original / originals Eletrocardiografia: um método útil na seleção de animais de experimentação Electrocardiography: a Useful Method in the Selection of Animals Daiane Cristina Christofoletti Mestranda do curso de Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP [email protected] Vitor Alexandre Pezolato Mestrando do curso de Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP [email protected] Marcos Fábio Ribeiro de Abreu Mestrando do curso de Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP [email protected] André Lico Mascarin Graduando em Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP [email protected] Carlos Alberto da Silva Prof. Dr. do Curso de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP [email protected] Correspondência: [email protected] Resumo Animais de experimentação são importantes para o desenvolvimento e aquisição de novas descobertas científicas. No entanto, para garantir uma pesquisa de boa qualidade, com resultados fidedignos, é de extrema importância avaliar o estado de saúde deles. O eletrocardiograma (ECG) é um método muito utilizado no diagnóstico de doenças cardiovasculares tanto no homem quanto nos animais em estudos experimentais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil eletrocardiográfico em ratos adultos, com o intuito de contribuir para o aprimoramento na seleção de animais destinados à experimentação. Utilizou-se 50 ratos Wistar, os quais foram anestesiados com pentobarbital sódico (40 mg/kg/ip) e submetidos à avaliação da atividade elétrica cardíaca através do ECG. Os resultados dos registros eletrocardiográficos revelaram a presença de taquicardia e bradicardia sinusal e, no que se refere ao dromotropismo, observou-se arritmia, foco migratório atrial e a presença de extrassístoles em 10% dos ratos adultos. Na análise dos padrões das ondas eletrocardiográficas, encontrou-se uma grande variação na voltagem da onda S e indicativos de ausência de onda P em 17% dos registros analisados. Concluiu-se que o eletrocardiograma é um importante instrumento não invasivo e útil para detectar alterações patológicas cardíacas, podendo auxiliar na seleção de animais destinados à experimentação. Palavras-chave eletrocardiografia; ratos; sistema de condução cardíaco. Abstract The experimentation animals are important for the development and acquisition of new scientific founds. However to ensure a good quality research with reliable results, is extremely important to assess their health status. The electrocardiogram (ECG) is a widely used method in the diagnosis of cardiovascular diseases both in humans as in experimental animals. Thus, the objective of this study was to evaluate the electrocardiographic profile in adult rats, in order to contribute for the improvement on the animals selection for experimentation. It were used 50 wistar rats, anesthetized with pentobarbital sodium (40 mg/kg/ip) and submitted to electrical cardiac activity evaluation by ECG. The results of electrocardiographic recordings revealed the presence of tachycardia and bradycardia sinus as regards to dromotropism it was observed arrhythmia, atrial migration focus and presence of extrasystoles in 10% of the adult rats. In the analysis of the electrocardiographic pattern waves, it was observed a wide variation in the voltage of the S wave and indicative of P wave absence in 17% of the analyzed records. We conclude that the ECG is an important noninvasive instrument, and useful to detect cardiac pathological alterations, and may assist in the selection of animals for experimentation. Keywords electrocardiography; rats; heart conduction system. Sáude em Revista Eletrocardiografia: um método útil na seleção de animais de experimentação DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1244/sr.v13n33p39-46 39 Daiane Cristina Christofoletti et al. Introdução Constantemente a humanidade é contemplada com novos avanços tecnológicos que contribuem para o bem-estar e a extensão das expectativas de vida; no entanto, a comunidade científica não consegue imitar a complexidade das interações entre as células, tecidos e órgãos que ocorrem nos seres vivos. Com o