo Custeio Variável Custo Produto compra Mark up PV Orientat PVpraticado Diferença PV unit (R$) Multiplicador (R$) (R$) PVO e PVP Minimo Adjuvante 5,08 2,0833 10,58 11,53 0,95 7,47 Adubo 1,63 2,0833 3,40 3,00 0,40 2,40 Fertilizante Foliar 16,53 2,0833 34,44 32,26 2,17 24,31 Fungicida 81,76 2,0833 170,34 179,27 8,93 120,24 Herbicida 15,92 2,0833 33,16 28,84 4,32 23,41 Inoculante 10,00 2,0833 20,83 13,09 7,75 14,71 Inseticida 70,80 2,0833 147,50 185,84 38,34 104,12 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) O quadro 2 demonstra que há três produtos que estão sendo praticados com preço maior que o orientativo, que são o Adubo, o Fungicida, e o Inseticida. Apenas o Inoculante está sendo vendido abaixo do preço de venda mínimo. 17 Quando comparado o preço praticado ao orientativo, quatro dos sete tipos de produtos estão abaixo do preço que seria o ideal, com a margem de lucro estipulada pela empresa, fato que é preocupante para a empresa, a qual deveria rever seu método de precificação, em função de não estar atingindo os 20% de lucro líquido que ela deseja, o qual pode ser comprovado na apuração do resultado, onde a margem de lucro vai ficar bem aquém da desejada. 4.2 Cálculos da margem de contribuição unitária e total e razão de contribuição Quanto à determinação da margem de contribuição unitária em valor dos produtos, esta foi obtida pela subtração dos fatores “Tributos sobre vendas” (em Reais) e “Custo unitário sobre compra” (em Reais) do “Preço de venda” (em Reais) por unidade de mercadorias vendidas. A margem de contribuição unitária percentual foi encontrada por meio da divisão da margem de contribuição unitária em valor pelo preço de venda unitário dos produtos e multiplicado o resultado por 100 (cem), os quais estão demonstrados no quadro 3. Quadro 3 - Margem de contribuição unitária e percentual pelo preço de venda praticado pela empresa Fatores/mercadorias Preço de Venda ($) Tributo sobre vendas 1 ($) Tributo sobre vendas 2 ($) Despesas (Comissoes +Desp) Custo unitário de compra ($) Margem de cont. Unitária ($) Margem de cont. Unitária (%) Adjuvante Adubo 11,53 3,69 5,08 2,76 23,97 Fertiliz. Foliar 3,00 0,96 1,63 0,41 13,67 Fungicida 32,26 10,32 16,73 5,21 16,15 Herbicida Inoculante Inseticida 28,84 9,23 15,92 3,69 12,81 13,09 4,19 10,00 (1,10) (8,41) 185,84 59,47 70,80 55,57 29,90 179,27 57,37 81,76 40,14 22,39 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Conforme demonstrado no quadro 3, as maiores margens unitárias se encontram nas mercadorias Inseticida e Adjuvante, com 29,90% e 23,97% respectivamente. Isto significa que cada unidade vendida de Inseticida contribui 29,90% para cobrir os gastos fixos, assim como o Adjuvante contribui 23,97%. O único produto que não possui margem positiva é o Inoculante, o qual está consumindo 8,41% dos recursos captados com a venda do produto. Com base nos resultados encontrados no quadro 2 as margens de contribuição foram avaliadas com os preços de venda orientativos, conforme quadro 4: Quadro 4 - Cálculo da margem de contribuição unitária e percentual pelo preço de venda orientativo Fatores/mercadorias Preço de Venda ($) Tributo sobre vendas 1 ($) Adjuvante 10,58 - Adubo 3,40 - Ferti. Foliar 34,44 - Fungicida 170,33 - Herbicida 33,16 - Inoculante 20,83 - Inseticida 147,50 - 18 Tributo sobre vendas 2 ($) Despesas (Comissoes +Desp) Custo unitário de compra ($) Margem de conti. Unitária ($) Margem de conti. Unitária (%) 3,39 5,08 2,12 20,01 1,09 1,63 0,68 20,06 11,02 16,53 6,89 20,00 54,51 81,76 34,06 20,00 10,61 15,92 6,63 19,99 6,67 10,00 4,16 19,99 47,20 70,80 29,50 20,00 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Da mesma forma, as informações do quadro 2 serviram de base para a avaliação das margens de contribuição com os preços de venda mínimo, conforme quadro 5 ; notase que para esta avaliação as despesas (32%) não foram consideradas: Quadro 5 - Cálculo da margem de contribuição unitária e percentual pelo preço de venda mínimo Fatores/mercadorias Adjuvante Preço de Venda ($) Tributo sobre vendas 1 ($) Tributo sobre vendas 2 ($) Custo unitário de compra ($) Margem de conti. Unitária ($) Margem de conti. Unitária (%) Adubo 7,47 5,08 2,39 32,03 Ferti. Foliar 2,40 1,63 0,77 32,08 Fungicida 24,31 16,53 7,78 32,00 Herbicida 120,24 81,76 38,48 32,00 Inoculante 23,41 15,92 7,49 32,00 14,71 