TEMAS LIVRES – Apresentação Pôster 23 de setembro de 2016 – sexta-feira – às 15:00 h 01 ASSOCIAÇÃO ENTRE HPV E TUMOR DE BUSCHKE LOWENSTEIN EM PACIENTE DO SEXO MASCULINO: RELATO DE CASO Autores: Henrique Oliveira Laranjeira; Ilane Covre Sagrillo; Raphael Franzini dos Santos, Dr. João Carlos Nepomuceno Gonçalves, Dr. Gustavo Alex Condi. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC / Hospital e Maternidade São José INTRODUÇÃO: O condiloma gigante ou tumor Buschke Lowenstein, é uma neoplasia rara representada por células epiteliais virais benignas características de doenças sexualmente transmissíveis, que, em casos raros, podem malignizar. Trata-se de um carcinoma verrucoso anogenital, associado ao Vírus do Papiloma Humano (HPV), destacando-se, entre estes, o sorotipo 6 e 11. O tratamento mais eficaz é a ressecção cirúrgica radical para prevenir a reincidência e transformação maligna. OBJETIVOS: Descrever e documentar um caso de condiloma acuminado gigante ou tumor de BuschkeLowenstein. MÉTODOS: Paciente NSC, masculino de 52 anos, possuindo lesões vegetantes com aproximadamente 10 anos de evolução, que se estendem a partir da região anal, perianal e escroto. Apresentou episódios esporádicos de sangramento local, negando hematoquezia, tenesmo, alterações dos hábitos intestinais e perda ponderal de peso. Foi realizado ressonância magnética de pelve que evidenciou volumosa lesão expansiva com realce heterogêneo localizado em canal anal havendo contato com o complexo esfincteriano interno e externo, medindo cerca de 8,5 cm. O paciente foi submetido a colonoscopia, na qual foi evidenciada diverticulose colônica não complicada e volumosa tumoraçâo anal e perianal. RESULTADOS: Paciente foi submetido a extensa ressecção da lesão e amputação abdomino-perineal do reto. A peça cirúrgica apresentou histopatológico característico de Carcinoma Verrucoso com diferenciação Basalóide. CONCLUSÃO: O tumor de Buschke-Lowenstein é um gigante condiloma mais frequentemente apresentado em homens, de comportamento benignos, cujas lesões clínicas são maiores do que 10 cm, de modo que o tratamento de escolha deve ser sempre cirúrgico. PALAVRAS-CHAVE: Condiloma Acuminado Gigante; Carcinoma Verrucoso; Tumor de Buschke-Lowenstein 02. CONTRACEPTIVOS ORAIS E EVENTOS TROMBÓTICOS CEREBRAIS: RELATO DE DOIS CASOS E REVISÃO Autores: Nara Regina Batista Barros, Rita de Cassia Barros Lima, Francisco de Sousa Barros Junior, Evanildes Barros Muniz, Maria Augusta Ribeiro Mattedi , Wanderson dos Santos Gonçalves Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A contracepção hormonal oral é o método mais utilizado pela população feminina brasileira para prevenção de gestações não planejadas. O episódio trombótico ocorre quando há uma alteração do parâmetro hemostático preditivo a mecanismos que permitem o funcionamento adequado da circulação. OBJETIVO: Descrever os casos de uma associação entre o uso de contraceptivos orais e a presença confirmatória de trombose venosa e arterial. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa documental retrospectiva, de dois relatos de caso. RELATO DE CASO: 1)Paciente, 22 anos, feminino, residente em Teresina-PI, relata cefaleia frontal esquerda intensa, de caráter pulsátil e associada a náuseas, que não melhorava com o anti-inflamatório. Iniciou o uso de anticoncepcional há seis meses. Foi realizado RNM de encéfalo arterial e venoso, onde diagnosticou trombose em seio sigmoide, transverso e porção cranial da veia jugular interna esquerda. Encaminhada para internação em hospital e uso de anticoagulante, Enoxaparina e no dia seguinte, foi medicada com Varfarina. 2) Paciente, 21 anos, feminino, residente em Teresina-PI, relata parestesia em lado direito iniciada em membro inferior, progredindo para membro superior de forma súbita. Refere uso de anticoncepcional há um ano. Efetuou RNM de crânio que diagnosticou trombose em artéria cerebral media, resultando em acidente vascular encefálico isquêmico. Devido ao diagnostico tardio, não foi realizado trombolítico, iniciando apenas Enoxaparina, Varfarina e tratamento de reabilitação. CONCLUSÃO: Após exclusão de trombofilias, colagenoses e embolia paradoxal por exames laboratoriais e de imagem, acredita-se que a contracepção oral predispôs a ocorrência dos eventos trombóticos. Palavras-Chave: Anticoncepcional Oral, Trombose encefálica. 03. GESTANTES PORTADORAS DE SÍFILIS ALÉRGICAS À PENICILINA: OPÇÕES DE TRATAMENTO E COMPLICAÇÕES DIANTE DA CONDUTA MAL SUCEDIDA Autores: Caroline Silva Soalheiro Xavier, Marcela Muniz Coelho Lima, Mônica Fonseca Coelho Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Apresenta transmissão sexual, vertical, parenteral ou contato direto com o sangue contaminado. De acordo com o Ministério da Saúde, seu tratamento de primeira escolha para gestantes é a Penicilina G Benzatina, com doses adequadas às fases de apresentação da doença. Grávidas alérgicas a este medicamento e portadoras de sífilis devem ser submetidas à dessensibilização ou receber tratamento com outro esquema antibiótico, como o Estearato de eritromicina, a fim de evitar complicações como a anafilaxia, reação de jarisch herxheimer (RJH), parto precoce e sofrimento fetal. OBJETIVO: Discutir a conduta adequada à gestante com sífilis e alérgica a penicilina, com enfoque nas possíveis conseqüências frente à conduta mal sucedida. MÉTODOS: Revisão de literatura na base de dados Pubmed/Medline, LILACS, Scielo e ScienceDirect com artigos científicos publicados entre 2011-2016 e o Manual do Ministério da saúde. RESULTADOS: Gestantes alérgicas à penicilina devem ser submetidas à dessensibilização ou receber tratamento com outro esquema de antibiótico. Caso a conduta seja inadequada, sérias complicações serão encontradas para com a gestante e o feto. CONCLUSÃO: A Sífilis é uma patologia infecciosa que possui diversos meios de transmissão e tem formas de tratamento já instituídas, entretanto determinados pacientes podem ser alérgicos a esses. No que se refere às gestantes alérgicas, cabe utilizar o tratamento de segunda escolha ou realizar a dessensibilização que a possibilite utilizar a penicilina para assim evitar graves complicações para a mãe e feto. PALAVRAS-CHAVE: Sífilis; Penicilina; Alergia; Tratamento; Gestantes. 04. DIAGNOSTICO PERINATAL DE DISPLASIA TANATOFÓRICA- UM RELATO DE CASO Autores: Dalila Vieira Pinheiro; Guadalupe Gomes Carneiro Machado; Kely Pessini Penna Forte; Matheus Alberto Nunes Lopes; Rafael Nascimento Gonçalves; Vinicius Brandao de Souza. Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo e Hospital Maternidade São José. INTRODUÇÃO: A Displasia tanatofórica representa um espectro de alta letalidade das condrodisplasias esqueléticas, com uma prevalência de 0,24-0,69/ 10.000 nascimentos. É uma herança autossômica dominante, sendo caracterizada por micromelia severa e macrocrania, dentre outros achados radiológicos e ultrassonográficos. Devido a hipoplasia pulmonar que estes pacientes possuem, a maioria evolui com óbito nas primeiras horas de vida devido a insuficiência respiratória aguda e, eventuais casos relatados na literatura com sobrevida superior a um ano, foram atingidos às custas de um suporte ventilatório precoce. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é o relato de uma paciente de 16 anos, com gestação de 29 semanas de um feto com displasia tanatofórica, que evoluiu com trabalho de parto prematuro e óbito fetal por insuficiência respiratória. MÉTODOS: Revisão de literatura nas bases de dados SCIELO, LILACS, UP TO DATE e revisão de prontuário. RESULTADOS: Paciente foi internada no Hospital Maternidade São Jose em Trabalho de Parto prematuro, com aspecto ultrassonográfico de malformações compatíveis com gestação tanatofórica. Feto evoluiu com insuficiência respiratória aguda logo após nascimento, necessitando de suporte intensivo. Após algumas horas, evoluiu para óbito. CONCLUSÃO: A displasia tanatofórica é uma anormalidade congênita com alta mortalidade neonatal e seu diagnóstico intrautero deve ser bem definido para poder diferenciar de outras displasias esqueléticas de bom prognostico, resultando em uma abordagem adequada. PALAVRAS CHAVE: Displasias esqueléticas; Displasia Tanatofórica; Diagnostico perinatal; Ultrassom. 05. CORIOCARCINOMA METASTÁTICO ESTÁDIO III: RELATO DE CASO Autores: Rodolfo Costa Sylvestre, Mariana Santana Lima, Mayara Almeida Santos Luz, Priscila Castelo Branco Guaitolini, KelyPessini Penna Forte, Carlos Campagnaro Martins dos Santo Instituição: Hospital Maternidade São José - HMSJ INTRODUÇÃO: Doença trofoblástica gestacional (DTG) é uma desordem causada por proliferação anormal do trofoblasto na gestação. Manifesta-se com formas benignas (mola hidatiforme) e malignas (mola invasiva, tumor trofoblástico de sítio placentário, tumor trofoblásticoepitelióide e coriocarcinoma). OBJETIVO: Relatar o caso de umapaciente com coriocarcinoma metastático estádio III,uma complicação obstétrica grave e incomum após gestação a termo. MÉTODO: Estudo descritivo de relato de caso. RESULTADOS: JFLV, 23 anos, branca, GIVPIIIAI, apresentando sangramento vaginal, tosse com expectoração hemoptoica e perda ponderal. Nos exames complementares apresentou ultrassonografia transvaginal com endométrio espessado e heterogêneo,gonadotrofina coriônica humana fração beta (b-hCG): 50.242,5 mUI/ml etomografia computadorizada de tórax com múltiplas lesões nodulares.Na histeroscopia cirúrgica endométrio encontrava-se heterogêneo, de aspecto tumoral. Laudo histopatológico: coriocarcioma. Tratada com quimioterapia,tendo b-hCG negativado em 10 semanas. DISCUSSÃO: O coriocarcinoma é agressivo e altamente metastático; sua incidência é baixa e 50% dos casos ocorrem após mola hidatiforme, 25% após gravidez normal e 25% após aborto espontâneo ou gravidez ectópica. A apresentação clínica é variável, em geral útero aumentado para a idade gestacional, sangramento vaginal, sintomas respiratórios devido metástases pulmonares e sintomas gastrointestinais. CONCLUSÃO: Até 1969, o coriocarcinoma metastático apresentava uma mortalidade elevada, enquanto nos dias atuais a taxa de cura é de 90% dos casos, geralmente mantendo a função reprodutiva. Essa mudança só ocorreudevidoo diagnóstico precoce feito com a utilização da b-hCG e exames de imagem para avaliação da presença de metástases e estadiamento, além de quimioterapia eficaz. PALAVRAS-CHAVE: Doença Trofoblástica Gestacional; Coriocarcinoma; Complicação Obstétrica. 06. CÂNCER DE ENDOMÉTRIO: RASTREIO EM PACIENTES ASSINTOMÁTICAS Autores: Marcela Muniz Coelho Lima, Caroline Silva Soalheiro Xavier, Mônica Fonseca Coelho Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo-UNESC INTRODUÇÃO: O câncer do endométrio é o terceiro tumor ginecológico mais frequente no Brasil e pode acometer mulheres em qualquer idade, sendo encontrado principalmente a partir dos 50 anos. Vários fatores de risco predispõem a patologia, como a menarca precoce e menopausa tardia, Terapia de Reposição Estrogênica não associada à progestágenos, obesidade, uso de tamoxifeno, e Síndrome de Lynch II. Os sintomas mais frequentes são sangramento e corrimento vaginal, porém existem pacientes assintomáticas, cujo diagnóstico é feito através de colpocitologias ou ultra-som casuais ou exame histológico de útero removido cirurgicamente para outras indicações. OBJETIVO: Discutir a necessidade ou não do rastreio do câncer de endométrio, em mulheres assintomáticas que possuem fatores de risco relevantes. MÉTODO: Revisão sistemática de literatura na base de dados Pubmed/Medline, Scielo e LILACS com artigos científicos publicados entre 2009-2016. RESULTADO: Rastrear pacientes assintomáticas não possui boa relação custo-efetividade devido à falta de exame de alta eficácia e por não alterar o prognóstico. Os resultados encontrados foram opostos ao que se pretendia provar com o trabalho. CONCLUSÃO: O câncer de endométrio atinge principalmente mulheres a partir da quinta e sexta década de vida, possui diversos fatores de risco relacionados, evolução lenta e normalmente manifestações clássicas. Mulheres com a patologia e assintomáticas são raras, então não é indicado o rastreio, pois ainda não se tem um método com alta especificidade que justifique a intervenção, e o prognostico não é diferente das demais pacientes. PALAVRAS-CHAVE: câncer de endométrio; rastreio; fator de risco; mulheres assintomáticas; diagnóstico; 07. ADESÃO À VACINA DO PAPILOMA VÍRUS HUMANA (HPV) EM ESTUDANTES DO SEXO FEMININO NA FAIXA ETÁRIA DE 9 A 13 ANOS DO MUNICÍPIO DE COLATINA – ES Autores: Leticia Rego Dalvi; Luciano Castiglioni Andriato; Vanilda Gimenez. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A vacinação é um dos métodos para a prevenção do contágio do HPV (papiloma vírus humano). Com o intuito de alcançar a imunização preconizada pelo Ministério da Saúde, a equipe de professores do módulo Interagindo com a Comunidade III e alunos do curso de Medicina do UNESC realizou a triagem vacinal em escolas. Foi possível, então, discutir e avaliar motivos que podem influenciar a adesão à vacina. OBJETIVO: Analisar e comparar a taxa de adesão à vacina contra o HPV entre escolas do município de Colatina e as faixas etárias de quem foi vacinado, e relacionar fatores que podem ou não interferir no consentimento da vacinação. MÉTODOS: Realizou-se triagem, com termo de consentimento assinado pelos responsáveis; e administraram-se vacinas nas meninas com idades variando entre 9 a 13 anos em duas escolas localizadas no munícipio de Colatina – ES. Contabilizaram-se os resultados. RESULTADOS: Na escola A, 83 meninas na faixa etária de 9 e 13 anos foram vacinadas. Na escola B, 30 meninas com a mesma idade foram vacinadas. Detectou-se que no total de 160 meninas a serem vacinadas em ambas as escolas, apenas 113 passaram pelo procedimento. CONCLUSÃO: Com base nos dados obtidos, tem-se que 29.37% das meninas não foram vacinadas. Assim, é possível afirmar que existem alguns entraves que justificam a essa parcialidade. Motivações culturais que envolvam a perspectiva e cosmovisão das famílias em relação à sexualidade e desconhecimento acerca de riscos e prevenção do HPV são fatores que afetam a aceitação da vacina. PALAVRAS-CHAVE: HPV; vacina; Colatina. 08. ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO NO PUERPÉRIO PRECOCE Autores: Marcela Tagliari Tubino, Alina de Carvalho Nora e Raul Amiti Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC Introdução: Abdome agudo é um termo geral para doenças abdominais agudas acompanhadas principalmente por dor abdominal súbita. A origem ginecológica do abdome agudo é representada por manifestações semelhantes, destacando dor abdominal, de intensidade variável, podendo estar associada a condições clínicas locais e gerais, oriundas de irritação peritoneal. Objetivos: Evidenciar que as diversas origens de um abdome agudo e valorizar as queixas do paciente e exames complementares disponíveis. Métodos: Este estudo foi realizado em um acompanhamento evolutivo do relato em questão, demonstrando a associação clínica e diagnóstica do abdome agudo. Resultados: Neste relato de caso, a sintomatologia era inespecífica, a dor difusa em abdome, porém história prévia de parto normal levantou suspeita de provável patologia ginecológica. Essas condições levaram a hipótese de doença inflamatória pélvica. No entanto, os exames de imagem confirmaram patologia de origem abdominal e de caráter obstrutivo. Conclusão: A emergência cirúrgica abdominal é particularmente perigosa durante o puerpério. O paciente pode esperar dor abdominal considerável e por isso não relatar sua queixa ao médico. Portanto, há uma importância de se reconhecer desvios de um puerpério normal. Palavras chaves: abdome; dor; ginecológica; puerpério. 09. IMPORTÂNCIA DIABETES. DA AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA EM GESTANTES COM Autores: Cinthia Rafaela Santos Assis Marcos, Cristiane Gondim Magalhães da Silva, Daiany Melo Corrêa Vidigal, Eduardo Dimas Vidigal, Flávia Tavares Silva Dela Fuente Araujo, Dr Gian Santos Pierozzi. Instituição: Unesc-ES INTRODUÇÃO: O diabetes gestacional é definido como uma alteração no metabolismo dos carboidratos, que determina hiperglicemia, diagnosticada durante a gestação, que pode ou não perpetuar após o parto. É o distúrbio metabólico mais prevalente durante a gestação, provocada por defeitos na ação e/ou secreção de insulina, aumentando o risco de complicações clínicas tanto para a mãe quanto para o feto. OBJETIVOS: Discutir a importância da avaliação oftalmológica em gestantes portadoras de Diabetes. Avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde para a promoção e orientação da proteção ocular em gestantes diabéticas. MÉTODOS: revisão sistemática de literatura científica na Base da dados SCielo, PubMed, Lilacs, dos anos de 2008 a 2016. Palavras-chave: diabetes mellitus, diabetes gestacional, retinopatia. RESULTADOS: Gestante diabética tem risco maior de desenvolver alterações na microvasculatura oftálmica, como retinopatia. A alteração vascular provoca extravasamento de fluido sanguíneo para a retina, edema e perda da visão. Fatores de risco para deterioração da retina incluem a qualidade do controle glicêmico, tempo do diagnóstico de diabetes e a presença concomitante de hipertensão arterial. É consenso para o planejamento das grávidas diabéticas acompanhamento por oftalmologista durante toda a gestação e realização do exame de fundo de olho, Fundoscopia. CONCLUSÃO: A atenção oftalmológica deve fazer parte do Pré Natal, tanto em gestantes diagnosticadas com Diabetes Gestacional, como em pacientes que já tenham o Diabetes Mellitus preexistente antes da gestação, afim de minimizar o risco de sequela pós parto ou perda grave da visão. 