Programação e Livro de Resumos

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Programação e Livro de Resumos
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Instituições Promotoras
Embrapa Tabuleiros Costeiros, Empresa Brasileira Agropecuária do Rio Grande
do Norte – EMPARN e INCT – Semioquímicos na Agricultura
Coordenação do Evento
Dr. Marcos Antônio Barbosa Moreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros/EMPARN
Comissão Organizadora
Dra. Miryan Denise Araujo Coracini - UFPR
Dr. Antônio Euzébio Goulart Santana - UFAL
Dr. Paulo Henrique Gorgatti Zarbin - UFPR
Dr. Eraldo Rodrigues de Lima - UFV
Dr. José Maurício Simões Bento - ESALQ/USP
Dr. Marcelo Gustavo Lorenzo - CPqRR-FIOCRUZ
Presidente da Comissão Científica
Dra. Miryan Denise Araujo Coracini - UFPR
Comissão Científica
Dra. Miryan Denise Araujo Coracini - UFPR
Dra. Bianca Giuliano Ambrogi - UFS
Dra. Carla Fernanda Favaro - ESALQ/USP
Dr. Antônio Euzébio Goulart Santana - UFAL
Dr. Paulo Henrique Gorgatti Zarbin - UFPR
Dr. Eraldo Rodrigues de Lima - UFV
Dr. José Maurício Simões Bento - ESALQ/USP
Dr. Andrés Gonzalez - Universidad de la República, Uruguai
Dr. Alessandro Riffel - Embrapa Tabuleiros Costeiros
Dr. Marcelo Gustavo Lorenzo - CPqRR-FIOCRUZ
Dr. Renato Crespo Pereira - UFF
Comissão Técnica
Dr. Marcos Antônio Barbosa Moreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros/EMPARN
Dr. Paulo Henrique Gorgatti Zarbin - UFPR
Dr. Eraldo Rodrigues de Lima - UFV
Dr. José Maurício Simões Bento - ESALQ/USP
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Programação Científica – Dia 01/10/2013
15:00 - 19:15
19:15 - 20:00
20:00 - 21:00
Inscrições e entrega de materiais
Abertura e entrega III Prêmio Nacional de Ecologia Química
Prof. J. Tércio B. Ferreira
Conferência abertura
Dr. Tom Baker, Penn State University, EUA
“The evolution of the electroantennogram technique and its uses in insect chemical
ecology research”
Programação Científica – Dia 02/10/2013
09:00 - 10:00
10:00 - 10:20
10:20 - 12:00
Dra. Anna-Karin Borg-Karlsson, KTH, Suécia
“Chemical ecology of the pine weevil, Hylobius abietis; host plant - microbe interactions”
Intervalo
RELAÇÕES INSETO-PLANTA
Dr. Eraldo Lima, UFV, Viçosa.
“500 anos do melhoramento da cana-de-acúcar modificaram a interação entre Cotesia
flavipes e Diatraea saccharalis?”
Dra. Maria Fernanda G.V. Peñaflor, USP/Esalq, Piracicaba.
“Interação Planta - Vírus - Vetor: como vírus manipulam o inseto-vetor a favor da sua
dispersão”
Dra. Délia Pinto Zevallos, UFPR, Curitiba.
“Interações planta-inseto nas culturas de tomate e soja: aplicações da ecologia química
em novas tecnologias agrícolas”
Dr. Raphael J. Cypriano, UFV, Viçosa.
“Reconhecimento de padrões sonoros por plantas: um estudo da resposta de Impatiens
walleriana ao canto de Quesada gigas”
12:00 - 12:30
Dra. Monica Tallarico Pupo, USP, Ribeirão Preto
“Insights about natural products role in endophytic microorganisms interactions”
Almoço
12:30 - 14:00
Apresentação de estudantes
14:00 - 15:15
ECOLOGIA QUÍMICA DE VETORES DE DOENÇAS
Alcohols as attractants to the sandfly Lutzomyia Jairo Torres Magalhães Junior
longipalpis
Eletrofisiologia gustativa na quelícera de Rhipicephalus Lorena Lopes Ferreira
microplus frente a soros de bovinos resistentes e
sensíveis ao carrapato
Presença de repelentes naturais no odor de cães da raça Jaires Gomes de Oliveira Filho
beagle contra o carrapato Rhipicephalus sanguineus
Apresentação de estudantes
GENÔMICA E ECOLOGIA QUÍMICA
Voláteis de Schinus terebinthifolius Raddi induzem a Ângela Pawlowski
produção de espécies reativas de oxigênio e interferem
no enraizamento adventício de Arabidopsis thaliana
Heynh
Potencial fitotóxico do óleo essencial de Heterothalamus Diana Carla Lazarotto
psiadioides (Less.) sobre o organismo modelo
Arabidopsis thaliana (L.) Heynh
Coffee Break
15:15 - 15:35
ECOLOGIA
QUÍMICA DE VETORES
15: 35 - 17:15
Dra. Mara Cristina Pinto, UNESP, Araraquara
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
“Attractive compounds to the sand fly Nyssomyia neivai (Diptera:Psychodidae)”
Dra. Lígia M. F. Borges, DMIPP/IPTSP, UFG
“Presença de repelentes e deterrentes naturais em hospedeiros resistentes contra
carrapatos ixodídeos”
Dr. José Manuel Latorre Estivalis, CPqRR-FIOCRUZ
“Development and physiology regulate the molecular bases of olfaction in a Chagas
disease vector”
Dra. Kelly Paixão, UFMG
“A Ecologia Química contra vetores de doenças em humanos”
17:15 - 19:15
Poster
ECOLOGIA QUÍMICA DE VETORES DE DOENÇAS
ATTRACTION OF TRIATOMINES TOWARDS
DIFFERENT CO2-FREE, SYNTHETIC HOST-ODOR
BLENDS
BIOACTIVITY OF THE EUCALYPTUS ESSENTIAL OIL
ON AEGORHINUS
Pablo Guerenstein - Guidobaldi, Fabio
PADRONIZAÇÃO DE BIOENSAIOS EM
OLFATÔMETRO VERTICAL COM FLUXO DE AR
PARA ANOPHELES AQUASALIS UTILIZANDO
OCTENOL
ACÚMULO DE COMPOSTOS FENÓLICOS NA
INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA A PHAKOPSORA
PACHYRHIZI
IMPLICAÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA INDUÇÃO
DE COMPOSTOS DE DEFESA NO CONTROLE DA
FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE
LARVICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE COMMIPHORA
LEOPTOPHLOEOS (MART.) J. B. GILLET
(BURCERACEAE) FRENTE À AEDES AEGYPTI L.
ATIVIDADE DETERRENTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE
ETLINGERA ELATIOR FRENTE À AEDES AEGYPTI E
IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS POR GC-EAD
UTILIZAÇÃO DE PESTICIDAS DE USO DOMÉSTICOS
ENTRE FUNCIONÁRIO DE UMA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO NORTE DO BRASIL
COMPOSIÇÃO E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DO
ÓLEO ESSENCIAL DE PIPER CORCOVADENSIS
(MIQ.) C. DC (PIPERACEAE)
Paula Blandy Tissot Brambilla - Renata
Antonaci Gama
Jocelyne Tampe - Karen Huaiquil - Andrés
Quiroz
Tássia Boeno Oliveira - Maria Cristina Neves
De Oliveira - Amauri Alves De Alvarenga Clara Beatriz Hoffmann-Campo
José Perez Da Graça - Mayara De Souza Gois
- Maria Cristina Neves De Oliveira - Clara
Beatriz Hoffmann-Campo
Rayane Cristine Santos Da Silva - Patrícia
Cristina Bezerra Da Silva - Daniela Maria Do
Amaral Ferraz Navarro - Nicácio Henrique Da
Silva
Patrícia Cristina Bezerra Da Silva - Rayane
Cristine Santos Da Silva - Paulo Milet-Pinheiro
- Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro
José Carlos Amaral Gevú - Kamile Santos
Siqueira - Sileia Nascimento - Leonardo
Silveira Villar
Marcelo Felipe Rodrigues Da Silva - Patrícia
Cristina Bezerra Da Silva - Bheatriz Nunes De
Lima - Daniela Maria Do Amaral Ferraz
Navarro
AVALIAÇÃO DA INFLUENCIA DE EXTRATOS DE
Gabriel Bezerra Faierstein - Danilo Luna
FORMAS IMATURAS NO COMPORTAMENTO DE
Campos - Gaby Sales - Rosângela Maria
OVIPOSIÇÃO DE CULICÍDEOS VETORES.
Rodrigues Barbosa
17:15 - 19:15
Poster
ECOLOGIA QUÍMICA DE ORGANISMOS MARINHOS
INTEGRANDO ECOLOGIA QUÍMICA MARINHA E
Renato Crespo Pereira
BIOTECNOLOGIA MARINHA
EVOLUÇÃO DA QUÍMICA DEFENSIVA DE
Etiene Elaine Gomes Clavico
ZOOBOTRYON VERTICILLATUM
17:15 - 19:15
Poster
COMUNICAÇÃO MULTI-MODAL EM ARTRÓPODOS: INTEGRAÇÃO ENTRE OLFATO, PALADAR,
VISÃO, SOM E MECANO-RECEPÇÃO
PREFERÊNCIA INDUZIDA DE SPERMOPHTHORUS
José Antônio Linhares Júnior - Adla Mércia
APULEIAE (CURCULIONIDAE:SCOLYTINAE) POR
Carobense Da Palma - Felipe De Oliveira
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
FRUTOS NATURAIS OU SIMULADOS
SEMIOQUÍMICOS PARA CAPTURA DE SCOLYTINAE
EM REFLORESTAMENTO
RESPOSTA DE ANTENA DE MACHOS DE
SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA:
NOCTUIDAE) A COMPOSTOS FEROMONAIS
SINTÉTICOS
A ARMA QUÍMICA DA ABELHA LADRA LESTRIMELITTA
LIMAO (HYMENOPTERA: APIDAE: MELIPONINI)
INFLUÊNCIA DA DENSIDADE POPULACIONAL NO
COMPORTAMENTO DE CÓPULA DE DIAPHORINA
CITRI.
COMPORTAMENTO SEXUAL DE DIAPHORINA CITRI
KUWAYAMA,(HEMIPTERA: LIVIIDAE)
Melo - Rozimar De Campos Pereira
Karolinne Teixeira Da Silva Damaceno
Pereira - Dêvisson Antonio Leal Pimenta Rozimar De Campos Pereira - Marcus Vinicus
Masson
Kuss-Roggia, R. C. R. - Zazycki, L. C. F. Favaro, C. F. - Vidal, D. M - Favaris, A. P. Cônsoli, F. L. - Sosa-Gómez, D. R. - Zarbin,
P. H. G. ; Bento, J. M. S
Lucas Garcia Von Zuben - Larissa Galante
Elias - Tulio Marcos Nunes
Talita Antonia Da Silveira - Mariana Oliveira
Garrigós Leite - Milton Fernando Cabezas
Guerrero - José Mauricio Simões Bento André Gustavo Corrêa Signoretti
Mariana Oliveira Garrigós Leite - Talita
Silveira - Renata Morelli - José Mauricio S.
Bento
ATRATIVIDADE DO FEROMÔNIO SEXUAL DE TIBRACA
Josué Sant Ana Sant Ana - Rita C. M.
LIMBATIVENTRIS (HEM., PENTATOMIDAE)
Machado - Maria C. Blassioli-Moraes IMPREGNADO EM SEPTOS DE BORRACHA, EM
Augusto Leal Meyer
LABORATÓRIO E CAMPO
17:15 - 19:15
Poster
ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES MULTITRÓFICAS
COMPORTAMENTO DA MOSCA-DOS-CHIFRES
FRENTE AOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS
DE DIFERENTES RAÇAS BOVINAS
RESPOSTA OLFATIVA DE CYCLONEDA SANGUINEA
AOS VOLÁTEIS EMITIDOS PELA PLANTA BRASSICA
JUNCEA SEM DANO E DANIFICADA POR MYZUS
PERSICAE.
RESPOSTA OLFATIVA DO PREDADOR
CERAEOCHRYSA CUBANA AOS VOLÁTEIS DE
MOSTARDA INDUZIDOS POR MYZUS PERSICAE.
ALCALOIDE OXOAPORFÍNICO ISOLADO DO
EXTRATO DE GUATTERIA AUSTRALIS ATIVO
CONTRA MELOIDOGYNE INCOGNITA
APRENDIZAGEM E MEMÓRIA DE TELENOMUS
PODISI (HYMENOPTERA: PLATYGASTRIDAE)
SENSIBILIDADE DE ANTENAS DE APIS MELLIFERA
(HYMENOPTERA: APIDAE) AO FEROMÔNIO
SINTÉTICO NASANOV E AO ÓLEO ESSENCIAL DE
CAPIM-LIMÃO
AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA DE ANASTREPHA
FRATERCULUS (WIEDEMANN, 1830) (DIPTERA:
TEPHRITIDAE) AO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIMLIMÃO (CYMBOPOGON CITRATUS).
Cenira Monteiro De Carvalho - João Gomes Da
Costa - Edjane Pires Vieira - Antônio Euzébio
Goulart Sant'ana
João Fernandes França Júnior - Aline Moreira
Dias - Martín Pareja
Sandra Elisa Barbosa Da Silva - João
Fernandes França Júnior - Martin Pareja
Viviane Aparecida Costa Campos - Dejane
Santos Alves - Laene Botelho Lima - Denilson
Ferreira Oliveira
Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone
Mundstock Jahnke
Patricia Daniela Da Silva Pires - Josué
Sant’ana - Ricardo Bisotto Oliveira
Patricia Daniela Da Silva Pires - Patricia
Luciane Gregorio - Monique Caumo - Josue
Sant'ana
Programação Científica – Dia 03/10/2013
09:00 - 10:00
10:00 - 10:20
10:20 - 12:00
Dr. Robert Glinwood, SLU, Suécia
“Chemical interaction between undamaged plants - a contribution to insect pest
management”
Intervalo
TÓPICOS DIVERSOS DE ECOLOGIA QUÍMICA
Dra. Clara-Beatriz Hoffmann-Campo, EMBRAPA CNPSo, Londrina
“Resistência induzida como ferramenta para o desenvolvimento de genótipos
resistentes a fitopatógenos”
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Dr. José Maurício S. Bento, USP/Esalq, Piracicaba
“Uso de feromônios no manejo de pragas em citros: 10 anos de sucesso”
Dr. Marcos Botton, EMBRAPA Uva e Vinho, Bento Gonçalves
“Emprego de feromônios sexuais na fruticultura de clima temperado”
Dra. Anita Marsaioli, Unicamp, Campinas
“O que as formigas e os opilhões nos ensinam?”
12:00 - 12:30
Dr. Paulo H. G. Zarbin, UFPR, Curitiba
“Feromônios de agregação em Curculionidae e sua implicação quimiotaxonômica”
Almoço
12:30 - 14:00
Apresentação de estudantes
14:00 - 15:15
ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES MULTITRÓFICAS
Emissão de voláteis da cana-de-açúcar induzida Patricia Alessandra Sanches
pelo ácido jasmônico
Avaliação do extrato de levedura BIONIS® YE MF Jairo Torres Magalhaes Junior
como atrativo alimentar para Anastrepha obliqua
Macquart, 1835 (Diptera: Tephritidae), em
laboratório e em campo
Resposta comportamental e olfativa de Chrysoperla Jordano Salamanca Bastidas
externa (Chrysopidae) na interação roseira –
coentro
(Coriandrum
sativum)
–
pulgão
(Macrosiphum euphorbiae)
Ecologia quimica das flores de Passiflora e sua Daniel Antonio Villamil Montero
relação com as síndromes de polinização
Coffee Break
15:15 - 15:35
COMO APLICAR CONHECIMENTOS DA ECOLOGIA QUÍMICA EM INOVAÇÕES
15: 35 - 17:15
TECNOLÓGICAS: O PAPEL DO EMPREENDORISMO
Dr. Evaldo F. Vilela, UFV, Viçosa
“Como e por quê empreender em ecologia química: empresas de base tecnológica”
Dra. Francys Vilella, CESIS, Brasília
“CESIS: um caso de sucesso de empreendorismo de serviço”
Dr. João Hélio da Cunha Cavalcanti Junior, SEBRAE, RN
“Apoio ao empreendorismo de base tecnológica: como criar uma empresa”
17:15 - 19:15
Poster
ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES MULTITRÓFICAS
AVALIAÇÃO DE NANOFIBRAS CONTENDO O
INSETICIDA CIPERMETRINA E O FEROMÔNIO
SEXUAL SINTÉTICO DE GRAPHOLITA MOLESTA
(BUSCK) (LEPIDOPTERA, TORTRICIDAE), EM
FORMULAÇÃO ATRAI E MATA
EFEITO DE HERBIVORIA MÚLTIPLA NA ATRAÇÃO DE
UMA ESPÉCIE DE JOANINHA GENERALISTA PARA
PLANTAS DE PIMENTÃO
EFEITO DOS PRODUTOS TRIFLUMUROM E
TIAMETOXAN/λ-CIALOTRINA, REGISTRADOS PARA
O CONTROLE DE SPODOPTERA FRUGIPERDA NA
CULTURA DO MILHO SOBRE FÊMEAS DE DORU
LUTEIPES
EFICIÊNCIA DE DIFERENTES ATRATIVOS NA
CAPTURA DE RINCHOPHURUS PALMARUM EM
PLANTIOS COMERCIAIS DE COCO
POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE
CECROPIAPA CHYSTACHYATREC. SOBRE ALFACE
LACTUCA SATIVA
Ricardo Bisotto-De-Oliveira, Bruna Czarnobai De
Jorge, Isabel Roggia ,Josué Sant`Ana, Cláudio
Nunes Pereira
Mayara Silva Oliveira, Martín Pareja
Ana Carolina Maciel Redoan - Carlos Roberto
Souza E Silva - Ivan Cruz - Suzan Beatriz
Zambon Da Cunha
Marcos A. B. Moreira - Nilo Lourival Ferreira
Júnior - José Josué Da Silva - Ernesto Espínola
Sobrinho
Carla Karine Barbosa Pereira - João Gomes Da
Costa - Cenira Monteiro De Carvalho - João
Gomes Da Costa
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
SÍNTESE ESTEREOSSELETIVA DE FEROMÔNIOS
José Maurício De Lima Vanderlei - Antônio
LINEARES, MONOINSATURADOS DE
Euzébio Goulart Santana - Maria Raquel Ferreira
LEPIDOPTERAS
De Lima - Sandyane Mívia Dos Santos Melo
EXPRESSÃO GÊNICA E VOLÁTEIS INDUZIDOS PELA Laura Silveira Drummond Moreira - Islam S.
HERBIVORIA DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (J. E.
Sobhy - Natalia Naranjo; Marcio De Castro Silva
SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM MILHO,
Filho - Daniel Scherer De Moura;José Maurício
ZEA MAYS L. (POACEAE)
Simões Bento
SÍNTESE DO FEROMÔNIO SEXUAL DO BESOURO
Vanderson Barbosa Bernardo - Maria Raquel
DA RAIZ DA CANA-DE-AÇÚCAR, MIGDOLUS
Ferreira De Lima - Antônio Euzébio Goulart
FRIANUS (COLEOPTERA: CERAMBYCIDAE)
Sant'ana
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS PARA
Camila Serra Colepicolo - Favaris, A.P. - Zazycki,
EXTRAÇÃO DO FEROMÔNIO SEXUAL DE
L.C.F. - Kuss-Roggia, R.C.R.
GYMNANDROSOMA AURANTIANUM
COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES SISTEMAS DE
Thyago Fernando Lisboa Ribeiro - Wbyratan Luiz
AERAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS Silva - Jaim Simões Oliveira - Antônio Euzébio
SEUS CONTAMINANTES VOLÁTEIS
Goulart Sant'ana
VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS QUÍMICOS EM
Lourdes Bernadete Santos Campos - Terezinha
VIVEIROS DE CULTIVO DE CAMARÃO MARINHO EM Lúcia Dos Santos - Emerson Eduardo Silva De
AMBIENTE HIPERSALINO
Moura - Pablo Lúcio Rubim Costa Dos Santos
ATRATIVIDADE DE COLEOBROCAS ASSOCIADAS A
DIFERENTES GENÓTIPOS COMERCIAIS DE
Marcos A. B. Moreira - Maria Cléa Santos Alves COQUEIRO INFECTADOS PELA RESINOSE NO
Rui Sales Júnior
NORDESTE
INFLUÊNCIA DO HOSPEDEIRO DE ORIGEM NO
COMPORTAMENTO DE BUSCA DE TELENOMUS
Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone
PODISI (HYMENOPTERA: PLATYGASTRIDAE) AO
Mundstock Jahnke
FEROMÔNIO SEXUAL SINTÉTICO DE TIBRACA
LIMBATIVENTRIS (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE)
17:15 - 19:15
Poster
GENÔMICA E ECOLOGIA QUÍMICA
EPILACHNA PAENULATA: CHEMISTRY AND
Carmen Rossini - Castillo, L - Davyt, B FUNCTIONAL STUDIES ON PUTATIVE KAIROMONES
Deagosto, E; Díaz, M; Fernández, P
FROM HOST PLANTS
PROTEÍNAS CARREADORAS DE OXIESTEROIDES
Denilson Ferreira De Oliveira - Viviane Aparecida
COMO POSSÍVEIS ALVOS DA AÇÃO CONTRA
Costa Campos - Fabiano José Perina - Eduardo
ALTERNARIA ALTERNATA PELO β-SITOSTEROL
Alves
PRODUZIDO POR ANADENANTHERA COLUBRINA
IDENTIFICAÇÃO E ATIVIDADE QUIMIOTÁXICA DA
Marla Juliane Hassemer - Josué Sant'ana - Maria
SECREÇÃO DEFENSIVA DE ALPHITOBIUS
Carolina Brassioli De Moraes - Márcio Wandré
DIAPERINUS PANZER
De Morais Oliveira
(COLEOPTERA:TENEBRIONIDAE)
EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE
Edjane Pires Vieira - Cenira Monteiro De
DIFERENTES ESPÉCIES DE ANONÁCEAS SOBRE O Carvalho - Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves FEIJÃO CAUPI VIGNA UNGUICULATA
João Gomes Da Costa
DIVERSIDADE GENÉTICA E FEROMONAL DE
Luiza Cristiane Fialho Zazycki - Kuss-Roggia, R.
POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE SPODOPTERA
C. R. - Colepicolo, C. S. - Sartori, L. C.
FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)
EFEITO FITOTÓXICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE
Ângela Pawlowski - Joséli Schwambach SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS NAS LINHAGENS
Cláudia Alcaraz Zini - Geraldo Luiz Gonçalves
SELVAGEM E MUTANTE SUR1 DE ARABIDOPSIS
Soares
THALIANA
EVIDENCE FOR A SEX PHEROMONE IN
M. Fernanda Floes - J. Bergmann - A. Romero PSEUDOCOCCUS MERIDIONALIS (HEMIPTERA:
S. Oyarzún
PSEUDOCOCCIDAE)
EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE
Diana Carla Lazarotto - Ângela Pawlowski HETEROTHALAMUS PSIADIOIDES LESS. SOBRE O
Joséli Schwambach - Geraldo Luiz Gonçalves
ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE ARABIDOPSIS
Soares
THALIANA (L.) HEYNH
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
METABÓLITOS DE DEFESA INDUZIDOS EM
PLANTAS DE SOJA PELO ATAQUE DE BEMISIA
TABACI BIÓTIPO B, EM CONDIÇÕES DE CAMPO
Clara Beatriz Hoffmann Campo - Simone Silva
Vieira - André Luiz Lourenção - Maria Cristina
Neves De Oliveira
Programação Científica – Dia 04/10/2013
09:00 - 10:00
10:00 - 10:20
10:20 - 12:00
Dr. Jeffrey R. Aldrich, LLC, EUA
“Coast-to-coast challenges and opportunities of harnessing pheromones of North
American generalist predators for biological control”
Intervalo
IDENTIFICAÇÃO DE FEROMÔNIOS E OUTROS SEMIOQUÍMICOS
Dr. Antonio E. Santana, UFAL, Maceió
“Síntese de feromônios para o controle de pragas”
Dr. João Batista Fernandes, UFSCar, São Carlos
“Semioquímicos e formigas cortadeiras”
Dra. Carla F. Favaro, USP/Esalq, Piracicaba
“Identificação do feromônio sexual de Pellaea stictica (Dallas) (Heteroptera:
Pentatomidae)”
Dr. Alessandro Riffel, EMBRAPA Tabuleiros Costeiros, Maceió
“Semioquímicos de plantas: Integração da Ecologia Química e Molecular no estudo da
resposta da cana-de-açúcar á herbivoria”
Dr. Andrés Gonzales, UdelaR, Uruguai
“Cuticular chemistry and food rewards in the honey bee”
12:00 - 12:30
Dr. Pablo Guerenstein, CICyTTP, Argentina
“Optimization of a CO2-free synthetic host odor lure to trap triatomines”
Almoço
12:30 - 14:00
Apresentação de estudantes
14:00 - 15:15
ECOLOGIA E EVOLUÇÃO NAS INTERAÇÕES INSETO-PLANTA
Hormônios esteroidais do pólen podem aumentar a Daniela Lima do Nascimento
produção de rainhas em abelhas do gênero
Melipona?
Ocorrência de poliandria em fêmeas de broca-do- Camila Moreira Costa
café,
Hypothenemus
hampei
(Coleoptera:
Curculionidae: Scolytinae)
A técnica de GC/FTIR como importante ferramenta Diogo Montes Vidal
na identificação de semioquímicos
Evidence for a sex pheromone in Pseudococcus Maria Fernanda Flores
meridionalis (Hemiptera: Pseudococcidae)
Respuestas olfactorias del burrito de la vid, Waleska Vera
Naupactus xanthographus, a volátiles de plantas
hospederas
Coffee Break
15:15 - 15:35
ECOLOGIA QUÍMICA DE ORGANISMOS MARINHOS
15: 35 - 17:15
Dr. Renato C. Pereira, UFF, Niterói
“Integrando ecologia química marinha e biotecnologia marinha”
Dr. Bernardo A. P. da Gama, UFF, Niterói
“Vinte anos de pesquisas em defesas químicas contra a incrustação em macroalgas
marinhas brasileiras”
Dra. Etiene E. G. Clavico, UFF, Niterói
“Evolução da química defensiva de Zoobotryon verticillatum”
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
17:15 - 19:15
Poster
ECOLOGIA E EVOLUÇÃO NAS INTERAÇÕES INSETO-PLANTA
HYLASTINUS OBSCURUS (MARSHAM)
OLFACTOMETRIC RESPONSE TOWARD LINOLEIC
ACID PRESENT IN TRIFOLIUM PRATENSE L. ROOT
TOXICIDADE POR FUMIGAÇÃO DOS ÓLEOS
ESSENCIAIS DE INFLORESCÊNCIA DE ALPINIA
PURPURATA E FOLHA DE PIPER ARBOREUM
CONTRA O GORGULHO DO MILHO (SITOPHILUS
ZEAMAIS)
RESPOSTA ELETROFISIOLÓGICA DE EUCHROMA
GIGANTEA (COLEOPTERA; BUPRESTIDAE) A
VOLÁTEIS DE SUA PLANTA HOSPEDEIRA
STERCULIA FOETIDA (STERCULIACEAE).
PREFERÊNCIA ALIMENTAR DA COCHONILHA
DYSMICOCCUS TEXENSIS (TINSLEY) (HEMIPTERA:
PSEUDOCOCCIDAE)
QUIMIOTAXIA DE ANTHONOMUS GRANDIS
(COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) A VOLÁTEIS DE
PLANTAS DE ALGODOEIRO SUBMETIDAS OU NÃO A
HERBIVORIA
HORMÔNIOS ESTEROIDAIS DO PÓLEN PODEM
AUMENTAR A PRODUÇÃO DE RAINHAS EM
ABELHAS DO GÊNERO MELIPONA?
RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO A
BEMISIA TABACI BIÓTIPO B
COMPORTAMENTO DE CHAMAMENTO E EVIDÊNCIA
DE FEROMÔNIO SEXUAL EM ATHELOCA
SUBRUFELLA (HULST) (LEPIDOPTERA: PHYCITIDAE)
MARCAÇÃO DE TRILHA POR LAGARTAS DE
BRASSOLIS SOPHORAE (LEPIDOPTERA:
NYMPHALIDAE)
INTERAÇÃO PALMA FORRAGEIRA OPUNTIA FÍCUSINDICA MILL E NOPALEA COCHENILLIFERA
SALMDYCK X COCONILHA DE ESCAMA DIASPIS
ECHINOCACTI X JOANINHA CHILOCORUS NIGRITA
FABRICIUS.
SINAIS QUÍMICOS PRESENTES EM PLANTAS DE
GOIABEIRA, PSIDIUM GUAJAVA L. (MYRTACEAE) E
NO GORGULO DA GOIABA, CONOTRACHELUS
PSIDII MARSHALL (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE)
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL
DA INFLORESCÊNCIA DE ALPINIA PURPURATA E
AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE POR INGESTÃO E
ATIVIDADE REPELENTE FRENTE A SITOPHILUS
ZEAMAIS
COTESIA FLAVIPES É ATRAÍDA POR UM
SESQUITERPENO EMITIDO PELA CANA-DE-AÇUCAR
EM RESPOSTA À INFESTAÇÃO PELA BROCA-DACANA
ESTUDO COMPARATIVO DE COMPOSTOS
BIOATIVOS EM TENEBRIO MOLITOR” MACHOS E
FÊMEAS (LINAEUS, 1758) (COLEOPTERA:
CURCULIONIDAE)
PERFIL DE METABÓLITOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS
DE RAÍZES DE CANA-DE-AÇÚCAR (SACCHARUM SP)
INFESTADAS POR TELCHIN LICUS (DRURY, 1773)
(LEPIDOPTERA: CASTINIIDAE)
Dayand Toledo Araya, Herbert M. Venthur,
Jocelyne V. Tampe, Quiroz, A.
Camila Soledade De Lira - Afonso Cordeiro Agra
Neto - Thiago Henrique Napoleão - Daniela
Maria Do Amaral Ferraz Navarro
Geanne Karla Novais Santos - Artur Campos
Dália Maia - Paulo Milet-Pinheiro - Daniela Maria
do Amaral Ferraz Navarro
Gabriella Ferreira Cardoso - Lenira V. C. SantaCecilia - Ernesto Prado - Mariana D. Cuozzo
Juliana Barroso Silva - Maria Carolina Blassioli
Moraes - Christian Sherley Araújo Da SilvaTorres - Jorge Braz Torres
Maria Juliana Ferreira-Caliman - Daniela Lima
Do Nascimento - Fábio Santos Nascimento - R.
Zucchic
Juliana Cardoso Do Prado - André L. Lourenção
- Marineia L. Haddad - Simone S. Vieira
Eduardo Silva Nascimento - Bianca Giuliano
Ambrogi - Jéssica Carvalho Leite - Abel Felipe
Oliveira, Jucileide Lima Santos
Bianca Giuliano Ambrogi - Jéssica De Carvalho
Leite - Abel Felipe De Oliveira Queiroz - Jucileide
Lima Santos
Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves - Mariana
Santos Gomes De Oliveira - João Gomes Da
Costa - Antônio Euzébio Goulart Sant’ana
Alicia A. Romero Frías - Coralia Osorio Roa José Maurício S. Bento
Camila Soledade De Lira - José Vargas De
Oliveira - Thiago Henrique Napoleão - Daniela
Maria Do Amaral Ferraz Navarro
Sanielly Pimentel Araújo Dos Santos - Jaim
Simões De Oliveira - Alessandro Riffel - Antonio
Euzébio Goulart Santana
Regina Da Silva Acácio - André Luiz Beserra
Galvão - Henrique Fonseca Goulart - Antônio
Euzébio Goulart De Sant'ana
Dannielle De Lima Costa - Maria José Vieira
Soares Barbosa - Henrique Fonseca Goulart Antônio Euzébio Goulart Santana
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Adilson Rodrigues Sabino - Michele Marques Da
Silva - Edson De Souza Bento - Antônio Euzébio
Goulart Santana
ASSIMILAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DO Tatiana Emiko Ueda - José Perez Da Graça MILHO EM ADULTOS DE SPODOPTERA
Maurício Ursi Ventura - Clara Beatriz HoffmannFRUGIPERDA
Campo
CARACTERIZAÇÃO DE COMPOSTOS CUTICULARES
Aryanna Sany Pinto Nogueira - Thyago Fernando
PARA MACHOS E FÊMEAS DE ZABROTES
Lisboa Ribeiro - Karlos Antônio Lisboa Ribeiro
SUBFASCIATUS (BOHEMANN,1833)
Junior - Antônio Euzébio Goulart Santana
(COLEÓPTERA,BRUCHIDAE)
ATRATIVIDADE DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE
Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa MILHO EM RELAÇÃO AOS DANOS DA LAGARTA-DA- José Junior Araújo Sarmento - Marcos Antônio
ESPIGA, HELICOVERPA ZEA (LEPIDOPTERA:
Barbosa Moreira - Jeane Medeiros Martins De
NOCTUIDAE)
Araújo
Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa OVIPOSIÇÃO DE DERMÁPTERAS (EUBORELLIA
Rodilma Santos De Almeida - José Junior Araújo
ANNULIPES) SOBRE DIETAS ARTIFICIAIS
Sarmento - Jeane Medeiros Martins De Araújo
AUMENTO DA TEMPERATURA PODE AFETAR
PARÂMETROS BIOLÓGICOS DE SPODOPTERA
Mariana Closs Salvador - Maria Cristina Neves
FRUGIPERDA (J.E. SMITH)
De Oliveira - Maurício Ursi Ventura - Clara
(LEPIDOPTERA:NOCTUIDAE) E A CONSTITUIÇÃO DE Beatriz Hoffmann-Campo
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NA PLANTA DE SOJA
ANÁLISE POR RMN-1H DO PERFIL METABÓLICO DA
CANA-DE-AÇÚCAR SOB HERBIVORIA
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Palestras e Simpósios
Resumos
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
THE EVOLUTION OF THE ELECTROANTENNOGRAM TECHNIQUE AND ITS USES IN
INSECT CHEMICAL ECOLOGY RESEARCH
Baker, T.C.
Center for Chemical Ecology, Department of Entomology, Penn State University, University Park,
Pennsylvania, U.S.A. 16802. [email protected]
The electroantennogram (EAG) technique is nearly 60 years old, and yet new ways are
still being found to refine its use for addressing new questions in insect chemical ecology. The
EAG continues to be effective in aiding in the isolation and identification of behavior-modifying
chemicals such as pheromones and host plant attractants. Caution is advised, however, in using
results from the GC/EAD to assume behavioral activity from positive EAD depolarizations alone.
Sometimes EAG responses from GC/EAD recordings are over-interpreted, and EAG-responsive
but behaviorally inactive compounds are incorrectly labeled as “components” of the attractant
blend based solely on GC/EAD results. Recent improvements in optimizing signal-to-noise ratios
show promise in helping isolate behaviorally active trace compounds in airborne odor blends that
would likely otherwise escape detection via the standard way in which coupled gas
chromatophraphy/electroantennographic detection (GC/EAD) is used. There are many possible
new ways to use the EAG technique in detecting and locating the sources of target odors and
odorants in the field. An EAG coupled to a sonic anemometer can provide evidence of “hits” of
volatile compounds and identify the locations of the emission sources tens of meters downwind
when insect pheromones are used as “taggants”. Such experiments can help address questions
concerning aerial transport of otherwise antennally undetectable plant volatiles to which even the
conspecific antenna is too insensitive to record significant EAGs. Results of some newer studies,
using modifications of the GC/EAD technique that take advantage of the flux-detecting
characteristics of antennal receptor neurons, may encourage members of the audience to be
creative and try new EAG methods themselves for their own possible research advances.
We acknowledge the generous support for this work by grants from the USDA/APHIS PPQ, the
U.S. Department of Defense’s Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), the
Defense Threat Reduction Agency (DTRA), and the Office of Naval Research (ONR).
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
CHEMICAL ECOLOGY OF THE PINE WEEVIL, HYLOBIUS ABIETIS;
HOST PLANT- MICROBE INTERACTIONS
Muhammad AZEEM1, Lina LUNDBORG1, Gunarathna, Kuttuva RAJARAO2, Olle
TERENIUS3, Göran NORDLANDER3, Anna-Karin BORG-KARLSON*1,4
1
KTH Royal Institute of Technology, School of Chemical Science and Engineering,
Department of Chemistry, Ecological Chemistry Group, SE-100 44 Stockholm, Sweden;
2
KTH Royal Institute of Technology, School of Biotechnology, Division of Environmental
Microbiology, SE-100 44 Stockholm, Sweden;
3
Swedish University of Agricultural
Sciences, Department of Ecology, P.O. Box 7044, SE-750 07 Uppsala, Sweden; 4Tartu
University, Institute of Technology, Division of Organic Chemistry, Tartu 50411, Estonia.
The large pine weevil (Hylobius abietis L.) is a severe pest of conifer seedlings in reforestation
areas of managed forests. Chemodiversity and induced resistance in conifers might be a way to
protect the seedlings as well as to utilize the chemical communication among the pine weevils.