10,00 4,71 32,02 Inseticida 104,12 70,80 33,32 32,00 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Pelos preços de venda mínimos a empresa teria cerca de 32% de margem, quanto que pelo preço de venda orientativo seria cerca de 20%. Percebe-se desta forma que se a empresa vendesse, por exemplo, os Inseticidas com margem de contribuição de 32%, ou seja, pelo preço de venda mínimo, poderia praticar preços mais baixos, e mesmo assim continuaria cobrindo seus gastos fixos, sem auferir lucro, seria o preço para cobertura apenas do custo de compra e despesas de vendas. Enquanto que, a empresa vendendo seus produtos pelo preço de venda orientativo, ou seja, o preço ideal, ela teria uma margem de contribuição unitária em torno de 20%, a qual cobriria todos os custos e despesas fixas, gerando a margem de lucro desejada de 20%. Para uma análise mais gerencial, se faz necessário avaliar o volume de vendas. Logo, realizou-se o cálculo da margem de contribuição total (MCT) em valor (em Reais), no qual se multiplicou a quantidade vendida de cada grupo de mercadoria pela margem de contribuição unitária em valor (em Reais). Foram simulados os cálculos da MCT com o preço praticado pela empresa, conforme quadro 6: Quadro 6 - Cálculo da margem de contribuição total em reais e em percentual pelo preço praticado pela empresa Fatores/mercadoria Adjuvante Adubo Ferti. Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida Totais Margem de conti. Unitária ($) 2,76 0,41 5,21 40,14 3,69 (1,10) 55,57 - Margem de conti. Unitária (%) 23,97 13,67 16,15 22,39 12,81 (8,41) 29,90 - 28.811 942.045 9.075 66.913 41.074 184 19.599 Unidades vendidas Unidades vendidas (%) Margem de Conti. Total ($) Margem de Conti. Total (%) 1.107.701 2,60% 85,05% 0,82% 6,04% 3,71% 0,02% 1,77% 100,00% 79.655,61 386.238,45 47.277,48 2.685.848,74 151.719,25 (202,49) 1.089.139,95 4.439.676,98 1,79% 8,70% 1,06% 60,50% 3,42% 0,00% 24,53% 100% Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) 19 O cálculo da MCT também foi simulado pelo preço de venda orientativo, onde se multiplicou a quantidade vendida de cada grupo de mercadoria pela margem de contribuição unitária em valor (em Reais) já calculada pelo preço de venda orientativo, e o resultado pode ser visto no quadro 7: Quadro 7 - Cálculo da margem de contribuição total em reais e em percentual pelo preço de venda orientativo Fatores/mercadorias Margem de contrib. Unitária ($) Margem de contrib. Unitária (%) Unidades vendidas Unidades vendidas (%) Margem de Contrib. Total ($) Margem de Contrib. Total (%) Adjuvante Adubo Ferti. Foliar Fungicida Herbicida 2,12 20,01 28.811 2,60% 0,68 20,06 942.045 85,05% 6,89 20,00 9.075 0,82% 34,06 20,00 66.913 6,04% 6,63 19,99 41.074 3,71% 60.983,64 642.474,69 62.519,49 2.279.040,45 1,57% 16,49% 1,60% 58,49% Inoculante Inseticida Totais 4,16 19,99 184 0,02% 29,50 20,00 19.599 1,77% 1.107.701 100,00% 272.323,78 766,25 578.170,50 3.896.278,80 6,99% 0,02% 14,84% 100,00% Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Com base no preço praticado pela empresa atualmente, a MCT é maior na comercialização do Fungicida, o qual contribui 60,50% sobre o volume total comercializado no período. Simulando os mesmos volumes comercializados, mas com o preço de venda orientativo este percentual diminui para 58,49%, entretanto a MCT em Reais aumenta, pois pelo preço orientativo as margens de contribuição são mais distribuídas, fazendo com que o faturamento aumente. A margem de contribuição total (em Reais) da empresa é maior do que a calculada pelo preço de venda orientativo, porque ela tem preços de venda maior nos produtos com maior volume de vendas, isso significa que nesses produtos, a lucratividade da empresa é superior a 20% colocada no mark-up. Foi calculada também a razão de contribuição, a qual representa a parte das vendas que cobrirá o custo fixo e gerará o lucro, e neste caso foi obtida através da divisão da margem de contribuição unitária (em Reais) pelo preço de venda médio (em Reais). Primeiramente foi calculada a Razão de Contribuição pelo preço de venda usual da empresa, de acordo com o quadro 8: Quadro 8 - Razão de contribuição pelo preço de venda praticado pela empresa Fatores - Mercadorias Adjuvante Preço de Venda (R$) 11,53 3,00 2,76 0,41 23,93% 13,67% Margem de contrib. Unitária (R$) Razão de Contrib. Adubo Ferti.Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida 32,26 179,27 28,84 13,09 185,84 5,21 40,14 3,69 (1,10) 55,57 16,15% 22,39% 12,79% (8,40%) 29,90% Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Em seguida, a Razão de Contribuição também foi calculada com a margem de contribuição unitária com base no preço de venda orientativo, conforme quadro 9: Quadro 9 - Razão de contribuição pelo preço de venda orientativo Fatores - Mercadorias Preço de Venda (R$) Adjuvante 10,58 Adubo Ferti. Foliar 3,40 34,44 Fungicida 170,33 Herbicida 33,16 Inoculante 20,83 Inseticida 147,50 20 Margem de conti. Unitária (R$) Razão de Contrib. 2,12 0,68 6,89 34,06 6,63 4,16 29,50 20,04% 20,00% 20,01% 20,00% 19,99% 19,97% 20,00% Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Verificou-se conforme quadro 8, que unitariamente o Inseticida e o Adjuvante, além de cobrirem as despesas fixas são os responsáveis pela maior parte da lucratividade da empresa. Enquanto que no quadro 9, calculado com base no preço de venda orientativo, a razão de contribuição fica melhor distribuída em todos as mercadorias, o que significa que todas as mercadorias cobrem as despesas fixas e contribuem para o resultado proporcionalmente. Estes resultados foram representados por meio do gráfico 1 e do gráfico 2, a seguir. Gráfico 1 – Razão de Contribuição pelo preço de venda praticado pela empresa 200,00 150,00 100,00 50,00 Preço de Venda ($) (50,00) Margem de contrib. Unitária ($) Adjuvante Adubo Fertilizante Foliar Herbicida Inoculante Inseticida Razão de Contribuição Fungicida Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Através do gráfico 1 pode-se visualizar que com base no preço praticado pela empresa o preço de venda do Fungicida e do Inseticida são os mais caros, contribuindo unitariamente em média R$ 47,00 para cobertura dos custos fixos, enquanto as demais mercadorias contribuem em média R$ 2,20, entretanto a lucratividade medida pela Razão de Contribuição aparece inexpressivamente apenas no Inoculante, abaixo dos R$ 50,00. O gráfico 2 evidencia o cálculo da Razão de Contribuição calculada pela preço de venda orientativo: 21 Gráfico 2 - Razão de Contribuição pelo preço de venda orientativo 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 Preço de Venda ($) Margem de contrib. Unitária ($) Adjuvante Adubo Fertilizante Foliar Herbicida Inoculante Inseticida Razão de Contribuição Fungicida Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) No gráfico 2 fica evidente que com as margens de contribuição calculadas pelo preço de venda orientativo os preços de venda diminuem em relação ao gráfico 1, para o Fungicida como também para o Inseticida, pois através do preço orientativo as margens diminuem, entretanto, apesar da razão de contribuição diminuir também, ela é mais distribuída fazendo com que todos os produtos tenham, proporcionalmente, participação na lucratividade da empresa. 4.3 Apuração das despesas fixas, ponto de equilíbrio, e margem de segurança Para calcular o Ponto de Equilíbrio primeiramente foram apuradas as Despesas Fixas do período as quais foram compiladas em: Despesas com Pessoal: Salários, Gratificações, Cursos e Treinamentos; Vale transporte, Convênios Médicos, Indenizações Trabalhistas, Vale Alimentação, Provisão de 13º Salário e Férias, INSS, FGTS, Pró-labore, Equipamento de Proteção Individual, Autônomos e Seguro de Vida; Despesas Tributárias: IOF; IPVA, IPTU, Impostos e Taxas Diversas; Despesas Financeiras: Juros e despesas financeiras, Juros Passivos. Despesas Administrativas: Água e Saneamento, Assistência Técnica, Associação de Classe, Combustíveis Administração, Conservação e Instalações, Correios, Despesas com veículos administrativos, Despesas com viagens administrativas, Energia elétrica, Honorários advocatícios, Jornais e Revistas, Manutenção de sistemas, Material de 22 expediente, Material de limpeza e cozinha, Registros e cartórios, Seguros com veículos, Seguro predial, Seguro mercantil, Telefones, Despesas com depreciações, Vigilância e segurança predial, Análise de crédito e cobrança. Das despesas com pessoal foram subtraídos os valores referentes aos salários e encargos com o setor de vendas. O quadro 10 apresenta o resumo do que foi explanado: Quadro 10 - Despesas fixas do período Conta Despesas com pessoal Despesas tributárias Despesas