Programação e Livro de Resumos VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Instituições Promotoras Embrapa Tabuleiros Costeiros, Empresa Brasileira Agropecuária do Rio Grande do Norte – EMPARN e INCT – Semioquímicos na Agricultura Coordenação do Evento Dr. Marcos Antônio Barbosa Moreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros/EMPARN Comissão Organizadora Dra. Miryan Denise Araujo Coracini - UFPR Dr. Antônio Euzébio Goulart Santana - UFAL Dr. Paulo Henrique Gorgatti Zarbin - UFPR Dr. Eraldo Rodrigues de Lima - UFV Dr. José Maurício Simões Bento - ESALQ/USP Dr. Marcelo Gustavo Lorenzo - CPqRR-FIOCRUZ Presidente da Comissão Científica Dra. Miryan Denise Araujo Coracini - UFPR Comissão Científica Dra. Miryan Denise Araujo Coracini - UFPR Dra. Bianca Giuliano Ambrogi - UFS Dra. Carla Fernanda Favaro - ESALQ/USP Dr. Antônio Euzébio Goulart Santana - UFAL Dr. Paulo Henrique Gorgatti Zarbin - UFPR Dr. Eraldo Rodrigues de Lima - UFV Dr. José Maurício Simões Bento - ESALQ/USP Dr. Andrés Gonzalez - Universidad de la República, Uruguai Dr. Alessandro Riffel - Embrapa Tabuleiros Costeiros Dr. Marcelo Gustavo Lorenzo - CPqRR-FIOCRUZ Dr. Renato Crespo Pereira - UFF Comissão Técnica Dr. Marcos Antônio Barbosa Moreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros/EMPARN Dr. Paulo Henrique Gorgatti Zarbin - UFPR Dr. Eraldo Rodrigues de Lima - UFV Dr. José Maurício Simões Bento - ESALQ/USP VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Programação Científica – Dia 01/10/2013 15:00 - 19:15 19:15 - 20:00 20:00 - 21:00 Inscrições e entrega de materiais Abertura e entrega III Prêmio Nacional de Ecologia Química Prof. J. Tércio B. Ferreira Conferência abertura Dr. Tom Baker, Penn State University, EUA “The evolution of the electroantennogram technique and its uses in insect chemical ecology research” Programação Científica – Dia 02/10/2013 09:00 - 10:00 10:00 - 10:20 10:20 - 12:00 Dra. Anna-Karin Borg-Karlsson, KTH, Suécia “Chemical ecology of the pine weevil, Hylobius abietis; host plant - microbe interactions” Intervalo RELAÇÕES INSETO-PLANTA Dr. Eraldo Lima, UFV, Viçosa. “500 anos do melhoramento da cana-de-acúcar modificaram a interação entre Cotesia flavipes e Diatraea saccharalis?” Dra. Maria Fernanda G.V. Peñaflor, USP/Esalq, Piracicaba. “Interação Planta - Vírus - Vetor: como vírus manipulam o inseto-vetor a favor da sua dispersão” Dra. Délia Pinto Zevallos, UFPR, Curitiba. “Interações planta-inseto nas culturas de tomate e soja: aplicações da ecologia química em novas tecnologias agrícolas” Dr. Raphael J. Cypriano, UFV, Viçosa. “Reconhecimento de padrões sonoros por plantas: um estudo da resposta de Impatiens walleriana ao canto de Quesada gigas” 12:00 - 12:30 Dra. Monica Tallarico Pupo, USP, Ribeirão Preto “Insights about natural products role in endophytic microorganisms interactions” Almoço 12:30 - 14:00 Apresentação de estudantes 14:00 - 15:15 ECOLOGIA QUÍMICA DE VETORES DE DOENÇAS Alcohols as attractants to the sandfly Lutzomyia Jairo Torres Magalhães Junior longipalpis Eletrofisiologia gustativa na quelícera de Rhipicephalus Lorena Lopes Ferreira microplus frente a soros de bovinos resistentes e sensíveis ao carrapato Presença de repelentes naturais no odor de cães da raça Jaires Gomes de Oliveira Filho beagle contra o carrapato Rhipicephalus sanguineus Apresentação de estudantes GENÔMICA E ECOLOGIA QUÍMICA Voláteis de Schinus terebinthifolius Raddi induzem a Ângela Pawlowski produção de espécies reativas de oxigênio e interferem no enraizamento adventício de Arabidopsis thaliana Heynh Potencial fitotóxico do óleo essencial de Heterothalamus Diana Carla Lazarotto psiadioides (Less.) sobre o organismo modelo Arabidopsis thaliana (L.) Heynh Coffee Break 15:15 - 15:35 ECOLOGIA QUÍMICA DE VETORES 15: 35 - 17:15 Dra. Mara Cristina Pinto, UNESP, Araraquara VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. “Attractive compounds to the sand fly Nyssomyia neivai (Diptera:Psychodidae)” Dra. Lígia M. F. Borges, DMIPP/IPTSP, UFG “Presença de repelentes e deterrentes naturais em hospedeiros resistentes contra carrapatos ixodídeos” Dr. José Manuel Latorre Estivalis, CPqRR-FIOCRUZ “Development and physiology regulate the molecular bases of olfaction in a Chagas disease vector” Dra. Kelly Paixão, UFMG “A Ecologia Química contra vetores de doenças em humanos” 17:15 - 19:15 Poster ECOLOGIA QUÍMICA DE VETORES DE DOENÇAS ATTRACTION OF TRIATOMINES TOWARDS DIFFERENT CO2-FREE, SYNTHETIC HOST-ODOR BLENDS BIOACTIVITY OF THE EUCALYPTUS ESSENTIAL OIL ON AEGORHINUS Pablo Guerenstein - Guidobaldi, Fabio PADRONIZAÇÃO DE BIOENSAIOS EM OLFATÔMETRO VERTICAL COM FLUXO DE AR PARA ANOPHELES AQUASALIS UTILIZANDO OCTENOL ACÚMULO DE COMPOSTOS FENÓLICOS NA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA A PHAKOPSORA PACHYRHIZI IMPLICAÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA INDUÇÃO DE COMPOSTOS DE DEFESA NO CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE LARVICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE COMMIPHORA LEOPTOPHLOEOS (MART.) J. B. GILLET (BURCERACEAE) FRENTE À AEDES AEGYPTI L. ATIVIDADE DETERRENTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE ETLINGERA ELATIOR FRENTE À AEDES AEGYPTI E IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS POR GC-EAD UTILIZAÇÃO DE PESTICIDAS DE USO DOMÉSTICOS ENTRE FUNCIONÁRIO DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO BRASIL COMPOSIÇÃO E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DO ÓLEO ESSENCIAL DE PIPER CORCOVADENSIS (MIQ.) C. DC (PIPERACEAE) Paula Blandy Tissot Brambilla - Renata Antonaci Gama Jocelyne Tampe - Karen Huaiquil - Andrés Quiroz Tássia Boeno Oliveira - Maria Cristina Neves De Oliveira - Amauri Alves De Alvarenga Clara Beatriz Hoffmann-Campo José Perez Da Graça - Mayara De Souza Gois - Maria Cristina Neves De Oliveira - Clara Beatriz Hoffmann-Campo Rayane Cristine Santos Da Silva - Patrícia Cristina Bezerra Da Silva - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro - Nicácio Henrique Da Silva Patrícia Cristina Bezerra Da Silva - Rayane Cristine Santos Da Silva - Paulo Milet-Pinheiro - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro José Carlos Amaral Gevú - Kamile Santos Siqueira - Sileia Nascimento - Leonardo Silveira Villar Marcelo Felipe Rodrigues Da Silva - Patrícia Cristina Bezerra Da Silva - Bheatriz Nunes De Lima - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro AVALIAÇÃO DA INFLUENCIA DE EXTRATOS DE Gabriel Bezerra Faierstein - Danilo Luna FORMAS IMATURAS NO COMPORTAMENTO DE Campos - Gaby Sales - Rosângela Maria OVIPOSIÇÃO DE CULICÍDEOS VETORES. Rodrigues Barbosa 17:15 - 19:15 Poster ECOLOGIA QUÍMICA DE ORGANISMOS MARINHOS INTEGRANDO ECOLOGIA QUÍMICA MARINHA E Renato Crespo Pereira BIOTECNOLOGIA MARINHA EVOLUÇÃO DA QUÍMICA DEFENSIVA DE Etiene Elaine Gomes Clavico ZOOBOTRYON VERTICILLATUM 17:15 - 19:15 Poster COMUNICAÇÃO MULTI-MODAL EM ARTRÓPODOS: INTEGRAÇÃO ENTRE OLFATO, PALADAR, VISÃO, SOM E MECANO-RECEPÇÃO PREFERÊNCIA INDUZIDA DE SPERMOPHTHORUS José Antônio Linhares Júnior - Adla Mércia APULEIAE (CURCULIONIDAE:SCOLYTINAE) POR Carobense Da Palma - Felipe De Oliveira VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. FRUTOS NATURAIS OU SIMULADOS SEMIOQUÍMICOS PARA CAPTURA DE SCOLYTINAE EM REFLORESTAMENTO RESPOSTA DE ANTENA DE MACHOS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) A COMPOSTOS FEROMONAIS SINTÉTICOS A ARMA QUÍMICA DA ABELHA LADRA LESTRIMELITTA LIMAO (HYMENOPTERA: APIDAE: MELIPONINI) INFLUÊNCIA DA DENSIDADE POPULACIONAL NO COMPORTAMENTO DE CÓPULA DE DIAPHORINA CITRI. COMPORTAMENTO SEXUAL DE DIAPHORINA CITRI KUWAYAMA,(HEMIPTERA: LIVIIDAE) Melo - Rozimar De Campos Pereira Karolinne Teixeira Da Silva Damaceno Pereira - Dêvisson Antonio Leal Pimenta Rozimar De Campos Pereira - Marcus Vinicus Masson Kuss-Roggia, R. C. R. - Zazycki, L. C. F. Favaro, C. F. - Vidal, D. M - Favaris, A. P. Cônsoli, F. L. - Sosa-Gómez, D. R. - Zarbin, P. H. G. ; Bento, J. M. S Lucas Garcia Von Zuben - Larissa Galante Elias - Tulio Marcos Nunes Talita Antonia Da Silveira - Mariana Oliveira Garrigós Leite - Milton Fernando Cabezas Guerrero - José Mauricio Simões Bento André Gustavo Corrêa Signoretti Mariana Oliveira Garrigós Leite - Talita Silveira - Renata Morelli - José Mauricio S. Bento ATRATIVIDADE DO FEROMÔNIO SEXUAL DE TIBRACA Josué Sant Ana Sant Ana - Rita C. M. LIMBATIVENTRIS (HEM., PENTATOMIDAE) Machado - Maria C. Blassioli-Moraes IMPREGNADO EM SEPTOS DE BORRACHA, EM Augusto Leal Meyer LABORATÓRIO E CAMPO 17:15 - 19:15 Poster ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES MULTITRÓFICAS COMPORTAMENTO DA MOSCA-DOS-CHIFRES FRENTE AOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE DIFERENTES RAÇAS BOVINAS RESPOSTA OLFATIVA DE CYCLONEDA SANGUINEA AOS VOLÁTEIS EMITIDOS PELA PLANTA BRASSICA JUNCEA SEM DANO E DANIFICADA POR MYZUS PERSICAE. RESPOSTA OLFATIVA DO PREDADOR CERAEOCHRYSA CUBANA AOS VOLÁTEIS DE MOSTARDA INDUZIDOS POR MYZUS PERSICAE. ALCALOIDE OXOAPORFÍNICO ISOLADO DO EXTRATO DE GUATTERIA AUSTRALIS ATIVO CONTRA MELOIDOGYNE INCOGNITA APRENDIZAGEM E MEMÓRIA DE TELENOMUS PODISI (HYMENOPTERA: PLATYGASTRIDAE) SENSIBILIDADE DE ANTENAS DE APIS MELLIFERA (HYMENOPTERA: APIDAE) AO FEROMÔNIO SINTÉTICO NASANOV E AO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA DE ANASTREPHA FRATERCULUS (WIEDEMANN, 1830) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) AO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIMLIMÃO (CYMBOPOGON CITRATUS). Cenira Monteiro De Carvalho - João Gomes Da Costa - Edjane Pires Vieira - Antônio Euzébio Goulart Sant'ana João Fernandes França Júnior - Aline Moreira Dias - Martín Pareja Sandra Elisa Barbosa Da Silva - João Fernandes França Júnior - Martin Pareja Viviane Aparecida Costa Campos - Dejane Santos Alves - Laene Botelho Lima - Denilson Ferreira Oliveira Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone Mundstock Jahnke Patricia Daniela Da Silva Pires - Josué Sant’ana - Ricardo Bisotto Oliveira Patricia Daniela Da Silva Pires - Patricia Luciane Gregorio - Monique Caumo - Josue Sant'ana Programação Científica – Dia 03/10/2013 09:00 - 10:00 10:00 - 10:20 10:20 - 12:00 Dr. Robert Glinwood, SLU, Suécia “Chemical interaction between undamaged plants - a contribution to insect pest management” Intervalo TÓPICOS DIVERSOS DE ECOLOGIA QUÍMICA Dra. Clara-Beatriz Hoffmann-Campo, EMBRAPA CNPSo, Londrina “Resistência induzida como ferramenta para o desenvolvimento de genótipos resistentes a fitopatógenos” VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Dr. José Maurício S. Bento, USP/Esalq, Piracicaba “Uso de feromônios no manejo de pragas em citros: 10 anos de sucesso” Dr. Marcos Botton, EMBRAPA Uva e Vinho, Bento Gonçalves “Emprego de feromônios sexuais na fruticultura de clima temperado” Dra. Anita Marsaioli, Unicamp, Campinas “O que as formigas e os opilhões nos ensinam?” 12:00 - 12:30 Dr. Paulo H. G. Zarbin, UFPR, Curitiba “Feromônios de agregação em Curculionidae e sua implicação quimiotaxonômica” Almoço 12:30 - 14:00 Apresentação de estudantes 14:00 - 15:15 ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES MULTITRÓFICAS Emissão de voláteis da cana-de-açúcar induzida Patricia Alessandra Sanches pelo ácido jasmônico Avaliação do extrato de levedura BIONIS® YE MF Jairo Torres Magalhaes Junior como atrativo alimentar para Anastrepha obliqua Macquart, 1835 (Diptera: Tephritidae), em laboratório e em campo Resposta comportamental e olfativa de Chrysoperla Jordano Salamanca Bastidas externa (Chrysopidae) na interação roseira – coentro (Coriandrum sativum) – pulgão (Macrosiphum euphorbiae) Ecologia quimica das flores de Passiflora e sua Daniel Antonio Villamil Montero relação com as síndromes de polinização Coffee Break 15:15 - 15:35 COMO APLICAR CONHECIMENTOS DA ECOLOGIA QUÍMICA EM INOVAÇÕES 15: 35 - 17:15 TECNOLÓGICAS: O PAPEL DO EMPREENDORISMO Dr. Evaldo F. Vilela, UFV, Viçosa “Como e por quê empreender em ecologia química: empresas de base tecnológica” Dra. Francys Vilella, CESIS, Brasília “CESIS: um caso de sucesso de empreendorismo de serviço” Dr. João Hélio da Cunha Cavalcanti Junior, SEBRAE, RN “Apoio ao empreendorismo de base tecnológica: como criar uma empresa” 17:15 - 19:15 Poster ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES MULTITRÓFICAS AVALIAÇÃO DE NANOFIBRAS CONTENDO O INSETICIDA CIPERMETRINA E O FEROMÔNIO SEXUAL SINTÉTICO DE GRAPHOLITA MOLESTA (BUSCK) (LEPIDOPTERA, TORTRICIDAE), EM FORMULAÇÃO ATRAI E MATA EFEITO DE HERBIVORIA MÚLTIPLA NA ATRAÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE JOANINHA GENERALISTA PARA PLANTAS DE PIMENTÃO EFEITO DOS PRODUTOS TRIFLUMUROM E TIAMETOXAN/λ-CIALOTRINA, REGISTRADOS PARA O CONTROLE DE SPODOPTERA FRUGIPERDA NA CULTURA DO MILHO SOBRE FÊMEAS DE DORU LUTEIPES EFICIÊNCIA DE DIFERENTES ATRATIVOS NA CAPTURA DE RINCHOPHURUS PALMARUM EM PLANTIOS COMERCIAIS DE COCO POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE CECROPIAPA CHYSTACHYATREC. SOBRE ALFACE LACTUCA SATIVA Ricardo Bisotto-De-Oliveira, Bruna Czarnobai De Jorge, Isabel Roggia ,Josué Sant`Ana, Cláudio Nunes Pereira Mayara Silva Oliveira, Martín Pareja Ana Carolina Maciel Redoan - Carlos Roberto Souza E Silva - Ivan Cruz - Suzan Beatriz Zambon Da Cunha Marcos A. B. Moreira - Nilo Lourival Ferreira Júnior - José Josué Da Silva - Ernesto Espínola Sobrinho Carla Karine Barbosa Pereira - João Gomes Da Costa - Cenira Monteiro De Carvalho - João Gomes Da Costa VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. SÍNTESE ESTEREOSSELETIVA DE FEROMÔNIOS José Maurício De Lima Vanderlei - Antônio LINEARES, MONOINSATURADOS DE Euzébio Goulart Santana - Maria Raquel Ferreira LEPIDOPTERAS De Lima - Sandyane Mívia Dos Santos Melo EXPRESSÃO GÊNICA E VOLÁTEIS INDUZIDOS PELA Laura Silveira Drummond Moreira - Islam S. HERBIVORIA DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (J. E. Sobhy - Natalia Naranjo; Marcio De Castro Silva SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM MILHO, Filho - Daniel Scherer De Moura;José Maurício ZEA MAYS L. (POACEAE) Simões Bento SÍNTESE DO FEROMÔNIO SEXUAL DO BESOURO Vanderson Barbosa Bernardo - Maria Raquel DA RAIZ DA CANA-DE-AÇÚCAR, MIGDOLUS Ferreira De Lima - Antônio Euzébio Goulart FRIANUS (COLEOPTERA: CERAMBYCIDAE) Sant'ana AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS PARA Camila Serra Colepicolo - Favaris, A.P. - Zazycki, EXTRAÇÃO DO FEROMÔNIO SEXUAL DE L.C.F. - Kuss-Roggia, R.C.R. GYMNANDROSOMA AURANTIANUM COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES SISTEMAS DE Thyago Fernando Lisboa Ribeiro - Wbyratan Luiz AERAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS Silva - Jaim Simões Oliveira - Antônio Euzébio SEUS CONTAMINANTES VOLÁTEIS Goulart Sant'ana VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS QUÍMICOS EM Lourdes Bernadete Santos Campos - Terezinha VIVEIROS DE CULTIVO DE CAMARÃO MARINHO EM Lúcia Dos Santos - Emerson Eduardo Silva De AMBIENTE HIPERSALINO Moura - Pablo Lúcio Rubim Costa Dos Santos ATRATIVIDADE DE COLEOBROCAS ASSOCIADAS A DIFERENTES GENÓTIPOS COMERCIAIS DE Marcos A. B. Moreira - Maria Cléa Santos Alves COQUEIRO INFECTADOS PELA RESINOSE NO Rui Sales Júnior NORDESTE INFLUÊNCIA DO HOSPEDEIRO DE ORIGEM NO COMPORTAMENTO DE BUSCA DE TELENOMUS Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone PODISI (HYMENOPTERA: PLATYGASTRIDAE) AO Mundstock Jahnke FEROMÔNIO SEXUAL SINTÉTICO DE TIBRACA LIMBATIVENTRIS (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) 17:15 - 19:15 Poster GENÔMICA E ECOLOGIA QUÍMICA EPILACHNA PAENULATA: CHEMISTRY AND Carmen Rossini - Castillo, L - Davyt, B FUNCTIONAL STUDIES ON PUTATIVE KAIROMONES Deagosto, E; Díaz, M; Fernández, P FROM HOST PLANTS PROTEÍNAS CARREADORAS DE OXIESTEROIDES Denilson Ferreira De Oliveira - Viviane Aparecida COMO POSSÍVEIS ALVOS DA AÇÃO CONTRA Costa Campos - Fabiano José Perina - Eduardo ALTERNARIA ALTERNATA PELO β-SITOSTEROL Alves PRODUZIDO POR ANADENANTHERA COLUBRINA IDENTIFICAÇÃO E ATIVIDADE QUIMIOTÁXICA DA Marla Juliane Hassemer - Josué Sant'ana - Maria SECREÇÃO DEFENSIVA DE ALPHITOBIUS Carolina Brassioli De Moraes - Márcio Wandré DIAPERINUS PANZER De Morais Oliveira (COLEOPTERA:TENEBRIONIDAE) EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE Edjane Pires Vieira - Cenira Monteiro De DIFERENTES ESPÉCIES DE ANONÁCEAS SOBRE O Carvalho - Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves FEIJÃO CAUPI VIGNA UNGUICULATA João Gomes Da Costa DIVERSIDADE GENÉTICA E FEROMONAL DE Luiza Cristiane Fialho Zazycki - Kuss-Roggia, R. POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE SPODOPTERA C. R. - Colepicolo, C. S. - Sartori, L. C. FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EFEITO FITOTÓXICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Ângela Pawlowski - Joséli Schwambach SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS NAS LINHAGENS Cláudia Alcaraz Zini - Geraldo Luiz Gonçalves SELVAGEM E MUTANTE SUR1 DE ARABIDOPSIS Soares THALIANA EVIDENCE FOR A SEX PHEROMONE IN M. Fernanda Floes - J. Bergmann - A. Romero PSEUDOCOCCUS MERIDIONALIS (HEMIPTERA: S. Oyarzún PSEUDOCOCCIDAE) EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE Diana Carla Lazarotto - Ângela Pawlowski HETEROTHALAMUS PSIADIOIDES LESS. SOBRE O Joséli Schwambach - Geraldo Luiz Gonçalves ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE ARABIDOPSIS Soares THALIANA (L.) HEYNH VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. METABÓLITOS DE DEFESA INDUZIDOS EM PLANTAS DE SOJA PELO ATAQUE DE BEMISIA TABACI BIÓTIPO B, EM CONDIÇÕES DE CAMPO Clara Beatriz Hoffmann Campo - Simone Silva Vieira - André Luiz Lourenção - Maria Cristina Neves De Oliveira Programação Científica – Dia 04/10/2013 09:00 - 10:00 10:00 - 10:20 10:20 - 12:00 Dr. Jeffrey R. Aldrich, LLC, EUA “Coast-to-coast challenges and opportunities of harnessing pheromones of North American generalist predators for biological control” Intervalo IDENTIFICAÇÃO DE FEROMÔNIOS E OUTROS SEMIOQUÍMICOS Dr. Antonio E. Santana, UFAL, Maceió “Síntese de feromônios para o controle de pragas” Dr. João Batista Fernandes, UFSCar, São Carlos “Semioquímicos e formigas cortadeiras” Dra. Carla F. Favaro, USP/Esalq, Piracicaba “Identificação do feromônio sexual de Pellaea stictica (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae)” Dr. Alessandro Riffel, EMBRAPA Tabuleiros Costeiros, Maceió “Semioquímicos de plantas: Integração da Ecologia Química e Molecular no estudo da resposta da cana-de-açúcar á herbivoria” Dr. Andrés Gonzales, UdelaR, Uruguai “Cuticular chemistry and food rewards in the honey bee” 12:00 - 12:30 Dr. Pablo Guerenstein, CICyTTP, Argentina “Optimization of a CO2-free synthetic host odor lure to trap triatomines” Almoço 12:30 - 14:00 Apresentação de estudantes 14:00 - 15:15 ECOLOGIA E EVOLUÇÃO NAS INTERAÇÕES INSETO-PLANTA Hormônios esteroidais do pólen podem aumentar a Daniela Lima do Nascimento produção de rainhas em abelhas do gênero Melipona? Ocorrência de poliandria em fêmeas de broca-do- Camila Moreira Costa café, Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae: Scolytinae) A técnica de GC/FTIR como importante ferramenta Diogo Montes Vidal na identificação de semioquímicos Evidence for a sex pheromone in Pseudococcus Maria Fernanda Flores meridionalis (Hemiptera: Pseudococcidae) Respuestas olfactorias del burrito de la vid, Waleska Vera Naupactus xanthographus, a volátiles de plantas hospederas Coffee Break 15:15 - 15:35 ECOLOGIA QUÍMICA DE ORGANISMOS MARINHOS 15: 35 - 17:15 Dr. Renato C. Pereira, UFF, Niterói “Integrando ecologia química marinha e biotecnologia marinha” Dr. Bernardo A. P. da Gama, UFF, Niterói “Vinte anos de pesquisas em defesas químicas contra a incrustação em macroalgas marinhas brasileiras” Dra. Etiene E. G. Clavico, UFF, Niterói “Evolução da química defensiva de Zoobotryon verticillatum” VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. 