Female weevils lay eggs in the bark or in the soil near root barks of freshly died trees and cover
them with their feces and chewed wood bark to protect them from conspecific predation. In
order to identify the origin of the repellents/antifeedants acting on the pine weevils and to
understand the mechanism behind frass deposition at egg laying site, microbes were isolated
from the aseptically collected pine weevil frass. Their volatiles were collected by SPME - GC-MS
after cultivating them on weevil frass broth. The influence of the major microbial volatiles on pine
weevil behavior was tested using a multi-choice olfactometer. Ewingella spp., Penicillium spp.,
Ophiostoma spp., Debaryomyces hansenii and Candida sequanensis were the major microbes and
styrene, 3-octanol, 1-octene-3-ol, 3-octanone, 3-methylanisole, methyl salicylate, 2methoxyphenol and 2-methoxy-4-vinylphenol were the major volatiles of isolated microbes. In
behavioral bioassay, methyl salicylate, 3-methylanisole and styrene significantly reduced the
attraction of pine weevils to their host plant volatiles.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
500 ANOS DO MELHORAMENTO DA CANA-DE-AÇUCAR MODIFICARAM A
INTERAÇÃO ENTRE Cotesia flavipes e Diatraea saccharalis?
Eraldo Lima*, Luiza P. Grisales, Arne Janssen
UFV, Departamento de Entomologia, Laboratório de Semioquímicos e Comportamento de
Insetos, 36570-000, Viçosa-MG, Brasil, *[email protected]
As plantas respondem ao ataque de herbívoros artrópodes produzindo uma série
de compostos secundários, incluindo os compostos voláteis orgânicos(VOCs). Estes
VOCs induzidos por insetos são bem conhecidos por atrair inimigos naturais, constituindo
um em defesas indiretas. Os inimigos naturais como parasitóides, são capazes de
explorar esses voláteis para localizar suas presas, usando as sinais químicos do
herbívoro ou das fezes. A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil em 1502
provavelmente da Indonésia, e vem sendo propagada vegetativamente deste então. Ao
mesmo tempo hibridações vem sendo feitas com o objetivo de obter segregação e assim
selecionar variedades mais produtivas. Seu principal herbívoro, a broca-da-cana,
Diatraea saccharalis é de grande importância econômica e com isso um grande programa
nacional de controle biológico vem utilizando com o parasitoide Cotesia flavipes. Tendo
em vista que a broca e o parasitoide são originários também da região de origem da
cana, a relação planta-hospedeiro-parasitoide deve ser mantida ao menos nas plantas
propagadas vegetativamente. Em decorrência de 500 anos de melhoramento da cana
esta relação se manteve ou foi alterada? Foram comparados em olfatômetro e em semicampo duas cultivares ancestrais (Archi e White Pararia) versus uma cultivar atual
(RB867515) para quantificar as respostas de C. flavipes. Ao mesmo tempo foi comparado
os perfis de voláteis das plantas limpas e atacadas pela broca-da-cana. Os parasitoides
preferem plantas atacadas quando comparadas com limpas. No entanto, as respostas
aos contrastes das plantas infestadas variam segundo o genótipo. Os voláteis
identificados mostram um aumento significativo de compostos nas plantas infestadas. O
contraste entre os genótipos revelam diferenças marcantes na quantidade e diversidade
dos compostos. Os dois genótipos ancestrais são qualitativamente muito diferentes,
havendo pouca sobreposição dos compostos. Por outro lado há pouca alteração
qualitativa nos compostos liberados por plantas do genótipo atual, mesmo após a
herbivoria, indicando pouca mudança nos voláteis. Estes resultados ajudam a explicar o
comportamento no olfatômetro e semi-campo.
Palavras-Chave: compostos voláteis de plantas, defesas induzidas
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INTERAÇÃO PLANTA-VÍRUS-VETOR: COMO OS VÍRUS MANIPULAM O INSETOVETOR A FAVOR DE SUA DISPERSÃO
Peñaflor M.F.G.V.
Depto de Entomologia e Acarologia, Universidade de São Paulo, Escola Superior de
Agricultura
“Luiz
de
Queiroz”
(ESALQ/USP),
Piracicaba,
SP,
[email protected]
A sobrevivência e dispersão de certos fitopatógenos dependem exclusivamente
do comportamento e movimentação do inseto-vetor no campo. A infecção pelo patógeno
induz uma série de alterações morfológicas e fisiológicas na planta hospedeira que
modificam a interação com o inseto-vetor. Em geral, os insetos-vetores são atraídos
pelos odores liberados por plantas infectadas especificamente pelos patógenos que
veiculam. Esta interação favorece a aquisição do patógeno pelo vetor, porém,
dependendo do mecanismos de transmissão do patógeno, o inseto deve dispersar para
as plantas vizinhas logo após a aquisição, ou pode permanecer patogênico por um
período prolongado. Estudos recentes revelam os mecanismos e a natureza das
interações planta-vírus-vetor, que não só favorecem, mas otimizam a dispersão do
patógeno. Nesta palestra, serão abordados os mecanismos manipulativos empregados
pelos vírus e outros patógenos para modificar o comportamento do inseto-vetor a favor
de sua aquisição e transmissão. O entendimento da ecologia química das interações
mediadas por patógenos pode auxiliar no desenvolvimento de métodos sustentáveis para
o controle de fitopatógenos na agricultura.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INTERAÇÕES INSETO-PLANTA NAS CULTURAS DE TOMATE E SOJA:
APLICAÇÕES DA ECOLOGIA QUÍMICA EM NOVAS TECNOLOGIAS AGRÍCOLAS
Pinto-Zevallos, D.M., Strapasson, P., Zarbin, P.H.G.
Universidade Federal do Paraná, Departamento de Química, Laboratório
Semioquímicos, 81531-990, Curitiba-PR, Brasil, [email protected]
de
Os avanços em biologia molecular e biotecnologia estão permitindo o
desenvolvimento de novas ferramentas agrícolas, tais como as plantas transgênicas e
estratégias para incrementar a resistência à pragas ou as defesas das plantas, como os
elicitores químicos. Os estudos das interações inseto-planta mediadas por voláteis
visando avaliar estas novas estratégias ainda são escassos. No caso das plantas
transgênicas, têm se reconhecido que a inserção de um gene pode resultar em
mudanças nos perfis de voláteis das plantas, como consequência de um efeito
pleiotrópico ou por mutacão. Alguns estudos têm avaliado os efeitos de plantas
transgênicas (principalmente Bt) nas interações com herbívoros e inimigos naturais,
porém a soja geneticamente modificada para expressar resistência ao glifosato (RR) não
tem sido estudada. No caso dos tratamentos de sementes, por ser uma tecnologia nova,
até o momento os testes têm se concentrado nos efeitos causados aos herbívoros
(defesas diretas). No entanto, alguns autores já demonstraram a importância de estudar
paralelamente as interações tritróficas. Serão revisados alguns estudos de ecologia
química realizados com plantas transgênicas e apresentaremos nossos resultados
preliminares dos perfis de voláteis emitidos por uma variedade de soja RR e sua isolínea,
constitutivamente e após a herbivoria. Também serão discutidos os resultados de um
tratamento de sementes de tomate com jasmonato de metila, o seu efeito nas defesas
diretas da planta e nos voláteis emitidos após a herbivoria. Nossos primeiros resultados
mostraram alterações de alguns compostos tanto em plantas de soja como de tomate.
Algumas respostas comportamentais de pragas-chave nessas culturas e seus inimigos
naturais serão abordadas.
Palavras-Chave: Compostos voláteis de plantas, defesas induzidas, “priming”, OGM.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RECONHECIMENTO DE PADRÕES SONOROS POR PLANTAS: UM ESTUDO DA
RESPOSTA DE Impatiens walleriana AO CANTO DE Quesada gigas?
Raphael J. Cypriano, Flávia M. S. Carmo
UFV, Departamento de Biologia Geral, 36570-000, Viçosa-MG, Brasil
Plantas desenvolveram ao longo da evolução mecanismos eficazes que auxiliam
na percepção de elementos bióticos e abióticos do ambiente. O som, um tipo de vibração
mecânica, é um desses estímulos ambientais que podem ser detectados pelas plantas,
influenciando seu comportamento. Contudo ainda não compreendemos quais são as
implicações ecológicas das respostas vegetais ao som em termos de integração desses
organismos com outros seres vivos nos ecossistemas. Este trabalho teve por objetivo
testar se sons produzidos por insetos podem ser utilizados pelas plantas como
informações acessórias para detectar condições e recursos ambientais, estimulando
respostas fisiológicas sincronizadas. Para tanto, foram construídas dez câmaras com
isolamento acústico para condução de três experimentos em condições semicontroladas
de laboratório. Foram utilizadas plantas de Impatiens walleriana divididas em tratamentos
sonoros, expostos ao som por duas horas diárias, e tratamentos sem exposição ao som.
No primeiro experimento, sementes foram submetidas ao som das cigarras por 16 dias,
sendo avaliados padrões de germinação e desenvolvimento inicial. No segundo, plantas
foram submetidas ao som das cigarras por dez dias, sendo analisados os efeitos do som
nas trocas gasosas. E no último experimento, plantas foram expostas ao som das
cigarras misturado, com o padrão sonoro desorganizado, por dez dias, sendo também
avaliado seus efeitos nas trocas gasosas. Não foram verificadas diferenças significativas
nos padrões germinativos e de desenvolvimento inicial das sementes expostas ao som
das cigarras quando comparadas com o controle. Por outro lado, foi registrado um
aumento significativo da Taxa Fotossintética nas plantas expostas ao som das cigarras,
com redução da Relação Carbono interno/Carbono externo (Ci/Ca). Enquanto no
tratamento exposto ao som das cigarras misturado foi verificada uma redução
significativa da Taxa Fotossintética, sem alterações na Relação Ci/Ca. Os resultados
experimentais indicam que a influência do som das cigarras em I. walleriana dependem
do estágio de desenvolvimento das plantas. Além disso, os dados de trocas gasosas
sugerem que as plantas podem reconhecer o canto das cigarras como uma informação
ambiental, uma vez que este som estimulou a atividade fotossintética, enquanto o som
misturado gerou uma resposta fisiológica inversa. Uma possível informação pode ter sido
perdida com a desorganização sonora, mostrando que as respostas vegetais ao som não
são decorrentes somente da atuação da energia mecânica no tecido foliar; informações
biológicas contidas nas ondas sonoras podem ser identificadas pelas plantas. Essa
capacidade de perceber sons pode ser evolutivamente fixada entre as plantas, sendo o
processo de detecção do som ambiental, assimilação da mensagem acústica e disparo
de respostas fisiológicas um mecanismo complexo com um significado ecológico em
termos de integração das plantas com o ambiente que as rodeia.
Palavras-chave: Co-evolução inseto-planta,
comunicação em plantas e isolamento acústico.
bioacústica,
informação
biofísica,
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INSIGHTS ABOUT NATURAL PRODUCTS ROLE IN ENDOPHYTIC
MICROORGANISMS INTERACTIONS
Mônica Tallarico Pupo
School of Pharmaceutical Sciences of Ribeirão Preto, USP, [email protected]
Endophytes are microbes living inside the plant tissues without causing symptoms
of disease. In this symbiotic relationship the plant gives protection and nutrition to
endophytes, while the microbial metabolites might be involved in signaling, regulation of
relationship and plant defense. As a result of this ecological role, such microbial
compounds may have application in medicine and agriculture. In fact, endophytes have
been successfully included in bioprospecting programs. Considering that endophytes live
inside the plant tissues in a close relationship to each other, natural products may play an
important role in mediating these microbial interactions. However the current knowledge
about natural products-mediated interactions among endophytes is still incomplete. Our
laboratory has been interested in the chemistry of endophytes for several years. More
recently, we have been using mixed cultures of endophytes in an attempt to understand
the functions of endophytic derived secondary metabolites in interactions between fungi
and actinobacteria. Some examples will be presented, showing the characterization of
secondary metabolites mainly involved in antagonistic interactions.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ATTRACTIVE COMPOUNDS TO THE SAND FLY Nyssomyia neivai
(DIPTERA:PSYCHODIDAE)
Mara Cristina Pinto
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP, Araraquara. [email protected]
The blood-feeding females of phlebotomine sand flies are vectors of Leishmania
species, the causative agents of the leishmaniasis. Laboratory studies of host-seeking
olfactory behaviour in sand flies have been restricted to the American Visceral
Leishmaniasis (AVL) vector Lutzomyia longipalpis. However, almost nothing is known
about the chemical ecology of related species which transmit American Cutaneous
Leishmaniasis (ACL) due in part to difficulties in raising these insects in the laboratory. We
present some results of field and laboratory studies with Nyssomyia neivai, vector of ACL
in Brazil. The compound 1-octen-3-ol was evaluated in different concentrations in the field.
We observed a dose-dependent response where there was an increase of N. neivai
captures with increasing of 1-octen-3-ol release rates. Laboratory experiments in wind
tunnel olfactometer were then carried out using 1-octen-3-ol as a positive control, i.e., an
attractant to N. neivai. The relevancy of some variables like time of the day for
experiments and the viability of using wild insects were considered. Results with other
kairomones like lactic acid and other alcohols like 1-octanol and 1-heptanol will also be
presented.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
PRESENÇA DE REPELENTES E DETERRENTES NATURAIS EM HOSPEDEIROS
RESISTENTES CONTRA CARRAPATOS IXODÍDEOS
Lígia Miranda Ferreira Borges
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG),
Goiânia, GO. [email protected]
Determinadas raças de animais são capazes de desenvolver resistência aos
carrapatos, controlando assim as infestações. Este fenômeno é bem conhecido na
interação de bovinos com Rhipicephalus microplus, sendo que as raças zebuínas (ex.
Nelore) são mais resistentes que as raças europeias (ex. Holandês). Por outro lado,
resistência de cães para o seu carrapato usual, o Rhipicephalus sanguineus, foi
comprovada somente recentemente. Usando infestações artificiais para comparar o
desenvolvimento de carrapatos em duas raças de cães (Cocker spaniel inglês e beagle),
demonstrou-se que os carrapatos alimentados em beagle tinham seu desenvolvimento
afetado, conduzindo a sugestão que eles podem ser considerados como hospedeiros
resistentes. Em ambas as relações – bovinos/cães e seus carrapatos, estudos
comportamentais e de eletrofisiologia foram conduzidos para avaliar se estes carrapatos
eram capazes de perceber os animais resistentes. Quando permitido escolher entre as
substâncias dos cães das duas raças mencionadas anteriormente, mais carrapatos foram
arrestados nos extratos de cocker spaniel do que de beagle. Em um olfatômetro, os
carrapatos não foram atraídos pelo odor de qualquer raça. Entretanto, o odor de Beagle
foi aparentemente repelente. Usando cromatografia gasosa de alta resolução acoplada a
espectrometria de massa, um maior número de compostos químicos foi observado no
odor de beagle do que de cocker. Alguns compostos como 2-hexanona, nonano,
undecano, decano ebenzaldeido foram exclusivamente encontrados no extrato de beagle
e foram testados em uma placa de Petri para avaliar o seu potencial repelente. Testes
com o repelente padrão, DEET, foram também conduzidos para comparação. Os
melhores resultados foram observados na mistura benzaldeido e 2-hexanona. Nas
concentrações de 0,100 e 0,200 mg/cm 2 o DEET repeliu 68,3 a 86,7% dos carrapatos.
Percentuais estatisticamente similares foram observados com a mistura, variando de 70,0
a 76,7%. Na concentração de 0,050 mg/cm 2 a mistura continuou repelindo os carrapatos,
enquanto o DEET não. Quando R. microplus foi submetido a substâncias colhidas das
duas raças, Nelore e Holandês, não houve predileção para arrestamento em qualquer
raça. Como este carrapato não busca ativamente o hospedeiro, testes de
atração/repelência em olfatômetro não foram conduzidos. No entanto, quando fêmeas de
carrapatos foram submetidas a eletrofisiologia gustativa frente ao soro de bovinos
resistentes e sensíveis, maior número de spikes foram observados frente ao soro de
bovinos resistentes. Estes resultados sugerem que os carrapatos percebem, neste soro,
além de compostos fagoestimulantes, a presença também de deterrentes. Até onde se
sabe, estes resultados demonstram pela primeira vez, a presença de compostos naturais
repelentes e possivelmente deterrentes modulando o parasitismo entre carrapatos e seus
hospedeiros naturais.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
DEVELOPMENT AND PHYSIOLOGY REGULATE THE MOLECULAR BASES OF
OLFACTION IN A CHAGAS DISEASE VECTOR
Jose M. Latorre-Estivalis*1; Aman B. Omondi2 , Marcelo G. Lorenzo1
1
Grupo de Comportamento de Vetores e Interação com Patógenos. CPqRR-FIOCRUZ,
Brazil. 2 Division of Chemical Ecology, Plant Protection Biology Department, Swedish
University of Agricultural Sciences, Sweden. *[email protected]
Three protein families are involved in the chemoreception of insects. The odorant
receptor (OR) and gustatory receptor (GR) families of seven-transmembrane proteins
mediate most of insect olfaction and taste. In addition, there is a third completely different
family, the ionotropic receptors (IRs), which evolved from ionotropic glutamate receptors
(iGlurs) and has three transmembrane domains. Insect olfactory neurons, both ORs and
IRs, require the co-expression of specific co-receptor proteins in order to be functional:
OrCo (for ORs) and IR25a, IR76b or IR8a (for IRs). In a previous study, we have
characterized the sequences of ORs (110 genes), GRs (28 genes) and IRs (27 genes) in
Rhodnius prolixus, an important vector of Chagas disease. In the present work, we have
studied the modulation of co-receptor transcription at different physiological conditions
(age, developmental stage or nutritional status) by means of qPCR. The four co-receptors
showed a decrease in their expression levels after feeding, both for fifth instar nymphs
and adult insects. In addition, an up-regulation of gene expression has been observed
during the maturation process in the first phases of adult life (1 day-old vs 20 days-old
insects). The expression profile of these co-receptor genes seems to be modulated by
physiological state, suggesting changes in the peripheral sensitivity to odorant signals. A
better understanding of the molecular bases of triatomine olfaction may reveal targets for
developing new vector control tools.
Acknowledgements: CNPq, FAPEMIG, CPqRR-FIOCRUZ, INCTEM.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
A ECOLOGIA QUÍMICA CONTRA VETORES DE DOENÇAS EM HUMANOS
Kelly Paixão
UFMG/ICB, Lab. Ecologia Química de Insetos Vetores, Belo Horizonte, MG.
[email protected]
Os insetos são os principais vetores de doenças febris para o homem, sendo
transmissores de cinco das oito enfermidades que mais acometem a população mundial
atualmente. O Laboratório de Ecologia Química de Insetos Vetores (LabEQ) vem
estudando esses organismos desde o ano de 1998 com foco na busca por
semioquímicos. O papel desses compostos no monitoramento de insetos vetores tem
auxiliado os órgãos responsáveis pelo controle de doenças e fornecido importantes
informações sobre seu comportamento. Dentro da linha de pesquisa do laboratório estão
envolvidos testes comportamentais para avaliar a ação de determinado composto frente
aos insetos avaliados e experimentos de semi-campo para estudar o papel dos mesmos
quando utilizados em armadilhas para monitoramento. Ao longo dos anos já foram
desenvolvidos projetos com Lutzomyia longipalpis (vetor de Leishmania sp.), Musca
domestica (importante na veiculação mecânica de patógenos) e Culex quinquefasciatus
(vetor de filarídeos e vírus). Atualmente, o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue e de
outras arboviroses, e o mosquito Anopheles darlingi (vetor de Plasmodium sp.), são os
principais alvos dos estudos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa do laboratório. Nessa
apresentação, pretende-se apresentar os recentes resultados obtidos pelo LabEQ no
estudo de insetos vetores.
Agradecimentos: Ministério da Saúde, CNPq, CAPES, INCT-Dengue
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
CHEMICAL INTERACTION BETWEEN UNDAMAGED PLANTS- A CONTRIBUTION TO
INSECT PEST MANAGEMENT?
Glinwood, R*; Ninkovic, V.; Pettersson J.
Department of Ecology, Swedish University of Agricultural Sciences, Uppsala, Sweden.
[email protected]
Plants damaged by herbivores or pathogens release volatiles active in defense
signaling between or within plants, but undamaged plants may also engage in chemical
interactions. We present results that contribute new perspectives on allelopathy and use
of volatile cues by plants and insects. In a system consisting of different plant species and
different barley genotypes we show that airborne signaling reduces attractiveness to an
insect herbivore and affects interactions with the herbivore’s predators. In barley, the
inducing and responding capacity is shown to be genotype-related. Volatile profiling
shows differences in the volatile blends released by different barley genotypes. In field
experiments, mixing specific combinations of barley cultivars reduced aphid populations
and increased the occurrence of aphid natural enemies. Increased understanding of
chemical interaction between undamaged plants may give a new outlook on the ecology
of mixed species and mixed cultivar cropping and their potential for sustainable insect
pest management.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESISTÊNCIA INDUZIDA COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO DE
GENÓTIPOS DE SOJA RESISTENTES A FITOPATÓGENOS
Clara Beatriz Hoffmann-Campo
Laboratório de Ecologia Química, Embrapa Soja, Rodovia Carlos João Strass, Acesso
Orlando Amaral, Caixa Postal 231, Distrito de Warta, Londrina Paraná, 86020-970, Brasil.
[email protected]
As plantas respondem ao ataque de patógenos sintetizando várias moléculas
orgânicas, como os fenilpropanóides, que estão envolvidos em diversos processos de
resposta das plantas a estresses bióticos. A função desses compostos na defesa das
plantas varia desde barreiras físicas e químicas pré-formadas (constitutivas) ou
induzidas, até o envolvimento de sinais moleculares no local da infecção e sinalização
sistêmica para a indução de genes de defesa. Na soja, os compostos da rota metabólica
dos fenilpropanóides variam desde simples ácidos fenólicos até flavonóides e
isoflavonóides, com estruturas mais complexas. Durante o seu desenvolvimento, a soja
pode enfrentar diversos estresses bióticos causados pelo ataque de pragas como
insetos, fungos bactérias, nematoides. A ferrugem asiática da soja (FAS), causada pelo
fungo Phakopsora pachyrhizi, e o nematoide formador de galhas Meloidogyne javanica
estão entre as mais importantes agentes causais de doenças da cultura da soja, na
atualidade. A procura por genótipos resistentes a essas doenças tem sido meta de vários
programas de melhoramento, tanto pelo processo tradicional quanto usando modernas
técnicas de biotecnologia. Dessa forma, a identificação de metabolitos secundários em
genótipos submetido a patógenos tem sido o objetivo de nossa pesquisa. Os resultados
de bioensaios e análises cromatográficas mostram que, após infecção com FAS e
nematoide, extratos brutos de folhas de soja apresentam concentrações variáveis das
isoflavonas conjugadas, agliconas e ácidos fenólicos. Em geral, esses metabólitos são
constitutivos nas plantas, aumentando suas concentrações nos extratos de plantas
inoculadas com fungo ou nematoide. Ainda, no caso da FAS, a expressão do gene
candidato (Rpp4) que confere resistência/tolerância a este patógeno tem variado durante
o período de análise, aumentando a partir de 161h após a inoculação, coincidindo com o
período de aumento nas concentrações de fenilpropanóides e ácidos fenólicos. Na
Embrapa Soja, as informações obtidas no Laboratório de Ecologia Químicas relacionando
às concentrações limiares desses metabólitos estão sendo obtidas através da compilação
de dados de dezenas de análises cromatográficas e de bioensaios. Essas informações
serão repassadas para os melhoristas visando à obtenção de um método que possa
reduzir o tempo de identificação de genótipos resistentes a doenças e o desenvolvimento
de cultivares com esta característica.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
USO DE FEROMÔNIOS NO MANEJO DE PRAGAS EM CITROS:
10 ANOS DE SUCESSO
Bento, J.M.S.
Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, Universidade de São Paulo, Lab. Ecologia Química e Comportamento de
Insetos, Av. Pádua Dias, 11; Piracicaba-SP, 13418-900, Brasil. [email protected]
Passados mais de 10 anos após a introdução do feromônio sexual para o manejo
do bicho-furão-do-citros, Gymnandrosoma aurantianum (Lima) (Lepidoptera: Tortricidae),
o seu uso continua amplamente aceito entre os produtores de citros. O emprego contínuo
da armadilha de feromônio ao longo destes anos pelos citricultores demonstra que esta
tecnologia quando bem utilizada pode ser bastante útil. No início dos anos 2000, o bichofurão era considerado praga chave para a cultura, e as perdas de frutos estimadas em
mais de US$ 50 milhões de dólares ao ano para o Estado de São Paulo. Pesquisas
conjuntas realizadas pela ESALQ, UFV e NISES do Japão resultaram na descoberta do
feromônio sexual de G. aurantianum. Com o advento comercial da armadilha contendo o
feromônio sexual (Ferocitrus Furão) e com o apoio de divulgação e extensão realizado
pela Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais, o manejo desta praga tornou-se
mais efetivo e as perdas foram drasticamente reduzidas desde então. A partir de 2004
com a entrada da doença conhecida como Greening ou Huanglongbing (HLB) nos
pomares, começou a ocorrer uma alteração generalizada no manejo das pragas em
citros. Excessivas aplicações de inseticidas passaram a ser realizadas para o vetor desta
doença, o inseto Diaphorina citri, o que poderia comprometer o uso da armadilha. Mesmo
assim, o uso do feromônio sexual do bicho-furão tem se mantido mais ou menos
constante no período, reforçando a sua grande utilidade pelos produtores. Dados de uso
e comercialização deste feromônio e outros que poderão estar disponíveis ao citricultores
nos próximos anos, além das perspectivas futuras serão discutidos.
Apoio: FAPESP, CNPq, INCT Semioquímicos na Agricultura
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EMPREGO DE FEROMÔNIOS SEXUAIS NA FRUTICULTURA DE CLIMA
TEMPERADO
Marcos Botton*1, Cristiano João Arioli2, Dori Edson Nava3
1
Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS; 2Epagri, Videira,SC; 3Embrapa Clima
Temperado, Pelotas,RS. *[email protected]
Os principais insetos-praga associados as fruteiras de clima temperado (macieira,
pessegueiro e videira) são a lagarta-enroladeira da macieira Bonagota salubricola, a
mariposa-oriental Grapholita molesta, as traças-dos-cachos da videira Argyrotaenia
sphaleropa e Cryptoblabes gnidiella, as cochonilhas farinhentas (Pseudococcidae), a
mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus e o gorgulho-do-milho Sitophilus
zeamais. Além dessas espécies, existe o risco da introdução de espécies como a Cydia
pomonella e a Lobesia botrana, mundialmente estabelecidas como pragas-chave da
macieira e da videira, respectivamente. Uma ferramenta estratégica para o
monitoramento e controle das principais espécies pragas é o emprego de feromônios
sexuais. No Brasil, o uso de armadilhas iscadas com feromônio sexual para o
monitoramento teve início na década de 1990 e, atualmente, são utilizados de forma
rotineira para B. salubricola e G. molesta, também servindo de base para a detecção de
Cydia pomonella no programa de erradicação. Embora disponível no mercado, o
feromônio sexual de C. gnidiella para fins de monitoramento não foi implementado de
forma prática. No caso de A. sphaleropa, embora o feromônio sexual tenha sido
pesquisado e validado, o mercado reduzido não resultou em registro e comercialização. A
principal restrição ao uso de feromônios para monitoramento diz respeito a falta de
informações quanto a níveis de controle com inseticidas que não apresentam efeitos
sobre adultos. A partir de 2005, os feromônios sexuais também foram introduzidos para o
controle de G. molesta através da técnica de disrupção sexual. Atualmente, três
formulações comerciais (Biolita®, Cetro® e Splat Grapho®) são utilizadas em
aproximadamente 30% da área cultivada com macieiras e 2% da área com pessegueiros.
Uma formulação contendo a mistura dos feromônios sexuais de B. salubricola e G.
molesta também está disponível aos pomicultores. No caso do gorgulho-do-milho e de
cochonilhas Pseudococcidae (Pseudococcus viburni), os ferômonios disponíves para o
monitoramento destas espécies em outros países não foram eficazes no Brasil. As
principais limitações ao uso de feromônios sexuais para o controle de insetos-praga na
fruticultura de clima temperado estão relacionadas aos elevados custos quando
comparado ao controle químico e a mão-de-obra necessária para aplicação dos
emissores, além da necessidade de acompanhamento constante após a aplicação.
Devido a crescente pressão pela ausência de resíduos nos frutos e preservação
ambiental, a demanda por feromônios sexuais tende a aumentar visando racionalizar
e/ou substituir os inseticidas organossintéticos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
O QUE AS FORMIGAS E OS OPILIÕES NOS ENSINAM?
Anita Marsaioli
Universidade Estadual de Campinas Instituto de Química da Unicamp, Departamento de
Química Orgânica, Barão Geraldo, Campinas, SP 13084-971, Caixa-postal: 6154.
[email protected]
Opiliões são aracnídeos encontrados em todos os continentes, com mais de 6000
espécies descritas, e secretam uma mistura de compostos voláteis que agem
principalmente como defesa contra predadores naturais. A família Gonyleptidae,
pertencente à subordem Laniatores, é a mais diversa química e morfologicamente e está
presente em todo o território brasileiro. Assim, o estudo da identidade e da origem
biossintética dos compostos do exudato desta família dá informações filogenéticas e é
uma fonte de novos produtos naturais. Caracterização de 34 exudatos de opiliões de
diferentes subfamílias levaram a identificação de compostos novos como 1-(6-butil-3,4dihidro-2H-piran-2-il)-pentan-1-ona. Este último foi descrito pela primeira vez na literatura,
revelando uma nova classe do compostos com esqueleto piranil em opiliões, originados
da reação de hetero-Diels-Alder in vivo de duas moléculas de vinil cetona. Também foi
determinada a configuração absoluta da (R)-4-metil-1-hexen-3-ona produzida por
Acanthogonyleptes pulcher e Gonyleptes saprophilus. Outras 4-metil-3-cetonas de
insetos possuem configuração (S). Foi realizado o primeiro estudo biossintético com
opiliões.através da incorporação de precursores marcados com 13C e espectroscopia de
RMN de 13C. Foram estudados I. pustulosa, que produz vinilcetona, e Magnispina
neptunus, que produz benzoquinona, revelando que ambas as classes químicas são
formadas através de unidades acetato e propionato pela via policetídica. O estudo da
Solenopsis saevissima(formiga lava-pé) ficou restrita à diversidade das configurações
das solenopsinas dentro do ninho e entre ninhos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
CESIS: UM CASO DE SUCESSO DE EMPREENDEDORISMO DE SERVIÇO
Francys Vilella
CESIS, Brasília. [email protected]
A Cesis é o resultado da ideia de duas biólogas com formação acadêmica à nível
de pós-graduação, que trabalharam no setor regulatório governamental e que, como fruto
desta experiência acumulada, fundaram a Cesis, empresa de consultoria e assessoria
criada para auxiliar, principalmente, os empreendedores que atuam no mercado de
controle de pragas que utilizam produtos de baixa toxicidade e periculosidade. A missão
da empresa é caminhar lado a lado dos seus clientes no atendimento às exigências
regulatórias para regularização de tais produtos. As dificuldades são grandes, mas os
sucessos também, assim como o desafio continuo inerente a atividade de
empreendedorismo no Brasil, e em especial no setor de serviços.
Palavras-chave: regulamentação, agronegócio, consultoria.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
APOIO AO EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICA: COMO CRIAR UMA
EMPRESA
João Hélio da Cunha Cavalcanti Junior
SEBRAE, Natal, RN
Empreender novos negócios, particularmente os de base tecnológica, exige apoio,
treinamento, ambiente e metodologias, que vão desde a mudança de atitude das pessoas
ao aprendizado sobre a estimativa dos riscos envolvidos com a decisão de empreender
um novo negocio, valendo-se de um novo produto, processo ou serviço. O SEBRAE eh
sem duvida uma das mais importantes instituições do Brasil na promoção das pequenas
e medias empresas para a diversificação da economia, aumento da renda e da
empregabilidade entre nos. Serão apresentados caminhos para empreender,
principalmente para jovens, além de meios e motivação para serem bem sucedidos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Coast-to-coast challenges and opportunities of harnessing pheromones of North
American generalist predators for biological control
Jeffrey R. Aldrich
LLC, 519 Washington Street, Santa Cruz, CA 95060, USA. [email protected]
My research career has transitioned from 30 years with the U.S. Department of
Agriculture in Beltsville, Maryland, to relocating in northern California as a private
consultant and Associate of the University of California at Davis. I am attempting to utilize
the aggregation pheromones of certain predacious stink bugs and green lacewings
(Heteroptera: Asopinae: Podisus, and Neuroptera: Chrysopidae: Chrysopa spp.,
respectively) as a basis to enhance the biocontrol efficacy of these common generalist
predators. I will briefly summarize the history of heteropteran and neuropteran
semiochemical research. Then I will focus on progress and obstacles encountered in
attempting to manipulate Podisus and Chrysopa species, including financial aspects,
environmental constraints, and the potential advantages of developing semiochemicals for
beneficial versus pest insects. Finally, I will describe ongoing efforts to overcome the
difficulty in mass rearing Podisus bugs.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
IDENTIFICAÇÃO DO FEROMÔNIO SEXUAL DE Pellaea stictica (Dallas)
(HETEROPTERA: PENTATOMIDAE)
Carla F. Fávaro*1, Jocelyn G. Millar2, Paulo H.G. Zarbin3
1
Departamento de Entomologia e Acarologia, INCT Semioquímicos na Agricultura,
ESALQ-USP, 13418-900, Piracicaba-SP, Brasil; 2Department of Entomology, University of
California Riverside, CA 92521, USA; 3Departamento de Química, Centro Politécnico,
UFPR, 81531-980, Curitiba, PR, Brasil. *[email protected]
Atualmente, várias são as técnicas disponíveis para a identificação de compostos
orgânicos. Entretanto, devido a pequena quantidade de material biológico disponível para
o estudo com feromônios de insetos, as técnicas utilizadas necessitam ser extremamente
sensíveis e seus resultados combinados para se chegar à correta identificação do
composto natural. Visando a identificação do feromônio sexual do percevejo Pellaea
stictica, os voláteis liberados por machos e fêmeas adultos foram coletados por meio de
técnicas de aeração. Na comparação dos resultados das análises dos extratos por
cromatografia gasosa (GC), foi possível observar a presença de um composto liberado
exclusivamente pelos machos desta espécie. Bioensaios realizados com olfatômetro em
Y e eletroantenografia (CG-EAG) mostraram a atividade biológica dos extratos que
continham este composto apenas para as fêmeas coespecíficas. Microderivatizações
realizadas com o extrato natural seguidas de análises de GC acoplada à espectrometria
de massas (GC-MS) e à espectroscopia de infravermelho GC-FTIR, indicaram um álcool
com ramificações metílicas na cadeia carbônica como o composto macho-específico P.
stictica. Entretanto, foram necessárias as sínteses de duas estruturas similares propostas
para a identificação do composto natural como sendo o 2,4,8,13-tetrametiltetradecan-1-ol.
Bioensaios com olfatômetro em Y demonstraram que as fêmeas de P. stictica são
atraídas para o álcool sintético, tornando-se possível confirmar a atividade biológica do
feromônio sintético.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
SEMIOQUÍMICOS DE PLANTAS: INTEGRAÇÃO DA ECOLOGIA QUÍMICA E
MOLECULAR NO ESTUDO DA RESPOSTA DA CANA-DE-AÇÚCAR Á HERBIVORIA
Alessandro Riffel*1; Jaim Simões de Oliveira2; Antonio Euzébio Goulart Santana2
1
Embrapa Tabuleiros Costeiros , Maceió,Brasil. 2Laboratório de Pesquisa em Recursos
Naturais (LPqRN), Instituto de Química e Biotecnologia, Universidade Federal de Alagoas
(UFAL), Maceió, Brasil.
As plantas, quando atacadas por insetos praga, produzem semioquímicos que
podem atuar como repelentes ao herbívoro e/ou atraentes de organismos antagonistas
ao herbívoro, tais como predadores e parasitóides. Além disso, as plantas podem
também emitir sinais que informam outras plantas de um ataque eminente e assim
podem preparar-se para a defesa. A atual busca por tecnologias sustentáveis na
produção de alimentos, especialmente em um contexto de aumento da população e
mudanças climáticas globais, tem reforçado o papel dos semioquímicos e sua possível
aplicação no controle de pragas. Para tornar-se possível, uma abordagem
multidisciplinar, na qual se combinem os recentes avanços em genética e genômica
molecular de plantas com a ecologia química, anotando a função biológica dos genes e
aplicando uma visão holística das interações multitróficas, torna-se crucial para a
aplicação do conhecimento na geração de tecnologias que utilizem os semioquímicos na
intensificação da produção sustentável de alimentos. Portanto, nós temos demonstrado,
utilizando uma abordagem multidisciplinar que combina métodos ecológicos, químicos e
moleculares, os mecanismos específicos de resposta da cana-de-açúcar ao ataque de
herbívoros e suas interações multitróficas, em busca da aplicação do conhecimento
destes mecanismos no controle das principais pragas desta cultura.
