REALIDADE – DELEGADO DE POLÍCIA - GO Aula 00

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REALIDADE – DELEGADO DE POLÍCIA - GO
Aula Demonstrativa
Prof. Alex Mendes
Aula 00
Olá pessoal!
Antes de tudo, gostaria de dar as boas-vindas ao nosso curso de
REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL,
POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS E DO BRASIL para o
concurso de DELEGADO PCGO. Neste certame teremos um conteúdo bastante
abrangente envolvendo temas dos mais diversos, tais como: a realidade
econômica, histórica, geográfica de Goiás, bem como assuntos de atualidades
nacionais, etc.
Uma breve apresentação, então, se faz necessária: sou o Professor Alex
Mendes, graduado em Geografia/Economia, Pós-graduado em Economia da
Regulação e Geopolítica, Mestrando em Economia, leciono Atualidades,
Economia e Finanças Públicas, em cursos presenciais e on-line para
concursos, com um pouco mais de 20 anos de experiência na área, sou
concursado (aprovado em 3º lugar) e atualmente exerço função no Governo do
Estado do Rio de Janeiro.
Nosso propósito, é a realização de um curso de teoria com questões,
onde de maneira dinâmica, clara e objetiva, você possa ao mesmo tempo
checar como as bancas formulam as questões, e adquirir/revisar a teoria que
ampara a resolução da mesma.
Neste sentido buscaremos trabalhar com questões de bancas diversas –
visto que teremos que buscar ampliar o número de questões trabalhadas– porém,
selecionando as mesmas, congêneres em exigência, ao CEBRASPE modelo
CESPE/UNB, assim, não ficaremos apenas na dependência desta banca para nos
fornecer as questões em quantidade e variedade que demandamos.
O diferencial de preparação então será este: teoria com linha do
tempo
para
que
você
entenda
os
antecedentes
do
fato,
seu
acontecimento e possíveis consequências, criando assim, autonomia
intelectual para acompanhar os mais diversos tópicos que são de relevância para
nosso certame e que, continuamente, estão na mídia.
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Nosso conteúdo programático, de acordo com o Edital, aborda os
seguintes itens:
REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL,
POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS E DO BRASIL (Lei nº
14.911/2004): 1 Formação econômica de Goiás: a mineração no século XVIII,
a agropecuária nos séculos XIX e XX, a estrada de ferro e a modernização da
economia goiana, as transformações econômicas com a construção de Goiânia e
Brasília, industrialização, infraestrutura e planejamento. 2 Modernização da
agricultura e urbanização do território goiano. 3 População goiana: povoamento,
movimentos
migratórios
e
densidade
demográfica.
4
Economia
goiana:
industrialização e infraestrutura de transportes e comunicação. 5. As regiões
goianas e as desigualdades regionais. 6 Aspectos físicos do território goiano:
vegetação, hidrografia, clima e relevo. 7 Aspectos da história política de Goiás: a
independência em Goiás, o coronelismo na República Velha, as oligarquias, a
Revolução de 1930, a administração política de 1930 até os dias atuais. 8
Aspectos da História Social de Goiás: o povoamento branco, os grupos indígenas,
a escravidão e cultura negra, os movimentos sociais no campo e a cultura
popular. 9 Atualidades econômicas, políticas e sociais do Brasil, especialmente do
Estado de Goiás.
Como podemos perceber pelo descrito, temos muito trabalho pela frente, e
assim “foco” na aquisição dos conhecimentos será o nosso “mantra”. Assim
gostaria de citar uma expressão que gosto muito: “para ir aonde a maioria
não vai, é preciso fazer o que a maioria não faz! ”
Assim, desde já, assumiremos juntos este compromisso!
O planejamento foi feito para contemplar uma aula por semana, de maneira
que você possa adequar sua preparação com as outras disciplinas exigidas neste
concurso.
No fórum estaremos à sua disposição para sanar quaisquer dúvidas que
surjam ao longo do curso e após ele.
Para encerrar este nosso bate-papo inicial, não se pode deixar de dizer que,
nós aqui do Ponto dos Concursos, estamos com você nesta jornada,
passando nossa experiência rumo à sua APROVAÇÃO!
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Todos prontos? Vamos então a nossa primeira aula!
Vamos começar buscando entender a crise econômica mundial,
uma vez que esta é, parcialmente, a responsável pela queda da economia
nacional.
Crise Econômica Mundial – Antecedentes
No final da década de 1990, o cenário do caos econômico começava a
mostrar a sua face: a quebra da bolsa Nasdaq que comercializa ações do setor
de alta tecnologia nos EUA.
O “crash” vinha das expectativas não consolidadas de lucros ascendentes
no setor, fazendo com que - a começar pelos grandes investidores – muitos
vendessem suas ações, provocando uma queda geral de preços. E, portanto, o
“estouro da bolha especulativa” que se formou nos anos anteriores.
Nossa pergunta então é: o que isto tem a ver com a crise atual?
Ocorre que a maior economia do mundo, já entra o século XXI com grave
crise de investimentos, queda relativa do PIB e aumento do desemprego.
Tendo como referência que os EUA são um dos motores da economia mundial, a
crise não seria somente um fenômeno a abalar os americanos, pelo contrário,
haveria de iniciar um forte movimento de retração econômica, que acabaria por
contaminar todo o mundo.
Mas o cenário começa a se tornar mais difícil com os ataques terroristas de
11/09/2001, e como todos sabemos o início da chamada “Guerra ao Terror”
empreendida pelo governo Bush (2001-2008).
A chamada Doutrina Bush, envolvia três grandes tópicos:
 Dicotomia, ou seja, o mundo está ao lado da América ou está contra os
americanos (por si só falaciosa, já que podemos não estar ao lado da
estratégia americana de combate ao terror, porém, também não nos
posicionarmos a favor do terrorismo globalizado, tal qual o da Al-Qaeda).
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 Criação do conceito do “Eixo do Mal”, países que segundo os EUA
ameaçariam a estabilidade mundial, tais como: Irã, Coréia do Norte e
Iraque (os dois primeiros alvos de sanções do Conselho de Segurança da
ONU – por pressão americana – e o último, vítima de invasão).
Ataques preventivos: qualquer país, pessoa ou organização que

ameaçar a América ou os americanos sofreriam as consequências, e assim
tivemos a ocupação do Afeganistão em 2002 e a do Iraque em 2003 (sob a
falaciosa informação de que o país detinha, armas de destruição de massa e
patrocinava o terrorismo global).
