sistema econômico e os problemas fundamentais da economia

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ECONOMIA 2010 PROFª EDINEIDE
SISTEMA ECONÔMICO E OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA
O Sistema Econômico destina-se, pois, a cumprir três funções precípuas, a saber: em
primeiro lugar, ele deve permitir critérios coerentes para a tomada de decisões; em
segundo lugar, cumpre-lhe estabelecer mecanismos aptos à concatenação dessas
decisões ; por último, cabe-lhe, ainda estabelecer uma forma de controle das mesmas
decisões, a fim de impedir ou eliminar aquelas desalinhadas ou discrepantemente
tomadas.
Ou seja a organização da prática de toda a atividade econômica, compreendida entre
produção, circulação, distribuição e consumo, denomina-se Sistema Econômico
A análise do funcionamento do Sistema Econômico pode ser desenvolvida através de dois
estudos; (A) Microeconômico: onde são observados os comportamentos individuais dos
consumidores e produtores, (B) Macroeconômico: onde é analisado o funcionamento
global do Sistema Econômico.
O Sistema Econômico é composto por quatro agentes: Famílias – Empresa – Governo –
Setor Externo
As relações econômicas entre os agentes são representadas por dois fluxos: (1) fluxo real:
que engloba os fatores de produção e os produtos, (2) fluxo monetário: que representa os
pagamentos pelos produtos e as rendas dos fatores de produção.
Podemos agrupar as atividades desenvolvidas no Sistema Econômico pelos agentes em
três setores, são eles:
SETOR PRIMÁRIO neste setor, estão classificadas as atividades relacionadas à
agricultura, pesca, pecuária e extrativas.
SETOR SECUNDÁRIO setor, estão classificadas as atividades relacionadas à indústria
extrativa mineral, indústria de transformação e a indústria da construção.
SETOR TERCIÁRIO setor, estão classificadas as atividades relacionadas ao comércio,
bancos, transportes, serviços pessoais, governo, comunicações e outros serviços.
Neste sistema econômico, não faria sentido alguém se dedicar a produzir um bem não
desejado por quem quer que seja . Isto equivaleria a jogar fora fatores de produção raros,
os quais poderiam ser usados no atendimento de outras necessidades. Como é crucial,
por alguma forma, quem se dispõe a produzir precisa receber um sinal ou um aviso
quanto ao que produzir.
Mas não é só. O produtor precisa também de um sinal ou de um aviso a respeito de como
produzir. Não é indiferente à sociedade seja um dado artigo colocado à sua disposição
mediante ao uso excessivo e desabusado de fatores de produção, sempre escassos. Pelo
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contrário, interessa a todos se saque o menos possível da reserva de recursos
disponíveis , a fim de sobejarem para serem aproveitados na satisfação de necessidades
até então desatendidas. Claramente, o problema aqui não é técnico, mas econômico. A
agronomia, a tecnologia industrial, a engenharia, a medicina explorarão os métodos
passíveis de cultivo, de produção ou de cura. A Economia indicará os socialmente
racionais. Assim, muito embora possível, não é desejável a produção de automóveis com
a utilização de chapas de ouro.
Uma vez materializada a produção, há de se estabelecer algum critério segundo o qual
ela seja distribuída por entre os membros da sociedade. Esta decisão envolve a escolha,
sempre difícil e delicada, das pessoas e dos grupos cuja necessidade serão priorizadas e
da extensão em que isto se dará. A se imaginar o todo produzido como um enorme bolo,
de alguma maneira será preciso determinar o número dos quinhoados com as maiores ou
melhores fatias, o daqueles que receberão as médias ou os menores e dos que deverão
se resignar com as migalhas.
São, pois, três as grandes questões a comporem o chamado problema econômico,
problema com o qual desde as hordas pré-históricas até as modernas sociedades da era
pós-industrial a humanidade sempre teve de conviver e continuará convivendo. Ele pode
ser cifrado ou sintetizado pelas três seguintes interrogações:
- O que e quanto
PRODUZIR ?
- Como
Pra quem
Na sua aparente simplicidade, elas envolvem matérias complexíssimas que vão desde a
origem de toda a trama da organização social até a mais alta indagação quanto ao destino
e à razão de ser do homem, passando por difíceis aspectos até de natureza tecnológica.
Em última análise, é para o equacionamento – não solução – daquelas três perguntas que
se estruturam os sistemas econômicos, plasmando-se as instituições, as quais, por seu
turno, configurarão os diversos ordenamentos jurídicos. Neste sentido a expressão
sistema econômico será aqui utilizada, sendo também empregada, como sinônima, a
expressão regime econômico, muito embora alguns autores procurem estabelecer uma
distinção entre ambas.
Os três modelos básicos – Não é preciso insistir quanto à dificuldade, senão
impossibilidade, de se tentar apreender por meio da observação direta a enorme
variedade dos sistemas econômicos vigentes no mundo em qualquer época. Um
emaranhado de detalhes, de leis, de usos e costumes, de prática do dia-a-dia, de decisões
judiciais e de recomendações doutrinárias toldariam a percepção exata da mecânica de
funcionamento de cada um deles. Vamos simplificá-los drasticamente a realidade dos
sistemas econômicos para analisá-los apenas nos seus traços essenciais. Para tanto,
imaginar-se-á que eles operem obstinadamente aferrados a um único critério, a um único
princípio motor.
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Três são esses critérios básicos a que se podem reduzir os sistemas econômicos,
independentemente de considerações de tempo e espaço. Em outras palavras, são três os
seus modelos fundamentais, identificados respectivamente por um dos seguintes critérios:
TRADIÇÃO, AUTORIDADE E AUTONOMIA
Cada um desses modelos estão baseados em diferentes pressupostos psicológicocomportamentais, os quais dão origens também a diferentes mecanismos de
funcionamento pelos quais operam.
O pressuposto psicológico-comportamental do Sistema de Tradição é a adesão a um
conjunto bastante amplo de valores de índole mágico-religiosa.
O pressuposto do sistema de autoridade é a crença na capacidade de previsão e de
execução do órgãos centrais de direção da economia e, negativamente, a descrença nas
virtudes do sistema alternativo, de autonomia.
O sistema de autonomia tem como pressuposto a crença na capacidade coordenadora do
mercado e o princípio hedonista.
A vivência concreta dos vários povos mostra que historicamente tem havido combinações
em proporções diversas desses três modelos, originando-se famílias de sistemas,
conforme a predominância de cada um daqueles modelos.
Os elementos básicos de um sistema econômicos são:
o Estoques de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui se incluem os
recursos humanos (trabalho, e capacidade empresarial), o capital, a terra, as
reservas naturais e a teconologia;
o Complexo de unidades de produção: constituídos pelas empresas
o Conjunto de instituições políticas, jurídicas. Econômicas e sociais: que são a base
da organização da sociedade.
Os Sistemas econômicos podem ser classificados em:
Sistema capitalista, ou economia de mercado. É regido pelas forças de
mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores
de produção;
Sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda economia planificada.
Nesse sistema as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um
órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos
fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção,
englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos, matéris-primas
Os países
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