financeiras Despesas administrativas Total do Período Sld. Período (%) do total 456.432,50 44.785,57 398.977,42 355.519,32 1.255.714,81 36% 4% 32% 28% 100% Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Para calcular o ponto de equilíbrio em unidades foi utilizada a fórmula dada por Wernke (2010, p.147): PE Mix (unidades) = Despesas Fixas (R$) / (Margem de Contribuição Total (R$) / Volume Total Vendido. Após encontrar o ponto de equilíbrio em unidades, multiplicou-se este valor pelo preço de venda médio e encontrou-se assim o ponto de equilíbrio em valor (em Reais). Este cálculo foi realizado com a margem de contribuição calculada com base no preço de venda praticado pela empresa, conforme o quadro 11: Quadro 11- Cálculo do ponto de equilíbrio em unidades e em valor pelo preço de venda praticado pela empresa Fatores Margem cont unit (PVP) Qtd. Vendida % Qtd. Vendida Margem de cont media Gastos Fixos Período Ponto de equil total Pto. Equil. (qtid) Preço Venda Unit. (PVP) ($) Pto. Equil.($) Adjuvante Adubo Ferti. Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida Totais 2,76 28.811 2,60% 0,07 - 0,41 942.045 85,05% 0,35 - 5,21 9.075 0,82% 0,04 - 40,14 66.913 6,04% 2,42 - 3,69 41.074 3,71% 0,14 - (1,10) 184 0,02% (0,00) - 55,57 19.599 1,77% 0,98 - 8.149 11,53 266.448 3,00 2.567 32,26 18.926 179,27 11.617 28,84 52 13,09 5.543 185,84 106,69 1.107.701 100,00% 4,01 1.255.714,81 313.303 313.303 - 93.982,01 799.345,49 82.814,97 3.392.824,40 335.068,22 681,11 1.030.183,84 5.734.900,02 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) O quadro 12 teve como base de cálculo o valor da margem de contribuição encontrada pelo preço de venda orientativo, conforme o quadro 12: Quadro 12 - Cálculo do ponto de equilíbrio em unidades e em valor pelo preço de venda orientativo Fatores Margem cont unit (PVO) Qtd. Vendida % Qtd. Vendida Margem de cont media Gastos Fixos Período Ponto de equil total Pto. Equil. (qtid) Preço Venda Unit. (PVO) ($) Pto. Equil. ($) Adjuvante Adubo Ferti. Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida Totais 2,12 0,68 6,89 34,06 6,63 4,16 29,50 106,69 28.811 942.045 9.075 66.913 41.074 184 19.599 1.107.701 2,60% 85,05% 0,82% 6,04% 3,71% 0,02% 1,77% 100,00% 0,06 0,58 0,06 2,06 0,25 0,00 0,52 3,52 - 1.255.714,81 357.158 9.290 303.745 2.926 21.575 13.244 59 6.319 357.158 10,58 3,40 34,44 170,33 33,16 20,83 147,50 - 98.283,86 1.032.734,67 100.773,88 3.674.851,89 439.156,90 1.235,79 932.103,47 6.279.140,46 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) 23 Conforme quadro 11 e 12 pode-se observar que pelo preço de venda da empresa o ponto de equilíbrio é menor em quantidade e em valor, em função de que a margem de contribuição de alguns produtos é superior a margem calculada pelo preço de venda orientativo. Portanto, pelo preço de venda orientativo, o ponto de equilíbrio em unidades é de 357.158 unidades, enquanto que pelo preço de venda atual da empresa é de 313.303 unidades. Desta forma, pode-se entender que os produtos com maior margem necessitam que sejam vendidas quantidades menores em relação àqueles que possuem margem menor. O resultado do ponto de equilíbrio de cada mercadoria foi, em seguida, base para o cálculo da margem de segurança, a qual em unidades representa o volume vendido que excede o ponto de equilíbrio em unidades. Desta forma, foi encontrado este valor através da subtração do valor das vendas do período (unidades) do ponto de equilíbrio (unidades). E para encontrar a margem de segurança em valor (Reais) foi multiplicado o preço de venda médio, usual da empresa, pela margem de segurança unitária, conforme quadro 13: Quadro 13 - Cálculo da margem de segurança operacional pelo preço de venda praticado pela empresa Fatores Adjuvante Vendas Período (unid) Adubo Ferti Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida Totais 28.811 942.045 9.075 66.913 41.074 184 19.599 1.107.701 Vendas PE (unid) 8.149 266.448 2.567 18.926 11.617 52 5.543 313.303 Marg. Seg. (unid) 20.662 675.597 6.508 47.987 29.457 132 14.056 794.398 Preço de Venda ($) Marg. Seg. ($) 11,53 3,00 32,26 179,27 28,84 13,09 185,84 - 238.297,15 2.026.789,51 209.982,42 8.602.714,38 849.586,01 1.726,99 2.612.094,32 14.541.190,80 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) A margem de segurança (em Reais) também foi medida com o preço de venda