Assim, como você pode observar, os EUA por um lado entravam no novo
milênio com uma crise interna (bolsa Nasdaq), um ataque terrorista e
agora tendo que arcar com duas guerras, que consumirão US$ 4 trilhões e
mais de quatro mil vidas de soldados americanos.
Bush encaminhara ainda a América para a unipolaridade, ou seja, os EUA
se entenderam como maior potência política, econômica e militar e passaram
a ignorar as outras nações e a manter posições isolacionistas em vários
campos:
 Criação e manutenção da prisão da base de Guantánamo sem apoio
internacional, e mais, com a prática rotineira da tortura
 Invasão do Iraque sem apoio ou consentimento do Conselho de
Segurança da ONU
 Intransigência na Rodada Doha, de abertura comercial (patrocinada pela
OMC – Organização Mundial do Comércio)
 Não adesão ao Protocolo de Kyoto, de combate ao agravamento do
aquecimento global, etc.
Tudo isto tem um preço: elevação do déficit público, agravando ainda
mais a crise. Veja os gráficos abaixo que nos permitem ter uma “visão”
do tamanho do problema.
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Como se não bastasse, em 2008 tivemos a crise do mercado subprime,
onde com a elevação dos juros nos EUA para conter a inflação, muitos americanos
do que pertenciam a esta categoria de consumidores (sem vínculos empregatícios
– no Brasil diríamos “carteira assinada”, sem comprovantes de renda e/ou
cadastro negativo) ficaram inadimplentes.
Subprime são hipotecas de maior risco ou de segunda linha. Com o excesso de
liquidez no mercado internacional nos últimos anos, os bancos e financeiras dos
Estados Unidos passaram a financiar a compra de casas a juros baixos para
pessoas com histórico de crédito ruim, tendo o próprio imóvel como única
garantia. Fonte: IPEA
Uma vez que parte do valor do financiamento para aquisição da casa
própria, estava vinculada a taxa básica de juros praticada pelo Tesouro
americano, qualquer alteração para cima, encarece o valor das prestações!
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Pronto, o cenário estava completo para uma das maiores crises econômicas
desde a década de 1930, quando ocorreu a quebra da bolsa de valores de Nova
York.
Crise do Mercado Subprime – EUA
No início de seu mandato Bush afirmara que era prioridade de seu governo
a aquisição da casa própria por “todo americano”, sendo assim e para tentar
reativar a economia após a quebra da bolsa Nasdaq no final da década de 1990,
o FED (Banco Central dos EUA), reduziu a taxa de juros básica para 1% ao
ano.
A esperança era que assim com juros mais baixos aumentasse a taxa de
investimento e consumo e, portanto, fortalecendo a geração de emprego, rumo
ao círculo econômico virtuoso:
Ocorre que com a taxa de juros baixa, isto significa menor rentabilidade
para o sistema financeiro – já que este adquiria títulos do Tesouro americano que
agora pagava menos que a inflação.
Este setor monta assim uma engenharia financeira ousada e que se
mostrou desastrosa em longo prazo: captar investimentos em todo o mundo para
financiar o grupo subprime, que exatamente por esta condição, pagava juros
mais elevados.
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Você poderia argumentar: mas professor, isto não envolvia um risco
muito elevado? Claro que sim!
Mas os formuladores da política diziam que o sistema era autossustentável,
pois uma vez que ocorresse a inadimplência, o imóvel seria retomado e colocado
novamente à venda, sem que as prestações pagas fossem devolvidas.
Assim a garantia de um empréstimo de US$ 200.000,00 era o próprio
imóvel que valia este valor. Aliás, uma retomada era até – segundo afirmavam –
vantajosa, uma vez que se lucraria duplamente com a venda do duas
vezes do mesmo bem!
Ocorre que o bom senso deixou de prevalecer e assim a alavancagem
(empréstimos sobre o patrimônio) de muitos bancos de investimento, superava
em mais de 400% seu patrimônio líquido, e como a história irá nos mostrar, com
a quebra do mercado subprime, estes bancos não tinham qualquer aporte de
capital para honrar seus compromissos juntos aos investidores, resultado: quebra
generalizada.
Assim, quando as taxas de juros baixas geraram consumo acima da
capacidade produtiva, tivemos a volta da inflação e, como era de se esperar a
autoridade monetária do FED, elevou a taxa de juros para 6% ao ano, o que para
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nós no Brasil é até baixa, porém, para os americanos isto é seis vezes mais que
eles vinham pagando.
Restou a inadimplência para os do mercado subprime, e com isto a retomada
dos imóveis, e sua imediata colocação a venda novamente.
Porém, diante de um quadro de incertezas que expusemos acima, o americano
que ainda tinha dinheiro para compra da casa própria resolve não o fazer e
guardar dinheiro para uma eventual situação adversa futura.
Assim os imóveis obedeceram a Lei da Oferta e Demanda: quando a oferta
de imóveis foi maior que a demanda, seus preços se desvalorizaram, e como
numa cascata tivemos:
 Incapacidade de novas vendas
 Quebra do setor imobiliário
 Quebra dos Bancos de Investimento
 Elevados prejuízos para os Bancos Comerciais, Fundos de Pensão e
Soberanos, dentre outros investidores, que haviam colocado dinheiro no
mercado subprime de olho dos juros mais elevados pagos por esses.
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O Espalhamento da Crise para a Economia Real
Todos nós diariamente nos deparamos com um fenômeno que virou
verdadeira panacéia – explicação para tudo – em termos de economia, política e
cultura: a globalização!
Gosto de lembrar aos meus alunos, que globalização nada mais é do
que o aumento das trocas em escala global, que embora não incluindo a
tudo e a todos (falaremos disto em aula posterior) de certa forma cria
interdependência entre aqueles que dela comungam.
Desta forma, quando bancos comerciais tem prejuizos astronômicos com o
mercado subprime – via de regra – passam a ter a seguinte atuação:
 Retiram dinheiro do mercado (enxugamento da liquidez), pela aversão ao
risco de novos calotes;
 Encurtamento de prazo para novos financiamentos;
 Elevação da taxa de juros, para novos contratos;
Ora, dificilmente temos muitas pessoas amantes dos bancos – a não ser é
claro, seus proprietários/acionistas – mas devemos reconhecer que como
intermediadores financeiros, são eles a fornecer o crédito necessário para os
investimentos produtivos e consumo, que afinal, geram crescimento
econômico, emprego e renda.