10. TUMOR TRIQUILEMAL: RELATO DE CASO Autores: Lays Dalmora Gomes, Letícia Fonseca Favarato, Carolini Pereira Schafer, Fernanda Alencar e Rodrigo Fraga Olivieri Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: Carcinoma Triquilemal é uma neoplasia rara, com rara transformação para malignidade, em decorrência de escassas metástases e baixa recidiva. Origina-se no istmo do folículo capilar, cuja histologia é a ceratinização triquilemal, sem invasão da camada granulosa. Acomete áreas de exposição solar e couro cabeludo. O diagnóstico é anatomopatológico. OBJETIVOS: Descrever um relado de caso raro sobre carcinoma trquilemal. MÉTODOS: As informações foram obtidas por revisão de prontuário e literatura, métodos diagnósticos e terapêuticos aos quais o paciente foi submetido. RESULTADOS: Paciente L.J.D.S, masculino, 38 anos, albino, agricultor, apresentou lesão supraclavicular esquerda, de crescimento progressivo, dor e febre. Realizada biópsia excisional da tumoração de 12 cm, com diagnóstico de carcinoma escamocelular. Submetido a ressecção cirúrgica com diagnóstico de carcinoma triquilemal. A imunohistoquímica expressa citoceratina 5/6 e proteína p63 que favorecem a diferenciação escamosa das células neoplásicas sendo as principais possibilidades carcinoma de escamocelular e tumor maligno de anexo cutâneo. CONCLUSÃO O carcinoma triquilemal se desenvolve a partir de focos de proliferação epitelial decorrente de fatores como trauma e inflamação crônica. Apesar de alta atipia celular, tem baixo caráter maligno, raras metástases e baixo grau de recidivas. É classificado nos grupos: benigno, baixo grau de malignidade e lesões malignas de alto grau. Tumores de alto grau apresentam elevada taxa de recorrência, atingem linfáticos e potencial para metástases à distância. Nosso paciente é classificado como alto grau, devido acometimento linfático. O tratamento primário é cirúrgico, com possibilidade de terapia adjuvante como a radioterapia. PALAVRAS-CHAVE: carcinoma, triquilemal, tumor, anexo cutIâneo 11. TUMOR DESMOPLÁSICO DE PEQUENAS CÉLULAS REDONDAS: RELATO DE CASO Autores: Fernanda Alencar, Rodrigo Fraga Olivieri, Lays Dalmora Gomes, Letícia Fonseca Favarato, Carolini Pereira Schafer. Instituição: Hospital Maternidade São José (HMSJ) INTRODUÇÃO: O tumor desmoplásico de pequenas células redondas é raro e agressivo, afetando principalmente jovens do sexo masculino. É diagnóstico diferencial de outros tipos de tumor de células redondas, baseado na clínica, imuno-histoquímica e características citogenéticas. A manifestação clínica mais evidente é a distensão abdominal e presença de massas palpáveis. OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente com tumor desmoplásico de pequenas células redondas durante internação no HMSJ. MÉTODOS: As informações foram obtidas por revisão de prontuário e literatura, métodos diagnósticos e terapêutico aos quais o paciente foi submetido. RESULTADOS: Paciente do sexo masculino, 25 anos, com massa abdominal palpável em andar superior, associado a icterícia súbita. Encaminhado ao serviço de oncologia do HMSJ para investigação. Tomografia Computadorizada de abdome apresentava imagem de massa hipodensa, com limites parcialmente definidos, em topografia de hipocôndrio esquerdo. A biópsia da massa e posterior estudo de imuno-histoquímica evidenciou a expressão de citoqueratina AE1-AE3 e desmina. Esse conjunto de achados, além da positividade de WT-1 carboxi-terminal, favoreceu o diagnóstico. O paciente evoluiu com piora da dor abdominal, constipação intestinal e acolia fecal. Após melhora dos sintomas, o paciente recebeu alta com encaminhamento ao ambulatório de oncologia do HMSJ. CONCLUSÃO: O tumor desmoplásico de pequenas células redondas é uma neoplasia rara, apresenta expressão particular de marcadores epiteliais e mesenquimais, além de demonstrar padrão específico da desmina e vimentina. O prognóstico é bastante desfavorável e uma modalidade terapêutica necessita ser elucidada. Palavras-chaves: tumor desmoplásico; massa abdominal; adulto jovem 12. RELATO DE CASO DE MELANOMA CORÓIDE Autores: Carolini Pereira Schafer, Camili Pereira Schafer, Lays Dalmora Gomes, Letícia Fonseca Favarato, Fernanda Alencar e Rodrigo Fraga Olivieri Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: O Melanoma de coróide é o tumor mais comum ocular, tem maior prevalência na sexta década de vida, sexo masculino e raça branca. O quadro clínico pode ser assintomático até diminuição visual e dor ocular. O diagnóstico é realizado pela fundoscopia e confirmado com ultrassonografia ocular. O tratamento é controverso e deve ser considerado o tamanho do tumor e metástase. OBJETIVO: Descrever um relado de caso sobre o melanoma coróide e a tratamento disponível. MÉTODOS: As informações foram obtidas por revisão de prontuário, entrevista com o paciente, registro de métodos diagnósticos e terapêuticos e revisão de literatura. RESULTADO: Paciente CPC, masculino, 36 anos, compareceu ao oftalmologista há 3 anos com alteração súbita visual (metamorfopsia) em olho esquerdo. Solicitado mapeamento de retina e visualizado lesão tumoral sólida cupuliforme nasal e área de descolamento plano temporal inferior e ecografia complementar com massa em coróide medindo 8.7 mm e 14.5mm de base sugestiva de melanoma de coróide. Encaminhado ao ambulatório de oncologia, com ausência de metástase e iniciado tratamento com Braquiterapia com iodo-125. Após 2 anos, apresentou piora da acuidade visual e diagnosticado hemorragia ocular confirmado por retinografia. Indicado tratamento com Ramixumabe em olho esquerdo durante 3 meses e atualmente em tratamento com Aflibercept. Apresentando acuidade visual em olho esquerdo 20/400 e exames com ausência de metástase. CONCLUSÃO: Concluímos que, diante disso, não é necessária a realização de biópsia no melanoma coróide, porém, ainda é controverso a indicação do melhor tratamento: enucleação ou braquiterapia. PALAVRAS-CHAVE: melanoma de coróide, neoplasia coróide/diagnóstico, braquiterapia. 13. RECONSTRUÇÃO DA PAREDE TORÁCICA COM TELA DE POLIPROPILENO APÓS TORACECTOMIA EM PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO. Autores: Claudino Borges de Luna, Elielder Dias Dionizio, Ketoly Pascoal Colati, João Carlos Nepomuceno Gonçalves, Raqueli Pertel, Wagner Santos da Silva Instituição: Hospital Maternidade São José (Colatina / ES) INTRODUÇÃO: Sarcomas são tumores malignos de partes moles. Os leimiossarcomas representam 7% de todos os sarcomas de partes moles, com alta taxa de recorrência. O leiomiossarcoma cutâneo pode ser dividido em dois subtipos (dérmico ou subcutâneo), baseado em sua origem. O subtipo dérmico é considerado tumor agressivo apenas localmente, enquanto o subcutâneo se relaciona com maior tendência à metástase. OBJETIVO: Relatar o caso de paciente submetida à toracectomia com reconstrução de parede torácica utilizando tela de polipropileno e sua evolução no pós-operatório, demonstrando a aplicabilidade do método utilizado. MÉTODO: Coleta de dados do prontuário e registro fotográfico do procedimento cirúrgico da paciente NLCA, feminino, 76 anos, submetida à exérese de leiomiossarcoma abdominal em 2007, relatando dor tipo pontada em hemitórax esquerdo há cerca de 6 meses. Em 07/06/2016 realizou TC Tórax, evidenciando massa com densidade de partes moles no segmento anterior do lobo pulmonar superior esquerdo. Submetida, em 11/07/2016, à toracectomia (costectomia parcial: terceiro, quarto, quinto e sexto arcos costais) com exérese de volumosa tumoração aderida ao lobo pulmonar superior esquerdo e reconstrução da parede torácica com tela de Márlex (polipropileno). RESULTADOS: A paciente recebeu alta hospitalar no décimo dia de pós-operatório, assintomática. CONCLUSÃO: Concluiu-se, à partir do histopatológico, se tratar de leiomiossarcoma, por possível recidiva de tumoração prévia, sendo recomendado a excisão cirúrgica com margens amplas, devido ao risco de novas recidivas. Realizada a reconstrução da parede torácica com tela de polipropileno. Procedimento sem intercorrências, com evolução satisfatória, demonstrando a aplicabilidade do método utilizado. Palavras-chave: Toracectomia, Reconstrução de Parede, Tela de Polipropileno. 14. RELATO DE CASO DE CARCINOMA DE TIREÓIDE Autores: Lays Dalmora Gomes, Letícia Fonseca Favarato, Carolini Pereira Schafer, Fernanda Alencar e Rodrigo Fraga Olivieri Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: Apenas 1-5% dos casos de hiperparatireoidismo são devidos a carcinoma de paratireóide, que além de raro, tem um diagnóstico desafiador. Pode ser assintomático ou manifestar sintomas renais, esqueléticos e/ou neurocognitivos. Apesar do prognóstico ruim, quanto antes for diagnosticado, mais precocemente pode-se programar um tratamento eficaz. OBJETIVO: Descrever um relado de caso sobre carcinoma de tireóde. MÉTODOS: As informações foram obtidas por revisão de prontuário, entrevista com o paciente e revisão de literatura. RESULTADOS: V.A.Z., masculino, 64 anos, caucasiano, relatou emagrecimento de 30 kilos em 4 meses, astenia, disfagia, hipoacusia e vômitos. Em outro serviço foi submetido à cirurgia abdominal, pela hipótese de obstrução de intestino delgado, sem melhora sintomática. Novos exames evidenciaram cálcio iônico: 22,3mmol/L, aumento de escórias nitrogenadas, paratormônio: 2139,4pg/ml, USG de paratireóide: nódulos hipoecóicos; sendo então encaminhado ao nosso serviço. Foi avaliada a hipótese de carcinoma de paratireoide, pois, além da piora da função renal, somou-se ao caso, tomografia evidenciando metástases pulmonares. Seguindo investigação com cintilografia, observamos hipercaptação em paratireoide. Frente à hipótese, somando metástase, piora progressiva da função renal e a hipercalcemia, foi realizado paratireoidectomia com tireoidectomia total. O diagnóstico foi firmado histopatologicamente. Atualmente, o paciente está em uso de pamidronato e em seguimento ambulatorial. CONCLUSÃO: Apesar de metástase pulmonar documentada, devido piora progressiva da função renal e a hipercalcemia ascendente, foi realizado paratireoidectomia com tireoidectomia total, sem intuito curativo, mas a fim de estabilizar a doença e impedir piora do quadro, proporcionando ao paciente melhor qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: carcinoma de tireoide, hiperparatireoidismo, hipercalcemia 15. PROSTATOVESICULECTOMIA RADICAL: UM ESTUDO OBSERVACIONAL RESTROSPECTIVO DE PACIENTES SUBMETIDOS A ESTE PROCEDIMENTO Autores: Rodolfo Costa Sylvestre; Alex Loze Rocha; Heitor Soares Morais; Cibele Guedes de Oliveira; Cathariana Carvalho Santana Dantas; Rodrigo Zon Soares. Instituição: Hospital Maternidade São José – HMSJ INTRODUÇÃO: A prostatovesiculectomia radical (PTVR) é utilizada no tratamento de neoplasia prostática localizada, podendo constituir terapêutica isolada ou associada a radioterapia e/ou bloqueio androgênico. OBJETIVO: Descrever a evolução pós-operatória de pacientes submetidos a PTVR. MÉTODOS: Estudo observacional, retrospectivo, com revisão de prontuário de 34 pacientes submetidos a PTVR, em hospital público, no período entre maio de 2013 a maio de 2015. RESULTADOS: Constatou-se que a faixa etária mais acometida era entre 60 e 70 anos, com índices de PSA oscilando de 5 a 10 ng/ml e Escore de Gleason de 6 a 7. Dentre todos os pacientes, apenas 2 necessitaram de hemotransfusão durante o ato cirúrgico, e em 13 casos houve necessidade de irrigação vesical. No período pós-operatório imediato, os pacientes apresentaram PSA entre 0,002 e 0,324 ng/dl, e Escore de Gleason de 7, como moda. Dentre as complicações ocorridas no pósoperatório, ocorreram 5 casos de incontinência urinária, 2 casos de disfunção erétil e 11 casos de estenose uretral, sendo necessário a realização de uretrotomia interna em 7 pacientes. Dois apresentaram fístula uretrorretal, e três tiveram recidiva do câncer. Como forma de tratamento complementar, foi utilizado a radioterapia em 7 pacientes e bloqueio hormonal central em apenas 3. Não houveram óbitos até o fechamento deste estudo. CONCLUSÃO: Os resultados nessa instituição corroboram com os dados da literatura, mostrando que a PTVR apresenta resultados satisfatórios e baixo índice de complicações, constituindo, assim, uma boa opção para o tratamento do câncer de próstata localizado. Palavras-chave: prostatovesiculectomia radical; câncer de próstata; 16. PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES COM NEOPLASIA DE PROSTATA EM UM HOSPITAL TERCIARIO DE ENSINO Autores: Marcela Tagliari Tubino, Alina de Carvalho Nora e Raul Amiti Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC INTRODUÇÃO: A incidência de câncer de próstata está aumentando de forma constante em quase todos os países. Em 2014 foram estimados em 68.800 casos novos de câncer de próstata para o Brasil. OBJETIVO: O trabalho reforça os dados que o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país, com 91,24/100 mil no Sul, 88,06/100 mil no Sudeste, 62,55/100 mil no Centro-Oeste, 47,46/100 mil no Nordeste e 30,16/100 mil no Norte. MÉTODOS: O método definido para estudo foi baseado em uma pesquisa retrospectiva com coleta de dados realizado a partir de análise dos prontuários de pacientes do Hospital e Maternidade São José (HMSJ). RESULTADOS: As idades encontradas na amostra foram estratificadas em três grupos que variaram entre 40 e 60 anos, estrato 1, 61 e 80 anos, estrato 2 e 81 e 100 anos, estrato 3, para melhor análise dos dados obtidos. Portanto, correspondendo 14, 53 e 21 pacientes, aos estratos 1, 2 e 3, respectivamente. CONCLUSÃO: O total de 91 pacientes em período de dois anos, concluímos que a incidência foi de 0,36, e a prevalência foi de 0,79. Palavras chaves: Câncer de próstata; incidência; prevalência; estrato. 17. FEOCROMOCITOMA, UMA SINGULAR CAUSA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA: RELATO DE CASO E REVISÃO Autores: Sara Roldi, Nara Regina Batista de Barros, Lucas Grobério Moulim de Moraes, Lucas Kefler Bergamaschi, Luiza Seidel Dala Bernardina, Paulo Roberto Angelete Alvarez Bernardes INTRODUÇÃO: Feocromocitomas são neoplasias raras originadas nas células cromafins, responsáveis pela produção das catecolaminas - adrenalina e noradrenalina -, localizadas na medula das glândulas suprarrenais. Devido ao potencial secretor destas substâncias, este tumor se manifesta de forma sistêmica em especial com o surgimento de hipertensão arterial sistêmica secundária e refratária ao tratamento clínico. Outros sintomas típicos são palpitação, cefaleia e sudorese. O diagnóstico é realizado por meio de dosagens de metanefrinas e ácido vanilmandélico (VMA) urinários, catecolaminas plasmáticas ou ainda por exames de imagem, como a tomografia computadorizada. OBJETIVOS: Descrever um caso clínico desta neoplasia, buscando na literatura outros relatos e embasamento teórico para a condução e cura desta doença. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo sobre o tema, seguido de uma análise do prontuário, resultados laboratoriais e exames de imagem fornecidos pelos médicos responsáveis com a autorização da paciente. CASO CLÍNICO: Paciente, sexo feminino, 54 anos, queixando-se de crises hipertensivas, associadas a sudorese intensa, mal-estar e cefaleia. Histórico de hipertensão arterial sistêmica tratada sem sucesso e Diabetes Mellitus, já com complicações cardiovasculares. Após dosagem de catecolaminas plasmáticas e urinárias e tomografia computadorizada (TC) foi diagnosticado o Feocromocitoma. CONCLUSÃO: Paciente submetida à ressecção cirúrgica do tumor, evoluindo com remissão total dos sinais e sintomas iniciais. Palavras-Chave: Feocromocitoma; Hipertensão arterial secundária; Diagnóstico; Conduta. 18. INQUÉRITO POPULACIONAL, AVALIAÇÃO DO PERFIL MEDICAMENTOSO DE PACIENTES HIPERTENSOS DE MICRORREGIÃO ATENDIDA PELO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Autores: Klinger Soares Faíco Filho, Lukas Rezende Dias Faíco, Iago Ivanovitch Batista de Oliveira, Lorenna Baião Vieira, Kaio Cesar Gomes Pessim, Vinicius Tapie Guerra Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC). INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença multifatorial, não transmissível, que apresenta elevado risco de mortalidade devido suas complicações renais, cerebrais e vasculares. Há a necessidade de intervenção medicamentosa já que a doença quando instaurada e não tratada, repercute com uma diminuição da qualidade de vida do portador bem como aumento do número de consultas médicas. OBJETIVO: Descrever e analisar o perfil medicamentoso dos hipertensos autodeclarados em uma microrregião abrangida por uma Unidade Básica de Saúde. METODOLOGIA: Estudo com delineamento transversal, de base populacional, por meio de inquérito domiciliar, com processo de amostragem aleatória por conglomerados. Foram entrevistados 200 indivíduos através de um questionário, entre homens e mulheres acima de 18 anos. O questionário continha perguntas necessárias para avaliação do perfil medicamentoso dos indivíduos. RESULTADOS: Dos 200 entrevistados, 81 declararam-se portadores de hipertensão arterial sistêmica, correspondendo a 40,5% da amostra. Com relação à utilização de medicamentos para o tratamento, a maioria, 37,1% declarou uso de Losartana; seguido de Hidroclorotiazida (23,4%), Captopril (13,5%), Enalapril (13,5%), Propanolol (9,8%) e outros (2,7%). CONCLUSÃO: O Losartana foi o fármaco de maior utilização entre os pacientes daquela microrregião. O fármaco possui alta eficácia, atuando no bloqueio seletivo do receptor AT 1 da angiotensina II. O mesmo tem se mostrado bem tolerado com efeitos colaterais de natureza leve e transitória. A eficácia comprovada e a pouca incidência de efeitos adversos fazem com que o medicamento seja mais utilizado para o tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica. Palavras-Chave: Hipertensão, Saúde básica, medicamentos. 19. FIBROELASTOMA BIBLIOGRÁFICO DE VALVA MITRAL: RELATO DE CASO E ENREDO Autores: Lucas Kefler Bergamaschi . João Vitor Dias Pereira, Nara Regina Batista de Barros, Lucas Grobério Moulim de Moraes, Luiza Seidel Dala Bernardina, João Miguel Malta Dantas Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC). INTRODUÇÃO: Fibroelastomas são tumores cardíacos primários, intracavitários, benignos, e raros, que representam cerca de 8% dos tumores cardíacos. A clínica é consequência do acometimento valvar, principalmente das valvas aórtica e mitral com proliferação no endocárdio. É descrita a semelhança de “anêmona do mar”, pela formação de diversas papilas filamentosas fixadas a um único pedículo de aderência. Tais papilas, pelo risco de fragmentação do tumor, expões ao risco de embolização proporcionando lesões isquêmicas cardíacas e encefálicas. OBJETIVO: Descrever um caso clínico desta neoplasia, buscando na literatura relatos e embasamento teórico-científico para a condução e resolução da moléstia. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa documental de prontuário clínico associada a interpretação de exames complementares, junto de uma revisão de literatura. RELATO DE CASO: Paciente sexo feminino 48 anos, G2P2A0, PA= 130X80 mmHg com queixas de cefaleia occipital pulsátil acompanhada de lipotimia, hipotensão e tonturas há aproximadamente um ano. Apresenta seguintes exames: ECG normal, sem isquemia; TC de crânio com calcificações parenquimatosas cerebrais; US Doppler de carótidas e vertebrais direita e esquerda ambas sem estenose; RM de crânio lesão isquêmica aguda comprometendo porção superior do hemisfério cerebelar esquerdo no território de irrigação da A. Cerebelar Superior; Eco TE com aumento discreto de AE, DD Grau I, presença de Fibroelastoma papilar com Insuficiência mitral moderada (+/4+). CONCLUSÃO: Solicitado exames de trombofilia, parecer dos médicos reumatologista e hematologista, MAPA/Holter 24h, RM de coração. Risco AVE 1,4%. Aconselhado a prescrição de AAS e cirurgia de válvula mitral, de acordo com a abordagem preconizada na literatura. Palavras-Chave: Fibroelastoma; Tumor cardíaco. 20. DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DE ARTÉRIAS CORONÁRIA: RELATO DE CASO Autores: Aluana Marinho Rigoni, Rodolfo Costa Sylvestre, Vinicius Vasconcelos do Lago, Zico Smarssaro, Alexandre José dos Santos Calasans, João Miguel Malta Dantas Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A dissecção espontânea de artérias coronária (DEAC) é uma causa rara de síndrome coronariana aguda (SCA) e morte súbita, sendo que 70% dos casos são diagnosticados post-mortem. Acomete mais mulheres jovens, particularmente no periparto ou pós-parto. Sua prevalência é de 0,07-1,1% na população. OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente diagnosticado com DEAC. MÉTODO: É um estudo descritivo de relato de caso. RESULTADOS: JXB, 70 anos, masculino, ex-tabagista, com dor torácica de discreta intensidade, rubor em face e sensação de desmaio. Nos exames complementares apresentou eletrocardiograma com bloqueio de ramo direito e bloqueio divisional anterossuperior, marcadores de necrose miocárdica negativos, ecocardiograma de estresse positivo para isquemia em parede anterior, coronariografia com artéria coronária direita dominante e imagem de dissecção em terço médio distal. Seguiu tratamento clínico para angina instável com AAS 100 mg, clopidogrel 75 mg, rivaroxabana 15 mg e atorvastatina 40 mg. A DEAC pode gerar dor torácica, dispneia, sudorese, náuseas e vômitos, variando de sintomas leves à morte súbita. A angiografia de coronária é o principal método para o diagnóstico e o tratamento ideal continua incerto, dependendo de vários fatores como a apresentação clínica, localização e extensão da dissecção. As possibilidades terapêuticas são tratamento clínico, angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica. CONCLUSÃo: DEAC é uma doença rara que se manifesta em grande parte dos pacientes como uma SCA. O diagnóstico precoce é importante devido à alta taxa de mortalidade e para individualizar a abordagem terapêutica. Palavras-chave: Dissecção Espontânea de Artérias Coronária; Síndrome Coronariana Aguda; Morte Súbita. 21. COARCTAÇÃO DE AORTA EM ADULTO JOVEM: RELATO DE CASO Autores: Rodolfo Costa Sylvestre, Rovena Campana Tardin, Lara Maria Vago, Larah Colombi Calmon Pitanga, João Miguel Malta Dantas Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: Coarctação da Aorta (CoA) é uma doença congênita caracterizada por estreitamento da aorta descendente, com incidência de 4-6 casos para 10.000 nascidos vivos, sendo mais prevalente em homens. OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente com sintomas de CoA, um dos defeitos cardíacos mais difíceis para diagnosticar antes do nascimento. MÉTODO: Estudo descritivo de relato de caso. RESULTADO: LMV, feminino, 20 anos, relatando dispneia, NYHA 2, dor em membros inferiores intermitente, perda ponderal de 7 quilos, taquicardia desproporcional aos esforços físicos, dor torácica atípica em fisgada há 4 meses. Apresentando ao exame físico sopro cardíaco em foco aórtico, 2+ em 6+ na classificação de Levine, pressão arterial em membros superiores 90 x 60 mmHg; saturação de oxigênio 98% em ar ambiente; e eletrocardiograma normal. Realizado ecocardiograma transtorácico com Doppler que demonstrou CoA pós-ductal com 20 mm de extensão, e angiotomografia de tórax, apresentando coarctação em aorta torácica descendente abaixo da artéria subclávia esquerda e estreitamento de 48%. Iniciado cloridrato de buclizina, viferrin e pantoprazol. Dentre os sintomas, podem surgir fadiga, claudicações aos esforços, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e sopros cardíacos. O diagnóstico e gravidade são confirmados por meio de método complementar, principalmente ecocardiograma transtorácico. O tratamento divide-se em modalidades endovasculares, medicamentosas e cirúrgicas, existindo a ressecção com anastomose fim-a-fim, aortoplastia aba subclávia e Bypass. CONCLUSÃO: O quanto antes a CoA for identificada e iniciado tratamento adequado, menor serão as taxas de morbimortalidade, aumentando sobrevida e diminuindo complicações futuras. Palavras-chave: Coarctação da Aorta, Aortoplastia, Doença Cardíaca Congênita. 22. CADASTRAMENTO DE IDOSOS ACAMADOS HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS AO PROGRAMA HIPERDIA Autores: Arcileu Loriato Júnior; José Dias de Assis Neto; Saulo Daniel Santos Pereira; David Ferreira Ferrari, Karllayno Camatta Milleri. Instituição: Universidade Vila Velha (UVV). INTRODUÇÃO: HiperDia trata-se de um programa que almeja a formação de um vínculo entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os Diabéticos e Hipertensos, permitindo gerar informações para dispensa, aquisição e distribuição de medicamentos de forma regular e sistematizada. OBJETIVO: Cadastrar acamados da microárea 28, da área 31 de abrangência da Unidade de Saúde da Família (USF) do IBES, no programa HiperDia, objetivando promover o atendimento desses pacientes que não podem participar das palestras e eventos comunitários destinados ao cuidado de hipertensos e diabéticos. Além disso, a atualização de dados epidemiológicos desta área que se encontrava desatualizada em relação à essa população. METODOLOGIA: Foi realizado pelos acadêmicos de medicina, com auxílio de três Agentes Comunitários de Saúde (ACS), visitas domiciliares, baseando-se em entrevistas e preenchimento de fichas de cadastro do programa HiperDia, do Ministério da Saúde. RESULTADOS: Foi possível realizar o cadastramento de vários pacientes acamados que não conseguiam ser beneficiados pelo programa HiperDia, destinado aos hipertensos e diabéticos devido à dificuldade de locomoção e pelo fato dessa área estar descoberta, ou seja, sem uma equipe de Saúde da Família. CONCLUSÃO: O cadastramento proporcionou a inclusão dos pacientes que, de outra sorte, não seriam assistidos pelo programa devido seus problemas de locomoção. Além disso, os dados colhidos em campo pelos alunos servem para a atualização do cenário epidemiológico da microárea, uma vez que se encontrava desatualizada, pois estava descoberta. Isto é, a equipe de saúde da família responsável por tal região encontrava-se ausente. Palavras-chave: Hipertensão. Diabetes. Promoção da Saúde. Atenção primária à saúde 23. TRATAMENTO DE ACIDENTE VASCULAR TROMBECTOMIA – RELATO DE CASO. CEREBRAL ISQUÊMICO COM Autores: Aline Murari Sudré; Samira Almeida Maia; Cassiano Franco Bernardes; Érick Freitas Curi; Paulo Antônio de Mattos Gouvêa; Eliana Cristina Murari Sudré. INTRODUÇÃO: Hipertensão arterial sistêmica (HAS), etilismo e diabetes mellitus (DM) são alguns dos fatores de risco para coronariopatia e cerebrovasculopatia. OBJETIVO: Relatar conduta em acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) sofrido ao término de cineangiocoronariografia em paciente hipertenso, etilista e com diabetes descontrolado. RELATO DO CASO: Paciente masculino, 67 anos,78Kg, 1,68m, usando valsartana para HAS egliclazida, linagliptina e pioglitazona para DM-tipo2. Glicemia entre 250 e 300mg%, obrigando o uso de insulina regular intermitentemente. Revascularização do miocárdio prévia (4 pontes) e angioplastia transcutânea prévia (2 stents). Internado para investigar precordialgia, apresentou ECG normal, ecocardiograma com hipocinesia antero-septal e cintilografia miocárdica com isquemia anterior. O cateterismo cardíaco evidenciou lesões obstrutivas tri-vasculares e também nos enxertos. Ao término do exame o paciente sofreu um AVC (afasia, paralisia facial e hemiplegia direita). Tomografia do crânio foi realizada em 30 minutos sem alterações isquêmicas ou hemorrágicas. Arteriografia cerebral evidenciou oclusão do tronco inferior da artéria cerebral média esquerda. Realizada trombólise mecânica por aspiração com recanalização parcial (∆t 4h) com reversão da hemiplegia e da paralisia facial. CONCLUSÃO: As terapias feitas nas primeiras 3-6 horas do AVC minimizam ou revertem sequelas neurológicas. A tomografia diferencia o AVCI do hemorrágico. No AVCI, até 4-4,5 horas do início dos sintomas, o trombolítico altepla se dissolve o coágulo mas aumenta o risco de hemorragia. Desde 2015, se o paciente com sintomas de AVCI tiver obstrução de uma grande artéria anterior, como a cerebral média, além do altepla se, o ideal é realizar a trombectomia. Palavras chave: Hipertensão Arterial Sistêmica/ complicações; doença cardiovascular; doença cerebrovascular; Diabetes Mellitus/complicações; Trombectomia; Acidente Vascular Cerebral/ tratamento. 24. ESTENOSE DE ARTÉRIA SUBCLÁVIA DIREITA: RELATO DE CASO. Autores: Rafael Angelo Ferreira da Fonseca; Fernanda Alencar; João Miguel Malta Dantas; Guilherme Luchine de Almeida. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: O estudo da doença arterial periférica normalmente se concentra na avalição dos sintomas e exame físico das extremidades inferiores, no entanto, é importante considerar a presença da doença arterial periférica nas extremidades superiores que pode cursar assintomática ou com sintomas em mãos e braços por vezes associados á sequelas neurológicas e cardíacas significativas. OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente DM tipo 2 com doença arterial coronariana uniarterial coexistindo com oclusão aterosclerótica da artéria subclávia direita. MÉTODOS: As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. RESULTADOS: A.A.N. masculino, pardo, 56 anos, portador de hipertensão, dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2 com quadro de angina estável CCS3 com prova isquêmica positiva e DAC uniarterial apresentando impossibilidade permanente de aferição de pressão arterial em membro superior direito não acompanhada de sintomas. Solicitado ecocolor doppler arterial dos membros superiores evidenciando estenose suboclusiva em terço proximal de artéria subclávia direita, sendo posteriormente submetido a angioplastia com implante de stent com sucesso técnico imediato e sem intercorrências. CONCLUSÃO: Existem métodos de rastreio e terapias médicas eficazes que podem ser utilizadas na vigência de um diagnóstico precoce. Quando há necessidade de revascularização os tratamentos percutâneos devem ser preferidos devido a sua eficácia, redução de morbimortalidade e custo efetividade já comprovados. Palavras-chave: Aterosclerose; Doença Arterial Coronariana; Estenose artéria subclávia direita. 25 MIXOMA ATRIAL ESQUERDO ASSOCIADO A DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA. Autores: André Altemiro Zanotti Mendes; Carollina Casotti de Moraes; Jaqueline Rossi Marim; João Miguel Malta Dantas; Klissia Ferraço Malanquini; Rodrigo Fraga Olivieri. Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO Tumores cardíacos representam cerca de 0,02% dos tumores. Mixomas são tumores primários raros benignos originário das células endocárdicas, principalmente na fossa ovalis, mais comuns em adultos, 75% são encontrados no átrio esquerdo e 18% no átrio direito. Cresce como pólipo, prolongando-se para dentro das câmaras cardíacas, crescimento lento e sintomatologia inespecífica. A infiltração do tumor produz sintomas de insuficiência cardíaca. A remoção cirúrgica é curativa. OBJETIVO Orientar diagnóstico e tratamento de patologia de baixa incidência. MÉTODOS Análise de prontuário médico, exames e pesquisa em publicações científicas. RESULTADOS Homem, 56 anos, sem comorbidades. Queixando dor torácica tipo aperto aos esforços habituais, dispneia, tontura e síncope. Exame físico sem alterações. Ecocardiograma transtorácico: tumoração interior do átrio esquerdo, aderida ao septo secundum(fossa oval), pedunculada, 6,6x2,3x3,5cm. Cineangiocoronariografia: ACD lesão focal(50%) e excêntrica(75%) terço médio; TCE SLO; ADA irregularidades parietais; ACX lesão focal(60%) terço médio. Realizada exérese do tumor associado a ponte safena para coronária direita, sem intercorrências. Histopatológico: mixoma. CONCLUSÃO: Diagnóstico de mixoma atrial em paciente com quadro de síncope aliado à doença arterial coronariana confere a este caso um requinte, pois na literatura essa associação é pouco explorada. O tratamento cirúrgico se configura tratamento de eleição, elevada taxa de sucesso e boa evolução clinica. Palavras-chave: mixoma; tumor cardíaco; benigno; cardiologia; cirurgia cardíaca. 26. TUMOR FIBROSO SOLITÁRIO DE PLEURA Autores: Rízia Kérem Gonçalves Martiniano, Evelin Santos Figueiredo Lima, Vinicius Rodrigues Caldeira, Vinicius Vasconcelos do Lago, Wagner Santos da Silva Instituição: HMSJ (Hospital Maternidade São José) INTRODUÇÃO: Tumor Fibroso Solitário de Pleura (TFSP) é uma patologia rara que representa menos de 5% dos tumores pleurais e acomete cerca de 2,8 pessoas para cada 100.000 pacientes. É um tumor com origem nas células pluripotentes do mesênquima fibroso, porém de causa desconhecida. Embora ocorra com maior frequência nas pleuras, pode haver também em tecidos extratorácicos. O quadro clínico é inespecífico, podendo manifestar até síndromes paraneoplásicas, porém nas fases iniciais é assintomático. Seu diagnóstico é feito por exames de imagens e imuno-histoquímica, na qual apresenta caracteres típicos que o diferencia principalmente dos mesoteliomas. O tratamento ideal é a ressecção completa do tumor preservando ao máximo as margens normais do parênquima pulmonar, técnica que, a depender da extensão tumoral e do acometimento de vísceras adjacentes, pode exigir toracotomia, retirada total/parcial de órgãos acometidos, como a lobectomia, e terapia adjuvante. OBJETIVO: relatar o caso de uma mulher de 42 anos que há seis meses queixava-se de dor torácica e síncope. MÉTODO: relato de caso de uma paciente que submeteu-se a ressecção cirúrgica total do TFSP por toracotomia e revisão literária utilizando as bases de dados: PubMed, ScienceDirect e Lilacs. RESULTADOS: pela tomografia computadorizada identificou-se sobre pleura visceral em hemitórax esquerdo um tumor cujo histopatológico confirmou o diagnóstico de TFSP. CONCLUSÃO: ao realizar a ressecção, houve melhora total dos sintomas. Contudo, a paciente ainda deve ser acompanhada a fim de evitar recidivas. Casos em que o tumor reapareceu, a reressecção ainda é o tratamento curativo. Palavras-chave: tumor fibroso solitário de pleura; pleura 27. TIMOMA - RELATO DE CASO Autores: André Altemiro Zanotti Mendes, Carollina Casotti de Moraes, Felipe Ramalho Guedes, Jaqueline Rossi Marim, Klissia Ferraço Malanquini, Rodrigo Fraga Olivieri Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: Os Timomas são tumores localizados anteriormente ao mediastino e de crescimento lento. Os pacientes podem apresentar sintomas variados, como tosse, dispneia, dor torácica e perda de peso. Porém, alguns são diagnosticados ao acaso por radiografia tórax de rotina. OBJETIVOS: Descrever relato de caso de paciente com diagnóstico de timoma tipo B1, tentativa de tratamento curativo através de quimioterapia neoadjuvante e timectomia. MÉTODOS: As informações deste trabalho foram baseadas na revisão da literatura, entrevista com paciente, registro de fotos dos métodos propedêuticos e revisão de prontuário. RESULTADOS: Paciente MRS, 19 anos, masculino, solteiro, estudante, morador de Colatina/ES, com dispneia progressiva há 4 dias, associado à tosse. Durante propedêutica foi realizada tomografia de tórax evidenciado massa mediastinal e derrame pleural à esquerda. Foi referenciado ao serviço de oncologia HMSJ para investigação. Realizado biópsia apresentando resultado compatível com timoma e imuno-histoquímica favorecendo esse diagnóstico, com subtipo B1. Iniciou tratamento com quimioterapia paliativa, apresentando resposta parcial após 3 ciclos, devido agressividade do tumor no momento do diagnóstico. Posteriormente tentativa de exérese da massa, porém sem sucesso. Paciente apresentando piora importante dos sintomas, evoluindo com óbito. CONCLUSÃO: A cirurgia é o pilar do tratamento, associado à quimioterapia neoadjuvante na doença avançada. A ressecção total e radioterapia é terapia de escolha, exceto tumores estagio 1A, que podem ser tratados somente com cirurgia. O insucesso terapêutico foi devido à falta de resposta à quimioterapia neoadjuvante, impossibilitando resolução cirúrgica. Foi submetido à quimioterapia paliativa, evoluindo a óbito por complicações da doença. PALAVRAS CHAVES: Timoma, tratamento, quimioterapia, cirurgia. 