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ETIÓPIA
A Etiópia se localiza no Cifre da África e é o segundo país mais populoso da África.
O HIV/AIDS é um dos principais problemas de desenvolvimento enfrentados pelo governo
no país. Casos de infecção de HIV foram descobertas no país em 1984.
Estimativas revelam que a previsão para 2010 é de 7 a 10 milhões de pessoas
infectadas. As guerras e situações de conflito no país contribuem significantemente para
alastrar o a doença, por exemplo, muitos soldados contraíram o vírus durante a guerra Civil
nos anos 80. Quando a guerra acabou em 1991 muitos soldados e prostitutas voltaram para
casa espalhando o vírus HIV/AIDS nas vilas e cidades.
. Infelizmente o governo da Etiópia não faz da AIDS um dos seus principais focos de
atuação, o país conta com poucos serviços públicos no combate ao HIV/AIDS. O país gasta
muito de seus esforços e recursos no conflito com a Eritreia. Assim, os projetos de combate
e prevenção são fundados e mantidos principalmente por ONG’s. A própria ONU já enviou
mensagens de alerta para o governo pedindo maior atenção no assunto.
As ONG’s
representam um papel extremamente importante no combate ao HIV/AIDS. De acordo com
informações divulgadas pela PHR (The Partnerships for Health Reform) em 2001, toda
atividade relacionada a doença é realizada pelas ONG’s.
A Etiópia nunca teve um sistema de saúde pública viável devido aos vários anos de
conflito e escassez de recursos. O governo deve buscar assistência internacional nesse
aspecto para ampliar sua infra-estrutura na área da saúde. Em 1985 o país dissolveu uma
unidade de coordenação de HIV/AIDS (The HIV/AIDS coordination unit) e em 1998 foi
estabelecida uma coordenação federal juntamente com comitês regionais com o objetivo de
estabelecer e implementar entre 2000-2004 um programa fundado pelo World Bank.
No final de 1999, estimava-se que 3 milhões de pessoas na Etiópia estavam
infectadas com HIV, tornando está a terceira maior população infectada do mundo atrás
apenas da África do Sul e da Índia. Ainda segundo dados divulgados pela UNAIDS em 2000
estima-se que 280.000 pessoas morreram de AIDS no país.
Durante a Conferência da UNAIDS 2001 o país deve buscar aumentar seus
investimentos para o combate e prevenção do HIV/AIDS e concentrar esforços nessa área.
A delegação deve buscar a construção de um plano estratégico e para isso é preciso apoio
da comunidade internacional.
Segundos dados divulgados pelo World Bank, divulgados em 2000 no ano de 1995
quase metade de todos os jovens e 70% de todas as mulheres acima de 15 anos eram
analfabetos. Nos anos 90 o uso de contraceptivo entre as mulheres era de apenas 4%, o
segundo índice mais baixo do mundo. A expectativa de vida em 1998 era de apenas 43
anos, o quarto mais baixo do mundo. O crescimento anual de da população do país entre
1980 e 1998 era de 2,7% com previsão de queda para 2,1% no período entre 1998-2015
resultante da epidemia de AIDS no país. Esses dados deixam claro como a AIDS está
associada à pobreza do país.
A prevalência de HIV/ADIS entre indivíduos de 15 a 49 anos no país nos anos 80 era
baixa, mas acelerou consideravelmente durante os anos 90, subindo de 3,2% e 1993 para
10,6% em 1999, segundo dados divulgados pela Western Michigan University em 2000.
A AIDSCAP divulgou em 2001 que dentre os fatores que contribuem para o rápido
alastramento do HIV estão: a migração sazonal de trabalhadores a procura de melhores
condições de vida, aumento assim o quantidade de parceiros sexuais do individuo. O
deslocamento de pessoas devido a Guerra Civil, o aumento da atividade sexual entre jovens
e o alto índice de desemprego.
Em 2000 o “AIDS surveillance system of the Ministry of Health” baseado em
relatórios mensais concluiu que aproximadamente 400.000 casos de HIV se espalham
porque a maioria das pessoas doentes e que vivem no campo não tem acesso a hospitais.
Além do difícil acesso a hospitais o erro de diagnóstico também é muito comum no país o
que agrava ainda mais a situação dos pacientes.
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2000 aponta que o predomínio
do HIV na população sexualmente ativa entre 15 e 49 anos nas áreas urbanas da Etiópia é
de 13,4%. 16,8 % em Addis Ababa e aproximadamente 5% nas áreas rurais.
Crianças, adolescentes e jovens adultos se tornaram um grupo de risco nos últimos
anos. Estima-se que 250.000 crianças estavam infectadas em 2000 e 11,9% de mulheres e
7,5% de homens entre 15 e 24 anos. Estima-se ainda, de acordo com dados divulgados
pelo Ministério da Saúde e pela UNAIDS em 2000, que em 1999 existiam 1,2 milhões de
crianças órfãs devido a AIDS.
Apesar de uma redução nos números de HIV/AIDS no país como podemos observar
nos gráficos 1 e 2, o governo da Etiópia ainda tem um longo caminho para superar essa
epidemia de HIV/AIDS que aflige o país desde 1984. Nesta Conferência a delegação deve
se comprometer a redução das taxas de HIV/AIDS. Deve também melhorar a saúde pública
do país, buscando para isso acordo com demais países do cenário internacional e suporte
nas ONG’s. A respeito da atuação das ONG’s no país, estas devem se manter ativas, no
entanto o governo precisa reajustar seus investimentos para que a maior parte de projetos e
ajuda dada a população soropositiva e sua família seja distribuída pelo governo e não pelas
organizações. O país precisa investir na prevenção da epidemia e no auxílio a jovens e
crianças órfãs.
Gráfico 1. Estimativa do número de crianças e adultos mortos pelo HIV/AIDS na Etiópia
Fonte: unaids.org
Gráfico 2. Taxa de predomínio de HIV/AIDS em adultos na Etiópia;
Fonte: unaids.org
Fontes: ICA; UNAIDS; (ScholarWorks at WMU); AIDSCAP; IndexMundi
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