Portanto, quando bancos tomam as decisões acima relatadas, a economia
real (produção de bens e serviços) fica seriamente comprometida, e aquilo que
era algo somente relativo aos EUA, passam a afetar todo o mundo.
Um exemplo para voce entender mehor: 1/3 aproximadamente do crédito
interno brasileiro é captado no exterior. Com as medidas acertadas acima, o
resultado no Brasil, foi a queda do consumo e investimento, como a observada
em 2009 – cujo crescimento do PIB foi negativo em 0,2% - e assim nosso país
que diretamente nada tem a ver com a crise gestada nos EUA sofreu
amargamente as consequências.
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Não bastasse este fato, como o Brasil é grande exportador de commodities
agropecuárias e minerais, viu o preço destes produtos desabar – dada a queda
da demanda – e ainda os volumes exportados também diminuir, resultado: além
da queda do PIB citada, tivemos o aumento do desemprego nacional.
Vários fatos ainda se somam a estes, como a incapacidade do FMI (Fundo
Monetário internacional) em detectar os primeiros sinais da crise, e após sua
instalação, a inabilidade em lidar com a mesma.
Fato este que gera forte pressão pela reforma do Fundo, inclusive para melhor
representar os países emergentes, dentre eles, com destaque para os BRICS
(Brasil, Rússia, India, China e África do Sul).
Panorama econômico atual da Europa
Com a interligação dos mercados financeiros, a tragédia agora pairava
sobre a Europa, onde países da União Europeia, haviam se comprometido desde
o Tratado de Maastricht da década de 1990 -que instituiu a U.E - a manter seu
déficit anual em no máximo 3% do PIB.
Fato este nunca cumprido, nem mesmo pela poderosa Alemanha – mas que
vinham girando na casa de mais de 9% para muitos membros.
Assim, diante da crise de crédito, muitos países a exemplo da Grécia,
passaram a ter imensas dificuldades na rolagem de sua dívida, o que
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obviamente comprometia todo o bloco, já que, a Grécia fazia parte também da
zona do Euro.
A Zona do Euro é um termo utilizado para fazer referência aos países que
utilizam o Euro como moeda comum. Desta forma, podemos dizer que a Zona
do Euro é uma união monetária estabelecida dentro da União Europeia.
Vale lembrar que nem todos os países da União Europeia utilizam
o Euro como moeda oficial.
Diante da incapacidade de honrar seus compromissos, recorreu a U.E que
junto com o FMI, já concedeu mais de 200 bilhões de euros em empréstimo, mas
que até o momento não foi capaz de solucionar o “rombo” nas contas nacionais.
Medidas de austeridade foram impostas, tais como:
 Elevação da carga tributária
 Redução dos investimentos e demais gastos públicos
 Congelamento de salários e pensões
 Maior fiscalização bancária, etc.
Todavia a percepção generalizada é que tais medidas – a curto prazo – mais
agravam que solucionam o problema, gerando desemprego, queda do PIB,
falências e mais pobreza.
Fica claro também, a necessidade de renegociação de sua dívida e o
reconhecimento de sua incapacidade de pagamento no curto e médio prazo.
Ocorreu ainda o espalhamento da crise para o grupo dos PIIGS (sigla em inglês
para: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), cujos dois primeiros já foram
socorridos pela dupla FMI/U.E.
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A Elevação do Teto do Endividamento Americano
Como vimos anteriormente, os EUA vinham de crises sucessivas:
 Quebra da bolsa Nasdaq
 Ataques de 11/09
 Política da Guerra ao terror
 Crise do mercado subprime
 Crise na Europa
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Não obstante estes fatos, você se lembra que em 02/08/2011 o
endividamento americano atingiria 100% do seu PIB – teto estabelecido pelo
Congresso americano, em anos anteriores.
A partir desta data, portanto, se o mesmo Congresso não autorizasse o
aumento do endividamento, os EUA – maior potência do mundo – não teria
condições de honrar seus compromissos.
O Congresso somente na última hora, com forte desgaste presidencial e
dos próprios congressistas, aprovou a elevação do teto da dívida. Alheio ao
debate político, o meio financeiro viu com muito maus olhos a demora em se
aprovar a elevação do teto da dívida.
Por este motivo, ao menos uma grande agência de rating (classificação)
resolveu baixar os títulos da dívida norte-americana de triplo A (AAA) para
AA+, o que coloca em xeque a capacidade americana de honrar seus
compromissos a médio e longo prazos.
Balanço da situação atual
Entre
os
analistas,
há
algum
consenso
em
torno
de
algumas
consequências da crise até aqui:
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 Encolhimento da produção mundial, do emprego, do consumo, da
riqueza e dos preços das matérias-primas
 Esse último item atingirá diretamente os grandes fornecedores da China,
como o Brasil.
 A crise será mais longa que a esperada e não há consenso sobre as
medidas a adotar
Quais medidas foram adotadas até o momento, para amenizar a crise?
De maneira geral há um abandono relativo de algumas ideias do
neoliberalismo, como a da não intervenção do Estado na economia e a aplicação
de medidas anticíclicas (neokeynesianas) de elevação do gasto estatal, redução
da carga tributária, aumento da quantidade de moeda na economia (aumento da
liquidez), tentativa de nova regulação financeira, etc.
Só os EUA já injetaram mais de US$ 1,8 trilhões em sua combalida
economia, com uma recuperação lenta até agora.
Desaceleração da Economia Chinesa
A China a partir de 1978 – Governo de Deng Xiopinp – passa a adotar um
regime hibrido de organização socioeconômica, trata-se do Socialismo de
Mercado.
No assinalado regime não há abertura política. Continuam a existir o
monopartidarismo (partido único – PCC Partido Comunista da China), não há
liberdade de imprensa, de ir e vir, organização e manifestação, contudo, são
criadas as ZEEs (Zonas Econômicas Especiais) onde valem as regras capitalistas
de mercado para a livre empresa, compra de fatores de produção e venda de
bens e serviços.
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As
Zonas
Econômicas
Especiais
consistem
em áreas
especificamente
destinadas para o direcionamento da atividade industrial a partir do
oferecimento de vantagens para atrair investimentos estrangeiros.
Os principais objetivos das ZEEs eram alavancar a produção industrial da China
– que se encontrava em crise desde a década de 1960 – e fortalecer o volume
total de exportações. Tais metas foram cumpridas com elevado sucesso e podem
ser consideradas como um dos principais meios pelos quais o modelo chinês
apresentou um grandioso sucesso em termos econômicos, tornando o Produto
Interno Bruto (PIB) do país o segundo maior do planeta.