objetivo de entender essas interações e facilitar o desenvolvimento de novos tratamentos, diferentes cientistas elegem os animais, em sua maioria ratos e camundongos, como modelo experimental, visto a expressiva compatibilidade gênica com os humanos.1,2 Na prática científica, há regulamentações e orientações demonstrando a preocupação com a boa ciência e, ao mesmo tempo, com o bem-estar do animal. Um protocolo experimental implica na interação de agentes físicos, químicos ou biológicos com animais de laboratório; assim, de acordo com o caráter experimental são de fácil manutenção e permitem que se trabalhe com um número variável de indivíduos, possuem ciclos vitais curtos (gestação, amamentação e puberdade), permitem a padronização genética e do ambiente.3 Em suma, o modelo animal a ser escolhido deve ser aquele que melhor responda ao experimento e possibilite sua reprodução, de maneira que qualquer pesquisador possa ter acesso aos mesmos resultados. Pesquisadores ligados à área cardiovascular convergem suas ações ao estudo do equilíbrio homeostático do músculo cardíaco, alterações anatômicas, histológicas e/ou fisiológicas, ou ainda, às diferentes nuances de controle da pressão arterial. Estes cientistas utilizam, em suas análises, protocolos aplicados em ratos, não declarando a metodologia aplicada na seleção dos animais na 40 fase que antecede os procedimentos experimentais.4,5,6,7 Há diferentes metodologias utilizadas na avaliação das funções cardíacas, entre elas, o eletrocardiograma (ECG), que é um método amplamente utilizado no diagnóstico de doenças cardiovasculares tanto no homem quanto nos animais em estudos experimentais. A eficiência do ECG mostra que é um método fidedigno no diagnóstico de alterações cardíacas, uma vez que, uma série de alterações funcionais refletem as mudanças na propagação do potencial de ação no músculo cardíaco, alterando as ondas do ECG ou os respectivos intervalos representativos das vias de condução.8,9 Entre as principais alterações classicamente observadas, encontram-se as modificações na amplitude e tempo de duração das ondas ou ainda aumento nos intervalos que podem ter origem congênita, anormalidades nos canais de sódio ou potássio, distúrbios metabólicos ou anormalidades elétricas ocasionadas por modificações anatomo-fisiológicas.10 No que se refere ao significado funcional das ondas eletrocardiográficas, é sabido que o intervalo PR mostra o tempo de condução nas câmaras atriais. Já o intervalo QT corresponde ao tempo necessário para a completa excitação elétrica e a recuperação dos ventrículos, sendo, portanto, a medida da duração da sístole elétrica, ou seja, é a duração total da atividade elétrica ventricular. O intervalo QT varia inversamente com a frequência cardíaca (FC), de modo que, quanto maior a FC, menor o QT e vice-versa. Assim, ele deve ser corrigido em relação à FC, gerando o QTc, que é preferencialmente usado para detecção da heterogeneidade da repolarização ventricular, sendo um marcador de arritmogênese, a qual é provocada por tempos de repolarização não homogêneos.11 SAÚDE REV., Piracicaba, v. 13, n. 33, p. 39-46, jan.-abr. 2013 DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1244/sr.v13n33p39-46 Daiane Cristina Christofoletti et al. Cabe ressaltar a importância de se avaliar o estado de saúde dos animais de experimentação, no intuito de minimizar possíveis variáveis que possam interferir nos dados captados nos experimentos científicos. Objetivo A proposta deste trabalho foi avaliar o perfil eletrocardiográfico em ratos adultos, a fim de contribuir para o aprimoramento na seleção de animais destinados à experimentação. Métodos Foram utilizados 50 ratos adultos albinos Wistar provenientes do biotério da Universidade Metodista de Piracica- ba (UNIMEP), alimentados com ração e água ad libitum sob ciclo fotoperiódico de 12 horas claro/escuro a 22 ºC ± 2 ºC. O trabalho tem a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), conforme o Parecer CEEA 01/2010. Para a avaliação das ondas e dos intervalos eletrocardiográficos, os ratos foram anestesiados com pentobarbital sódico (40 mg/kg/ip) com base em estudos que demonstraram