orientativo, como segue no quadro 14: Quadro 14 - Cálculo da margem de segurança operacional pelo preço de venda orientativo Fatores Adjuvante Adubo Vendas Período (unid) Ferti. Foliar Fungicida Herbicida 28.811 942.045 9.075 66.913 41.074 Vendas PE (unid) 9.290 303.745 2.926 21.575 Marg. Seg. (unid) 19.521 638.300 6.149 45.338 10,58 3,40 34,44 170,33 33,16 Preço de Venda ($) Marg. Seg. ($) 206.532,18 2.170.220,00 Inoculante Inseticida Totais 184 19.599 1.107.701 13.244 59 6.319 357.158 27.830 125 6.319 750.543 20,83 147,50 - 211.771,56 7.722.421,54 922.842,80 2.603,75 932.103,47 12.168.495,30 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Se a empresa praticasse os preços de venda orientativos a Margem de Segurança diminuiria mais de 1 milhão de Reais, com volume de vendas maior que o atual, pois pelo preço de venda orientativo a margem de contribuição é menor e o ponto de equilíbrio é maior, resultando em uma margem de segurança operacional menor. 24 4.4 Rotatividade dos estoques De acordo com as informações disponibilizadas pela empresa, foram levantados os dados para base da análise do estoque que compreenderam ao estoque atual em unidades (no último mês do período), a quantidade vendida, o custo de compra unitário, e o valor total estocado em valor (Reais); por grupo de mercadorias, conforme quadro 15: Quadro 15 - Base de dados dos cálculos sobre rotatividade dos estoques Mercadorias Adjuvante Adubo Fertilizante Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida Estoque atual Quantidade Vendida Custo de Compra Valor total estocado (R$) (unidades) (A) (unidades) (B) (unitário) (R$) (C) (D = A * C) 53.081 28.811 5,08 269.530,51 942.045 942.045 1,63 1.535.533,35 11.581 9.075 16,73 193.750,13 91.660 66.913 81,76 7.494.547,28 53.792 41.074 15,92 856.299,95 185 184 10,00 1.850,00 29.056 19.599 70,80 2.057.164,80 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Em seguida calculou-se o prazo médio de estocagem que consistiu na divisão do estoque atual em unidades pela quantidade vendida, multiplicando-se esse valor pelo número de dias úteis de expediente da loja, conforme demonstrado no quadro 16. Quadro 16 - Cálculo da do prazo médio de estocagem Número de dias de expediente da loja por mês 30 Estoque atual Quantidade Vendida Dia médio de estocagem Mercadorias (unidades) (A) (unidades) (B) D = (A/B)* dias úteis Adjuvante 53.081 28.811 Adubo 942.045 942.045 Fertilizante Foliar 11.581 9.075 Fungicida 91.660 66.913 Herbicida 53.792 41.074 Inoculante 185 184 Inseticida 29.056 19.599 Totais 1.181.400 1.107.701 55,27 30,00 38,28 41,10 39,29 30,16 44,48 - Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Com base no quadro 16 pode-se afirmar que a mercadoria que fica mais tempo em estoque é o Adjuvante, 55,27 dias em média, e a que fica menos é o Adubo, 30 dias em média. Para identificar o custo financeiro de manter estoques excessivos em depósito primeiramente foi necessário calcular o valor (em Reais) estocado ao final do prazo de estocagem (em dias) de cada grupo de mercadoria. Este cálculo requereu a definição de uma taxa de juros a título de custo de oportunidade, a qual equivale ao custo de captação de recursos ou a taxa de remuneração que seria obtida numa aplicação financeira de baixo risco para valor semelhante ao estocado. Neste caso considerou -se uma taxa de 3% ao mês como custo de oportunidade. 25 Após encontrar o estoque a valor futuro (em Reais) subtraiu-se o resultado deste do valor total estocado (em Reais) e encontrou-se o custo financeiro do estoque (em Reais). Quadro 17 - Cálculo do custo financeiro do estoque Taxa de juros 3,00 Mercadorias Valor total estocado (R$) E = A * C Adjuvante Adubo Fertilizante Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida Totais 269.530,51 1.535.533,35 193.750,13 7.494.547,28 856.299,95 1.850,00 2.057.164,80 12.408.676,02 ao mês Dia médio de Estoque a Valor estocagem Custo Financeiro do Futuro (R$) D = (A/B)* dias Estoque (R$) VF = VP*[(1+i)^n] úteis 55,27 285.944,92 16.414,41 30,00 1.581.599,35 46.066,00 38,28 199.562,63 5.812,50 41,10 7.719.383,70 224.836,42 39,29 881.988,95 25.689,00 30,16 1.905,50 55,50 44,48 2.118.879,74 61.714,94 278,58 12.789.264,79 380.588,77 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) No quadro 17 constatou-se que apesar do Adjuvante ficar mais tempo