A China passa então a apresentar uma série de vantagens locacionais para o a
abertura de atividades econômicas, vejamos:
 Uso de mão de obra muito barata e abundante;
 Melhor acesso às matérias-primas do país;
 Infraestrutura adequada para rápida exportação;
 Acesso ao amplo mercado consumidor do país sem a passagem dos
produtos por barreiras e tarifas alfandegárias;
 Baixos impostos locais, incluindo a isenção fiscal para a importação de
produtos e maquinários industriais;
O resultado foi um crescimento astronômico da China, que sai de um país agrário
e pobre para se tornar a 2ª maior potência econômica mundial.
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Todavia, tal crescimento era baseado fundamentalmente na plataforma
exportadora; com a crise mundial e a queda da demanda global, o gigante
desacelera seu crescimento, tendo impacto significativo para as economias que
são altamente exportadoras para a China como o Brasil.
As possíveis saídas para a crise
As abordagens para uma possível superação da crise passam por duas
grandes escolas de economia: neoclássica (neoliberal) e keynesiana.
Vejamos a saída neoclássica, atualmente sendo implementada na Europa.
Esta abordagem defende que a crise só terá solução quando os principais
indicadores macroeconômicos forem estabilizados, quais sejam: inflação,
déficit/dívida pública e saldo da balança comercial. Para tanto, propõe medidas
ortodoxas, basicamente envolvendo uma política fiscal contracionista, ou seja,
redução do gasto público e aumento da tributação.
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O argumento é que uma redução do déficit/endividamento do governo,
aumentaria a disponibilidade de capitais financeiros disponíveis – já que o
governo não precisaria de volumes imensos para cobrir seus gastos acima das
receitas – e assim, tornando disponível maior volume de poupança para
investimentos (aumento da capacidade produtiva) e consumo.
Da mesma forma a redução do gasto criaria um “ambiente favorável” –
aumento da confiança de todos na economia – provocando assim, a retomada do
crescimento.
Tal medida teria ainda o condão de conduzir a uma redução da inflação,
visto que a mesma não sofreria a “pressão” da demanda pública através de seus
gastos elevados. Resolvido a questão do déficit e inflação, a economia poderia
então retomar a trajetória de nova expansão.
O que os defensores destas teses não esclarecem é que há um elevado
custo socioeconômico envolvido. A “taxa de sacrifício” envolve a queda do PIB,
queda da poupança – provocada pela queda da renda -, queda da arrecadação
governamental (motivada pela queda do PIB), aumento do desemprego, etc.
Segundo seus formuladores seria o preço a se pagar pelos excessos de
outrora, no entanto, uma economia mais forte adviria do expurgo dos erros
cometidos na era da “exuberância irracional” – nas palavras (a posteriori) de Alan
Greenspan (ex-presidente do Banco Central dos EUA).
Há outra saída? Muitos acreditam que sim e se baseia nos ensinamentos
do economista britânico John Maynard Keynes, que na década de 1930 propunha
medidas anticíclicas para controlar uma recessão/depressão.
Estas medidas partem do pressuposto que uma economia em recessão
padece de insuficiência de demanda, ou seja, oferta de bens e serviços maiores
que a procura, causando queda da atividade econômica, desemprego, etc.
Para Keynes não há saída endógena, ou seja, a partir das firmas e famílias,
visto que ao se deparar com uma queda na demanda, as firmas reduzem a
produção, o que causa desemprego e queda na renda. Na iminência do
desemprego, ou já nesta condição, o trabalhador reduz a demanda, o que
provoca nova redução da oferta pela firma. É o chamado círculo vicioso!
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A saída seria um agente exógeno (externo) – neste caso o governo atuar
com medidas anticíclicas – para reverter o ciclo econômico, como o aumento do
gasto público e redução da tributação. Segundo Keynes o aumento do gasto
público – preferencialmente com obras públicas – geraria aumento da demanda,
forçando as firmas a aumentarem a oferta, gerando assim mais emprego e renda,
que ao menos parcialmente seriam canalizadas pelos trabalhadores para o
consumo, aumento da demanda. O círculo virtuoso!
Tal operação não estria isenta de problemas. Para fazê-lo o governo
tenderia a aumentar o déficit público e potencialmente a inflação. Keynes nos
afirma, contudo, que tais problemas poderiam ser equacionados quando o ciclo
de negócios voltasse ao círculo virtuoso, visto que, com o aumento da atividade
econômica, o governo pode reduzir o gasto e voltar com a tributação para o
patamar anterior, retirando a pressão sobre a demanda que causa inflação e,
pelo aumento da arrecadação tributária – advinda do maior PIB – reduzir o déficit
e dívida pública.
Quem está utilizando esta estratégia? Os dois principais são EUA e
China.
Já que conseguimos compreender a gênese da crise econômica mundial,
seus desdobramentos, consequências e possíveis saídas, é hora de vermos como
estas questões caíram em prova.
1. (Analista em Informações Geográficas e Estatísticas – IBGE)
CRISE MUNDIAL
"Há um paradoxo de difícil equacionamento para a superação da crise
global. A maioria está de acordo que um passo indispensável é a
recuperação americana (...)." ASSIS, José Carlos de. Jornal do Brasil. 13
fev. 2009.
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A atual crise da economia mundial se tornou evidente a partir do segundo
semestre de 2008, nos Estados Unidos. O episódio mais marcante dessa
evidência foi o momento em que o governo federal dos Estados Unidos
ofereceu
a) apoio aos soldados americanos no Iraque.
b) ajuda financeira aos bancos norte-americanos.
c) doação internacional aos refugiados da fome.
d) solidariedade aos presos políticos em Cuba.
e) oportunidade aos que buscam o primeiro emprego.
Comentário: A crise expôs o lado pernicioso da baixa regulação do Estado sobre
o mercado financeiro americano. Podemos observar assim, que diante da
quebradeira generalizada, o governo norte-americano, teve de injetar bilhões de
dólares na economia, além de praticamente “estatizar” a General Motors –
símbolo do “American Dream”, que tem 75% de seu capital comprado e agora
nas mãos dos governos americano e canadense, além do sindicato dos
trabalhadores da indústria automotiva, para evitar uma iminente falência.