Apoio: Embrapa, MCTI – INCT Semioquímicos na Agricultura, CNPq e CAPES.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Cuticular chemistry and food rewards in the honeybee, Apis mellifera
Andrés González*1, María Sol Balbuena2, Walter M. Farina2
1
Laboratorio de Ecología Química, Departamento de Química Orgánica, Facultad de
Química, Universidad de la República, Montevideo, (CP 11800), Uruguay. 2Grupo de
Estudio de Insectos Sociales, Departamento de Biodiversidad y Biología Experimental,
IFIBYNE-CONICET, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Buenos
Aires, Buenos Aires, (C1428EHA), Argentina. *[email protected]
When a honeybee (Apis mellifera) collects nectar with high sucrose concentration
from flowers, she returns to the hive and dances vigorously to communicate the
discovered food source. During this conspicuous display her body temperature raises,
which may result in chemical changes at the cuticular level, with potential
communicational value inside the hive. Temperature rising also occurs upon nectar
collection, and is affected by the food profitability found at the feeding site. To evaluate if
food quality results in changes in the cuticular chemistry at the feeding site, we used
artificial feeders with high and low levels of sucrose concentration (2 and 0.5 M), to which
a group of foraging bees were trained and captured upon feeding (filled-crop foragers).
Bees captured in empty feeders (emptied-crop foragers) and inside the colony (hive bees)
served as controls. The bees were killed with CO 2, and the surface compounds were
extracted in dichloromethane and analyzed by GC-MS. The identification of cuticular
hydrocarbons and other extracted compounds associated with exocrine glands, was
based on mass spectra and retention indices, as well as hydrogenation and DMDSderivatization of the samples. The compounds were quantified relative to an internal
standard, and statistically analyzed by Principal Component Analysis (PCA) to compare
the surface chemistry of bees from different treatments. We analyzed 51 chromatographic
peaks corresponding to 56 compounds, including cuticular hydrocarbons as well as
compounds associated to the Nasanov and sting glands. We found significant differences
in the composition of the cuticular extracts of the hive bees with those of foraging bees.
Among the latter, filled-crop foragers collected at high and low profitable feeders resulted
in no observable differences, but emptied-crop foragers did show higher amounts of nonhydrocarbon compounds, especially of Z-11-eicosenol and compounds associated with
Nasanov gland.
Support: ANPCYT, Universidad de Buenos Aires; CONICET; AUGM (ESCALA program)
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
OPTIMIZATION OF A CO2-FREE SYNTHETIC HOST ODOR LURE TO TRAP
TRIATOMINES
Guidobaldi, Fabio; Bratovich, Celina; García, Mailen; Guerenstein, Pablo*
CICyTTP-CONICET
&
Fac.
*[email protected]
Ingeniería-UNER,
Entre
Ríos,
Argentina.
Vector control is the most effective method to prevent Chagas disease. A lured
trap device is a sustainable and an environmentally-friendly tool for vector monitoring and
control. Using electrophysiological recordings from antenna sensilla (e.g., J Exp Biol
204:585, 2001) and behavioral tests (e.g., Chem Senses 29:833, 2004) a number of host
odors that are detected by triatomines were identified. All triatomine-detected host odors
are also detected by mosquitoes (Olfact in Vector-Host Interact, Chap. 14). Thus, we
tested a CO2-free synthetic host-odor lure for mosquitoes (Sweetscent®; consisting on
ammonia, L(+)-lactic acid and hexanoic acid) and found it significantly attractive for
triatomines. Using a dual-choice olfactometer in which attracted bugs get trapped, we now
aim at optimizing the performance of a CO2-free synthetic host odor blend to attract the
bugs. We tested different blends consisting on ammonium hydroxide, L(+)-lactic acid and
pentanoic acid varying the total mass of compounds and their proportions. Each odor was
loaded onto an individual filter paper strip and the three strips were placed in the test arm
of the olfactometer. The negative-control arm contained filter paper strips with the solvent
(water) only. In negative-control experiments both arms consisted in control arms. The
percentage of total capture (%TC) was defined as the total number of insects in the arms
(test + control) over the total of insects tested. Insects were assayed individually and
experiments lasted a single night. Thus, we compared the odor-induced %TCs with those
of the basal %TCs obtained in the negative-control experiments. Two of the synthetic
blends tested evoked significant %TC (Blend 4: 28.1 %, G-test, P<0.01; Blend 6: 31.3 %,
G-test, P<0.01; N=32 for all blends tested). Results indicate that the proportion at which
the odors were delivered has a major role in determining the attraction and capture level,
and also suggest that blends 4 and 6 are good attractants. However, results also suggest
that their performance can be improved. Addition of a fourth triatomine-detected host odor
(nonanal) to one of the attractive synthetic blends did not result in increased attraction. In
fact, attraction was even reduced by 60 %. The reduction in attractiveness (negative
synergy or hypoadditivity) depended on the odor blend to which nonanal was added. In
another set of experiments we asked if results obtained in short-lasting attraction tests
would be similar to the results we obtain in our full-night tests. Our data obtained using IR
video recordings suggest that in our experimental device capture of triatomines in the test
or control arm of the olfactometer cannot be accurately predicted by the first choice the
attracted insects made during the first minutes of test.
We thank Fundación Bunge y Born and Agencia Nacional de Promoción Científica y
Tecnológica, Argentina, for funding this project through grants FBB28/10 and PICT-PRH2009-43, respectively.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INTEGRANDO ECOLOGIA QUÍMICA MARINHA E BIOTECNOLOGIA MARINHA
Renato Crespo Pereira
Departamento de Biologia Marinha, Universidade Federal Fluminense, Cx Postal
100.644, CEP 24001-970, Niterói, RJ. [email protected]
Os metabólitos secundários marinhos bioativos, reconhecidos há décadas como
potenciais fármacos ou anti-incrustantes, constituem uma das principais áreas da
bioprospecção marinha. Mas o suprimento de matéria prima ainda é um dos entraves
para que este potencial de mais de 50 anos se torne uma realidade. No entanto,
informações advindas dos estudos de ecologia química marinha podem constituir
subsídios importantes para atender esta demanda histórica. Esta apresentação pretende
explorar resultados obtidos no Brasil neste contexto de busca por sustentatibilidade no
uso do sesquiterpeno elatol produzido por espécies de macroalgas marinhas do gênero
Laurencia e potencialmente utilizável como fármaco e anti-incrustante. A quantificação
precisa do elatol através de HPLC será uma das abordagens, pois constitui método
apropriado para verificar rendimento ou produção deste metabólito sob diferentes
condições ambientais ou de cultivo. Ritmo circadiano também constitui aspecto a ser
explorado e importante no contexto de uso deste metabólito, assim como as condições
ideais de cultivo de Laurencia para obtenção de melhor rendimento ou produção deste
sesquiterpeno. A indução por epibiontes será abordada como uma alternativa para
obtenção de maior rendimento de elatol sob condições de cultivo de Laurencia. Por fim,
será explorado o conhecimento sobre os genes responsáveis pela produção de elatol
como subsídio para possível obtenção deste metabólito através de procedimentos
biotecnológicos.
Apoio: CNPq e FAPERJ.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
VINTE ANOS DE PESQUISAS EM DEFESAS QUÍMICAS CONTRA A INCRUSTAÇÃO
EM MACROALGAS MARINHAS BRASILEIRAS
Bernardo A.P. da Gama
Departamento de Biologia Marinha, Universidade Federal Fluminense. Cx. Postal
100.644, 24001-970, Niterói, RJ. [email protected]
A bioincrustação marinha representa uma séria ameaça para as atividades
humanas nos oceanos, impondo não somente pesados custos com métodos antiincrustantes (AI) mas também riscos diretos (acidentes, naufrágios) e indiretos (tais como
transportar bioinvasores em potencial nos cascos de navios e tanques de lastro). As
macroalgas marinhas são organismos sésseis restritos à camada eufótica dos oceanos,
onde encaram os mesmos problemas que estruturas feitas pelo homem (i.e., são
suscetíveis ao recobrimento por organismos incrustantes ou epibiontes). No decurso da
evolução, portanto, as macroalgas desenvolveram uma variedade de sistemas de defesa
contra epibiontes, os quais podem ser utilizados como modelos para o desenvolvimento
de sistemas anti-incrustantes inovadores em substituição às tintas AI altamente tóxicas
utilizadas no passado (e.g., TBTs - tributil estanhos) e no presente (e.g., cobre, diurons,
etc.). A maioria dos estudos até o presente enfocou a atividade AI de produtos naturais
de algas marinhas como potenciais substitutos para os biocidas atualmente em uso em
tintas AI. Como produtos naturais, seriam substâncias hipoteticamente atóxicas ou
ambientalmente compatíveis. Não obstante, a toxidez e biodegradabilidade de um “antiincrustante natural” precisa ser mais amplamente investigada, a exemplo de qualquer
substância sintética, uma vez que muitos produtos naturais são venenos notoriamente
letais. As pesquisas na área de AI de macroalgas marinhas começaram no Brasil em
1993. Inicialmente, extratos orgânicos brutos de talos inteiros de macroalgas foram
testados contra organismos incrustantes usados como modelo em experimentos de
laboratório. Nos anos que se seguiram, as pesquisas evoluíram para testar não somente
extratos das algas inteiras, mas também extratos da superfície das mesmas e de distintas
partes do talo. Experimentos de laboratório foram seguidos por estudos em campo, onde
extratos, frações ou mesmo substâncias puras foram expostas a condições naturais de
fluxo de água - e a uma comunidade incrustante diversa. As pesquisas também
passaram de meramente investigar a presença de um anti-incrustante em potencial em
algas para o estudo dos mecanismos de armazenamento, transporte e liberação de AI
naturais em nível celular. As pesquisas atualmente tentam tanto revelar os genes
envolvidos com a biossíntese de AI naturais, como analisar globalmente o conjunto de
dados existente em busca de padrões latitudinais ou filogenéticos na distribuição de
produtos AI naturais em macroalgas da costa brasileira.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EVOLUÇÃO DA QUÍMICA DEFENSIVA DE Zoobotryon verticillatum
Etiene Elaine Gomes Clavico*1, Larissa Akiko2; Renato Crespo Pereira1,2
1
Departamento de Biologia Marinha. Universidade Federal Fluminense. 2Dinâmica dos
Oceanos e da Terra - LAGEMAR. Universidade Federal Fluminense.
[email protected]
O estudo da ecologia sob a ótica evolutiva vem integrando sobremaneira a tônica
da biologia moderna, no que concerne principalmente aos aspectos relacionados com
seus princípios e teorias. Os padrões do passado e do presente relativos a abundância,
distribuição e diversidade de organismos, antes referenciados somente pelo aspecto
evolutivo, atualmente são explorados em um contexto multidisciplinar, ressaltando a
dinâmica das comunidades ecológicas e os princípios evolutivos que unificam tais
processos. No ambiente marinho, a pressão de predação vem sendo considerada como a
força seletiva que contribuiu para a ocorrência de defesas químicas em muitos
organismos, principalmente invertebrados. Sob este ponto de vista, não é surpreendente
que eles tenham desenvolvido mecanismos de defesa, incluindo defesas químicas e
físicas, a fim de garantir a sobrevivência. Organismos marinhos estão sob intensa
pressão competitiva por espaço, luz e nutrientes. No entanto, até o momento nenhum
estudo foi capaz de demonstrar que produtos naturais marinhos, de fato, evoluíram sob a
pressão de predação, mas são respostas ecológicas ao ambiente. Espécies marinhas
invasoras são consideradas “oportunidades” valiosas para avaliar a evolução de defesas
químicas, uma vez que, ao chegarem em um novo ambiente, passam por um rápido
processo evolutivo. O briozoário Zoobotryon verticillatum é conhecido como uma espécie
exótica incrustante e amplamente distribuída em águas temperadas quentes e tropicais,
ocorrendo do sul ao nordeste do Brasil. Esta espécie é conhecida por produzir
metabólitos secundários com propriedades biológicas, fato que pode contribuir para
amplificar seu potencial invasor. Este estudo avaliou o perfil químico e o potencial
defensivo de metabólitos secundários de Z. verticillatum frente a consumidores
generalistas. O briozoário foi coletado ao longo da costa brasileira, e sua ocorrência
frequentemente esteve relacionada a ambientes portuários. Análises do perfil químico de
Z. verticillatum da região de Cabo Frio evidenciaram a presença do bromo-alcalóide
2,5,6-tribromo-N-methylgramine, o provável responsável por sua atividade defensiva.
Além disso, o extrato orgânico Z. verticillatum foi capaz de deter a predação por peixes
generalistas em ensaios de campo. Estes resultados, aliados a futuros ensaios que
devem ser realizados com espécimes de outros locais da costa brasileira, podem elucidar
os fatores envolvidos com as etapas seletivas da evolução molecular e, em última
análise, contribuir para um melhor entendimento dos aspectos evolutivos da química
defensiva de organismos marinhos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Apresentações Orais de Estudantes
Resumos
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ALCOHOLS AS ATTRACTANTS TO THE SANDFLY Lutzomyia longipalpis
Jairo Torres Magalhães Junior
[email protected]
Phlebotomine sand flies, vectors of leishmaniasis, are extensively collected in the field
with light traps. However, the search for volatile attractants without the presence of light is
a very desirable target. Moreover, the development of other baits that attract females in
different physiological states is an important tool for monitoring or evaluating control
measures. The potential attraction of 1-octen-3-ol has been documented for different
species of hematophagous insects such as mosquitoes, tsetse fies, stable flies and
recently for sand flies in the field. The present work aimed to compare in a wind tunnel the
attractiveness of 1-octen-3-ol and other three alchools: 1-octanol, 1-heptanol and 1nonanol
to
Lutzomyia
longipalpis,
vector
of
the
visceral
leishmaniasis.
Groups of three female L. longipalpis were placed inside a releasing chamber. The
chamber was then placed inside the wind tunnel 50 cm downwind from the air intake and
odour source, and the sandflies released by opening the chamber door. Each trial lasted 2
min, with activation (number of sandflies leaving the releasing chamber) and attraction
(number of sandflies reaching the odour source) recorded for each group. A total of 30
flies were exposed to each treatment: hexane (control), 1-octen-3-ol, 1-octanol, and 1heptanol in three different concentrations: neat (100%) and diluted in hexane (10% and
50%). Males and females have shown a dose-dependent response to octenol and
nonanol, considering activation and attraction. Moreover, for heptanol the same pattern
has been observed only for males. Octanol has not shown a classical dose-dependent
response for males or females. For octenol and nonanol males and females were
statistically significant from the concentration 50% comparing to the control (p<0.05), with
differences between concentrations 50% e 100% only on responses of females for
nonanol
(p>0.05).
For heptanol the females responses of ativaction and attraction were better at
concentration 50%, however, there was a decrease in responses at 100% (p>0.05 for
activation and p<0.05 for attraction). The best behavioral responses of males were at
100%
(p<0.01
for
activation
and
p>0.05
for
attracion).
For octanol the females responses of activation were better at 50% (p<0.05) with a
decrease at 100%; for attraction also there was a decrease at 100%, but the responses
were not significant different (p>0.05). For males, 10% was the best concentration to
evoke activation and attraction responses, but also with a decrease at concentrations of
50% and 100%. In a general way, males and females had the same pattern of behavioral
responses for different compounds. Octenol and nonanol evoked the best responses of
activation and attraction.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ELETROFISIOLOGIA GUSTATIVA NA QUELÍCERA DE Rhipicephalus microplus
FRENTE A SOROS DE BOVINOS RESISTENTES E SENSÍVEIS AO CARRAPATO
Lorena Lopes Ferreira
[email protected]
Rhipicephalus microplus é o principal ectoparasita da pecuária leiteira mundial, devido
aos danos diretos e indiretos para seu hospedeiro e prejuízos econômicos ocasionados.
Zebuínos são mais resistentes ao carrapato do que os taurinos e seus cruzamentos. A
resistência é uma resposta imune de cada hospedeiro após o contato com o carrapato
que interfere no desenvolvimento do mesmo. As porossensilas localizadas na quelícera
do R. microplus tem papel importante na detecção de substâncias como adenosina
trifosfato (ATP), glutationa reduzida (GSH), sais e plasma bovino. Foi verificado que
carrapatos quando alimentados em sangue de hospedeiro resistente tem uma fase de
sucção menor e com maior injeção de saliva do que quando alimentados com sangue de
animais sensíveis (Int.J.Parasitol.9:89,1979). Segundo esses autores essa diferença
provavelmente ocorreu porque os carrapatos podiam perceber, através de suas
porossensilas, compostos deterrentes no soro de animais resistentes. Neste trabalho,
objetivou-se averiguar, por meio de eletrofisiologia, gustativa a atividade das
porossensilas da quelíceras de R. microplus frente a soro de bovinos sensíveis e
resistentes ao R. microplus. Uma fêmea do carrapato alimentada por 3 a 5 dias em um
coelho por foi fixada em uma placa de metal. O eletrodo de referência foi inserido no ânus
até atingir a peça bucal. O eletrodo de contendo a substância teste foi direcionado até as
porossensilas com a ajuda de um micromanipulador. Os potenciais de ação foram
amplificados e filtrados e os dados armazenados e analisados pelo programa
Autospike©. Foi utilizada uma solução salina 10-3M como controle negativo e as
substâncias teste eram soros de bovinos sensíveis (n=6) e resistentes (n=6) na
concentração de 2,5%. A média da frequência de spikes/s obtidos pelo controle negativo
foi de 28,08±2,10 spikes/s sendo menor do que a obtida no soro de bovinos sensíveis
(40,33±1,63 variando de 33,30±3,02 a 49,05±5,20 spikes/s) (P<0,001). O número de
spikes /s no soro de bovinos resistentes foi mais alto que nos outros dois grupos sendo
de 53,48±1,89 variando de 48,45±4,28 a 61,05±5,14 (P<0,001). Os registros analisados
mostraram que R. microplus são mais estimulados pelo soro de animais resistentes do
que aqueles de animais sensíveis. Sabe-se que no soro há fagoestimulantes tais como
glicose, ATP e GSH o que provavelmente disparou spikes em ambos os grupos. Por
outro lado, o maior número de spikes para o soro de bovinos resistentes pode ter ocorrido
pela presença de compostos deterrentes. Estes resultados confirmam suposição de que
no soro dos bovinos resistentes existem substâncias deterrentes que induzem um
comportamento aversivo do carrapato. Diferenças entre o soro de bovinos resistentes e
sensíveis incluem componentes do complemento, anticorpos e proteínas de fase aguda.
Desta forma, mais estudos sobre esse tema devem ser feitos a fim de descobrir quais
substâncias são essas.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
PRESENÇA DE REPELENTES NATURAIS NO ODOR DE CÃES DA RAÇA BEAGLE
CONTRA O CARRAPATO Rhipicephalus sanguineus
Jaires Gomes de Oliveira Filho
[email protected]
Rhipicephalus sanguineus, carrapato de maior distribuição mundial, é vetor de vários
patógenos de importância médica e veterinária. Sabe-se que cães Beagle apresentam
menores infestações por este carrapato que Cocker Spaniel Inglês e isto ocorre devido à
produção de químicos voláteis e de contato que inibem o parasitismo (Int J Acarol 35:25,
2009; Exp Appl Acarol 51:353, 2010). Através de cromatografia gasosa de alta resolução
cinco compostos químicos com possíveis propriedades repelentes foram identificados
nos odores de Beagle (TTP7 7:95, 2011). Com este trabalho objetivou-se verificar a
repelência destes compostos e comparar com o DEET (N,N-dietil-3-metilbenzamida). Os
compostos, DEET, 2-hexanona, benzaldeido, undecano, decano e nonano e mais duas
misturas: benzaldeido + 2-hexanona + undecano (1:1:1) e benzaldeido + 2-hexanona
(1:1) foram testados em quatro concentrações (0,200, 0,100, 0,050 e 0,025mg/cm²). Os
testes foram feitos em placa de Petri contendo dois semicírculos de papel filtro com 31,8
cm² sendo um tratado e outro não. Três machos e três fêmeas foram postos no centro da
placa e a sua posição avaliada após 5, 10 e 30 min do início dos testes. Os testes foram
feitos em sala climatizada (T= 28º C, UR= 70%), em completa escuridão (exceto durante
intervalos de aproximadamente 5 s, onde eram avaliadas as posições dos carrapatos).
Foram feitas 10 repetições e os resultados foram comparados pelo teste do X² . O teste t
de Student foi usado para comparar os compostos com o DEET. O DEET foi repelente
em todos os tempos, nas duas maiores concentrações, com percentuais de repelência
variando de 68,3 a 86,7. Undecano repeliu 65% dos carrapatos somente nos primeiros 5
min, na maior concentração A 2-hexanona repeliu 68,3% dos carrapatos aos 30 mim na
concentração de 0,200 mg/cm², e aos 10 min na concentração de 0,100 mg/cm².
Também foi capaz de repelir 63,3% dos carrapatos aos 30 min (0,050 mg/cm²). O
benzaldeido foi capaz de repelir 63,3% dos carrapatos aos 30 min (0,200 mg/cm²) e
76,6% aos 5 min (0,050 mg/cm²). Nonano e decano não apresentaram repelência
significativa em qualquer concentração e tempo avaliados. A mistura benzaldeido + 2hexanona foi repelente nas três maiores concentrações em quase todos os tempos
avaliados (variando de 63,3 a 76,6%), com exceção da avaliação aos 30 minutos nas
concentrações de 0,100 e 0,050 mg/cm². A mistura destes dois compostos mais
undecano não melhorou o percentual de repelência que variou de 65 a 73,3% nas três
concentrações mais altas. A mistura benzaldeido + 2-hexanona apresentou percentuais
de repelência estatisticamente similares ao DEET. Ressalta-se que esta mistura foi
repelente na concentração de 0,050 mg/cm² enquanto o DEET já não foi mais. Até onde
se sabe, este trabalho descreve pela primeira vez a presença de repelentes naturais
derivados de vertebrados modulando o parasitismo entre um carrapato (R. sanguineus) e
seu hospedeiro natural o cão.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESPOSTA COMPORTAMENTAL E OLFATIVA DE Chrysoperla externa
(CHRYSOPIDAE) NA INTERAÇÃO ROSEIRA – COENTRO (Coriandrum sativum) –
PULGÃO (Macrosiphum euphorbiae)
Jordano Salamanca Bastidas
[email protected]
O comportamento de oviposição de inimigos naturais de pragas agrícolas é mediado por
uma série de sinais específicos associados aos seus hospedeiros/presas, ou a
compostos orgânicos voláteis (COVs) emitidos pelas plantas, sendo que estes podem ser
constitutivos ou induzidos pela herbivoria; pode, ainda, ser mediado por voláteis emitidos
pelos herbívoros, os quais podem atuar como cairomônios. Neste estudo objetivou-se
avaliar: a) como Chrysoperla externa responde à presença de coentro (Coriandrum
sativum) como planta companheira de roseiras, e à presença de Macrosiphum
euphorbiae infestando as roseiras; b) a resposta olfativa de C. externa aos odores de
roseiras infestadas por M. euphorbiae e associadas com coentro. Em casa de vegetação
foram dispostos os seguintes tratamentos: 1) roseiras com coentro como planta
companheira; 2) roseiras infestadas por afídeos e com coentro como planta companheira;
3) roseiras infestadas por afídeos; e 4) testemunha, composta por roseiras solteiras e não
infestadas por afídeos. Nesse ambiente foram liberados 80 casais de C. externa com 1012 dias após a emergência. Durante sete dias foram contados os ovos colocados pelo
predador nas plantas de roseira e de coentro de cada tratamento. Em laboratório a
resposta olfativa foi estudada em um olfatômetro em “Y” onde foram oferecidas para
fêmeas de C. externa acasaladas, as seguintes fontes de odor: 1) roseira vs. ar limpo. 2)
roseira vs. roseira infestada com afídeos. 3) roseira vs. roseira+coentro. 4) roseira
infestadas com afídeos+coentro vs. roseira infestada com afídeos. 5) roseira infestada
com afídeos+coentro vs. roseira+coentro. Mediram-se a resposta inicial (RI) e a resposta
final (RF) (RF: permanência > 30 segundos) de cada fêmea. O fator afídeo influencia
significativamente o número de ovos colocados por C. externa nas roseiras (F = 6.7455,
P = 0.028), independentemente se acompanhadas ou não do coentro. Houve uma
porcentagem maior de ovos de C. externa nas plantas de coentro quando foram
companheiras das roseiras infestadas por afídeos (39,02%). Nas provas de olfatometria,
fêmeas de C. externa mostraram uma significativa atração para roseiras infestadas com
afídeos (RI = 67% e RF = 74%), e para roseiras não infestadas associadas com coentro
(RI e RF = 67%), na resposta inicial e final. Pode-se presumir que a presença de M.
euphorbiae em plantas é um fator determinante na preferência de oviposição deste
predador, sendo uma presa adequada para o desenvolvimento e sobrevivência de sua
prole. Também se verificou que o coentro é uma planta atrativa a C. externa devido aos
COVs emitidos, podendo ser útil na atração deste inimigo natural em cultivos de roseiras
em casa de vegetação.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ECOLOGIA QUIMICA DAS FLORES DE PASSIFLORA E SUA RELAÇÃO COM AS
SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO
Daniel Antonio Villamil Montero
[email protected]
As fragrâncias florais são constituídas por compostos voláteis (CVs) os quais cumprem
uma importante função, trabalhando diretamente no isolamento reprodutivo das espécies
a traves da influencia sob agentes polinizadores. As passifloras são facilmente
catalogadas dentro dos respectivos síndromes de polinização (Bot. rew. 72(1):11, 2006) e
no gênero são conhecidos casos de espécies polinizadas por humanos (cultivadas),
aves, morcegos, mamangabas, abelhas e vespas (Behaviour 32:33, 1968). As diferentes
síndromes de polinização podem se predisser em função da morfologia floral e outras
características como ausência/presencia de fragrância, composição química e o horário
de antese. Embora, a caracterização dos CV das fragrâncias florais das passifloras e sua
relação com os polinizadores permanecem pouco exploradas. Atualmente, das mais de
500 spp só se tem registro dos CVs das fragrâncias florais de uma dúzia de passifloras
(Ny Ser 39:91, 2000; Bot. J. Linn. Soc. 136:139, 2001). Durante os anos 2011 e 2012 foi
desenvolvida uma pesquisa para estudar parâmetros da biologia floral e as fragrâncias de
cinco espécies de Passiflora (P. edulis, P. alata, P. cincinnata , P.coccinea e P.
quadrangularis). As cinco espécies foram cultivadas em ambiente protegido. Os
compostos voláteis das fragrâncias das flores de cada espécie foram capturados com a
técnica de Headspace dinâmico (HSD). Foram feitas cinco repetições por espécies, mais
uma amostra controle com material vegetativo da mesma planta. A análise da
composição química das fragrâncias foi conduzida em cromatógrafo a gás acoplado a
espectrômetro de massa e a identificação dos constituintes químicos foi efetuada através
dos índices de retenção (IR) seguido da análise comparativa dos espectros de massa
com diferentes bancos de dados especializados e padrões comerciais (quando
disponíveis). Os resultados demonstraram que as composições químicas das fragrâncias
estudadas têm grande diversidade interespecífica. Três grupos foram identificados
dependendo da composição das fragrâncias: P. alata e P. quadrangularis (terpenoides),
P. edulis e P. cincinnata (bencenoides e fenil propanoides) e P. coccínea (alifáticos).
Estes resultados sustentam parcialmente as hipóteses da especiação através da isolação
reprodutiva como produto de lentas mudanças acumuladas na composição do bouquet
químico encarregado pela atração dos agentes polinizadores principalmente nas
espécies com distribuições simpátricas.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EMISSÃO DE
JASMÔNICO
VOLÁTEIS
DA
CANA-DE-AÇÚCAR
INDUZIDA
PELO
ÁCIDO
Patricia Alessandra Sanches
[email protected]
As plantas, ao serem atacadas pelos insetos herbívoros, iniciam a síntese de compostos
defensivos modulados, principalmente, pelo fitohormônio ácido jasmônico (AJ). A
aplicação exógena do AJ na planta tem um efeito similar à indução da herbivoria e, por
isso, pode ser uma técnica promissora de manejo integrado de pragas (MIP), de modo
que a planta sintetiza as defesas induzidas anteriormente à herbivoria. O presente
trabalhou investigou o efeito da aplicação do ácido jasmônico sobre a resistência da
planta de cana-de-açúcar, avaliada em termos de emissão de voláteis induzidos. As
plantas de cana (‘SP80-3280’) foram tratadas com 20 ml de uma solução aquosa de 0.5
mM de AJ sintético acrescida de 1% de acetato de etila. Após 24h, os voláteis liberados
pela cana-de-açúcar foram amostrados diariamente em um sistema de aeração e usando
filtros de polímero adsorvente. Os extratos diclorometânicos foram analisados no
equipamento CG-MS Varian, modelo 3800, usando Hélio como gás de arraste. A
identificação dos compostos foi tentativa pela comparação dos espectros de massa da
biblioteca “NIST08”. Os dados de quantificação relativa dos compostos foram analisados
pela ANOVA medidas repetidas, considerando o tempo como variável. A cana-de-açúcar
liberou um total de seis compostos pertencentes ao grupo dos alcanos, aldeídos, álcoois,
mono e sesquiterpenos. A aplicação de AJ induziu uma maior emissão de
sesquiterpenos, que atingiu o pico às 48h após o tratamento. Os sesquiterpenos são
importantes por mediarem interações ecológicas, principalmente com o terceiro nível
trófico. Assim, o próximo passo deste estudo será avaliar o potencial do tratamento com o
AJ na atração de inimigos naturais das pragas da cana-de-açúcar.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
AVALIAÇÃO DO EXTRATO DE LEVEDURA BIONIS® YE MF COMO ATRATIVO
ALIMENTAR PARA Anastrepha obliqua MACQUART, 1835 (DIPTERA:
TEPHRITIDAE), EM LABORATÓRIO E EM CAMPO
Jairo Torres Magalhaes Junior
[email protected]
A utilização de atrativos alimentares no controle de moscas-das-frutas é objeto de
diversos estudos, sendo cada vez mais aplicado devido à crescente importância
econômica que esses insetos representam para a fruticultura mundial. Objetivando
avaliar o extrato de levedura Bionis® YE MF na atratividade de Anastrepha obliqua foram
realizados testes em laboratório e a campo. Os testes em laboratório foram realizados em
túnel de vento instalado na Central de Laboratórios da Empresa Baiana de
Desenvolvimento Agrícola (EBDA), enquanto que os testes a campo foram conduzidos na
sede da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas-BA, no Banco Ativo de
Germoplasma (BAG) de Citros. Neste, utilizou-se delineamento experimental inteiramente
casualizado, constando de quatro tratamentos: T1-hidrolisado de proteína a 7%, T2 água + açúcar, T3- Bionis® YE MF a 3,5% e T4- Bionis® YE MF a 1,5%, sendo que o
Bionis® YE MF foi misturado com açúcar na proporção 3:1. Testes em túnel de vento:
utilizou-se três fêmeas virgens de A.obliqua por teste, totalizando 30 fêmeas por
tratamento, com dois a quatro dias de idade, submetidas a jejum alimentar de 20 horas
antes dos testes. Cada tratamento constou de 200µl de solução embebida em papel de
filtro, posicionado a 110 cm distante da plataforma de liberação dos insetos. A velocidade
do fluxo de ar foi 20 cm/s. Cada teste durou cinco min. Parâmetros avaliados: número de
fêmeas que saíram da plataforma de liberação (“ativação”) e número de fêmeas que
chegaram à fonte de odor (“atração”). Experimento de campo: utilizou-se armadilha tipo
McPhail, com capacidade para 300 mL de solução. O material coletado foi triado e os
insetos identificados em nível de espécie e sexo. Os dados foram analisados pelos testes
estatísticos de qui-quadrado e Kruskal Wallis (p<0,05). Nos testes em laboratório, as
fêmeas foram mais ativadas no T1 (40%), seguida do T3 (27%), T4 (17%), e T2 (7%).
Apenas os tratamentos T1 (17%) e T3 (38%) atraíram as fêmeas à fonte de odor após a
ativação. No experimento de campo coletou-se um total de 74 exemplares de A. obliqua.
O tratamento T1 foi o que mais atraiu, seguido dos tratamentos T3 e T4,
respectivamente. Houve coerência entre os resultados encontrados em laboratório e em
campo, sendo que a solução de Bionis® YE MF apresenta-se como um possível atrativo
alimentar da espécie A.obliqua.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
VOLÁTEIS DE Schinus terebinthifolius RADDI INDUZEM A PRODUÇÃO DE
ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO E INTERFEREM NO ENRAIZAMENTO
ADVENTÍCIO DE Arabidopsis thaliana HEYNH
Ângela Pawlowski
[email protected]
Estudos anteriores demonstraram que o óleo essencial (OE) de Schinus terebinthifolius
inibem o enraizamento adventício de Arabidopsis thaliana possivelmente através da
produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que interferem na sinalização da
auxina, fitormônio envolvido na formação de raízes. Assim, o objetivo do trabalho foi
avaliar se a adição de auxina e de um antioxidante conseguiriam reverter os efeitos
causados pelo OE de S. terebinthifolius. Sementes de A. thaliana (ecótipo Columbia, tipo
selvagem) foram desinfestadas, distribuídas em placas de Petri contendo ágar 0,8%
(m/v), sacarose 3% e MS 0,1x, vernalizadas (2 dias, 4 °C, escuro) e germinadas em sala
de cultivo (20 °C ± 2 °C, 16 hs luz e irradiância de 37 µmol/m2sec). Após 7 dias, 10
microestacas foram obtidas e 5µL do OE foram aplicados em todos os tratamentos
(exceto controle - C). Foram preparados meios com 57µM de ácido indol-3-acético (A),
100mM de Trolox ® (T) e A+T. Cada tratamento (C, OE, A, T, A+T) foi realizado em 4
repetições. As microestacas permaneceram expostas ao OE durante 7 dias. Os
parâmetros avaliados foram: tempo médio de enraizamento (TME), porcentagem de
microestacas enraizadas (%E), número de raízes por microestaca (NR) e comprimento
da maior raiz (CR). A produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) foi analisada através
da coloração com 3,3'-diaminobenzidina (DAB) 1mg/ml. As microestacas foram
fotografados em lupa e a produção de H2O2 foi visualizada como uma coloração
marrom-avermelhada. Como resultado, A e A+T mostraram um atraso de apenas 8hs no
TME comparado com C, enquanto OE causou um atraso de 24hs. Não houve diferença
entre T e OE. Quanto à %E, nenhum dos tratamentos foi afetado pelos voláteis. Para o
NR, T e A+T recuperaram os efeitos causados pelos voláteis aumentando a densidade de
raízes, não havendo diferença entre C (3,20±0,24), T (3,53±0,28) e A+T (3,53±0,24), bem
como entre o C e A (2,73±0,67). A+T (0,56±0,05) recuperou em 15% o efeito inibitório do
OE sobre o CR, mas não houve diferença entre A (0,47±0,11), T (0,46±0,07) e OE
(0,34+0,05). A reação positiva com DAB foi verificada nos tratamentos OE e A,
demonstrando a formação de H2O2. Onde T foi adicionado não foram detectadas EROs.
Os resultados evidenciam que o OE de S. terebinthifolius interfere no enraizamento de A.
thaliana pela produção de EROs. Desse modo, a próxima etapa do trabalho envolverá a
análise da expressão de ANP1, importante gene envolvido na resposta ao estresse
oxidativo.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
POTENCIAL FITOTÓXICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Heterothalamus psiadioides
(LESS.) SOBRE O ORGANISMO MODELO Arabidopsis thaliana (L.) HEYNH
Diana Carla Lazarotto
[email protected]
Diferentes mecanismos podem atuar na dinâmica das comunidades vegetais. Dentre eles
estão as interações químicas entre plantas, que podem influenciar na germinação e
desenvolvimento da vegetação. Asteraceae Martinov é uma família cujas espécies são
ricas em compostos fitotóxicos que podem favorecer a colonização de ambientes. Tendo
em vista as populações densas formadas por Heterothalamus psiadioides Less. em
campo, estudou-se o potencial fitotóxico dos voláteis do seu óleo essencial sobre a
germinação e crescimento inicial de Arabidopsis thaliana (L.) Heynh. Para a
determinação dos efeitos dos voláteis do óleo essencial de H. psiadioides sobre a
germinação, 30 sementes de A. thaliana foram distribuídas em placas de Petri contendo
meio de cultura (0,8% ágar, 3% sacarose e MS 0,1x). Realizou-se a quebra da dormência
das sementes (~4°C e 48 hs/escuro). Alíquotas do óleo essencial foram aplicadas em
algodão fixado na tampa da placa de Petri nos tratamentos 5, 10, 15, 20 e 25 µL, com
exceção do controle. As sementes não tiveram contato direto com o óleo essencial,
apenas ficaram expostas a uma atmosfera saturada pelos voláteis dentro das placas. Os
tratamentos foram realizados em quatro repetições e as sementes germinadas foram
contadas diariamente, por sete dias. Para avaliar o crescimento inicial de A. thaliana, foi
seguida a mesma metodologia do experimento de germinação, diferenciando-se no
aspecto de que o óleo essencial foi aplicado após 48 hs, quando as sementes já
encontravam-se germinadas. Os experimentos foram mantidos em sala de cultivo (21°C e
16 hs/luz). Os parâmetros avaliados foram: germinabilidade (%G), índice de velocidade
de germinação (IVG), comprimento radicial (CR) e comprimento da parte aérea (CPA).