28. QUILOTÓRAX IDIOPÁTICO: TRATAMENTO CIRÚRGICO Autores: Aline Kelly Rodrigues¹; Aline Teixeira Henriques²; Wagner Santos da Silva³ Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: O quilotórax corresponde ao acúmulo de fluido linfático no espaço pleural, resultante do vazamento do ducto torácico ou de uma de suas divisões principais. Resulta tanto da obstrução, ou dificuldade de escoamento do quilo, quanto da laceração do ducto torácico, sendo suas causas mais comuns: neoplasias, traumática, congênitas, infecções e trombose do sistema da veia cava superior. OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente com diagnóstico de quilotórax em investigação e tratamento. MÉTODOS: Estudo de caso realizado a partir da anamnese, exame físico, análise de prontuário, exames laboratoriais e de imagem. RELATO DE CASO: Paciente F.C.A., sexo feminino, 67 anos, apresentou queixa de dispneia aos pequenos esforços com piora progressiva. Realizou TC de tórax que evidenciou derrame pleural direito com atelectasia total do lobo inferior e parcial do lobo médio. Realizado toracocentese diagnóstica no hemitórax direito, com saída de líquido sugestivo de quilotórax. Realizado toracostomia com drenagem em selo d’água, com melhora dos sintomas. Permaneceu em acompanhamento ambulatorial. Retornou ao hospital com queixa de dispneia forte. Realizado nova toracocentese, com drenagem de 2.300 ml de líquido de aspecto leitoso. O tratamento final foi a ligadura do ducto torácico, com melhora dos sintomas. CONCLUSÃO: A paciente apresenta quilotórax idiopático. Tal diagnóstico, por ser raro, indica a necessidade de maiores conhecimentos para o tratamento adequado. PALAVRAS-CHAVE: Quilotórax, toracostomia, ducto torácico. 29. CARCINOMA TÍMICO COM QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE E RESSECÇÃO CIRÚRGICA Autores: André Altemiro Zanotti Mendes, Carolina Casotti De Moraes, Felipe Ramalho Guedes, Jaqueline Rossi Marim, Klissia Ferraço Malanquini, Rodrigo Fraga Olivieri. Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: Tumores tímicos representam a neoplasia mais comum do mediastino anterior, incidência de 1,5 por um milhão de pessoas/ano. Compreendem um grupo heterogêneo de neoplasias, timoma e o carcinoma tímico são os subtipos mais frequentes dos tumores tímicos epiteliais. OBJETIVOS: Relatar o diagnóstico de carcinoma tímico tipo carcinoma de células escamosas queratinizantes, tratamento curativo por quimioterapia neoadjuvante e timectomia. MÉTODOS : Informações obtidas por revisão e relato do prontuário, entrevista, registro de métodos diagnósticos/terapêuticos que o paciente foi submetido e revisão da literatura. RESULTADOS: Homem, 59 anos, queixando desconforto retroesternal ao esforço, negava dispneia, emagrecimento e febre. Bom estado geral, exame sem alterações. Radiografia torácica: massa de contorno regular, bem definido, bordo esquerdo do mediastino. Tomografia computadorizada torácica: formação expansiva heterogênea, mediastino ântero-superior, sugerindo timoma, linfoma e teratoma. Biópsia evidenciou neoplasia epitelióide padrão sólido insular, infiltrando tecido conjuntivo fibroso, focos de diferenciação escamosa, podendo corresponder carcinoma tímico tipo carcinoma de células escamosas queratinizantes. Realizadas duas sessões de quimioterapia neoadjuvante e cirurgia para excisão da massa. Peça operatória: 425g e 15,5×10,0×6,0cm. Histopatológico: carcinoma tímico. Paciente seguimento sem sinais de recidiva. CONCLUSÕES: Caso relatado discute terapêutica do carcinoma timico, onde timectomia total associada a quimioterapia neoadjuvante obtem resultados satisfatórios no que diz respeito a cura. PALAVRAS-CHAVE: oncologia, timoma, cirurgia oncologica, timectomia, dispneia. 30. TUMOR MIOFIBROBLÁSTICO INFLAMATÓRIO INCIDENTALMENTE EM PACIENTE ASSINTOMÁTICO. DIAGNOSTICADO Autores: André Altemiro Zanotti Mendes; Carollina Casotti de Moraes; Jaqueline Rossi Marim; Klissia Ferraço Malanquini; Rodrigo Fraga Olivieri; Wagner Santos da Silva. Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: Tumor miofibrobástico inflamatório(TMI), raro tumor pulmonar, sendo tratamento cirúrgico essencial para diagnóstico e tratamento. OBJETIVO: Relatar caso de paciente com tumor pulmonar raro, informando sobre diagnóstico e tratamento de patologia de baixa incidência.MÉTODOS: Análise de prontuário médico, resultados de exames, pesquisa em publicações científicas.RESULTADOS: Homem, 34 anos, nega tabagismo. Assintomático, realizou RX tórax para exames admissionais, com imagem atípica em pulmão direito. TC do tórax: massa pulmonar no lobo superior pulmão direito, contornos irregulares, 3,9x3,5cm. Realizada lobectomia superior direita, esvaziamento linfonodal mediastinal. Imunohistoquímica positiva para actina de músculo liso e ALK1, confirmando tumor miofibroblástico inflamatório, que representa 0,7% das massas pulmonares. Acredita-se originar-se como resposta inflamatória exagerada frente dano tissular. Predomina em crianças e jovens, sendo assintomáticos ou sintomas inespecíficos. Maioria apresenta massa ou nódulo pulmonar solitário. O tratamento é ressecção completa do tumor, sendo a cirurgia crucial do ponto de vista diagnóstico e terapêutico. Ressecção incompleta aumenta chances de recorrência. Corticóides não são úteis em pacientes adultos, mas apresentam bons resultados em crianças com tumores irressecáveis. Quimioterapia é útil em lesões multifocais, invasivas ou recorrentes. CONCLUSÃO: Paciente considerado curado do ponto de vista clínico e cirúrgico, devido ao tipo histológico apresentado. Acompanhamento ambulatorial, com ausência de recidiva. PALAVRAS-CHAVE: tumor pulmonar; tumor miofibroblástico inflamatório; oncologia; cirurgia torácica. 31. PACIENTE PEDIÁTRICO PORTADOR DE SÍNDROME DRESS, ASSOCIADO A HIPERSENSIBILIDADE AOS FÁRMACOS UTILIZADOS EM TRATAMENTO DE TOXOPLASMOSE: RELATO DE CASO Autores: Ilane Covre Sagrillo; Henrique Oliveira Laranjeira; Ana Paula Polese; Leonardo Lence Barbosa Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC / Hospital e Maternidade São José INTRODUÇÃO: A síndrome de hipersensibilidade a fármacos conhecida como DRESS é uma reação tardia mediada por células T. Caracterizada por erupção cutânea grave, febre, linfadenopatia, elevação de enzimas hepáticas, eosinofilia e envolvimento multivisceral. Tal patologia se distingue das demais alergias medicamentosas, por tratarse de um acometimento multissistêmico. Seu diagnóstico precoce é de fundamental importância para o melhor prognóstico da doença.OBJETIVOS: Descrever e documentar um caso de Síndrome DRESS em paciente pediátrico. MÉTODOS: MLM, feminina, 11 anos, foi admitida no HMSJ com quadro febril, associado a máculas eritematosas pruriginosas distribuídas por todo o corpo, rash malar que poupava sulco nasolabial, presença de linfonodo palpável em região de submandibular esquerda. Com início após 34 dias de uso de Meticortem, Bactrim, Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folínico para o tratamento de Toxoplasmose. Paciente evoluiu com quadros de Insuficiências Valvares pulmonar e tricúspide discretas além de sepse. RESULTADOS: Paciente foi tratada com Metilprednisolona, Albendazol, Ceftriaxona e Amicacina. Após 18 dias de internação evoluiu com melhora clínica e laboratorial, recebendo alta hospitalar. CONCLUSÃO: A Síndrome DRESS é uma reação farmacológica adversa multissistêmica com grande variabilidade e potencialmente fatal. No caso em questão foi descrito o surgimento de manifestações clínicas resultantes de fármacos que auxiliaram na progressão de tal patologia. Visto que diversos estudos demonstram, a estreita relação entre a resposta imunológica mediada por células T e o uso de Sulfonamidas e Anticonvulsivantes aromáticos. Palavras-chave: Hipersensibilidade medicamentosa; Síndrome DRESS 32. EFICÁCIA DOS PROBIÓTICOS NA PREVENÇÃO DERMATITE ATÓPICA EM CRIANÇAS E NO TRATAMENTO DE Autores: Camila Coelho Ferreira; Cinthia Rafaela Santos Assis Marcos; Cristiane Gondim Magalhães da Silva, Daiany Melo Corrêa Vidigal; Eduardo Dimas Vidigal; Flávia Tavares Silva Dela Fuente Araujo. Instituição: UNESC-ES INTRODUÇÃO: A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele, de caráter recidivante, que resulta em distúrbio na função da barreira epidérmica. Sua etiopatogênese é multifatorial, resultado de uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia do consumo de probióticos na prevenção e tratamento de dermatite atópica em crianças e identificar como estes microorganismos contribuem neste processo. MÉTODOS: Revisão sistemática nas bases de dados PubMed e SciELO entre os anos 2010 a 2016. RESULTADOS: Os probióticos são microrganismos vivos capazes de alcançar o trato gastrintestinal e alterar a sua microbiota, produzindo efeitos benéficos à saúde do hospedeiro. Os probióticos mais utilizados são de bactérias produtoras de ácido lático pertencentes aos gêneros: Lactobacillus e Bifidobacterium. O papel dos probióticos na prevenção e tratamento da DA consiste na modulação da resposta imunológica, a qual está exacerbada no indivíduo atópico. A resposta alérgica foi descrita pela primeira vez como um desequilíbrio entre as repostas de Th1 e Th2. Sendo assim, os probióticos inibiriam as doenças alérgicas, suprimindo a resposta Th2 e suas respectivas interleucinas (IL). Novos estudos esclareceram a ação dos probióticos nessa modulação, sendo que em um estudo que utilizou ratos como modelo, o uso de probióticos tópicos suprimiu a resposta Th17 na pele. CONCLUSÃO: Os probióticos surgem como uma nova opção terapêutica e preventiva na DA pela sua capacidade de imunomodulação. Os resultados com a sua utilização são extremamente promissores, mas seu uso rotineiro dependerá dos resultados de novos estudos. Palavras-chaves: dermatite atópica; probiótico; pediatria. 33. A PRESENÇA DOS FAMILIARES DURANTE A RESSUSCITAÇÃO NEONATAL: REVISÃO DE LITERATURA Autores: Rafael Andrade Ferreira, Lethícia da Silva São Joaquim, Hane Esteves Nedir, Rafael Ribeiro Teixeira. Instituição: UNESC (Centro Universitário do Espírito Santo) INTRODUÇÃO: A presença de familiares durante procedimentos de ressuscitação neonatal, apesar de ter o benefício reconhecido e ser recomendado pela Academia Americana de Pediatria, em algumas instituições de saúde membros da família ainda são convidados para se retirar quando há necessidade de realização desse procedimento. OBJETIVO: Esse estudo tem como objetivo analisar publicações relacionados ao tema, sintetiza-las, e analisar o impacto dessa prática para os profissionais, enfermos e familiares. MÉTODOS: Foi realizada a revisão da literatura nas bases de dados SciELO e PubMed, com as palavras-chave “Family”, “cardiopulmonary resuscitation”, “pediatrics”. Dos 27 trabalhos encontrados, somente 7 levaram em consideração os objetivos propostos. RESULTADOS: Na maioria dos estudos, os médicos não autorizam nem encorajam o acompanhamento dos pais em procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar, os que autorizam possuem geralmente tempo mais curto de graduação (< 10 anos). Em relação aos familiares, os estudos trazem que a maioria deles tem o desejo de assistir as intervenções médicas feitas em seus filhos. CONCLUSÕES: Devese incentivar estudos sobre o tema para que encorajem os profissionais para tal prática, garantindo benefícios para o enfermo e para a melhor relação médico-família. Palavras-chave: family, resuscitation, humanization, pediatrics 34. LOCALIZAÇÃO ATÍPICA DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE TESTICULAR: RELATO DE CASO Autores: Rodolfo Costa Sylvestre, Mariana Santana Lima, Mayara Almeida Santos Luz, Felipe Gonçalves Moreira, Cathariana Carvalho Santana Dantas, Everton Raposo Cogo. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica com caráter endêmico em populações da zona rural, acometendo indivíduos do sexo masculino principalmenteentre 30 a 60 anos. A forma crônica do adulto mais frequente é de disseminação multifocal, com envolvimento dos pulmões, linfonodos, pele e mucosas, podendo acometer sítios extrapulmonares.Representa um importante problema de saúde pública devido ao seu alto potencial incapacitante, além de provocar mortes prematuras.OBJETIVO: Expor em meio científico uma apresentação atípica da paracoccidioidomicose, em quea orquiectomia radical foi a indicação cirúrgica. MÉTODOS: Análise de um caso, com descrição clínica e exames complementares, associada à revisão bibliográfica científica sobre o tema. RESULTADOS: A.A., masculino, 54 anos, procurou atendimento devido a uma massa sólida palpável em ambos os testículos. Solicitadoperfil hormonal, radiografia de tóraxe ultrassonografia de bolsa escrotal que evidenciou massa na hemi-bolsa escrotal esquerda e hidrocele direita com testículo hipoplásico. Realizado inguinotomia bilateral com retirada de fragmento de ambos os testículos sendo enviados à congelação, na qual se encontrou grande área de fibrose e tecido inflamatório com possíveis locais de neoplasia e indicação de orquiectomia radical bilateral. Na biópsia verificou-se presença de processo inflamatório crônico granulomatosofúngico testicular, paracoccidioidomicose testicular, mas sem evidências de malignidade. CONCLUSÃO: Em pacientes com massa sólida testicular a paracoccidioidomicose é um importante diagnóstico diferencial, apesar de muito raro. O tratamento varia de acordo com o sítio acometido. Não foram encontrados casos semelhantes descritos, por isso a grande importância de debate em meio científico. Palavras-chave:Paracoccidioidomicose testicular, massa testicular. 35. INCIDENTALOMAS DE GLÂNDULA SUPRARRENAL DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO: RELATO DE CASO. BILATERAL. MANEJO, Autores: Arthur Oliveira Aguilar; Claudino Borges de Luna; Elisa Reisen Vasconcelos; Jorge Felipe Sousa Menenguci; Leis Soares Gusmão Junior; Maurício Dantas Lino de Jesus – Instituição: Hospital e Maternidade São José - HMSJ. INTRODUÇÃO: Com o aumento da resolução de exames de imagem, a detecção acidental de tumores em suprarrenal tem aumentado. Incidentalomas de suprarrenal são definidos como massas encontradas nessa glândula com mais de 1 cm de diâmetro ao se realizar um exame de imagem do abdome a partir de outras indicações. OBJETIVO: Relatar caso de paciente admitido no Hospital e Maternidade São Jose, Colatina/ES, com achado de massa em glândula suprarrenal bilateral. MÉTODOS: Relato de caso no qual foi realizada uma breve revisão bibliográfica sobre incidentalomas de suprarrenal para embasamento teórico. Os dados do caso foram colhidos através de anamnese, exame físico, exames complementares e consulta ao prontuário. DISCUSSÃO: Detectada a massa, a conduta diagnóstica deve direcionar-se para identificar se existe tumor primário ou secundário, presença de malignidade e secreção hormonal. Devendo proceder com ressecção cirúrgica em casos específicos. CONCLUSÃO: No estudo de caso priorizamos nossa atenção para a definição da lesão evidenciada como funcionante ou não, para determinação de malignidade. O paciente em questão não apresentava sinais de alterações hormonais, nem alterações pressóricas significativas, como também níveis séricos de potássio alterados. Apesar das duas paradas cardiorrespiratórias ocorridas na indução anestésica, onde foi cogitada a hipótese de feocromocitoma, esta foi descartada após a realização da cirurgia e analise patológica, onde identificaram lesões características de infecção fungica por paracococidiomicose. O paciente recebeu alta hospitalar no décimo dia de pós-operatório mantendo-se assintomático. Sugerimos neste relato um manejo adequado com menor custo dos incidentalomas de suprarrenal bilateral. Palavras – Chaves: Bilateral incidentalomas, fungus infectus, Paracoccidioidomycosis 36. DIAGNÓSTICO DE LINFANGIOLEIOMIOMATOSE PACIENTE COM TUMOR RENAL. EM PRÉ-OPERATÓRIO DE Autores: André Altemiro Zanotti Mendes; Carollina Casotti de Moraes; Jaqueline Rossi Marim; Kênia Schultz; Klissia Ferraço Malanquini; Rodrigo Fraga Olivieri. Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: Linfangioleiomiomatose, doença sistêmica rara exclusiva do sexo feminino, diagnosticada pela clínica e alterações radiológicas. OBJETIVO: Atentar a doença rara, informando diagnóstico e tratamento de patologia de baixa incidência. MÉTODOS: Análise de prontuário médico, exames e pesquisa. RESULTADOS: Mulher, 39 anos, dor em hipocôndrio e flanco direitos. Estável hemodinamicamente, queda hematimétrica. TC Abdome: volumosa lesão renal à direita, hematoma perirrenal, líquido na cavidade, sugerindo sangue; Consolidação base pulmonar direita. TC Tórax: derrame pleural, múltiplas lesões císticas em parênquima pulmonar. Diante do aspecto tomográfico de angiomiolipoma(AML) renal, associando-se cistos pulmonares e derrame pleural, diagnósticou-se linfangioleiomiomatose(LAM). Toracocentese: líquido turvo, triglicerídeos aumentados, confirmando-se quilotórax. Espirometria: distúrbio ventilatório restritivo leve, devido derrame pleural e atelectasia. Indicada ressecção cirúrgica da tumoração renal devido tamanho(>4 cm) e ruptura. Anatomopatológico: AMLrenal. Acompanhamento ambulatorial, utilizando Sirolimus 2mg/dia. CONCLUSÃO: Linfangioleiomiomatose caracteriza-se pela proliferação peribrônquica, perivascular e perilinfática de células atípicas, características de neoplasia de baixo grau, podendo obstruir bronquíolos, formar lesões císticas e pneumotórax. Obstrução dos linfáticos pode resultar em quilotórax e ascite quilosa. Inibidores de mammalian target of rapamycin(mTOR), como sirolimo e everolimo, são promissores no tratamento, especialmente na melhora das manifestações extrapulmonares e estabilização/melhora da função pulmonar. O tratamento dos angiomiolipomas baseia-se no tamanho e sintomatologia. Tumores>4cm indicam embolização/tratamento cirúrgico. PALAVRAS-CHAVE: linfangioleiomiomatose; angiomiolipoma renal; pneumologia; pulmão. 37. RASTREIO DE FATORES DE RISCO NO DIA MUNDIAL DO RIM 2016 REALIZADA PELA LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA DE COLATINA-ES. Autores: Kaio Cezar Gomes Pessim; João Vitor Fagundes Reis; Fernando Henrique Valentim Trindade ;Héder Chaves Araújo Quaresma; Thaylon Faria Nóbrega; Mariana Passos Raminho Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: Foi realizada campanha de panfletagem no Centro de Colatina-ES e todos os indivíduos que quiseram participar do dia mundial do rim foram submetidos à aferição da pressão arterial, à medida da glicemia capilar e convidados a responder questionário envolvendo fatores de risco para Doença Renal Crônica. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de fatores de risco para Doença Renal Crônica na população participante do Dia Mundial do Rim 2016. MÉTODOS: Foi realizado um inquérito populacional avaliando o perfil epidemiológico da população participante, análise da prevalência de fatores de risco por meio de questionário e aferição da pressão arterial e nível glicêmico, objetivando orientar a população de risco para doença renal crônica. RESULTADOS: Foram obtidas informações de 154 indivíduos, sendo 50,64% do sexo feminino, 55 indivíduos (35,7%) apresentaram Pressão Arterial >140x90 mmHg, 25 indivíduos (16,23%) apresentaram glicemia capilar >140mg%. Dentre os participantes 79 (51,2%) apresentaram Obesidade, 62 (40,25%) relataram Hipertensão, 28 (18,2%) Diabetes Mellitus, 22 (14,3%) tabagismo, sendo os fatores de maior prevalência na amostra. CONCLUSÃO: A população envolvida apresentou grande prevalência de fatores de risco para Doença Renal Crônica, tornando-se importante o rastreio para que a população em risco seja detectada e tratada precocemente. Palavras-chave: Dia Mundial do Rim, Doença Renal Crônica, Fatores de Risco, Prevenção. 38. MANEJO DO DELIRIUM HIPERATIVO EM IDOSOS HOSPITALIZADOS: REVISÃO DE LITERATURA Autores: Letícia R Dalvi, Sarah J Francisco, Sthefane M Salvador, Heitor S Santos Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo INTRODUÇÃO: Delirium é uma síndrome cerebral orgânica comum em pacientes idosos hospitalizados. Decorrente de uma condição médica geral e etiologia multifatorial, possui início abrupto e curso flutuante, a conduta envolve terapêutica farmacológica e não farmacológica. OBJETIVO: Analisar a conduta adequada diante de um quadro de delirium hiperativo no idoso hospitalizado. MÉTODOS: Foram analisados artigos de 2012 a 2016 nas bases de dados SciELO e PubMed, além de livros-texto como Tratado de Geriatria e Gerontologia e Compêndio de Clínica Psiquiátrica. RESULTADOS: A partir da pesquisa, constatou-se que a conduta do delirium hiperativo inicia-se identificando e corrigindo sua causa base. Para o tratamento farmacológico, usa-se o haloperidol como padrão-ouro. Em idosos, a via de administração é oral e se agitação extrema, a subcutânea. A dose varia de 0,5 a 1 mg, sendo a máxima de 3 a 5 mg em 24 horas. A abordagem não farmacológica é essencial tanto para controlar o quadro atual, como para a prevenção do delirium. Esse suporte consiste em tomar medidas que incluam reorientação, otimização do ambiente, não contenção, mobilidade e higiene do sono. CONCLUSÃO: Diante de tais análises, observa-se que para um tratamento eficaz, as abordagens farmacológicas e não farmacológicas devem ser associadas. No entanto, é primordial remediar a causa base a fim de que quadros remissivos não ocorram. Palavras chave: delirium hiperativo, idosos hospitalizados, tratamento do delirium. 39. RELAÇÃO DO USO PROLONGADO DE INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS E DEFICIÊNCIA DA VITAMINA B12: REVISÃO DE LITERATURA Autores: Sarah J Francisco, Celso M Raposo Junior Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo INTRODUÇÃO: Os inibidores da bomba de prótons (IBP) são medicamentos amplamente utilizados para suprimir a secreção ácida gástrica. No entanto, potenciais riscos estão relacionados a tratamentos prolongados e uso indevido, dentre os quais se incluem a deficiência de cobalamina (vitamina B12). OBJETIVO: Analisar o que a literatura expõe sobre a relação do uso de IBP e deficiência de vitamina B12. MÉTODOS: Foram analisados artigos de 2012 a 2016 nas bases de dados SciELO e PubMed. RESULTADOS: A absorção da vitamina B12 depende de uma molécula de transporte especial, o fator intrínseco gástrico (FI), que é secretada pelas células parietais do estômago juntamente com o ácido clorídrico. Na ausência de FI, a absorção da vitamina B12 é prejudicada e, finalmente, segue-se a deficiência de vitamina. O uso prolongado de IBP resultaria em uma inibição da produção de secreções gástricas pelas células parietais, influenciando nesse processo. Dentro desse contexto, alguns profissionais acreditam na importância de dosar os níveis séricos de cobalamina em pacientes que utilizam IBP por períodos extensos. CONCLUSÃO: Diante da revisão de literatura, observa-se que existem controvérsias sobre a necessidade de dosar periodicamente os níveis séricos de vitamina B12. Porém, é consenso que os profissionais considerem o risco-benefício e estejam atentos a sinais e sintomas relacionados aos efeitos adversos do uso prolongado dos IBP. Palavras chave: Inibidores da bomba de prótons, vitamina B12 24 de setembro de 2016 – Sábado – às 10:00 h 40. TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: UMA RESPOSTA AO DESAFIO DO USO INDISCRIMINADO DE PSICOFÁRMACOS NA ATENÇÃO BÁSICA. EIXO TEMÁTICO: SAÚDE MENTAL E PREVENÇÃO EM SAÚDE. Autores: Lucas Pedrosa Lange; Gabriel Baião Vieira; Laíssa Maria Negreiros Rotella; Lorenna Baião Vieira, Kaio Cezar Gomes Pessim, Vinicius Tapie Guerra e Silva Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC). INTRODUÇÃO: A necessidade de ampliação da abordagem da saúde mental é evidente. Cerca de 30% dos pacientes apresentam diagnóstico de doença psíquica e o tratamento, geralmente, está associado e restrito ao uso de psicofármacos. A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) surge como alternativa não convencional que trata sofrimentos individuais. OBJETIVO: Discorrer sobre as ações da psicoterapia na redução do uso abusivo de psicofármacos. MÉTODO: Realizou-se uma pesquisa da literatura nas bases de dados MedLine e SciELO, utilizando os descritores: Saúde mental; Atenção primária à saúde; Tratamentos; Psicofármacos e suas variações pelo MeSH. RESULTADOS: Atualmente observa-se um processo de psiquiatrização da vida social, rotulando qualquer mal-estar psíquico como patologia e tratando com o uso restrito de psicofármacos, em detrimento da psicoterapia e até mesmo do diálogo médico-paciente. Visando reduzir o uso indiscriminado de medicamentos, a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) surge como uma estratégia de prevenção e apoio a saúde mental, onde, orientados por um psicoterapeuta, os participantes partilham sofrimentos e experiências, criando um vínculo na busca de soluções para os conflitos pessoais apresentados. É uma medida resolutiva, que permite ao participante aprender a lidar com situações adversas, aliviando angústias, antes interpretadas como distúrbios psíquicos. CONCLUSÃO: A Terapia Comunitária Integrativa se mostra eficaz como estratégia de prevenção de doenças e promoção em saúde, essencial para a sedimentação da resiliência daqueles acometidos por sofrimentos. A mesma, evita o registro dessas angústias como distúrbios psíquicos e trata antes que eles evoluam para uma doença restrita a prescrição de psicotrópicos. Palavras-chave: Saúde mental; Atenção primária; Tratamentos. 41. QUALIDADE DO SONO EM MORADORES DO BAIRRO COLUMBIA ASSISTIDOS PELO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, EM COLATINA - ES Autores: Lorenna Baião Vieira, Karen de Vasconcelos Calixto, Hellyna Cesana Brum Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC). INTRODUÇÃO: Dificuldade para dormir e a má qualidade do sono são queixas prevalentes entre os usuários da atenção primária à saúde, trazendo consigo diversas consequências. Acredita-se que o uso indiscriminado de medicações para dormir está relacionado principalmente com a ausência de informações sobre os seus riscos. Desse modo, torna-se relevante a melhor compreensão destas queixas para que mais medidas de promoção a saúde possam ser adotadas. OBJETIVO: Determinar a prevalência de má qualidade do sono e do uso de medicação para dormir nos moradores do bairro Columbia assistidos pela Estratégia de Saúde da Família em Colatina-ES, destacar as características demográficas e os resultados do Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg (PSQI). MÉTODOS: Foi efetuada uma pesquisa teórica descritiva, através da revisão de publicações sobre o tema e uma pesquisa de campo quali-quantitativa por meio da aplicação de dois questionários, um auto-aplicável para avaliar qualidade do sono – PSQI – e um elaborado pelos investigadores sobre o perfil dos participantes. RESULTADOS: Embora 57,6% dos participantes tenham respondido que sua qualidade do sono no último mês foi muito boa ou boa, cerca de 84,44% apresentaram pontuação maior que 5 no PSQI, preenchendo o critério para má qualidade do sono. Outro dado significativo desta amostragem é que 95,6% dos participantes eram do sexo feminino e 48,9% com idade entre 60 e 86 anos. CONCLUSÃO: Os problemas para dormir representam uma queixa frequente e para um bom prognóstico, as medidas educativas são de grande importância. Palavras-chave: atenção primária, Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg. 42. ORTOREXIA NERVOSA: REVISÃO INTEGRATIVA DE UM COMPORTAMENTO PATOLÓGICO EM EVIDÊNCIA Autores: Lorenna Baião Vieira; Gabriel Baião Vieira; Klinger Soares Faíco Filho; Kaio Cezar Gomes Pessim; Vinicius Tapie Guerra e Silva; Iago Ivanovitch Batista de Oliveira Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC). INTRODUÇÃO: A Ortorexia Nervosa é definida como um comportamento patológico no qual os indivíduos apresentam obsessão por comer de forma saudável. Apesar de não ser considerado um transtorno alimentar pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), tem se tornado um tema cada vez mais debatido na atualidade. OBJETIVO: Analisar as produções científicas mais atuais sobre Ortorexia Nervosa. MÉTODO: Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados PubMed e SciELO, utilizando o descritor: Orthorexia nervosa e suas variações pelo MeSH. Foram encontrados 42 artigos, sendo excluídos 16 por não estarem disponíveis eletronicamente. RESULTADOS: Atualmente observa-se um interesse maior na busca por uma alimentação saudável. Para alguns, comer corretamente é sinônimo de restrição alimentar, o que tem gerado um comportamento obsessivo patológico, com consequências significativas. Questões como a etiologia, diagnóstico, relação com outros transtornos psiquiátricos, população vulnerável e tratamento, ainda são mal definidas. Os questionários ORTO-15 e ORTO-11 são os instrumentos de avaliação utilizados com o objetivo de avaliar a percepção sobre alimentação saudável, atitudes quanto a seleção de alimentos, hábitos de consumo, e a influência desta seleção no dia-a-dia. CONCLUSÃO: São poucos os estudos clínicos sobre a Ortorexia Nervosa, o que impossibilita a definição de critérios diagnósticos confiáveis. Os estudos disponíveis foram realizados em amostras pequenas e específicas. A maioria sugere uma tendência dos profissionais da área da saúde a apresentarem este tipo de comportamento. Não há consenso com relação à eficácia dos instrumentos de avaliação e algumas falhas psicométricas são apontadas. Palavras-chave: Transtorno alimentar; Restrição de Alimentos. 43. INTERFACE SAÚDE MENTAL & ATENÇÃO BÁSICA: UMA ESTRATÉGIA PARA O CUIDADO Autores: Janine Alvarino Faé, Claudia Reis Cardoso de Mello, Aluisio Henrique Rodrigues, Gevana Luiza Souza Pinto Instituição: Faculdade Brasileira – Multivix - Curso de Medicina – Disciplina Saúde Mental. INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi fruto de acompanhamentofeito a umusuário morador do território de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Vitória- ES, diagnosticado dentro dos critérios do CID-10, como portador de Esquizofrenia catatônica. Procurou-se identificar a realidade em que o mesmo vive e convive com a doença, assim como os reflexos na dinâmica familiar e no acesso à UBS. OBJETIVOS: Reconhecer a realidade do paciente psiquiátrico e identificar suas comorbidades e vulnerabilidades, com objetivo de fortalecer a relação médico - paciente e unidade de saúde, sem perder de vista o seu contexto familiar. METODOLOGIA: Foram realizadas visitas domiciliares semanais com duração aproximada de 50 minutos, na qual estiveram presentes o paciente e sua família. RESULTADOS: Através desse trabalho foi possível compreender a dinâmica de uma família cujo um dos membros é portador de transtorno mental, bem como estimula-lo a inserção social junto com a UBS. CONCLUSÃO: Observou-se melhora da socialização do paciente e dos sintomas negativos da doença, abrindo portas para a integralidade da atenção, o cuidado dentro dos ditames da medicina centrada na pessoa, valorizando-se também a interdisciplinaridade no trabalho cotidiano.hepatic Palavras chaves: Psiquiatria, Esquizofrenia, Esquizofrenia catatônica, Unidade de Saúde, Visita domiciliar. 44. IMPACTO DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM EM MARIANA–MG NA SAÚDE DA POPULAÇÃO RIBEIRINHA DA CIDADE DE COLATINA–ES Autores: Ederson Mieis Rocha, Lucas Grobério Moulim de Moraes, Larissa Valério de Almeida, Letícia Rego Dalvi, Luciano Castiglioni Andriato, Lucas Kefler Bergamaschi, Luiza Seidel Dala Bernardina, Willian Borges Pereira, Vanilda Gomes Gimenez, Orlando Chiarelli Neto, Herivelto dos Santos Almeida Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A água é um direito do ser humano, que além de ser fornecida em quantidade adequada, deve ser qualitativamente favorável ao consumo. OBJETIVO: Objetivou-se neste estudo mensurar os impactos na população ribeirinha da cidade Colatina–ES provocados pelo desprendimento de rejeitos de mineração no Rio Doce, provenientes da cidade de Mariana–MG. MÉTODOS: Os métodos utilizados para o projeto foram embasados em uma pesquisa teórica seguida de um trabalho em campo de caráter longitudinal, quantitativo e não probabilístico. RESULTADOS: A abordagem, no âmbito epidemiológico, demonstrou aumento expressivo na incidência de sinais e sintomas prodrômicos de patologias, como a diarreia, febre e afecções de pele e fâneros que obtiveram evolução aproximada de 172,7%, 133,3% e 35,3%, respectivamente. Tais parâmetros estão intimamente associadas as consequências do desastre ambiental, pelas alterações do meio ambiente, interrupção do fornecimento de água, contaminação hídrica, dentre outras. CONCLUSÃO: Notou-se necessidade de redefinir temáticas de educação em saúde pelas instituições governamentais para o manejo de qualidade da água. Sintomas como febre, diarreia, e alterações de pele tiveram elevação das taxas associadas com efeitos adversos no âmbito biológico, psicológico, social e econômico. Palavras-Chave: Água; Rejeitos de minério; Rio Doce; População ribeirinha; Saúde Pública. 45. A SAÚDE MENTAL DE PACIENTES QUE BUSCAM A CIURGIA BARIÁTRICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Autores: Leticia Dias Furieri; Letícia Rego Dalvi; Luciano Antonio Rodrigues; Luciano Castiglioni Andriato; Luiza Seidel Dala Bernardina. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A gastroplastia, conhecida como Cirurgia Bariátrica, é disponibilizada no Brasil para pacientes com obesidade mórbida. Este procedimento possui implicações na saúde mental dos que se submetem, uma vez que é encarado como um modo eficiente no emagrecimento e ajuste aos padrões estéticos sociais. Entretanto, a expectativa dos pacientes quanto à intervenção pode não corresponder à realidade, dada a possibilidade de agravos à saúde física e resultados inesperados. OBJETIVOS: Avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre a saúde mental de pacientes que buscaram a cirurgia bariátrica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com revisão integrativa de literatura questionando as implicações na saúde mental de pacientes que buscam a cirurgia bariátrica. Artigos foram selecionados utilizando os descritores em ciência da saúde (DeCS) identificados na base BIREME, a saber: Transtornos Mentais, Saúde Mental e Cirurgia Bariátrica. Estes foram localizados nas bases de dados Medline e Lilacs. Os critérios de inclusão foram: periódicos nacionais e internacionais, publicados nos últimos 15 anos. Identificou-se 39 artigos, realizando-se leituras flutuantes dos resumos. Selecionou-se 8 artigos para a revisão integrativa. RESULTADOS: A prevalência entre os pacientes com depressão e transtorno alimentar binge pode chegar a 19% e 17%, respectivamente. Estudos se contradizem. Embora alguns autores afirmem a diminuição ou até mesmo remissão de sintomas, outros relatam piora, pelos sentimentos de frustração associada à desadaptação à nova dieta pós-cirúrgica. CONCLUSÃO: Observa-se que o estado psiquiátrico varia entre os pacientes e, considerada a manutenção ou piora em alguns casos, faz-se importante o acompanhamento multidisciplinar. Palavras-Chave: Saúde Mental, Transtornos Mentais e Cirurgia Bariátrica. 46. A AVALIAÇÃO CLÍNICA DE CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE VILA VELHA/ES Autores: Arcileu Loriato Júnior; José Dias de Assis Neto; Saulo Daniel Santos Pereira; David Ferreira Ferrari; Karllayno Camatta Milleri. Instituição: Universidade Vila Velha (UVV). INTRODUÇÃO: Visando a promoção da saúde, além de contribuir para a formação integral dos estudantes, o Programa Saúde na Escola surge como uma ferramenta decisiva da saúde coletiva. Baseado nos mesmos princípios, foram avaliadas crianças da escola municipal Guilherme Santos na cidade de Vila Velha/ES. OBJETIVO: Realizar o exame clínico de crianças do ensino fundamental com o intuito de identificar os problemas de saúde mais prevalentes e, quando necessário, encaminhá-las para atendimento especializado. METODOLOGIA: A ficha utilizada foi construída com base em artigos das bases de dados PubMed, Scielo e LILACS e por meio de fichas de exame físico de universidades brasileiras. A ficha foi composta por: identificação, exames antropométrico, oftalmológico, otorrinolaringológico, do aparelho locomotor, do aparelho cardiorrespiratório e de pele e fâneros. Os dados foram planilhados através do programa Microsoft Excel para a obtenção das informações estatísticas. RESULTADOS: 74 crianças de quatro diferentes turmas do 3º ano do ensino fundamental foram analisadas, com idades entre 7 e 9 anos. Os principais problemas encontrados foram: cáries (28,37%), anormalidades à otoscopia (16,21%), acuidade visual diminuída (10,81%) e lesões cutâneas (5,4%). CONCLUSÃO: De acordo com o evidenciado, há necessidade de implementação de ações educativas para ensino da higiene bucal e ampliação do serviço de odontologia e otorrinolaringologia da unidade de saúde da família da região. Palavras-chave: Promoção da Saúde. Atenção Primária à Saúde. Saúde Escolar 47. O ENSINO DE ANATOMIA NOS MÉTODOS PBL E TRADICIONAL DE MEDICINA Autores: Kaíque Pícoli Dadalto; Paloma Alves dos Santos; Ryan Carlos de Barros Soares; Ulieni Gloria Gatti; Thiago da Silva Frasson. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC. INTRODUÇÃO: Devido à relevante contribuição da anatomia humana para a formação médica, tem-se discutido qual a melhor metodologia de ensino para maximizar o aprendizado nas escolas médicas. OBJETIVOS: Analisar a importância da prática anatômica na formação médica. Comparar e contrastar, de forma qualitativa, a influência exercida pelos diferentes métodos de ensino: Tradicional e PBL. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão bibliográfica em artigos científicos publicados a nível nacional e internacional. RESULTADOS: O modelo tradicional surgiu como uma forma de reorganizar o funcionamento das escolas médicas, mas tendo como conseqüência um processo de extinção das propostas de atenção em saúde. No modelo do PBL, o processo educativo esta centrado no estudante, estimulando-se a capacidade de auto formação, impulsionando a busca ativa de informação. Frente à metodologia baseada em problemas e ao aprendizado fundamentado em habilidades clínicas, a informação anatômica deve ser apresentada num contexto adequado, e não mais como um conhecimento puro, mas dando maior atenção à anatomia clínica e regional e às admiráveis relações entre órgão. CONCLUSÃO: Diante do presente estudo, pode-se observar que o método PBL apresenta algumas vantagens diante do método Tradicional, já que no primeiro o estudante possui maior tempo de estudo da anatomia durante sua graduação, gerando, assim, maior contato com o cadáver, que, segundo autores, será o seu primeiro paciente, e, além disso, o estudante é ativo no seu processo de aprendizado. Palavras-chave: Anatomia. Métodos de ensino. Aprendizagem. 48. O PERFIL DO DOADOR DE ORGÃOS Autores: Ac. Joyce Duda Gonçalves ¹, Ac. Francilene Matos Vale, Ac. Raul Amiti, Ac. Marcela Tagliari Tucino. Instituição: Centro Universitario do Espirito Santo. INTRODUÇÃO: A doação de órgãos passou a receber, hoje, uma maior atenção do que em décadas passadas. A necessidade, ainda grande, desencadeia consequentemente, um maior número de transplantes, mas que, apesar do desenvolvimento de novas capacidades técnicas, sofrem uma escassez da disponibilidade de órgãos, revelando a importância desse ato. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo fornecer as informações sobre o perfil do doador de órgãos revelando quais são os passos necessários para ocorrer a doação em caso de AVE (acidente vascular encefálico). MÉTODOS: Foi realizada uma pesquisa documental, disponibilizada pelo hospital Silvio Avidos demonstrando os requisitos que devem ser seguidos para o paciente enquadrado no perfil de doador de órgãos. As informações foram adquiridas através de fichas de assistência que evidenciam a situação do paciente e exames clínicos para monitorização das condições do paciente. RESULTADOS: O estudo mostrou que a disponibilidade de órgãos é consequência do aumento de acidentes automobilísticos que envolvem, principalmente, homens. Dentre os fatores relevantes para a concretização do processo de doar órgãos é necessário, ainda, respeitar as leis que regem nosso país. Existem ainda fatores familiares na condução desse processo. CONCLUSÃO: Portanto, pode haver uma contraposição na decisão do ato, em que há influências religiosas, culturais e afetivas. Palavras-chave: doação; perfil; doador. 49. IMPLEMENTAÇÃO DE UMA REFERÊNCIA PRÓPRIA, TEÓRICO-PRÁTICA, NA DISCIPLINA DE TÉCNICA OPERATÓRIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO – UNESC Autores: Raul Edmo Teixeira Amiti, Rafaela Totóla Coimbra, Marcela Tagliari Tubino, Rodrigo Zon Soares, João Carlos Nepomuceno e George da Silva Carvalho. Instituição: UNESC – CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO INTRODUÇÃO: Noções básicas de técnica operatória são indispensáveis para todos os estudantes do curso de medicina, mesmo para aqueles que não pretendem dedicar-se às especialidades cirúrgicas. Diversos procedimentos são utilizados em situações de emergência e devem ser do domínio técnico de todos, visando a não expor os pacientes a riscos desnecessários. OBJETIVO - Fornecer aos alunos fundamentos teóricos e práticos dos princípios de técnica operatória e cirurgia experimental básica. RESULTADOS - Após observação comparativa, sob a ótica dos professores, a evolução da performance dos discentes que estão cursando a disciplina embasados numa referência, comparados aos que não obtiveram uma referência bibliográfica direcionada para estudo., houve a necessidade de elaboração de uma referência própria para embasar e direcionar os alunos nos estudos, objetivando demonstrar CONCLUSÃO - Portanto, reconhecemos que muito ainda se tem a evoluir no ensino da cirurgia, não apenas no âmbito institucional, mas também no currículo do ensino médico, pois o ensinamento da cirurgia não deve envolver apenas a prática das inúmeras técnicas cirúrgicas, mas sim, expor ao acadêmico de maneira leve e clara as diversas especialidades cirúrgicas, através de uma referência teórico-prática direcionada, facilitando o aprendizado e assim inspirando o nascimento de novos cirurgiões. Palavras-Chave: técnica, referência, cirurgia, estudo, direcionamento. 50. O TEATRO ANATÔMICO COMO CENÁRIO DO PRIMEIRO CONTATO DO ALUNO DE MEDICINA COM A MORTE Autores: Raul Edmo Teixeira Amiti, Natália Grillo Pizetta, Marcela Tagliari Tubino, Hélio Angoti Neto. Instituição: UNESC – CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO INTRODUÇÃO - O cadáver começa a ter, no mundo dos vivos uma importância cada vez maior a partir do primeiro dia de aula de anatomia prática. No decorrer da história do cadáver observamos que os sentimentos que rodeiam este assunto são de medo, receio, aversão, curiosidade e constrangimentos. OBJETIVOS – evidenciar a importância do aprendizado da morte na educação médica. RESULTADOS A substituição de cadáveres por peças sintéticas é um tanto perigosa, implicando um futuro enfraquecimento da relação com o paciente, dificultado o processo da humanização, afinal de contas o primeiro paciente acaba sendo aquele cadáver estudado. O acadêmico, ao tocar em um cadáver, deve levar em consideração que este mesmo só está ali porque pertenceu a alguém e tem o poder e a grandeza de servir a humanidade para o conhecimento e consequentemente, para o engrandecimento da formação do profissional de saúde no país. CONCLUSÃO - Portanto, o problema existencial do homem diante da morte e do morrer não será resolvido facilmente, porém se houver um programa de educação formal a respeito do assunto nas escolas da área de saúde, desde o início do curso de graduação, quando o aluno e professor entram em contato com a disciplina de anatomia humana, podendo torná-los mais aptos a lidar com a morte e mais humanos. Palavras-chave: ensino, anatomia humana, morte. 51. A DISSECÇÃO – NECESSÁRIA E INDISPENSÁVEL PARA O ENSINO DA ANATOMIA HUMANA NO CURSO DE MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO Autores: Raul Edmo Teixeira Amiti, Natália Grillo Pizetta, Marcela Tagliari Tubino, Thiago Frasson. Instituição: UNESC – CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO INTRODUÇÃO - Diz-se, e com razão, que só se aprende verdadeiramente Anatomia dissecando. O ato de observar, a descoberta, o adestramento manual e a comparação do normal com o anormal conferem a técnica de dissecção, o ensino de potencialidades únicas não suplantadas por qualquer outro método, por mais perfeito que seja. Com efeito, estes são impessoais e carecem de algo fundamental a quem aprende medicina: realismo e humanidade. OBJETIVO – demonstrar a dissecção como método de autoaprendizagem por excelência na prática anatômica. RESULTADOS - O manuseio do material cadavérico aprimora habilidades cirúrgicas, instrui acerca de patologias e ensina questões morais, seja no contato com o “primeiro paciente” (o cadáver) seja na reflexão sobre a condição humana. No entanto sabe-se que a aquisição dos mesmos é dificultada por vários fatores. Sendo assim, o uso de animais vem sendo admitido por algumas instituições, para aprendizado inicial de algumas técnicas básicas de dissecção e não tendo essa vivência, os acadêmicos continuarão seu aprendizado no doente muito do que poderia e deveria ter sido feito no Teatro Anatômico. CONCLUSÃO - Estudantes que praticam a dissecção mostram melhor desempenho nas avaliações práticas do que colegas sem essa oportunidade. Então, mesmo os defensores da abordagem tradicional demandam uma uniformização do ensino de anatomia usando dissecção, mesmo que em modelos animais. Palavras-chave: anatomia humana, dissecção, animais, técnica, ensino. 52. SINOVITE VILONODULAR PIGMENTADA: RELATO DE CASO Autores: Rodolfo Costa Sylvestre; Mariana Santana Lima; Luciano Castiglioni Andriato; Vinicius Vasconcelos do Lago; Raísa Verena Novaes Freitas; Marcos Murilo Santana Lima. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A Sinovite Vilonodular Pigmentada (SVNP) é uma patologia proliferativa benigna, rara, da membrana sinovial, com deposição de hemossiderina nas células. A incidência é de 1,8 casos/milhão de habitantes/ano, ocorrendo principalmente na terceira e quarta décadas de vida. OBJETIVO: Relatar o caso de RCS, 23 anos, masculino, apresentando dor de leve intensidade em joelho direito há 01 ano, que piora com agachamento. Nega história prévia de trauma. Ao exame físico ortopédico, apresentavase positivo apenas os sinais de Apley, Zollen e Rabot. MÉTODO: Solicitada ressonância nuclear magnética (RNM) que demonstrou sinais compatíveis com SVNP. Paciente foi submetido a tratamento cirúrgico combinado com artroscopia e sinovectomia por via anterior em joelho direito, além de acesso aberto por via posterior para exérese da lesão proliferativa no interior da cápsula posterior do joelho. Laudo histopatológico de SVNP. Método: Estudo descritivo de relato de caso. RESULTADOS: Os sintomas mais descritos da SVNP são dor difusa na articulação, derrame articular e redução da amplitude de movimentos. A RNM é o principal exame diagnóstico, pois permite a identificação de depósitos de hemossiderina, porém o diagnóstico final é estabelecido pelo exame histopatológico. Para o tratamento existe a ressecção da lesão por via artroscópica ou aberta, porém ainda apresentam altas taxas de recidiva (18% a 46%). CONCLUSÃO: A SVNP é uma condição muito rara e de difícil diagnóstico, devido inespecificidade dos sintomas, sem etiologia elucidada até o momento, e por isso torna-se importante para a discussão em meio cientifico. Palavras-chave: Sinovite Vilonodular Pigmentada; Depósitos de Hemossiderina; Hiperplasia da Membrana Sinovial. 53. ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL: REVISÃO DE LITERATURA Autores: Ianara da Silva Santos, Kênia Helen Alves Gomes, Lethícia Silva de São Joaquim, Sheila Alves Gomes Tomaz e Orlando Chiarelli Neto. Instituições: Centro Universitário do Espírito Santo - (Colatina – ES, Brasil). Faculdade de Medicina do Vale do Aço (Ipatinga – MG, Brasil). INTRODUÇÃO: A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) refere-se a um grupo de artropatias crônicas da infância que se inicia antes dos 16 anos de idade, com etiologia ainda desconhecida, mas com uma influência multifatorial ligada a fatores imunológicos, infecciosos e genéticos. A literatura evidencia uma maior prevalência da doença em irmãos, sendo 15 a 30 vezes maior do que na população geral, demonstrando a importância do fator genético nessa enfermidade. OBJETIVO: Descrever os aspectos anatomopatológicos da Artrite Idiopática Juvenil. MÉTODO: Foi realizada revisão da literatura nas bases de dados, SciELO e NCBI Pubmed. Foram analisados artigos de revisão, ensaios clínicos e relatos de casos totalizando 30 artigos. Destes, foram excluídos por seus resumos 13 artigos. Logo, o estudo obteve 17 artigos. RESULTADOS: A classificação internacional com base em critérios clínicos e biológicos define AIJ em sistêmica, oligoarticular, poliarticular com e sem fator reumatoide, artrite relacionada à entesite e artrite psoriática. Doença de caráter progressivo com recorrências que levam a danos de estruturas articulares, sugerindo que AIJ é um distúrbio autoinflamatório. AIJ apresenta como características principais edema, dor à mobilização e rigidez na(s) articulação(s) acometida(s). Dentre as principais estão: joelho, tornozelo, punho e pequenas articulações das mãos e pés. Tambem estao presentes a febre, erupções cutâneas, artralgia, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia e serosite. CONCLUSÃO: Os achados fisiopatológicos mais frequentes na AIJ foram o aumento da expressão de citocinas pró-inflamatórias que, por sua vez, levam às principais alterações anatômicas e clínicas da doença. Palavras-chave: juvenile idiopathic arthirtis, treatement, disease activity. 54. AS NOVAS DEFINIÇÕES DE SEPSE E CHOQUE SÉPTICO. Autores: Cinthia Rafaela Santos Assis Marcos; Cristiane Magalhães Gondim, Daiany Melo Corrêa Vidigal; Eduardo Dimas Vidigal; Flávia Tavares Silva Dela Fuente Araujo; Ivan Geraldo Leoni. Instituição: UNESC-ES INTRODUÇÃO: As novas definições de sepse e choque séptico, baseadas num consenso entre 17 especialistas mundiais, foram recentemente divulgadas pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA). Essa atualização mostrou-se necessária devido ao maior número de recursos disponíveis nas UTIs atuais e ao melhor entendimento dos mecanismos fisiopatológicos responsáveis pelas disfunções relacionadas à sepse. OBJETIVOS: Descrever as novas definições de sepse e choque séptico. Discorrer sobre as causas para a atualização destas definições. MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed e MedLine de 2016. RESULTADOS: Sepse é uma disfunção de órgãos com risco de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção. Para operacionalização clínica, disfunção orgânica é representada pelo aumento de dois ou mais pontos no escore SOFA (Sequential Organ Failure Assessment). Choque séptico é definido como subconjunto de casos de sepse onde particularmente há maior risco de mortalidade, o que está associado a profundas alterações circulatórias e metabólicas. Os pacientes com choque séptico podem ser clinicamente identificados pelo uso de vasopressores para manter uma pressão arterial média de 65 mmHg ou superior e um nível de lactato sérico superior a 2mmol/L na ausência de hipovolemia. Alguns termos como septicemia e sepse grave foram colocados em desuso pelo grupo. CONCLUSÃO: O Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS) não endossou as novas definições justificando que as mesmas não correspondem à realidade latino-americana, onde o tratamento da sepse corre em direção oposta ao que ocorre nos países de primeiro mundo. Palavras-chaves: sepse; choque séptico; atualizações. 55. GRANULOMATOSE DE WEGENER Autores: Fernanda Ledó Portella¹; Aline Teixeira Henriques²; Pâmerson Poubel³; Sarah Palmeira; Wagner Santos da Silva. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A granulomatose de Wegener é uma vasculite sistêmica idiopática rara, com altas taxas de morbidade e mortalidade. Caracterizada por acometer principalmente os pequenos e médios vasos das vias respiratórias superiores, inferiores e dos rins, provocando reação inflamatória com necrose e formação de granulomas nesses órgãos. Quando há comprometimento renal é esperado um pior prognóstico. Os sintomas são inespecíficos. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, no exame anatomo-patológico e na positividade do (ANCA-c). A terapêutica é baseada no uso de ciclofosfamida e glicocorticoide. OBJETIVO: Relatar um caso de Granulomatose de Wegener, visando a importância do diagnóstico e tratamento precoce. MÉTODOS: Relato de caso realizado a partir de dados da análise de prontuário, anamnese, exame físico, exames laboratoriais e de imagem. RELATO DE CASO: C.Q.A, 30 anos, residente de São Mateus, casada. Queixa de dispneia progressiva e emagrecimento há 6 meses. Exames constataram presença de nódulo pulmonar, broncofibroscopia com biópsia e marcadores reumatológicos negativos. Devido persistência do quadro foi realizada nova investigação através de biópsia transtorácica do nódulo pulmonar que sugeriu granulomatose de wegener, sendo confirmado diagnóstico com pesquisa de (c-ANCA): positivo. Após 15 dias houve piora do quadro, optou-se por intubação, devido a não instituição de terapêutica direcionada paciente evoluiu para óbito. CONCLUSÃO: Apesar da raridade do caso, é importante relatar as experiências vivenciadas a respeito do diagnóstico e tratamento, para que seja possível a implementação de conduta clínica eficiente, melhorando a qualidade de vida e prevenindo complicações e óbitos dos pacientes. Palavras-chave: Granulomatose de Wegener, nódulo pulmonar, c-ANCA. 56. Livedo reticular idiopático Autores: Marcela Tagliari Tubino, Alina de Carvalho Nora e Raul Amiti Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC Resumo INTRODUÇÃO: O livedo reticular caracteriza-se por uma alteração na coloração da pele (azulado), que ocorre em aspecto reticulado. Essa aparência é explicada pela anatomia vascular da pele, em que o fornecimento de sangue é feito por cones distribuídos com 1-4 cm de bases localizadas na superfície da pele. Cada cone é fornecido por uma arteríola que é afetada no livedo, causando um padrão reticular manchado. A aparência cianótica ocorre nas anastomoses entre os cones, causada pelo congestionamento de sangue desoxigenado. OBJETIVO: Identificar pacientes com essa condição transitória e que muitas vezes é desencadeada pelo frio. MÉTODOS: Este estudo foi realizado nas bases de dados eletrônicas Google Acadêmico, Pubmed, Scielo e LILACS. O objetivo desse relato é demonstrar a associação clínica e diagnóstica do livedo. RESULTADOS: O cuidado para diagnóstico etiológico dessa patologia leva em consideração o seu curso (crônica, aguda ou fulminante) e fatores fisiológico, primário, idiopático e secundário: este exemplificado por lúpus eritematoso sistêmico, poliarterite nodosa, doenças da tireóide, oxalose, doenças vasculares obstrutivas, entre outras, sendo importante, essa diferenciação para instituição terapêutica. CONCLUSÃO: É necessário o acompanhamento da paciente, devido o caráter idiopático da doença. A forma mais comum é o livedo reticular idiopático que afeta principalmente crianças e jovens mulheres brancas nos membros inferiores. Palavras chaves: livedo; reticular; diagnóstico; idiopático. 