Gabarito: B
2. (ANALISTA JUDICIÁRIO - STM - CESPE/UNB)
Entre as consequências da crise econômica dos Estados Unidos da
América, inclui-se o fortalecimento do euro em relação às demais
moedas, como se constata no reconhecimento dessa moeda, pelo FMI,
como referencial de valor nas transações comerciais internacionais.
COMENTÁRIO: De fato o dólar desde o final da segunda guerra mundial é moeda
de reserva e valor em todo o mundo, sobretudo a partir da década de 1970 com
o abandono do ouro como referência. Contudo, com a crise de 2008 os EUA já
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lançaram mão de mais de US$ 1,5 trilhões na economia, bem como o anuncio de
recompra de US$ 600 bilhões em títulos da dívida americana, o que deverá
ampliar a oferta da moeda no mercado mundial e por consequência desvalorizala, já que a mesma não é acompanhada de uma demanda a altura.
Assim moedas como o real e o euro se valorizam, e no caso da moeda única
europeia para a rivalizar com a moeda americana como referência para
transações comerciais.
Gabarito: certo
3. (Polícia Civil - RN, CESP - Escrivão)
Iniciada nos EUA, a atual crise econômica dissemina-se mundialmente.
Sabe-se que uma das principais razões para que isso ocorra encontra-se
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no próprio estágio alcançado pela economia contemporânea, comumente
chamado de globalização, que tem, entre suas características mais
marcantes,
(A) a ampliação dos mercados mundiais e a crescente interdependência entre
os atores que nele atuam.
(B) o enrijecimento do conceito de fronteiras nacionais, que incentiva as práticas
econômicas liberais.
(C) a ausência de mecanismos de regulação do comércio internacional, que leva
ao rigor protecionista.
(D) a distribuição mais equânime da riqueza produzida, que reduz os níveis de
pobreza no mundo.
(E) o desaparecimento gradual da liberdade de circulação de produtos e de
capitais pelos mercados.
Comentário: A crise ao se tornar mundial, reforça o entendimento de que a
globalização econômico/financeira, atingiu tal proporção, que mesmo mercado
nacionais como o brasileiro, sem qualquer relação direta com o sistema financeiro
americano, sofra as consequências como se dele participasse.
Isto ocorre, devido as interligações bancárias, de crédito, investimento
(produtivo e especulativo), dentre outros aspectos, que fazem com que a
interdependência entre os atores globais (tais como: países, organismos
multilaterais como o FMI e o Banco Mundial, transnacionais, etc.).
E ainda, a ampliação dos mercados produtores, com transferências de
transnacionais para todo o globo e o crescimento do comercio mundializado,
torne o “descolamento” da crise virtualmente impossível.
Gabarito: A
4. (Polícia Civil - RN, CESP – Delegado de Polícia)
21
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Números
fechados
passado,
2,6
América
(EUA)
com
a
taxa
desde
1,1
de
milhões
de
perderam
população
milhão
2008
1982.
de
mostram
pessoas
seus
nos
vagas
novembro
cortadas.
ativa
e
do
taxa
de
ano
Unidos
Na
da
comparação
país,
dezembro,
A
no
Estados
empregos.
economicamente
Em
que,
é
houve
a
pior
mais
desemprego
de
subiu
de 6,8% para 7,2% no mês passado, a mais alta em 16 anos.
O
número
de
11
milhões,
com
desempregados
perdas
fortes
nos
em
EUA
supera
praticamente
os
todos
os
setores. Os dados aumentam a pressão sobre o recém empossado
presidente
Barack
desemprego
de
Obama.
imigrantes
Estudo
latinos
nos
mostra
EUA
cresceu
que
o
quase
o
dobro do aumento da taxa entre os não latinos. Folha de São Paulo,
10/1/2009, capa (com adaptações).
A
piora
registrar
carteira
Emprego
na
em
crise
dezembro
assinada
revelou
em
que
econômica
o
10
pior
resultado
anos.
foram
levou
O
para
Ministério
fechados
o
o
Brasil
emprego
do
654.946
a
com
Trabalho
postos
e
de
trabalho em dezembro, o pior resultado desde 1992. Jornal do Brasil,
20/1/2009, p. A21 (com adaptações).
A respeito da atual crise econômica mundial, com base nos textos acima,
assinale a opção correta.
a) embora grave, a crise permanece centrada em alguns setores da economia.
b) hoje, já existe consenso quanto à dimensão e aos desdobramentos da crise.
c) No Brasil de hoje, o desemprego atinge, sobretudo, a economia informal
d) Apoiado por George W. Bush, Barack Obama foi eleito antes que a crise
explodisse nos EUA.
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e) A perda do emprego é a face social dramática das grandes crises econômicas.
Comentário: com a crise e a consequente queda da atividade econômica, as
empresas não tem justificativas suficientes para manter o mesmo quadro de
empregados. Assim as demissões tornam-se constantes, o que obviamente só
agrava ainda mais a crise, pois com o desemprego, cai a renda para consumo, e
assim seguidamente temos queda da produção, o que reforça as demissões. É o
círculo vicioso se instalando!
Gabarito: E
5. (Prova: CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário)
Com relação a atualidades no âmbito internacional, julgue os itens
subsequentes.
Com o propósito de combater a crise econômica e a desvalorização do
euro, o Banco Central Europeu reduziu o seu montante de dinheiro
circulante por meio da elevação dos juros.
( ) Certo ( ) Errado
Comentário: a elevação da taxa de juros, só tornaria o crédito ainda mais caro,
desestimulando investimentos e consumo, o que por sua vez, geraria queda do
PIB e desemprego, provocando mais crise. O que foi feito pelo BCE foi a
manutenção dos juros próximos em 1% a.a., o que estimula – teoricamente – o
consumo e assim tenta-se a reversão do quadro atual de crise.
Gabarito: errado
6. (Prova: CETAP - AL-RR - Analista de Sistemas)
Em atenção aos noticiários que divulgam a crise grega na União Europeia,
pode-se afirmar, EXCETO:
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a) A crise grega fez com que surgisse, na União Europeia, a ideia da criação de
um Fundo Monetário Europeu.
b) Todo o início da crise grega está relacionado às reivindicações da população
grega que sempre foi contra à inserção do país na União Europeia.
c) O fato ocorrido com a Grécia colocou em evidência as lacunas da união
monetária da União Europeia.
d) O motivo da crise na Grécia está associado à crise fiscal, seguida da revelação
de um déficit público muito mais importante que o previsto.
e) A taxa de pobreza na Grécia é de 20%, com um índice de desemprego que
atinge mais de 10%, e, além de tudo, ainda estão sendo aplicadas medidas que
incluem reduções salariais em cargos públicos e o aumento de idade para a
aposentadoria.
