PLANO DE SAÚDE AMBIENTAL – ARAPIRACA/ALAGOAS : UMA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO EM REDE ROMÃO, Simone Rachel Lopes Arquiteta e Urbanista. Assessora Técnica da Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Arapiraca (ALAGOAS) - [email protected] 1. UMA BREVE ABORDAGEM SOBRE O MUNICÍPIO DE ARAPIRACA O município de Arapiraca, por sua localização geográfica estratégica, facilidade de acesso e de logística urbana, tornou-se cidade pólo no interior do Estado de Alagoas, e, em virtude destas características, influencia econômica e socialmente os municípios da região agreste, cidades do sertão alagoano, e de outros Estados oferecendo infra-estrutura, prestação de serviços e comércio local a uma rede de municípios alagoanos, evidenciando que Arapiraca atrai diariamente um contingente ampliado de população flutuante. Tal situação de destaque sócio-econômico tem conduzido Arapiraca a receber forte pressão imigratória populacional constantemente, sobretudo de pessoas carentes, provocando o aumento da demanda sobre os serviços de infra-estrutura urbana, principalmente na área habitacional, comprometendo ainda mais a qualidade de vida de seus munícipes, especialmente os provenientes da zona urbana. A região político-administrativa (RPA) a qual pertence é responsável por 6,9% do PIB do Estado, onde Arapiraca representa 67,7%. Toda esta dinâmica contribuiu para que a cidade ocupe a segunda posição no Estado, faz com que atue como pólo mercantil, para onde convergem consumidores de toda a região agreste, sertão e parte da zona da mata, atraindo também investidores de outros Estados da região Nordeste, no Brasil e no mundo. 1.1. ARAPIRACA E A CONCENTRAÇÃO DE POPULAÇÃO EM ÁREA URBANA É considerada a segunda maior cidade do Estado, do ponto de vista populacional, com uma densidade demográfica de 553,75 habitantes/Km², ocupa uma superfície territorial de 365,5 Km², possuindo uma população de 202.398 habitantes conforme o Censo IBGE de 2007, sendo 163.708 na área urbana e 38.690 na área rural, com uma taxa de urbanização de 80,88%, e de 19,12% de população rural. Em apenas dois anos, a estimativa do crescimento da população do IBGE para 2009, aponta para 210.521 habitantes, demonstrando a velocidade do aumento do fluxo migratório para o município em virtude do seu efervescente desenvolvimento. Seguindo a lógica de urbanização brasileira, Arapiraca vem crescendo de forma rápida, fragmentada e desigual, com uma significativa concentração populacional na cidade, tendo em seu desenho urbanístico, um crescente contingente de assentamentos precários sub-normais, o que tem gerado o desafio de executar políticas públicas eficientes que erradiquem efetivamente as condições de vida subhumanas a parcela significativa de seus habitantes. Vive hoje um momento de grande investimento na urbanização, com intensas obras de importância para a cidade, seja pela criação de áreas verdes, parques, pavimentação e investimentos em infra-estrutura e serviços urbanos. Com relação à distribuição da população por bairros, dentre os 38 que compõem o perímetro urbano, destacam-se os maiores em concentração populacional os seguintes bairros: Ranking dos 10 Bairros mais populosos Posição Bairros no Ranking Nº de habitantes 1º Brasília 15.617 2º Primavera 12.625 3º Canafístula 9.927 4º Manoel Teles 8.817 5º Planalto 7.935 6º Cacimbas 7.624 7º Alto do Cruzeiro 6.244 8º Caititus 5.579 9º Centro 5.129 Fonte: Censo do IBGE, 2007. 1.2. ARAPIRACA E O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH A qualidade de vida está extremamente ligada ao desenvolvimento humano que, por sua vez, é um conceito bem amplo, pois nele agem vários fatores. Em sua composição de análise também são consideradas as expectativas de vida, o contexto cultural, as relações sociais, o acesso ao lazer, à escola de qualidade, ao emprego formal, situação econômica positiva, bons atendimentos de saúde, habitação, as relações com o ambiente. De forma ampla, a qualidade de vida pode ser inicialmente apontada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Instrumento elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), resulta do cruzamento de dados relativos à educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capta). Observando os índices do Brasil, Nordeste e Alagoas acompanhamos a evolução da qualidade de vida da população. Este indicador tem sido referência para definição e efetivação de políticas públicas. Comparativamente, Alagoas tem demonstrado esforço, ultrapassando o índice médio do Nordeste. Evolução do IDH Brasil, Nordeste e Alagoas IDH-M 1970 1980 1991 2000 Brasil 0,462 0,685 0,709 0,764 Nordeste 0,306 0,460 0,517 0,610 Alagoas 0,263 0,437 0,548 0,649 Fonte: PNUD/IPEA/FJP – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000. É evidente e alentador verificar que Arapiraca vem evoluindo bem nas esferas consideradas para a determinação do IDH. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Arapiraca é 0,656, segundo a classificação do PNUD, o município esta entre as regiões consideradas - médio alto - no desenvolvimento humano. Em relação aos outros municípios do Estado de Alagoas, Arapiraca ocupa o 7º lugar entre os 102 municípios alagoanos no ranking de IDH-M. Evolução do IDH-M de Arapiraca por dimensão Ano IDH-M IDH-M IDH-M Longevidade Educação Renda 1970 0,313 0,297 0,174 0,251 1980 0,355 0,336 0,446 0,379 1991 0,490 0,472 0,457 0,473 2000 0,650 0,734 0,584 0,656 Fonte: PNUD/IPEA/FJP – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000. IDH-M 2. SAÚDE AMBIENTAL - CONTEXTUALIZAÇÃO MUNDIAL Para compreender o Plano de Saúde Ambiental – PSA para o município de Arapiraca, cabe uma abordagem inicial em relação à trajetória das discussões sobre saúde ambiental no século XX, que nos demonstra que essa discussão é recente, onde as primeiras discussões acerca de questões que envolvem o impacto da ação antrópica no meio ambiente e sua influência sobre a saúde humana, pode-se citar como exemplo, os seguintes eventos: • Em 1923 - I Congresso Internacional para a Proteção da Natureza, realizado em Paris. • Em 1959 - Acordo internacional, o Tratado Antártico. • Em 1968 - começou-se a pensar num encontro entre países para discutir formas de controle da poluição do ar e da chuva ácida (Europa). • Em 1971 - Mesa-Redonda de Especialistas em Desenvolvimento e Meio Ambiente, na Suíça, momento em que foram lançadas as bases para o conceito de desenvolvimento sustentável. Estes eventos culminaram em grandes reuniões entre países : • Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. • Eco-92, no Rio de Janeiro, no Brasil. Na atualidade, um sem número de cientistas se ocupa da proteção da saúde humana. O enfoque tradicional da saúde pública atual se combina com os modernos conceitos da interdependência da saúde com os fatores ambientais, o qual podemos denominar de saúde ambiental (Brilhante et all, 1999). Acompanhando um padrão internacional de entendimento de que as condições ideais de saúde estão intrinsecamente ligadas a satisfação de um conjunto de necessidades, que vai desde o acesso à terra, passa pela segurança alimentar, até o direito de garantir e preservar ambientes saudáveis, o Plano de Saúde Ambiental de Arapiraca vem apresentar propostas de ações integradas, tendo como ator principal o Poder Executivo Municipal, como ente público responsável constitucionalmente pela garantia do direito à saúde, e a população, principal alvo dessas ações. 2.1. PANORAMA DA GESTÃO DA SAÚDE AMBIENTAL NO PAÍS No Brasil, o principal marco legal é a Medida Provisória - MP n° 33, de 19 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre os Sistemas Nacionais de Epidemiologia, de Saúde Ambiental e de Saúde Indígena, cria a Agência Federal de Prevenção e Controle de Doenças – APEC e define saúde ambiental como o conhecimento, a prevenção e o controle dos processos, influências e fatores físicos, químicos e biológicos que exerçam ou possam exercer, direta ou indiretamente, efeito sobre a saúde humana. Em seu artigo 19, a MP n° 33 prevê como competência s da APEC, na área de saúde ambiental, dentre outras, propor a Política Nacional de Saúde Ambiental. Nesta Política, o SINVSA - Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, do Ministério da Saúde, instituiu 8 programas que possui como principais atribuições: a coordenação, avaliação, planejamento, acompanhamento, inspeção e supervisão das ações de vigilância ambiental. Compete a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde a gestão dos 8 programas nacionais a seguir, que tem o objetivo central de garantir qualidade em saúde a população: • VIGIÁGUA: acesso à água de qualidade (combate a poluição hídrica). • VIGISOLO: acesso a solo de qualidade (combate a solo contaminado por produtos químicos). • VIGIAR: acesso ao ar de qualidade (combate a poluição atmosférica). • VIGIQUIM: monitorar as populações expostas às substâncias químicas, com grau de riscos à população: asbesto/amianto, benzeno, agrotóxicos, mercúrio e chumbo. • VIGIDESASTRES: ações de vigilância ambiental em saúde relacionadas a enchentes, secas, deslizamentos e incêndios florestais. • VIGIAPP: minimizar o número de vítimas por acidentes com produtos perigosos. • VIGIFISI: monitorar os riscos à saúde provocados pela emissão de ondas eletromagnéticas emitidas por meio das estações de energia elétrica e de telecomunicações. • VIGIAMBT: vigilância em saúde relacionada ao ambiente de trabalho. Em Alagoas, a competência de gestão no Estado é realizada pela Vigilância de Saúde Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde. Esses programas federais são geridos pelo Ministério da Saúde - MS, responsável pela capacitação dos estados e municípios brasileiros. Atualmente, desses programas federais, os mais desenvolvidos em Alagoas são: VIGIÁGUA e VIGISOLO, que já possuem sistemas de informação próprios, o SISÁGUA e o SISOLO. O VIGIAR é um programa que já vem sendo desenvolvido pelo Estado de Alagoas e o município de Arapiraca já inseriu informações no FORMSUS – FORMULÁRIO que é enviado direto ao Ministério da Saúde, que informa as áreas e estabelecimentos que apresentam riscos potenciais de contaminação e poluição do ar, inclusive com dados da taxa de internação por doenças do aparelho respiratório e número de óbitos. 3. DIAGNÓSTICO - PRINCIPAIS AGRAVOS REGISTRADOS NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA Segundo os dados estatísticos do Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca em 2007, a partir do número de casos registrados identificou-se os principais agravos de saúde pública no município: Ranking do numero Total de casos Agravos 1º 1.106 Atendimento anti-rábico 2º 532 Dengue 3º 360 Acidente de casos por animais peçonhentos 4º 139 Intoxicação Exógena 5º 25 Hepatite Viral De uma forma geral, as incidências se manifestam em vários bairros de uma maneira pulverizada, conforme se visualiza nas cartografias abaixo. Mas, verificouse que os principais agravos de saúde pública ocorrem nos bairros de maior concentração populacional, como: Brasília, Primavera, Canafístula e Cacimbas. Em contraste, na zona rural encontram-se os povoados com os menores índices de ocorrências. 3.1. PSA LOCAL Zona Rural – localização das incidências na cartografia temática de saúde pública. Zona Urbana – localização das incidências na cartografia temática de saúde pública. FONTE: Secretaria Planejamento/Agenda 21 Arapiraca, 2007. FONTE: Secretaria Planejamento/Agenda 21 Arapiraca, 2007. Do ponto de vista do projeto Agenda 21 de Arapiraca, o PSA enquadra-se na meta 8 - atividade 8.4 que objetiva ‘propor possíveis soluções de mitigação e/ou compensação dos problemas ambientais existentes no município, dentro de um planejamento de ações’. O PSA constitui-se numa proposta que promova de forma estratégica, a qualidade de vida da população a partir da melhoria na saúde ambiental do município, em seu contexto mais amplo, desde o abastecimento de água até as condições ideais de habitabilidade, visando proporcionar um meio ambiente saudável. O referido Plano está composto por um conjunto de 10 (dez) ações que foram consideradas prioritárias para o município, partindo das necessidades identificadas pela Secretaria de Saúde e Secretaria de Planejamento e elaboradas com a colaboração das demais Secretarias envolvidas: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação – SEDUH Secretaria de Limpeza e Iluminação Pública – SELIP Secretaria de Obras e Viação – SEOV Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento – SEMASA 3.2. AS 10 AÇÕES DO PLANO DE SAÚDE AMBIENTAL Partindo do diagnóstico dos agravos de saúde pública e da necessidade identificada pelos técnicos das diversas Secretarias Municipais, foram eleitas as 10 ações prioritárias: AÇÃO TÍTULO 1 Reduzir a incidência de doenças transmitidas por vetores, especialmente dengue. 