estocado ele é comprado em volume menor, apresentando um custo financeiro de R$ 16.414,41 com uma taxa de 3% ao mês. Também foi calculado o estoque excedente em unidades, diminuindo-se o estoque atual em unidades da quantidade média vendida no mês. E consequentemente, foi calculado o valor deste estoque excedente multiplicando o valor encontrado do estoque excedente pelo custo unitário de compra (em Reais). Quadro 18 - Cálculo do estoque excedente Mercadorias Adjuvante Adubo Fertilizante Foliar Fungicida Herbicida Inoculante Inseticida Estoque atual (unidades) (A) Quantidade Vendida (unidades) (B) 53.081 942.045 11.581 91.660 53.792 185 29.056 28.811 942.045 9.075 66.913 41.074 184 19.599 Estoque Excedente (unid) F = A-B 24.270 2.506 24.747 12.718 1 9.457 Custo de Compra Unitário (R$) 5,08 1,63 16,53 81,76 15,92 10,00 70,80 Estoque Excedente (R$) (G = F * C) 123.236,29 41.424,18 2.023.314,72 202.470,56 10,00 669.555,60 Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) No fim do período o produto que mais excede (em Reais) é o Fungicida, pois ele foi comprado em grande quantidade e foram vendidos 73% do volume no período, deixando em estoque excedente R$ 2.023.314,72, pois seu custo unitário de compra também é o mais caro, R$ 81,70 por unidade. Desta forma, para calcular o custo financeiro primeiramente encontrou-se o estoque a valor futuro que teve como custo de oportunidade a taxa de 3% ao mês, o que significa que se o valor do estoque atual fosse aplicado em uma renda financeira teria a oportunidade de render estes mesmos 3%, dessa forma é possível o gestor analisar esta 26 taxa com outros tipos de investimento, observando se é viável manter o estoque armazenado ou se é vantajoso aplicar o mesmo valor em outro tipo de investimento. Observou-se, também, que os produtos que ficam mais tempo em estoque são comprados, pela empresa, em menor quantidade, os quais geram um custo financeiro relativo a esse volume. Após ponderar a análise dos custos, dos volumes, das margens, e da rotatividade dos estoques obteve-se a Demonstração do Resultado do Período, comparando o resultado auferido através do preço de venda praticado (PVP) pela empresa ao resultado simulado com o preço de venda orientativo (PVO), conforme segue o quadro 19: Quadro 19 – Demonstração do resultado pelo preço de venda praticado e pelo preço de venda orientativo Fatores (+) Vendas totais (-) Tributos sobre Vendas (-) Comissões (-) Despesas variáveis (-) Custo de Compra (=) Margem de Contribuição Total (-) Despesas Fixas (=) Resultado do Período PVP PVO Valor (R$) % das Vendas Valor (R$) % das Vendas 18.546.037,51 100% 19.474.975,86 100% 0% 0% 741.841,50 4% 778.999,03 4% 5.192.890,50 28% 5.452.993,24 28% 7.664.838,85 41% 7.664.838,85 41% 4.946.466,66 1.255.714,81 3.690.751,85 27% 7% 20% 5.578.144,73 1.255.714,81 4.322.429,92 30% 7% 23% Fonte: Dados conforme pesquisa (2015) Pela análise do quadro 19 visualiza-se que pelo PVO o valor total vendido aumenta, mas as despesas de venda também aumentam. O fator que faz com que o resultado pelo preço de venda orientativo seja maior é que a margem de contribuição é maior pelo PVO. Desta forma, pelo preço praticado o resultado é 20%, que é o valor estipulado no mark-up, enquanto que pelo preço de venda orientativo conseguiria atingir 23%, com participação e lucratividade proporcional entre todas as mercadorias. 5 CONCLUSÃO A proposta deste estudo era analisar os custos, as margens, os volumes, e o resultado destes na lucratividade de uma empresa de pequeno porte que comercializa produtos agrícolas. Conforme observado na empresa em estudo, o comércio de insumos agrícolas depende muito dos outros setores do agronegócio, mas independente do mercado que está inserido o comércio agrícola, assim como os demais tipos de comércio, necessita basear-se primeiramente nos seus custos e despesas a fim de garantir fundamentalmente margem que contribua para a cobertura das despesas básicas da atividade. Primeiramente foi a averiguada a precificação da empresa, pois esta serve de base para diversas análises, e constatou-se que em diversos produtos a empresa está praticando 27 preços abaixo do ideal, conforme mark-up calculado, não atingindo o lucro almejado, que era 20%. Observou-se, também, através da análise das margens de contribuição que com os preços de venda atuais