17:15 - 19:15 Poster ECOLOGIA E EVOLUÇÃO NAS INTERAÇÕES INSETO-PLANTA HYLASTINUS OBSCURUS (MARSHAM) OLFACTOMETRIC RESPONSE TOWARD LINOLEIC ACID PRESENT IN TRIFOLIUM PRATENSE L. ROOT TOXICIDADE POR FUMIGAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE INFLORESCÊNCIA DE ALPINIA PURPURATA E FOLHA DE PIPER ARBOREUM CONTRA O GORGULHO DO MILHO (SITOPHILUS ZEAMAIS) RESPOSTA ELETROFISIOLÓGICA DE EUCHROMA GIGANTEA (COLEOPTERA; BUPRESTIDAE) A VOLÁTEIS DE SUA PLANTA HOSPEDEIRA STERCULIA FOETIDA (STERCULIACEAE). PREFERÊNCIA ALIMENTAR DA COCHONILHA DYSMICOCCUS TEXENSIS (TINSLEY) (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE) QUIMIOTAXIA DE ANTHONOMUS GRANDIS (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) A VOLÁTEIS DE PLANTAS DE ALGODOEIRO SUBMETIDAS OU NÃO A HERBIVORIA HORMÔNIOS ESTEROIDAIS DO PÓLEN PODEM AUMENTAR A PRODUÇÃO DE RAINHAS EM ABELHAS DO GÊNERO MELIPONA? RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO A BEMISIA TABACI BIÓTIPO B COMPORTAMENTO DE CHAMAMENTO E EVIDÊNCIA DE FEROMÔNIO SEXUAL EM ATHELOCA SUBRUFELLA (HULST) (LEPIDOPTERA: PHYCITIDAE) MARCAÇÃO DE TRILHA POR LAGARTAS DE BRASSOLIS SOPHORAE (LEPIDOPTERA: NYMPHALIDAE) INTERAÇÃO PALMA FORRAGEIRA OPUNTIA FÍCUSINDICA MILL E NOPALEA COCHENILLIFERA SALMDYCK X COCONILHA DE ESCAMA DIASPIS ECHINOCACTI X JOANINHA CHILOCORUS NIGRITA FABRICIUS. SINAIS QUÍMICOS PRESENTES EM PLANTAS DE GOIABEIRA, PSIDIUM GUAJAVA L. (MYRTACEAE) E NO GORGULO DA GOIABA, CONOTRACHELUS PSIDII MARSHALL (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DA INFLORESCÊNCIA DE ALPINIA PURPURATA E AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE POR INGESTÃO E ATIVIDADE REPELENTE FRENTE A SITOPHILUS ZEAMAIS COTESIA FLAVIPES É ATRAÍDA POR UM SESQUITERPENO EMITIDO PELA CANA-DE-AÇUCAR EM RESPOSTA À INFESTAÇÃO PELA BROCA-DACANA ESTUDO COMPARATIVO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM TENEBRIO MOLITOR” MACHOS E FÊMEAS (LINAEUS, 1758) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) PERFIL DE METABÓLITOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE RAÍZES DE CANA-DE-AÇÚCAR (SACCHARUM SP) INFESTADAS POR TELCHIN LICUS (DRURY, 1773) (LEPIDOPTERA: CASTINIIDAE) Dayand Toledo Araya, Herbert M. Venthur, Jocelyne V. Tampe, Quiroz, A. Camila Soledade De Lira - Afonso Cordeiro Agra Neto - Thiago Henrique Napoleão - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro Geanne Karla Novais Santos - Artur Campos Dália Maia - Paulo Milet-Pinheiro - Daniela Maria do Amaral Ferraz Navarro Gabriella Ferreira Cardoso - Lenira V. C. SantaCecilia - Ernesto Prado - Mariana D. Cuozzo Juliana Barroso Silva - Maria Carolina Blassioli Moraes - Christian Sherley Araújo Da SilvaTorres - Jorge Braz Torres Maria Juliana Ferreira-Caliman - Daniela Lima Do Nascimento - Fábio Santos Nascimento - R. Zucchic Juliana Cardoso Do Prado - André L. Lourenção - Marineia L. Haddad - Simone S. Vieira Eduardo Silva Nascimento - Bianca Giuliano Ambrogi - Jéssica Carvalho Leite - Abel Felipe Oliveira, Jucileide Lima Santos Bianca Giuliano Ambrogi - Jéssica De Carvalho Leite - Abel Felipe De Oliveira Queiroz - Jucileide Lima Santos Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves - Mariana Santos Gomes De Oliveira - João Gomes Da Costa - Antônio Euzébio Goulart Sant’ana Alicia A. Romero Frías - Coralia Osorio Roa José Maurício S. Bento Camila Soledade De Lira - José Vargas De Oliveira - Thiago Henrique Napoleão - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro Sanielly Pimentel Araújo Dos Santos - Jaim Simões De Oliveira - Alessandro Riffel - Antonio Euzébio Goulart Santana Regina Da Silva Acácio - André Luiz Beserra Galvão - Henrique Fonseca Goulart - Antônio Euzébio Goulart De Sant'ana Dannielle De Lima Costa - Maria José Vieira Soares Barbosa - Henrique Fonseca Goulart Antônio Euzébio Goulart Santana VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Adilson Rodrigues Sabino - Michele Marques Da Silva - Edson De Souza Bento - Antônio Euzébio Goulart Santana ASSIMILAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DO Tatiana Emiko Ueda - José Perez Da Graça MILHO EM ADULTOS DE SPODOPTERA Maurício Ursi Ventura - Clara Beatriz HoffmannFRUGIPERDA Campo CARACTERIZAÇÃO DE COMPOSTOS CUTICULARES Aryanna Sany Pinto Nogueira - Thyago Fernando PARA MACHOS E FÊMEAS DE ZABROTES Lisboa Ribeiro - Karlos Antônio Lisboa Ribeiro SUBFASCIATUS (BOHEMANN,1833) Junior - Antônio Euzébio Goulart Santana (COLEÓPTERA,BRUCHIDAE) ATRATIVIDADE DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa MILHO EM RELAÇÃO AOS DANOS DA LAGARTA-DA- José Junior Araújo Sarmento - Marcos Antônio ESPIGA, HELICOVERPA ZEA (LEPIDOPTERA: Barbosa Moreira - Jeane Medeiros Martins De NOCTUIDAE) Araújo Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa OVIPOSIÇÃO DE DERMÁPTERAS (EUBORELLIA Rodilma Santos De Almeida - José Junior Araújo ANNULIPES) SOBRE DIETAS ARTIFICIAIS Sarmento - Jeane Medeiros Martins De Araújo AUMENTO DA TEMPERATURA PODE AFETAR PARÂMETROS BIOLÓGICOS DE SPODOPTERA Mariana Closs Salvador - Maria Cristina Neves FRUGIPERDA (J.E. SMITH) De Oliveira - Maurício Ursi Ventura - Clara (LEPIDOPTERA:NOCTUIDAE) E A CONSTITUIÇÃO DE Beatriz Hoffmann-Campo METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NA PLANTA DE SOJA ANÁLISE POR RMN-1H DO PERFIL METABÓLICO DA CANA-DE-AÇÚCAR SOB HERBIVORIA VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Palestras e Simpósios Resumos VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. THE EVOLUTION OF THE ELECTROANTENNOGRAM TECHNIQUE AND ITS USES IN INSECT CHEMICAL ECOLOGY RESEARCH Baker, T.C. Center for Chemical Ecology, Department of Entomology, Penn State University, University Park, Pennsylvania, U.S.A. 16802. [email protected] The electroantennogram (EAG) technique is nearly 60 years old, and yet new ways are still being found to refine its use for addressing new questions in insect chemical ecology. The EAG continues to be effective in aiding in the isolation and identification of behavior-modifying chemicals such as pheromones and host plant attractants. Caution is advised, however, in using results from the GC/EAD to assume behavioral activity from positive EAD depolarizations alone. Sometimes EAG responses from GC/EAD recordings are over-interpreted, and EAG-responsive but behaviorally inactive compounds are incorrectly labeled as “components” of the attractant blend based solely on GC/EAD results. Recent improvements in optimizing signal-to-noise ratios show promise in helping isolate behaviorally active trace compounds in airborne odor blends that would likely otherwise escape detection via the standard way in which coupled gas chromatophraphy/electroantennographic detection (GC/EAD) is used. There are many possible new ways to use the EAG technique in detecting and locating the sources of target odors and odorants in the field. An EAG coupled to a sonic anemometer can provide evidence of “hits” of volatile compounds and identify the locations of the emission sources tens of meters downwind when insect pheromones are used as “taggants”. Such experiments can help address questions concerning aerial transport of otherwise antennally undetectable plant volatiles to which even the conspecific antenna is too insensitive to record significant EAGs. Results of some newer studies, using modifications of the GC/EAD technique that take advantage of the flux-detecting characteristics of antennal receptor neurons, may encourage members of the audience to be creative and try new EAG methods themselves for their own possible research advances. We acknowledge the generous support for this work by grants from the USDA/APHIS PPQ, the U.S. Department of Defense’s Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), the Defense Threat Reduction Agency (DTRA), and the Office of Naval Research (ONR). VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. CHEMICAL ECOLOGY OF THE PINE WEEVIL, HYLOBIUS ABIETIS; HOST PLANT- MICROBE INTERACTIONS Muhammad AZEEM1, Lina LUNDBORG1, Gunarathna, Kuttuva RAJARAO2, Olle TERENIUS3, Göran NORDLANDER3, Anna-Karin BORG-KARLSON*1,4 1 KTH Royal Institute of Technology, School of Chemical Science and Engineering, Department of Chemistry, Ecological Chemistry Group, SE-100 44 Stockholm, Sweden; 2 KTH Royal Institute of Technology, School of Biotechnology, Division of Environmental Microbiology, SE-100 44 Stockholm, Sweden; 3 Swedish University of Agricultural Sciences, Department of Ecology, P.O. Box 7044, SE-750 07 Uppsala, Sweden; 4Tartu University, Institute of Technology, Division of Organic Chemistry, Tartu 50411, Estonia. The large pine weevil (Hylobius abietis L.) is a severe pest of conifer seedlings in reforestation areas of managed forests. Chemodiversity and induced resistance in conifers might be a way to protect the seedlings as well as to utilize the chemical communication among the pine weevils. Female weevils lay eggs in the bark or in the soil near root barks of freshly died trees and cover them with their feces and chewed wood bark to protect them from conspecific predation. In order to identify the origin of the repellents/antifeedants acting on the pine weevils and to understand the mechanism behind frass deposition at egg laying site, microbes were isolated from the aseptically collected pine weevil frass. Their volatiles were collected by SPME - GC-MS after cultivating them on weevil frass broth. The influence of the major microbial volatiles on pine weevil behavior was tested using a multi-choice olfactometer. Ewingella spp., Penicillium spp., Ophiostoma spp., Debaryomyces hansenii and Candida sequanensis were the major microbes and styrene, 3-octanol, 1-octene-3-ol, 3-octanone, 3-methylanisole, methyl salicylate, 2methoxyphenol and 2-methoxy-4-vinylphenol were the major volatiles of isolated microbes. In behavioral bioassay, methyl salicylate, 3-methylanisole and styrene significantly reduced the attraction of pine weevils to their host plant volatiles. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. 500 ANOS DO MELHORAMENTO DA CANA-DE-AÇUCAR MODIFICARAM A INTERAÇÃO ENTRE Cotesia flavipes e Diatraea saccharalis? Eraldo Lima*, Luiza P. Grisales, Arne Janssen UFV, Departamento de Entomologia, Laboratório de Semioquímicos e Comportamento de Insetos, 36570-000, Viçosa-MG, Brasil, *[email protected] As plantas respondem ao ataque de herbívoros artrópodes produzindo uma série de compostos secundários, incluindo os compostos voláteis orgânicos(VOCs). Estes VOCs induzidos por insetos são bem conhecidos por atrair inimigos naturais, constituindo um em defesas indiretas. Os inimigos naturais como parasitóides, são capazes de explorar esses voláteis para localizar suas presas, usando as sinais químicos do herbívoro ou das fezes. A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil em 1502 provavelmente da Indonésia, e vem sendo propagada vegetativamente deste então. Ao mesmo tempo hibridações vem sendo feitas com o objetivo de obter segregação e assim selecionar variedades mais produtivas. Seu principal herbívoro, a broca-da-cana, Diatraea saccharalis é de grande importância econômica e com isso um grande programa nacional de controle biológico vem utilizando com o parasitoide Cotesia flavipes. Tendo em vista que a broca e o parasitoide são originários também da região de origem da cana, a relação planta-hospedeiro-parasitoide deve ser mantida ao menos nas plantas propagadas vegetativamente. Em decorrência de 500 anos de melhoramento da cana esta relação se manteve ou foi alterada? Foram comparados em olfatômetro e em semicampo duas cultivares ancestrais (Archi e White Pararia) versus uma cultivar atual (RB867515) para quantificar as respostas de C. flavipes. Ao mesmo tempo foi comparado os perfis de voláteis das plantas limpas e atacadas pela broca-da-cana. Os parasitoides preferem plantas atacadas quando comparadas com limpas. No entanto, as respostas aos contrastes das plantas infestadas variam segundo o genótipo. Os voláteis identificados mostram um aumento significativo de compostos nas plantas infestadas. O contraste entre os genótipos revelam diferenças marcantes na quantidade e diversidade dos compostos. Os dois genótipos ancestrais são qualitativamente muito diferentes, havendo pouca sobreposição dos compostos. Por outro lado há pouca alteração qualitativa nos compostos liberados por plantas do genótipo atual, mesmo após a herbivoria, indicando pouca mudança nos voláteis. Estes resultados ajudam a explicar o comportamento no olfatômetro e semi-campo. Palavras-Chave: compostos voláteis de plantas, defesas induzidas VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INTERAÇÃO PLANTA-VÍRUS-VETOR: COMO OS VÍRUS MANIPULAM O INSETOVETOR A FAVOR DE SUA DISPERSÃO Peñaflor M.F.G.V. Depto de Entomologia e Acarologia, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), Piracicaba, SP, [email protected] A sobrevivência e dispersão de certos fitopatógenos dependem exclusivamente do comportamento e movimentação do inseto-vetor no campo. A infecção pelo patógeno induz uma série de alterações morfológicas e fisiológicas na planta hospedeira que modificam a interação com o inseto-vetor. Em geral, os insetos-vetores são atraídos pelos odores liberados por plantas infectadas especificamente pelos patógenos que veiculam. Esta interação favorece a aquisição do patógeno pelo vetor, porém, dependendo do mecanismos de transmissão do patógeno, o inseto deve dispersar para as plantas vizinhas logo após a aquisição, ou pode permanecer patogênico por um período prolongado. Estudos recentes revelam os mecanismos e a natureza das interações planta-vírus-vetor, que não só favorecem, mas otimizam a dispersão do patógeno. Nesta palestra, serão abordados os mecanismos manipulativos empregados pelos vírus e outros patógenos para modificar o comportamento do inseto-vetor a favor de sua aquisição e transmissão. O entendimento da ecologia química das interações mediadas por patógenos pode auxiliar no desenvolvimento de métodos sustentáveis para o controle de fitopatógenos na agricultura. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INTERAÇÕES INSETO-PLANTA NAS CULTURAS DE TOMATE E SOJA: APLICAÇÕES DA ECOLOGIA QUÍMICA EM NOVAS TECNOLOGIAS AGRÍCOLAS Pinto-Zevallos, D.M., Strapasson, P., Zarbin, P.H.G. Universidade Federal do Paraná, Departamento de Química, Laboratório Semioquímicos, 81531-990, Curitiba-PR, Brasil, [email protected] de Os avanços em biologia molecular e biotecnologia estão permitindo o desenvolvimento de novas ferramentas agrícolas, tais como as plantas transgênicas e estratégias para incrementar a resistência à pragas ou as defesas das plantas, como os elicitores químicos. Os estudos das interações inseto-planta mediadas por voláteis visando avaliar estas novas estratégias ainda são escassos. No caso das plantas transgênicas, têm se reconhecido que a inserção de um gene pode resultar em mudanças nos perfis de voláteis das plantas, como consequência de um efeito pleiotrópico ou por mutacão. Alguns estudos têm avaliado os efeitos de plantas transgênicas (principalmente Bt) nas interações com herbívoros e inimigos naturais, porém a soja geneticamente modificada para expressar resistência ao glifosato (RR) não tem sido estudada. No caso dos tratamentos de sementes, por ser uma tecnologia nova, até o momento os testes têm se concentrado nos efeitos causados aos herbívoros (defesas diretas). No entanto, alguns autores já demonstraram a importância de estudar paralelamente as interações tritróficas. Serão revisados alguns estudos de ecologia química realizados com plantas transgênicas e apresentaremos nossos resultados preliminares dos perfis de voláteis emitidos por uma variedade de soja RR e sua isolínea, constitutivamente e após a herbivoria. Também serão discutidos os resultados de um tratamento de sementes de tomate com jasmonato de metila, o seu efeito nas defesas diretas da planta e nos voláteis emitidos após a herbivoria. Nossos primeiros resultados mostraram alterações de alguns compostos tanto em plantas de soja como de tomate. Algumas respostas comportamentais de pragas-chave nessas culturas e seus inimigos naturais serão abordadas. Palavras-Chave: Compostos voláteis de plantas, defesas induzidas, “priming”, OGM. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RECONHECIMENTO DE PADRÕES SONOROS POR PLANTAS: UM ESTUDO DA RESPOSTA DE Impatiens walleriana AO CANTO DE Quesada gigas? Raphael J. Cypriano, Flávia M. S. Carmo UFV, Departamento de Biologia Geral, 36570-000, Viçosa-MG, Brasil Plantas desenvolveram ao longo da evolução mecanismos eficazes que auxiliam na percepção de elementos bióticos e abióticos do ambiente. O som, um tipo de vibração mecânica, é um desses estímulos ambientais que podem ser detectados pelas plantas, influenciando seu comportamento. Contudo ainda não compreendemos quais são as implicações ecológicas das respostas vegetais ao som em termos de integração desses organismos com outros seres vivos nos ecossistemas. Este trabalho teve por objetivo testar se sons produzidos por insetos podem ser utilizados pelas plantas como informações acessórias para detectar condições e recursos ambientais, estimulando respostas fisiológicas sincronizadas. Para tanto, foram construídas dez câmaras com isolamento acústico para condução de três experimentos em condições semicontroladas de laboratório. Foram utilizadas plantas de Impatiens walleriana divididas em tratamentos sonoros, expostos ao som por duas horas diárias, e tratamentos sem exposição ao som. No primeiro experimento, sementes foram submetidas ao som das cigarras por 16 dias, sendo avaliados padrões de germinação e desenvolvimento inicial. No segundo, plantas foram submetidas ao som das cigarras por dez dias, sendo analisados os efeitos do som nas trocas gasosas. E no último experimento, plantas foram expostas ao som das cigarras misturado, com o padrão sonoro desorganizado, por dez dias, sendo também avaliado seus efeitos nas trocas gasosas. Não foram verificadas diferenças significativas nos padrões germinativos e de desenvolvimento inicial das sementes expostas ao som das cigarras quando comparadas com o controle. Por outro lado, foi registrado um aumento significativo da Taxa Fotossintética nas plantas expostas ao som das cigarras, com redução da Relação Carbono interno/Carbono externo (Ci/Ca). Enquanto no tratamento exposto ao som das cigarras misturado foi verificada uma redução significativa da Taxa Fotossintética, sem alterações na Relação Ci/Ca. Os resultados experimentais indicam que a influência do som das cigarras em I. walleriana dependem do estágio de desenvolvimento das plantas. Além disso, os dados de trocas gasosas sugerem que as plantas podem reconhecer o canto das cigarras como uma informação ambiental, uma vez que este som estimulou a atividade fotossintética, enquanto o som misturado gerou uma resposta fisiológica inversa. Uma possível informação pode ter sido perdida com a desorganização sonora, mostrando que as respostas vegetais ao som não são decorrentes somente da atuação da energia mecânica no tecido foliar; informações biológicas contidas nas ondas sonoras podem ser identificadas pelas plantas. Essa capacidade de perceber sons pode ser evolutivamente fixada entre as plantas, sendo o processo de detecção do som ambiental, assimilação da mensagem acústica e disparo de respostas fisiológicas um mecanismo complexo com um significado ecológico em termos de integração das plantas com o ambiente que as rodeia. Palavras-chave: Co-evolução inseto-planta, comunicação em plantas e isolamento acústico. bioacústica, informação biofísica, VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INSIGHTS ABOUT NATURAL PRODUCTS ROLE IN ENDOPHYTIC MICROORGANISMS INTERACTIONS Mônica Tallarico Pupo School of Pharmaceutical Sciences of Ribeirão Preto, USP, [email protected] Endophytes are microbes living inside the plant tissues without causing symptoms of disease. In this symbiotic relationship the plant gives protection and nutrition to endophytes, while the microbial metabolites might be involved in signaling, regulation of relationship and plant defense. As a result of this ecological role, such microbial compounds may have application in medicine and agriculture. In fact, endophytes have been successfully included in bioprospecting programs. Considering that endophytes live inside the plant tissues in a close relationship to each other, natural products may play an important role in mediating these microbial interactions. However the current knowledge about natural products-mediated interactions among endophytes is still incomplete. Our laboratory has been interested in the chemistry of endophytes for several years. More recently, we have been using mixed cultures of endophytes in an attempt to understand the functions of endophytic derived secondary metabolites in interactions between fungi and actinobacteria. Some examples will be presented, showing the characterization of secondary metabolites mainly involved in antagonistic interactions. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ATTRACTIVE COMPOUNDS TO THE SAND FLY Nyssomyia neivai (DIPTERA:PSYCHODIDAE) Mara Cristina Pinto Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP, Araraquara. [email protected] The blood-feeding females of phlebotomine sand flies are vectors of Leishmania species, the causative agents of the leishmaniasis. Laboratory studies of host-seeking olfactory behaviour in sand flies have been restricted to the American Visceral Leishmaniasis (AVL) vector Lutzomyia longipalpis. However, almost nothing is known about the chemical ecology of related species which transmit American Cutaneous Leishmaniasis (ACL) due in part to difficulties in raising these insects in the laboratory. We present some results of field and laboratory studies with Nyssomyia neivai, vector of ACL in Brazil. The compound 1-octen-3-ol was evaluated in different concentrations in the field. We observed a dose-dependent response where there was an increase of N. neivai captures with increasing of 1-octen-3-ol release rates. Laboratory experiments in wind tunnel olfactometer were then carried out using 1-octen-3-ol as a positive control, i.e., an attractant to N. neivai. The relevancy of some variables like time of the day for experiments and the viability of using wild insects were considered. Results with other kairomones like lactic acid and other alcohols like 1-octanol and 1-heptanol will also be presented. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. PRESENÇA DE REPELENTES E DETERRENTES NATURAIS EM HOSPEDEIROS RESISTENTES CONTRA CARRAPATOS IXODÍDEOS Lígia Miranda Ferreira Borges Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO. [email protected] Determinadas raças de animais são capazes de desenvolver resistência aos carrapatos, controlando assim as infestações. Este fenômeno é bem conhecido na interação de bovinos com Rhipicephalus microplus, sendo que as raças zebuínas (ex. Nelore) são mais resistentes que as raças europeias (ex. Holandês). Por outro lado, resistência de cães para o seu carrapato usual, o Rhipicephalus sanguineus, foi comprovada somente recentemente. Usando infestações artificiais para comparar o desenvolvimento de carrapatos em duas raças de cães (Cocker spaniel inglês e beagle), demonstrou-se que os carrapatos alimentados em beagle tinham seu desenvolvimento afetado, conduzindo a sugestão que eles podem ser considerados como hospedeiros resistentes. Em ambas as relações – bovinos/cães e seus carrapatos, estudos comportamentais e de eletrofisiologia foram conduzidos para avaliar se estes carrapatos eram capazes de perceber os animais resistentes. Quando permitido escolher entre as substâncias dos cães das duas raças mencionadas anteriormente, mais carrapatos foram arrestados nos extratos de cocker spaniel do que de beagle. Em um olfatômetro, os carrapatos não foram atraídos pelo odor de qualquer raça. Entretanto, o odor de Beagle foi aparentemente repelente. Usando cromatografia gasosa de alta resolução acoplada a espectrometria de massa, um maior número de compostos químicos foi observado no odor de beagle do que de cocker. Alguns compostos como 2-hexanona, nonano, undecano, decano ebenzaldeido foram exclusivamente encontrados no extrato de beagle e foram testados em uma placa de Petri para avaliar o seu potencial repelente. Testes com o repelente padrão, DEET, foram também conduzidos para comparação. Os melhores resultados foram observados na mistura benzaldeido e 2-hexanona. Nas concentrações de 0,100 e 0,200 mg/cm 2 o DEET repeliu 68,3 a 86,7% dos carrapatos. Percentuais estatisticamente similares foram observados com a mistura, variando de 70,0 a 76,7%. Na concentração de 0,050 mg/cm 2 a mistura continuou repelindo os carrapatos, enquanto o DEET não. Quando R. microplus foi submetido a substâncias colhidas das duas raças, Nelore e Holandês, não houve predileção para arrestamento em qualquer raça. Como este carrapato não busca ativamente o hospedeiro, testes de atração/repelência em olfatômetro não foram conduzidos. No entanto, quando fêmeas de carrapatos foram submetidas a eletrofisiologia gustativa frente ao soro de bovinos resistentes e sensíveis, maior número de spikes foram observados frente ao soro de bovinos resistentes. Estes resultados sugerem que os carrapatos percebem, neste soro, além de compostos fagoestimulantes, a presença também de deterrentes. Até onde se sabe, estes resultados demonstram pela primeira vez, a presença de compostos naturais repelentes e possivelmente deterrentes modulando o parasitismo entre carrapatos e seus hospedeiros naturais. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. DEVELOPMENT AND PHYSIOLOGY REGULATE THE MOLECULAR BASES OF OLFACTION IN A CHAGAS DISEASE VECTOR Jose M. Latorre-Estivalis*1; Aman B. Omondi2 , Marcelo G. Lorenzo1 1 Grupo de Comportamento de Vetores e Interação com Patógenos. CPqRR-FIOCRUZ, Brazil. 2 Division of Chemical Ecology, Plant Protection Biology Department, Swedish University of Agricultural Sciences, Sweden. *[email protected] Three protein families are involved in the chemoreception of insects. The odorant receptor (OR) and gustatory receptor (GR) families of seven-transmembrane proteins mediate most of insect olfaction and taste. In addition, there is a third completely different family, the ionotropic receptors (IRs), which evolved from ionotropic glutamate receptors (iGlurs) and has three transmembrane domains. Insect olfactory neurons, both ORs and IRs, require the co-expression of specific co-receptor proteins in order to be functional: OrCo (for ORs) and IR25a, IR76b or IR8a (for IRs). In a previous study, we have characterized the sequences of ORs (110 genes), GRs (28 genes) and IRs (27 genes) in Rhodnius prolixus, an important vector of Chagas disease. In the present work, we have studied the modulation of co-receptor transcription at different physiological conditions (age, developmental stage or nutritional status) by means of qPCR. The four co-receptors showed a decrease in their expression levels after feeding, both for fifth instar nymphs and adult insects. In addition, an up-regulation of gene expression has been observed during the maturation process in the first phases of adult life (1 day-old vs 20 days-old insects). The expression profile of these co-receptor genes seems to be modulated by physiological state, suggesting changes in the peripheral sensitivity to odorant signals. A better understanding of the molecular bases of triatomine olfaction may reveal targets for developing new vector control tools. Acknowledgements: CNPq, FAPEMIG, CPqRR-FIOCRUZ, INCTEM. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. A ECOLOGIA QUÍMICA CONTRA VETORES DE DOENÇAS EM HUMANOS Kelly Paixão UFMG/ICB, Lab. Ecologia Química de Insetos Vetores, Belo Horizonte, MG. [email protected] Os insetos são os principais vetores de doenças febris para o homem, sendo transmissores de cinco das oito enfermidades que mais acometem a população mundial atualmente. O Laboratório de Ecologia Química de Insetos Vetores (LabEQ) vem estudando esses organismos desde o ano de 1998 com foco na busca por semioquímicos. O papel desses compostos no monitoramento de insetos vetores tem auxiliado os órgãos responsáveis pelo controle de doenças e fornecido importantes informações sobre seu comportamento. Dentro da linha de pesquisa do laboratório estão envolvidos testes comportamentais para avaliar a ação de determinado composto frente aos insetos avaliados e experimentos de semi-campo para estudar o papel dos mesmos quando utilizados em armadilhas para monitoramento. Ao longo dos anos já foram desenvolvidos projetos com Lutzomyia longipalpis (vetor de Leishmania sp.), Musca domestica (importante na veiculação mecânica de patógenos) e Culex quinquefasciatus (vetor de filarídeos e vírus). Atualmente, o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue e de outras arboviroses, e o mosquito Anopheles darlingi (vetor de Plasmodium sp.), são os principais alvos dos estudos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa do laboratório. Nessa apresentação, pretende-se apresentar os recentes resultados obtidos pelo LabEQ no estudo de insetos vetores. Agradecimentos: Ministério da Saúde, CNPq, CAPES, INCT-Dengue VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. CHEMICAL INTERACTION BETWEEN UNDAMAGED PLANTS- A CONTRIBUTION TO INSECT PEST MANAGEMENT? Glinwood, R*; Ninkovic, V.; Pettersson J. Department of Ecology, Swedish University of Agricultural Sciences, Uppsala, Sweden. [email protected] Plants damaged by herbivores or pathogens release volatiles active in defense signaling between or within plants, but undamaged plants may also engage in chemical interactions. We present results that contribute new perspectives on allelopathy and use of volatile cues by plants and insects. In a system consisting of different plant species and different barley genotypes we show that airborne signaling reduces attractiveness to an insect herbivore and affects interactions with the herbivore’s predators. In barley, the inducing and responding capacity is shown to be genotype-related. Volatile profiling shows differences in the volatile blends released by different barley genotypes. In field experiments, mixing specific combinations of barley cultivars reduced aphid populations and increased the occurrence of aphid natural enemies. Increased understanding of chemical interaction between undamaged plants may give a new outlook on the ecology of mixed species and mixed cultivar cropping and their potential for sustainable insect pest management. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESISTÊNCIA INDUZIDA COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO DE GENÓTIPOS DE SOJA RESISTENTES A FITOPATÓGENOS Clara Beatriz Hoffmann-Campo Laboratório de Ecologia Química, Embrapa Soja, Rodovia Carlos João Strass, Acesso Orlando Amaral, Caixa Postal 231, Distrito de Warta, Londrina Paraná, 86020-970, Brasil. [email protected] As plantas respondem ao ataque de patógenos sintetizando várias moléculas orgânicas, como os fenilpropanóides, que estão envolvidos em diversos processos de resposta das plantas a estresses bióticos. A função desses compostos na defesa das plantas varia desde barreiras físicas e químicas pré-formadas (constitutivas) ou induzidas, até o envolvimento de sinais moleculares no local da infecção e sinalização sistêmica para a indução de genes de defesa. Na soja, os compostos da rota metabólica dos fenilpropanóides variam desde simples ácidos fenólicos até flavonóides e isoflavonóides, com estruturas mais complexas. Durante o seu desenvolvimento, a soja pode enfrentar diversos estresses bióticos causados pelo ataque de pragas como insetos, fungos bactérias, nematoides. A ferrugem asiática da soja (FAS), causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, e o nematoide formador de galhas Meloidogyne javanica estão entre as mais importantes agentes causais de doenças da cultura da soja, na atualidade. A procura por genótipos resistentes a essas doenças tem sido meta de vários programas de melhoramento, tanto pelo processo tradicional quanto usando modernas técnicas de biotecnologia. Dessa forma, a identificação de metabolitos secundários em genótipos submetido a patógenos tem sido o objetivo de nossa pesquisa. Os resultados de bioensaios e análises cromatográficas mostram que, após infecção com FAS e nematoide, extratos brutos de folhas de soja apresentam concentrações variáveis das isoflavonas conjugadas, agliconas e ácidos fenólicos. Em geral, esses metabólitos são constitutivos nas plantas, aumentando suas concentrações nos extratos de plantas inoculadas com fungo ou nematoide. Ainda, no caso da FAS, a expressão do gene candidato (Rpp4) que confere resistência/tolerância a este patógeno tem variado durante o período de análise, aumentando a partir de 161h após a inoculação, coincidindo com o período de aumento nas concentrações de fenilpropanóides e ácidos fenólicos. Na Embrapa Soja, as informações obtidas no Laboratório de Ecologia Químicas relacionando às concentrações limiares desses metabólitos estão sendo obtidas através da compilação de dados de dezenas de análises cromatográficas e de bioensaios. Essas informações serão repassadas para os melhoristas visando à obtenção de um método que possa reduzir o tempo de identificação de genótipos resistentes a doenças e o desenvolvimento de cultivares com esta característica. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. USO DE FEROMÔNIOS NO MANEJO DE PRAGAS EM CITROS: 10 ANOS DE SUCESSO Bento, J.M.S. Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Lab. Ecologia Química e Comportamento de Insetos, Av. Pádua Dias, 11; Piracicaba-SP, 13418-900, Brasil. [email protected] Passados mais de 10 anos após a introdução do feromônio sexual para o manejo do bicho-furão-do-citros, Gymnandrosoma aurantianum (Lima) (Lepidoptera: Tortricidae), o seu uso continua amplamente aceito entre os produtores de citros. O emprego contínuo da armadilha de feromônio ao longo destes anos pelos citricultores demonstra que esta tecnologia quando bem utilizada pode ser bastante útil. No início dos anos 2000, o bichofurão era considerado praga chave para a cultura, e as perdas de frutos estimadas em mais de US$ 50 milhões de dólares ao ano para o Estado de São Paulo. Pesquisas conjuntas realizadas pela ESALQ, UFV e NISES do Japão resultaram na descoberta do feromônio sexual de G. aurantianum. Com o advento comercial da armadilha contendo o feromônio sexual (Ferocitrus Furão) e com o apoio de divulgação e extensão realizado pela Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais, o manejo desta praga tornou-se mais efetivo e as perdas foram drasticamente reduzidas desde então. A partir de 2004 com a entrada da doença conhecida como Greening ou Huanglongbing (HLB) nos pomares, começou a ocorrer uma alteração generalizada no manejo das pragas em citros. Excessivas aplicações de inseticidas passaram a ser realizadas para o vetor desta doença, o inseto Diaphorina citri, o que poderia comprometer o uso da armadilha. Mesmo assim, o uso do feromônio sexual do bicho-furão tem se mantido mais ou menos constante no período, reforçando a sua grande utilidade pelos produtores. Dados de uso e comercialização deste feromônio e outros que poderão estar disponíveis ao citricultores nos próximos anos, além das perspectivas futuras serão discutidos. Apoio: FAPESP, CNPq, INCT Semioquímicos na Agricultura VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EMPREGO DE FEROMÔNIOS SEXUAIS NA FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO Marcos Botton*1, Cristiano João Arioli2, Dori Edson Nava3 1 Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS; 2Epagri, Videira,SC; 3Embrapa Clima Temperado, Pelotas,RS. *[email protected] Os principais insetos-praga associados as fruteiras de clima temperado (macieira, pessegueiro e videira) são a lagarta-enroladeira da macieira Bonagota salubricola, a mariposa-oriental Grapholita molesta, as traças-dos-cachos da videira Argyrotaenia sphaleropa e Cryptoblabes gnidiella, as cochonilhas farinhentas (Pseudococcidae), a mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus e o gorgulho-do-milho Sitophilus zeamais. Além dessas espécies, existe o risco da introdução de espécies como a Cydia pomonella e a Lobesia botrana, mundialmente estabelecidas como pragas-chave da macieira e da videira, respectivamente. Uma ferramenta estratégica para o monitoramento e controle das principais espécies pragas é o emprego de feromônios sexuais. No Brasil, o uso de armadilhas iscadas com feromônio sexual para o monitoramento teve início na década de 1990 e, atualmente, são utilizados de forma rotineira para B. salubricola e G. molesta, também servindo de base para a detecção de Cydia pomonella no programa de erradicação. Embora disponível no mercado, o feromônio sexual de C. gnidiella para fins de monitoramento não foi implementado de forma prática. No caso de A. sphaleropa, embora o feromônio sexual tenha sido pesquisado e validado, o mercado reduzido não resultou em registro e comercialização. A principal restrição ao uso de feromônios para monitoramento diz respeito a falta de informações quanto a níveis de controle com inseticidas que não apresentam efeitos sobre adultos. A partir de 2005, os feromônios sexuais também foram introduzidos para o controle de G. molesta através da técnica de disrupção sexual. Atualmente, três formulações comerciais (Biolita®, Cetro® e Splat Grapho®) são utilizadas em aproximadamente 30% da área cultivada com macieiras e 2% da área com pessegueiros. Uma formulação contendo a mistura dos feromônios sexuais de B. salubricola e G. molesta também está disponível aos pomicultores. No caso do gorgulho-do-milho e de cochonilhas Pseudococcidae (Pseudococcus viburni), os ferômonios disponíves para o monitoramento destas espécies em outros países não foram eficazes no Brasil. As principais limitações ao uso de feromônios sexuais para o controle de insetos-praga na fruticultura de clima temperado estão relacionadas aos elevados custos quando comparado ao controle químico e a mão-de-obra necessária para aplicação dos emissores, além da necessidade de acompanhamento constante após a aplicação. Devido a crescente pressão pela ausência de resíduos nos frutos e preservação ambiental, a demanda por feromônios sexuais tende a aumentar visando racionalizar e/ou substituir os inseticidas organossintéticos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. O QUE AS FORMIGAS E OS OPILIÕES NOS ENSINAM? Anita Marsaioli Universidade Estadual de Campinas Instituto de Química da Unicamp, Departamento de Química Orgânica, Barão Geraldo, Campinas, SP 13084-971, Caixa-postal: 6154. [email protected] Opiliões são aracnídeos encontrados em todos os continentes, com mais de 6000 espécies descritas, e secretam uma mistura de compostos voláteis que agem principalmente como defesa contra predadores naturais. A família Gonyleptidae, pertencente à subordem Laniatores, é a mais diversa química e morfologicamente e está presente em todo o território brasileiro. Assim, o estudo da identidade e da origem biossintética dos compostos do exudato desta família dá informações filogenéticas e é uma fonte de novos produtos naturais. Caracterização de 34 exudatos de opiliões de diferentes subfamílias levaram a identificação de compostos novos como 1-(6-butil-3,4dihidro-2H-piran-2-il)-pentan-1-ona. Este último foi descrito pela primeira vez na literatura, revelando uma nova classe do compostos com esqueleto piranil em opiliões, originados da reação de hetero-Diels-Alder in vivo de duas moléculas de vinil cetona. Também foi determinada a configuração absoluta da (R)-4-metil-1-hexen-3-ona produzida por Acanthogonyleptes pulcher e Gonyleptes saprophilus. Outras 4-metil-3-cetonas de insetos possuem configuração (S). Foi realizado o primeiro estudo biossintético com opiliões.através da incorporação de precursores marcados com 13C e espectroscopia de RMN de 13C. Foram estudados I. pustulosa, que produz vinilcetona, e Magnispina neptunus, que produz benzoquinona, revelando que ambas as classes químicas são formadas através de unidades acetato e propionato pela via policetídica. O estudo da Solenopsis saevissima(formiga lava-pé) ficou restrita à diversidade das configurações das solenopsinas dentro do ninho e entre ninhos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. CESIS: UM CASO DE SUCESSO DE EMPREENDEDORISMO DE SERVIÇO Francys Vilella CESIS, Brasília. [email protected] A Cesis é o resultado da ideia de duas biólogas com formação acadêmica à nível de pós-graduação, que trabalharam no setor regulatório governamental e que, como fruto desta experiência acumulada, fundaram a Cesis, empresa de consultoria e assessoria criada para auxiliar, principalmente, os empreendedores que atuam no mercado de controle de pragas que utilizam produtos de baixa toxicidade e periculosidade. A missão da empresa é caminhar lado a lado dos seus clientes no atendimento às exigências regulatórias para regularização de tais produtos. As dificuldades são grandes, mas os sucessos também, assim como o desafio continuo inerente a atividade de empreendedorismo no Brasil, e em especial no setor de serviços. Palavras-chave: regulamentação, agronegócio, consultoria. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. APOIO AO EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICA: COMO CRIAR UMA EMPRESA João Hélio da Cunha Cavalcanti Junior SEBRAE, Natal, RN Empreender novos negócios, particularmente os de base tecnológica, exige apoio, treinamento, ambiente e metodologias, que vão desde a mudança de atitude das pessoas ao aprendizado sobre a estimativa dos riscos envolvidos com a decisão de empreender um novo negocio, valendo-se de um novo produto, processo ou serviço. O SEBRAE eh sem duvida uma das mais importantes instituições do Brasil na promoção das pequenas e medias empresas para a diversificação da economia, aumento da renda e da empregabilidade entre nos. Serão apresentados caminhos para empreender, principalmente para jovens, além de meios e motivação para serem bem sucedidos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Coast-to-coast challenges and opportunities of harnessing pheromones of North American generalist predators for biological control Jeffrey R. Aldrich LLC, 519 Washington Street, Santa Cruz, CA 95060, USA. [email protected] My research career has transitioned from 30 years with the U.S. Department of Agriculture in Beltsville, Maryland, to relocating in northern California as a private consultant and Associate of the University of California at Davis. I am attempting to utilize the aggregation pheromones of certain predacious stink bugs and green lacewings (Heteroptera: Asopinae: Podisus, and Neuroptera: Chrysopidae: Chrysopa spp., respectively) as a basis to enhance the biocontrol efficacy of these common generalist predators. I will briefly summarize the history of heteropteran and neuropteran semiochemical research. Then I will focus on progress and obstacles encountered in attempting to manipulate Podisus and Chrysopa species, including financial aspects, environmental constraints, and the potential advantages of developing semiochemicals for beneficial versus pest insects. Finally, I will describe ongoing efforts to overcome the difficulty in mass rearing Podisus bugs. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. IDENTIFICAÇÃO DO FEROMÔNIO SEXUAL DE Pellaea stictica (Dallas) (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE) Carla F. Fávaro*1, Jocelyn G. Millar2, Paulo H.G. Zarbin3 1 Departamento de Entomologia e Acarologia, INCT Semioquímicos na Agricultura, ESALQ-USP, 13418-900, Piracicaba-SP, Brasil; 2Department of Entomology, University of California Riverside, CA 92521, USA; 3Departamento de Química, Centro Politécnico, UFPR, 81531-980, Curitiba, PR, Brasil. *[email protected] Atualmente, várias são as técnicas disponíveis para a identificação de compostos orgânicos. Entretanto, devido a pequena quantidade de material biológico disponível para o estudo com feromônios de insetos, as técnicas utilizadas necessitam ser extremamente sensíveis e seus resultados combinados para se chegar à correta identificação do composto natural. Visando a identificação do feromônio sexual do percevejo Pellaea stictica, os voláteis liberados por machos e fêmeas adultos foram coletados por meio de técnicas de aeração. Na comparação dos resultados das análises dos extratos por cromatografia gasosa (GC), foi possível observar a presença de um composto liberado exclusivamente pelos machos desta espécie. Bioensaios realizados com olfatômetro em Y e eletroantenografia (CG-EAG) mostraram a atividade biológica dos extratos que continham este composto apenas para as fêmeas coespecíficas. Microderivatizações realizadas com o extrato natural seguidas de análises de GC acoplada à espectrometria de massas (GC-MS) e à espectroscopia de infravermelho GC-FTIR, indicaram um álcool com ramificações metílicas na cadeia carbônica como o composto macho-específico P. stictica. Entretanto, foram necessárias as sínteses de duas estruturas similares propostas para a identificação do composto natural como sendo o 2,4,8,13-tetrametiltetradecan-1-ol. Bioensaios com olfatômetro em Y demonstraram que as fêmeas de P. stictica são atraídas para o álcool sintético, tornando-se possível confirmar a atividade biológica do feromônio sintético. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. SEMIOQUÍMICOS DE PLANTAS: INTEGRAÇÃO DA ECOLOGIA QUÍMICA E MOLECULAR NO ESTUDO DA RESPOSTA DA CANA-DE-AÇÚCAR Á HERBIVORIA Alessandro Riffel*1; Jaim Simões de Oliveira2; Antonio Euzébio Goulart Santana2 1 Embrapa Tabuleiros Costeiros , Maceió,Brasil. 2Laboratório de Pesquisa em Recursos Naturais (LPqRN), Instituto de Química e Biotecnologia, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió, Brasil. As plantas, quando atacadas por insetos praga, produzem semioquímicos que podem atuar como repelentes ao herbívoro e/ou atraentes de organismos antagonistas ao herbívoro, tais como predadores e parasitóides. Além disso, as plantas podem também emitir sinais que informam outras plantas de um ataque eminente e assim podem preparar-se para a defesa. A atual busca por tecnologias sustentáveis na produção de alimentos, especialmente em um contexto de aumento da população e mudanças climáticas globais, tem reforçado o papel dos semioquímicos e sua possível aplicação no controle de pragas. Para tornar-se possível, uma abordagem multidisciplinar, na qual se combinem os recentes avanços em genética e genômica molecular de plantas com a ecologia química, anotando a função biológica dos genes e aplicando uma visão holística das interações multitróficas, torna-se crucial para a aplicação do conhecimento na geração de tecnologias que utilizem os semioquímicos na intensificação da produção sustentável de alimentos. Portanto, nós temos demonstrado, utilizando uma abordagem multidisciplinar que combina métodos ecológicos, químicos e moleculares, os mecanismos específicos de resposta da cana-de-açúcar ao ataque de herbívoros e suas interações multitróficas, em busca da aplicação do conhecimento destes mecanismos no controle das principais pragas desta cultura. Apoio: Embrapa, MCTI – INCT Semioquímicos na Agricultura, CNPq e CAPES. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Cuticular chemistry and food rewards in the honeybee, Apis mellifera Andrés González*1, María Sol Balbuena2, Walter M. Farina2 1 Laboratorio de Ecología Química, Departamento de Química Orgánica, Facultad de Química, Universidad de la República, Montevideo, (CP 11800), Uruguay. 2Grupo de Estudio de Insectos Sociales, Departamento de Biodiversidad y Biología Experimental, IFIBYNE-CONICET, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, (C1428EHA), Argentina. *[email protected] When a honeybee (Apis mellifera) collects nectar with high sucrose concentration from flowers, she returns to the hive and dances vigorously to communicate the discovered food source. During this conspicuous display her body temperature raises, which may result in chemical changes at the cuticular level, with potential communicational value inside the hive. Temperature rising also occurs upon nectar collection, and is affected by the food profitability found at the feeding site. To evaluate if food quality results in changes in the cuticular chemistry at the feeding site, we used artificial feeders with high and low levels of sucrose concentration (2 and 0.5 M), to which a group of foraging bees were trained and captured upon feeding (filled-crop foragers). Bees captured in empty feeders (emptied-crop foragers) and inside the colony (hive bees) served as controls. The bees were killed with CO 2, and the surface compounds were extracted in dichloromethane and analyzed by GC-MS. The identification of cuticular hydrocarbons and other extracted compounds associated with exocrine glands, was based on mass spectra and retention indices, as well as hydrogenation and DMDSderivatization of the samples. The compounds were quantified relative to an internal standard, and statistically analyzed by Principal Component Analysis (PCA) to compare the surface chemistry of bees from different treatments. We analyzed 51 chromatographic peaks corresponding to 56 compounds, including cuticular hydrocarbons as well as compounds associated to the Nasanov and sting glands. We found significant differences in the composition of the cuticular extracts of the hive bees with those of foraging bees. Among the latter, filled-crop foragers collected at high and low profitable feeders resulted in no observable differences, but emptied-crop foragers did show higher amounts of nonhydrocarbon compounds, especially of Z-11-eicosenol and compounds associated with Nasanov gland. Support: ANPCYT, Universidad de Buenos Aires; CONICET; AUGM (ESCALA program) VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. OPTIMIZATION OF A CO2-FREE SYNTHETIC HOST ODOR LURE TO TRAP TRIATOMINES Guidobaldi, Fabio; Bratovich, Celina; García, Mailen; Guerenstein, Pablo* CICyTTP-CONICET & Fac. *[email protected] Ingeniería-UNER, Entre Ríos, Argentina. Vector control is the most effective method to prevent Chagas disease. A lured trap device is a sustainable and an environmentally-friendly tool for vector monitoring and control. Using electrophysiological recordings from antenna sensilla (e.g., J Exp Biol 204:585, 2001) and behavioral tests (e.g., Chem Senses 29:833, 2004) a number of host odors that are detected by triatomines were identified. All triatomine-detected host odors are also detected by mosquitoes (Olfact in Vector-Host Interact, Chap. 14). Thus, we tested a CO2-free synthetic host-odor lure for mosquitoes (Sweetscent®; consisting on ammonia, L(+)-lactic acid and hexanoic acid) and found it significantly attractive for triatomines. Using a dual-choice olfactometer in which attracted bugs get trapped, we now aim at optimizing the performance of a CO2-free synthetic host odor blend to attract the bugs. We tested different blends consisting on ammonium hydroxide, L(+)-lactic acid and pentanoic acid varying the total mass of compounds and their proportions. Each odor was loaded onto an individual filter paper strip and the three strips were placed in the test arm of the olfactometer. The negative-control arm contained filter paper strips with the solvent (water) only. In negative-control experiments both arms consisted in control arms. The percentage of total capture (%TC) was defined as the total number of insects in the arms (test + control) over the total of insects tested. Insects were assayed individually and experiments lasted a single night. Thus, we compared the odor-induced %TCs with those of the basal %TCs obtained in the negative-control experiments. Two of the synthetic blends tested evoked significant %TC (Blend 4: 28.1 %, G-test, P<0.01; Blend 6: 31.3 %, G-test, P<0.01; N=32 for all blends tested). Results indicate that the proportion at which the odors were delivered has a major role in determining the attraction and capture level, and also suggest that blends 4 and 6 are good attractants. However, results also suggest that their performance can be improved. Addition of a fourth triatomine-detected host odor (nonanal) to one of the attractive synthetic blends did not result in increased attraction. In fact, attraction was even reduced by 60 %. The reduction in attractiveness (negative synergy or hypoadditivity) depended on the odor blend to which nonanal was added. In another set of experiments we asked if results obtained in short-lasting attraction tests would be similar to the results we obtain in our full-night tests. Our data obtained using IR video recordings suggest that in our experimental device capture of triatomines in the test or control arm of the olfactometer cannot be accurately predicted by the first choice the attracted insects made during the first minutes of test. We thank Fundación Bunge y Born and Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnológica, Argentina, for funding this project through grants FBB28/10 and PICT-PRH2009-43, respectively. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INTEGRANDO ECOLOGIA QUÍMICA MARINHA E BIOTECNOLOGIA MARINHA Renato Crespo Pereira Departamento de Biologia Marinha, Universidade Federal Fluminense, Cx Postal 100.644, CEP 24001-970, Niterói, RJ. [email protected] Os metabólitos secundários marinhos bioativos, reconhecidos há décadas como potenciais fármacos ou anti-incrustantes, constituem uma das principais áreas da bioprospecção marinha. Mas o suprimento de matéria prima ainda é um dos entraves para que este potencial de mais de 50 anos se torne uma realidade. No entanto, informações advindas dos estudos de ecologia química marinha podem constituir subsídios importantes para atender esta demanda histórica. Esta apresentação pretende explorar resultados obtidos no Brasil neste contexto de busca por sustentatibilidade no uso do sesquiterpeno elatol produzido por espécies de macroalgas marinhas do gênero Laurencia e potencialmente utilizável como fármaco e anti-incrustante. A quantificação precisa do elatol através de HPLC será uma das abordagens, pois constitui método apropriado para verificar rendimento ou produção deste metabólito sob diferentes condições ambientais ou de cultivo. Ritmo circadiano também constitui aspecto a ser explorado e importante no contexto de uso deste metabólito, assim como as condições ideais de cultivo de Laurencia para obtenção de melhor rendimento ou produção deste sesquiterpeno. A indução por epibiontes será abordada como uma alternativa para obtenção de maior rendimento de elatol sob condições de cultivo de Laurencia. Por fim, será explorado o conhecimento sobre os genes responsáveis pela produção de elatol como subsídio para possível obtenção deste metabólito através de procedimentos biotecnológicos. Apoio: CNPq e FAPERJ. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. VINTE ANOS DE PESQUISAS EM DEFESAS QUÍMICAS CONTRA A INCRUSTAÇÃO EM MACROALGAS MARINHAS BRASILEIRAS Bernardo A.P. da Gama Departamento de Biologia Marinha, Universidade Federal Fluminense. Cx. Postal 100.644, 24001-970, Niterói, RJ. [email protected] A bioincrustação marinha representa uma séria ameaça para as atividades humanas nos oceanos, impondo não somente pesados custos com métodos antiincrustantes (AI) mas também riscos diretos (acidentes, naufrágios) e indiretos (tais como transportar bioinvasores em potencial nos cascos de navios e tanques de lastro). As macroalgas marinhas são organismos sésseis restritos à camada eufótica dos oceanos, onde encaram os mesmos problemas que estruturas feitas pelo homem (i.e., são suscetíveis ao recobrimento por organismos incrustantes ou epibiontes). No decurso da evolução, portanto, as macroalgas desenvolveram uma variedade de sistemas de defesa contra epibiontes, os quais podem ser utilizados como modelos para o desenvolvimento de sistemas anti-incrustantes inovadores em substituição às tintas AI altamente tóxicas utilizadas no passado (e.g., TBTs - tributil estanhos) e no presente (e.g., cobre, diurons, etc.). A maioria dos estudos até o presente enfocou a atividade AI de produtos naturais de algas marinhas como potenciais substitutos para os biocidas atualmente em uso em tintas AI. Como produtos naturais, seriam substâncias hipoteticamente atóxicas ou ambientalmente compatíveis. Não obstante, a toxidez e biodegradabilidade de um “antiincrustante natural” precisa ser mais amplamente investigada, a exemplo de qualquer substância sintética, uma vez que muitos produtos naturais são venenos notoriamente letais. As pesquisas na área de AI de macroalgas marinhas começaram no Brasil em 1993. Inicialmente, extratos orgânicos brutos de talos inteiros de macroalgas foram testados contra organismos incrustantes usados como modelo em experimentos de laboratório. Nos anos que se seguiram, as pesquisas evoluíram para testar não somente extratos das algas inteiras, mas também extratos da superfície das mesmas e de distintas partes do talo. Experimentos de laboratório foram seguidos por estudos em campo, onde extratos, frações ou mesmo substâncias puras foram expostas a condições naturais de fluxo de água - e a uma comunidade incrustante diversa. As pesquisas também passaram de meramente investigar a presença de um anti-incrustante em potencial em algas para o estudo dos mecanismos de armazenamento, transporte e liberação de AI naturais em nível celular. As pesquisas atualmente tentam tanto revelar os genes envolvidos com a biossíntese de AI naturais, como analisar globalmente o conjunto de dados existente em busca de padrões latitudinais ou filogenéticos na distribuição de produtos AI naturais em macroalgas da costa brasileira. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EVOLUÇÃO DA QUÍMICA DEFENSIVA DE Zoobotryon verticillatum Etiene Elaine Gomes Clavico*1, Larissa Akiko2; Renato Crespo Pereira1,2 1 Departamento de Biologia Marinha. Universidade Federal Fluminense. 