Para a %G %, os tratamentos 5, 10, 15, 20 e 25 µL apresentaram uma redução de
46,1%, 66,1%, 83,5%, 85,2% e 87,8% respectivamente, em relação ao controle. Os
tratamentos 15, 20 e 25 µL não diferiram entre si. Na avaliação do IVG, verificou-se o
mesmo padrão da %G, sendo que esse parâmetro foi reduzido em 94,1% na maior
alíquota de óleo essencial (25 µL). O CR foi reduzido nos tratamentos de 5, 10, 15, 20 e
25 µL a 61,7%, 88,6%, 92,8%, 94,2% e 95,9%, em relação ao controle. Para o CPA o
controle e 5 µL diferiram de todos os tratamentos, entretanto 10, 15, 20 e 25 µL não
diferiram entre si. Dessa forma, os voláteis de H. psiadioides afetaram significativamente
todos os parâmetros analisados. É possível que a limitação da germinação e do
crescimento inicial de A. thaliana seja ocasionada por mitoses anômalas nas regiões
meristemáticas com consequente morte celular – efeito já encontrado para o óleo
essencial de H. psiadioides. O organismo A. thaliana não é comumente utilizado para
testes de potencial fitotóxico, entretanto se mostra sensível e ao mesmo tempo
promissor, já que é modelo para estudos de fenômenos, identificação de genes e
desenvolvimento de técnicas, favorecendo a extrapolação de conclusões.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
HORMÔNIOS ESTEROIDAIS DO PÓLEN PODEM AUMENTAR A PRODUÇÃO DE
RAINHAS EM ABELHAS DO GÊNERO Melipona?
Daniela Lima do Nascimento
[email protected]
A produção de rainhas e operárias em insetos sociais depende primariamente de fatores
sociais e nutricionais. Entre os Apini, a produção de novas rainhas ocorre através da
construção de uma célula real, sendo a larva aprovisionada com um alimento
diferenciado qualitativa e quantitativamente, o qual desempenha um importante papel no
processo de diferenciação de castas. Células reais de Meliponini são maiores que as
células de operárias e, assim, comportam alimento em maior quantidade, porém, não
diferenciado qualitativamente. O gênero Melipona constitui uma exceção entre as abelhas
sem ferrão no que diz respeito à produção de rainhas, uma vez que a qualidade e a
quantidade de alimento parecem não ser diferenciadas. O objetivo desse estudo foi
avaliar a influência dos hormônios esteroidais do pólen na produção de rainhas
deMeliponamarginata. Para isso, 10 mg de sitosterol, 5 mg de fucosterol e 1mg de
campesterol (fitoesteróides comumente encontrados no pólen)foram dissolvidos em 8 ml
de etanol, resultando em uma solução de concentração igual a 2 mg/ml. Volumes
diferentes dessa solução foram adicionados a 4 gramas de pólen (retirado dos potes de
alimento) e oferecidos a uma colônia de M. marginata, mantida sem conexão com o meio
externo e alimentada com solução de água com açúcar (50%) diariamente. O volume de
solução para cada teste foi: Tratamento 1 = 0,5 ml; Tratamento 2 = 1 ml e Tratamento 3 =
2 ml, sendo duas réplicas para cada um deles. Foi realizado um controle (sem adição de
hormônio) para cada tratamento, também com duas réplicas. As porcentagens de rainhas
obtidas em relação às operárias foram (Média ± DP): Tratamento 1 = 19,05% ± 1,35
(controle = 13,25% ± 4,15), Tratamento 2 = 16,29% ± 2,67 (controle = 13,5% ± 2,12) e
Tratamento 3 = 19,13% ± 1,22 (controle = 11,79% ± 0,69). Emboratenha ocorrido uma
maior produção de rainhas nos tratamentos com hormônios em relação aos controles,
somente o Tratamento 3 foi estatisticamente significante (test T, p < 0,05). De acordo
com esses resultados, pode-se concluir que, sendo os fitormônios importantes
precursores de ecdisteróides em abelhas, um aumento na ingestão da fração esteroidal
proveniente do pólen resulta em um aumento da proporção de rainhas produzidas em
colônias de Melipona marginata.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
OCORRÊNCIA DE POLIANDRIA EM FÊMEAS DE BROCA-DO-CAFÉ, Hypothenemus
hampei (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE: SCOLYTINAE)
Camila Moreira Costa
[email protected]
Os estudos sobre sistemas de acasalamento de insetos permitem a compreensão dos
aspectos evolutivos do comportamento reprodutivo de uma espécie. Entretanto, para
espécies como a broca-do-café (Hypothenemus hampei), tais estudos são escassos.
Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar se há ocorrência de poliandria em diferente
estágios do ciclo de vida de fêmeas de H. hampei. Foram utilizados os seguintes
tratamentos: (i) as fêmeas foram acasaladas com dois machos diferentes de mesma
condição fisiológica, um antes e outro depois de se tornarem “colonizadoras”
(responsivas a luz) e (ii) as fêmeas foram acasaladas com dois machos diferentes de
mesma condição fisiológica, um antes e outro depois de ser permitido um período de
oviposição de 10 dias. Para determinar o momento em que a fêmea se tornou
‘colonizadora’, estas foram colocadas em um tubo de ensaio no qual metade permanecia
no escuro, assim somente um lado permitia a entrada de luz. Para garantir o ambiente
escurecido os tubos de ensaio foram encaixados em isopor preto perfurado. Diariamente,
foram retiradas as fêmeas que se movimentaram para o lado com entrada de luz. As
fêmeas em oviposição foram acondicionadas em um frasco de poliestireno contendo um
grão de café ‘pergaminho’ e fechado com voile preto. Para acessar o comportamento de
acasalamento em cada tratamento, os casais foram individualizados em poços de uma
placa de microtitulação forrados com uma camada de papel de filtro umedecido e
contendo um pedaço de endosperma de café. Os casais foram filmados durante 12 h e
analisados conforme metodologia descrita anteriormente (J. Insect Behav 25:408, 2012).
Inicialmente haviam 60 fêmeas, porém as fêmeas que não copularam ou morreram
durante a realização dos tratamentos foram excluídas da análise estatística. A frequência
de cópula (1º macho) nas fêmeas virgens foi 64,58% e 63,04% para o tratamento (i) e (ii),
respectivamente (χ2 =0,067, df=1, P>0,05). Enquanto a recópula (2º macho) apresentou
diferença significativa, sendo 64,52% e 20,69% para o tratamento (i) e (ii),
respectivamente (χ2 =7,538, df=1, P<0,05). As fêmeas do tratamento (ii) apresentaram
duração de recópula de 1,74min em contraste com 2,57min de duração da cópula (t = 2,434, df=1, P<0.05). Já as fêmeas do tratamento (i) apresentaram duração de cópula e
recópula semelhantes de 2,21 e 2,36min (t= 0,848, df=1, P>0.05). Ao comparar os
tratamentos em função do 1º e 2º macho foi verificada diferença significativa também na
duração da recópula (cópula: F(1,60)=3,804; P>0,05; recópula: F(1,26)= 5,177; P<0,05).
Foi verificada a ocorrência de cópulas repetidas com o 1º ou 2º macho, porém em maior
frequência com o 1º macho em ambos os tratamentos. Os resultados indicam a
ocorrência de poliandria em fêmeas de H. hampei, porém este comportamento parece ser
dependente da condição fisiológica da fêmea no momento da exposição a machos
diferentes.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
A TÉCNICA DE GC/FTIR COMO IMPORTANTE FERRAMENTA NA IDENTIFICAÇÃO
DE SEMIOQUÍMICOS
Diogo Montes Vidal
[email protected]
A espectroscopia na região do infravermelho é uma das técnicas mais completas e
importantes na elucidação estrutural de compostos orgânicos. Os espectros de
infravermelho provêm informações sobre grupamentos funcionais e configuração de
ligações duplas C-C, entre outras, atuando como técnica complementar à espectrometria
de massas. O acoplamento do da técnica de espectrospopia na região do infravermelho à
cromatografia gasosa resultou em uma poderosa ferramenta na identificação de
compostos, principalmente aqueles que, assim como grande parte dos semioquímicos,
estão contidos em misturas complexas e em pequenas quantidades. Em nosso grupo de
pesquisa, GC-FTIR tem mostrado-se como técnica chave na correta elucidação de
diferentes classes de semioquímicos. Neste trabalho, serão abordados os seguintes
exemplos: o feromônio sexual produzido por fêmeas da mariposa do álamo,
Condylorrhiza vestigialis, assim como compostos semelhantes à estes; os alomônios
produzidos por diferentes espécies de percevejos; e os VOCs emitidos por Eucalyptus
benthamii após herbivoria por Thaumastocoris peregrinus.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EVIDENCE FOR A SEX PHEROMONE IN Pseudococcus meridionalis (HEMIPTERA:
PSEUDOCOCCIDAE)
Maria Fernanda Flores
[email protected]
The mealybug Pseudococcus meridionalis (Prado) is an important agricultural pest in
Chile described recently and intercepted occasionally in phytosanitary export inspections.
Due to quarantine restrictions imposed by main importing countries and difficulties in the
correct identification of mealybug species, we studied the chemical communication in P.
meridionalis to pave the way for the development of new tools for detection and
monitoring
of
this
pest.
Adult females of P. meridionalis were collected from vineyards and reared in the
laboratory on sprouted seed potatoes. At the second instar, the colony was treated with
an insect growth regulator to selectively remove males and obtain pure virgin females
colonies. Volatiles from matured virgin females were collected on activated charcoal and
eluted with hexane. The extracts showed to be attractive to males in laboratory bioassays.
Analysis by gas chromatography-mass spectrometry and comparison with control
samples revealed the presence of a female-specific compound with retention indices of
1358 on a non-polar Rtx-5 column and 1610 on a polar Stabilwax column. . Derivatization
reactions and synthesis of model compounds are being carried out in order to elucidate
the structure of this pheromone candidate.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESPUESTAS OLFACTORIAS DEL BURRITO DE LA
xanthographus, A VOLÁTILES DE PLANTAS HOSPEDERAS
VID,
Naupactus
Waleska Vera
[email protected]
Naupactus xanthographus conocido comúnmente como burrito de la vid, es un insecto
polífago con alta tasa de reproducción que causa significativos daños de importancia
económica en cultivos de países Sudamericanos. Es considerado una plaga agrícola
primaria debido al daño causado por larvas y adultos. Además, tiene un estado
cuarentenario en países como Japón y Estados Unidos. Sus principales especies
hospederas incluyen especies de importancia económica, tales como vid, paltos y
manzanos. En el presente trabajo, estudiamos las respuestas de comportamiento de
machos y hembras a diferentes volátiles de dos plantas hospederas, vid (Vitis vinífera) y
palto (Persea americana). Además, analizamos las respuestas de comportamiento a dos
compuestos sintéticos, limoneno y linalool. Para ello, colectamos volátiles constitutivos e
inducidos por herbivoría en ambas plantas hospederas en un equipo “Headspace
Entrainment Equipment”. Las respuestas olfactorias a volátiles de plantas y a compuestos
sintéticos fueron determinadas usando un tubo olfactómetro Y y analizadas usando el test
no-paramétrico 2. Finalmente, identificamos algunos compuestos volátiles de ambos
hospederos por GC/MS. Nuestros resultados indican que machos son atraídos a: i)
volátiles constitutivos sobre un control, ii) volátiles inducidos por herbivoría sobre un
control y iii) volátiles inducidos por herbivoría sobre volátiles constitutivos de ambas
plantas hospederas. Machos no muestran preferencia cuando se les presentan
simultáneamente los volátiles de ambas plantas hospederas. Para limoneno, machos
muestran una preferencia significativa por una concentración de 500 ng del compuesto,
mientras que para linalool una preferencia a una concentración de 5 ng. Hembras no
muestran una preferencia significativa a volátiles constitutivos de ambas plantas
hospederas comparado con un control. Para limoneno, hembras son atraídas a una
concentración de 5 ng. Los análisis GC/MS permitieron identificar algunos volátiles,
principalmente
volátiles
de
hojas
verdes
(GLVs),
terpenos
(monoterpenos
y
sesquiterpenos), compuestos aromáticos y cetonas. Nosotros hipotetizamos que las
diferencias en las respuestas de comportamiento están asociadas con la variabilidad de
los volátiles emitidos, causando variaciones en la percepción antenal del insecto. Análisis
estadísticos así como bioensayos olfactométricos se están realizando para poner a
prueba esta hipótesis. Futuros ensayos electrofisiológicos contribuirán a contrastar dicha
hipótesis.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Pôsteres
Resumos
ÁREA: Ecologia química de vetores de doenças
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ATTRACTION OF TRIATOMINES TOWARDS DIFFERENT CO2-FREE, SYNTHETIC
HOST-ODOR BLENDS
PABLO GUERENSTEIN
[email protected]
Vector control is the most effective method to prevent Chagas disease. A lured trap
device is a sustainable and an environmentally-friendly tool for vector monitoring and
control. Using one of the most important Chagas disease vectors, Rhodnius prolixus, we
test potential odor attractants for the bugs in a dual-choice olfactometer in which attracted
bugs get trapped. We already showed that a commercial, CO2-free synthetic host-odor
lure developed for mosquitoes (Sweetscent®), consisting on ammonia, L(+)-lactic acid
and hexanoic acid, evokes significant attraction and trapping of triatomines in the
laboratory. We also showed that the insects respond specifically to the three-component
blend in a synergistic way. However, our results also suggested that the performance of
the odor blend could be improved. Thus, we now tested different variants of a blend
consisting on ammonium hydroxide, L(+)-lactic acid and pentanoic acid (blends differed in
the total mass of compounds and in their proportions). Each odor was loaded onto an
individual filter paper strip and the three strips were placed in the test arm of the
olfactometer. The negative-control arm contained filter paper strips with the solvent
(water) only. In negative-control experiments both arms consisted in control arms. The
percentage of total capture (%TC) was defined as the total number of insects in the arms
(test + control) over the total of insects tested. Thus, we compared the odor-induced
%TCs with those of the basal %TCs obtained in the negative-control experiments.
Whereas in negative-control experiments the %TC was 7.5 % (N=53), in the positive
control (a mouse) 68.1 %TC was obtained (P<0.001, G-test, N=50). Two of the synthetic
blends tested evoked significant %TC (Blend 4: 28.1 %, G-test, P<0.01; Blend 6: 31.3 %,
G-test, P<0.01; N=32 for all six blends tested). Results indicate that, as expected, the
proportion at which the odors were delivered has a major role in determining the attraction
and capture level. They also suggest that blends 4 and 6 are good attractants.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
BIOACTIVITY OF THE EUCALYPTUS ESSENTIAL OIL ON AEGORHINUS
JOCELYNE TAMPE, Karen Huaiquil , Andrés Quiroz
[email protected]
Aegorhinus superciliosus (Coleoptera: Curculionidae) is a poliphagous weevil, native of
South America. In Chile, this specie attack strongly blueberries and European hazelnut.
Whereas adults produce damage by chewing shoots and leaves, the most serious
damage is caused by the rootfeeding larvae, which can kill plants. Conventional pesticides
are currently used for controlling this weevil, but the continuous pesticides application per
season, are producing resistance development, environmental problems, health risks and
residues on harvested fruit. This situation has led to the adoption of new control strategies
for this insect based on the use of natural resources, highly specific and biodegradable.
Essential oils have been used for insect control and they have been conceptualized under
the
term
of
“Green
Pesticides”.
Thus,
the
ability
to
explore
these botanical extracts as new tools for the monitoring and control of A. Superciliosus
emerging as a new tools for developing an integrated pest management. Previous results
have shown that eucalyptol elicited a kairomone effect from adult A. superciliosus
(Environ entomol. 38:781-789, 2009ª). For this reason, the objective of this study was to
evaluate the activity of eucalyptus essential oil (EEO) on A. superciliosus. The behavioral
response of the insect was tested at one concentration reported as bioactive with the main
compound of EEO by using a four-arm olfactometer. The olfactometric response of each
insect to stimulus was automatically registered for 20 min, and the time spent on each arm
was processed by Etho Vision 3.1 software. Each treatment was replicated 20 times for
each
sex
of
A.
Superciliosus.
Behavioral response of A. superciliosus toward volatile compounds released from
eucalyptus oil showed a trend of attraction on the females and elicited a response
attractant
on
the
males
insect.
This is consistent with report in Environ entomol. 38:781-789, 2009ª. They observed the
same behavior when the insect was stimulated with eucalyptol (principal compound of this
oil). Our results show antagonist biological activities previously reported by this essential
oil in Forest Ecol Manag. 256:2166-2174, 2008. They reported a repellent effect elicited
by EEO on several insects. The attractant activity shown by EEO suggests their use for
new IPM strategies for controlling A. superciliosus.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
PADRONIZAÇÃO DE BIOENSAIOS EM OLFATÔMETRO VERTICAL COM FLUXO DE
AR PARA Anopheles aquasalis UTILIZANDO OCTENOL
PAULA BLANDY TISSOT BRAMBILLA , Renata Antonaci Gama
[email protected]
Introdução: O estudo de compostos sintéticos atrativos para anofelinos, como o
cairomônio Octenol (1-octen-3-ol) pode ser uma ferramenta importante para os gestores
de saúde pública ao serem acrescentados em armadilhas. O estudo tem como objetivo
padronizar os primeiros bioensaios com Octenol realizados em olfatômetro vertical com
fluxo de ar desenvolvido para Anopheles, testando diferentes taxas de liberação de
Octenol, aferindo qual a mais atrativa, e o funcionamento do olfatômetro durante os
primeiros ensaios. Metodologia: Para padronização da taxa de liberação de Octenol que
será usada nos bioensaios foram comparados 3 volumes: 50µl, 100µl e 150µl. As
amostras foram triplicadas, mantidas em capela com fluxo, com temperatura de 29°C e
umidade de 83% e pesadas em balança analítica a cada hora durante 5 horas e após 24
horas. Para a padronização dos bioensaios com o Octenol utilizou-se 10 fêmeas de A.
aquasalis com 5 a 11 dias de idade, mantidas há 2 dias sem solução açucarada e repasto
sanguíneo. Realizou-se 3 repetições para cada taxa, cada ensaio durou 10 min., sendo 5
para ambientação dos mosquitos e 5 exposto a fonte de odor. As taxas de liberação
testadas nos bioensaios foram obtidas no experimento anterior. Ao final dos 5 min. da
inserção da fonte de odor leram-se os bioensaios considerando os seguintes aspectos:
(1) Porcentagem de fêmeas atraídas pela fonte de odor; (2) Autonomia correta do
olfatômetro vertical com fluxo durante os bioensaios; (3) Possível alteração na
capacidade de vôo gerada pelo fluxo de ar. Resultados e conclusão: Taxas de liberação
do Octenol obtidas: (A) 0,014g/h; (B) 0,015g/h e (C) 0,018g/h, para os volumes 50µl,
100µl e 150µl respectivamente. Observaram-se diferentes respostas de atratividade para
cada taxa de liberação, sendo 10% para a taxa A, 20% para a taxa B e a C não
apresentou atratividade. Não houve alterações na capacidade de vôo das fêmeas, visto
que elas circulavam livremente pelo olfatômetro, pousavam em suas paredes
normalmente e conseguiam descer para o compartimento inferior se atraídas pela fonte
de odor. Pode-se concluir que a taxa B de Octenol apresentou melhor atratividade, porém
são necessárias mais repetições e novos testes com outros volumes para obtermos uma
taxa de liberação que atraia pelo menos 60% dos mosquitos. O aparelho adaptado para
anofelinos apresentou um bom desempenho durante os testes, podendo ser considerado
nova ferramenta válida para o estudo do comportamento de A. aquasalis.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ACÚMULO DE COMPOSTOS FENÓLICOS NA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA A
PHAKOPSORA PACHYRHIZI
Tássia Boeno Oliveira, Maria Cristina Neves De Oliveira, Amauri Alves De
Alvarenga , Clara Beatriz Hoffmann-Campo
[email protected]
A ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Syd. & P. Syd., é uma
das doenças mais severas que incide na cultura da soja [Glycine max (L.) Merr.]. Entre as
estratégias para seu controle cita-se a indução de resistência que promove alterações
bioquímicas e estruturais, destacando-se a produção de compostos da via de
fenilpropanóides. Objetivou-se, neste trabalho, verificar o efeito do indutor metil
jasmonato (MeJA) na severidade da ferrugem e sua influência na concentração de
isoflavonas em plantas de soja da cultivar BRS 361 (suscetível a ferrugem-asiática). O
delineamento experimental foi em blocos casualizados, com seis tratamentos, seis
repetições e cinco plantas por repetição. Realizou-se aplicações foliar de 1) água
(testemunha), 2) Tween 20 (0,02%) e 3) MeJA (1,25 mM) em Tween 20 (0,02%), no
estádio V6. Depois de 24 horas as plantas foram pulverizadas com suspensão de
esporos ajustada para 1,4x105 uredosporos/mL. Foram coletados os primeiros trifólios
expandido as 48, 96 e 144 horas após inoculação para quantificação de isoflavonoides
em cromatografia líquida de alta performance. Após 15 dias foi realizada avaliação da
severidade da ferrugem no quarto trifólio com auxílio de escala diagramática. Os dados
foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey
(p<0,05). A severidade da ferrugem foi menor nos tratamentos MeJA e Tween 20, que
não diferiram estatisticamente, sendo as médias 4,07% e 7,30% respectivamente,
contrastando com 38,63% de média da testemunha. A inoculação desencadeou a
produção de compostos secundários, apresentando médias significativamente maiores
em todos os tratamentos nos compostos analisados, com aumento progressivo com o
decorrer do tempo. Plantas que foram tratadas com MeJA e apenas o surfactante (Tween
20) apresentaram maior concentração de daidzina, genistina, malonil daidzina, malonil
genistina, daidzeína, genisteína e cumestrol. Esses resultados mostram que o indutor de
resistência metil jasmonato, na dose empregada, foi eficiente na redução da severidade
da ferrugem da soja. No entanto, o tratamento Tween 20 induziu de forma semelhante à
produção de compostos da via dos fenilpropanóides e proporcionou controle da doença
quando comparado à severidade encontrada na testemunha. Por isso, é possível sugerir
que o MeJA induziu compostos que afetam diretamente o metabolismo da planta e que
influenciaram negativamente o desenvolvimento da doença assim como o Tween 20.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
IMPLICAÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA INDUÇÃO DE COMPOSTOS DE DEFESA
NO CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA
José Perez da Graça, Mayara De Souza Gois, Maria Cristina Neves De Oliveira,
Clara Beatriz Hoffmann-Campo
[email protected]
O objetivo do estudo foi avaliar a indução de compostos de defesa em plantas de soja
submetidas à aplicação exógena do ácido salicílico (AS) e seu efeito sinérgico com o
fungo Phakopsora pachyrhizi, agente causal da ferrugem asiática da soja. No 1°
experimento, o genótipo BRS 231 (tolerante à ferrugem) foi semeado em casa-devegetação (28°C e UR 70%) e, ao atingir o estádio V3, as plantas foram pulverizadas
com AS (0,625; 1,25; 2,5; 5 e 10 mmol). As coletas para análise de flavonoides foram
realizadas a 24, 48 e 72 horas após a pulverização. O experimento foi realizado com
quatro repetições totalizando 84 plantas. No 2° experimento o genótipo BRS 316
(suscetível à ferrugem) foi semeado em casa-de-vegetação e as plantas foram
inoculadas com suspensão de 1,4x105 uredósporos/ml + Tween 20 a 0,05%, no estádio
V3. Três dias após a inoculação, as plantas foram tratadas com AS nas concentrações
descritas acima. Dez dias após a inoculação foi coletado o trifólio V5 para análise de
flavonoides. Este experimento contou com quatro repetições por tratamento, totalizando
28 plantas. Os trifólios foram moídos, pesados, extraídos, ressolubilizadas e analisadas
em HPLC. A aplicação exógena das diferentes concentrações de AS resultou no aumento
da concentração de daidzina, malonil-daidzina e malonil-glicitina, assim como para
genistina e genisteína, principalmente na maior concentração de AS aplicado (10mmol).
No entanto, nas concentrações de 5 e 10 mmol, foi observada a necrose das folhas
devido a ação fitotóxica que o AS pode desencadear. Para malonil-genistina, gliciteína e
daidzeína, o AS não provocou uma alteração expressiva no conteúdo destes compostos.
As plantas da cultivar BRS 316 (inoculado + 5mmol) apresentaram maior concentração
de daidzina, malonís (daidzina e genistina), acetil-dadzina e das agliconas daidzeína,
gliciteína e genisteína. A fitoalexina coumestrol e genistina foram produzidos em maior
concentração na aplicação de AS a 5 e 10 mmol. O inverso foi observado para o flavonol
rutina nestas mesmas concentrações. Além disso, em algumas repetições de BRS 316 (5
e 10 mmol) foram observadas a indução de gliceolinas (III, I e II). Os resultados obtidos
sugerem que o ácido salicílico pode aumentar a concentração de compostos
secundários, no entanto, estudos de análise fenotípica estão sendo conduzidos para
avaliar a capacidade deste indutor no controle da ferrugem asiática da soja.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE LARVICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE
COMMIPHORA LEOPTOPHLOEOS (MART.) J. B. GILLET (BURCERACEAE) FRENTE
À AEDES AEGYPTI L.
Rayane Cristine Santos Da Silva, Patrícia Cristina Bezerra Da Silva, Daniela Maria
Do Amaral Ferraz Navarro, Nicácio Henrique Da Silva
[email protected]
A família Burceraceae inclui cerca de 20 gêneros e 500 espécies, sendo uma de suas
características peculiares a produção de óleo-resinas bastante perfumadas. Diversas
espécies são reportadas por possuírem atividade inseticida e Commiphora leptophloeos
por apresentar diversos usos etnobotânicos. O Aedes aegypti é um mosquito de grande
importância epidemiológica por ser o vetor de viroses como a febre amarela e a dengue
estando distribuído entre as regiões tropicais e subtropicais do globo. A fim de encontrar
uma forma alternativa de combate ao mosquito, objetivou-se avaliar no presente estudo,
a caracterização química do óleo essencial de C. leptophloeos e sua atividade biológica
frente A. aegypti através de testes de atividade larvicida. O óleo essencial de folhas
frescas de C. leptophloeos foi obtido através do processo de hidrodestilação durante o
período de 4h em um aparato de Clevenger. Posteriormente, o mesmo foi submetido a
análise por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas revelando a
presença de 55 compostos no óleo essencial de C. leptophloeos sendo o α- Felandreno,
o trans- Cariofileno e o β- Felandreno os constituintes do óleo presentes em maior
proporção, representando 26,26%, 18,01% e 12,93% respectivamente. Para a avaliação
da atividade larvicida, uma solução estoque de 100 ppm foi preparada utilizando-se 0,005
g do óleo diluído em 0,7 mL de acetona, adicionando-se água destilada até um volume
final de 50 mL. As demais concentrações foram preparadas através de diluições feitas a
partir da solução estoque com água destilada e a mortalidade das larvas foi determinada
após 48h de incubação a 27± 0,5 oC. A atividade larvicida do óleo essencial de C.
leptophloeos foi constatada com CL50 de 99,4 ppm para as larvas de quarto instar de A.
aegypti. Os estudos com óleos essenciais vêm se mostrando como uma boa ferramenta
na busca de uma alternativa de combate ao mosquito, nesse contexto, o óleo essencial
de C. leptophloeos mostra-se como fonte de compostos que podem ser avaliados na
busca de princípios ativos que induzam respostas biológicas em larvas de A. aegypti para
aplicação no seu combate.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ATIVIDADE DETERRENTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE ETLINGERA ELATIOR
FRENTE À AEDES AEGYPTI E IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS POR GC-EAD
Patrícia Cristina Bezerra Da Silva, Rayane Cristine Santos Da Silva, Paulo MiletPinheiro, Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro
[email protected]
A dengue é uma doença viral e não existindo vacina que confira imunidade permanente
ao vírus. Sendo assim, a principal medida de controle da doença é por meio do combate
ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Como alternativa adicional ao uso dos
compostos empregados no combate ao mosquito, óleos essências e extratos de plantas
são testados quanto à sua atividade. O Bastão do Imperador (Etlingera elatior) é uma
planta cultivada em larga escala em Pernambuco com valor comercial e possui diversas
atividades biológicas reportadas na literatura. Desta maneira este trabalho teve como
objetivo verificar a atividade deterrente de oviposição dos óleos essenciais da
inflorescência das variedades vermelha, rosa e porcelana desta planta frente ao mosquito
A. aegypti. As inflorescências frescas foram trituradas e submetidas a um processo de
hidrodestilação por 3h, através do qual foram obtidos os óleos com rendimentos (m/m) de
0,094; 0,052 e 0,049% para as variedades vermelha, rosa e porcelana, respectivamente.
Os mesmos foram utilizados em testes de oviposição, onde fêmeas grávidas de A.
aegypti foram colocadas em uma gaiola contendo dois recipientes com a solução teste
(óleo essencial) e controle (co-solvente + água destilada) durante 16 horas, com 6
repetições. Após esse período o número de ovos depositados em cada recipiente foi
contado e apresentaram 83,7; 76,2 e 68,2% (±SE) dos ovos depositados na solução
controle, para os óleos das variedades vermelha, rosa e porcelana respectivamente, o
que indicou uma atividade deterrente de oviposição na concentração de 100 ppm. A
análise química dos óleos, feita por CG-MS, mostrou que os majoritários dos óleos são
os mesmos para as três variedades estudadas, sendo eles dodecanal, dodecanol e αpineno. Testes de detecção eletroantenográfica (GC-EAD) foram conduzidos utilizando
antenas de fêmeas grávidas e sinais elétricos provenientes das antenas sincronizados
com o cromatograma dos compostos constituintes dos óleos essenciais indicaram os
compostos ativos. Análise dos resultados mostrou que os compostos n-decanol, 2undecanona, n-undecanal, n-dodecanal, (E)-cariofileno, β-(E)-Farneseno, α-Humuleno, ndodecanol, isodauceno e ácido dodecanóico foram ativos frente às antenas de fêmeas do
mosquito. Dois desses ativos: dodecanol e dodecanal foram testados isoladamente
quanto à atividade deterrente, utilizando a mesma metodologia utilizada para os óleos,
com concentração para 50 ppm, e mostraram-se deterrentes.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
UTILIZAÇÃO DE PESTICIDAS DE USO DOMÉSTICOS ENTRE FUNCIONÁRIO DE
UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO BRASIL
José Carlos Amaral Gevú, Kamile Santos Siqueira, Sileia Nascimento, Leonardo
Silveira Villar
[email protected]
Introdução: Observa-se que o uso de pesticidas tem se tornado muito comum nos
domicílios urbanos, estando à proteção mecânica como mosquiteiros e telas em
aberturas caindo em desuso, em muitas capitais do Brasil. Internacionalmente estima-se
que se utilizam pesticidas em 90% dos domicílios dos Estados Unidos e entre 50 a 80%
das moradias no Canadá. Objetivo: avaliar a utilização de pesticidas entre residentes de
Rio Branco, Acre, funcionários de uma Universidade Federal. Metodologia: Foi realizado
um estudo de corte transversal no tempo, com caráter censitário junto aos servidores
ativos da Universidade Federal do Acre. A amostra foi de 312 servidores. Para coleta das
informações, foi utilizado um questionário estruturado contendo informações sobre
identificação, situação ocupacional, uso domestico de pesticidas, entre outras. Foi
definido como utilização de pesticida doméstico o uso, nos últimos 6 meses de:
agrotóxico, coleira antipulga nos, iscas para formigas, espiral para queima, sabonete
antipulgas, spray, Carrapaticida, Cupinicida, iscas para baratas, iscas para moscas,
cartões para difusor elétrico antipiolhos, giz chinês, liquido para difusor elétrico, sabonete
antisarna e solução para bombas. Posteriormente a prevalência do uso de spray foi
verificada separadamente na análise dos dados. Resultados: Foram pesquisados 312
servidores da Universidade Federal do Acre, sendo 68,0% do sexo masculino e 32% do
sexo feminino. Grande parte dos entrevistados se encontrava na faixa etária acima dos
30 anos (78,2%), possuíam uma renda familiar maior do que 3.000 reais (65,6%) e
possuíam graduação ou pós-graduação (57,0%). Quanto ao uso de pesticidas a
prevalência foi de 67% entre os homens e 72% entre as mulheres. Quando analisado
somente uso de spray esse percentual foi de 64% para mulheres e 60% para homens.
Conclusão: Os dados referem altas prevalências na população pesquisada do uso de
pesticidas, os quais são produtos tóxicos tanto ao ambiente quanto para os indivíduos.
Portanto, sugere-se que intervenções referentes a educação ambiental e ecologia
humana devam ser executadas para minimizar o risco de possível contaminação dos
indivíduos e do ambiente na população pesquisada e extensivamente entre funcionários
públicos da cidade de Rio branco, Acre.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
AVALIAÇÃO DA INFLUENCIA DE EXTRATOS DE FORMAS IMATURAS NO
COMPORTAMENTO DE OVIPOSIÇÃO DE CULICÍDEOS VETORES.
Gabriel Bezerra Faierstein, Danilo Luna Campos, Gaby Sales , Rosângela Maria
Rodrigues Barbosa
[email protected]
O desconforto e o incômodo causado pelos mosquitos em áreas urbanas se agravaram
nos últimos anos com a presença dos mosquitos Aedes aegypti, A. albopictus e Culex
quinquefasciatus constante nas habitações humana. Esses mosquitos são de grande
importância para a saúde pública. Diversos são os fatores físicos e químicos envolvidos
no reconhecimento de um criadouro adequado pelas fêmeas, entre eles a presença de
sinais químicos provenientes de ambientes anteriormente habitados por imaturos coespecíficos. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de extratos de formas
imaturas, na escolha do sítio de oviposição. Os bioensaios em câmara de escolha foram
conduzidos em gaiola (100 x 80 x 70 cm), utilizando 30 fêmeas grávidas/ensaio, com pelo
menos vinte repetições. No interior da gaiola foram colocados dois recipientes (200 ml)
distando 50 cm. Os extratos foram preparados utilizando 50 larvas L4, ou 50 pupas ou
ainda 150 ovos para cada espécie/bioensaio, as formas imaturas eram lavadas com água
destilada e depois maceradas, após este procedimento eram filtradas, e adicionado 150
ml de água destilada. No recipiente controle apenas era colocado 150 ml de água
destilada. A cada repetição era colocado um novo lote de fêmeas e as posições dos
recipientes eram trocadas. Os resultados demonstraram que para os testes com extratos
L4 co-específicos, as fêmeas de A. aegypti, A. albopictus e C. quinquefasciatus
ovipositaram mais no recipiente teste (p< 0,05; IAO = +0,49; +0,68 e +0,73). Quando foi
testado extrato L4 de A. albopictus versus fêmeas de A. aegypti e C. quinquefasciatus o
número maior de ovos foram depositados no recipiente teste (p<0,01; IAO = +0,39 e
+0,56). Os testes com extratos L4 de C. quinquefasciatus versus fêmeas de A. aegypti,
também foram significativos (p=0,01; IAO = +0,74). Para o extrato L4 de A. aegypti versus
fêmeas de C. quinquefasciatus, o número maior de jangadas foi depositado no controle
(IAO = -0,74). Os resultados dos testes com extrato de pupa de A. albopictus versus
fêmeas de C. quinquefasciatus demonstraram que fêmeas ovipositaram mais no
recipiente teste (p<0,05; IAO = +0,55); para os testes com fêmeas de A. aegypti não
houve diferença estatística (IAO = +0,07). Os testes com extratos de ovo co-específicos
de A. aegypti e A. albopictus demonstraram que não ha diferença significativa entre os
sítios de oviposição (p>0,05). O aprimoramento destes extratos pode levar ao
desenvolvimento de iscas para uso em ovitrampas.
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Pôsteres
Resumos
ÁREA: ECOLOGIA QUÍMICA DE ORGANISMOS
MARINHOS
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INTEGRANDO ECOLOGIA QUÍMICA MARINHA E BIOTECNOLOGIA MARINHA
Renato Crespo Pereira
[email protected]
Os metabólitos secundários marinhos bioativos, reconhecidos há décadas como potenciais
fármacos ou anti-incrustantes, constituem uma das principais áreas da bioprospecção marinha.
Mas o suprimento de matéria prima ainda é um dos entraves para que este potencial de mais de
50 anos se torne uma realidade. No entanto, informações advindas dos estudos de ecologia
química marinha podem constituir subsídios importantes para atender esta demanda histórica.
Esta apresentação pretende explorar resultados obtidos no Brasil neste contexto de busca por
sustentatibilidade no uso do sesquiterpeno elatol produzido por espécies de macroalgas marinhas
do gênero Laurencia e potencialmente utilizável como fármaco e anti-incrustante. A quantificação
precisa do elatol através de HPLC será uma das abordagens, pois constitui método apropriado
para verificar rendimento ou produção deste metabólito sob diferentes condições ambientais ou de
cultivo. Ritmo circadiano também constitui aspecto a ser explorado e importante no contexto de
uso deste metabólito, assim como as condições ideais de cultivo de Laurencia para obtenção de
melhor rendimento ou produção deste sesquiterpeno. A indução por epibiontes será abordada
como uma alternativa para obtenção de maior rendimento de elatol sob condições de cultivo de
Laurencia. Por fim, será explorado o conhecimento sobre os genes responsáveis pela produção de
elatol como subsídio para possível obtenção deste metabólito através de procedimentos
biotecnológicos.