alguns produtos possuem pouca margem, os quais podem ser vendidos em maior quantidade, enquanto aqueles que possuem maior margem podem ser vendidos em menor quantidade, ou então reduzir a margem para ofertar um preço menor para aumentar o faturamento nestes produtos. Com a simulação pelo preço orientativo a margem de contribuição fica proporcional para todas as mercadorias, pois foi considerada a mesma margem de lucro para todos os produtos, impactando em volume de vendas maior, pois a margem ficou menor. Assim, pelo cálculo do ponto de equilíbrio pôde-se averiguar conforme prática de preços atual da empresa, o ponto de equilíbrio em quantidade e em valor é menor quando comparada a simulação pelo preço de venda orientativo, pois em alguns produtos a empresa tem margem maior do que outros. Quanto a análise dos estoques, pôde-se constatar que o custo financeiro varia de acordo com os fatores “dia médio de estocagem” e “estoque a valor futuro”. No caso da empresa em estudo, a mercadoria que possui maior custo de estocagem é o Fungicida, R$ 224.836,42, pois fica estocado em média 41,10 dias, e tem estoque a valor futuro de R$ 7.719.383,70. Com esta análise a empresa pode planejar estratégias de venda desse produto, para que o mesmo possua maior rotatividade e gere menos custo. Por conseguinte, sugere-se a empresa a aplicação desta análise de custos considerando margens de lucro diferentes de acordo com o produto, principalmente para aqueles que têm baixa rotatividade, dos quais pode ser reduzida a margem de lucro e ofertado aos consumidores com preços mais baixos, a fim de diminuir o estoque e consequentemente os custos financeiros de estocagem que esses geram. Com margens de lucro diferente para cada produto a empresa pode-se definir estratégias de compra e venda, calculando as margens de contribuições adequadas para cada mercadoria, os volumes de compra e venda, assim como alavancar a lucratividade da empresa. Portanto, a partir deste estudo, pôde-se compreender a importância da análise dos custos, das margens e dos volumes para as empresas comerciais. Através da definição de preços de venda mínimos e orientativo a empresa norteia-se para aumentar ou diminuir os volumes de venda podendo planejar resultados. REFERÊNCIAS 28 BRASIL. DECRETO N.º 37.699, DE 26 DE AGOSTO DE 1997 (REGULAMENTO DO ICMS). Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: <http://www.legislacao.sefaz.rs.gov.br/Site/Document.aspx?inpKey=109362&inpCodDisposi tive=&inpDsKeywords=> Acesso em: 06/03/2016. _____________. LEI Nº 10.925, DE 23 DE JULHO DE 2004. Reduz as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes na importação e na comercialização do mercado interno de fertilizantes e defensivos agropecuários e dá outras providências. Presidência da República - Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.925.htm> Acesso em: 06/03/2016. BOMFIM, Eunir de Amorim; PASSARELI, João. Custos e Formação de Preços – 4. Ed, São Paulo: IOB Thomson, 2006. 576 p. BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas / Antonio Cezar Bornia. – 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2010. 214 p. CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da Safra de Grãos. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/14_11_13_09_19_35_boletim_graos_ novembro_2014.pdf> Acesso em: 06/12/2014. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC Nº. 1.255 de 10 de dezembro de 2009. NBC T 19.41 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. Publicado pelo CRCRS. Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. DROPA; Murilo Fortunato; OLIVEIRA, Ivanir Luiz de; KOVALESKI João Luiz; PILATTI, Luiz Alberto. Análise custo volume lucro em empresas comerciais: estudo de viabilidade da ferramenta aplicada em um posto de combustíveis da cidade de Ponta Grossa. 2014. Disponível em: <http://pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/ebook/2010/CONGRESSOS/EPEGE/2.pdf> Acesso em: 15/02/2016. FERREIRA, Ricardo José. Análise das demonstrações contábeis: teoria e questões comentadas: conforme a Lei nº 11.941/09 (antiga MP nº 449/08) – 3. ed. – Rio de Janeiro: Ed.Ferreira, 2010. 160p. GASQUES, José Garcia; REZENDE, Gervásio Castro de; VILLA VERDE, Carlos Monteiro; SALERNO, Mario Sergio; CONCEIÇÃO, Júnia Cristina P. R. da; CARVALHO, João Carlos de Souza. Desempenho e crescimento do agronegócio no Brasil. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2701> Acesso em: 02/12/2014. GONÇALVES, Eduardo; LEMOS, Mauro Borges. Padrão de inovação tecnológica na indústria de defensivos agrícolas brasileira. 2011. Disponível em: <http://www.rea.ufv.br/index.php/rea/article/viewFile/176/185> Acesso em: 22/01/2016. 29 GRAUNKE, Vitor Ricardo. O fluxo de informações gerenciais e sua relevância na comercial de produtos agrícolas Forte Sul Ltda. 2012. Disponível em: < http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2284> Acesso em: 06/03/2016. GUERREIRO, Reinaldo. Os princípios da teoria das restrições sob a ótica da mensuraçào econômica. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141392511996000100003&script=sci_arttext> Acesso em: 02/12/2014. HALL, Rosemar José; BECK, Franciele; TOLEDO FILHO, Jorge Ribeiro de. Análise do impacto da crise subprime nas empresas do agronegócio brasileiro listadas na BM&FBovespa. Disponível em: <http://www.custoseagronegocioonline.com.br/numero1v9/Subprime.pdf> Acesso em: 12/12/2014. LAZZARI, Martinho Roberto. Economia gaúcha em 2013: para além do crescimento agrícola. 2014. Disponível em: <http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/view/3379> Acesso em: 15/06/2015. MELLO, Eliane Spacil de. O direito ao desenvolvimento e a produção local: O plantio direto da soja como uma alternativa de desenvolvimento econômico. 2013. Disponível em <http://revistaeletronica.unicruz.edu.br/index.php/GEDECON/article/view/300/228> Acesso em 15/06/2015. MORAES, Livia Cândido; WERNKE Rodney. Análise custo/volume/lucro aplicada ao comércio de pescados. 2006. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/contabilidade/article/view/784> Acesso em: 15/02/2016. OLLAIK, Leila Giandoni; ZILLER, Henrique Moraes. Concepções de validade em pesquisas qualitativas. 2012. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n1/ep448.pdf> Acesso em: 15/06/2015. PEREIRA, Mario Sebastião de Azevedo. Guia prático do contabilista – 3. Ed. – São Paulo: IOB Folhamatic EBS – SAGE, 2014, 343 p. PINTO, Nelson Guilherme Machado; CORONEL, Daniel Arruda - Modernização Agrícola no Rio Grande do Sul: um estudo nos municípios e mesorregiões. 2015. Disponível em: <http://www.ipardes.pr.gov.br/ojs/index.php/revistaparanaense/article/view/712> Acesso em 15/02/2016 PITTOL, Elisane; BORGES, Gustavo da Rosa - Fatores que influenciam produtores rurais de Anta Gorda a escolherem uma loja agropecuária de insumos agrícolas. 2013. Disponível em: <http://www.univates.br/revistas/index.php/destaques/article/viewArticle/461> Acesso em: 22/01/2016. 30 SILVA, Mauricio Corrêa da; SOUZA, Fábia J.Viana de; ARAÚJO, Fábio Rsende de; SILVA, José D.Gomes da. Metodologia científica para as ciências sociais aplicadas: análises críticas sobre métodos e tipologias de pesquisas e destaque de contribuições de marx, weber e durkheim. Disponível em <http://www.fipen.edu.br/hermes1/index.php/hermes1/article/view/167/pdf> Acesso em: 15/06/2015. SOUZA, Vandriane Fagundes de. A utilização da contabilidade gerencial na gestão de uma empresa de comercio de insumos agrícolas. 2013. Disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/1742> Acesso em: 06/03/2016. VENDRAMIN, Fabricio; TEIXEIRA, Alex Volnei. Maximização do Lucro: Estudo de caso em empresa do comércio exterior paranaense. Disponível em: <http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/admrevista/article/view/1032> Acesso em: 15/02/2016. WERNKE, Rodney. Gestão de custos no comércio varejista./ Rodney Wernke./ Curitiba: Juruá, 2010. 256 p. WERNKE, Rodney; ALVES, Tatiana Morais. Aplicação da Análise Custo/Volume/Lucro em Pequena Empresa Varejista: Estudo de Caso em Posto de Combustíveis de Imaruí (SC). 2014. Disponível em: <http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/5CCF/20140414081218.pdf> Acesso em: 15/02/2016. WILL, Daniela Erani Monteiro. Metodologia da pesquisa científica : livro digital / Daniela Erani Monteiro Will ; Design instrucional Daniela Erani Monteiro Will; João Marcos de Souza Alves – 2a Ed. Rev. e atual. – Palhoça: UnisulVirtual, 2012. 126 p.: il.; 28 cm. Disponível em: <http://busca.unisul.br/pdf/restrito/000003/00000366.pdf> Acesso em 15/06/2015. ZAMBERLAN, Luciano (org); Pesquisa em ciências sociais aplicadas. Ijuí: Ed.Unijuí, 2014. 208 p.