Comentário: A U.E constitui-se em um megabloco que denominamos de União
Econômico Monetária, assim todos os países membros acordam entre si, um
conjunto de regras econômicas/comerciais e políticas.
Quando da entrada da Grécia na União – apoiada pela população local - ela
comprometeu-se em manter seu déficit sobre controle - conforme regras de
Maastrich – mas não foi o que ocorreu ocasionando o descontrole das contas
públicas e revelando as fragilidades da associação continental europeia.
Gabarito: B
7. (Prova: FUNIVERSA - MPE-GO)
A grande crise da economia global começa a ser percebida como uma
série de eventos encadeados, mas imprevisíveis, sem que se conheça
onde será o próximo ataque. A dívida pública dos EUA, Japão, Inglaterra,
dos países da Zona do Euro, sobretudo os mediterrâneos, como Portugal,
Espanha, Itália e Grécia, está entre o espanto e o terror.
24
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Antônio
Machado.
Europa
em
Chamas.
In:
Correio
Braziliense,
15/5/2010, p. 19 (com adaptações).
Acerca do tema abordado pelo texto e de outros a ele relacionados,
assinale a alternativa correta.
a) A Inglaterra é mencionada separadamente dos países da Zona do Euro pelo
fato de não integrar a União Europeia e, portanto, não utilizar o euro como moeda
oficial.
b) Inferem-se do texto referências aos aspectos positivos do processo de
globalização.
c) Todos os países da União Europeia integram a chamada Zona do Euro.
d) A Irlanda, juntamente com os países mediterrâneos citados no texto, integra
o grupo chamado de PIIGS, um acrônimo pejorativo semelhante ao inglês pigs,
que significa porcos, e uma referência à sua fragilidade econômica.
e) Nos Estados Unidos, as medidas anticrise tomadas por Barack Obama, logo no
início de seu mandato, ancoraram-se nos velhos dogmas do neoliberalismo das
eras Reagan e Bush.
Comentário: O grupo dos PIIGS revelaram-se como parceiros extremamente
inabilidosos em conter seu crescente déficit e, portanto, do endividamento
nacional. Assim as fragilidades econômicas ficaram patentes, quando sem uma
ajuda FMI/U.E, o grupo tenderia a moradia das suas dívidas.
Gabarito: D
8. (Prova: FGV - CODESP-SP)
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Em relação à crise europeia, a chanceler alemã Ângela Merkel apoiou os
líderes da zona do euro na tentativa de evitar que a crise na Grécia se
espalhe para outros países, principalmente como
a) Inglaterra e França.
b) Portugal e Espanha.
c) França e Alemanha.
d) Rússia e Índia.
e) Itália e Áustria.
Comentário: O grupo dos PIIGS é formado por Portugal, Irlanda, Itália, Grécia
e Espanha.
Gabarito: B
9. (Prova: CESPE - TRT - 5ª Região (BA) - Técnico)
Infere-se do texto que, ante uma crise de grandes proporções, os
governos tendem a intervir na economia para salvá-la.
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( ) Certo
( ) Errado
Comentário: A tendência foi o abandono relativo das ideias clássicas do
liberalismo como a não intervenção do Estado na economia, e se partir para
medidas anticíclicas que demandavam maior intervenção estratégica do Estado.
Gabarito: Correto
10. (Prova: CESPE - TRT - 5ª Região BA-Técnico Judiciário)
A atual crise econômica teve sua origem nos Estados Unidos da América
ao atingir, em primeiro lugar, as indústrias.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário: O primeiro setor a se envolver com a crise foi o financeiro
americano, para posteriormente atingir a economia real, ou seja, a de produção
de bens e serviços.
Gabarito: Errado
11. (Prova: CESPE - TRT - 5ª Região BA-Técnico Judiciário)
Segundo o texto, apesar da redução dos investimentos, o consumo
continua em alta na Europa.
( ) Certo
( ) Errado
Comentário: O consumo foi diretamente afetado em todo o mundo e em especial
na Europa, pela queda da produção e do investimento e por consequência do
emprego, que faz reduzir a renda disponível para aquisições pelo consumidor.
Gabarito: Errado
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12. (CESPE - MPS - Técnico em Comunicação Social - Relações Públicas)
Apesar de a expansão de 1,3% da atividade no terceiro trimestre de 2009
ter ficado abaixo das projeções da equipe econômica, que esperava 2%,
o ministro Guido Mantega disse que o resultado do Produto Interno Bruto
(PIB) foi grande se comparado aos de outros países europeus. "Pibinho
é o da União Europeia, o nosso é Pibão. O resultado da Europa foi positivo
em apenas 0,4%, esse é que é o pibinho." O ministro ressaltou que houve
resultados negativos na Espanha e no Reino Unido. Mantega, no entanto,
admitiu que foi surpreendido pelos números. Anteontem, ele havia dito
que o crescimento no trimestre ficaria em torno de 2%, que, anualizado,
resultaria em um ritmo de crescimento de 8%. Folha de S.Paulo,
11/12/2009 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência
inicial, julgue os itens a seguir, a respeito da recuperação da economia
mundial em 2009.
Os Estados Unidos da América (EUA), mais uma vez, são o motor da
recuperação econômica mundial, como atestado pela menor taxa de
desemprego nos últimos 25 anos.
(
) certo
(
) errado
Comentário: Os EUA sucumbiram a crise e enfrenta uma das maiores taxas de
desemprego de todos os tempos. Na verdade, quem hoje ocupa a posição de
motor da recuperação são os países emergentes, em especial a China.
Gabarito: Errado
13. (INVESTE-SP, Vunesp - Assistente Administrativo)
Na véspera da reunião de cúpula dos 27 chefes de Estado e de governo
da União Europeia, (...) a moeda única desabou ao seu valor mais baixo
em dez meses, em relação ao dólar. Dois fatores motivaram a
desvalorização: o ceticismo do mercado com um acordo entre Alemanha
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e França para ajuda à Grécia e o rebaixamento da nota de dívida (...) pela
agência de classificação de risco Fitch.
O Estado de S.Paulo, 25.03.2010)
O país que sofreu esse rebaixamento foi
A) Irlanda do Norte.
B ) Bélgica.
C ) Portugal.
D ) Holanda.
E ) Eslováquia.