que os barbitúricos não alteram o perfil elétrico cardiovascular.12 A seguir, eletrodos conectados aos canais do eletrocardiógrafo Heart Ware System interfaciado com um computador foram aplicados ao corpo do animal para registro das ondas padrão (DI, DII, DIII, aVR, aVL, aVF), com velocidade de 50 mm/s (Figura 1). Figura 1. Obtenção do registro eletrocardiográfico. A) Eletrocardiógrafo HEART WARE SYSTEM utilizado para a captação dos sinais elétricos cardíacos; B) Posicionamento dos eletrodos no corpo do animal. B A DI DII Sáude em Revista Eletrocardiografia: um método útil na seleção de animais de experimentação DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1244/sr.v13n33p39-46 DIII 41 Daiane Cristina Christofoletti et al. Resultados Nos registros eletrocardiográficos apresentados na Figura 2, pode-se observar o padrão de ECG considerado normal para o rato, bem como o registro que indica taquicardia e bradicardia sinusal. No que se refere ao dromotropismo, podem ser observados arritmia, foco migratório atrial e a presença de extrassístole, sendo constatado neste estudo que 10% dos ratos adultos apresentavam variações na atividade elétrica cardíaca, as quais podem ser significativas e merecedoras de atenção na seleção de animais direcionados à experimentação. A seguir, foram analisados os padrões das ondas eletrocardiográficas, sendo apresentado inicialmente um registro da sequência completa das ondas P, Q, R, S e T, definida como normal para a espécie. Na Figura 3, observa-se uma grande variação na voltagem da onda S, sendo observados, ainda, registros indicativos de ausência de onda P. Essas alterações nas ondas atingiram 17% dos registros analisados. Figura 2. Variações no registro eletrocardiográfico observadas em ratos adultos. Traçados eletrocardiográficos Traçado normal Taquicardia Sinusal Bradicardia Sinusal Arritmia Foco migrante atrial com intervalo QT heterogêneo Extrassístole 42 SAÚDE REV., Piracicaba, v. 13, n. 33, p. 39-46, jan.-abr. 2013 DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1244/sr.v13n33p39-46 Daiane Cristina Christofoletti et al. Figura 3. Variações nas ondas eletrocardiográficas observadas em ratos adultos. Ondas eletrocardiográficas (P,Q,R,S,T) Normal Onda S reduzida em 20% Onda S reduzida em 50% Ausência de onda P Ausência de onda P Onda P piramidal Redução de 23% na amplitude da onda R e redução de 75% na onda S Discussão Animais de experimentação são importantes para o desenvolvimento e aquisição de novas descobertas científicas, com amplo reflexo na prevenção e cura de doenças, controle de fármacos, desenvolvimento de vacinas e de novas técnicas cirúrgicas.3 A utilização dos animais em experimentos deve considerar os fatores que respeitam as particularidades fisiológicas de cada espécie envolvida e garantir o bem-estar deles ao longo de todo o experimento.13 Pesquisadores devem considerar que a qualidade de seus estudos tem relação dire- ta com a qualidade dos animais, das condições homeostáticas que é um estado relativo e dinâmico que envolve múltiplas circunstâncias e integridade corporal e que os resultados obtidos expressam o somatório de informações e conhecimentos científicos adquiridos.14,15 O eletrocardiograma é uma importante ferramenta utilizada tanto na clínica quanto na pesquisa básica, cuja ênfase de análise se fundamenta em estabelecer o mecanismo relacionado entre a ativação celular e as ondas elétricas que percorrem o músculo cardíaco.16 Tem sido descrito que o processo de despolarização e repolarização do músculo Sáude em Revista Eletrocardiografia: um método útil na seleção de animais de experimentação DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1244/sr.v13n33p39-46 43 Daiane Cristina Christofoletti et al. cardíaco decorrem das ondas e de representativas de ativação ou desativação de áreas específicas do coração.17,18,19 Um exemplo de variação são as mudanças elétricas que acompanham a ativação elétrica da massa ventricular representada pelo complexo QRS (ativação ventricular), uma vez que, ao se variar o parâmetro, altera-se as dinâmicas representadas no QRS.20,21 Um fato importante a se considerar é que