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EVOLUÇÃO DA QUÍMICA DEFENSIVA DE ZOOBOTRYON VERTICILLATUM
Etiene Elaine Gomes Clavico
[email protected]
O estudo da ecologia sob a ótica evolutiva vem integrando sobremaneira a tônica da biologia
moderna, no que concerne principalmente aos aspectos relacionados com seus princípios e
teorias. Os padrões do passado e do presente relativos a abundância, distribuição e diversidade
de organismos, antes referenciados somente pelo aspecto evolutivo, atualmente são explorados
em um contexto multidisciplinar, ressaltando a dinâmica das comunidades ecológicas e os
princípios evolutivos que unificam tais processos. No ambiente marinho, a pressão de predação
vem sendo considerada como a força seletiva que contribuiu para a ocorrência de defesas
químicas em muitos organismos, principalmente invertebrados. Sob este ponto de vista, não é
surpreendente que eles tenham desenvolvido mecanismos de defesa, incluindo defesas químicas
e físicas, a fim de garantir a sobrevivência. Organismos marinhos estão sob intensa pressão
competitiva por espaço, luz e nutrientes. No entanto, até o momento nenhum estudo foi capaz de
demonstrar que produtos naturais marinhos, de fato, evoluíram sob a pressão de predação, mas
são respostas ecológicas ao ambiente. Espécies marinhas invasoras são consideradas
“oportunidades” valiosas para avaliar a evolução de defesas químicas, uma vez que, ao chegarem
em um novo ambiente, passam por um rápido processo evolutivo. O briozoário Zoobotryon
verticillatum é conhecido como uma espécie exótica incrustante e amplamente distribuída em
águas temperadas quentes e tropicais, ocorrendo do sul ao nordeste do Brasil. Esta espécie é
conhecida por produzir metabólitos secundários com propriedades biológicas, fato que pode
contribuir para amplificar seu potencial invasor. Este estudo avaliou o perfil químico e o potencial
defensivo de metabólitos secundários de Z. verticillatum frente a consumidores generalistas. O
briozoário foi coletado ao longo da costa brasileira, e sua ocorrência frequentemente esteve
relacionada a ambientes portuários. Análises do perfil químico de Z. verticillatum da região de
Cabo Frio evidenciaram a presença do bromo-alcalóide 2,5,6-tribromo-N-methylgramine, o
provável responsável por sua atividade defensiva. Além disso, o extrato orgânico Z. verticillatum
foi capaz de deter a predação por peixes generalistas em ensaios de campo. Estes resultados,
aliados a futuros ensaios que devem ser realizados com espécimes de outros locais da costa
brasileira, podem elucidar os fatores envolvidos com as etapas seletivas da evolução molecular e,
em última análise, contribuir para um melhor entendimento dos aspectos evolutivos da química
defensiva de organismos marinhos.
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Pôsteres
Resumos
ÁREA: SEMIOQÍMICOS
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PREFERÊNCIA INDUZIDA DE SPERMOPHTHORUS APULEIAE
(CURCULIONIDAE:SCOLYTINAE) POR FRUTOS NATURAIS OU SIMULADOS
José Antônio Linhares Júnior - Adla Mércia Carobense Da Palma - Felipe De Oliveira Melo Rozimar De Campos Pereira
[email protected]
A importância da “preferência induzida” na avaliação da resposta de fêmeas de Spermophthorus
apuleiae (Coleoptera: Curculionidae:Scolytinae) ao estímulo olfativo/visual (fruto de pau-ferro) ou
visual (fruto simulado) foi avaliada por meio de dois bioensaios realizados em laboratório. No
primeiro, fêmeas foram obtidas em frutos três estágios de maturação (fruto verde, fruto em estagio
de maturação e fruto seco). Posteriormente, cada fêmea (N= 250 a 300) emergida frutos de um
desses estágios foi liberada numa arena na qual ela pode selecionar um fruto natural dentre
quatro de diferentes estágios de maturação ou, separadamente noutro teste, dentre quatro frutos
simulados de diferentes cores (verde claro, verde escuro, marrom e preto). Dos quatro frutos
simulados na arena, três tinham os diferentes estágios ou cores dos frutos de onde as fêmeas
emergiram. Os resultados revelaram elevada porcentagem de resposta das fêmeas aos estímulos
testados (>92,5%). A preferência das fêmeas não foi significativamente (x2, P<0,05) relacionada
ao estágio ou cor do fruto de onde elas emergiram, exceto para aquelas emergidas de fruto verde,
cuja preferência por fruto simulado verde foi significativa. Ao contrário das fêmeas procedentes
dos
frutos
naturais
que
responderam
aos
estímulos
olfativo/visual,
discriminando
significativamente o estágio e cor do fruto. O segundo bioensaio foi praticamente igual ao primeiro,
mas foram testadas fêmeas emergidas de frutos de pau-ferro de quatro estágios de maturação e
elas puderam selecionar na arena uma dentre dois frutos naturais nestes mesmos estágios ou
simulados com as mesmas cores. Elevada porcentagem de fêmeas responderam aos estímulos
testados (>87, 7%), e elas preferiram o estágio ou cor do fruto de onde elas emergiram (79,2% dos
casos), exceto para as fêmeas emergidas de frutos em maturação (marron). Este é o primeiro
estudo a considerar a seleção dos estímulos visual/olfativo pelas fêmeas de S.apuleiae na seleção
do hospedeiro. Os resultados sugeriram que este fenômeno deve ser levado em conta ao se
estudar futuramente armadilhas para captura massal e ou monitoramento de scolytinae em
plantios de pau-ferro.
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SEMIOQUÍMICOS PARA CAPTURA DE SCOLYTINAE EM REFLORESTAMENTO
Karolinne Teixeira Da Silva Damaceno Pereira - Dêvisson Antonio Leal Pimenta - Rozimar
De Campos Pereira - Marcus Vinicus Masson
[email protected]
Dentre os Coleopteras destacam-se a os Curculionidae e a subfamília Scolytinae cujos membros
são xilófagos e conhecidos como besouros-da-casca, estes são prejudiciais às essências
florestais, não só pelo dano ocasionado como pela dificuldade de controle, algumas destas brocas
podem ser vetores de doenças. Os estudos básicos a respeito destes insetos são fundamentais
para o sucesso do controle, no Brasil já começam a causar preocupação entre os silvicultores,
devido ao seu alto potencial de dano já registrado em outros países. Opções para uma melhor
gestão silvicultural pode envolver o uso de semioquímicos (feromônios e cairomônios) que
influenciam o comportamento destes besouros, tais como alimentação, acasalamento e
oviposição. No Brasil semioquímicos não são amplamente utilizados para monitoramento das
populações de besouros em reflorestamento o que poderia diminuir gasto com inseticidas
químicos e tratamentos silviculturais. O objetivo foi estudar armadilhas iscadas com
semioquímicos para captura destes insetos em reflorestamento no litoral norte da Bahia. Em áreas
com Eucalyptus spp. foram instaladas armadilhas de impacto tipo IAPAR e Armadilha Lindgren
modificada iscadas com diferentes semioquímicos tendo o etanol como testemunha, distanciadas
cerca de 100 m entre si, a 60 m das bordas do reflorestamento e altura de 1,3m do solo. As
coletas foram realizadas quinzenalmente, quando os insetos foram retirados para a contagem e os
semioquímicos renovados. O delineamento foi em blocos ao acaso sob esquema fatorial [2 (tipos
de armadilha x 4 (atraentes) x 4 (cores)] a cada 15 dias os insetos foram coletados e identificados
durante doze meses. Foram capturados 1268 espécimes, distribuídos em oito gêneros e 32
espécies. O cairomônio 2 + etanol) capturaram significativamente mais scolitinae que os demais
produtos testados (59%) e que, a testemunha (etanol + metanol 3:1 v/v) capturaram apenas 12%
dos insetos coletados. Verificou-se que o tipo de armadilha influencia a captura massal, sendo a
armadilha Lindgren a mais eficiente (69%). As armadilhas vermelhas coletaram um maior número
de indivíduos (P≥0,05) quando associada ao caromônio 2. Os gêneros mais abundantes foram:
Premnobius, Hypothenemus, Cryptocarenus, Xylosandrus e Ambrosiodmus independente do
período e do tipo de armadilha analisado.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESPOSTA DE ANTENA DE MACHOS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA:
NOCTUIDAE) A COMPOSTOS FEROMONAIS SINTÉTICOS
Kuss-Roggia, R. C. R. - Zazycki, L. C. F. - Favaro, C. F. - Vidal, D. M - Favaris, A. P. - Cônsoli,
F. L. - Sosa-Gómez, D. R. - Zarbin, P. H. G. ; Bento, J. M. S
[email protected]
O uso de feromônio para o manejo de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é uma
estratégia promissora que indica o momento certo da tomada de decisão para o controle no
manejo integrado de pragas. O objetivo deste trabalho foi verificar a resposta de antenas de
machos de S. frugiperda aos acetatos de (Z)-9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila, de (Z)-11hexadecenila, de (Z,E)-9,12-tetradecenila, e ao (Z)-11-hexadecenal em cromatógrafo gasoso
acoplado a eletroantenógrafo (GC-EAD). Para isso foram extraídas glândulas de S. frugiperda e
colocadas em hexano. O extrato natural foi concentrado para 1 equivalente fêmea e injetado 1μL
em GC-EAD, para permitir a visualização dos cromatogramas. Foram injetados os acetatos de (Z)9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila, de (Z)-11-hexadecenila, de (Z,E)-9,12-tetradecenila, e o
(Z)11-hexadecenal em GC-EAD. O cromatógrafo operou no modo “splitless” (250ºC), contendo
uma coluna capilar Rtx®-5 (30m x 0,25mm D. I. x 0,25 µm de espessura do filme), com ionização
por impacto de elétrons (70 e V). A temperatura foi programada para obter 50ºC/min inicialmente,
com aumento de 7ºC/min até 250ºC, esta última foi mantida por 10 minutos. A linha de
transferência operou a 270ºC, aproximadamente, e o hélio foi usado como gás de arraste com
fluxo de 1mL.min-1. Foi possível observar resposta da antena do macho de S. frugiperda a todos
os compostos testados. Os acetatos de (Z)-9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila e de (Z)-11hexadecenila são os compostos mais comumente citados na literatura para S. frugiperda, e fazem
parte do feromônio comercial Bio Spodoptera® registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento para monitoramento desta espécie em vários cultivos no Brasil. O acetato de (Z,E)9,12-tetradecenila já havia sido citado como um composto atrativo a S. frugiperda (J. Econ.
Entomol. 69:324, 1976; CBE, 22:2142, 2008; Biológico 73:298, 2011). O (Z)-11-hexadecenal até o
momento foi citado por apenas um trabalho como um composto do feromônio sexual desta
espécie (J. Chem. Ecol. 12:1909, 1986). A resposta da antena dos machos de S. frugiperda aos
acetatos de (Z)-9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila, de (Z)-11-hexadecenila, de (Z, E)-9,12tetradecenila, e ao (Z)-11-hexadecenal leva à perspectiva de geração de uma nova mistura
feromonal para monitoramento de S. frugiperda, e enfatizam a demanda por estudos de
atratividade da mistura destes compostos para machos de S. frugiperda em túnel de vento e em
campo.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
A ARMA QUÍMICA DA ABELHA LADRA LESTRIMELITTA LIMAO (HYMENOPTERA: APIDAE:
MELIPONINI)
Lucas Garcia Von Zuben - Larissa Galante Elias - Tulio Marcos Nunes
[email protected]
A utilização de compostos químicos na comunicação entre indivíduos é um fenômeno amplamente
presente no grupo das abelhas. Esses compostos possuem papéis ecológicos bem estabelecidos
nesses insetos, como na indicaçãode fontes de alimentos e na atração de parceiros sexuais.
Esses sinais químicos, portanto, estão intimamente associados às características ecológicas e
comportamentais de cada grupo de abelha. As abelhas sociais do gênero Lestrimelitta, ao invés
de coletar pólen e néctar de flores, possuem como estratégia alimentar o saque a outras colônias.
Essas abelhas invadem os ninhos de outras abelhas sociais e roubam todo recurso ali
armazenado (pólen, mel, resina e alimento larval). A utilização de sinais químicos parece ser um
fator importante na conquista dos ninhos hospedeiros pela abelha ladra. Durante os ataques, as
operárias da colônia hospedeira ficam paralisadas ou são repelidas pelas parasitas, o que
prejudica a defesa do ninho. Esses fatos levantam a hipótese da utilização de uma arma química
pelas parasitas, que seria liberada nos momentos dos ataques e teria como função facilitar o
saque. Para investigar isso, foram analisadas as respostas das hospedeiras aos compostos da
glândula labial de L. limao. Essa glândula foi dissecada e colocada em solvente orgânico (acetato
de etila) para solubilização dos compostos químicos. O extrato glandular e o controle (solvente)
foram expostos na entrada de colônias (N=20) de Frieseomelitta varia, uma conhecida espécie
hospedeira. Foi testada a hipótese de que os compostos provenientes dessa glândula (i.e. os
ésteres acetato de hexadecenila e acetato de hexadecila) provocam respostas nas hospedeiras
semelhantes àquelas observadas nos ataques. Sendo assim, o fluxo (entrada e saída do ninho)
das operárias de F. varia, bem como o número de guardas, foram medidos antes e depois da
exposição do extrato glandular e do controle. Os resultados obtidos mostram que o extrato da
glândula labial provocou redução significativa (p<0,05) no número de operárias saindo e entrando
da colônia e no número de guardas. O mesmo não aconteceu com o controle. Assim, estes
resultados indicam a utilização dos compostos provenientes da glândula labial das operárias como
arma química de L. limao. Apesar de serem importantes na repelência das operárias, esses
compostos não interromperam completamente a atividade da colônia hospedeira, o que sugere
que outros sinais não químicos também devem ser utilizados na conquista dessas colônias.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INFLUÊNCIA DA DENSIDADE POPULACIONAL NO COMPORTAMENTO DE CÓPULA DE
DIAPHORINA CITRI.
Talita Antonia Da Silveira - Mariana Oliveira Garrigós Leite - Milton Fernando Cabezas
Guerrero - José Mauricio Simões Bento - André Gustavo Corrêa Signoretti
[email protected]
Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae) é vetor do patógeno que causa o Huanglongbing
(HLB) ou “greening”, considerado a doença mais grave dos citros atualmente. Devido à dificuldade
de encontrar medidas de controle eficientes para essa praga e visando adequar metodologia para
estudos comportamentais, o objetivo deste trabalho foi avaliar a quantidade de casais necessários,
em uma unidade experimental, para que ocorra a cópula, onde a densidade populacional dentro
da placa de Petri pode influenciar diretamente no comportamento sexual da D. citri. O presente
trabalho foi realizado no Laboratório de Ecologia Química e Comportamento de Insetos do
Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP em fevereiro de 2013. Para a
realização do trabalho foram utilizados insetos criados sobre plantas de murta (Murraya
paniculata), dentro de gaiolas sob estufa telada. Foi contabilizado o número de cópulas em placas
de Petri (60 X15 MM) contendo de 1 a 5 casais, a cada 60 minutos entre 10: 35 e 15:35, com 15
repetições para cada número de casais. Não houve efeito significativo (p>0,05) no horário de
cópula e na interação entre número de casais e horário de cópulas. Entretanto, o número de
cópulas variou significativamente (p< 0,01) conforme o número de casais na unidade experimental,
mostrando que a densidade populacional desses insetos afeta diretamente o comportamento de
cópula.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
COMPORTAMENTO SEXUAL DE DIAPHORINA CITRI KUWAYAMA,(HEMIPTERA: LIVIIDAE)
Mariana Oliveira Garrigós Leite - Talita Silveira - Renata Morelli - José Mauricio S. Bento
[email protected]
O psilídeo Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae) é considerado uma das pragas mais
importante dos citros, por ser vetor do agente patogênico responsável pelo Huanglongbing (HLB)
ou “Greening”, considerado a doença mais grave dos citros. Em razão da ausência de medidas
alternativas para o controle dessa praga, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento
sexual da D. citri, visando o seu controle dentro do contexto do Manejo Integrado de Pragas na
citricultura. O presente trabalho foi realizado no Departamento de Entomologia e Acarologia da
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, no Laboratório de Ecologia Química e
Comportamento de Insetos, no período de fevereiro a maio de 2013. Foram utilizados insetos
criados no laboratório em estufa telada sobre plantas de murta (Murraya paniculata), sendo
observados insetos de 1 a 10 dias de idade, durante 24 horas. Foram realizadas oito repetições
por idade, que consistiam de placas de Petri contendo quatro casais de D. citri por placa, com no
mínimo três dias diferentes de avaliação para cada idade. Foram determinados idade e horário
para as tentativas de cópula e cópula, e caracterizado o comportamento sexual de D. citri. Os
resultados indicaram que o maior número de tentativas de cópula foram aos 4, 6, 7, 8, 9 e 10 dias
de idade, enquanto os horários do dia foram das 10 às 15 horas. Efetivamente ás cópulas
ocorreram entre 6 a 10 dias de idade, e das 9 às 16 horas. Desse modo, pode-se concluir que a
atividade sexual de D. citri varia das 9 às 16 horas, e que os insetos mais velhos, a partir dos 6
dias de idade e até os 10 dias foram os mais ativos. A sequência do comportamento de
chamamento e corte foi descrita pela pré-cópula com o macho se aproximando frontalmente ou
lateralmente à fêmea tocando-a com as antenas; a cópula com a aproximação e introdução do
edeago; pós-cópula com a fêmea se separando do macho.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ATRATIVIDADE DO FEROMÔNIO SEXUAL DE TIBRACA LIMBATIVENTRIS (HEM.,
PENTATOMIDAE) IMPREGNADO EM SEPTOS DE BORRACHA, EM LABORATÓRIO E
CAMPO
Josué Sant Ana Sant Ana - Rita C. M. Machado - Maria C. Blassioli-Moraes - Augusto Leal
Meyer
[email protected]
O presente trabalho objetivou avaliar a atratividade de fêmeas de percevejo-do-colmo (Tibraca
limbativentris Stal., 1860) ao feromônio sexual coespecífico (zingiberenol) em condições de campo
e
laboratório.
Foram
testados
três
tratamentos:
(1RS,4RS,1'R)-zingiberenol
(1'R-Zi),
(1RS,4RS,1'S)-zingiberenol (1'S-Zi) e o controle pentano. Septos de borracha foram impregnados
com 1 mg de cada um dos tratamentos. Os bioensaios em laboratório foram realizados em
olfatômetro “Y”. Fêmeas virgens e copuladas com 7 a 14 dias de idade foram submetidas tanto ao
contraste de 1'R-Zi e 1'S-Zi com o controle, como de 1'R-Zi e 1'S-Zi entre si (n ≥ 41/tratamento).
Os testes de campo foram realizados em lavoura de arroz em Eldorado do Sul/RS (30º02‟S;
51º23‟WGR) e se estenderam no período de 30/nov/2012 a 5/abr/2013. As armadilhas utilizadas
foram confeccionadas a partir de garrafas PET de 2 L. Foram distribuídas 12 armadilhas na área,
com os três tratamentos, totalizando quatro repetições por tratamento. As avaliações foram
semanais, após a vistoria das armadilhas, realizaram-se amostragens dos indivíduos presentes no
campo estabelecendo o número de percevejos/m2. Os septos foram substituídos a cada 15 dias.
Os dados foram submetidos à análise de 2 ( = 0,05) e correlação de Spearman. Os testes de
olfatometria demonstraram que as fêmeas virgens e copuladas foram significativamente mais
atraídas por 1'S-Zi quando comparado com o controle (P =0.0015 e P= 0.0087, respectivamente).
No entanto, não houve diferença significativa nas respostas quando se comparou 1'R-Zi com o
pentano, bem como 1'S-Zi com 1'R-Zi (P > 0,05). Durante as avaliações de campo foram
coletadas 13 fêmeas nas armadilhas, sendo sete no 1'S-Zi, quatro no 1'R-Zi e duas no controle.
Esse reduzido número de insetos é explicado pela baixa densidade populacional constatada na
amostragem, onde se observou uma correlação positiva entre o número de fêmeas coletadas nas
armadilhas e a densidade populacional do percevejo (rs= 0,74; p= 0,0051). Os resultados de
campo foram semelhantes aos dos bioensaios de olfatometria, onde, embora a diferença não
tenha sido estatisticamente significante, a proporção de insetos encontrados nas armadilhas
contendo 1'S-Zi foi maior que em 1'R-Zi e controle (54%, 31% e 15% respectivamente). Os
resultados sugerem que o isômero 1'S-Zi é mais atrativo às fêmeas, contudo quando se comparou
as respostas em olfatômetro entre 1'S-Zi e 1'R-Zi, não houve preferência, além disso, 1'R-Zi foi
responsável por 31% das coletas em campo. Tendo em vista que ambos os isômeros são
constituídos de quatro diastereoisômeros, assim, é provável que pelo menos um dos
diastereoisômeros que compõem 1'R-Zi seja responsável pela atratividade das fêmeas. Dessa
forma, sugere-se que os diastereoisômeros sejam testados isoladamente em condições de
laboratório e campo.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
COMPORTAMENTO DA MOSCA-DOS-CHIFRES FRENTE AOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
VOLÁTEIS DE DIFERENTES RAÇAS BOVINAS
Cenira Monteiro De Carvalho - João Gomes Da Costa - Edjane Pires Vieira - Antônio Euzébio
Goulart Sant'ana
[email protected]
A mosca-do-chifre, Hematobia irritans (L., 1758), é uma das principais pragas que afeta não só a
produção de gado, leite e carne, como também colabora para a degradação do couro desses
animais. Para controlar esse ectoparasita, os criadores de bovinos ainda fazem a utilização de
produtos químicos convencionais. Essa estratégia, no entanto, nem sempre é eficaz, devido o uso
indiscriminado de agrotóxicos de forma errada, reduzindo a sua eficácia. Assim, a busca de
alternativas aos pesticidas convencionais é necessária, com o objetivo de reduzir ou eliminar
esses problemas. Assim sendo, este trabalho avaliou o comportamento dessa espécie de mosca
frente aos Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) objetivando a atratividade ou não desses
compostos liberados por diferentes raças bovinas. Foram coletados os COVs de animais machos
e fêmeas das raças bovinas Holandesa, Pardo-Suíça, Girolando, Gir e Nelore (machos e fêmeas).
O material foi extraído do dorso do animal, por um período de uma hora, com auxílio de um
sistema portátil de coleta de voláteis usando Porapack Q, como adsorvente. Após a extração do
material no campo, o tubo coletor foi levado ao laboratório e dele foi extraído com hexano os
COVs. As amostras foram utilizadas para realização de bioensaios em olfatometria em tubo em Y,
usando 30 moscas por amostra, com duração de 10 min./por mosca. As moscas foram criadas em
laboratório e com 24 horas de emergência foram selecionadas para os bioensaios. Durante o
bioensaio foi observado: batimento das asas; movimento das antenas; tempo que era realizado o
percurso em busca do estímulo olfativo e se a mosca caminhava ou voava, dentro do tubo em Y.
Os resultados obtidos foram analisados utilizando o teste do Qui-quadrado, o qual visava observar
a frequência de atração da mosca pelas amostras oriundas dos bovinos. Os resultados mostraram
que houve atração das mosca-dos-chifres para amostras da raça Girolando (p < 0,01 e p < 0,05,
respectivamente, para fêmeas e machos). Os testes de olfatometria também mostraram que as
moscas são atraídas pelos COVs das amostras de fêmeas e machos da raça Holandesa (p < 0,05
e p < 0,01, respectivamente). Porém, nesse caso, os COVs dos machos foram mais atraentes do
que os das fêmeas. Os resultados obtidos com os bioensaios, utilizando-se os COVs da raça
Pardo Suíço foram semelhantes àqueles obtidos com a raça Girolando. Já em relação às raças Gir
e Nelore verificaram-se que elas não apresentaram efeito sobre o comportamento das moscas, ou
seja, as moscas não foram atraídas pelos odores dessas raças, nesse estudo.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESPOSTA OLFATIVA DE CYCLONEDA SANGUINEA AOS VOLÁTEIS EMITIDOS PELA
PLANTA BRASSICA JUNCEA SEM DANO E DANIFICADA POR MYZUS PERSICAE.
João Fernandes França Júnior - Aline Moreira Dias - Martín Pareja
[email protected]
Danos causados em plantas por herbívoros podem alterar o metabolismo secundário e
consequentemente a produção dos compostos orgânicos voláteis (COVs). Os COVs são
responsáveis por mediar interações entre organismos. Os inimigos naturais podem utilizar os
COVs para se orientar na busca do hospedeiro/recurso alimentar. Cycloneda sanguinea é um
predador generalista tanto na fase jovem quanto na fase adulta, e tem potencial para ser um ótimo
agente de controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar a resposta do predador C.
sanguinea em olfatômetro tipo Y aos voláteis da planta Brassica juncea sem dano e atacada por
Myzus persicae. Os bioensaios foram feitos em olfatômetro tipo Y de 1 cm de diâmetro interno. O
tubo Y de vidro foi trocado a cada inseto testado e o lado de apresentação dos odores foi trocado
a cada três repetições. Foram feitas 70 repetições para cada tratamento e os insetos foram
expostos as seguintes fontes de odores: Planta sem dano vs Ar limpo, Planta danificada por M.
persicae vs Planta sem dano. As plantas danificadas foram submetidas ao dano de M. persicae
por 72 horas. Foram usados adultos de C. sanguinea, 24 horas sem se alimentar. A resposta foi
definida quando o predador C. sanguinea escolhia um dos lados do olfatômetro. A joaninha se
orientou para a planta sem dano quando testada contra ar limpo, mas não demonstrou preferência
para a planta danificada por M. persicae quando esta foi testada contra uma planta sem dano.
Estão sendo realizados bioensaios para testar a atração de C. sanguinea para plantas danificadas
pela lagarta de Plutella xylostella, assim como a atração para plantas danificadas por mais de um
herbívoro.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESPOSTA OLFATIVA DO PREDADOR CERAEOCHRYSA CUBANA AOS VOLÁTEIS DE
MOSTARDA INDUZIDOS POR MYZUS PERSICAE.
Sandra Elisa Barbosa Da Silva - João Fernandes França Júnior - Martin Pareja
As plantas respondem defensivamente ao ataque de herbívoros produzindo e liberando
compostos voláteis que podem ser utilizados pelos inimigos naturais dos herbívoros para se
orientarem e localizarem suas presas ou hospedeiros. Dentre os inimigos naturais que podem ser
atraídos por voláteis de plantas encontra-se o predador generalista Ceraeochrysa cubana que é
predador de diversas pragas agrícolas, tendo, portanto os afídeos como sua presa preferida. Entre
esses afídeos, Myzus persicae é uma espécie importante por ser considerada praga em diversas
culturas. Compreender como os predadores percebem os voláteis de plantas pode ser crucial para
a utilização destes como agentes de controle biológico e para a sobrevivência da planta. Assim o
objetivo deste trabalho foi verificar a resposta olfativa de C. cubana aos odores emitidos por
plantas de mostarda (Brassica juncea) infestadas ou não pelo herbívoro M. persicae. Fêmeas
acasaladas de C. cubana foram submetidas à escolha entre os voláteis provenientes de B. juncea
em olfatômetro do tipo Y com as seguintes fontes de odores: planta sem dano vs. ar limpo e planta
sem dano vs. planta danificada por M. persicae. As plantas danificadas foram submetidas ao dano
de M. persicae por 72 horas. A resposta foi medida como o primeiro braço do Y que o inseto
escolhia. Constatou-se que a resposta das fêmeas de C. cubana não diferiu significativamente em
nenhuma das combinações. Isto indica que este predador generalista não utiliza de forma inata os
voláteis emitidos pelas plantas e possivelmente depende da aprendizagem de sinais químicos da
planta para encontrar a presa.
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ALCALOIDE OXOAPORFÍNICO ISOLADO DO EXTRATO DE GUATTERIA AUSTRALIS ATIVO
CONTRA MELOIDOGYNE INCOGNITA
Viviane Aparecida Costa Campos - Dejane Santos Alves - Laene Botelho Lima - Denilson
Ferreira Oliveira
Segundo dados da literatura e obtidos preliminarmente pelo Grupo de Pesquisas em Produtos
Naturais da UFLA, espécies vegetais da família Annonaceae podem influenciar na interação entre
nematoides pertencentes ao gênero Meloidogyne spp. e suas plantas hospedeiras. Logo, com
vistas a compreender o mecanismo de ação de anonáceas e contribuir para o desenvolvimento de
produtos menos onerosos e menos tóxicos ao ambiente e ao homem que os atualmente
disponíveis para o controle de fitonematoides, o presente trabalho teve por objetivo selecionar
espécie vegetal da família Annonaceae capaz de produzir substâncias ativas contra Meloidogyne
incognita, e identificar tais substâncias. Para tanto, folhas, cascas e frutos de espécies da referida
família foram secos em estufa a 40º por 48 h ou 72 h, moídos e submetidos à extração com
metanol. As fases líquidas obtidas foram concentradas até secura em evaporador rotatório e
submetidas à partição entre água e diclorometano (CH2Cl2). Posteriormente, as frações solúveis
em CH2Cl2 foram concentradas, liofilizadas e submetidas a testes in vitro com juvenis de segundo
estágio (J2) de M. incognita. Cada amostra foi solubilizada em Tween 80 a 0,01g/mL até alcançar
a concentração de 1000 µg/mL. Empregaram-se cinco repetições por amostra. Como testemunhas
foram utilizados Tween 80 a 0,01 g/mL e o nematicida comercial carbofuran (300 µg/mL). Após 48
h de contato dos J2 com as referidas amostras, contaram-se os nematoides vivos e mortos
conforme descrito na literatura1. Os valores obtidos foram convertidos em percentagem e
submetidos à análise de variância. As médias foram separadas pelo teste de Scott-Knott (P ≤
0,05). Observaram-se atividades nematicidas por parte dos extratos provenientes de Annona
sylvatica A. St.-Hil (folhas), Annona coriacea Mart. (folhas), Guatteria Australis A. St.-Hil. (cascas),
Xylopia sericea A. St.-Hil. (frutos), Duguetia lanceolata St.-Hil. (cascas) e Xylopia brasiliensis
Spreng. (cascas), com destaque para aquela oriunda das cascas de G. australis, cujo valor foi
estatisticamente igual ao observado para o carbofuran. Uma vez selecionada a fração solúvel em
CH2Cl2 de G. australis, foram realizados sucessivos fracionamentos por cromatografia em coluna
de sílica gel do tipo flash, o que resultou na purificação de seis substâncias, sendo duas
correspondentes a alcaloides aporfínicos. Através de experimentos uni e bidimensionais de
ressonância magnética nuclear de hidrogênio e carbono treze, concluiu-se que uma delas se
tratava de um alcaloide oxoaporfínico conhecido como lisicamina. Como vários estudos mostram
que alcaloides possuem atividade nematicida2, G. australis se mostra promissora para uso no
desenvolvimento de novos produtos para o controle de M. incongita.
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APRENDIZAGEM E MEMÓRIA DE TELENOMUS PODISI (HYMENOPTERA:
PLATYGASTRIDAE)
Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone Mundstock Jahnke
O parasitoide de ovos, Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) é um importante agente
de controle natural de percevejos e o sucesso de parasitismo está associado à sua destreza na
localização do hospedeiro, sendo a aprendizagem e a memória um dos fatores que podem
influenciar esta interação. O trabalho objetivou avaliar a capacidade de aprendizagem e o tempo
de retenção da memória de T. podisi ao extrato de capim-limão [Cymbopogon citratus (Poales:
Poaceae)], em diferentes estágios do desenvolvimento da fase imatura. Ovos de Euschistus heros
(Hemiptera: Pentatomidae) parasitados por T. podisi foram individualizados em tubos de vidro
contendo um papel filtro com 5 μL de extrato de capim-limão na concentração de 2,5 μL/mL ou
solvente acetona (controle) e mantidos em diferentes estágios do desenvolvimento dos
parasitoides. Os períodos de exposição dos ovos ao capim-limão ou acetona foram: a) todo o
período de desenvolvimento até a emergência (aproximadamente 12 dias); b) apenas no início
(três a quatro dias); c) somente na fase intermediária (seis a sete dias) ou; d) apenas no final
(nove a 11 dias) do desenvolvimento do parasitoide. Com exceção do primeiro tratamento, o
extrato ou acetona permaneciam com os ovos por 24 horas, sendo então removido do tubo. Após
a emergência, fêmeas de T. podisi foram testadas em olfatômetro tipo “Y” contrastando sempre o
odor do solvente com o de capim-limão. Fêmeas inexperientes, provenientes de ovos que não
foram expostos ao capim-limão ou acetona, foram submetidas aos mesmos odores das
experientes. Para avaliar a memória, fêmeas oriundas de ovos que permaneceram em contato
com o extrato de capim-limão por todo o desenvolvimento do parasitoide, foram testadas, após 24,
48, 72 e 96 horas de idade ao odor de capim-limão e acetona. Realizou-se, no mínimo, 40
repetições para cada tratamento e cada inseto foi observado por até 10 minutos. Aqueles que não
se moveram após 5 min, foram considerados não responsivos. As diferenças nas respostas foram
avaliadas pelo Qui-quadrado de heterogeneidade (P < 0,05). As fêmeas inexperientes, aquelas em
contato somente com acetona, ou as expostas ao capim-limão no início do desenvolvimento,
preferiram o solvente controle (P < 0,05). Os parasitoides que permaneceram em contato com o
capim-limão por toda a fase jovem, direcionaram-se preferencialmente para este extrato (66,66%)
em comparação ao controle (21,42%) (P = 0,0001). Não foi observada diferença significativa na
quimiotaxia de fêmeas quando o extrato foi exposto na fase intermediária ou final do
desenvolvimento (P > 0,05). A presença do capim-limão, durante todo o desenvolvimento do
parasitoide, inverteu a orientação quimiotáxica inata de T. podisi, fazendo com que o mesmo fosse
atraído por este extrato, sendo que este aprendizado se manteve por até 72 horas.
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SENSIBILIDADE DE ANTENAS DE APIS MELLIFERA (HYMENOPTERA: APIDAE) AO
FEROMÔNIO SINTÉTICO NASANOV E AO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO
Patricia Daniela Da Silva Pires - Josué Sant’ana - Ricardo Bisotto Oliveira
As abelhas africanizadas (Apis mellifera) são importantes agentes polinizadores. Devido ao seu
hábito enxamatório, os apicultores utilizam artifícios para capturar esses enxames sendo o uso de
folhas de capim limão em caixas-iscas, uma ferramenta para auxiliar na atratividade assim como o
feromônio sintético de Nasanov. Apesar do uso dessa técnica não há trabalhos que comprovem a
percepção química desses voláteis pelas abelhas africanizadas. Sendo assim o objetivo do
trabalho foi avaliar as respostas eletrofisiológicas de antenas de operárias ao atrativo sintético
Nasanov e ao seu análogo natural o óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus (DC)
Stapf.). Foram realizadas 15 repetições para cada tratamento, utilizando abelhas africanizadas de
colmeias mantidas na Faculdade de Agronomia (UFRGS), Porto Alegre, RS. Abelhas campeiras
foram sacrificadas e sua antena direita removida e acoplada entre dois eletrodos para obtenção
das respostas eletrofisiológicas. Foram feitas cinco diluições progressivas (0,01; 0,1; 1; 10; 100
μg/μL), além dos compostos puros dos voláteis de capim limão e do feromônio Nasanov e como
controle (acetona). Os dados foram comparados através dos testes de Anova para o composto de
capim-limão e pelo teste de Kruskal-wallis para o composto de Nasanov. As respostas das
antenas das operarias foram dose-dependente para os compostos capim-limão e Nasanov. O
limiar de resposta para o extrato de capim limão foi de 100 μg/ μL (P< 0,05) e para o feromônio
Nasanov, foi de 10 μg/ μL (P< 0,05). As curvas dose-resposta para ambos os compostos tenderam
a se estabilizar, na dosagem de 0,1 μg/μL (capim-limão) e de 1 μg/μL (Nasanov), indicando
saturação devido à similaridade estatística entre as doses mais elevadas. Conclui-se que as
antenas de operarias campeiras de A. mellifera desencadeiam respostas eletrofisiológicas tanto
para o capim limão como por composto da glândula Nasanov, sendo a mais sensível à segunda.
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AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA DE ANASTREPHA FRATERCULUS (WIEDEMANN, 1830)
(DIPTERA: TEPHRITIDAE) AO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO (CYMBOPOGON
CITRATUS).
Patricia Daniela Da Silva Pires - Patricia Luciane Gregorio - Monique Caumo - Josue
Sant'ana
Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) caracteriza-se por ser uma das
principais pragas das frutíferas do Brasil. O comportamento dos insetos está relacionado com o
seu processo de aprendizado e a sua memoria olfativa. Sendo assim o trabalho objetivou-se
avaliar se a exposição prévia ao óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus) altera o
comportamento de oviposição de A. fraterculus. Foram utilizados dois grupos de moscas com 28
casais cada, os quais foram confinados, quatro a quatro, em gaiolas plásticas de 16 cm de
diâmetro. Um dos grupos foi exposto por 72 horas, no início da fase adulta (até 24 horas após
emergência), a um fruto artificial confeccionado com ágar, água e óleo essencial de capim-limão (1
mL de solução (0,5 µL de óleo/mL de água), ou composto por água e ágar (controle). O outro
grupo foi exposto, quando atingiu 15 dias de idade, aos mesmos tratamentos pelo mesmo período.