Comentário: Portugal recentemente teve sua nota rebaixada, diante da negativa
do parlamento em se aprovar o plano de austeridade econômica proposto pelo
1º Ministro José Sócrates. Este acabou renunciando e assim colocando ainda mais
incertezas sobre a capacidade portuguesa de honrar sua dívida.
Gabarito: C
14. (Prova: CESPE - CEHAP-PB - Todos os Cargos - Nível Superior
Considerando o texto acima apenas como referência inicial, assinale a
opção incorreta a respeito da atual crise econômica mundial.
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a) há consenso entre economistas e especialistas de que a crise financeira global
tem impacto de mesma proporção nas economias centrais e nos países
emergentes.
b) iniciada no campo financeiro, a crise alastrou-se para a chamada economia
real.
c) A desregulamentação excessiva do capital foi uma das causas relevantes para
a crise econômica mundial.
d) O crescimento modesto e (ou) mesmo a recessão são fatos que já se notam
nas economias desenvolvidas.
Comentário: O impacto da crise – até o momento – não se fez sentir de maneira
idêntica entre os países centrais e emergentes. Pelo contrário, o que observamos
é a deterioração acelerada das contas públicas e queda do PIB acentuada nos
países centrais e crescimento – ainda que menor – nos emergentes, além é claro
de uma situação das contas públicas, sensivelmente melhores.
Gabarito: A
Bom pessoal, com isso chegamos ao fim de nossa primeira aula!
Temos muito ainda que ver Realidade Nacional e em especial de Goiás, que
continuará sendo o tema de nossa aula 01.
Por isso, fica aqui o meu convite para nos vermos em breve!
Um forte abraço e até a APROVAÇÃO!!!
Alex Mendes
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Questões propostas
1. (Analista em Informações Geográficas e Estatísticas – IBGE)
CRISE MUNDIAL
"Há um paradoxo de difícil equacionamento para a superação da crise
global. A maioria está de acordo que um passo indispensável é a
recuperação americana (...)." ASSIS, José Carlos de. Jornal do Brasil. 13
fev. 2009.
A atual crise da economia mundial se tornou evidente a partir do segundo
semestre de 2008, nos Estados Unidos. O episódio mais marcante dessa
evidência foi o momento em que o governo federal dos Estados Unidos
ofereceu
a) apoio aos soldados americanos no Iraque.
b) ajuda financeira aos bancos norte-americanos.
c) doação internacional aos refugiados da fome.
d) solidariedade aos presos políticos em Cuba.
e) oportunidade aos que buscam o primeiro emprego.
2. (ANALISTA JUDICIÁRIO - STM - CESPE/UNB)
Entre as consequências da crise econômica dos Estados Unidos da
América, inclui-se o fortalecimento do euro em relação às demais
moedas, como se constata no reconhecimento dessa moeda, pelo FMI,
como referencial de valor nas transações comerciais internacionais.
31
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COMENTÁRIO: De fato o dólar desde o final da segunda guerra mundial é moeda
de reserva e valor em todo o mundo, sobretudo a partir da década de 1970 com
o abandono do ouro como referência. Contudo, com a crise de 2008 os EUA já
lançaram mão de mais de US$ 1,5 trilhões na economia, bem como o anuncio de
recompra de US$ 600 bilhões em títulos da dívida americana, o que deverá
ampliar a oferta da moeda no mercado mundial e por consequência desvalorizala, já que a mesma não é acompanhada de uma demanda a altura.
Assim moedas como o real e o euro se valorizam, e no caso da moeda única
europeia para a rivalizar com a moeda americana como referência para
transações comerciais.
3. (Polícia Civil - RN, CESP - Escrivão)
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Iniciada nos EUA, a atual crise econômica dissemina-se mundialmente.
Sabe-se que uma das principais razões para que isso ocorra encontra-se
no próprio estágio alcançado pela economia contemporânea, comumente
chamado de globalização, que tem, entre suas características mais
marcantes,
(A) a ampliação dos mercados mundiais e a crescente interdependência entre
os atores que nele atuam.
(B) o enrijecimento do conceito de fronteiras nacionais, que incentiva as práticas
econômicas liberais.
(C) a ausência de mecanismos de regulação do comércio internacional, que leva
ao rigor protecionista.
(D) a distribuição mais equânime da riqueza produzida, que reduz os níveis de
pobreza no mundo.
(E) o desaparecimento gradual da liberdade de circulação de produtos e de
capitais pelos mercados.
4. (Polícia Civil - RN, CESP – Delegado de Polícia)
Números
fechados
passado,
2,6
América
(EUA)
com
a
taxa
desde
1,1
de
milhões
perderam
população
milhão
1982.
de
de
2008
mostram
pessoas
seus
vagas
novembro
cortadas.
e
A
ativa
do
de
ano
Unidos
Na
da
comparação
país,
dezembro,
taxa
no
Estados
empregos.
economicamente
Em
nos
que,
é
houve
a
pior
mais
desemprego
de
subiu
de 6,8% para 7,2% no mês passado, a mais alta em 16 anos.
O
número
de
11
milhões,
com
desempregados
perdas
fortes
nos
em
EUA
supera
praticamente
todos
os
os
setores. Os dados aumentam a pressão sobre o recém empossado
presidente
desemprego
Barack
de
Obama.
imigrantes
latinos
Estudo
nos
mostra
EUA
cresceu
que
o
quase
o
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dobro do aumento da taxa entre os não latinos. Folha de S.Paulo,
10/1/2009, capa (com adaptações).
A
piora
registrar
carteira
Emprego
na
em
crise
dezembro
assinada
revelou
em
que
econômica
o
10
pior
resultado
anos.
foram
levou
O
para
Ministério
fechados
o
o
Brasil
emprego
do
654.946
a
com
Trabalho
postos
e
de
trabalho em dezembro, o pior resultado desde 1992. Jornal do Brasil,
20/1/2009, p. A21 (com adaptações).
A respeito da atual crise econômica mundial, com base nos textos acima,
assinale a opção correta.
a) embora grave, a crise permanece centrada em alguns setores da economia.
b) hoje, já existe consenso quanto à dimensão e aos desdobramentos da crise.
c) No Brasil de hoje, o desemprego atinge, sobretudo, a economia informal
d) Apoiado por George W. Bush, Barack Obama foi eleito antes que a crise
explodisse nos EUA.
e) A perda do emprego é a face social dramática das grandes crises econômicas.