os componentes do ECG de ratos normais assemelham-se aos registros obtidos no ser humano, com poucas exceções, tais como, a onda T, que normalmente é positiva e acompanha em direção contínua a onda S. Ressalta-se também que, em animais normais, a onda Q é ausente ou rudimentar.21 Anatomicamente, o coração do rato ocupa a direção ântero-posterior e da direita para a esquerda, com orientação do vetor médio do eixo elétrico do QRS no plano frontal, e varia de 30 a 60 graus. Com relação ao peso corporal, deve-se considerar também que esse parâmetro pode interferir na orientação espacial do complexo QRS tanto no plano horizontal como no plano frontal, fator que não interferiu nos registros, uma vez que os animais apresentaram peso similar ao descrito na literatura. 10,22 Certamente as dinâmicas elétricas cardíacas apresentam variações bizarras geradas por patologia, tal como a elevação do ponto J, ou ainda complexo QRS bizarro gerado dentro do perfil gênico ou frente ao tratamento com fármacos.23 No que se refere ao padrão eletrocardiográfico de ratos, recentemente foram estudadas as variações no comportamento elétrico em diferentes idades, iniciando aos 21 dias de vida até os 18 meses, quando se 44 tornam envelhecidos. Os pesquisadores constataram que a estabilidade no registro somente ocorre quando os animais atingem a vida adulta, havendo variações nas ondas eletrocardiográficas nas fases iniciais de crescimento.24 De acordo com a análise eletrocardiográfica, o intervalo QT reflete a sístole ventricular e se refere ao período de tempo que o coração leva para completar a despolarização e a repolarização ventricular, medido a partir do início da onda Q até o final da onda T.16 Entre os diferentes padrões que foram observados, há uma grande variedade de fenômenos patológicos descritos na frequên­ cia e dissipação dos sinais elétricos na massa cardíaca. Nesse contexto, também foram observadas diferentes formas na configuração dos potencias e da instabilidade no segmento QT. Por se tratar de animais rotineiramente utilizados na experimentação, é importante considerar que os pesquisadores devem ter atenção especial ao selecioná-los, para evitar que modificações na ativação cardíaca possam influenciar os parâmetros coletados durante suas ações. Cabe ressaltar que qualquer que seja o procedimento utilizado para coleta de informações, estas devem passar por uma filtragem para minimizar alterações indiretas no equilíbrio homeostático, como no caso de protocolos direcionados à avaliação da pressão arterial, nos quais o ECG aplicado na fase de seleção dos animais pode favorecer a escolha por meio da retirada de fatores que possam interferir nos resultados. Por fim, reiteramos a importância de projetos de pesquisa bem planejados associados a procedimentos éticos no cuidado com os animais, os quais são etapas funda- SAÚDE REV., Piracicaba, v. 13, n. 33, p. 39-46, jan.-abr. 2013 DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1244/sr.v13n33p39-46 Daiane Cristina Christofoletti et al. mentais para a obtenção de resultados com alto grau de acuidade, alto nível de reprodutibilidade e grande precisão. Nesse contexto, destaca-se a importância de se utilizar o ECG enquanto ferramenta na seleção de animais, pois ele retrata fielmente anomalias na musculatura cardíaca que podem ser detectadas em repouso, tais como, variações elétricas que acompanham o aumento da idade, condições isquêmicas do miocárdio, doenças de fundo neurológico, alterações hidroeletrolíticas ou síndromes congênitas.25,26 Conclusão O eletrocardiograma é um instrumento importante e efetivo na detecção de alterações patológicas na homeostasia elétrica da musculatura cardíaca, além de ser de fácil domínio e interpretação, sendo sugestivo seu uso na seleção de animais para experimentação. Referências 1. Sechzer JA. The role of animals in biomedical research. Ann Ny Acad Sci 1983;406:9-10. 2. National Research Councial. Manual sobre cuidados e usos de animais de laboratório. Edição em português – AAALAC e COBEA. Goiânia: Gráfica UFC; 2003. p. 162. 3. Andrade A, Pinto SC, Oliveira RS. 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