Quando os insetos pertencentes a ambos os grupos atingiram 18 dias de idade as fêmeas foram
expostas novamente a dois substratos artificiais de oviposição, um contendo o óleo essencial e
outro composto apenas por água e ágar. A memória foi avaliada através do número médio de ovos
depositados nos substratos referentes a cada tratamento. Os dados foram comparados pelo teste
de Kruskal-wallis (α = 0,05). Fêmeas inexperientes depositaram significativamente mais ovos no
substrato composto por água e ágar (controle), quando comparado ao confeccionado com óleo
essencial (P < 0,0001). Respostas semelhantes foram obtidas quando as fêmeas foram
previamente expostas ao substrato controle no início da fase adulta, assim como aos 15 dias de
idade (P= 0,009; P< 0,0001, respectivamente). Já, moscas expostas a frutos artificiais contendo
óleo de capim-limão por 72 horas, tanto no primeiro dia de vida adulta, quanto aos 15 dias de
idade, não apresentaram preferência por nenhum dos tratamentos (P > 0,05). Conclui-se que a
exposição prévia de fêmeas de A. fraterculus, com até 24 horas de idade ou aos 15 dias de vida, a
substratos artificiais de oviposição contendo óleo essencial de capim-limão, modifica as respostas
comportamentais inatas de escolha do substrato.
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Posters
Resumos
Área: ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES
MULTITRÓFICAS
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
AVALIAÇÃO DE NANOFIBRAS CONTENDO O INSETICIDA CIPERMETRINA E O FEROMÔNIO
SEXUAL SINTÉTICO DE GRAPHOLITA MOLESTA (BUSCK) (LEPIDOPTERA, TORTRICIDAE),
EM FORMULAÇÃO ATRAI E MATA
Ricardo Bisotto De Oliveira - Bruna Czarnobai De Jorge - Isabel Roggia - Josué Sant`Ana1 E
Cláudio Nunes Pereira
[email protected]
Entre os métodos utilizados pelos fruticultores para o manejo de Grapholita molesta nos pomares
está o controle químico, através do emprego de inseticidas fosforados e piretroides, bem como, o
uso de feromônios para o monitoramento e controle. Tanto a técnica da confusão sexual quanto a
de atrai-e-mata vêm ganhando destaque, sobretudo nos sistemas de produção integrada de frutos,
onde existe uma preocupação crescente em se racionalizar e/ou substituir as aplicações de
inseticidas. A técnica de atrai-e-mata é uma estratégia de controle que visa atingir somente a
espécie alvo utilizando um inseticida e um feromônio, no mesmo dispersor. O objetivo do presente
trabalho foi avaliar a utilização de nanofibras confeccionadas com polímeros biodegradáveis na
formulação de iscas atrai-e-mata, em condições de laboratório. Primeiramente foram avaliadas as
respostas eletrofisiológicas (EAG) de machos da mariposa-oriental a nanofibras, confeccionadas
com dois polímeros de fonte renovável (PCL e PVAc) contendo o feromônio sexual da G. molesta
e o inseticida cipermetrina. Posteriormente foram realizados bioensaios para verificar o percentual
de mortalidade de machos de G. molesta expostos às nanofibras por diferentes períodos. Não foi
verificada diferença significativa entre o tamanho das respostas EAG (Kruskall-Wallis; α=0,05) dos
machos da mariposa oriental às nanofibras contendo feromônio + inseticida e nanofibras contendo
apenas feromônio (n=14). O percentual de mortalidade dos machos expostos às nanofibras
contendo o feromônio sexual e inseticida foi de, aproximadamente, 25; 50; 70 e 85% para os
períodos de até ½; 1; 6 e 24 horas (n=27). Serão realizados bioensaios para avaliar as iscas atraie-mata em condições de semi-campo e campo.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EFEITO DE HERBIVORIA MÚLTIPLA NA ATRAÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE JOANINHA
GENERALISTA PARA PLANTAS DE PIMENTÃO
Mayara Silva Oliveira - Martín Pareja
[email protected]
Inimigos naturais de insetos herbívoros podem usar compostos orgânicos voláteis (COVs)
liberados pelas plantas como dica para encontrar ambientes de forrageio adequados. Quando uma
planta é danificada por um herbívoro, ela pode alterar o perfil de COVs liberado, aumentando a
atração destes inimigos naturais. Existe evidência de que diferentes herbívoros possam ativar
rotas bioquímicas diferentes nas plantas e estas podem ter interações positivas ou negativas entre
elas; mas ainda sabemos pouco de como isso pode interferir na atração de predadores. As
joaninhas são insetos predadores em todas as fases da vida, sendo predadoras vorazes e
possuem alta capacidade de busca. Os pulgões são insetos sugadores, se alimentam do floema.
Além dos prejuízos diretos, os pulgões ainda são transmissores de doenças entre as plantas e
favorecem o surgimento de fungos, por exemplo, o fungo da fumagina se desenvolve nas folhas
de plantas atacadas por pulgões, pois estes excretam “honeydew” que é o substrato para
formação do fungo. O trabalho tem como objetivo avaliar a resposta olfativa da joaninha
Cycloneda sanguinea para plantas danificadas por mais de uma espécie de pulgão. Foram feitos
bioensaios, em olfatômetro em Y, onde serão oferecidas odor de plantas de pimentão sadias e
danificadas por Myzus persicae, Macrosiphum euphorbiae ou pelos dois pulgões. A planta foi
infestada inicialmente com 100 pulgões de uma mistura de estágios (exceto alado), estes
permaneceram na planta por um período de 72 horas. Após esse período, eles foram removidos
da planta com o auxílio de um pincel. Todas as plantas utilizadas nos bioensaios foram mantidas
em sala climatizada e fotoperíodo de 12 horas. Depois de retirar os pulgões as folhas da planta
foram limpas com algodão umedecido em água destilada, e os vasos foram cobertos com papel
alumínio para evitar qualquer interferência do “honeydew” ou do substrato. As joaninhas utilizadas
nos bioensaios ficaram 24 horas sem alimento antes dos bioensaios. Cada joaninha foi utilizada
apenas uma vez, depois foram utilizadas apenas para obtenção de ovos. Nos resultados obtidos
até agora, planta sadia versus vaso sem planta, as joaninhas não demonstraram nenhuma
preferência; nos bioensaios realizados com planta sadia versus planta danificada com Myzus
persicae, foi constatado uma preferência pela planta danificada. Isso pode demonstrar que a
planta modifica seu perfil de voláteis quando é atacada por pulgão. Bioensaios estão sendo
realizados para determinar se dano pelos dois pulgões de forma conjunta afeta a atração da
joaninha.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EFEITO DOS PRODUTOS TRIFLUMUROM E TIAMETOXAN/λ-CIALOTRINA, REGISTRADOS
PARA O CONTROLE DE SPODOPTERA FRUGIPERDA NA CULTURA DO MILHO SOBRE
FÊMEAS DE DORU LUTEIPES
Ana Carolina Maciel Redoan - Carlos Roberto Souza E Silva - Ivan Cruz - Suzan Beatriz
Zambon Da Cunha
[email protected]
Considerada atualmente como eficiente predador de artrópodes-praga, a utilização da Doru
luteipes (Scudder) (Dermaptera: Forficulidae) como inimigo natural no controle de Spodoptera
frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) na cultura do milho (Zea mays L.), tem sido
incentivada. Nos últimos anos, uma grande preocupação têm sido os efeitos adversos de
pesticidas sobre a saúde e o meio ambiente, o que tem direcionado o desenvolvimento de
moléculas inseticidas com maior seletividade a organismos não-alvos, como inimigos naturais de
pragas, polinizadores, mamíferos, aves, peixes. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar os
efeitos dos produtos registrados para o controle de S. frugiperda na cultura do milho, triflumurom
(24 g i.a./ha) e tiametoxan/λ-cialotrina (26,5/32,5 g i.a./ha), sobre fêmeas do predador D. luteipes
com posturas. Logo após a oviposição, trinta fêmeas com 20 a 40 ovos, foram tratadas com os
produtos por meio pulverizador pressurizado a CO2, regulado à pressão de 2,6 lb/pol2, acoplado a
uma esteira rolante com velocidade constante de 6,2 km/h e provido de bico tipo leque 8003.
Como testemunha foi utilizada água destilada. As fêmeas juntamente com seus ovos foram
colocadas em placas de petri com 18 cm de diâmetro por 1,5 cm de altura, e mantidas em sala
climatizada a 25±2°C, umidade relativa de 70±10% e fotofase de 12 horas. Avaliou-se a
mortalidade das fêmeas e a viabilidade dos ovos tratados com os inseticidas. Os inseticidas foram
classificados segundo índices propostos pela IOBC/WPRS. Com relação a influência dos produtos
o triflumurom matou 23% das fêmeas e foi classificado como inócuo (classe 1); o tiametoxan/λcialotrina apresentou 40% de mortalidade sendo classificado como levemente nocivo (classe 2).
Para a viabilidade dos ovos o triflumurom com 5,46%, foi classificado como moderadamente
nocivo (classe 3), e o tiametoxan/λ-cialotrina considerado levemente nocivo (classe 2) com 27%
de ovos viáveis. O triflumuron apresentou maior toxicidade em ovos e o tiametoxan/λ-cialotrina em
adultos. Assim os compostos devem ser avaliados em condições de semicampo e campo para
confirmação da toxicidade a esses predadores.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EFICIÊNCIA DE DIFERENTES ATRATIVOS NA CAPTURA DE RINCHOPHURUS PALMARUM
EM PLANTIOS COMERCIAIS DE COCO
Marcos A. B. Moreira - Nilo Lourival Ferreira Júnior - José Josué Da Silva - Ernesto Espínola
Sobrinho
[email protected]
O estudo objetivou avaliar a eficiência na captura de insetos adultos da broca-do-olho-do-coqueiro,
(Rynchophorus
palmarum)(Coleoptera:Curculionidade)
em
pomares
comerciais
de
coco,
utilizando-se armadilhas do tipo balde contendo como atrativos partes do fruto do abacaxi e o
feromônio rincoferol, dispostos juntos e isoladamente. O trabalho foi conduzido em área de
produção comercial de coco pertencente a Agrícola Vale do Mangereba, localizado no município
de Lucena-PB, no período de fevereiro a março de 2012. O híbrido utilizado foi PB 121
apresentando 12 anos de idade e espaçado em 7,0 m entre fileira e 7,0 m entre plantas. O
delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três tratamentos e quatro repetições,
sendo cada repetição composta por uma armadilha tipo balde com 60 cm de altura por 40 cm de
diâmetro superior e 30 cm de diâmetro inferior, onde foram dispostos os respectivos tratamentos
os quais foram discriminados como: (T1) armadilhas contendo somente partes do fruto do abacaxi;
(T2) armadilhas com abacaxi adicionadas ao feromônio rincoferol) e (T3) armadilhas somente com
o feromônio rincoferol. As armadilhas foram espaçadas em torno de 100 m de distância uma da
outras e dispostas no interior do pomar. O atrativo alimentar composto por pedaços de frutos de
abacaxi foi trocado a cada cinco dias e nesta ocasião, procedia a coleta e a quantificação dos
insetos capturados. No final da avaliação 30 dias após a instalação do experimento, foram
contabilizados o total de insetos capturados e as médias obtidas foram analisados por meio do
teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados mostraram que houve diferenças
significativas entre as médias de capturas em que o tratamento correspondente abacaxi
adicionado ao feromônio rincoferol, mostrou-se ser diferente quando comparado aos demais, cujas
médias de captura não diferiram significativamente entre si. Estes resultados corroboram com
trabalhos similares existentes na literatura demonstrando que quando usados juntos o atrativo
alimentar e o feromônio de agregação promovem a sinergia entre os odores liberados e
potencializam a eficiência na captura dos espécimes.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE CECROPIAPA CHYSTACHYATREC. SOBRE
ALFACE LACTUCA SATIVA
Carla Karine Barbosa Pereira - João Gomes Da Costa - Cenira Monteiro De Carvalho - João
Gomes Da Costa
[email protected]
A espécie Cecropiapa chystachya Trec., também conhecida pelos nomes de embaúba, umbaúba,
imbaúba, embaúva, umbaúba-do-brejo, árvore-da-preguiça, umbaubeira, pau-de-lixa, umbaúbabranca, entre outras, distribui-se desde o México até a Argentina. Como essa planta ocorre com
abundância às margens de florestas nativas ou em recomposição destas, provavelmente, deve
dominar com facilidade a competição com outras plantas, incluindo espécies vegetais daninhas,
seja por interferência direta ou por efeitos alelopáticos. Dessa forma, este trabalho teve como
objetivo avaliar a atividade alelopática dos extratatos etanólicos da raíz, caule, casca da raíz e
casca do caule da C. pachystachya sobre a germinação de sementes de Lactuca sativa. Os
extratos etanólicos, preparados a partir do material vegetal seco e triturado, foram solubilizados
em água e DMSO (0,1%) na concentração de 1000 mg/mL. Foram utilizados extratos das
seguintes partes da planta: raiz, casca da raiz, caule e casca do caule. Assim, o ensaio foi
composto por seis tratamentos (as partes da planta, DMSO e água). No bioensaio de germinação,
sementes de Lactuca sativa foram acondicionadas em placas de petri, com 30 sementes, forradas
com 4 folhas de papel filtro,embebidas na solução teste. Após a adição dos extratos, as placas
foram mantidas em sala a 25 °C com fotoperíodo de 12 h, durante 6 dias e avaliadas diariamente.
Em todos os bioensaios, cada placa recebeu 7,5mL de extrato ou de água destilada (controle). Os
resultados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de
Scott-Knott, a 5% de probabilidade utilizando o software SAEG. Os resultados obtidos mostraram
que não houve diferença significativa entre os diversos extratos quando comparados aos
tratamentos controle (água e DMSO). O extrato proveniente da casca do caule foi o que
apresentou a menor percentagem de germinação, 88,25%, porém, não diferiu estatisticamente dos
demais. Esses resultados evidenciam que a embaúba é uma espécie que pode ser utilizada em
reflorestamento ou em recuperação de áreas degradadas combinadas com outras espécies com
grande probabilidade de sucesso.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
SÍNTESE ESTEREOSSELETIVA DE FEROMÔNIOS LINEARES, MONOINSATURADOS DE
LEPIDOPTERAS
José Maurício De Lima Vanderlei - Antônio Euzébio Goulart Santana - Maria Raquel Ferreira
De Lima - Sandyane Mívia Dos Santos Melo
INTRODUÇÃO
A despeito dos avanços no desenvolvimento de técnicas de cultivo das diversas culturas em todo
o globo, as pragas continuam sendo obstáculos relevantes ao aumento da produção de alimentos
e, consequentemente, ao crescimento econômico. Nesse contexto os lepidópteros têm chamado a
atenção devido o elevado número de culturas que infestam. O uso de feromônios surge como uma
das diversas ferramentas aplicadas no controle de pragas, minimizando impactos ambientais em
sua aplicação, ao mesmo tempo em que reduz danos às culturas e prejuízos econômicos. Nosso
grupo tem buscado metodologias para a síntese estereosseletiva desses compostos e dentre eles,
os lineares, monoinsaturados, que figuram como coadjuvantes no combate aos lepidópteros que
atingem culturas como soja, milho,algodão etc.. Assim, nosso objetivo é sintetizar compostos que
se apresentem em misturas feromonais de diversas espécies de lepidópteros em alto rendimento.
METODOLOGIA
As metodologias empregadas estão fundamentadas no uso de superbase (n-butil lítio, 2,5 mol/L)
como agente de formação de carbânions, catalisador de Lindlar para redução estereosseletiva e
proteção da hidroxila da haloidrina. A reação de proteção da hidroxila alcoólica e a desprotonação
do alcino, para posterior acoplamento, foram realizados em atmosfera de nitrogênio e condições
rigorosamente anidras. As reações de desprotonação do alcino e homoacoplamento foram
realizadas a – 78 ºC.O 1-tetrahidropiranil (aduto) gerado foi, então, submetido a hidrólise em
metanol na presença de pTSA (Ácido para-toluenosulfônico). A redução do aduto para a
conversão da ligação tripla em dupla do tipo “Z” foi obtida por hidrogenação catalítica (Lindlar).Por
fim, procedeu-se a esterificação com anidrido acético ou oxidação da hidroxila a aldeído, com
PCC.
RESULTADOS
Neste trabalho foram sintetizados (Z)-7-dodecen-1-ol, (Z)-9-tetradecen-1-ol,(Z) -9-tetradecenal,
(Z)-11-hexadecen-1-ol, (Z)-11-hexadecenal,Acetato de (Z)-11-hexadecenila com rendimentos
parciais que variaram de 71-91% e com tempos de reações de 2,5-4,0 horas. As estruturas foram
confirmadas
através
da
análise
dos
espectros
de
massa,
FT-IR,
RMN
1He
13C.
CONCLUSÃO
Apesar de a metodologia mostrar-se eficiente para a síntese dos compostos citados, apresentando
um bom rendimento, esforços têm sido feitos para aprimorá-la e dentre eles, a eliminação
dapiranilação que aumenta onúmero de etapas na rota sintética.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EXPRESSÃO GÊNICA E VOLÁTEIS INDUZIDOS PELA HERBIVORIA DE SPODOPTERA
FRUGIPERDA (J. E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM MILHO, ZEA MAYS L.
(POACEAE)
Laura Silveira Drummond Moreira - Islam S. Sobhy - Natalia Naranjo; Marcio De Castro Silva
Filho - Daniel Scherer De Moura;José Maurício Simões Bento
[email protected]
Em resposta aos danos ocasionados pela herbivoria, as plantas emitem voláteis que constituem
sinais químicos importantes para a atração de inimigos naturais dos herbívoros. Estes voláteis são
majoritariamente terpenoides e são sintetizados a partir de cascatas bioquímicas que podem
alterar a expressão dos genes envolvidos na resposta a tal dano. Este trabalho analisou os perfis
de expressão de quatro genes de milho, Zea mays, e também seu perfil de emissão de voláteis
em resposta à herbivoria de lagartas de Spodoptera frugiperda ao longo do tempo. Os genes
analisados foram Terpeno Sintase 23 (TPS23), Terpeno Sintase 10 (TPS10), Sesquiterpeno
Ciclase 1 (STC1) e Lipoxigenase 10 (LOX10) por estarem envolvidos na produção de compostos
voláteis que atraem parasitoides de S. frugiperda. Utilizando a técnica de PCR em tempo real
(qRT-PCR) foram verificadas respostas no nível da expressão gênica das plantas submetidas à
indução por herbivoria. Os voláteis foram extraídos e analisados por meio de GC-MS. Além disso
foi calculada a área de consumo foliar das lagartas ao longo do tempo (0-10h) visando comparar
esses dados com a expressão dos genes. O consumo foliar foi crescente e constante até as 10h.
Houve um aumento na quantidade de voláteis em plantas de milho Zea mays após 2 e 8h de
herbivoria realizada por S. frugiperda quando comparadas com as plantas intactas. Muitos
compostos aumentaram sua emissão no intervalo de 8h após a herbivoria por S. frugiperda
comparativamente com o intervalo de 2h. Foi o caso dos compostos (Z)-hexen-1-ol, (Z)-3-Hexenil
acetato, Fenil-metil acetato, Indol, Beta-bergamoteno e (E)-beta-farneseno. O Cariofileno foi o
único composto volátil quantificado a apresentar maior emissão no horário 2h em relação ao que
foi detectado 8h após o início do experimento. Nenhum dos compostos foi detectado
significativamente em t=0, antes do início da herbivoria pela lagarta. A herbivoria induziu a
expressão dos genes. Essa expressão variou ao longo do tempo conforme incrementava a
alimentação. LOX10 teve um aumento na expressão às 3h, seguido do STC1 às 6h e dos TPS23
e TPS10 às 10h. Os resultados fornecem bases para o entendimento dos mecanismos endógenos
responsáveis pela liberação de voláteis nas plantas visando o estabelecimento de novos
fundamentos para o controle biológico de pragas.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
SÍNTESE DO FEROMÔNIO SEXUAL DO BESOURO DA RAIZ DA CANA-DE-AÇÚCAR,
MIGDOLUS FRIANUS (COLEOPTERA: CERAMBYCIDAE)
Vanderson Barbosa Bernardo - Maria Raquel Ferreira De Lima - Antônio Euzébio Goulart
Sant'ana
[email protected]
INTRODUÇÃO: O coleóptero Migdolus frianus representa uma importante ameaça à cultura de
cana-de-açúcar no centro-sul do país. Suas larvas se alimentam da raiz da planta e o inseto passa
a maior parte de sua vida no subsolo, o que torna seu controle por meio de pesticidas um desafio
(J Chem Ecol 18:245, 1992; Synthetic Communications 31:3685, 2001). Neste contexto, o uso de
feromônios como alternativa para o controle desta praga ganha força, impulsionando o
crescimento
do
interesse
na
síntese
de
tais
compostos.
OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo propor uma rota sintética de alto rendimento e
baixo custo para a 2’-metilbutil-2-metilbutilamida, feromônio sexual do coleóptero M. frianus.
METODOLOGIA: Em um balão acoplado a um condensador, foram adicionadas quantidades
equimoleculares de 2-Metilbutilamina e de ácido 2-Metilbutanóico e a água formada foi retida em
peneira molecular (4 Ǻ). A mistura reacional foi mantida em banho de óleo a 150 ºC por 4 horas. O
produto foi filtrado com acetato de etila e concentrado em evaporador rotatório. O produto foi
analisado
e
sua
estrutura
confirmada
por
CG/MS,
FT-IR,
RMN
1H
e
13C.
RESULTADOS: A síntese da amida foi realizada através de reação direta entre ácido carboxílico e
amina. Diferentes temperaturas e tempos reacionais foram avaliados e a metodologia descrita
acima apresentou o melhor resultado, com a obtenção de um único produto, confirmado pelo
cromatograma, e consumo total dos reagentes. A reação levou à formação não estereosseletiva
da 2’-metilbutil-2-metilbutilamida e a estrutura foi confirmada através de seu perfil de fragmentação
no
espectro
de
massas e
dos dados espectroscópicos (FT-IR,
RMN 1H e
13C).
CONCLUSÃO: O método utilizado se mostrou eficiente para síntese, apresentando elevado
rendimento reacional em uma única etapa.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS PARA EXTRAÇÃO DO FEROMÔNIO SEXUAL DE
GYMNANDROSOMA AURANTIANUM
Camila Serra Colepicolo - Favaris, A.P. - Zazycki, L.C.F. - Kuss-Roggia, R.C.R.
[email protected]
O bicho-furão-do-citros, Gymnandrosoma aurantianum, (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae), é
uma praga de grande importância para a cultura dos citros, ocasionando perdas de até 50% dos
frutos, exigindo elevados custos para seu controle. O presente trabalho teve como objetivo
comparar a qualidade e abundancia relativa do feromônio sexual do bicho-furão-do-citros, G.
aurantianum, obtidas a partir de fêmeas virgens vivas, congeladas por 48 horas e congeladas por
30 dias. Os insetos foram criados em dieta artificial e seu feromônio obtido por meio da extração
direta em solvente (hexano). As fêmeas de G. aurantianum com 2 dias de idade (n=387) foram
anestesiadas usando CO2 e posteriormente separadas aleatoriamente em três grupos: (i) Fêmeas
virgens vivas, (ii) fêmeas virgens congeladas durante 48 horas, e (iii) fêmeas virgens congeladas
durante 30 dias (-30° C). Os extratos brutos foram obtidos a partir da excisão dos dois últimos
segmentos do abdome nos três tratamentos perfazendo 1 (um) equivalente/fêmea. A análise dos
extratos foi realizada por meio de cromatografia gasosa acoplada a um eletroantenógrafo
(GC/EAD), utilizando o software EAG (Syntech), injetando 1µL de amostra e observando a
resposta da antena dos machos. A abundância relativa foi calculada a partir do uso do
hidrocarboneto de referência pentadecano. A resposta da antena dos machos foi avaliada por
meio da análise em GC/EAD, onde foi possível observar a presença de dois compostos presentes
em todos os extratos no mesmo tempo de retenção. Quando comparada a abundância relativa dos
compostos entre os tratamentos, os extratos de fêmeas congeladas (48h e 30 dias), tiveram uma
significativa redução em relação as fêmeas virgens, contudo ainda assim houve resposta da
antena dos machos de G. aurantianum, indicando a manutenção qualitativa da amostra.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES SISTEMAS DE AERAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO E
QUANTIFICAÇÃO DOS SEUS CONTAMINANTES VOLÁTEIS
Thyago Fernando Lisboa Ribeiro - Wbyratan Luiz Silva - Jaim Simões Oliveira - Antônio
Euzébio Goulart Sant'ana
[email protected]
A aeração está entre os métodos mais utilizados para coleta de metabólitos orgânicos voláteis
(MOVs). Neste método geralmente são utilizadas câmaras de vidro, pois apresentam baixos níveis
de compostos contaminantes e uma boa estabilidade para coleta dos MOVs liberados por plantas
ou insetos. No entanto, as câmaras confeccionadas em vidro apresentam alto custo, além de
serem inadequadas para coletas no campo, pois são frágeis, de difícil manuseio e podem ser
facilmente danificadas. No intuito de encontrar sistemas que se adaptem as realidades das coletas
no campo e de baixo custo, surgiram às sacolas plásticas que podem ser usadas nas mais
diversas ocasiões, seja no campo ou em laboratório. O presente trabalho comparou diferentes
sistemas de aeração, identificando e quantificando seus contaminantes voláteis, além de avaliar
qual dentre os quatro sistemas testados apresenta uma boa recuperação dos MOVs, utilizando
como padrão químico a cis-jasmona. Entre os sistemas comparados estão duas sacolas plásticas,
uma da marca Qualitá, de fabricante nacional; e outra da marca Cooking Bags, de um fabricante
internacional e um tubo polipropileno foram comparados com o padrão a câmara de vidro. Todos
os experimentos foram realizados em triplicata. As análises foram realizadas por CG/DIC e
CG/EM. Entre os três sistemas testados, a sacola da marca Qualitá foi o que obteve o menor
número de contaminantes, 8 compostos comparados aos 23 compostos presentes na sacola
“Multiuse Cooking Bags” e os 33 compostos no tubo polipropileno; e também, uma quantidade
total menor de contaminantes (ng totais). Assim, a sacola da marca Qualitá pode ser usada em
substituição à sacola importada “Multiuse Cooking Bags”, para a coleta de MOVs, evitando a
necessidade de importação e, consequentemente diminuindo os custos do processo. Cabe
salientar ainda que nas sacolas, os contaminantes não apresentaram-se significativos ao ponto de
dificultar a detecção dos picos de interesse. O tubo de polipropileno foi o sistema com a maior
quantidade de contaminantes, sendo assim não recomendado para a coleta de voláteis. Os
sistemas testados não mostraram diferença significativa na recuperação de cis-jasmona, em
relação ao padrão (câmara de vidro) sendo obtidos os valores em microgramas 39 ± 13, 82 ± 40,
94 ± 55 e 57 ± 39 para a câmara de vidro, tubo de polipropileno, sacola Qualitá e sacola Cooking
Bags, respectivamente.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS QUÍMICOS EM VIVEIROS DE CULTIVO DE CAMARÃO
MARINHO EM AMBIENTE HIPERSALINO
Lourdes Bernadete Santos Campos - Terezinha Lúcia Dos Santos - Emerson Eduardo Silva
De Moura - Pablo Lúcio Rubim Costa Dos Santos
O camarão marinho Litopenaeus vannamei vem sendo cultivado no nordeste brasileiro, se
destacando como atividade econômica bastante representativa. Os métodos de cultivo adotados
pelos produtores se caracterizam pelo uso de fertilizantes para estimular o crescimento do
fitoplâncton, e oferta de ração para favorecer a produtividade. Em decorrência desse manejo
ocorrem alterações nos parâmetros químicos da água do viveiro, gerando efluentes que podem
modificar as características dos corpos receptores. No presente estudo foram monitorados
parâmetros químicos da água de um cultivo do camarão L. vannamei com o objetivo de avaliar as
alterações ambientais ocorridas ao logo do cultivo. Semanalmente foram coletadas amostras de
água do abastecimento; e do viveiro, para análises dos seguintes parâmetros: clorofila a, nitrito,
nitrato, ortofosfato, silicato, amônia, turbidez, oxigênio dissolvido, pH e temperatura. A clorofila a
foi determinada por meio de análise espectrofotométrica. Os parâmetros, nitrito, nitrato, silicato,
amônio, fosfato, turbidez e sólidos foram determinados pelos métodos: colorimétrico, redução de
cádmio,
molibdosilicato,
nesslerização,
ácido
ascórbico,
nefelométrico
e
gravimétrico,
respectivamente; o oxigênio dissolvido, pelo método de Winkler modificado; o pH e a temperatura
foram através de leitura direta. A clorofila a variou de 4,59 a 120,27mg.L-1 no abastecimento e
11,50 a 144,0mg.L-1 no viveiro. Os níveis da temperatura da água no viveiro oscilaram de 27,8 a
32,6°C, enquanto que no abastecimento variou de 28,1 a 33,5 °C. Os valores mínimo e máximo do
pH no viveiro foram 8,2 e 9,4 e de 8,0 a 8,8 no abastecimento. O oxigênio dissolvido variou de
4,23 a 6,87mg.L-1 e 4,88 a 6,87mg.L-1 no viveiro e abastecimento respectivamente. A turbidez
variou de 2,5 a 13,0 UNT no abastecimento e no viveiro de 6,0 a 23,4 UNT. Os valores de
ortofosfato, nitrito e amônia e sílica no viveiro variaram de: 0,009 a 0,049; 0,003 a 0,019; 0,00 a
0,068; e 0,3 a 3,38 mg.L- respectivamente, sendo similares aos registrados na água do
abastecimento, enquanto que o nitrato no abastecimento (2,07 mg.L-1 N) foi superior ao do viveiro
(1,99mg.L-1 N). As concentrações de sólidos suspensos na água do viveiro variaram de 11 a
199mg.L-1, enquanto que no abastecimento variaram de 60 a 115mg.L-1. De acordo com os
dados registrados ao longo do cultivo verificou-se que a turbidez, clorofila e sólidos suspensos
foram os parâmetros que apresentaram maior variação, no entanto este aspecto foi registrado
para os dois ambientes.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ATRATIVIDADE DE COLEOBROCAS ASSOCIADAS A DIFERENTES GENÓTIPOS
COMERCIAIS DE COQUEIRO INFECTADOS PELA RESINOSE NO NORDESTE
Marcos A. B. Moreira - Maria Cléa Santos Alves - Rui Sales Júnior
[email protected]
Foram realizados levantamentos durante o ano de 2012 em diversas áreas de cultivo comercial de
coco (Cocus nucifera) abrangendo o genótipo anão-verde-do-Jiqui e híbridos comerciais PB 111 e
PB 121, localizados nos municípios de Arês-RN, Lucena-PB e Bom Jardim-PE, objetivando
identificar a predisposição hospedeira destes acessos genéticos de coqueiro frente a interação da
relação tritrófica planta-hospedeira, (variedade e híbridos) patógeno (doença da resinose) e
coleobrocas presentes nas plantas infectadas. Para a identificação do agente fitopatogênico,
foram efetuados cortes dos tecidos caulinares e do estipe das plantas supostamente infectadas e
conduzidos para isolamento/identificação do patógeno no laboratório de fitossanidade da
UFERSA. Para a identificação de possíveis agentes bióticos responsáveis pela disseminação
desta enfermidade foram efetuadas coletas de larvas, pupas e adultos de diversas espécies de
coleobrocas associadas aos genótipos de coqueiro infectados para constatar se os propágulos do
fitopátogeno estavam presentes nos corpos dos insetos. Insetos adultos foram coletados em
armadilhas e dissecados para verificar a presença de propágulos reprodutivos do suposto agente
fitopatogênico nos tecidos segmentares destes insetos. Plantas de diferentes genótipos foram
avaliadas quanto à severidade dos danos da doença e a predisposição ao ataque das
coleobrocas. Em relação ao agente fitopatogênico, constatou-se tratar-se do fungo Thielaviopsis
paradoxa, agente etiológico causador da doença vulgarmente conhecida por resinose e dentre os
fatores bióticos, foram constatadas a presença de esporos do fungo desta doença em várias
partes do corpo de várias coleobrocas as quais estão diretamente responsáveis pela
disseminação desta doença nestas áreas comerciais de produção com destaque para
Rynchophorus palmarum, Rhinostomus barbirostri e Metamasius hemipterus os quais favorecem a
dispersão do patógeno para plantas sadias e para outras áreas de produção. Dentre os genótipos
de coqueiro, constatou-se que a variedade anã-verde-do-jiqui é a que apresentou maior
suscetibilidade a infecção da resinose e, consequentemente, a mais preferida pelas coleobrocas,
principalmente R. palmarum, M. hemipterus. Entre os híbridos, constatou-se que o PB 111 foi o
que apresentou mais suscetibilidade a doença e o mais atacado por R. barbirostris enquanto o
híbrido PB 121 apresentou ser o mais tolerante e, consequentemente o menos infestado pelas
coleobrocas. Associa-se que o voláteis liberados das plantas infectadas pela resinose atraem as
coleobrocas para as infestações nestas plantas e que o monitoramento/controle destas espécies e
o tratamento das plantas infectadas minimizam os danos destas brocas na cultura do coqueiro.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INFLUÊNCIA DO HOSPEDEIRO DE ORIGEM NO COMPORTAMENTO DE BUSCA DE
TELENOMUS PODISI (HYMENOPTERA: PLATYGASTRIDAE) AO FEROMÔNIO SEXUAL
SINTÉTICO DE TIBRACA LIMBATIVENTRIS (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE)
Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone Mundstock Jahnke
[email protected]
O parasitoide de ovos, Telenomus podisi é um importante agente de controle natural de
pentatomídeos e seu sucesso de parasitismo está relacionado à localização do hospedeiro. Este
estudo teve como objetivo avaliar a influência do hospedeiro de origem no comportamento de
busca e parasitismo de T. podisi ao feromônio sexual sintético (Zingiberenol) de Tibraca
limbativentris (TL). Foram avaliadas fêmeas acasaladas de T. podisi, com 48 horas de idade,
oriundas de ovos de TL coletados em lavouras de arroz, ou emergidas de ovos de Euschistus
heros (EH) provenientes de uma criação de laboratório. Os testes foram conduzidos em
olfatômetro tipo “Y” e os insetos submetidos à escolha entre feromônio sexual de TL, na
concentração 0,001 μg/μL ou hexano (controle). Na extremidade dos braços do olfatômetro foi
adicionado um papel filtro de 4 x 15 cm, dobrado em forma de gaita, contendo 5 μL de cada
solução. Realizou-se, no mínimo, 42 repetições e cada inseto foi observado por até 10 minutos.