57. PACIENTE PORTADOR DE HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA COM FATORES DE RISCO PARA TROMBOEMBOLISMO SEM ANTICOAGULANTE ORAL. Autores: Carolina Ferreira Soyer, Elisa Reisen Vasconcelos, Fernanda Reisen Vasconcelos, Tainá Guimarães Cardoso, Tathiana Ferreira Amim, Cleber Antônio Maia Filho. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC. INTRODUÇÃO: Hemoglobinúria paroxística noturna é caracterizada por hemólise crônica mediada por complemento. Este quadro é ocasionado por mutação somática no gene PIG-A, formador da âncora GPI que mantém aderida várias proteínas na membrana celular, como a CD55 e a CD59. A ausência dessas proteínas leva a ativação crônica do complemento, causando hemólise e ativação de plaquetas e macrófagos, levando a inflamação crônica, tromboembolismo e lesão de órgãos alvo. OBJETIVO: Relatar o caso de paciente do Hospital e Maternidade São José (HMSJ) com quadro de Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) e fatores de risco para trombose, sem tratamento prévio. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 69 anos, encaminhado ao serviço de Hematologia do HMSJ, devido quadro de colúria, anemia, dispneia e relato de ser portador de HPN há mais de 20 anos. Não realizava acompanhamento hematológico regular, seguia somente com suporte transfusional. Na avaliação inicial, foi solicitado citometria de fluxo e comprovado o diagnóstico de HPN. DISCUSSÃO: A hemólise e o risco de tromboembolismo são ocasionados pela ausência das proteínas de membrana CD55 e CD59, ancoradas pela GPI, que protegem as células da atividade do complemento. Esta doença apresenta complicações potencialmente fatais, mesmo com o suporte transfusional, anticoagulação e uso de imunossupressores. Entre 15% a 30% dos pacientes com HPN morrem dentro de 5 anos após o diagnóstico. Para pacientes com fatores de risco para tromboembolismo, indica-se o uso de anticoagulantes orais como profilaxia. CONCLUSÃO: HPN trata-se de uma doença crônica rara, com morbimortalidade elevada, sendo o paciente em questão com evolução de 20 anos, sem anticoagulação oral com fatores de riscos elevados, e não apresentou eventos trombóticos. Palavras chaves: hemoglobinúria paroxística noturna – trombose - anticoagulação 58. ANÁLISE DOS ACHADOS EM ULTRASSONOGRAFIAS DE TIREOIDE EM CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE COLATINA-ES, UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA PARA A BOA PRÁTICA CLÍNICA. Autores: Gabriela Poltronieri Campagnaro Martins; Vinicius França de Mendonça; Kaio Cezar Gomes Pessim; Vinicius Tapie Guerra e Silva; Arthur Oliveira Aguilar; Letícia Borges Lauton Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC) RESUMO: Nódulo tireoidiano é a forma de apresentação de várias doenças desta glândula. Estudos populacionais em áreas suficientes em iodo mostram que aproximadamente 4% a 7% das mulheres e 1% dos homens adultos apresentam nódulo tireoidiano palpável. Entretanto, estudos com ultrassonografia (US) revelam uma prevalência bem maior, chegando a 68%. Entretanto, a alta sensibilidade pode, também, levar a detecção de nódulos clinicamente não importantes, à investigação desnecessária e ansiedade para o paciente. OBJETIVOS: Verificar a prevalência de nódulos de tireoide e comparar os achados com os Consensos e Guidelines em vigência. MÉTODOS: Realizado estudo transversal retrospectivo, através da análise de laudos ultrassonográficos no período de um ano em Clínica de radiologia e diagnóstico por Imagem em Colatina-ES. RESULTADOS: Foram analisados o total de 250 laudos, dos quais 213 (85,2%) indivíduos do sexo feminino, com predomínio de pacientes acima dos 50 anos de idade 117 (46,8%). Foram encontrados 147 (58,8%) exames com alterações, sendo 62 (42,17%) nódulos sólidos, 79 (53,7%) maiores que 1 centímetro, sendo que 54 (36,73%) apresentaram mais de 5 nódulos. CONCLUSÃO: A avaliação ultrassonográfica é uma ferramenta importante na avaliação dos nódulos de tireoide e fundamental para o direcionamento da propedêutica médica, entretanto, a sua solicitação deve ser criteriosa e compatível com a anamnese e o exame físico com o objetivo de evitar a incidência de incidentalomas sem impacto na saúde dos pacientes. Palavras-chaves: Nódulos de Tireoide, Câncer de Tireoide, Ultrassonografia, Rastreio. 59. LINFOMA ESPLÊNICO DE ZONA MARGINAL: RELATO DE CASO Autores: Jaqueline Rossi Marim; Geórgia Rossi Marim; Rodrigo Fraga Olivieri; Carollina Casotti de Moraes; Klissia Ferraço Malanquini ; André Altermiro Zanotti Mendes; Instituição: Hospital Maternidade São José. INTRODUÇÃO: Linfomas de Zona Marginal representam de 5 a 10% dos linfomas. Existem três tipos: extranodal do tipo MALT, Nodal e esplênico, que é um tipo raro e frequentemente encontra-se no baço e medula óssea. OBJETIVOS: Descrever relato de caso sobre linfoma esplênico de zona marginal e tratamento disponível. MÉTODOS: Obtidos por revisão de prontuário e literatura, métodos diagnósticos e terapêuticos aos quais o paciente foi submetido. RESULTADOS: Paciente J.P. masculino, 60 anos, proveniente de São Mateus – E.S, com história pregressa de carcinoma de escamocelular em orofaringe realizado tratamento cirúrgico. Apresentou há nove meses, quadro de astenia, emagrecimento, anemia crônica, hiperesplenismo, sudorese e febre noturna. Encaminhado a oncologia no HMSJ para investigação. Realizada biópsia guiada por ultrassom e histopatológico obtendo resultado inconclusivo de infiltrado linfóide atípico b. Sendo proposto esplenectomia, que evidenciou linfoma de zona marginal esplênica confirmado pela imunohistoquímica. CONCLUSÃO: Este caso não se desvia dos padrões epidemiológicos sendo de prevalência do sexo masculino de 5% em relação ao feminino de 4% e das neoplasias em gerais que acometem homens entre idade de 60 e 79 anos. Algumas manifestações clínicas são compatíveis com a doença, (febre, sudorese noturna e emagrecimento) que são observados em cerca de 40%, indicando doença agressiva. O tratamento deverá ser particularizado de acordo com o subtipo histológico, porém em tal caso o histopatológico foi inespecífico, dificultando o estadiamento. Optado pela esplenectomia devido ao histopatológico inespecífico e inconclusivo da neoplasia onde a mesma é uma das terapias. Palavra chaves: Linfoma esplênico de zona marginal; imunohistoquímica; esplenectomia; 60. HEMORRAGIA ENTÉRICA. DIGESTIVA DO INTESTINO MÉDIO POR TUBERCULOSE Autores Rafael Angelo F. da Fonseca, Sâmela Comério, Laila Giacomini Couto, Gabriela Dalfior Ferreira. Instituição: Hospital Maternidade São José. INTRODUÇÃO: A hemorragia digestiva do intestino médio tem origem entre o ângulo de Treitz e a válvula ileocecal. Fazer o diagnóstico etiológico de hemorragia do intestino é um grande desafio. OBJETIVO: Relatar um caso de hemorragia do intestino médio devido à tuberculose entérica. Revisão de prontuário. MÉTODOS: RESULTADOS: Mulher, 25 anos, dá entrada no HMSJ com dispneia aos esforços e febre. Portadora de cardiomiopatia reumática e IRC em terapia dialítica. Na admissão com estenose mitral importante e insuficiência mitral moderada. Iniciado antibioticoterapia e submetida à retroca valvar mitral. Evoluindo no pós-operatório com melena e necessidade de transfusões. Propedêutica com EDA e colono sem anormalidades. Realizada arteriografia abdominal, com pequena angiectasia em cólon E, sem sangramento ativo. Recebeu alta após parada espontânea do sangramento e estabilidade hematimétrica. Retorna 8 dias depois, hipotensa,taquicárdica, febril ;referindo melena vultuosa. Submetida a laparotomia exploradora com observação de lesões monomórficas nodulares em todo mesentério e peritônio visceral; por transiluminação visualizado sangue no interior das alças do delgado; em ponto mais proximal do jejuno, notado espessamento, sendo realizada enterectomia. Após exposição da mucosa notou-se lesão ulcerada. Histopatológico da peça cirúrgica e peritônio com processo inflamatório crônico granulomatoso, células gigantes multinucleadase necrose de padrão caseoso. CONCLUSÃO: A tuberculose entérica é uma situação rara, que pode se apresentar de diversas formas. As manifestações clínicas são variadas e inespecíficas, podendo incluir hemorragia digestiva. Em suspeita de sangramento do intestino médio, tuberculose deve ser uma hipótese considerada em pacientes imunossuprimidos com sangramento persistente. Palavras chave: tuberculose entérica; hemorragia do intestino médio. 61. DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO: MANIFESTAÇÕES EXTRA-ESOFÁGICAS? QUANDO PENSAR EM Autores: Francine Fiorot Prando Vasconcelos, Alice da Silva Gomes, Flávia Tavares Silva Dela Fuerte Araújo, Israel Simonassi Filho, Júlia de Oliveira Cruz e Letícia Jacques Caran Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC INTRODUÇÃO: A DRGE refere-se a um movimento retrógrado do conteúdo gástrico para o esôfago, associado a sintomatologia e/ou complicações. É muito prevalente na população pediátrica, com um impacto considerável na qualidade de vida dos doentes, sendo causa comum de consultas pediátricas. OBJETIVOS: Descrever a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) em crianças, discutir aspectos inerentes ao quadro clinico, especialmente as manifestações atípicas, de acordo com a faixa etária. METODOLOGIA: Revisão sistemática de literatura na base de dados Bireme, Pubmed e Scielo com artigos científicos publicados entre 2001-2015, utilizando como descritores “refluxo”, “DRGE manifestações atípicas”, “sinais e sintomas respiratórios” e arquivos da Sociedade Brasileira de Pediatria. DISCUSSÃO: A DRGE é uma doença frequente na infância, tendo na maioria dos casos manifestações típicas facilmente identificadas com uma boa anamnese. No entanto, as manifestações atípicas são difíceis de serem relacionadas com a doença de base dificultando um possível diagnóstico. As manifestações atípicas mais prevalentes nos estudos em prematuros foram: crise de apneia, bradicardia, cianose, vômitos e pneumonia por broncoaspiração. Já na infância foram: otite média, chiado, rouquidão, dispneia e laringotraqueíte. Além disso, foi observado uma associação entre asma e DRGE, ainda não claramente conhecida se causa ou consequência. CONCLUSÃO: As manifestações extra-esofágicas da DRGE representam grupos heterogêneos de doenças com impacto na qualidade de vida da criança, levando a procura aos serviços de saúde e elevado custo financeiro. Diante desse contexto faz-se necessário uma anamnese e exame físico minuciosos, a fim de direcionar um possível diagnóstico e a abordagem terapêutica. Palavra-Chave: Refluxo, esôfago, 62. DIVERTÍCULO DE ZENKER: VANTAGENS DA TERAPIA ENDOSCÓPICA Autores: Ilane Covre Sagrillo; João Paulo Fernandes Almeida; Raphael Franzini dos Santos, Dr. João Carlos Nepomuceno Gonçalves, Dr. Olívio Battisti Neto. Instituições: Centro de Universitário do Espírito Santo – UNESC / Hospital e Maternidade São José INTRODUÇÃO: O divertículo faringoesofágico (divertículo de Zenker) apresenta-se em sua maioria em pacientes idosos na sétima década de vida e tem sido postulado como resultado da perda da elasticidade do tecido e tônus muscular com a idade. Até que o divertículo de Zenker aumente seu tamanho, a sintomatologia é variável, partindo de casos assintomáticos a queixas de obstrução. Tosse, sialorréia e disfagia são geralmente sinais de progressão da doença. O diagnóstico é feito a partir do esofagograma com bário, manometria esofágica ou endoscopia. O reparo cirúrgico ou endoscópico do divertículo é o padrão ideal de tratamento. OBJETIVO: Demonstrar o manejo clínico e cirúrgico do Divertículo de Zenker. MÉTODO: Realizado revisão de prontuário e literatura, além de acompanhamento intra-hospitalar do procedimento cirúrgico e ambulatorial pós-hospitalar. RESULTADO: C.B., 79 anos, sexo feminino, apresenta há 9 meses disfagia e perda de peso (4kg) e há 3 meses iniciou o quadro de sialorréia. Foi solicitado endoscopia e seriografia de esôfago, ao qual foi diagnosticado Divertículo de Zenker. Foi realizado o tratamento endoscópico – Dohlmann, a paciente ficou em nutrição por sonda nasoentérica durante 07 dias a qual evoluiu para dieta oral, observando uma boa progressão do trânsito alimentar. Sem outras queixas, obteve alta hospitalar após 14 dias de pós-operatório. Seu segmento se deu via ambulatorial com excelentes resultados. CONCLUSÃO: O manejo cirúrgico do Divertículo de Zenker por via endoscópica mesmo com os riscos eminentes de perfuração, se realizado por profissional capacitado, mostra um excelente resultado intra e pós-operatório. Palavras-chave: Zenker; Endoscopia 63. RELATO DE CASO: FISTULA HEPATOCOLICA ASSINTOMATICA, ORIUNDA DE UMA COLECISTECTOMIA HÁ 10 ANOS. Autores: Ac. Eduardo Spalenza Marques , Ac. Joyce Duda Gonçalves, Ac. Francilene Matos Vale, Ac. Raul Amiti, Prof. Dra. Joao Carlos Nepumuceno Gonçalves (Orientador). Instituições: Centro Universitario do Espirito Santo. Hospital Maternidade Sao Jose INTRODUÇÃO: Pela literatura, fístulas são comunicações anormais entre duas superfícies epitelizadas e o seu surgimento representam dados significativos ao indivíduo. Até 85 % ocorrem como complicações pós-operatórias, como no caso citado, em que esta comunicação deu-se entre o fígado e intestino grosso. RELATO DE CASO Paciente, do sexo masculino, 66 anos, ex-etilista, ex-tabagista, hipertenso, diabetico insulinodependente, após 5 meses do final do tratamento de tuberculose, evoluiu com uma pneumonia grave, de origem nosocomial, com perda ponderal de 4 kg em um mês, assintomático, afebril, anictérico, sem melhora da imagem radiológica, em uso de Cefepime há 10 dias, dando prosseguimento a investigação, foram realizadas tomografias seriadas que evidenciaram pequenas opacidades nodulares irregulares bilaterais, sendo mais específicas nos lobos médio e inferior direito, algumas com aspecto ramificados e outras em vidro fosco periférico, apresentando posteriormente consolidação no lobo inferior esquerdo, sendo assim, o paciente permaneceu internado por 20 dias, pela suspeita de abcesso hepático. CONCLUSÃO Foi proposto, uma drenagem de abcesso, no momento do procedimento, a equipe observou que as imagens em questão não se tratavam de um abcesso, sugerindo assim maior investigação, não havendo a drenagem pois após discussão em equipe, conclui-se que a realização de uma colonoscopia, e esta por sua vez veio sem nenhuma alteração. Portanto, após todo esse protocolo, o paciente supracitado foi submetido à uma laparotomia exploradora, em que se identificou uma fistula hepatocolica, oriunda possivelmente da colecistectomia prévia, realizada há aproximadamente 10 anos, sendo tratada cirurgicamente com uma enterectomia, enteroanastomose término-terminal, enterorrafia e drenagem do abscesso. Palavras-chave: Abecesso hepatico, perda ponderal, tubertculose. 64. TRATAMENTO DE FÍSTULA AORTO-ESOFÁGICA POR CORPO ESTRANHO COM IMPLANTE DE ENDOPRÓTESE AÓRTICA TORÁCICA. Autores Laila Giacomini Couto, Sâmela Comério, Rafael Angelo Ferreira da Fonseca, Henrique Fernandes Noé, Polyana Fernandes Flores, Gabriela Dalfior Ferreira. Instituição: Hospital Maternidade São José INTRODUÇÃO: A fístula aorto-esofágica é uma entidade rara, apresentando como principal sintoma a hemorragia digestiva alta. É dividida em primária, sendo a causa mais comum o aneurisma torácico, que corresponde a 75% dos casos; e secundária, na qual se encontram outras causas como ingestão de corpo estranho, neoplasia de esôfago e cirurgias prévias aórticas ou esofágicas. OBJETIVO: relatar o caso de um paciente que apresentou fístula aorto-esofágica por ingestão de corpo estranho. MÉTODOS: as informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário e revisão da literatura. RESULTADOS: W.J.M, masculino, 40 anos, ingeriu corpo estranho (espinha de peixe) durante refeição. Cerca de 40 dias depois, apresentou hematêmese de grande monta. Procurou o pronto-atendimento sendo submetido a endoscopia digestiva alta, que sugeriu presença de fistula aortoesofagiana. Realizada angiotomografia de tórax, a qual evidenciou a fístula. Realizada correção da fístula com endoprótese aórtica torácica e oclusão de artéria subclávia esquerda, deixado paciente com dieta enteral exclusiva e antibioticoterapia de amplo espectro, optado pela não oclusão do orifício esofagiano pelo risco de formação de abscesso local. O paciente evoluiu bem, obtendo alta hospitalar após 17 dias do procedimento cirúrgico. CONCLUSÃO: ainda há pouco consenso sobre o tratamento da fistula aortoesofágica, mas sabe-se que o tratamento cirúrgico é o único considerado definitivo. Entretanto, revisões na literatura demonstram que a endoprótese reduz os riscos de ressangramento e complicações, sendo algumas vezes adotada como ponte até uma cirurgia definitiva. Palavras-chave: Fístula aorto-esofágica; endoprótese; hemorragia digestiva alta. 65. DOENÇA DE WILSON EM ADULTO JOVEM: RELATO DE CASO Autores: Rodolfo Costa Sylvestre, Mariana Santana Lima, Aluana Marinho Rigoni, Alexandre Calegari Oliosi, Anna Paula Pilon Bastianello, João Miguel Malta Dantas Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A doença de Wilson (DW) é uma desordem hereditária autossômica recessiva que leva à redução na excreção de cobre pelas vias biliares, acumulando-o no organismo. Sua incidência varia de 15 a 30 casos por milhão de pessoas, com predomínio no sexo masculino. OBJETIVO: Relatar o caso de CRC, 26 anos, feminino, com elevação de aminotransferases desde 2011, de forma assintomática e persistente. Em 2014 iniciou quadro de ansiedade, depressão e edema de membros inferiores sendo diagnóstica com DW através da presença de anéis de Kayser-Fleischer e dosagens de ceruloplasmina e cobre sérico. Posteriormente desenvolveu hipertensão portal e cirrose hepática sem indicação de transplante. Medicada com penicilamina, sulfato de zinco e cloridrato de duloxetina, sendo mantida em acompanhamento clínico. MÉTODO: Estudo descritivo de relato de caso. RESULTADOS: O diagnóstico da DW é suspeitado com o surgimento de alterações hepáticas inespecíficas, sintomas neurológicos, psiquiátricos e comportamentais, além dos anéis de Kayser-Fleischer, anemia hemolítica e aumento das aminotransferases. Pode ser confirmado através da detecção de níveis séricos baixos de ceruloplasmina e cobre total, mas o padrão-ouro ainda é a biópsia hepática com concentração hepática de cobre. O tratamento deve ser iniciado precocemente para evitar ou minimizar os efeitos nocivos da impregnação do cobre. CONCLUSÃO: DW é pouco comum na prática médica e de grande heterogeneidade clínica, por isso ela deve ser lembrada em meios científicos a fim de permitir maior precocidade na identificação do quadro e início do tratamento, prevenindo sequelas neurológicas irreversíveis. Palavras-chave: Doença de Wilson; Degeneração Hepatocelular; Anéis de KayserFleisher. 