2 Diminuir o atendimento anti-rábico 3 Monitorização das Doenças Diarréicas Aguda – MDDA 4 Reduzir a incidência de esquistossomose 5 Reduzir a incidência de intoxicações causadas pelo contato com a folha de fumo 6 Reduzir a incidência de acidentes provocados por animais sinantrópicos e peçonhentos, especialmente escorpiões 7 Contribuir para o monitoramento da qualidade da água e sua adequada utilização 8 Prevenir, eliminar e/ou minimizar riscos à saúde, riscos à saúde provenientes do esgotamento sanitário 9 Prevenir, eliminar e/ou minimizar decorrentes do acondicionamento, coleta e disposição dos resíduos sólidos 10 Contribuir na realização de ações intersetoriais, visando à melhoria das condições de habitação popular 3.3. ESTRATÉGIA DE AÇÃO Para cada título, delineou-se ações preventivas e corretivas (mitigação dos problemas detectados). Para qual, terá um órgão articulador e uma rede de parceiros que atuam na área e que podem dar sua parcela de contribuição. E cada ação será monitorada no seu desenvolvimento e o prazo de cada ação será de um ano, período que se terão os dados e informações para realizar a avaliação e seu respectivo monitoramento. Para compreensão desta estratégia, segue um exemplo da Ação 01, para visualizar o modelo adotado para cada ação: Ação 01: Reduzir a incidência de doenças transmitidas por vetores, especialmente dengue. Ações Preventivas: a) Identificação de depósitos de água, criadouros reais e potenciais de vetores; b) Inspeção de chafarizes, praças, lagos, cemitérios, etc; c) Desenvolvimento de campanhas educativas e informativas permanentes; Ações Mitigadoras: a) Coleta de material (ovos, larvas, pupas e mosquitos alados) para levantamento do índice de infestação; b) Mapeamento das áreas de risco; c) Identificar os vetores alados. Parceiros: Ministério Público Secretaria Municipal de Limpeza e Iluminação Pública Secretaria Municipal de Planejamento Secretaria Municipal de Obras e Viação Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Secretaria Municipal de Saúde CASAL (Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas) Articulador: Secretaria Municipal de Saúde 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por se tratar de um tema inovador e recente no nosso país, o estudo apontou que os principais desafios para implementação do Plano de Ação são: 1. Integrar de forma efetiva a comunidade nas ações preventivas e corretivas; 2. Conseguir a intersetorialidade entre os órgãos municipais, em especial, saúde, meio ambiente, planejamento urbano e educação; 3. Garantir apoio e a logística às equipes de campo: treinamento, transporte, EPI’s, enfim, infra-estrutura necessária. Acredita-se que se atingirmos com eficiência estes três pontos acima citados, conseguiremos montar uma rede de vários segmentos sociais buscando um objetivo comum de ter qualidade de vida de uma maneira integrada, sistêmica e estratégica oferecendo um ambiente saudável. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAPIRACA. Prefeitura Municipal de Arapiraca. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Coordenação para Elaboração da Agenda 21. Dossiê Urbano Habitacional e Ambiental. Cooperativa de Trabalhadores Ambientalistas. Arapiraca, 2004. ARAPIRACA. Prefeitura Municipal de Arapiraca. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Coordenação para elaboração do Plano Diretor e Agenda 21. Plano Diretor Participativo de Arapiraca. Leitura Comunitária: Arapiraca que temos Arapiraca que queremos. Livro 02 – Zona Urbana. Arapiraca, 2005. ARAPIRACA. Prefeitura Municipal de Arapiraca. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Coordenação para elaboração do Plano Diretor e Agenda 21. Plano Diretor Participativo de Arapiraca. Diagnóstico técnicocomunitário: Arapiraca que temos. Arapiraca, 2005. ARAPIRACA. Prefeitura Municipal de Arapiraca. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Coordenação para Elaboração da Agenda 21. Relatório das Características Ambientais do Município de Arapiraca. Núcleo de Pesquisas em Hidrologia e Geomorfologia (UNEAL). Arapiraca, 2006. ARAPIRACA. Prefeitura Municipal de Arapiraca. Secretaria Municipal de Planejamento. Coordenação para elaboração da Agenda 21. Plano de Saúde Ambiental. Cidade Digital Consultoria. Arapiraca, 2008. PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPIRACA. A Cidade do Futuro : Agenda 21 Arapiraca. Maceió: IDEARIO, 2008. Brilhante, O. M.; Caldas, L. Q. de A., Gestão e Avaliação de Risco em Saúde Ambiental, 1999, Rio de Janeiro, Editora FIOCRUZ, 2ª reimpressão, 2004, 155p. Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, 16-21 abril 2005, INPE, p. 3935-3942.disponível http://marte.dpi.inpe.br/col/ltid.inpe.br/sbsr/2004/11.21.18.53/doc/3935.pdf, em: acesso em 04 de setembro de 2008. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=975, 04/09/2008. acesso em