Aqueles que não se moveram após 5 min, foram considerados não responsivos. Avaliou-se o
percentual de parasitismo de T. podisi (provenientes de EH) em ovos do mesmo pentatomídeo,
em condição de semicampo, na presença ou não do feromônio sexual de TL, na concentração
descrita anteriormente. O experimento foi realizado em uma gaiola (0,9 x 0,9 x 2,0 m) estabelecida
em ambiente aberto e, dentro desta, foram dispostas quatro plantas de arroz, com
aproximadamente 30 cm de altura, em potes plásticos de 500 mL. Os ovos de EH (n= 20) foram
colados em uma cartela de papel e esta fixada em um suporte de madeira de 30 cm dentro do
vaso, próximo à planta. Ao lado da postura foi colado um papel filtro de 4 x 15 cm, dobrado em
forma de gaita no qual era adicionado 10 μL do feromônio sexual sintético de TL ou do solvente
hexano (controle). Realizou-se um total de 15 repetições. As diferenças nas respostas foram
avaliadas pelo Qui-quadrado de heterogeneidade (P < 0,05). Fêmeas oriundas de ovos dos dois
heterópteros responderam mais ao feromônio sexual do que ao hexano (controle) (P < 0,05). Não
houve diferença quimiotáxica significativa ao feromônio, em testes de olfatometria, para
parasitoides oriundos de ambos hospedeiros. A presença do feromônio sexual de TL junto a
posturas de EH, em bioensaios de semicampo, propiciou um maior sucesso de parasitismo
(68,16%) de T. podisi oriundos de ovos de EH em relação ao hexano (44,5%) (P=0,0001). O
conhecimento da interferência dos fatores que intermediam a comunicação hospedeiro-parasitoide
pode auxiliar em programas de controle biológico, possibilitando maior adequação e confiabilidade
na utilização desta ferramenta com o uso de T. podisi.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Pôsteres
Resumos
ÁREA: GENÔMICA E ECOLOGIA QUÍMICA
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EPILACHNA PAENULATA: CHEMISTRY AND FUNCTIONAL STUDIES ON PUTATIVE
KAIROMONES FROM HOST PLANTS
Carmen Rossini - Castillo, L - Davyt, B - Deagosto, E; Díaz, M; Fernández, P
[email protected]
The ecological relationships among phytophagous and their host plants mediated by
semiochemicals have been the source of many studies in the field of Chemical Ecology, particularly
in the case of specialist insects feeding on plants that are chemical defended. Epilachna paenulata
(Coleoptera: Coccinellidae) is a specialist on cucurbits that was used in this study to assess how
this beetle finds its host plants. Through a combination of bioassays and chemical
characterizations we are now investigating on the token stimuli used by E. paenulata to choose its
food plants. Volatile clues (tested by Y-olfactometry) seem to comprise clues for females to choose
their optimum oviposition places: mated females were repelled by damaged plants but they showed
no preference when given the option between undamaged plants and a negative control
(significance at p < 0.05 was found for first arm choice -2 test- and entry number and time of
residence - Wilcoxon Rank tests). Initial comparisons by GC-MS among volatiles from damaged
and undamaged plants suggest that octen-3-ol secretion may be increased by the damage
indicating perhaps its role in the change of female behavior. At the same time, choice-bioassays in
Petri dishes where insects (adults and 3rd-instar larvae) were offered leaf discs of two
Cucurbitaceae host plants (Cucurbita maxima and C. moschata) showed a preference toward C.
moschata (p < 0.05, Wilcoxon Rank tests). Preliminary results by GC-MS and HPLC analyses
showed differences on the metabolic profiles of these two plants. Future studies will focus on
possible correlations between these two observations, but also on possible variation in the insect
performance on different Cucurbita species. Further, HPLC analyses show the presence of
cucurbitacins in the leaf extracts. Cucurbitacins are well known plant allomones which are present
in members of the family Cucurbitaceae. Our future work in this matter includes the induced
damage (by an herbivore or mechanical) and its correlation to the variation in the concentration of
cucurbitacins in leaves. Consequently, we expect to generate basic information that not only will
expand our knowledge of local biota, but also will provide data that could be used in future
management techniques in organic production, where E. paenulata constitutes a health issue.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
PROTEÍNAS CARREADORAS DE OXIESTEROIDES COMO POSSÍVEIS ALVOS DA AÇÃO
CONTRA ALTERNARIA ALTERNATA PELO β-SITOSTEROL PRODUZIDO POR
ANADENANTHERA COLUBRINA
Denilson Ferreira De Oliveira - Viviane Aparecida Costa Campos - Fabiano José Perina Eduardo Alves
[email protected]
Com vistas a contribuir para elucidar o mecanismo de ação da espécie vegetal Anadenanthera
colubrina (Vell.) Brenan (Fabaceae) contra o fungo Alternaria alternata (Fr.) Keissler, que ataca
várias espécies de citros, submeteu-se o extrato vegetal da mencionada planta a fracionamentos
direcionados por testes in vitro com o referido fungo. Tal procedimento permitiu isolar uma
substância ativa contra A. alternata, a qual foi atribuída a estrutura do β-sitosterol após
experimentos uni e bidimensionais por espectroscopia de ressonância magnética nuclear de
hidrogênio e de carbono treze. Como o β-sitosterol possui estrutura bastante similar ao ergosterol,
que se trata de um esteroide de fundamental importância para a maioria dos fungos, realizaram-se
buscas no RCSB Protein Data Bank por estruturas tridimensionais de proteínas complexadas ao
ergosterol ou análogos. Com isto, foi possível selecionar as proteínas carreadoras de
oxiesteroides (oxysterol binding protein – OSBP), que estão envolvidas na homeostase de
esteróides e na transdução de sinais. Várias buscas computacionais foram realizadas nos
genomas de fungos dos gêneros Alternaria, Aspergillus, Fusarium e Sclerotinia, o que permitiu
verificar que em todos se observavam sequências de aminoácidos com alto grau de similaridade
em relação às OSBP’s. Como as estruturas tridimensionais de OSBP’s produzidas por fungos
fitoparasitas
ainda
não
tinham
sido
descritas,
utilizaram-se
aquelas
produzidas
por
Saccharomyces cerevisiae, disponíveis no RCSB Protein Data Bank, como modelos para a
próxima etapa do trabalho, já que suas sequências de aminoácidos eram similares às de fungos
fitoparasitas segundo as buscas realizadas em seus genomas. Logo, várias estruturas esteroidais
foram computacionalmente ancoradas nos sítios de ligação das OSBP’s de S. cerevisiae, o que
permitiu observar que as afinidades do β-sitosterol e do ergosterol pelas proteínas eram da
mesma ordem de grandeza. Tal resultado sugere que o β-sitosterol pode competir pelas OSBP’s,
afetando o desenvolvimento fúngico. Também se observou que substâncias reconhecidamente
ativas contra Candida albicans e Aspergillus niger apresentavam afinidades pelas OSBP’s em
torno de -14 kcal/mol, enquanto nas mesmas condições os valores observados para o ergosterol
estavam em torno de -12 kcal/mol. Ou seja, os resultados computacionais estão de acordo com os
dados experimentais. Em decorrência do exposto, conclui-se que o componente ativo do extrato
de A. colubrina responsável pela atividade contra A. alternata é o β-sitosterol que, segundo os
resultados dos cálculos computacionais, liga-se às OSBP’s do fungo, impedindo o seu
desenvolvimento.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
IDENTIFICAÇÃO E ATIVIDADE QUIMIOTÁXICA DA SECREÇÃO DEFENSIVA DE
ALPHITOBIUS DIAPERINUS PANZER (COLEOPTERA:TENEBRIONIDAE)
Marla Juliane Hassemer - Josué Sant'ana - Maria Carolina Brassioli De Moraes - Márcio
Wandré De Morais Oliveir
[email protected]
Conhecido popularmente como “cascudinho-dos-aviários”, o Alphitobius diaperinus é uma
importante praga para a avicultura industrial. Neste contexto, estudos relacionados a ecologia
química podem ser uma ferramenta no manejo desta praga. Este trabalho teve como objetivo
identificar e quantificar a secreção defensiva de A. diaperinus, bem como, verificar as respostas
comportamentais de fêmeas e machos a estes compostos. Os compostos defensivos de A.
diaperinus foram obtidos através da dissecação, com o auxílio de uma pinça, das glândulas
abdominais localizadas entre o sétimo e oitavo urosternito de fêmeas e machos. Dez pares de
glândulas foram imersas em 500 μL de Hexano e extraídas durante 1 hora. Em seguida, o extrato
foi filtrado e pré-concentrado a 50 μL para as análises cromatográficas e 100 μL para os
bioensaios. Os extratos (sete/sexo) foram analisados por CG-DIC para análise quantitativa
utilizando o método de padrão interno e extratos selecionados de cada sexo foram analisados por
CG-EM para identificação dos compostos. Os ensaios comportamentais foram realizados usando
extratos de machos e fêmeas como fonte de odor em olfatômetro de quatro escolhas, tipo arena
(22 cm de comprimento e largura, 1,5 cm de diâmetro). Em três braços do olfatômetro foram
utilizados papel de filtro com 10 μL do extrato contendo os compostos das glândulas de fêmeas, e
no quarto braço do olfatômetro, o controle (10 μL de Hexano). Fêmeas e machos (n= 40/sexo)
foram liberados individualmente no centro do olfatômetro e o comportamento dos mesmos foi
avaliado por cinco minutos. O mesmo procedimento foi realizado para o extrato contendo os
compostos das glândulas de machos. Os dados cromatográficos foram analisados utilizando o
teste t para comparação das médias das concentrações de cada composto identificado e os
comportamentais, pelos testes de Friedman e Wilcoxon para múltiplas comparações, através do R
software®. Foram identificados 27 compostos nas glândulas de A. diaperinus, não havendo
diferenças quali e quantitativas entre os sexos. Os compostos majoritários foram as quinonas
metil- e etil-1,4-benzoquinona, seguido de monoterpenos, sesquiterpenos e compostos cíclicos
insaturados. Nos bioensaios, tanto fêmeas quanto machos responderam de forma significativa
para o controle (p<0,05) em ambos os extratos, evidenciando o comportamento de repelência
provocado pelos extratos das glândulas. Bioensaios estão sendo conduzidos com as quinonas
sintéticas para avaliar se estas são as responsáveis pela repelência observada e se há influência
da concentração destes compostos no comportamento de A. diaperinus.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE ANONÁCEAS
SOBRE O FEIJÃO CAUPI VIGNA UNGUICULATA
Edjane Pires Vieira - Cenira Monteiro De Carvalho - Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves João Gomes Da Costa
[email protected]
O gênero Annona pertencente à família Annonaceae tem sido muito pesquisado devido ao
isolamento e caracterização de diversas classes de substâncias com atividades químicas e
farmacológicas. Trabalhos realizados com algumas espécies desse gênero têm mostrado efeito
alelopático. Dessa forma esse trabalho teve como objetivo estudar o efeito alelopático de extratos
etanólicos das folhas de Annona squamosa, A. reticulata e A. muricata na germinação e
desenvolvimento inicial de caupi (Vigna unguiculata). Para isso, foram testadas cinco
concentrações de cada extrato de cada espécie (20, 40, 60, 80 e 100%) além do controle (água).
O experimento foi instalado em ensaio fatorial envolvendo três espécies e cinco concentrações em
um delineamento inteiramente casualisado. Os resultados obtidos mostraram que os extratos das
três espécies estudadas apresentaram efeito inibitório sobre a germinação e desenvolvimento
inicial do feijão caupi. As concentrações que apresentaram os maiores efeitos foram: A. squamosa
(20 e 60%), A. muricata (20 e 40%) e A. reticulata (60 e 100%). Destas as concentrações a 20%
de A. squamosa, a de 40% de A. muricata e a de 100% de A. reticulada foram as que inibiram
completamente a germinação das sementes do feijão caupi. Estes resultados demonstram o
potencial que essas espécies apresentam como detentoras de moléculas candidatas a futuros
bioherbicidas.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
DIVERSIDADE GENÉTICA E FEROMONAL DE POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE
SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
Luiza Cristiane Fialho Zazycki - Kuss-Roggia, R. C. R. - Colepicolo, C. S. - Sartori, L. C.
[email protected]
Considerada a principal praga do milho no Brasil, Spodoptera frugiperda apresenta um alto
potencial de dano, consequência de sua elevada polifagia e plasticidade fenotípica. Assim, a
compreensão da variação genotípica aliada às diferenças feromonais, é de suma importância para
estabelecer estratégias de monitoramento da população e consequentemente a eficácia de
controle desta praga. A variabilidade genética intra e inter populacional de S. frugiperda foi
estudada através da amplificação de um fragmento de Citrocomo oxidase I (953 bases), o qual foi
sequenciado bidirecionalmente e posteriormente comparados através do software Arlequim. Os
extratos foram obtidos através da excisão da glândula produtora de feromônio das fêmeas e
comparados entre as cinco localidades amostradas, através do software GC_Solution. Os extratos
pertencentes ao haplótipo dominante (H1) de diferentes localidades tiveram sua abundância
relativa calculada através do uso de um hidrocarboneto de referência. No que se refere aos
estudos da variabilidade genética, foram caracterizados 79 haplótipos, sendo um deles H1
considerado dominante por abrigar 48 das 204 sequências analisadas. Dentro desse haplótipo,
quando analisado o extrato das distintas localidades foi possível perceber variação na abundância
do composto majoritário da mistura feromonal de S. frugiperda, denotando variabilidade feromonal
dentro da espécie no Brasil.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EFEITO FITOTÓXICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS NAS
LINHAGENS SELVAGEM E MUTANTE SUR1 DE ARABIDOPSIS THALIANA
Ângela Pawlowski - Joséli Schwambach - Cláudia Alcaraz Zini - Geraldo Luiz Gonçalves
Soares
[email protected]
Arabidopsis thaliana Heynh. é uma planta modelo em estudos bioquímicos, fisiológicos e
moleculares devido ao seu ciclo de vida curto e amplo conhecimento disponível, incluindo o
genoma sequenciado e a caracterização de uma grande quantidade de mutantes. A espécie tem
se mostrado útil em estudos de enraizamento adventício, além de ser sensível a vários
aleloquímicos. O mutante sur1 apresenta superprodução de auxina, permitindo um excesso de
proliferação de raízes laterais. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do óleo
essencial (OE) de Schinus terebinthifolius Raddi no enraizamento de duas linhagens de A. thaliana
(ecótipo Columbia): selvagem e mutante sur1. Sementes de A. thaliana foram desinfestadas,
distribuídas em placas de Petri contendo 0,8% (m/v) de ágar, 3% de sacarose e MS 0,1x,
vernalizadas (2 dias; 4 °C; escuro), e germinadas em sala de cultivo (20 °C ± 2 °C, 16 hs luz e
irradiância de 37 µmol/m2sec). Após 7 dias, 10 microestacas foram obtidas e OE (1µL, 2µL, 3µL,
4µL e 5µL) foi aplicado em papel filtro fixado à tampa da placa, de modo a evitar o contato direto
entre as microestacas e os voláteis. Cada tratamento foi realizado em 4 repetições. As
microestacas permaneceram expostas ao OE durante 7 dias. Os parâmetros avaliados foram:
tempo médio de enraizamento (TME), porcentagem de microestacas enraizadas (%E), número de
raízes por microestaca (NR) e comprimento da maior raiz (CR). O OE afetou o processo de
enraizamento de ambas as linhagens de modo similar. Para o TME, observou-se um efeito dosedependente. Comparado com o controle, o tratamento com 5µL retardou o enraizamento em
aproximadamente 1 dia. Entretanto, para a %E, nenhum dos tratamentos foi afetado pelo OE
(100% de enraizamento). O OE também não afetou o NR em ambas as linhagens, mas inibiu
significativamente o CR. No selvagem, observou-se uma redução de 25% para os tratamentos
com 1 e 2 µL e aproximadamente 50% para 5 µL. No mutante, também comparado com o
controle, o tratamento com 2 µL reduziu em 26% o CR e os tratamentos com 3, 4 e 5 µL reduziram
em mais de 55% o mesmo parâmetro. Os resultados evidenciam o efeito fitotóxico do OE de S.
terebinthifolius na formação das raízes adventícias das linhagens selvagem e mutante de A.
thaliana. Uma vez que os resultados foram semelhantes para ambas as linhagens, é possível que
os voláteis atuam interferindo a ação da auxina, fitormônio essencial ao processo de formação de
raízes.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EVIDENCE FOR A SEX PHEROMONE IN PSEUDOCOCCUS MERIDIONALIS (HEMIPTERA:
PSEUDOCOCCIDAE)
M. Fernanda Floes - J. Bergmann - A. Romero - S. Oyarzún
[email protected]
The mealybug Pseudococcus meridionalis (Prado) is an important agricultural pest in Chile
described recently and intercepted occasionally in phytosanitary export inspections. Due to
quarantine restrictions imposed by main importing countries and difficulties in the correct
identification of mealybug species, we studied the chemical communication in P.
meridionalis to pave the way for the development of new tools for detection and monitoring
of
this
pest.
Adult females of P. meridionalis were collected from vineyards and reared in the laboratory
on sprouted seed potatoes. At the second instar, the colony was treated with an insect
growth regulator to selectively remove males and obtain pure virgin females colonies.
Volatiles from matured virgin females were collected on activated charcoal and eluted with
hexane. The extracts showed to be attractive to males in laboratory bioassays. Analysis by
gas chromatography-mass spectrometry and comparison with control samples revealed the
presence of a female-specific compound with retention indices of 1358 on a non-polar Rtx-5
column and 1610 on a polar Stabilwax column. . Derivatization reactions and synthesis of
model compounds are being carried out in order to elucidate the structure of this
pheromone candidate.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE HETEROTHALAMUS PSIADIOIDES LESS. SOBRE O
ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE ARABIDOPSIS THALIANA (L.) HEYNH
Diana Carla Lazarotto - Ângela Pawlowski - Joséli Schwambach - Geraldo Luiz Gonçalves
Soares
[email protected]
As raízes adventícias são de origem pós-embriônica, formadas naturalmente ou em condições
ambientais estressantes e por danos mecânicos. Poucos estudos têm testado os efeitos de
metabólitos secundários potencialmente fitotóxicos na formação de raízes adventícias. Portanto,
objetivou-se verificar a influência do óleo essencial de Heterothalamus psiadioides Less. sobre o
processo de enraizamento adventício no organismo modelo de desenvolvimento vegetal,
Arabidopsis thaliana (L.) Heynh. Para isso, 10 sementes de A. thaliana foram distribuídas em
placas de Petri contendo meio de cultura (0,8% ágar, 3% sacarose e MS 0,1x). A quebra de
dormência das sementes se deu em 48 hs, utilizando frio (~4°C) e escuro. Após sete dias, obtevese plântulas das quais as raízes primárias foram excisadas. Então, as microestacas originadas
foram expostas a alíquotas do óleo essencial que foi aplicado em algodão fixado na tampa da
placa de Petri. Os tratamentos consistiram em 1, 2, 3, 4 e 5 µL de óleo essencial e controle, no
qual não foi aplicado o óleo. As microestacas não tiveram contato direto com o óleo essencial,
apenas ficaram expostas a uma atmosfera saturada pelos voláteis dentro das placas. Os
tratamentos tiveram cinco repetições cada (com um total de 50 microestacas/tratamento) e o
experimento foi mantido por sete dias em sala de cultivo (21°C e 16 hs/luz). As microestacas
foram avaliadas quanto: à porcentagem de enraizamento (%E), ao número de raízes (NR), ao
tempo médio de enraizamento (TME) e o comprimento da maior raiz (CMR). Para a %E não houve
diferença estatística entre os tratamentos, apesar desse parâmetro ter sido reduzido em 12% no
tratamento de 5 µL. O NR se mostrou um parâmetro influenciado positivamente nas menores
alíquotas de óleo essencial (de 1 e 2 µL respectivamente, 3,42±0,98 e 3,54±1,27) em relação ao
controle (3,03±1,02). Já nos tratamentos de 3, 4 e 5 µL de óleo essencial, o NR foi reduzido
(2,82±0,82, 2,56±0,82 e 1,82±0,85). Os parâmetros mais afetados foram TME e CMR. Na
avaliação do TME, o controle diferiu significativamente de todos os tratamentos, exceto o de 1 µL.
Para esse parâmetro o tratamento de 5 µL demorou, em média, 48 hs a mais para enraizar do que
o controle. Para o CMR, nos tratamentos 1, 2, 3, 4, e 5 µL houve reduções de até 13,2%, 51,2%,
53,5%, 78,3% e 90,7% em relação ao controle. Portanto, os voláteis do óleo essencial de H.
psiadioides têm efeito negativo sobre o processo de enraizamento adventício de A. thaliana
mesmo em baixas doses, tais como as testadas. Assim, é possível que a atuação do óleo
essencial de H. psiadioides seja reduzindo os níveis de auxina, hormônio vegetal necessário ao
processo de enraizamento lateral e adventício, que também promove nesse último, a iniciação e
diferenciação das células do periciclo.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
METABÓLITOS DE DEFESA INDUZIDOS EM PLANTAS DE SOJA PELO ATAQUE DE
BEMISIA TABACI BIÓTIPO B, EM CONDIÇÕES DE CAMPO
Clara Beatriz Hoffmann Campo - Simone Silva Vieira - André Luiz Lourenção - Maria Cristina
Neves De Oliveira
Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae), conhecida como mosca-branca
tornou-se praga de importância primária na cultura da soja no país. Trata-se de uma praga de
difícil controle através de inseticidas, sendo necessária a procura por métodos alternativos. Desta
forma, o objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar metabólitos secundários produzidos em
genótipos de soja infestados por mosca-branca. Foram utilizados os genótipos ‘IAC 17’, ‘IAC 19’,
‘IAC 24’, ‘IAC Holambra Stwart’, ‘Barreiras’, ‘Doko’ e ‘Vencedora’, os quais foram cultivados em
quatro gaiolas (6 m x 4 m), com tela antiafídeo branca, suportadas por armações de ferro. O
experimento foi composto por 4 gaiolas e, em cada gaiola foram cultivadas duas linhas de 1m de
cada genótipo. Estas linhas foram repetidas de forma aleatória cinco vezes dentro de cada gaiola.
Em três gaiolas foi realizada a infestação, sendo uma gaiola destinada à testemunha (nãoinfestada). A infestação com mosca-branca foi realizada no estádio V5. Para extração dos
metabólitos, os trifólios do terço médio das plantas foram coletados aos 30 dias após a infestação,
e estes moídos, pesados, extraídos, ressolubilizadas e analisados em HPLC. Nos resultados
obtidos foram identificadas as substâncias daidzina, glicitina, genistina, malonil-daidzina, rutina,
malonil glicitina, acetil-daidzina, malonil-genistina, acetil-glicitina, daidzeína, gliciteína, genisteína e
coumestrol, cujas maiores concentrações foram observadas nos genótipos ‘IAC 19’, ‘IAC 24’ e
‘IAC 17’, os quais possuem resistência à mosca-branca. No entanto, as maiores concentrações
destas substâncias foram observadas nas plantas não-infestadas. Exceto o ácido salicílico que de
modo geral foi maior nas plantas infestadas (150,17 ng/mg) em comparação com as nãoinfestadas (92,67 ng/mg). Portanto, os dados sugerem que na interação B. tabaci-soja a produção
de compostos da rota do jasmonato é reduzida, mas observa-se aumento de um composto da rota
do salicilato. Esses resultados indicam que o mecanismo bioquímico de defesa da soja à moscabranca difere daquela observada em resposta ao ataque de outras pragas importantes da cultura,
como lepidópteros e pentatomídeos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
HYLASTINUS OBSCURUS (MARSHAM) OLFACTOMETRIC RESPONSE TOWARD LINOLEIC
ACID PRESENT IN TRIFOLIUM PRATENSE L. ROOT.
Dayand Toledo Araya - Herbert M. Venthur - Jocelyne V. Tampe And Quiroz, A.
[email protected]
In Chile, Hylastinus obscurus Marsham (Coleoptera: Curculionidae) is an important insect pest of
Trifolium pratense L., because both larvae and adults feed on red clover roots throughout the year,
causing a dramatic reduction in production levels and decreasing the persistence to two years after
sowing. In addition, pesticides have not been successful in controlling borer infestations and there
is no control for H. obscurus other than crop rotation at present. Previous studies in red clover roots
have indicated that fatty acids play a role in insect-plant interaction (Environ. Entomol. 40: 399,
2011). In this work we evaluated the olfactometric response exhibited by adult H. obscurus toward
Linoleic acid present in red clover root. Olfactometer bioassays were performed by using an
octagonally shaped olfactometer as described by Pettersson (1970) and the experimental
conditions have been reported. The olfactometer arena was divided into four arm zones and one
zone in the center was designated as the decision zone. Two lines of air coming from each
stimulus treatment were connected in opposite corners of the arena; the other two lines released
air from control treatments. The behaviour of each insect was recorded for 20 min, and the time
spent in each arm was registered and evaluated by using EthoVision 3.1 software. Linoleic acid (10
ppm) significantly attracted both male (P<0.0001) and female (P=0.0043) H. obscurus. Behavioral
evidences suggest that Linoleic acid present in red clover roots may play a role as olfactory cues in
the host-finding process of H. obscurus. This result is supported by reports that identified the
Linoleic acid like semiochemical for host location. For example, linoleic acid was found to be
component of ovipositional host-finding cues for Amyelois transitella females (J. Chem. Ecol. 17:
599, 1991). Besides, linoleic acid identified in Zea mays L. seedling, have been reported as
semiochemicals for host location by Diabrotica virgifera (J. Chem. Ecol. 20: 3335, 1994).
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
Pôsteres
Resumos
ÁREA: ECOLOGIA E EVOLUÇÃO NAS INTERAÇÕES
INSETO-PLANTA
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
TOXICIDADE POR FUMIGAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE INFLORESCÊNCIA DE
ALPINIA PURPURATA E FOLHA DE PIPER ARBOREUM CONTRA O GORGULHO DO MILHO
(SITOPHILUS ZEAMAIS)
Camila Soledade De Lira - Afonso Cordeiro Agra Neto - Thiago Henrique Napoleão - Daniela
Maria Do Amaral Ferraz Navarro
O Sitophilus zeamais, popularmente conhecido como gorgulho do milho, é uma das pragas mais
preocupantes em termos econômicos por infestar a cultura ainda no campo e permanecer no
armazém. O controle destes insetos tem sido realizado através do uso de produtos químicos que
podem causar intoxicação aos aplicadores e o desenvolvimento de populações de insetos
resistentes. Assim, a procura por inseticidas naturais provenientes de plantas é uma das melhores
alternativas para o controle de pragas como S. zeamais. O objetivo deste trabalho foi analisar a
toxicidade por fumigação dos óleos essenciais de inflorescências de Alpinia purpurata e folhas de
Piper arboreum contra adultos de S. zeamais. Inflorescências de A. purpurata foram coletadas em
jardins da UFPE enquanto as folhas de P. arboreum foram coletadas no Jardim Botânico do
Recife. Para ambas as plantas, o óleo essencial foi obtido por meio de processo de
hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger modificado. O processo durou três horas. O óleo
obtido foi tratado com sulfato de sódio anidro para retirada da água remanescente. A toxicidade
por fumigação foi avaliada utilizando recipientes plásticos. Um disco de papel filtro (2,0 cm de
diâmetro) foi disposto no lado interno da tampa de cada pote (diâmetro: 2,5 cm, altura: 5,5 cm,
volume: 24 ml). Em seguida, diluições da solução-estoque do óleo foram preparadas em etanol e
20 µL da solução-teste foram adicionados ao papel filtro. Após a evaporação do solvente por 30 s,
a tampa foi firmemente colocada no pote, ao qual haviam sido adicionados previamente20 insetos,
formando uma câmara selada. Após 24 h, os insetos foram transferidos para potes sem amostra e
a mortalidade foi avaliada após oito dias. Os ensaios foram realizados em quadruplicata. O óleo de
A. purpurata mostrou-se eficiente, já que as taxas de mortalidade detectadas (após correção de
Abbott) foram 23,7% (2.500 ppm), 45,7% (5.000 ppm) e 61,1% (10.000 ppm). Para o óleo de
folhas de P. arboreum, as taxas de mortalidade corrigidas foram de 21,25% (2.500 ppm) e 37,5%
(5.000 ppm). Em conclusão, os óleos essenciais de inflorescências de A. purpurata e folhas de P.
arboreum constituem alternativas naturais para controle de S. zeamais por apresentarem
toxicidade por fumigação.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESPOSTA ELETROFISIOLÓGICA DE EUCHROMA GIGANTEA (COLEOPTERA;
BUPRESTIDAE) A VOLÁTEIS DE SUA PLANTA HOSPEDEIRA STERCULIA FOETIDA
(STERCULIACEAE).
Geanne Karla Novais Santos - Artur Campos Dália Maia - Paulo Milet-Pinheiro - Daniela
Maria Do Amaral Ferraz Navarro
O besouro Euchroma gigantea é o maior representante da família Buprestidae (Coleoptera) e
coloniza diversas espécies de árvores de madeira mole pertencentes às famílias Bombacaceae e
Sterculiaceae. Durante o período larval, que pode durar até dois anos, as larvas constroem
galerias no caule e no sistema radicular da planta, consumindo os tecidos vegetais e causando
enfraquecimento do tronco que pode levar a queda da árvore. Dentre as espécies comumente
colonizadas por E. gigantea está a Sterculia foetida (Sterculiaceae), árvore exótica bastante
utilizada em paisagismo no Brasil devido ao seu rápido crescimento. Neste trabalho, estudamos a
resposta eletrofisiológica de antenas de E. gigantea a voláteis provenientes de S. foetida por meio
de cromatografia gasosa acoplada a um detector eletroantenógrafico (GC-EAD) com o objetivo de
identificar compostos que possam atuar como cairomônios (substâncias que medeiam interações
interespecíficas beneficiando o organismo receptor). Foram coletados ao todo 20 besouros no
período de jan/2013 a jun/2013. Os voláteis da planta foram obtidos a partir da técnica de
headspace dinâmico (trap carbopack/tenax 1:1, fluxo de ar 0,8 L/min). Amostras das folhas, casca
e serragem de S. foetida colonizada por E. gigantea foram extraídas por 24 h e então analisadas
em cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas e em GC-EAD. Para a realização
das análises de GC- EAD, as antenas foram montadas entre dois capilares de vidro contendo
solução de Ringer. As análises de GC-EAD realizadas com a amostra de headspace da serragem
do tronco mostraram que os compostos α-terpineno, cimeno, limoneno, γ-terpineno e terpinoleno
estimularam as antenas de E. gigantea. Nas análises realizadas com a amostra de voláteis de
folhas, cinco compostos provocaram respostas eletroantenográficas: β-ocimeno, γ-terpineno, alloocimeno, α-farneseno e δ-cadineno. Para os voláteis presentes na casca, não foi observada
nenhuma resposta conclusiva nas antenas testadas. A sensibilidade das antenas de E. gigantea a
compostos presentes na serragem e nas folhas de S. foetida indicam que estes compostos podem
ser utilizados pelos besouros para identificação de sua planta hospedeira. Análises de GC-EAD
com compostos autênticos, bem como bioensaios comportamentais, são necessários para
confirmar a atividade eletrofisiológica e determinar a exata função que esses compostos
desempenham nessa interação, respectivamente.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
PREFERÊNCIA ALIMENTAR DA COCHONILHA DYSMICOCCUS TEXENSIS (TINSLEY)
(HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE)
Gabriella Ferreira Cardoso - Lenira V. C. Santa-Cecilia - Ernesto Prado - Mariana D. Cuozzo
A cochonilha-da-raiz, Dysmicoccus texensis é uma praga de importância crescente para o
cafeeiro, causando perdas à produção. Além do cafeeiro, poucos hospedeiros têm sido registrados
para essa espécie. Assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar, em condições de
laboratório, a preferência alimentar dessa cochonilha em plantas frutíferas utilizadas como
barreiras nas lavouras cafeeiras e plantas adventícias que crescem nas entrelinhas do cafeeiro.
Foram utilizados partes do caule-raiz do cafeeiro (Coffea arabica), do picão (Bidens pilosa), da
bananeira (Musa sp) e fruto de atemóia (Annona sp) como hospedeiro controle. Estes foram
acondicionados em placas de Petri (15 cm) contendo uma camada de Ágar/água a 1%. Procedeuse a liberação de ninfas de primeiro instar de D. texensis coletadas da criação em laboratório, em
número de 15, no centro da placa. Cada unidade experimental foi vedada com recipiente plástico,
para evitar a fuga das cochonilhas, uma vez que neste instar são muito ágeis. Em seguida, as
placas foram mantidas em ambiente escuro para evitar o fototropismo. Os tratamentos foram em
número de três, com sete repetições. As avaliações foram realizadas aos 48h, 72h e sete dias,
sendo registrado o número de cochonilhas em cada substrato alimentar. O teste de escolha entre
cafeeiro e atemóia, mostrou que as cochonilhas não apresentaram preferência alimentar nas três
avaliações realizadas. Diferentemente, nos outros tratamentos foi constatada uma preferência
inicial (48h) para o cafeeiro quando comparado com a bananeira, e para o picão no teste de
escolha com o cafeeiro. Contudo, nas demais avaliações não houve preferência alimentar entre
esses substratos, embora algumas cochonilhas mantiveram-se fora dos substratos oferecidos.
Assim, D. texensis não mostrou preferência alimentar entre os hospedeiros, cafeeiro, bananeira e
picão.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
QUIMIOTAXIA DE ANTHONOMUS GRANDIS (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) A VOLÁTEIS
DE PLANTAS DE ALGODOEIRO SUBMETIDAS OU NÃO A HERBIVORIA
Juliana Barroso Silva - Maria Carolina Blassioli Moraes - Christian Sherley Araújo Da SilvaTorres - Jorge Braz Torres
O bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis (Boh.) (Coleoptera: Curculionidae), é uma das
principais pragas do algodão nas regiões de sua ocorrência. Infestações desta praga ocasionam
injúrias diretas evidenciadas pela queda de botões florais e abertura irregular de maçãs. O
emprego do ferômonio de agregação produzido por machos de A. grandis em armadilhas tem
demonstrado grande sucesso no monitoramento através da utilização de diferentes formulações;
entretanto, alguns estudos de campo tem demonstrado que durante a fase de botão e flores na
lavoura, o número de insetos capturados nas armadilhas é reduzido indicando que outros voláteis
produzidos pelo algodoeiro estão envolvidos na sua atração. O objetivo deste trabalho foi avaliar
se voláteis de plantas de algodão atacadas ou não pelo bicudo do algodoeiro em diferentes fases
fenológicas são capazes de influenciar na taxia do inseto. Os voláteis foram coletados a partir de
dois genótipos de plantas CNPA TB90 e BRS Rubi, sendo a coleta realizada a cada 24 horas
durante quatro dias consecutivos. Os extratos obtidos foram analisados por cromatografia gasosa
(CG) com detector por ionização de chamas. O perfil de voláteis obtidos dos tratamentos foi
avaliado através da análise de curva de respostas principais (PRC). A análise mostrou que a
injúria que o bicudo provocou na planta devido a herbivoria foi sentido de 24h até 96h, sendo que
a emissão de voláteis ao longo do tempo diferenciou-se entre plantas sadias e plantas submetidas
a herbivoria (F= 6,78; P= 0,005). A atratividade desses voláteis aos adultos do bicudo-doalgodoeiro foi testada em bioensaios empregando-se olfatômetro em Y com 40 repetições
(insetos) por tratamento. Nos testes realizados com voláteis de CNPA TB90 não houve diferença
significativa entre voláteis de planta atacada e sadia no tempo de coleta de 24 e 96h versus
hexano (P > 0,05). Da mesma forma, nos bioensaios em que foram contrastadas voláteis de
plantas sadias e atacadas no tempo de 24 e 96h. O tempo de permanência nos braços do
olfatômetro deu-se de forma semelhante. As análises químicas mostraram que os principais
compostos voláteis liberados pelas plantas de algodão foram monoterpenos, homoterpenos e
sesquiterpenos e que o perfil químico das plantas com injúria e sem injúria é qualitativamente e
quantitativamente diferente. Desta forma outros bioensaios estão sendo conduzidos com as
plantas apresentando injúrias para avaliar a influência destes compostos induzidos sobre o
comportamento de A. grandis.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
HORMÔNIOS ESTEROIDAIS DO PÓLEN PODEM AUMENTAR A PRODUÇÃO DE RAINHAS
EM ABELHAS DO GÊNERO MELIPONA?
Maria Juliana Ferreira-Caliman - Daniela Lima Do Nascimento - Fábio Santos Nascimento R. Zucchic
A produção de rainhas e operárias em insetos sociais depende primariamente de fatores sociais e
nutricionais. Entre os Apini, a produção de novas rainhas ocorre através da construção de uma
célula real, sendo a larva aprovisionada com um alimento diferenciado qualitativa e
quantitativamente, o qual desempenha um importante papel no processo de diferenciação de
castas. Células reais de Meliponini são maiores que as células de operárias e, assim, comportam
alimento em maior quantidade, porém, não diferenciado qualitativamente. O gênero Melipona
constitui uma exceção entre as abelhas sem ferrão no que diz respeito à produção de rainhas,
uma vez que a qualidade e a quantidade de alimento parecem não ser diferenciadas. O objetivo
desse estudo foi avaliar a influência dos hormônios esteroidais do pólen na produção de rainhas
deMeliponamarginata. Para isso, 10 mg de sitosterol, 5 mg de fucosterol e 1mg de campesterol
(fitoesteróides comumente encontrados no pólen)foram dissolvidos em 8 ml de etanol, resultando
em uma solução de concentração igual a 2 mg/ml. Volumes diferentes dessa solução foram
adicionados a 4 gramas de pólen (retirado dos potes de alimento) e oferecidos a uma colônia de
M. marginata, mantida sem conexão com o meio externo e alimentada com solução de água com
açúcar (50%) diariamente. O volume de solução para cada teste foi: Tratamento 1 = 0,5 ml;
Tratamento 2 = 1 ml e Tratamento 3 = 2 ml, sendo duas réplicas para cada um deles. Foi realizado
um controle (sem adição de hormônio) para cada tratamento, também com duas réplicas. As
porcentagens de rainhas obtidas em relação às operárias foram (Média ± DP): Tratamento 1 =
19,05% ± 1,35 (controle = 13,25% ± 4,15), Tratamento 2 = 16,29% ± 2,67 (controle = 13,5% ±
2,12) e Tratamento 3 = 19,13% ± 1,22 (controle = 11,79% ± 0,69). Emboratenha ocorrido uma
maior produção de rainhas nos tratamentos com hormônios em relação aos controles, somente o
Tratamento 3 foi estatisticamente significante (test T, p < 0,05). De acordo com esses resultados,
pode-se concluir que, sendo os fitormônios importantes precursores de ecdisteróides em abelhas,
um aumento na ingestão da fração esteroidal proveniente do pólen resulta em um aumento da
proporção de rainhas produzidas em colônias de Melipona marginata.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO A BEMISIA TABACI BIÓTIPO B
Juliana Cardoso Do Prado - André L. Lourenção - Marineia L. Haddad - Simone S. Vieira
INTRODUÇÃO Bemisia tabaci biótipo B destaca-se como praga-chave do algodoeiro e uma das
principais responsáveis pelo crescente uso de inseticidas nessa cultura. Este trabalho teve como
objetivo avaliar a resistência de cultivares e linhagens de algodoeiro do Banco Ativo de
Germoplasma (BAG) do Instituto Agronômico (IAC) em relação a esse inseto. Avaliaram-se
atratividade para adultos e preferência para oviposição, correlacionando-se esses parâmetros com
densidade de tricomas e coloração das folhas.
MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram realizados em casa de vegetação. A partir de
‘screening’ em 81 acessos do BAG, foram selecionados 20 genótipos com os menores níveis de
infestação (ovos e ninfas). Em sequência, esses genótipos selecionados, juntamente com outros
quatro considerados controles resistentes e suscetíveis, foram avaliados em experimentos de
atratividade para adultos e preferência para oviposição em teste com chance de escolha. O
delineamento foi de blocos ao acaso, com 24 tratamentos e oito repetições. A contagem dos
adultos presentes na face abaxial de duas folhas foi realizada em três épocas e, a de ovos, três
dias após a infestação. Também se procedeu à contagem de tricomas e análise colorimétrica das
folhas para correlação com os parâmetros de resistência.
RESULTADOS Quanto à atratividade para adultos, Gossypium hirsutum var. marie galanti, ‘IAC
23’, G. hirsutum morrillii, NA 1329, Paymaster 53-816 destacaram-se como os menos atrativos
(0,7; 0,7; 0,8; 0,8; 0,8 adultos/10cm2, respectivamente), enquanto IAC PV 010-175 teve a maior
média (1,7 adultos/10cm2). Para oviposição, G. hirsutum var. marie galanti, G. hirsutum morrillii e
G. hirsutum palmeri apresentaram os menores números de ovos, 3,5; 4,5 e 6,1 ovos/10cm2
respectivamente, contrastando com o mais ovipositado, Epamig Liça (21,3 ovos/10cm2). Na
avaliação colorimétrica quanto à coloração verde, IAC PV 010-175 apresentou a menor
intensidade, seguido por IAC PV 010-163 e IAC PV 010-1664. Na análise da coloração amarela,
notou-se que os mesmos genótipos da coloração verde, juntamente com G. hirsutum palmeri e
Inta La Banda 56, apresentaram menor intensidade, diferindo de Paymaster 53-816, o de maior
intensidade dessa coloração. Em relação à densidade de tricomas, os genótipos com folhas de
maior pilosidade foram IAC 12-58/348, NA-1335, Epamig Liça, NA-1511 e BJA, e os mais glabros
foram G. hirsutum var. marie galanti, ‘NuOpalRR’ e G. hirsutum palmeri. Detectou-se correlação
significativa e positiva entre ovos e adultos, entre ovos e tricomas e entre adultos e coloração
verde.
CONCLUSÕES Os genótipos Gossypium hirsutum var. marie galanti e G. hirsutum morrillii
apresentam resistência do tipo não-preferência a B. tabaci biótipo B. Há correlação significativa e
positiva entre número de ovos e de adultos, entre número de ovos e tricomas e entre número de
adultos e coloração verde das folhas.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
COMPORTAMENTO DE CHAMAMENTO E EVIDÊNCIA DE FEROMÔNIO SEXUAL EM
ATHELOCA SUBRUFELLA (HULST) (LEPIDOPTERA: PHYCITIDAE)
Eduardo Silva Nascimento - Bianca Giuliano Ambrogi - Jéssica Carvalho Leite - Abel Felipe
Oliveira, Jucileide Lima Santos
[email protected]
A traça do coqueiro, Atheloca subrufella (Hulst) (Lepidoptera: Phycitidae), é considerada uma
importante praga na cultura do coco, principalmente na região nordeste do Brasil, que concentra
mais de 70% da produção de cocos do país. Seu controle é difícil, pois sua lagarta se desenvolve
no interior das flores e frutos do coqueiro, limitando a ação de agentes químicos. Com isso, a
utilização de feromônio para manejo desse inseto se torna bastante promissora. Nesse sentido, o
objetivo desse trabalho foi verificar o comportamento de chamamento da traça-do-coqueiro, e
determinar a função do feromônio sexual utilizado nesse processo. Foram avaliadas a posição de
chamamento e o padrão e periodicidade da exibição desse comportamento. Os extratos foram
obtidos de glândulas de feromônio de fêmeas virgens e a partir da aeração de machos e fêmeas.
Os extratos foram analisados em cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas
(CG-EM). A resposta comportamental de machos foi avaliada através de bioensaios utilizando um
olfatômetro em Y. Por meio da análise do comportamento de chamamento, verificou-se que as
fêmeas de A. subrufella possuem apenas uma posição de chamamento, e que esse
comportamento tem um pico entre a segunda e quinta escotofases. A duração do chamamento e o
número de chamadas não modificaram com o passar do tempo, no entanto, o início do
chamamento foi antecipado nas fêmeas mais velhas, provavelmente para evitar competição com
fêmeas mais novas. Os dados demonstraram que o melhor horário para realizar as extrações e
testes comportamentais foi entre a 3ª e 7ª horas da terceira ou quarta escotofases. A partir da
análise dos cromatogramas obtidos, ainda não foi possível verificar a presença de compostos
feromonais da fêmea, o que foi corroborado com os resultados dos bioensaios, em que o macho
não foi atraído para o extrato de glândulas de feromônio de fêmeas virgens. Sendo assim, se
fazem necessários novos estudos para determinar a função e elucidar a estrutura química de um
possível feromônio sexual de A. subrufella.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
MARCAÇÃO DE TRILHA POR LAGARTAS DE BRASSOLIS SOPHORAE (LEPIDOPTERA:
NYMPHALIDAE)
Bianca Giuliano Ambrogi - Jéssica De Carvalho Leite - Abel Felipe De Oliveira Queiroz Jucileide Lima Santos
[email protected]
As lagartas de Brassolis sophorae apresentam um comportamento gregário e têm hábito
crepuscular, permanecendo durante o dia, abrigadas no interior de ninhos, que fazem unindo os
folíolos com fios de seda. Quando estas saem do ninho para forragear marcam o caminho com
fios de seda enquanto se movem até o local de forrageamento e são seguidas pelas outras. Para
determinar se esse comportamento de andar em trilha das lagartas é devido a um feromônio de
trilha, foram conduzido experimentos de Y-escolha. Para verificar se as lagartas seguiam a trilha
deixada por coespecíficos, 20 lagartas foram colocadas em um recipiente forrado com cartolina
preta e deixadas por 24 horas. Após esse período, as lagartas foram removidas e a cartolina
contendo a seda deixada pelas lagartas foi cortada em seções. Para os testes foi montado sobre
uma bancada, um Y de cartolina, sendo o braço principal e um dos braços menores uma seção de
cartolina com a seda. O outro braço menor do Y foi formado por uma seção de cartolina de
tamanho similar a anterior, porém sem nada, servindo como controle. Para verificar se a trilha
estava marcada com feromônio, foi feito um extrato da seda deixada pelas lagartas por 24 h,
colocando a teia em hexano por uma hora., com a finalidade de extrair os compostos contidos na
seda. Após esse tempo, o extrato foi filtrado e armazenado em freezer. Novamente o Y foi
montado, da mesma forma que citado anteriormente, porém o material utilizado foi papel filtro.
Tanto o braço principal, quanto um dos braços menores do Y foram impregnados com o extrato da
seda. No outro braço foi utilizado apenas hexano. A resposta das lagartas em ambos os
tratamentos foi observada, liberando uma lagarta na base do braço principal do Y e observando a
sua escolha para um dos braços por no máximo 10 min. Assim que a lagarta escolhia um dos
braços, ela era retirada. Após cada teste, a posição dos braços era alterada e todas as seções do
Y descartadas. Para ambos os testes, as lagartas foram significativamente atraídas para o braço
contendo a seda e o extrato da seda (Teste binomial, p < 0.05), demonstrando que a comunicação
entre lagartas de B. sophorae é mediada por feromônio de trilha. O fato das lagartas
permanecerem em grupos durante todo o estágio larval pode facilitar a defesa contra predadores,
ajudar no forrageamento e na termorregulação. Novos estudos são necessários para um melhor
conhecimento dos compostos químicos presentes nessa trilha. Com esses resultados será
possível manipular as populações de B. sophorae, utilizando isso para monitoramento e captura
desses insetos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
INTERAÇÃO PALMA FORRAGEIRA OPUNTIA FÍCUS-INDICA MILL E NOPALEA
COCHENILLIFERA SALMDYCK X COCONILHA DE ESCAMA DIASPIS ECHINOCACTI X
JOANINHA CHILOCORUS NIGRITA FABRICIUS.
Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves - Mariana Santos Gomes De Oliveira1 - João Gomes Da
Costa2 - Antônio Euzébio Goulart Sant’ana
A palma forrageira é a principal fonte de alimentação para o rebanho do semiárido brasileiro. As
espécies de palma utilizadas são a Opuntia ficus-indica Mill (gigante e redonda) e Nopalea
cochenillifera SalmDyck (Palma miúda). Essas espécies são bastante utilizadas no período de
seca, em consequência da sua alta resistência ao estresse hídrico. Entretanto, o cultivo dessa
cactácea tem enfrentado sérios problemas com a infestação de insetos pragas. Uma dessas
pragas é a cochonilha de escama Diaspis echinocacti (Hemiptera, Diaspididae), que possui
facilidade para infestar o palmal em curto período de tempo. Uma alternativa ecologicamente
correta encontrada para combater essa praga é por meio do controle biológico. Um dos inimigos
naturais dessa cochonilha é a joaninha Chilocorus nigrita (Fabricius). Assim, este trabalho teve
como objetivo avaliar o comportamento de C. nigrita (Fabricius) em relação aos compostos
orgânicos voláteis de duas variedades de palma infestadas e não infestadas pela cochonilha. Foi
utilizada uma variedade da espécie considerada resistente Opuntia ficus-indica Mill e uma
variedade da espécie susceptível Nopalea cochenillifera SalmDyck. Os testes comportamentais
foram realizados utilizando olfatômetro em Y, usando hexano como controle frente aos COVs das
plantas, sendo testados 20 insetos machos e 20 fêmeas em cada ensaio. Os resultados obtidos
mostraram que 73,46% das joaninhas foram atraídas pelos COVs provenientes de plantas
infestadas em relação ao controle. Os COVs provenientes das plantas sem infestação não
apresentaram efeito sobre o comportamento das joaninhas. Esses resultados evidenciam o papel
dos semioquímicos da palma infestada por cochonilha envolvidos na atração de joaninhas e o
potencial que os mesmos têm para o controle dessa praga.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
SINAIS QUÍMICOS PRESENTES EM PLANTAS DE GOIABEIRA, PSIDIUM GUAJAVA L.
(MYRTACEAE) E NO GORGULO DA GOIABA, CONOTRACHELUS PSIDII MARSHALL
(COLEOPTERA: CURCULIONIDAE)
Alicia A. Romero Frías - Coralia Osorio Roa - José Maurício S. Bento
[email protected]
O gorgulho da goiaba, Conotrachelus psidii Marshall (Coleoptera: Curculionidae) é uma das
principais pragas da goiabeira, Psidium guajava L. (Myrtaceae). Atualmente, o controle é realizado
exclusivamente por meio de agroquímicos. O uso de semioquímicos como o feromônio de C. psidii
e/ou os voláteis da planta de goiabeira pode representar uma alternativa promissora para o
manejo desta praga (Bailez et al., 2003). Contudo, estas possibilidades ainda foram poucos
exploradas. Este trabalho foi conduzido com a finalidade de investigar os possíveis sinais químicos
presentes
em
plantas
de
goiabeira
e
no
gorgulho
da
goiaba
C.
psidii.
Para a identificação dos voláteis da planta de goiabeira foram utilizadas as seguintes partes da
planta: (i) Botão floral, (ii) flor aberta, (iii) flor seca, (iv) fruto jovem, e (v) fruto maduro. Para o
gorgulho da goiaba, C. psidii foram utilizados 50 machos e 50 fêmeas. O método de extração
utilizado foi a microextração em fase sólida (SPME) e a aeração em headspace. As extrações dos
voláteis das partes da planta de goiabeira foram realizadas in situ em três épocas distintas do ano,
no município de Moniquirá (Boyacá, Colômbia). Para os insetos a extração também foi realizada
três
vezes
em
laboratório,
com
uma
semana
após
a
coleta
no
campo.
Nas diferentes partes vegetais da planta de goiabeira (botão floral, flor aberta, flor seca, fruto
jovem, e fruto maduro) foram encontrados os compostos orgânicos voláteis limoneno, -copaeno,
β-cariofileno, farneseno e selineno, em distintas proporções. Para o limoneno, a quantidade foi a
mesma em todas as partes da planta, enquanto para o β-cariofileno, observou-se uma maior
quantidade no fruto jovem em comparação a flor aberta. Para os demais compostos não houve
variação significativa em relação às partes da planta. Dos compostos encontrados na planta de
goiabeira, o β-cariofileno e o limoneno, também estiveram presentes nos machos e fêmeas de C.
psidii.
Em estudos anteriores, foi observada a atratividade do gorgulho da goiaba pelos voláteis de
algumas partes da planta de goiabeira. Do mesmo modo, outros estudos também demostraram
que machos e fêmeas do gorgulho foram atraídos pelos voláteis de suas fezes (Silva-Filho, 2005;
Silva-Filho et al., 2012). Neste estudo, a presença do β-cariofileno e do limoneno, identificados
tanto em diferentes partes da planta quanto nos insetos, sugere que possivelmente, estes
compostos podem ter sido liberados nas fezes dos insetos e estariam favorecendo a sua
agregação
no
campo,
o
que
ainda
precisa
ser
comprovado.
Um sistema de detecção dos adultos de C. psidii por meio de armadilhas contendo os voláteis das
plantas de goiabeira, e/ou dos próprios insetos poderá ser importante para prever a ocorrência da
praga e tornar seu manejo mais adequado, reduzindo o uso de inseticidas e preservando os
inimigos naturais no agroecossistema.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DA INFLORESCÊNCIA DE ALPINIA
PURPURATA E AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE POR INGESTÃO E ATIVIDADE REPELENTE
FRENTE A SITOPHILUS ZEAMAIS
Camila Soledade De Lira - José Vargas De Oliveira - Thiago Henrique Napoleão - Daniela
Maria Do Amaral Ferraz Navarro
[email protected]
O Zabrotes subfasciatus (Bohemann, 1833) é uma das principais pragas de grãos armazenados
de feijão no Brasil, os ovos são depositados na superfície dos grãos e as larvas se desenvolvem
no seu interior, causando grandes danos à produção. Diversos métodos têm sidos utilizados para
identificação de compostos químicos atrativos, responsáveis pela comunicação entre insetos da
mesma classe ou classes diferentes, geralmente são compostos voláteis, entretanto, alguns tipos
de insetos utilizam ainda compostos não-volateis como muitos hidrocarbonetos, que atuam como
feromônios moduladores e desencadeadores de comportamentos, sendo de grande importância o
estudo desses compostos para uma melhor compreensão dessa forma de comunicação. O
presente trabalho teve como objetivo identificar e comparar os compostos cuticulares encontrados
em machos e fêmeas do Z. subfasciatus. Os extratos foram obtidos pelo método de extração por
solvente usando hexano sendo utilizados 200 insetos de cada sexo para extração, o experimento
foi realizado em triplicata. Analises por CG e por CG-EM foram realizados para os extratos
cuticulares obtidos. Os perfis cromatográficos dos extratos de machos e fêmeas apresentaram
resultados
distintos,
apresentando
variações
da
composição
química
cuticular
tanto
quantitativamente quanto qualitativamente. Os extratos de fêmeas apresentaram uma quantidade
maior de compostos quando correlacionado com os extratos de machos nas mesmas condições.
Através das analises químicas foram identificadas nos extratos, diversas classes de
hidrocarbonetos: n-alcanos, alcanos ramificados, alcenos, além de alcoóis e ésteres; os extratos
dos machos apresentaram: alcanos, alcanos ramificados e álcoois, enquanto nas amostras das
fêmeas são encontrados n-alcanos, éster, acetona e hidrocarbonetos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
COTESIA FLAVIPES É ATRAÍDA POR UM SESQUITERPENO EMITIDO PELA CANA-DEAÇUCAR EM RESPOSTA À INFESTAÇÃO PELA BROCA-DA-CANA
Sanielly Pimentel Araújo Dos Santos - Jaim Simões De Oliveira - Alessandro Riffel - Antonio
Euzébio Goulart Santana
[email protected]
A broca-da-cana-de-açucar, Diatraea saccharalis, é a principal praga da cana-de-açucar nas
Américas. As plantas frequentemente liberam uma mistura de compostos orgânicos voláteis
(COVs) em resposta ao dano causado pelos insetos herbívoros, que podem servir como pistas de
localização para os seus inimigos naturais. Com o objetivo de elucidar os mecanismos de defesa
da cana-de-açucar em resposta à herbivoria, plantas de cana-de-açucar de 40 a 45 dias foram
infestadas com larvas de broca-da-cana-de-açucar de segundo instar. Como controle, plantas não
infestadas foram utilizadas. Os COVs foram coletados durante as primeiras 48 horas de infestação
em sistemas de aeração contendo adsorvente Porapak Q. Além disso, bioensaios foram
realizados em olfatômetros de quatro-braços, utilizando fêmeas adultas de Cotesia flavipes, uma
vespa utilizada com sucesso em programas de controle biológico nas plantações de cana-deaçucar. Análises por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas revelou um
composto diferencialmente emitido pelas plantas infestadas, o qual foi identificado como (E)-βcariofileno por meio da comparação com uma biblioteca de compostos padrões e pela co-injeção
com um padrão autêntico de (E)-β-cariofileno. Nos bioensaios, as vespas foram significantemente
mais atraídas pelos COVs oriundos das plantas infestadas (Chi2, P < 0.001) e pelos COVs das
plantas não infestadas ao qual foi adicionado o padrão de (E)-β-cariofileno (Chi2, P < 0.001), do
que pelos COVs das plantas não infestadas (Chi2, P < 0.25 e P > 0.1). Cabe salientar, que este
sesquiterpeno foi previamente demonstrado ser emitido por folhas e raízes de milho em resposta
ao ataque por herbívoros e agir como um sinal para atrair inimigos naturais. O resultados aqui
apresentados servirão de base para aumentar a eficiência da C. flavipes, desenvolver novas
estratégias de controle biológico e poderão auxiliar no desenvolvimento de cultivares de cana-deaçucar resistentes à broca-da-cana-de-açucar.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ESTUDO COMPARATIVO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM TENEBRIO MOLITOR” MACHOS
E FÊMEAS (LINAEUS, 1758) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE)
Regina Da Silva Acácio - André Luiz Beserra Galvão - Henrique Fonseca Goulart - Antônio
Euzébio Goulart De Sant'ana
[email protected]
O Tenebrio molitor L. (1758), é um inseto pertencente a ordem Coleoptera e família Tenebrionidae
sendo comumente encontrado nos depósitos de farinha e de cereais, que são muito prejudicados
pelas larvas e insetos adultos. As larvas de T. molitor são criadas e vendidas como alimento para
animais de estimação. O objetivo o trabalho foi avaliar as diferenças de compostos entre machos e
fêmeas de Tenebrio molitor L. observando a diferença de idade dos insetos. Os insetos foram
obtidos do Laboratório de Entomologia da UFRPE e crescidos a 25°C em farinha de trigo e 1% de
levedo, 80% de umidade relativa e regime de luminosidade de 12: 12. Foram efetuadas aerações
com 25 insetos machos e fêmeas, avaliando os compostos em relação ao sexo e idade dos
insetos. Foi observado um comportamento positivo dos insetos em relação ao produto aerado de
insetos machos, por machos e fêmeas, de idade variada, testados em bioensaio e resposta
positiva de insetos machos ao produto aerado de fêmeas, em eletroantenógrafo.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
PERFIL DE METABÓLITOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE RAÍZES DE CANA-DE-AÇÚCAR
(SACCHARUM SP) INFESTADAS POR TELCHIN LICUS (DRURY, 1773) (LEPIDOPTERA:
CASTINIIDAE)
Dannielle De Lima Costa - Maria José Vieira Soares Barbosa - Henrique Fonseca Goulart Antônio Euzébio Goulart Santana
[email protected]
A família Castniidae é composta por cerca de 160 espécies de mariposas, encontra-se distribuída
na região neotropical, sendo a espécie mais importante a Telchin licus, também conhecida como
broca gigante da cana-de-açúcar1. É considerada uma das principias pragas da cana-de-açúcar
em todo o país e, devido principalmente a sua localização na raiz, ainda não apresenta controle
eficiente. O presente estudo tem como objetivo identificar os compostos orgânicos voláteis
presentes em raízes de plantas sadias e infestadas, permitindo assim o entendimento da interação
inseto-planta na busca do controle e aplicação no manejo integrado de pragas (MIP). As raízes
foram removidas das plantas infestadas e não infestadas com 20 dias de idade e imediatamente
congeladas em N2 líquido, maceradas até obtenção de pó fino e destinadas para a coleta dos
MOVs utilizando fibra de polidimetilsiloxano através da técnica de SPME. A fibra foi exposta aos
MOVs por um período de 60 min a uma temperatura de 50 °C. As amostras coletadas foram
analisadas por cromatografia gasosa e espectrometria de massas (CG/EM) – QP 2010 Ultra
(Shimadzu), utilizando coluna Rtx – 5 (Crossbond® 95% dimethyl polysiloxane e 5% diphenyl) (30
m x 0.25 mm i.d. x 0.25 µm, RESTEK) utilizando hélio como gás de arraste. Os principais
compostos presentes nas raízes de plantas sadias foram 1-pentanol, dodecano, α-copaeno, βsesquifelandreno, (E)-β-cariofileno, aloaromadendreno, naftaleno, octadecano, heptadecano, αlongipineno, isozonarol, hexadecanol, n-tetradecano, ácido 2,6-diidroxibenzóico, nonadecano,
hexadecanol, hexadecano, furaltadona. As plantas infestadas apresentaram como principais
compostos, junipeno, n-tetradecano, γ-cadineno e eicosano. Os compostos 1-octen-3-ol, salicilato
de metila, tridecano, geranil acetona e ácido hexadecanóico estiveram presentes em maior
quantidade nas plantas infestadas.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ANÁLISE POR RMN-1H DO PERFIL METABÓLICO DA CANA-DE-AÇÚCAR SOB HERBIVORIA
Adilson Rodrigues Sabino - Michele Marques Da Silva - Edson De Souza Bento - Antônio
Euzébio Goulart Santana
[email protected]
Estima-se que cerca de 10% das perdas da cultura da cana-de-açúcar sejam ocasionadas por
insetos, sendo a broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) a praga mais estudada. O
presente trabalho teve como objetivo a análise do perfil metabólico da cana-de-açúcar em
resposta à herbivoria por Diatraea saccharalis, utilizando espectroscopia de RMN (Ressonância
Magnética Nuclear) e métodos de análise estatística multivariada como PCA (Análise de
Componentes Principais) e PLS-DA (Análise Discriminante Mínimos Quadrados Parciais).
Inicialmente 20 plantas foram cultivadas por 40 dias e divididas em 2 tratamentos: controle (C72h)
e herbivoria (H72h). Após o ensaio de herbivoria as folhas da cana-de-açúcar foram coletadas,
maceradas em nitrogênio líquido e liofilizadas. A extração dos metabólitos foi efetuada
acrescentando-se 30 mL de uma mistura contendo 12 partes de clorofórmio, 5 partes de metanol e
3 partes de água para 1g de amostra liofilizada. A mistura foi incubada em ultrassom por 1 hora e
filtrada a vácuo. O filtrado foi seco e 10mg de cada amostra foi solubilizada numa solução
tamponada de 50% de 50mM fosfato de potássio, pH 5,8 e 50% CD3OD para análise por RMN. As
análises de RMN-1H foram executadas em espectrômetro BRUKER AVANCE 600 (600MHz para
1H); as análises multivariadas PCA e PLS-DA foram feitas utilizando o programa SIMCA. A PCA
foi obtida a partir dos espectros de RMN-1H dos extratos de folhas de cana-de-açúcar, onde
obtiveram-se gráficos de scores que fornecem informações sobre a distribuição de cada amostra
em função das componentes principais 1 (31%) e 2 (19,7%). O gráfico de scores mostrou que
valores positivos na componente principal 2 encontram-se as amostras C72h, enquanto que em
valores negativos encontram-se as amostras H72h. A PLS-DA foi feita com o objetivo de analisar
os metabólitos que contribuíram para a diferenciação entre C72h e H72h. O gráfico PLS-DA que
relaciona coeficiente de correlação pelo deslocamento químico (RMN-1H) de C72h e H72h
mostrou que houve diferenças entre intensidades dos sinais e seus coeficientes de correlação.
Observou-se que nas regiões de ácidos orgânicos (2 – 3 ppm) e açúcares (3 – 5 ppm) houve
sinais com maiores coeficientes de correlação e intensidades para C72h, isso se deve a
diminuição na concentração de açúcares pelas plantas H72h. Na região dos metabólitos
secundários (6 – 8 ppm) observou-se uma maior contribuição desses metabólitos nas plantas sob
herbivoria (H72h), apresentando maiores coeficientes de correlação e intensidade dos sinais de
RMN. Em conclusão, com o emprego da RMN aliado a métodos estatísticos multivariados foi
possível diferenciar as amostras da cana-de-açúcar após a herbivoria com a Diatraea saccharalis
demonstrando diferenças qualitativas e quantitativas para ácidos orgânicos, açúcares e
metabólitos secundários entre as amostras C72h e H72h.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
ASSIMILAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DO MILHO EM ADULTOS DE
SPODOPTERA FRUGIPERDA
Tatiana Emiko Ueda - José Perez Da Graça - Maurício Ursi Ventura - Clara Beatriz HoffmannCampo
[email protected]
Os metabólitos de defesa de plantas hospedeiras podem ser sequestrados pelos insetos durante
sua alimentação, permanecendo em seus tecidos até a fase adulta. Dessa forma, é possível
identificar as plantas hospedeiras consumidas na fase jovem da praga o que é de grande
importância nos estudos de movimentação de pragas na paisagem agrícola. Assim, este trabalho
teve como objetivo identificar os metabólitos secundários envolvidos na defesa do milho 2B707HX
e a possibilidade de sequestro dos mesmos por Spodoptera frugiperda. Para a realização do
experimento, foram coletadas lagartas de 3º e 4º instar em lavouras de milho, individualizadas e
mantidas em B.O.D. com temperatura e umidade controlada. Essas foram alimentadas com o
mesmo genótipo de milho, reposto diariamente até se tornarem adultas. Após a emergência, os
adultos foram congelados durante 48 h e liofilizados por 72 h, retirando-se pernas e asas. O tecido
remanescente foi pesado e submetido à trituração com Shake-Master (BMS). O pó resultante foi
transferido para um “vial dram” adicionando-se MeOH 1N HCl. A amostra foi homogeneizada com
vórtex e, após esse procedimento, foi mantida em banho-maria por 2 h, resfriada e novamente
homogeneizada. Para extração, foi adicionado EtOAc, agitado no vórtex e após separação da
fase, o sobrenadante foi colocado em becker e seco na capela pelo fluxo de ar. Para análise
química das folhas, as amostras foram coletadas do campo, maceradas em nitrogênio liquído em
almofariz, e transferidas para tubo “Falcon”, adicionando-se MeOH 90%. Estas foram então
submetidas a banho de ultrassom e centrifugadas. O sobrenadante foi transferido para tubos, seco
em vácuo, ressolubilizados em MeOH 80%, filtrados em filtros-seringa, transferidos para os vials
do auto-injetor, e analisados em HPLC. Na análise química das folhas foi possível identificar a
presença do composto DIMBOA (2,4-dihydroxy-7-methoxy-2H-1,4-benzoxazin-3(4H)-one). Esse
composto é o principal ácido hidroxâmico do milho, no entanto, essa substância não foi
identificada no extrato do inseto adulto. Assim, possivelmente, o composto não foi sequestrado
pelo inseto ou ocorreu em concentração não detectável por HPLC. Desta forma, estudos
adicionais para a identificação de DIMBOA por espectrometria de massa, cuja a sensibilidade
permite uma maior detecção de compostos, estão em andamento.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
CARACTERIZAÇÃO DE COMPOSTOS CUTICULARES PARA MACHOS E FÊMEAS DE
ZABROTES SUBFASCIATUS (BOHEMANN,1833) (COLEÓPTERA,BRUCHIDAE)
Aryanna Sany Pinto Nogueira - Thyago Fernando Lisboa Ribeiro - Karlos Antônio Lisboa
Ribeiro Junior - Antônio Euzébio Goulart Santana
[email protected]
O Zabrotes subfasciatus (Bohemann, 1833) é uma das principais pragas de grãos
armazenados de feijão no Brasil, os ovos são depositados na superfície dos grãos e as
larvas se desenvolvem no seu interior, causando grandes danos à produção. Diversos
métodos têm sidos utilizados para identificação de compostos químicos atrativos,
responsáveis pela comunicação entre insetos da mesma classe ou classes diferentes,
geralmente são compostos voláteis, entretanto, alguns tipos de insetos utilizam ainda
compostos não-volateis como muitos hidrocarbonetos, que atuam como feromônios
moduladores e desencadeadores de comportamentos, sendo de grande importância o
estudo desses compostos para uma melhor compreensão dessa forma de comunicação. O
presente trabalho teve como objetivo identificar e comparar os compostos cuticulares
encontrados em machos e fêmeas do Z. subfasciatus. Os extratos foram obtidos pelo
método de extração por solvente usando hexano sendo utilizados 200 insetos de cada sexo
para extração, o experimento foi realizado em triplicata. Analises por CG e por CG-EM foram
realizados para os extratos cuticulares obtidos. Os perfis cromatográficos dos extratos de
machos e fêmeas apresentaram resultados distintos, apresentando variações da
composição química cuticular tanto quantitativamente quanto qualitativamente. Os extratos
de fêmeas apresentaram uma quantidade maior de compostos quando correlacionado com
os extratos de machos nas mesmas condições. Através das analises químicas foram
identificadas nos extratos, diversas classes de hidrocarbonetos: n-alcanos, alcanos
ramificados, alcenos, além de alcoóis e ésteres; os extratos dos machos apresentaram:
alcanos, alcanos ramificados e álcoois, enquanto nas amostras das fêmeas são
encontrados n-alcanos, éster, acetona e hidrocarbonetos.
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ATRATIVIDADE DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MILHO EM RELAÇÃO AOS DANOS DA
LAGARTA-DA-ESPIGA, HELICOVERPA ZEA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)
Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa - José Junior Araújo Sarmento - Marcos
Antônio Barbosa Moreira - Jeane Medeiros Martins De Araújo
[email protected]
A injúria causada pela lagarta Helicoverpa zea (Boddie) (Lepidoptera: Noctuidae) constitui a
principal praga do milho (Zea mays L.). Neste contexto, objetivou avaliar os danos de H. zea em
diferentes genótipos de milho e em diferentes agroecossitemas de Sergipe. As variedades
utilizadas no estudo fazem parte dos genótipos (variedades Cruzeta, São Francisco e BR 106), do
híbridos simples (Tractor, tork e strike), híbridos duplos (SHS 4080, master e SHS 4070) e dos
híbridos triplos (SHS 5050 fort e SHS 5070). Os locais onde foram realizadas as coletas das
espigas de milho ocorreram nos tabuleiros costeiros (Nossa Senhora das Dores), agreste (Frei
Paulo) e sertão (Simão Dias), durante a estação chuvosa do ano de 2006. Foram efetuadas cinco
coletas de espigas aos 100, 110, 120, 130 e 145 dias após a emergência. Em laboratório, utilizouse 36 espigas, sendo 12 por genótipo, as quais foram abertas e mensuradas o tamanho das
lesões de H. zea. Para análise das médias foi usado o teste de Scoth knott ao nível de 5% de
probabilidade. Os resultados conclui que houve diferenças significativas entre as cultivares quanto
a lesão causada em relação as datas de coletas das espigas e também referente aos diferentes
agroecossitemas. Esta constatação dar o indicativo que o ataque da lagarta-da-espiga em Sergipe
tem mais importância para a localidade de Nossa Senhora das Dores, onde se destacou por
apresentar maiores danos, sendo significativamente diferente, quanto ao ataque nos demais
agroecossitemas estudados. Em termos de lesões de H. zea, os materiais híbridos testados
apresentaram ser diferentes e que entre as variedades não diferiram significativamente. Os
comprimentos médios de lesões causadas pela lagarta H. zea em espigas de variedades (V),
híbridos simples (HS), híbridos duplos (HD) de milho, apresentaram ser diferentes em relação à
época de coleta e os híbridos triplos (HT), portanto, não diferiram entre si.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
OVIPOSIÇÃO DE DERMÁPTERAS (EUBORELLIA ANNULIPES) SOBRE DIETAS ARTIFICIAIS
Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa - Rodilma Santos De Almeida - José Junior
Araújo Sarmento - Jeane Medeiros Martins De Araújo
[email protected]
Em virtude da necessidade de se estabelecer o controle biológico de pragas pelas tesourinhas da
espécie Euborellia annulipes, objetivou-se elaborar uma dieta artificial que proporciona-se a
nutrição ideal e que contribuísse com o aumento da taxa de crescimento dos insetos. Para isso,
conduziu-se o experimento no Laboratório de Entomologia e Apicultura do IFPB – Campus Sousa
durante 60 dias, no período de Março à Abril. Foram utilizados tratamentos compostos por 5
(cinco) tipos de dietas e 10 (dez) repetições. Os insetos selecionaram possuíam o 5º instar e
faziam parte da criação massal do mesmo laboratório. As tesourinhas foram introduzidos em
recipientes cilíndricos de plástico transparente com capacidade para 250ml e mantidos em
temperatura ambiente. As dietas oferecidas eram controladas com proporções balanceadas,
compostas por proteínas, vitaminas, sais minerais e carboidratos, quais foram oferecidas aos
casais de insetos na quantidade de 500mg e eram renovadas a cada 2 (dois) dias. Os compostos
foram analisados em proporções diferentes e os tratamentos foram os seguintes para cada dieta:
T1 - 22% de levedo de cerveja, 13% de leite em pó, 26% de farelo de trigo peneirado, 35% de
ração inicial para frango de corte peneira e 4% de formaldeído, T2 – 40% de ração inicial para
frango de corte peneirada, 40% de leite em pó, 20% de levedura, T3 - 30% de ração inicial para
frango de corte peneirada, 40% de leite em pó, 30% de levedura, T4 - 30% de ração inicial para
frango de corte peneirada, 50% de leite em pó, 20% de levedura e T5 - 20% de ração inicial para
frango de corte peneirada, 40% de leite em pó, 40% de levedura. Os dados foram submetidos a
análise de variância pelo teste 'F' e as médias foram comparadas pelo teste Tukey ao nível de 1%
de probabilidade pelo aplicativo software SISVAR. Diante dos dados coletados a dieta que
continha 20% de ração para frango, 40% de leite em pó e 40% de levedura representando o
tratamento 5, apresentou a média de 79,5 sobre a variável pesquisada, que foi a oviposição das
tesoruinhas. Contribuindo assim, para fortalecer a longevidade dos insetos.
VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN.
AUMENTO DA TEMPERATURA PODE AFETAR PARÂMETROS BIOLÓGICOS DE
SPODOPTERA FRUGIPERDA (J.E. SMITH) (LEPIDOPTERA:NOCTUIDAE) E A
CONSTITUIÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NA PLANTA DE SOJA
Mariana Closs Salvador - Maria Cristina Neves De Oliveira - Maurício Ursi Ventura - Clara
Beatriz Hoffmann-Campo
[email protected]
A temperatura é um dos fatores abióticos que mais afetam as interações fisiológicas e
comportamentais de insetos e plantas. Alterações neste fator podem modificar a infestação e
distribuição dos artrópodes pragas nos agrossistemas, além de modificar a constituição de
metabólitos secundários das plantas. Neste estudo, avaliou-se o efeito de quatro temperaturas
(25°C, 28°C, 31°C e 34°C) sobre a biologia de S. frugiperda durante quatro gerações consecutivas
e a influência destas temperaturas na concentração dos flavonoides em folhas de soja. As
temperaturas adotadas para a criação dos insetos e cultivo das plantas foram reduzidas em 4ºC
no período noturno. Lagartas de 2º ínstar, criadas desde a eclosão na cultivar BRS 359RR em
câmaras climatizadas com fotofase de 14h e UR 70% ± 10%, foram pesadas, individualizadas e
avaliadas diariamente, observando-se a mortalidade e o tempo de desenvolvimento de cada
estádio. O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado com 60 repetições. O peso de
pupa foi obtido após 48 horas da transformação. Na avaliação da longevidade e número de ovos
depositados, foram utilizados dez casais. A razão sexual foi calculada dividindo-se o número de
fêmeas pelo total de indivíduos. Para a identificação e quantificação de flavonóides, as plantas
foram cultivadas em câmaras de crescimento nas respectivas temperaturas até o estádio V3, as
amostras (10 repetições por temperatura) foram extraídas e analisadas em HPLC. Temperaturas
mais altas proporcionaram um encurtamento no ciclo de desenvolvimento dos insetos, no entanto
nesses tratamentos foi observada maior mortalidade dos insetos e inviabilidade dos ovos. O peso
de pupa sofreu influência das mudanças nas temperaturas, sendo maior em 25ºC e 28ºC. O
número de ovos depositados e a longevidade dos adultos decresceram com o aumento da
temperatura. A razão sexual não foi influenciada pelas temperaturas. Daidzina, acetil daidzina,
glicitina e malonís (daidzina, glicitina e genistina) foram observadas em maior concentração nas
plantas cultivadas a 25°C. A 31°C foi observada uma maior concentração de acetil daidzina em
relação a 28 e 34°C. Em 34°C, as plantas apresentaram uma alta concentração de ácido salicílico,
substância que tem grande importância em processos fisiológicos relacionados à adaptação dos
vegetais. Os resultados obtidos demonstram que o aumento de temperatura influência no ciclo de
desenvolvimento de S. frugiperda e nos compostos fenólicos presentes na soja.
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