66. A SEGURANÇA DO USO CONTÍNUO DE IBP NO MANEJO DE DOENÇA PÉPTICA Autores: Cinthia Rafaela Santos Assis Marcos; Cristiane Magalhães Gondim, Daiany Melo Corrêa Vidigal; Eduardo Dimas Vidigal; Flávia Tavares Silva Dela Fuente Araujo. Instituição: UNESC-ES INTRODUÇÃO: Os inibidores da bomba de prótons (IBP), são medicamentos que inibem a enzima H+ K+ ATPase (ou bomba de prótons) realizando a supressão ácida gástrica. São uma das classes de medicamentos mais utilizados mundialmente para o tratamento das doenças ácido-pépticas. OBJETIVOS: Descrever os principais efeitos adversos relacionados aos Inibidores da Bomba de Prótons e discorrer sobre a segurança de seu uso crônico. MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed e SciELO entre os anos de 2010 a 2016.. RESULTADOS: Apesar de sua segurança já ter sido comprovada, alguns relatos recentes tem chamado a atenção para potenciais efeitos secundários. A maior preocupação é com os efeitos de longo prazo, devido à intensa supressão ácida que promove aumento na secreção de gastrina e consequente hipergastrinemia. A gastrina apresenta efeito trófico na mucosa gástrica e ratos tratados com omeprazol por dois anos sofreram um aumento nas células enterocromafinas (ECL) e desenvolveram tumores gástricos relacionados com a dose. Hipergastrinemia crônica pode progredir para câncer gástrico em ratos, mas estas observações ainda não foram confirmadas em humanos. A diminuição da acidez gástrica pode também interferir na absorção da vitamina B12 e diversos minerais. CONCLUSÃO: Os estudos publicados ainda não permitem estabelecer associação definitiva entre o uso contínuo de IBP e a incidência de complicações graves, no entanto, é necessário que os médicos monitorem e relatem qualquer evento adverso ocasionado pelo uso desta classe de medicamento. Palavras-chaves: inibidores de bomba de prótons; efeitos adversos; uso crônico 67. TRICOBEZOAR GÁSTRICO EM PACIENTE PSIQUIATRICO: RELATO DE CASO Autores: Filipe Alves Nery, Letícia Binda Martins D Avila, Letícia Borges Lauton, Tainá Guimarães Cardoso, Celso Marques Raposo Jr. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – Unesc. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente admitida no Hospital e Maternidade São Jose, Colatina/ES, com achado endoscópico de tricobezoar gástrico. Métodos: As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico do método diagnóstico e revisão da literatura. Discussão: Tricobezoar é a consequência da ingestão de material estranho encontrado no interior do trato digestivo alto, originado a partir da ingestão de cabelos e pelos. Inicialmente o paciente apresenta sintomas dispépticos comuns a diversas alterações gastrointestinais. Na presença de dor, massa epigástrica palpável ou outros sinais de alarme o médico deve solicitar exames complementares e em caso de pacientes psiquiátricos considerar a hipótese de tricobezoar. Conclusão: Frente à alta incidência de pacientes psiquiátricos relacionados à tricofagia e consequente achado de tricobezoar gástrico, o aconselhamento por um psiquiatra torna-se fator determinante para evitar recorrência, uma vez que este agente é responsável por manifestação de dor e desconforto abdominal. Palavras-chaves: Tricobezoar, tricofagia e epigastralgia. 68. SEGUIMENTO ENDOSCÓPICO PARA POLIPECTOMIA E SUAS COMPLICAÇÕES Autores: Cinthia Rafaela Santos Assis Marcos; Cristiane Magalhães Gondim, Daiany Melo Corrêa Vidigal; Eduardo Dimas Vidigal; Flávia Tavares Silva Dela Fuente Araújo, Ivan Geraldo Leoni. Instituição: UNESC-ES INTRODUÇÃO: Pólipos são estruturas teciduais que se projetam na mucosa do trato digestivo. Pode se apresentar como lesão plana ou ligeiramente elevada, séssil, subpediculada ou pediculada, em relação à implantação na mucosa. As lesões polipóides podem ser precursoras de neoplasias. Todos os pólipos devem ser removidos ao serem vizualizados na videocolonoscopia, independente do tamanho da lesão ou de seu aspecto macroscópico, devido ao potencial de malignização. OBJETIVOS: Avaliar a indicação da polipectotomia endoscópica. Citar as complicações pós polipectomia endoscópica. MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed e SciELO entre os anos de 2010 a 2016. Palavras-chaves: polipectomia, videocolonoscopia. RESULTADOS: O epitélio do pólipo pode apresentar atipia leve, moderada ou intensa ( carcinoma in situ. A polipectomia pode ser curativa(margem cirúrgica livre) Se ocorrer invasão tecidual ou o pedículo estiver comprometido, o tratamento deve ser acrescido por ressecção cirúrgica. Após a polipectomia, o paciente deve ser acompanhado com seguimento videocolonoscópico, pois pode ocorrer recidiva ou novas lesões. Existe controvérsia quanto à retirada ou não de pólipos menores que 5mm de diâmetro (baixa malignização). Ocorre baixo índice de complicações, são elas: sangramento, síndrome pós-polipectomia e rara perfuração colônica. CONCLUSÃO: A polipectomia realizada por videocolonoscopia possibilita a retirada da maioria dos pólipos encontrados durante o exame evitando intervenções cirúrgicas desnecessárias. Todos os pólipos devem ser ressecados independente de suas características morfológicas. As complicações são raras são tratadas de acordo com sua apresentação. Palavras-chave: polipectomia, neoplasias, 69. DOENÇA HEPÁTICA TÓXICA COM COLESTASE: RELATO DE CASO Autores: Rodolfo Costa Sylvestre, Mariana Santana Lima, Mayara Almeida Santos Luz, Marcela Valério de Lima Ferrarez, Priscila Castelo Branco Guaitolini, Ive Bahia Franca Instituição: Hospital Maternidade São José – HMSJ INTRODUÇÃO: Colestase da gravidez (CG) é uma patologia intra-hepática rara que ocorre durante a gestação, geralmente iniciando-se no término do segundo trimestre. Sua prevalência pode chegar a 01caso em cada 10.000gestações, sendo que ainda não há registros no Brasil sobre a prevalência dessa patologia. OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente diagnosticada com doença hepática tóxica com colestase. MÉTODO: Estudo descritivo de relato de caso. RESULTADOS: EBSA, 33 anos, GIIPIA0, admitida em hospital com idade gestacional de 36 semanas e 01 dia pela ultrassonografia. Durante o pré-natal apresentou alteração das enzimas hepáticas, icterícia e prurido difuso. Realizada cesariana no mesmo dia da admissão, com saída de líquido meconial e recémnascido encaminhado para unidade de terapia intensiva neonatal devido desconforto respiratório e cianose central. DISCUSSÃO: Dentre os fatores de risco da CG, chama-se atenção para a idade materna acima dos 35 anos, multíparas e histórico de colestase em gestações prévias. As principais características clínicas são: prurido intenso, alteração nas enzimas hepáticas e icterícia (25 % dos casos).Medidas devem ser tomadas de forma rápidas e precisas, sendo que a maioria dos autores indicam a resolução da gestação entre 37 a 38 semanas, se quadro estiver estável. CONCLUSÃO: CG é uma doença incomum e com fortes prejuízos a sobrevida principalmente do concepto, por ocasionar sofrimento fetal, óbito intra-útero e parto prematuro.Este caso torna-se importante para a discussão cientifica, pois permite argumentar sobre o manejo obstétrico adequado evitando as complicações. Palavras-chave:Colestase da Gravidez; Colestase Intra-hepática; Doença Hepática Tóxica. 70. PROFILAXIA DA COLELITÍASE ATRAVÉS DO USO DE ÁCIDO URSODESOXICÓLICO EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIÁTRICA. Autores: Camila Coelho Ferreira; Cinthia Rafaela Santos Assis Marcos; Cristiane Gondim Magalhães da Silva, Daiany Melo Corrêa Vidigal; Eduardo Dimas Vidigal; Flávia Tavares Silva Dela Fuente Araujo. Instituição: UNESC-ES INTRODUÇÃO: A expressiva perda de peso em curto período de tempo através da cirurgia de redução gástrica pode apresentar algumas implicações para o organismo, como a colelitíase. OBJETIVOS: Avaliar a ocorrência da colelitíase em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Discutir a indicação do uso de ácido ursodesoxicólico na prevenção de colelitíase nestes pacientes. MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed e SciELO entre os anos de 2010 a 2016. RESULTADOS: Acredita-se que durante a perda de peso, a taxa de todos os lipídios biliares diminuem. Em alguns pacientes esse decréscimo é proporcional e a saturação do colesterol mantém-se inalterada, em outros, a diminuição da secreção de sais biliares é maior do que a do colesterol, resultando em uma bile hipersaturada, aumentando a incidência de colelitíase. O alto índice de colelitíase em pacientes submetidos a redução gástrica faz com que muitos médicos realizem ainda durante o procedimento a colecistectomia profilática, medida contra-indicada por alguns pesquisadores pois isso aumentaria o tempo de hospitalização. Alguns medicamentos tem sido utilizado para prevenir a formação de cálculos no período pós cirúrgico, como o ácido ursodesoxicólico, que inibe a síntese hepática do colesterol e estimula a síntese de ácidos biliares, restabelecendo o equilíbrio entre eles. A dose de 600 mg/dia se mostrou a mais eficiente. CONCLUSÃO: Estudos apontam que o ácido ursodesoxicólico tem sido eficaz na prevenção da colelitíase, pois aumenta a capacidade da bile em solubilizar o colesterol, transformando a bile litogênica em não litogênica. Palavras-chaves: colelitíase; cirurgia bariátrica; ácido ursodesoxicólico. 71. TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE PROCTITE ACTÍNICA COM PLASMA DE ARGÔNIO EM PACIENTE COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA TRIARTERIAL. Autores: Sâmela Comério, Rafael Angelo F. da Fonseca, Laila Giacomini Couto, Gabriela Dalfior Ferreira. Instituição: Hospital Maternidade São José. INTRODUÇÃO: A proctopatia actínica é caracterizada por uma inflamação crônica do reto, limitada a mucosa, na qual o principal mecanismo fisiopatogênico é a endoarterite obliterante com consequente isquemia. Tal evento pode ser observado em até 20% dos pacientes submetidos à radioterapia pélvica para o tratamento de tumores dessa região. OBJETIVO: relatar o caso de um paciente portador de proctite actínica com hemorragia digestiva baixa recorrente e doença arterial coronariana triarterial, com necessidade de cirurgia de revascularização. MÉTODOS: as informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente e revisão da literatura. RESULTADOS: W.D, masculino, 71 anos, branco, com histórico de neoplasia de próstata há três anos, realizando radioterapia, evoluindo há seis meses com hemorragia digestiva baixa, tenesmo e astenia. Evoluiu posteriormente com choque misto: hemorrágico e cardiogênico, sendo identificado IAM sem supra desnivelamento do seguimento ST. Realizada cineangiocoronariografia a qual evidenciou doença arterial coronariana triarterial com necessidade de cirurgia de revascularização. Encontra-se internado no serviço em preparo pré-operatório de cirurgia cardíaca a qual ainda não foi possível ser realizada devido a quadro de hemorragia digestiva baixa persistente. Comprovado diagnóstico de proctite actínica após colonoscopia. O tratamento de eleição para o paciente foi eletrocoagulação com plasma de argônio, com duas sessões concluídas até a presente data e resultados satisfatórios. CONCLUSÃO: a aplicação endoscópica de plasma de argônio é um método seguro e eficaz e tem sido considerado como primeira escolha de tratamento da proctite actínica. Palavras-chave: Proctite actínica; eletrocoagulação com plasma de argônio; radioterapia. 72. HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA ESTRANGULADA: RELATO DE CASO Autores: Laís Vago, Isabela Rodrigues Carvalho Demoner, Johnnathan Serge Rodrigues da Silva, Hugo Silveira, Wagner Santos da Silva Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC. INTRODUÇÃO: A lesão do diafragma foi relatada pela primeira vez por Sennertus em 1541 e foi reparado com sucesso por Riolfi em 1886. A maioria apresenta-se assintomática. Infelizmente, o diagnóstico e o tratamento em pacientes com ruptura do diafragma podem ser atrasados vários dias e até anos, aumentando a taxa de morbidade e mortalidade que pode chegar a mais de 50% em casos de hérnias diafragmáticas direitas. CASO CLÍNICO: Paciente L.C.C, 50 anos, casado, motorista de caminhão. Após acidente com capotamento deu entrada no hospital com quadro de dor em hipocôndrio direito de forte intensidade, além disso, parada na eliminação de gases e fezes há 48 horas. TC de abdômen mostrando imagem de possível hérnia diafragmática direita encarcerada. Submetido a toracoscopia que mostrou fragmento de intestino intrapleural isquêmico. Feita a correção da hérnia e ao mesmo tempo laparotomia exploradara que demonstrou segmento de íleo isquêmico, submetido à colectomia direita com anastomose término-lateral. Paciente evolui com alta no quinto dia pós-operatório e se encontra com melhora total dos sintomas. FISIOPATOLOGIA: Entre as cavidades abdominal e torácica, há um gradiente de pressão que varia normalmente entre 7 e 22cmH2O. No trauma abdominal contuso grave, há um aumento de dez vezes na pressão abdominal, transmitindo subitamente a energia cinética através das cúpulas frênicas. Órgãos abdominais podem herniar no tórax devido à diferença de pressão. COMPLICAÇÕES: A mais comum é a lesão despercebida com hérnia crônica, porém pode ocorrer lesão dos ramos periféricos do nervo frênico podendo produzir desnervação regional. Palavras-chave: Hérnia diafragmática estrangulada. 73. ABORDAGEM DO PACIENTE COM SÍNDROME DE BUDD-CHIARI DE ACORDO COM BAVENO VI. Autores: Cinthia Rafaela Santos Assis Marcos, Daiany Melo Corrêa Vidigal; Dieferson Gomes; Eduardo Dimas Vidigal; Flávia Tavares Silva Dela Fuente Araújo, Gustavo Gilles. Instituição: UNESC-ES INTRODUÇÃO: Síndrome de Budd-Chiari (SBC) é definida como processo fisiopatológico que resulta em uma interrupção ou redução do fluxo normal de sangue para fora do fígado. A síndrome implica por uma obstrução das veias hepáticas de pequeno calibre até o nível do ramo da veia cava inferior no átrio direito. OBJETIVOS: Descrever a abordagem do paciente com Síndrome de Budd-Chiari de acordo com o Baveno VI. Discorrer sobre a importância dessas atualizações. MÉTODOS: Revisão sistemática nas bases de dados PubMed e SciELO entre os anos 2015 a 2016. RESULTADOS: A abordagem do paciente com SBC, segundo as diretrizes Baveno VI, deve incluir anticoagulação até angioplastia e trombólise. A anticoagulação deve ser iniciada para todos os pacientes e mantida por período prolongado ainda que não sejam identificados fatores de risco. Os casos de hemorragia prévia relacionada a hipertensão porta não é considerada contra-indicação maior para início da anticoagulação, deve ser iniciada profilaxia secundária imediatamente para evitar novo sangramento. No caso de estenoses de pequenas extensões devem ser tratadas por angioplastia. A colocação de TIPS deve ser indicada nos centros onde a angioplastia e “stents” não estejam disponíveis e quando o paciente não melhora com um destes tratamentos. Pacientes com score de prognóstico para TIPS > 7 são candidatos ruins para este procedimento, sendo estes casos indicado o transplante de fígado. O Transplante de fígado também está indicado aos pacientes refratários aos tratamentos supracitados. CONCLUSÃO: Os objetivos da abordagem terapêutica são impedir a piora da trombose, restaurar a permeabilidade das veias trombosadas, melhorar o fígado congestionado, avaliar e prevenir complicações relacionadas com a hipertensão portal. Palavras-chaves: Síndrome de Budd-Chiari; Baveno VI 74. FÍSTULA URETRORRETAL PÓS PROSTATOVESICULECTOMIA RADICAL: RELATO DE CASO COM ABORDAGEM CONSERVADORA Autores: Rodolfo Costa Sylvestre; Alex Loze Rocha; Cibele Guedes de Oliveira; Cathariana Carvalho Santana Dantas; Felipe Gonçalves Moreira; Rodrigo Zon Soares. Instituição: Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC INTRODUÇÃO: A prostatovesiculectomia radical (PTVR) é uma possibilidade terapêutica para as neoplasias de próstata restrita ao órgão, apresentando normalmente bons resultados, contudo não é isento de complicações, que podem ser intra ou pósoperatórias, sendo a fístula uretrorretal (FUR) pouco comum, mas incapacitante e de difícil manejo. OBJETIVO: Discutir em meio científico a abordagem da FUR pós PTVR suprapúbica. MÉTODOS: Análise de um caso, com descrição clínica e exames complementares, associada à revisão bibliográfica científica sobre o tema. RESULTADOS: E.P., masculino, 67 anos, diagnosticado com adenocarcinoma de próstata, Gleason 6 (3+3), PSA 8,8ng/ml. Realizado PTVR suprapúbica com colocação de cateter vesical de demora (CVD) evoluindo satisfatoriamente no pós-operatório. Em retorno ambulatorial, após retirar CVD, paciente relata não conseguir desencadear micção espontânea. Tentativa de repassagem do CVD sem sucesso, sendo realizado cistostomia suprapúbica e uretrocistografia retrógrada que evidenciou estenose de colo vesical e extravasamento de contraste por via retal, caracterizando FUR. Realizado uretrotomia interna com identificação de orifício fistuloso de 0,5 cm próximo a anastomose uretrorretal. Passagem de CVD por via uretral, com retirada de cistostomia. Devido FUR de pequeno diâmetro e ausência de contaminação fecal da via urinária optou-se por conduta conservadora com troca de CVD e cistoscopia de controle a cada 30 dias. Após cinco meses já não era visualizado orifício fistuloso por cistoscopia e paciente sem perda urinária. CONCLUSÃO: Em FUR pequena, sem contaminação fecal do trato urinário, e com aceitação do paciente, a possibilidade de conduta conservadora pode ser considerada. Palavras-chave: Fístula uretrorretal; Prostatovesiculectomia radical; Adenocarcinoma de próstata.