5. (Prova: CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário)
Com relação a atualidades no âmbito internacional, julgue os itens
subsequentes.
Com o propósito de combater a crise econômica e a desvalorização do
euro, o Banco Central Europeu reduziu o seu montante de dinheiro
circulante por meio da elevação dos juros.
( ) Certo ( ) Errado
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6. (Prova: CETAP - AL-RR - Analista de Sistemas)
Em atenção aos noticiários que divulgam a crise grega na União Europeia,
pode-se afirmar, EXCETO:
a) A crise grega fez com que surgisse, na União Europeia, a ideia da criação de
um Fundo Monetário Europeu.
b) Todo o início da crise grega está relacionado às reivindicações da população
grega que sempre foi contra à inserção do país na União Europeia.
c) O fato ocorrido com a Grécia colocou em evidência as lacunas da união
monetária da União Europeia.
d) O motivo da crise na Grécia está associado à crise fiscal, seguida da revelação
de um déficit público muito mais importante que o previsto.
e) A taxa de pobreza na Grécia é de 20%, com um índice de desemprego que
atinge mais de 10%, e, além de tudo, ainda estão sendo aplicadas medidas que
incluem reduções salariais em cargos públicos e o aumento de idade para a
aposentadoria.
7. (Prova: FUNIVERSA - MPE-GO)
A grande crise da economia global começa a ser percebida como uma
série de eventos encadeados, mas imprevisíveis, sem que se conheça
onde será o próximo ataque. A dívida pública dos EUA, Japão, Inglaterra,
dos países da Zona do Euro, sobretudo os mediterrâneos, como Portugal,
Espanha, Itália e Grécia, está entre o espanto e o terror.
Antônio
Machado.
Europa
em
Chamas.
In:
Correio
Braziliense,
15/5/2010, p. 19 (com adaptações).
Acerca do tema abordado pelo texto e de outros a ele relacionados,
assinale a alternativa correta.
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a) A Inglaterra é mencionada separadamente dos países da Zona do Euro pelo
fato de não integrar a União Europeia e, portanto, não utilizar o euro como moeda
oficial.
b) Inferem-se do texto referências aos aspectos positivos do processo de
globalização.
c) Todos os países da União Europeia integram a chamada Zona do Euro.
d) A Irlanda, juntamente com os países mediterrâneos citados no texto, integra
o grupo chamado de Piigs, um acrônimo pejorativo semelhante ao inglês pigs,
que significa porcos, e uma referência à sua fragilidade econômica.
e) Nos Estados Unidos, as medidas anticrise tomadas por Barack Obama, logo no
início de seu mandato, ancoraram-se nos velhos dogmas do neoliberalismo das
eras Reagan e Bush.
8. (Prova: FGV - CODESP-SP)
Em relação à crise europeia, a chanceler alemã Ângela Merkel apoiou os
líderes da zona do euro na tentativa de evitar que a crise na Grécia se
espalhe para outros países, principalmente como
a) Inglaterra e França.
b) Portugal e Espanha.
c) França e Alemanha.
d) Rússia e Índia.
e) Itália e Áustria.
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9. (Prova: CESPE - TRT - 5ª Região (BA) - Técnico)
Infere-se do texto que, ante uma crise de grandes proporções, os
governos tendem a intervir na economia para salvá-la.
( ) Certo
( ) Errado
10. (Prova: CESPE - TRT - 5ª Região BA-Técnico Judiciário)
A atual crise econômica teve sua origem nos Estados Unidos da América
ao atingir, em primeiro lugar, as indústrias.
( ) Certo
( ) Errado
11. (Prova: CESPE - TRT - 5ª Região (BA)-Técnico Judiciário)
Segundo o texto, apesar da redução dos investimentos, o consumo
continua em alta na Europa.
( ) Certo
( ) Errado
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12. (CESPE - MPS - Técnico em Comunicação Social - Relações Públicas)
Apesar de a expansão de 1,3% da atividade no terceiro trimestre de 2009
ter ficado abaixo das projeções da equipe econômica, que esperava 2%,
o ministro Guido Mantega disse que o resultado do Produto Interno Bruto
(PIB) foi grande se comparado aos de outros países europeus. "Pibinho
é o da União Europeia, o nosso é Pibão. O resultado da Europa foi positivo
em apenas 0,4%, esse é que é o pibinho." O ministro ressaltou que houve
resultados negativos na Espanha e no Reino Unido. Mantega, no entanto,
admitiu que foi surpreendido pelos números. Anteontem, ele havia dito
que o crescimento no trimestre ficaria em torno de 2%, que, anualizado,
resultaria em um ritmo de crescimento de 8%. Folha de S.Paulo,
11/12/2009 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência
inicial, julgue os itens a seguir, a respeito da recuperação da economia
mundial em 2009.
Os Estados Unidos da América (EUA), mais uma vez, são o motor da
recuperação econômica mundial, como atestado pela menor taxa de
desemprego nos últimos 25 anos.
(
) certo
(
) errado
13. (INVESTE-SP, Vunesp - Assistente Administrativo)
Na véspera da reunião de cúpula dos 27 chefes de Estado e de governo
da União Europeia, (...) a moeda única desabou ao seu valor mais baixo
em dez meses, em relação ao dólar. Dois fatores motivaram a
desvalorização: o ceticismo do mercado com um acordo entre Alemanha
e França para ajuda à Grécia e o rebaixamento da nota de dívida (...) pela
agência de classificação de risco Fitch.
O Estado de S.Paulo, 25.03.2010)
O país que sofreu esse rebaixamento foi
A) Irlanda do Norte.
B ) Bélgica.
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C ) Portugal.
D ) Holanda.
E ) Eslováquia.
14. (Prova: CESPE - CEHAP-PB - Todos os Cargos - Nível Superior
Considerando o texto acima apenas como referência inicial, assinale a
opção incorreta a respeito da atual crise econômica mundial.
a) há consenso entre economistas e especialistas de que a crise financeira global
tem impacto de mesma proporção nas economias centrais e nos países
emergentes.
b) iniciada no campo financeiro, a crise alastrou-se para a chamada economia
real.
c) A desregulamentação excessiva do capital foi uma das causas relevantes para
a crise econômica mundial.
d) O crescimento modesto e (ou) mesmo a recessão são fatos que já se notam
nas economias desenvolvidas.
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GABARITO
1. B
2. V
3. A
4. E
5. E
6. B
7. D
8. B
9. V
10.
F
11.
F
12.
F
13.
C
14.
A
40
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