2Dinâmica dos Oceanos e da Terra - LAGEMAR. Universidade Federal Fluminense. [email protected] O estudo da ecologia sob a ótica evolutiva vem integrando sobremaneira a tônica da biologia moderna, no que concerne principalmente aos aspectos relacionados com seus princípios e teorias. Os padrões do passado e do presente relativos a abundância, distribuição e diversidade de organismos, antes referenciados somente pelo aspecto evolutivo, atualmente são explorados em um contexto multidisciplinar, ressaltando a dinâmica das comunidades ecológicas e os princípios evolutivos que unificam tais processos. No ambiente marinho, a pressão de predação vem sendo considerada como a força seletiva que contribuiu para a ocorrência de defesas químicas em muitos organismos, principalmente invertebrados. Sob este ponto de vista, não é surpreendente que eles tenham desenvolvido mecanismos de defesa, incluindo defesas químicas e físicas, a fim de garantir a sobrevivência. Organismos marinhos estão sob intensa pressão competitiva por espaço, luz e nutrientes. No entanto, até o momento nenhum estudo foi capaz de demonstrar que produtos naturais marinhos, de fato, evoluíram sob a pressão de predação, mas são respostas ecológicas ao ambiente. Espécies marinhas invasoras são consideradas “oportunidades” valiosas para avaliar a evolução de defesas químicas, uma vez que, ao chegarem em um novo ambiente, passam por um rápido processo evolutivo. O briozoário Zoobotryon verticillatum é conhecido como uma espécie exótica incrustante e amplamente distribuída em águas temperadas quentes e tropicais, ocorrendo do sul ao nordeste do Brasil. Esta espécie é conhecida por produzir metabólitos secundários com propriedades biológicas, fato que pode contribuir para amplificar seu potencial invasor. Este estudo avaliou o perfil químico e o potencial defensivo de metabólitos secundários de Z. verticillatum frente a consumidores generalistas. O briozoário foi coletado ao longo da costa brasileira, e sua ocorrência frequentemente esteve relacionada a ambientes portuários. Análises do perfil químico de Z. verticillatum da região de Cabo Frio evidenciaram a presença do bromo-alcalóide 2,5,6-tribromo-N-methylgramine, o provável responsável por sua atividade defensiva. Além disso, o extrato orgânico Z. verticillatum foi capaz de deter a predação por peixes generalistas em ensaios de campo. Estes resultados, aliados a futuros ensaios que devem ser realizados com espécimes de outros locais da costa brasileira, podem elucidar os fatores envolvidos com as etapas seletivas da evolução molecular e, em última análise, contribuir para um melhor entendimento dos aspectos evolutivos da química defensiva de organismos marinhos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Apresentações Orais de Estudantes Resumos VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ALCOHOLS AS ATTRACTANTS TO THE SANDFLY Lutzomyia longipalpis Jairo Torres Magalhães Junior [email protected] Phlebotomine sand flies, vectors of leishmaniasis, are extensively collected in the field with light traps. However, the search for volatile attractants without the presence of light is a very desirable target. Moreover, the development of other baits that attract females in different physiological states is an important tool for monitoring or evaluating control measures. The potential attraction of 1-octen-3-ol has been documented for different species of hematophagous insects such as mosquitoes, tsetse fies, stable flies and recently for sand flies in the field. The present work aimed to compare in a wind tunnel the attractiveness of 1-octen-3-ol and other three alchools: 1-octanol, 1-heptanol and 1nonanol to Lutzomyia longipalpis, vector of the visceral leishmaniasis. Groups of three female L. longipalpis were placed inside a releasing chamber. The chamber was then placed inside the wind tunnel 50 cm downwind from the air intake and odour source, and the sandflies released by opening the chamber door. Each trial lasted 2 min, with activation (number of sandflies leaving the releasing chamber) and attraction (number of sandflies reaching the odour source) recorded for each group. A total of 30 flies were exposed to each treatment: hexane (control), 1-octen-3-ol, 1-octanol, and 1heptanol in three different concentrations: neat (100%) and diluted in hexane (10% and 50%). Males and females have shown a dose-dependent response to octenol and nonanol, considering activation and attraction. Moreover, for heptanol the same pattern has been observed only for males. Octanol has not shown a classical dose-dependent response for males or females. For octenol and nonanol males and females were statistically significant from the concentration 50% comparing to the control (p<0.05), with differences between concentrations 50% e 100% only on responses of females for nonanol (p>0.05). For heptanol the females responses of ativaction and attraction were better at concentration 50%, however, there was a decrease in responses at 100% (p>0.05 for activation and p<0.05 for attraction). The best behavioral responses of males were at 100% (p<0.01 for activation and p>0.05 for attracion). For octanol the females responses of activation were better at 50% (p<0.05) with a decrease at 100%; for attraction also there was a decrease at 100%, but the responses were not significant different (p>0.05). For males, 10% was the best concentration to evoke activation and attraction responses, but also with a decrease at concentrations of 50% and 100%. In a general way, males and females had the same pattern of behavioral responses for different compounds. Octenol and nonanol evoked the best responses of activation and attraction. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ELETROFISIOLOGIA GUSTATIVA NA QUELÍCERA DE Rhipicephalus microplus FRENTE A SOROS DE BOVINOS RESISTENTES E SENSÍVEIS AO CARRAPATO Lorena Lopes Ferreira [email protected] Rhipicephalus microplus é o principal ectoparasita da pecuária leiteira mundial, devido aos danos diretos e indiretos para seu hospedeiro e prejuízos econômicos ocasionados. Zebuínos são mais resistentes ao carrapato do que os taurinos e seus cruzamentos. A resistência é uma resposta imune de cada hospedeiro após o contato com o carrapato que interfere no desenvolvimento do mesmo. As porossensilas localizadas na quelícera do R. microplus tem papel importante na detecção de substâncias como adenosina trifosfato (ATP), glutationa reduzida (GSH), sais e plasma bovino. Foi verificado que carrapatos quando alimentados em sangue de hospedeiro resistente tem uma fase de sucção menor e com maior injeção de saliva do que quando alimentados com sangue de animais sensíveis (Int.J.Parasitol.9:89,1979). Segundo esses autores essa diferença provavelmente ocorreu porque os carrapatos podiam perceber, através de suas porossensilas, compostos deterrentes no soro de animais resistentes. Neste trabalho, objetivou-se averiguar, por meio de eletrofisiologia, gustativa a atividade das porossensilas da quelíceras de R. microplus frente a soro de bovinos sensíveis e resistentes ao R. microplus. Uma fêmea do carrapato alimentada por 3 a 5 dias em um coelho por foi fixada em uma placa de metal. O eletrodo de referência foi inserido no ânus até atingir a peça bucal. O eletrodo de contendo a substância teste foi direcionado até as porossensilas com a ajuda de um micromanipulador. Os potenciais de ação foram amplificados e filtrados e os dados armazenados e analisados pelo programa Autospike©. Foi utilizada uma solução salina 10-3M como controle negativo e as substâncias teste eram soros de bovinos sensíveis (n=6) e resistentes (n=6) na concentração de 2,5%. A média da frequência de spikes/s obtidos pelo controle negativo foi de 28,08±2,10 spikes/s sendo menor do que a obtida no soro de bovinos sensíveis (40,33±1,63 variando de 33,30±3,02 a 49,05±5,20 spikes/s) (P<0,001). O número de spikes /s no soro de bovinos resistentes foi mais alto que nos outros dois grupos sendo de 53,48±1,89 variando de 48,45±4,28 a 61,05±5,14 (P<0,001). Os registros analisados mostraram que R. microplus são mais estimulados pelo soro de animais resistentes do que aqueles de animais sensíveis. Sabe-se que no soro há fagoestimulantes tais como glicose, ATP e GSH o que provavelmente disparou spikes em ambos os grupos. Por outro lado, o maior número de spikes para o soro de bovinos resistentes pode ter ocorrido pela presença de compostos deterrentes. Estes resultados confirmam suposição de que no soro dos bovinos resistentes existem substâncias deterrentes que induzem um comportamento aversivo do carrapato. Diferenças entre o soro de bovinos resistentes e sensíveis incluem componentes do complemento, anticorpos e proteínas de fase aguda. Desta forma, mais estudos sobre esse tema devem ser feitos a fim de descobrir quais substâncias são essas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. PRESENÇA DE REPELENTES NATURAIS NO ODOR DE CÃES DA RAÇA BEAGLE CONTRA O CARRAPATO Rhipicephalus sanguineus Jaires Gomes de Oliveira Filho [email protected] Rhipicephalus sanguineus, carrapato de maior distribuição mundial, é vetor de vários patógenos de importância médica e veterinária. Sabe-se que cães Beagle apresentam menores infestações por este carrapato que Cocker Spaniel Inglês e isto ocorre devido à produção de químicos voláteis e de contato que inibem o parasitismo (Int J Acarol 35:25, 2009; Exp Appl Acarol 51:353, 2010). Através de cromatografia gasosa de alta resolução cinco compostos químicos com possíveis propriedades repelentes foram identificados nos odores de Beagle (TTP7 7:95, 2011). Com este trabalho objetivou-se verificar a repelência destes compostos e comparar com o DEET (N,N-dietil-3-metilbenzamida). Os compostos, DEET, 2-hexanona, benzaldeido, undecano, decano e nonano e mais duas misturas: benzaldeido + 2-hexanona + undecano (1:1:1) e benzaldeido + 2-hexanona (1:1) foram testados em quatro concentrações (0,200, 0,100, 0,050 e 0,025mg/cm²). Os testes foram feitos em placa de Petri contendo dois semicírculos de papel filtro com 31,8 cm² sendo um tratado e outro não. Três machos e três fêmeas foram postos no centro da placa e a sua posição avaliada após 5, 10 e 30 min do início dos testes. Os testes foram feitos em sala climatizada (T= 28º C, UR= 70%), em completa escuridão (exceto durante intervalos de aproximadamente 5 s, onde eram avaliadas as posições dos carrapatos). Foram feitas 10 repetições e os resultados foram comparados pelo teste do X² . O teste t de Student foi usado para comparar os compostos com o DEET. O DEET foi repelente em todos os tempos, nas duas maiores concentrações, com percentuais de repelência variando de 68,3 a 86,7. Undecano repeliu 65% dos carrapatos somente nos primeiros 5 min, na maior concentração A 2-hexanona repeliu 68,3% dos carrapatos aos 30 mim na concentração de 0,200 mg/cm², e aos 10 min na concentração de 0,100 mg/cm². Também foi capaz de repelir 63,3% dos carrapatos aos 30 min (0,050 mg/cm²). O benzaldeido foi capaz de repelir 63,3% dos carrapatos aos 30 min (0,200 mg/cm²) e 76,6% aos 5 min (0,050 mg/cm²). Nonano e decano não apresentaram repelência significativa em qualquer concentração e tempo avaliados. A mistura benzaldeido + 2hexanona foi repelente nas três maiores concentrações em quase todos os tempos avaliados (variando de 63,3 a 76,6%), com exceção da avaliação aos 30 minutos nas concentrações de 0,100 e 0,050 mg/cm². A mistura destes dois compostos mais undecano não melhorou o percentual de repelência que variou de 65 a 73,3% nas três concentrações mais altas. A mistura benzaldeido + 2-hexanona apresentou percentuais de repelência estatisticamente similares ao DEET. Ressalta-se que esta mistura foi repelente na concentração de 0,050 mg/cm² enquanto o DEET já não foi mais. Até onde se sabe, este trabalho descreve pela primeira vez a presença de repelentes naturais derivados de vertebrados modulando o parasitismo entre um carrapato (R. sanguineus) e seu hospedeiro natural o cão. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESPOSTA COMPORTAMENTAL E OLFATIVA DE Chrysoperla externa (CHRYSOPIDAE) NA INTERAÇÃO ROSEIRA – COENTRO (Coriandrum sativum) – PULGÃO (Macrosiphum euphorbiae) Jordano Salamanca Bastidas [email protected] O comportamento de oviposição de inimigos naturais de pragas agrícolas é mediado por uma série de sinais específicos associados aos seus hospedeiros/presas, ou a compostos orgânicos voláteis (COVs) emitidos pelas plantas, sendo que estes podem ser constitutivos ou induzidos pela herbivoria; pode, ainda, ser mediado por voláteis emitidos pelos herbívoros, os quais podem atuar como cairomônios. Neste estudo objetivou-se avaliar: a) como Chrysoperla externa responde à presença de coentro (Coriandrum sativum) como planta companheira de roseiras, e à presença de Macrosiphum euphorbiae infestando as roseiras; b) a resposta olfativa de C. externa aos odores de roseiras infestadas por M. euphorbiae e associadas com coentro. Em casa de vegetação foram dispostos os seguintes tratamentos: 1) roseiras com coentro como planta companheira; 2) roseiras infestadas por afídeos e com coentro como planta companheira; 3) roseiras infestadas por afídeos; e 4) testemunha, composta por roseiras solteiras e não infestadas por afídeos. Nesse ambiente foram liberados 80 casais de C. externa com 1012 dias após a emergência. Durante sete dias foram contados os ovos colocados pelo predador nas plantas de roseira e de coentro de cada tratamento. Em laboratório a resposta olfativa foi estudada em um olfatômetro em “Y” onde foram oferecidas para fêmeas de C. externa acasaladas, as seguintes fontes de odor: 1) roseira vs. ar limpo. 2) roseira vs. roseira infestada com afídeos. 3) roseira vs. roseira+coentro. 4) roseira infestadas com afídeos+coentro vs. roseira infestada com afídeos. 5) roseira infestada com afídeos+coentro vs. roseira+coentro. Mediram-se a resposta inicial (RI) e a resposta final (RF) (RF: permanência > 30 segundos) de cada fêmea. O fator afídeo influencia significativamente o número de ovos colocados por C. externa nas roseiras (F = 6.7455, P = 0.028), independentemente se acompanhadas ou não do coentro. Houve uma porcentagem maior de ovos de C. externa nas plantas de coentro quando foram companheiras das roseiras infestadas por afídeos (39,02%). Nas provas de olfatometria, fêmeas de C. externa mostraram uma significativa atração para roseiras infestadas com afídeos (RI = 67% e RF = 74%), e para roseiras não infestadas associadas com coentro (RI e RF = 67%), na resposta inicial e final. Pode-se presumir que a presença de M. euphorbiae em plantas é um fator determinante na preferência de oviposição deste predador, sendo uma presa adequada para o desenvolvimento e sobrevivência de sua prole. Também se verificou que o coentro é uma planta atrativa a C. externa devido aos COVs emitidos, podendo ser útil na atração deste inimigo natural em cultivos de roseiras em casa de vegetação. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ECOLOGIA QUIMICA DAS FLORES DE PASSIFLORA E SUA RELAÇÃO COM AS SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO Daniel Antonio Villamil Montero [email protected] As fragrâncias florais são constituídas por compostos voláteis (CVs) os quais cumprem uma importante função, trabalhando diretamente no isolamento reprodutivo das espécies a traves da influencia sob agentes polinizadores. As passifloras são facilmente catalogadas dentro dos respectivos síndromes de polinização (Bot. rew. 72(1):11, 2006) e no gênero são conhecidos casos de espécies polinizadas por humanos (cultivadas), aves, morcegos, mamangabas, abelhas e vespas (Behaviour 32:33, 1968). As diferentes síndromes de polinização podem se predisser em função da morfologia floral e outras características como ausência/presencia de fragrância, composição química e o horário de antese. Embora, a caracterização dos CV das fragrâncias florais das passifloras e sua relação com os polinizadores permanecem pouco exploradas. Atualmente, das mais de 500 spp só se tem registro dos CVs das fragrâncias florais de uma dúzia de passifloras (Ny Ser 39:91, 2000; Bot. J. Linn. Soc. 136:139, 2001). Durante os anos 2011 e 2012 foi desenvolvida uma pesquisa para estudar parâmetros da biologia floral e as fragrâncias de cinco espécies de Passiflora (P. edulis, P. alata, P. cincinnata , P.coccinea e P. quadrangularis). As cinco espécies foram cultivadas em ambiente protegido. Os compostos voláteis das fragrâncias das flores de cada espécie foram capturados com a técnica de Headspace dinâmico (HSD). Foram feitas cinco repetições por espécies, mais uma amostra controle com material vegetativo da mesma planta. A análise da composição química das fragrâncias foi conduzida em cromatógrafo a gás acoplado a espectrômetro de massa e a identificação dos constituintes químicos foi efetuada através dos índices de retenção (IR) seguido da análise comparativa dos espectros de massa com diferentes bancos de dados especializados e padrões comerciais (quando disponíveis). Os resultados demonstraram que as composições químicas das fragrâncias estudadas têm grande diversidade interespecífica. Três grupos foram identificados dependendo da composição das fragrâncias: P. alata e P. quadrangularis (terpenoides), P. edulis e P. cincinnata (bencenoides e fenil propanoides) e P. coccínea (alifáticos). Estes resultados sustentam parcialmente as hipóteses da especiação através da isolação reprodutiva como produto de lentas mudanças acumuladas na composição do bouquet químico encarregado pela atração dos agentes polinizadores principalmente nas espécies com distribuições simpátricas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EMISSÃO DE JASMÔNICO VOLÁTEIS DA CANA-DE-AÇÚCAR INDUZIDA PELO ÁCIDO Patricia Alessandra Sanches [email protected] As plantas, ao serem atacadas pelos insetos herbívoros, iniciam a síntese de compostos defensivos modulados, principalmente, pelo fitohormônio ácido jasmônico (AJ). A aplicação exógena do AJ na planta tem um efeito similar à indução da herbivoria e, por isso, pode ser uma técnica promissora de manejo integrado de pragas (MIP), de modo que a planta sintetiza as defesas induzidas anteriormente à herbivoria. O presente trabalhou investigou o efeito da aplicação do ácido jasmônico sobre a resistência da planta de cana-de-açúcar, avaliada em termos de emissão de voláteis induzidos. As plantas de cana (‘SP80-3280’) foram tratadas com 20 ml de uma solução aquosa de 0.5 mM de AJ sintético acrescida de 1% de acetato de etila. Após 24h, os voláteis liberados pela cana-de-açúcar foram amostrados diariamente em um sistema de aeração e usando filtros de polímero adsorvente. Os extratos diclorometânicos foram analisados no equipamento CG-MS Varian, modelo 3800, usando Hélio como gás de arraste. A identificação dos compostos foi tentativa pela comparação dos espectros de massa da biblioteca “NIST08”. Os dados de quantificação relativa dos compostos foram analisados pela ANOVA medidas repetidas, considerando o tempo como variável. A cana-de-açúcar liberou um total de seis compostos pertencentes ao grupo dos alcanos, aldeídos, álcoois, mono e sesquiterpenos. A aplicação de AJ induziu uma maior emissão de sesquiterpenos, que atingiu o pico às 48h após o tratamento. Os sesquiterpenos são importantes por mediarem interações ecológicas, principalmente com o terceiro nível trófico. Assim, o próximo passo deste estudo será avaliar o potencial do tratamento com o AJ na atração de inimigos naturais das pragas da cana-de-açúcar. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. AVALIAÇÃO DO EXTRATO DE LEVEDURA BIONIS® YE MF COMO ATRATIVO ALIMENTAR PARA Anastrepha obliqua MACQUART, 1835 (DIPTERA: TEPHRITIDAE), EM LABORATÓRIO E EM CAMPO Jairo Torres Magalhaes Junior [email protected] A utilização de atrativos alimentares no controle de moscas-das-frutas é objeto de diversos estudos, sendo cada vez mais aplicado devido à crescente importância econômica que esses insetos representam para a fruticultura mundial. Objetivando avaliar o extrato de levedura Bionis® YE MF na atratividade de Anastrepha obliqua foram realizados testes em laboratório e a campo. Os testes em laboratório foram realizados em túnel de vento instalado na Central de Laboratórios da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), enquanto que os testes a campo foram conduzidos na sede da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas-BA, no Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Citros. Neste, utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado, constando de quatro tratamentos: T1-hidrolisado de proteína a 7%, T2 água + açúcar, T3- Bionis® YE MF a 3,5% e T4- Bionis® YE MF a 1,5%, sendo que o Bionis® YE MF foi misturado com açúcar na proporção 3:1. Testes em túnel de vento: utilizou-se três fêmeas virgens de A.obliqua por teste, totalizando 30 fêmeas por tratamento, com dois a quatro dias de idade, submetidas a jejum alimentar de 20 horas antes dos testes. Cada tratamento constou de 200µl de solução embebida em papel de filtro, posicionado a 110 cm distante da plataforma de liberação dos insetos. A velocidade do fluxo de ar foi 20 cm/s. Cada teste durou cinco min. Parâmetros avaliados: número de fêmeas que saíram da plataforma de liberação (“ativação”) e número de fêmeas que chegaram à fonte de odor (“atração”). Experimento de campo: utilizou-se armadilha tipo McPhail, com capacidade para 300 mL de solução. O material coletado foi triado e os insetos identificados em nível de espécie e sexo. Os dados foram analisados pelos testes estatísticos de qui-quadrado e Kruskal Wallis (p<0,05). Nos testes em laboratório, as fêmeas foram mais ativadas no T1 (40%), seguida do T3 (27%), T4 (17%), e T2 (7%). Apenas os tratamentos T1 (17%) e T3 (38%) atraíram as fêmeas à fonte de odor após a ativação. No experimento de campo coletou-se um total de 74 exemplares de A. obliqua. O tratamento T1 foi o que mais atraiu, seguido dos tratamentos T3 e T4, respectivamente. Houve coerência entre os resultados encontrados em laboratório e em campo, sendo que a solução de Bionis® YE MF apresenta-se como um possível atrativo alimentar da espécie A.obliqua. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. VOLÁTEIS DE Schinus terebinthifolius RADDI INDUZEM A PRODUÇÃO DE ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO E INTERFEREM NO ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE Arabidopsis thaliana HEYNH Ângela Pawlowski [email protected] Estudos anteriores demonstraram que o óleo essencial (OE) de Schinus terebinthifolius inibem o enraizamento adventício de Arabidopsis thaliana possivelmente através da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que interferem na sinalização da auxina, fitormônio envolvido na formação de raízes. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar se a adição de auxina e de um antioxidante conseguiriam reverter os efeitos causados pelo OE de S. terebinthifolius. Sementes de A. thaliana (ecótipo Columbia, tipo selvagem) foram desinfestadas, distribuídas em placas de Petri contendo ágar 0,8% (m/v), sacarose 3% e MS 0,1x, vernalizadas (2 dias, 4 °C, escuro) e germinadas em sala de cultivo (20 °C ± 2 °C, 16 hs luz e irradiância de 37 µmol/m2sec). Após 7 dias, 10 microestacas foram obtidas e 5µL do OE foram aplicados em todos os tratamentos (exceto controle - C). Foram preparados meios com 57µM de ácido indol-3-acético (A), 100mM de Trolox ® (T) e A+T. Cada tratamento (C, OE, A, T, A+T) foi realizado em 4 repetições. As microestacas permaneceram expostas ao OE durante 7 dias. Os parâmetros avaliados foram: tempo médio de enraizamento (TME), porcentagem de microestacas enraizadas (%E), número de raízes por microestaca (NR) e comprimento da maior raiz (CR). A produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) foi analisada através da coloração com 3,3'-diaminobenzidina (DAB) 1mg/ml. As microestacas foram fotografados em lupa e a produção de H2O2 foi visualizada como uma coloração marrom-avermelhada. Como resultado, A e A+T mostraram um atraso de apenas 8hs no TME comparado com C, enquanto OE causou um atraso de 24hs. Não houve diferença entre T e OE. Quanto à %E, nenhum dos tratamentos foi afetado pelos voláteis. Para o NR, T e A+T recuperaram os efeitos causados pelos voláteis aumentando a densidade de raízes, não havendo diferença entre C (3,20±0,24), T (3,53±0,28) e A+T (3,53±0,24), bem como entre o C e A (2,73±0,67). A+T (0,56±0,05) recuperou em 15% o efeito inibitório do OE sobre o CR, mas não houve diferença entre A (0,47±0,11), T (0,46±0,07) e OE (0,34+0,05). A reação positiva com DAB foi verificada nos tratamentos OE e A, demonstrando a formação de H2O2. Onde T foi adicionado não foram detectadas EROs. Os resultados evidenciam que o OE de S. terebinthifolius interfere no enraizamento de A. thaliana pela produção de EROs. Desse modo, a próxima etapa do trabalho envolverá a análise da expressão de ANP1, importante gene envolvido na resposta ao estresse oxidativo. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. POTENCIAL FITOTÓXICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Heterothalamus psiadioides (LESS.) SOBRE O ORGANISMO MODELO Arabidopsis thaliana (L.) HEYNH Diana Carla Lazarotto [email protected] Diferentes mecanismos podem atuar na dinâmica das comunidades vegetais. Dentre eles estão as interações químicas entre plantas, que podem influenciar na germinação e desenvolvimento da vegetação. Asteraceae Martinov é uma família cujas espécies são ricas em compostos fitotóxicos que podem favorecer a colonização de ambientes. Tendo em vista as populações densas formadas por Heterothalamus psiadioides Less. em campo, estudou-se o potencial fitotóxico dos voláteis do seu óleo essencial sobre a germinação e crescimento inicial de Arabidopsis thaliana (L.) Heynh. Para a determinação dos efeitos dos voláteis do óleo essencial de H. psiadioides sobre a germinação, 30 sementes de A. thaliana foram distribuídas em placas de Petri contendo meio de cultura (0,8% ágar, 3% sacarose e MS 0,1x). Realizou-se a quebra da dormência das sementes (~4°C e 48 hs/escuro). Alíquotas do óleo essencial foram aplicadas em algodão fixado na tampa da placa de Petri nos tratamentos 5, 10, 15, 20 e 25 µL, com exceção do controle. As sementes não tiveram contato direto com o óleo essencial, apenas ficaram expostas a uma atmosfera saturada pelos voláteis dentro das placas. Os tratamentos foram realizados em quatro repetições e as sementes germinadas foram contadas diariamente, por sete dias. Para avaliar o crescimento inicial de A. thaliana, foi seguida a mesma metodologia do experimento de germinação, diferenciando-se no aspecto de que o óleo essencial foi aplicado após 48 hs, quando as sementes já encontravam-se germinadas. Os experimentos foram mantidos em sala de cultivo (21°C e 16 hs/luz). Os parâmetros avaliados foram: germinabilidade (%G), índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento radicial (CR) e comprimento da parte aérea (CPA). Para a %G %, os tratamentos 5, 10, 15, 20 e 25 µL apresentaram uma redução de 46,1%, 66,1%, 83,5%, 85,2% e 87,8% respectivamente, em relação ao controle. Os tratamentos 15, 20 e 25 µL não diferiram entre si. Na avaliação do IVG, verificou-se o mesmo padrão da %G, sendo que esse parâmetro foi reduzido em 94,1% na maior alíquota de óleo essencial (25 µL). O CR foi reduzido nos tratamentos de 5, 10, 15, 20 e 25 µL a 61,7%, 88,6%, 92,8%, 94,2% e 95,9%, em relação ao controle. Para o CPA o controle e 5 µL diferiram de todos os tratamentos, entretanto 10, 15, 20 e 25 µL não diferiram entre si. Dessa forma, os voláteis de H. psiadioides afetaram significativamente todos os parâmetros analisados. É possível que a limitação da germinação e do crescimento inicial de A. thaliana seja ocasionada por mitoses anômalas nas regiões meristemáticas com consequente morte celular – efeito já encontrado para o óleo essencial de H. psiadioides. O organismo A. thaliana não é comumente utilizado para testes de potencial fitotóxico, entretanto se mostra sensível e ao mesmo tempo promissor, já que é modelo para estudos de fenômenos, identificação de genes e desenvolvimento de técnicas, favorecendo a extrapolação de conclusões. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. HORMÔNIOS ESTEROIDAIS DO PÓLEN PODEM AUMENTAR A PRODUÇÃO DE RAINHAS EM ABELHAS DO GÊNERO Melipona? Daniela Lima do Nascimento [email protected] A produção de rainhas e operárias em insetos sociais depende primariamente de fatores sociais e nutricionais. Entre os Apini, a produção de novas rainhas ocorre através da construção de uma célula real, sendo a larva aprovisionada com um alimento diferenciado qualitativa e quantitativamente, o qual desempenha um importante papel no processo de diferenciação de castas. Células reais de Meliponini são maiores que as células de operárias e, assim, comportam alimento em maior quantidade, porém, não diferenciado qualitativamente. O gênero Melipona constitui uma exceção entre as abelhas sem ferrão no que diz respeito à produção de rainhas, uma vez que a qualidade e a quantidade de alimento parecem não ser diferenciadas. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência dos hormônios esteroidais do pólen na produção de rainhas deMeliponamarginata. Para isso, 10 mg de sitosterol, 5 mg de fucosterol e 1mg de campesterol (fitoesteróides comumente encontrados no pólen)foram dissolvidos em 8 ml de etanol, resultando em uma solução de concentração igual a 2 mg/ml. Volumes diferentes dessa solução foram adicionados a 4 gramas de pólen (retirado dos potes de alimento) e oferecidos a uma colônia de M. marginata, mantida sem conexão com o meio externo e alimentada com solução de água com açúcar (50%) diariamente. O volume de solução para cada teste foi: Tratamento 1 = 0,5 ml; Tratamento 2 = 1 ml e Tratamento 3 = 2 ml, sendo duas réplicas para cada um deles. Foi realizado um controle (sem adição de hormônio) para cada tratamento, também com duas réplicas. As porcentagens de rainhas obtidas em relação às operárias foram (Média ± DP): Tratamento 1 = 19,05% ± 1,35 (controle = 13,25% ± 4,15), Tratamento 2 = 16,29% ± 2,67 (controle = 13,5% ± 2,12) e Tratamento 3 = 19,13% ± 1,22 (controle = 11,79% ± 0,69). Emboratenha ocorrido uma maior produção de rainhas nos tratamentos com hormônios em relação aos controles, somente o Tratamento 3 foi estatisticamente significante (test T, p < 0,05). De acordo com esses resultados, pode-se concluir que, sendo os fitormônios importantes precursores de ecdisteróides em abelhas, um aumento na ingestão da fração esteroidal proveniente do pólen resulta em um aumento da proporção de rainhas produzidas em colônias de Melipona marginata. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. OCORRÊNCIA DE POLIANDRIA EM FÊMEAS DE BROCA-DO-CAFÉ, Hypothenemus hampei (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE: SCOLYTINAE) Camila Moreira Costa [email protected] Os estudos sobre sistemas de acasalamento de insetos permitem a compreensão dos aspectos evolutivos do comportamento reprodutivo de uma espécie. Entretanto, para espécies como a broca-do-café (Hypothenemus hampei), tais estudos são escassos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar se há ocorrência de poliandria em diferente estágios do ciclo de vida de fêmeas de H. hampei. Foram utilizados os seguintes tratamentos: (i) as fêmeas foram acasaladas com dois machos diferentes de mesma condição fisiológica, um antes e outro depois de se tornarem “colonizadoras” (responsivas a luz) e (ii) as fêmeas foram acasaladas com dois machos diferentes de mesma condição fisiológica, um antes e outro depois de ser permitido um período de oviposição de 10 dias. Para determinar o momento em que a fêmea se tornou ‘colonizadora’, estas foram colocadas em um tubo de ensaio no qual metade permanecia no escuro, assim somente um lado permitia a entrada de luz. Para garantir o ambiente escurecido os tubos de ensaio foram encaixados em isopor preto perfurado. Diariamente, foram retiradas as fêmeas que se movimentaram para o lado com entrada de luz. As fêmeas em oviposição foram acondicionadas em um frasco de poliestireno contendo um grão de café ‘pergaminho’ e fechado com voile preto. Para acessar o comportamento de acasalamento em cada tratamento, os casais foram individualizados em poços de uma placa de microtitulação forrados com uma camada de papel de filtro umedecido e contendo um pedaço de endosperma de café. Os casais foram filmados durante 12 h e analisados conforme metodologia descrita anteriormente (J. Insect Behav 25:408, 2012). Inicialmente haviam 60 fêmeas, porém as fêmeas que não copularam ou morreram durante a realização dos tratamentos foram excluídas da análise estatística. A frequência de cópula (1º macho) nas fêmeas virgens foi 64,58% e 63,04% para o tratamento (i) e (ii), respectivamente (χ2 =0,067, df=1, P>0,05). Enquanto a recópula (2º macho) apresentou diferença significativa, sendo 64,52% e 20,69% para o tratamento (i) e (ii), respectivamente (χ2 =7,538, df=1, P<0,05). As fêmeas do tratamento (ii) apresentaram duração de recópula de 1,74min em contraste com 2,57min de duração da cópula (t = 2,434, df=1, P<0.05). Já as fêmeas do tratamento (i) apresentaram duração de cópula e recópula semelhantes de 2,21 e 2,36min (t= 0,848, df=1, P>0.05). Ao comparar os tratamentos em função do 1º e 2º macho foi verificada diferença significativa também na duração da recópula (cópula: F(1,60)=3,804; P>0,05; recópula: F(1,26)= 5,177; P<0,05). Foi verificada a ocorrência de cópulas repetidas com o 1º ou 2º macho, porém em maior frequência com o 1º macho em ambos os tratamentos. Os resultados indicam a ocorrência de poliandria em fêmeas de H. hampei, porém este comportamento parece ser dependente da condição fisiológica da fêmea no momento da exposição a machos diferentes. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. A TÉCNICA DE GC/FTIR COMO IMPORTANTE FERRAMENTA NA IDENTIFICAÇÃO DE SEMIOQUÍMICOS Diogo Montes Vidal [email protected] A espectroscopia na região do infravermelho é uma das técnicas mais completas e importantes na elucidação estrutural de compostos orgânicos. Os espectros de infravermelho provêm informações sobre grupamentos funcionais e configuração de ligações duplas C-C, entre outras, atuando como técnica complementar à espectrometria de massas. O acoplamento do da técnica de espectrospopia na região do infravermelho à cromatografia gasosa resultou em uma poderosa ferramenta na identificação de compostos, principalmente aqueles que, assim como grande parte dos semioquímicos, estão contidos em misturas complexas e em pequenas quantidades. Em nosso grupo de pesquisa, GC-FTIR tem mostrado-se como técnica chave na correta elucidação de diferentes classes de semioquímicos. Neste trabalho, serão abordados os seguintes exemplos: o feromônio sexual produzido por fêmeas da mariposa do álamo, Condylorrhiza vestigialis, assim como compostos semelhantes à estes; os alomônios produzidos por diferentes espécies de percevejos; e os VOCs emitidos por Eucalyptus benthamii após herbivoria por Thaumastocoris peregrinus. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EVIDENCE FOR A SEX PHEROMONE IN Pseudococcus meridionalis (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE) Maria Fernanda Flores [email protected] The mealybug Pseudococcus meridionalis (Prado) is an important agricultural pest in Chile described recently and intercepted occasionally in phytosanitary export inspections. Due to quarantine restrictions imposed by main importing countries and difficulties in the correct identification of mealybug species, we studied the chemical communication in P. meridionalis to pave the way for the development of new tools for detection and monitoring of this pest. Adult females of P. meridionalis were collected from vineyards and reared in the laboratory on sprouted seed potatoes. At the second instar, the colony was treated with an insect growth regulator to selectively remove males and obtain pure virgin females colonies. Volatiles from matured virgin females were collected on activated charcoal and eluted with hexane. The extracts showed to be attractive to males in laboratory bioassays. Analysis by gas chromatography-mass spectrometry and comparison with control samples revealed the presence of a female-specific compound with retention indices of 1358 on a non-polar Rtx-5 column and 1610 on a polar Stabilwax column. . Derivatization reactions and synthesis of model compounds are being carried out in order to elucidate the structure of this pheromone candidate. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESPUESTAS OLFACTORIAS DEL BURRITO DE LA xanthographus, A VOLÁTILES DE PLANTAS HOSPEDERAS VID, Naupactus Waleska Vera [email protected] Naupactus xanthographus conocido comúnmente como burrito de la vid, es un insecto polífago con alta tasa de reproducción que causa significativos daños de importancia económica en cultivos de países Sudamericanos. Es considerado una plaga agrícola primaria debido al daño causado por larvas y adultos. Además, tiene un estado cuarentenario en países como Japón y Estados Unidos. Sus principales especies hospederas incluyen especies de importancia económica, tales como vid, paltos y manzanos. En el presente trabajo, estudiamos las respuestas de comportamiento de machos y hembras a diferentes volátiles de dos plantas hospederas, vid (Vitis vinífera) y palto (Persea americana). Además, analizamos las respuestas de comportamiento a dos compuestos sintéticos, limoneno y linalool. Para ello, colectamos volátiles constitutivos e inducidos por herbivoría en ambas plantas hospederas en un equipo “Headspace Entrainment Equipment”. Las respuestas olfactorias a volátiles de plantas y a compuestos sintéticos fueron determinadas usando un tubo olfactómetro Y y analizadas usando el test no-paramétrico 2. Finalmente, identificamos algunos compuestos volátiles de ambos hospederos por GC/MS. Nuestros resultados indican que machos son atraídos a: i) volátiles constitutivos sobre un control, ii) volátiles inducidos por herbivoría sobre un control y iii) volátiles inducidos por herbivoría sobre volátiles constitutivos de ambas plantas hospederas. Machos no muestran preferencia cuando se les presentan simultáneamente los volátiles de ambas plantas hospederas. Para limoneno, machos muestran una preferencia significativa por una concentración de 500 ng del compuesto, mientras que para linalool una preferencia a una concentración de 5 ng. Hembras no muestran una preferencia significativa a volátiles constitutivos de ambas plantas hospederas comparado con un control. Para limoneno, hembras son atraídas a una concentración de 5 ng. Los análisis GC/MS permitieron identificar algunos volátiles, principalmente volátiles de hojas verdes (GLVs), terpenos (monoterpenos y sesquiterpenos), compuestos aromáticos y cetonas. Nosotros hipotetizamos que las diferencias en las respuestas de comportamiento están asociadas con la variabilidad de los volátiles emitidos, causando variaciones en la percepción antenal del insecto. Análisis estadísticos así como bioensayos olfactométricos se están realizando para poner a prueba esta hipótesis. Futuros ensayos electrofisiológicos contribuirán a contrastar dicha hipótesis. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Pôsteres Resumos ÁREA: Ecologia química de vetores de doenças VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ATTRACTION OF TRIATOMINES TOWARDS DIFFERENT CO2-FREE, SYNTHETIC HOST-ODOR BLENDS PABLO GUERENSTEIN [email protected] Vector control is the most effective method to prevent Chagas disease. A lured trap device is a sustainable and an environmentally-friendly tool for vector monitoring and control. Using one of the most important Chagas disease vectors, Rhodnius prolixus, we test potential odor attractants for the bugs in a dual-choice olfactometer in which attracted bugs get trapped. We already showed that a commercial, CO2-free synthetic host-odor lure developed for mosquitoes (Sweetscent®), consisting on ammonia, L(+)-lactic acid and hexanoic acid, evokes significant attraction and trapping of triatomines in the laboratory. We also showed that the insects respond specifically to the three-component blend in a synergistic way. However, our results also suggested that the performance of the odor blend could be improved. Thus, we now tested different variants of a blend consisting on ammonium hydroxide, L(+)-lactic acid and pentanoic acid (blends differed in the total mass of compounds and in their proportions). Each odor was loaded onto an individual filter paper strip and the three strips were placed in the test arm of the olfactometer. The negative-control arm contained filter paper strips with the solvent (water) only. In negative-control experiments both arms consisted in control arms. The percentage of total capture (%TC) was defined as the total number of insects in the arms (test + control) over the total of insects tested. Thus, we compared the odor-induced %TCs with those of the basal %TCs obtained in the negative-control experiments. Whereas in negative-control experiments the %TC was 7.5 % (N=53), in the positive control (a mouse) 68.1 %TC was obtained (P<0.001, G-test, N=50). Two of the synthetic blends tested evoked significant %TC (Blend 4: 28.1 %, G-test, P<0.01; Blend 6: 31.3 %, G-test, P<0.01; N=32 for all six blends tested). Results indicate that, as expected, the proportion at which the odors were delivered has a major role in determining the attraction and capture level. They also suggest that blends 4 and 6 are good attractants. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. BIOACTIVITY OF THE EUCALYPTUS ESSENTIAL OIL ON AEGORHINUS JOCELYNE TAMPE, Karen Huaiquil , Andrés Quiroz [email protected] Aegorhinus superciliosus (Coleoptera: Curculionidae) is a poliphagous weevil, native of South America. In Chile, this specie attack strongly blueberries and European hazelnut. Whereas adults produce damage by chewing shoots and leaves, the most serious damage is caused by the rootfeeding larvae, which can kill plants. Conventional pesticides are currently used for controlling this weevil, but the continuous pesticides application per season, are producing resistance development, environmental problems, health risks and residues on harvested fruit. This situation has led to the adoption of new control strategies for this insect based on the use of natural resources, highly specific and biodegradable. Essential oils have been used for insect control and they have been conceptualized under the term of “Green Pesticides”. Thus, the ability to explore these botanical extracts as new tools for the monitoring and control of A. Superciliosus emerging as a new tools for developing an integrated pest management. Previous results have shown that eucalyptol elicited a kairomone effect from adult A. superciliosus (Environ entomol. 38:781-789, 2009ª). For this reason, the objective of this study was to evaluate the activity of eucalyptus essential oil (EEO) on A. superciliosus. The behavioral response of the insect was tested at one concentration reported as bioactive with the main compound of EEO by using a four-arm olfactometer. The olfactometric response of each insect to stimulus was automatically registered for 20 min, and the time spent on each arm was processed by Etho Vision 3.1 software. Each treatment was replicated 20 times for each sex of A. Superciliosus. Behavioral response of A. superciliosus toward volatile compounds released from eucalyptus oil showed a trend of attraction on the females and elicited a response attractant on the males insect. This is consistent with report in Environ entomol. 38:781-789, 2009ª. They observed the same behavior when the insect was stimulated with eucalyptol (principal compound of this oil). Our results show antagonist biological activities previously reported by this essential oil in Forest Ecol Manag. 256:2166-2174, 2008. They reported a repellent effect elicited by EEO on several insects. The attractant activity shown by EEO suggests their use for new IPM strategies for controlling A. superciliosus. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. PADRONIZAÇÃO DE BIOENSAIOS EM OLFATÔMETRO VERTICAL COM FLUXO DE AR PARA Anopheles aquasalis UTILIZANDO OCTENOL PAULA BLANDY TISSOT BRAMBILLA , Renata Antonaci Gama [email protected] Introdução: O estudo de compostos sintéticos atrativos para anofelinos, como o cairomônio Octenol (1-octen-3-ol) pode ser uma ferramenta importante para os gestores de saúde pública ao serem acrescentados em armadilhas. O estudo tem como objetivo padronizar os primeiros bioensaios com Octenol realizados em olfatômetro vertical com fluxo de ar desenvolvido para Anopheles, testando diferentes taxas de liberação de Octenol, aferindo qual a mais atrativa, e o funcionamento do olfatômetro durante os primeiros ensaios. Metodologia: Para padronização da taxa de liberação de Octenol que será usada nos bioensaios foram comparados 3 volumes: 50µl, 100µl e 150µl. As amostras foram triplicadas, mantidas em capela com fluxo, com temperatura de 29°C e umidade de 83% e pesadas em balança analítica a cada hora durante 5 horas e após 24 horas. Para a padronização dos bioensaios com o Octenol utilizou-se 10 fêmeas de A. aquasalis com 5 a 11 dias de idade, mantidas há 2 dias sem solução açucarada e repasto sanguíneo. Realizou-se 3 repetições para cada taxa, cada ensaio durou 10 min., sendo 5 para ambientação dos mosquitos e 5 exposto a fonte de odor. As taxas de liberação testadas nos bioensaios foram obtidas no experimento anterior. Ao final dos 5 min. da inserção da fonte de odor leram-se os bioensaios considerando os seguintes aspectos: (1) Porcentagem de fêmeas atraídas pela fonte de odor; (2) Autonomia correta do olfatômetro vertical com fluxo durante os bioensaios; (3) Possível alteração na capacidade de vôo gerada pelo fluxo de ar. Resultados e conclusão: Taxas de liberação do Octenol obtidas: (A) 0,014g/h; (B) 0,015g/h e (C) 0,018g/h, para os volumes 50µl, 100µl e 150µl respectivamente. Observaram-se diferentes respostas de atratividade para cada taxa de liberação, sendo 10% para a taxa A, 20% para a taxa B e a C não apresentou atratividade. Não houve alterações na capacidade de vôo das fêmeas, visto que elas circulavam livremente pelo olfatômetro, pousavam em suas paredes normalmente e conseguiam descer para o compartimento inferior se atraídas pela fonte de odor. Pode-se concluir que a taxa B de Octenol apresentou melhor atratividade, porém são necessárias mais repetições e novos testes com outros volumes para obtermos uma taxa de liberação que atraia pelo menos 60% dos mosquitos. O aparelho adaptado para anofelinos apresentou um bom desempenho durante os testes, podendo ser considerado nova ferramenta válida para o estudo do comportamento de A. aquasalis. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ACÚMULO DE COMPOSTOS FENÓLICOS NA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA A PHAKOPSORA PACHYRHIZI Tássia Boeno Oliveira, Maria Cristina Neves De Oliveira, Amauri Alves De Alvarenga , Clara Beatriz Hoffmann-Campo [email protected] A ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Syd. & P. Syd., é uma das doenças mais severas que incide na cultura da soja [Glycine max (L.) Merr.]. Entre as estratégias para seu controle cita-se a indução de resistência que promove alterações bioquímicas e estruturais, destacando-se a produção de compostos da via de fenilpropanóides. Objetivou-se, neste trabalho, verificar o efeito do indutor metil jasmonato (MeJA) na severidade da ferrugem e sua influência na concentração de isoflavonas em plantas de soja da cultivar BRS 361 (suscetível a ferrugem-asiática). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com seis tratamentos, seis repetições e cinco plantas por repetição. Realizou-se aplicações foliar de 1) água (testemunha), 2) Tween 20 (0,02%) e 3) MeJA (1,25 mM) em Tween 20 (0,02%), no estádio V6. Depois de 24 horas as plantas foram pulverizadas com suspensão de esporos ajustada para 1,4x105 uredosporos/mL. Foram coletados os primeiros trifólios expandido as 48, 96 e 144 horas após inoculação para quantificação de isoflavonoides em cromatografia líquida de alta performance. Após 15 dias foi realizada avaliação da severidade da ferrugem no quarto trifólio com auxílio de escala diagramática. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). A severidade da ferrugem foi menor nos tratamentos MeJA e Tween 20, que não diferiram estatisticamente, sendo as médias 4,07% e 7,30% respectivamente, contrastando com 38,63% de média da testemunha. A inoculação desencadeou a produção de compostos secundários, apresentando médias significativamente maiores em todos os tratamentos nos compostos analisados, com aumento progressivo com o decorrer do tempo. Plantas que foram tratadas com MeJA e apenas o surfactante (Tween 20) apresentaram maior concentração de daidzina, genistina, malonil daidzina, malonil genistina, daidzeína, genisteína e cumestrol. Esses resultados mostram que o indutor de resistência metil jasmonato, na dose empregada, foi eficiente na redução da severidade da ferrugem da soja. No entanto, o tratamento Tween 20 induziu de forma semelhante à produção de compostos da via dos fenilpropanóides e proporcionou controle da doença quando comparado à severidade encontrada na testemunha. Por isso, é possível sugerir que o MeJA induziu compostos que afetam diretamente o metabolismo da planta e que influenciaram negativamente o desenvolvimento da doença assim como o Tween 20. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. IMPLICAÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA INDUÇÃO DE COMPOSTOS DE DEFESA NO CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA José Perez da Graça, Mayara De Souza Gois, Maria Cristina Neves De Oliveira, Clara Beatriz Hoffmann-Campo [email protected] O objetivo do estudo foi avaliar a indução de compostos de defesa em plantas de soja submetidas à aplicação exógena do ácido salicílico (AS) e seu efeito sinérgico com o fungo Phakopsora pachyrhizi, agente causal da ferrugem asiática da soja. No 1° experimento, o genótipo BRS 231 (tolerante à ferrugem) foi semeado em casa-devegetação (28°C e UR 70%) e, ao atingir o estádio V3, as plantas foram pulverizadas com AS (0,625; 1,25; 2,5; 5 e 10 mmol). As coletas para análise de flavonoides foram realizadas a 24, 48 e 72 horas após a pulverização. O experimento foi realizado com quatro repetições totalizando 84 plantas. No 2° experimento o genótipo BRS 316 (suscetível à ferrugem) foi semeado em casa-de-vegetação e as plantas foram inoculadas com suspensão de 1,4x105 uredósporos/ml + Tween 20 a 0,05%, no estádio V3. Três dias após a inoculação, as plantas foram tratadas com AS nas concentrações descritas acima. Dez dias após a inoculação foi coletado o trifólio V5 para análise de flavonoides. Este experimento contou com quatro repetições por tratamento, totalizando 28 plantas. Os trifólios foram moídos, pesados, extraídos, ressolubilizadas e analisadas em HPLC. A aplicação exógena das diferentes concentrações de AS resultou no aumento da concentração de daidzina, malonil-daidzina e malonil-glicitina, assim como para genistina e genisteína, principalmente na maior concentração de AS aplicado (10mmol). No entanto, nas concentrações de 5 e 10 mmol, foi observada a necrose das folhas devido a ação fitotóxica que o AS pode desencadear. Para malonil-genistina, gliciteína e daidzeína, o AS não provocou uma alteração expressiva no conteúdo destes compostos. As plantas da cultivar BRS 316 (inoculado + 5mmol) apresentaram maior concentração de daidzina, malonís (daidzina e genistina), acetil-dadzina e das agliconas daidzeína, gliciteína e genisteína. A fitoalexina coumestrol e genistina foram produzidos em maior concentração na aplicação de AS a 5 e 10 mmol. O inverso foi observado para o flavonol rutina nestas mesmas concentrações. Além disso, em algumas repetições de BRS 316 (5 e 10 mmol) foram observadas a indução de gliceolinas (III, I e II). Os resultados obtidos sugerem que o ácido salicílico pode aumentar a concentração de compostos secundários, no entanto, estudos de análise fenotípica estão sendo conduzidos para avaliar a capacidade deste indutor no controle da ferrugem asiática da soja. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE LARVICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE COMMIPHORA LEOPTOPHLOEOS (MART.) J. B. GILLET (BURCERACEAE) FRENTE À AEDES AEGYPTI L. Rayane Cristine Santos Da Silva, Patrícia Cristina Bezerra Da Silva, Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro, Nicácio Henrique Da Silva [email protected] A família Burceraceae inclui cerca de 20 gêneros e 500 espécies, sendo uma de suas características peculiares a produção de óleo-resinas bastante perfumadas. Diversas espécies são reportadas por possuírem atividade inseticida e Commiphora leptophloeos por apresentar diversos usos etnobotânicos. O Aedes aegypti é um mosquito de grande importância epidemiológica por ser o vetor de viroses como a febre amarela e a dengue estando distribuído entre as regiões tropicais e subtropicais do globo. A fim de encontrar uma forma alternativa de combate ao mosquito, objetivou-se avaliar no presente estudo, a caracterização química do óleo essencial de C. leptophloeos e sua atividade biológica frente A. aegypti através de testes de atividade larvicida. O óleo essencial de folhas frescas de C. leptophloeos foi obtido através do processo de hidrodestilação durante o período de 4h em um aparato de Clevenger. Posteriormente, o mesmo foi submetido a análise por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas revelando a presença de 55 compostos no óleo essencial de C. leptophloeos sendo o α- Felandreno, o trans- Cariofileno e o β- Felandreno os constituintes do óleo presentes em maior proporção, representando 26,26%, 18,01% e 12,93% respectivamente. Para a avaliação da atividade larvicida, uma solução estoque de 100 ppm foi preparada utilizando-se 0,005 g do óleo diluído em 0,7 mL de acetona, adicionando-se água destilada até um volume final de 50 mL. As demais concentrações foram preparadas através de diluições feitas a partir da solução estoque com água destilada e a mortalidade das larvas foi determinada após 48h de incubação a 27± 0,5 oC. A atividade larvicida do óleo essencial de C. leptophloeos foi constatada com CL50 de 99,4 ppm para as larvas de quarto instar de A. aegypti. Os estudos com óleos essenciais vêm se mostrando como uma boa ferramenta na busca de uma alternativa de combate ao mosquito, nesse contexto, o óleo essencial de C. leptophloeos mostra-se como fonte de compostos que podem ser avaliados na busca de princípios ativos que induzam respostas biológicas em larvas de A. aegypti para aplicação no seu combate. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ATIVIDADE DETERRENTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE ETLINGERA ELATIOR FRENTE À AEDES AEGYPTI E IDENTIFICAÇÃO DE ATIVOS POR GC-EAD Patrícia Cristina Bezerra Da Silva, Rayane Cristine Santos Da Silva, Paulo MiletPinheiro, Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro [email protected] A dengue é uma doença viral e não existindo vacina que confira imunidade permanente ao vírus. Sendo assim, a principal medida de controle da doença é por meio do combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Como alternativa adicional ao uso dos compostos empregados no combate ao mosquito, óleos essências e extratos de plantas são testados quanto à sua atividade. O Bastão do Imperador (Etlingera elatior) é uma planta cultivada em larga escala em Pernambuco com valor comercial e possui diversas atividades biológicas reportadas na literatura. Desta maneira este trabalho teve como objetivo verificar a atividade deterrente de oviposição dos óleos essenciais da inflorescência das variedades vermelha, rosa e porcelana desta planta frente ao mosquito A. aegypti. As inflorescências frescas foram trituradas e submetidas a um processo de hidrodestilação por 3h, através do qual foram obtidos os óleos com rendimentos (m/m) de 0,094; 0,052 e 0,049% para as variedades vermelha, rosa e porcelana, respectivamente. Os mesmos foram utilizados em testes de oviposição, onde fêmeas grávidas de A. aegypti foram colocadas em uma gaiola contendo dois recipientes com a solução teste (óleo essencial) e controle (co-solvente + água destilada) durante 16 horas, com 6 repetições. Após esse período o número de ovos depositados em cada recipiente foi contado e apresentaram 83,7; 76,2 e 68,2% (±SE) dos ovos depositados na solução controle, para os óleos das variedades vermelha, rosa e porcelana respectivamente, o que indicou uma atividade deterrente de oviposição na concentração de 100 ppm. A análise química dos óleos, feita por CG-MS, mostrou que os majoritários dos óleos são os mesmos para as três variedades estudadas, sendo eles dodecanal, dodecanol e αpineno. Testes de detecção eletroantenográfica (GC-EAD) foram conduzidos utilizando antenas de fêmeas grávidas e sinais elétricos provenientes das antenas sincronizados com o cromatograma dos compostos constituintes dos óleos essenciais indicaram os compostos ativos. Análise dos resultados mostrou que os compostos n-decanol, 2undecanona, n-undecanal, n-dodecanal, (E)-cariofileno, β-(E)-Farneseno, α-Humuleno, ndodecanol, isodauceno e ácido dodecanóico foram ativos frente às antenas de fêmeas do mosquito. Dois desses ativos: dodecanol e dodecanal foram testados isoladamente quanto à atividade deterrente, utilizando a mesma metodologia utilizada para os óleos, com concentração para 50 ppm, e mostraram-se deterrentes. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. UTILIZAÇÃO DE PESTICIDAS DE USO DOMÉSTICOS ENTRE FUNCIONÁRIO DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO BRASIL José Carlos Amaral Gevú, Kamile Santos Siqueira, Sileia Nascimento, Leonardo Silveira Villar [email protected] Introdução: Observa-se que o uso de pesticidas tem se tornado muito comum nos domicílios urbanos, estando à proteção mecânica como mosquiteiros e telas em aberturas caindo em desuso, em muitas capitais do Brasil. Internacionalmente estima-se que se utilizam pesticidas em 90% dos domicílios dos Estados Unidos e entre 50 a 80% das moradias no Canadá. Objetivo: avaliar a utilização de pesticidas entre residentes de Rio Branco, Acre, funcionários de uma Universidade Federal. Metodologia: Foi realizado um estudo de corte transversal no tempo, com caráter censitário junto aos servidores ativos da Universidade Federal do Acre. A amostra foi de 312 servidores. Para coleta das informações, foi utilizado um questionário estruturado contendo informações sobre identificação, situação ocupacional, uso domestico de pesticidas, entre outras. Foi definido como utilização de pesticida doméstico o uso, nos últimos 6 meses de: agrotóxico, coleira antipulga nos, iscas para formigas, espiral para queima, sabonete antipulgas, spray, Carrapaticida, Cupinicida, iscas para baratas, iscas para moscas, cartões para difusor elétrico antipiolhos, giz chinês, liquido para difusor elétrico, sabonete antisarna e solução para bombas. Posteriormente a prevalência do uso de spray foi verificada separadamente na análise dos dados. Resultados: Foram pesquisados 312 servidores da Universidade Federal do Acre, sendo 68,0% do sexo masculino e 32% do sexo feminino. Grande parte dos entrevistados se encontrava na faixa etária acima dos 30 anos (78,2%), possuíam uma renda familiar maior do que 3.000 reais (65,6%) e possuíam graduação ou pós-graduação (57,0%). Quanto ao uso de pesticidas a prevalência foi de 67% entre os homens e 72% entre as mulheres. Quando analisado somente uso de spray esse percentual foi de 64% para mulheres e 60% para homens. Conclusão: Os dados referem altas prevalências na população pesquisada do uso de pesticidas, os quais são produtos tóxicos tanto ao ambiente quanto para os indivíduos. Portanto, sugere-se que intervenções referentes a educação ambiental e ecologia humana devam ser executadas para minimizar o risco de possível contaminação dos indivíduos e do ambiente na população pesquisada e extensivamente entre funcionários públicos da cidade de Rio branco, Acre. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. AVALIAÇÃO DA INFLUENCIA DE EXTRATOS DE FORMAS IMATURAS NO COMPORTAMENTO DE OVIPOSIÇÃO DE CULICÍDEOS VETORES. Gabriel Bezerra Faierstein, Danilo Luna Campos, Gaby Sales , Rosângela Maria Rodrigues Barbosa [email protected] O desconforto e o incômodo causado pelos mosquitos em áreas urbanas se agravaram nos últimos anos com a presença dos mosquitos Aedes aegypti, A. albopictus e Culex quinquefasciatus constante nas habitações humana. Esses mosquitos são de grande importância para a saúde pública. Diversos são os fatores físicos e químicos envolvidos no reconhecimento de um criadouro adequado pelas fêmeas, entre eles a presença de sinais químicos provenientes de ambientes anteriormente habitados por imaturos coespecíficos. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de extratos de formas imaturas, na escolha do sítio de oviposição. Os bioensaios em câmara de escolha foram conduzidos em gaiola (100 x 80 x 70 cm), utilizando 30 fêmeas grávidas/ensaio, com pelo menos vinte repetições. No interior da gaiola foram colocados dois recipientes (200 ml) distando 50 cm. Os extratos foram preparados utilizando 50 larvas L4, ou 50 pupas ou ainda 150 ovos para cada espécie/bioensaio, as formas imaturas eram lavadas com água destilada e depois maceradas, após este procedimento eram filtradas, e adicionado 150 ml de água destilada. No recipiente controle apenas era colocado 150 ml de água destilada. A cada repetição era colocado um novo lote de fêmeas e as posições dos recipientes eram trocadas. Os resultados demonstraram que para os testes com extratos L4 co-específicos, as fêmeas de A. aegypti, A. albopictus e C. quinquefasciatus ovipositaram mais no recipiente teste (p< 0,05; IAO = +0,49; +0,68 e +0,73). Quando foi testado extrato L4 de A. albopictus versus fêmeas de A. aegypti e C. quinquefasciatus o número maior de ovos foram depositados no recipiente teste (p<0,01; IAO = +0,39 e +0,56). Os testes com extratos L4 de C. quinquefasciatus versus fêmeas de A. aegypti, também foram significativos (p=0,01; IAO = +0,74). Para o extrato L4 de A. aegypti versus fêmeas de C. quinquefasciatus, o número maior de jangadas foi depositado no controle (IAO = -0,74). Os resultados dos testes com extrato de pupa de A. albopictus versus fêmeas de C. quinquefasciatus demonstraram que fêmeas ovipositaram mais no recipiente teste (p<0,05; IAO = +0,55); para os testes com fêmeas de A. aegypti não houve diferença estatística (IAO = +0,07). Os testes com extratos de ovo co-específicos de A. aegypti e A. albopictus demonstraram que não ha diferença significativa entre os sítios de oviposição (p>0,05). O aprimoramento destes extratos pode levar ao desenvolvimento de iscas para uso em ovitrampas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Pôsteres Resumos ÁREA: ECOLOGIA QUÍMICA DE ORGANISMOS MARINHOS VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INTEGRANDO ECOLOGIA QUÍMICA MARINHA E BIOTECNOLOGIA MARINHA Renato Crespo Pereira [email protected] Os metabólitos secundários marinhos bioativos, reconhecidos há décadas como potenciais fármacos ou anti-incrustantes, constituem uma das principais áreas da bioprospecção marinha. Mas o suprimento de matéria prima ainda é um dos entraves para que este potencial de mais de 50 anos se torne uma realidade. No entanto, informações advindas dos estudos de ecologia química marinha podem constituir subsídios importantes para atender esta demanda histórica. Esta apresentação pretende explorar resultados obtidos no Brasil neste contexto de busca por sustentatibilidade no uso do sesquiterpeno elatol produzido por espécies de macroalgas marinhas do gênero Laurencia e potencialmente utilizável como fármaco e anti-incrustante. A quantificação precisa do elatol através de HPLC será uma das abordagens, pois constitui método apropriado para verificar rendimento ou produção deste metabólito sob diferentes condições ambientais ou de cultivo. Ritmo circadiano também constitui aspecto a ser explorado e importante no contexto de uso deste metabólito, assim como as condições ideais de cultivo de Laurencia para obtenção de melhor rendimento ou produção deste sesquiterpeno. A indução por epibiontes será abordada como uma alternativa para obtenção de maior rendimento de elatol sob condições de cultivo de Laurencia. Por fim, será explorado o conhecimento sobre os genes responsáveis pela produção de elatol como subsídio para possível obtenção deste metabólito através de procedimentos biotecnológicos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EVOLUÇÃO DA QUÍMICA DEFENSIVA DE ZOOBOTRYON VERTICILLATUM Etiene Elaine Gomes Clavico [email protected] O estudo da ecologia sob a ótica evolutiva vem integrando sobremaneira a tônica da biologia moderna, no que concerne principalmente aos aspectos relacionados com seus princípios e teorias. Os padrões do passado e do presente relativos a abundância, distribuição e diversidade de organismos, antes referenciados somente pelo aspecto evolutivo, atualmente são explorados em um contexto multidisciplinar, ressaltando a dinâmica das comunidades ecológicas e os princípios evolutivos que unificam tais processos. No ambiente marinho, a pressão de predação vem sendo considerada como a força seletiva que contribuiu para a ocorrência de defesas químicas em muitos organismos, principalmente invertebrados. Sob este ponto de vista, não é surpreendente que eles tenham desenvolvido mecanismos de defesa, incluindo defesas químicas e físicas, a fim de garantir a sobrevivência. Organismos marinhos estão sob intensa pressão competitiva por espaço, luz e nutrientes. No entanto, até o momento nenhum estudo foi capaz de demonstrar que produtos naturais marinhos, de fato, evoluíram sob a pressão de predação, mas são respostas ecológicas ao ambiente. Espécies marinhas invasoras são consideradas “oportunidades” valiosas para avaliar a evolução de defesas químicas, uma vez que, ao chegarem em um novo ambiente, passam por um rápido processo evolutivo. O briozoário Zoobotryon verticillatum é conhecido como uma espécie exótica incrustante e amplamente distribuída em águas temperadas quentes e tropicais, ocorrendo do sul ao nordeste do Brasil. Esta espécie é conhecida por produzir metabólitos secundários com propriedades biológicas, fato que pode contribuir para amplificar seu potencial invasor. Este estudo avaliou o perfil químico e o potencial defensivo de metabólitos secundários de Z. verticillatum frente a consumidores generalistas. O briozoário foi coletado ao longo da costa brasileira, e sua ocorrência frequentemente esteve relacionada a ambientes portuários. Análises do perfil químico de Z. verticillatum da região de Cabo Frio evidenciaram a presença do bromo-alcalóide 2,5,6-tribromo-N-methylgramine, o provável responsável por sua atividade defensiva. Além disso, o extrato orgânico Z. verticillatum foi capaz de deter a predação por peixes generalistas em ensaios de campo. Estes resultados, aliados a futuros ensaios que devem ser realizados com espécimes de outros locais da costa brasileira, podem elucidar os fatores envolvidos com as etapas seletivas da evolução molecular e, em última análise, contribuir para um melhor entendimento dos aspectos evolutivos da química defensiva de organismos marinhos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Pôsteres Resumos ÁREA: SEMIOQÍMICOS VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. PREFERÊNCIA INDUZIDA DE SPERMOPHTHORUS APULEIAE (CURCULIONIDAE:SCOLYTINAE) POR FRUTOS NATURAIS OU SIMULADOS José Antônio Linhares Júnior - Adla Mércia Carobense Da Palma - Felipe De Oliveira Melo Rozimar De Campos Pereira [email protected] A importância da “preferência induzida” na avaliação da resposta de fêmeas de Spermophthorus apuleiae (Coleoptera: Curculionidae:Scolytinae) ao estímulo olfativo/visual (fruto de pau-ferro) ou visual (fruto simulado) foi avaliada por meio de dois bioensaios realizados em laboratório. No primeiro, fêmeas foram obtidas em frutos três estágios de maturação (fruto verde, fruto em estagio de maturação e fruto seco). Posteriormente, cada fêmea (N= 250 a 300) emergida frutos de um desses estágios foi liberada numa arena na qual ela pode selecionar um fruto natural dentre quatro de diferentes estágios de maturação ou, separadamente noutro teste, dentre quatro frutos simulados de diferentes cores (verde claro, verde escuro, marrom e preto). Dos quatro frutos simulados na arena, três tinham os diferentes estágios ou cores dos frutos de onde as fêmeas emergiram. Os resultados revelaram elevada porcentagem de resposta das fêmeas aos estímulos testados (>92,5%). A preferência das fêmeas não foi significativamente (x2, P<0,05) relacionada ao estágio ou cor do fruto de onde elas emergiram, exceto para aquelas emergidas de fruto verde, cuja preferência por fruto simulado verde foi significativa. Ao contrário das fêmeas procedentes dos frutos naturais que responderam aos estímulos olfativo/visual, discriminando significativamente o estágio e cor do fruto. O segundo bioensaio foi praticamente igual ao primeiro, mas foram testadas fêmeas emergidas de frutos de pau-ferro de quatro estágios de maturação e elas puderam selecionar na arena uma dentre dois frutos naturais nestes mesmos estágios ou simulados com as mesmas cores. Elevada porcentagem de fêmeas responderam aos estímulos testados (>87, 7%), e elas preferiram o estágio ou cor do fruto de onde elas emergiram (79,2% dos casos), exceto para as fêmeas emergidas de frutos em maturação (marron). Este é o primeiro estudo a considerar a seleção dos estímulos visual/olfativo pelas fêmeas de S.apuleiae na seleção do hospedeiro. Os resultados sugeriram que este fenômeno deve ser levado em conta ao se estudar futuramente armadilhas para captura massal e ou monitoramento de scolytinae em plantios de pau-ferro. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. SEMIOQUÍMICOS PARA CAPTURA DE SCOLYTINAE EM REFLORESTAMENTO Karolinne Teixeira Da Silva Damaceno Pereira - Dêvisson Antonio Leal Pimenta - Rozimar De Campos Pereira - Marcus Vinicus Masson [email protected] Dentre os Coleopteras destacam-se a os Curculionidae e a subfamília Scolytinae cujos membros são xilófagos e conhecidos como besouros-da-casca, estes são prejudiciais às essências florestais, não só pelo dano ocasionado como pela dificuldade de controle, algumas destas brocas podem ser vetores de doenças. Os estudos básicos a respeito destes insetos são fundamentais para o sucesso do controle, no Brasil já começam a causar preocupação entre os silvicultores, devido ao seu alto potencial de dano já registrado em outros países. Opções para uma melhor gestão silvicultural pode envolver o uso de semioquímicos (feromônios e cairomônios) que influenciam o comportamento destes besouros, tais como alimentação, acasalamento e oviposição. No Brasil semioquímicos não são amplamente utilizados para monitoramento das populações de besouros em reflorestamento o que poderia diminuir gasto com inseticidas químicos e tratamentos silviculturais. O objetivo foi estudar armadilhas iscadas com semioquímicos para captura destes insetos em reflorestamento no litoral norte da Bahia. Em áreas com Eucalyptus spp. foram instaladas armadilhas de impacto tipo IAPAR e Armadilha Lindgren modificada iscadas com diferentes semioquímicos tendo o etanol como testemunha, distanciadas cerca de 100 m entre si, a 60 m das bordas do reflorestamento e altura de 1,3m do solo. As coletas foram realizadas quinzenalmente, quando os insetos foram retirados para a contagem e os semioquímicos renovados. O delineamento foi em blocos ao acaso sob esquema fatorial [2 (tipos de armadilha x 4 (atraentes) x 4 (cores)] a cada 15 dias os insetos foram coletados e identificados durante doze meses. Foram capturados 1268 espécimes, distribuídos em oito gêneros e 32 espécies. O cairomônio 2 + etanol) capturaram significativamente mais scolitinae que os demais produtos testados (59%) e que, a testemunha (etanol + metanol 3:1 v/v) capturaram apenas 12% dos insetos coletados. Verificou-se que o tipo de armadilha influencia a captura massal, sendo a armadilha Lindgren a mais eficiente (69%). As armadilhas vermelhas coletaram um maior número de indivíduos (P≥0,05) quando associada ao caromônio 2. Os gêneros mais abundantes foram: Premnobius, Hypothenemus, Cryptocarenus, Xylosandrus e Ambrosiodmus independente do período e do tipo de armadilha analisado. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESPOSTA DE ANTENA DE MACHOS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) A COMPOSTOS FEROMONAIS SINTÉTICOS Kuss-Roggia, R. C. R. - Zazycki, L. C. F. - Favaro, C. F. - Vidal, D. M - Favaris, A. P. - Cônsoli, F. L. - Sosa-Gómez, D. R. - Zarbin, P. H. G. ; Bento, J. M. S [email protected] O uso de feromônio para o manejo de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é uma estratégia promissora que indica o momento certo da tomada de decisão para o controle no manejo integrado de pragas. O objetivo deste trabalho foi verificar a resposta de antenas de machos de S. frugiperda aos acetatos de (Z)-9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila, de (Z)-11hexadecenila, de (Z,E)-9,12-tetradecenila, e ao (Z)-11-hexadecenal em cromatógrafo gasoso acoplado a eletroantenógrafo (GC-EAD). Para isso foram extraídas glândulas de S. frugiperda e colocadas em hexano. O extrato natural foi concentrado para 1 equivalente fêmea e injetado 1μL em GC-EAD, para permitir a visualização dos cromatogramas. Foram injetados os acetatos de (Z)9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila, de (Z)-11-hexadecenila, de (Z,E)-9,12-tetradecenila, e o (Z)11-hexadecenal em GC-EAD. O cromatógrafo operou no modo “splitless” (250ºC), contendo uma coluna capilar Rtx®-5 (30m x 0,25mm D. I. x 0,25 µm de espessura do filme), com ionização por impacto de elétrons (70 e V). A temperatura foi programada para obter 50ºC/min inicialmente, com aumento de 7ºC/min até 250ºC, esta última foi mantida por 10 minutos. A linha de transferência operou a 270ºC, aproximadamente, e o hélio foi usado como gás de arraste com fluxo de 1mL.min-1. Foi possível observar resposta da antena do macho de S. frugiperda a todos os compostos testados. Os acetatos de (Z)-9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila e de (Z)-11hexadecenila são os compostos mais comumente citados na literatura para S. frugiperda, e fazem parte do feromônio comercial Bio Spodoptera® registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para monitoramento desta espécie em vários cultivos no Brasil. O acetato de (Z,E)9,12-tetradecenila já havia sido citado como um composto atrativo a S. frugiperda (J. Econ. Entomol. 69:324, 1976; CBE, 22:2142, 2008; Biológico 73:298, 2011). O (Z)-11-hexadecenal até o momento foi citado por apenas um trabalho como um composto do feromônio sexual desta espécie (J. Chem. Ecol. 12:1909, 1986). A resposta da antena dos machos de S. frugiperda aos acetatos de (Z)-9-tetradecenila, de (Z)-7-dodecenila, de (Z)-11-hexadecenila, de (Z, E)-9,12tetradecenila, e ao (Z)-11-hexadecenal leva à perspectiva de geração de uma nova mistura feromonal para monitoramento de S. frugiperda, e enfatizam a demanda por estudos de atratividade da mistura destes compostos para machos de S. frugiperda em túnel de vento e em campo. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. A ARMA QUÍMICA DA ABELHA LADRA LESTRIMELITTA LIMAO (HYMENOPTERA: APIDAE: MELIPONINI) Lucas Garcia Von Zuben - Larissa Galante Elias - Tulio Marcos Nunes [email protected] A utilização de compostos químicos na comunicação entre indivíduos é um fenômeno amplamente presente no grupo das abelhas. Esses compostos possuem papéis ecológicos bem estabelecidos nesses insetos, como na indicaçãode fontes de alimentos e na atração de parceiros sexuais. Esses sinais químicos, portanto, estão intimamente associados às características ecológicas e comportamentais de cada grupo de abelha. As abelhas sociais do gênero Lestrimelitta, ao invés de coletar pólen e néctar de flores, possuem como estratégia alimentar o saque a outras colônias. Essas abelhas invadem os ninhos de outras abelhas sociais e roubam todo recurso ali armazenado (pólen, mel, resina e alimento larval). A utilização de sinais químicos parece ser um fator importante na conquista dos ninhos hospedeiros pela abelha ladra. Durante os ataques, as operárias da colônia hospedeira ficam paralisadas ou são repelidas pelas parasitas, o que prejudica a defesa do ninho. Esses fatos levantam a hipótese da utilização de uma arma química pelas parasitas, que seria liberada nos momentos dos ataques e teria como função facilitar o saque. Para investigar isso, foram analisadas as respostas das hospedeiras aos compostos da glândula labial de L. limao. Essa glândula foi dissecada e colocada em solvente orgânico (acetato de etila) para solubilização dos compostos químicos. O extrato glandular e o controle (solvente) foram expostos na entrada de colônias (N=20) de Frieseomelitta varia, uma conhecida espécie hospedeira. Foi testada a hipótese de que os compostos provenientes dessa glândula (i.e. os ésteres acetato de hexadecenila e acetato de hexadecila) provocam respostas nas hospedeiras semelhantes àquelas observadas nos ataques. Sendo assim, o fluxo (entrada e saída do ninho) das operárias de F. varia, bem como o número de guardas, foram medidos antes e depois da exposição do extrato glandular e do controle. Os resultados obtidos mostram que o extrato da glândula labial provocou redução significativa (p<0,05) no número de operárias saindo e entrando da colônia e no número de guardas. O mesmo não aconteceu com o controle. Assim, estes resultados indicam a utilização dos compostos provenientes da glândula labial das operárias como arma química de L. limao. Apesar de serem importantes na repelência das operárias, esses compostos não interromperam completamente a atividade da colônia hospedeira, o que sugere que outros sinais não químicos também devem ser utilizados na conquista dessas colônias. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INFLUÊNCIA DA DENSIDADE POPULACIONAL NO COMPORTAMENTO DE CÓPULA DE DIAPHORINA CITRI. Talita Antonia Da Silveira - Mariana Oliveira Garrigós Leite - Milton Fernando Cabezas Guerrero - José Mauricio Simões Bento - André Gustavo Corrêa Signoretti [email protected] Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae) é vetor do patógeno que causa o Huanglongbing (HLB) ou “greening”, considerado a doença mais grave dos citros atualmente. Devido à dificuldade de encontrar medidas de controle eficientes para essa praga e visando adequar metodologia para estudos comportamentais, o objetivo deste trabalho foi avaliar a quantidade de casais necessários, em uma unidade experimental, para que ocorra a cópula, onde a densidade populacional dentro da placa de Petri pode influenciar diretamente no comportamento sexual da D. citri. O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Ecologia Química e Comportamento de Insetos do Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP em fevereiro de 2013. Para a realização do trabalho foram utilizados insetos criados sobre plantas de murta (Murraya paniculata), dentro de gaiolas sob estufa telada. Foi contabilizado o número de cópulas em placas de Petri (60 X15 MM) contendo de 1 a 5 casais, a cada 60 minutos entre 10: 35 e 15:35, com 15 repetições para cada número de casais. Não houve efeito significativo (p>0,05) no horário de cópula e na interação entre número de casais e horário de cópulas. Entretanto, o número de cópulas variou significativamente (p< 0,01) conforme o número de casais na unidade experimental, mostrando que a densidade populacional desses insetos afeta diretamente o comportamento de cópula. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. COMPORTAMENTO SEXUAL DE DIAPHORINA CITRI KUWAYAMA,(HEMIPTERA: LIVIIDAE) Mariana Oliveira Garrigós Leite - Talita Silveira - Renata Morelli - José Mauricio S. Bento [email protected] O psilídeo Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae) é considerado uma das pragas mais importante dos citros, por ser vetor do agente patogênico responsável pelo Huanglongbing (HLB) ou “Greening”, considerado a doença mais grave dos citros. Em razão da ausência de medidas alternativas para o controle dessa praga, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento sexual da D. citri, visando o seu controle dentro do contexto do Manejo Integrado de Pragas na citricultura. O presente trabalho foi realizado no Departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, no Laboratório de Ecologia Química e Comportamento de Insetos, no período de fevereiro a maio de 2013. Foram utilizados insetos criados no laboratório em estufa telada sobre plantas de murta (Murraya paniculata), sendo observados insetos de 1 a 10 dias de idade, durante 24 horas. Foram realizadas oito repetições por idade, que consistiam de placas de Petri contendo quatro casais de D. citri por placa, com no mínimo três dias diferentes de avaliação para cada idade. Foram determinados idade e horário para as tentativas de cópula e cópula, e caracterizado o comportamento sexual de D. citri. Os resultados indicaram que o maior número de tentativas de cópula foram aos 4, 6, 7, 8, 9 e 10 dias de idade, enquanto os horários do dia foram das 10 às 15 horas. Efetivamente ás cópulas ocorreram entre 6 a 10 dias de idade, e das 9 às 16 horas. Desse modo, pode-se concluir que a atividade sexual de D. citri varia das 9 às 16 horas, e que os insetos mais velhos, a partir dos 6 dias de idade e até os 10 dias foram os mais ativos. A sequência do comportamento de chamamento e corte foi descrita pela pré-cópula com o macho se aproximando frontalmente ou lateralmente à fêmea tocando-a com as antenas; a cópula com a aproximação e introdução do edeago; pós-cópula com a fêmea se separando do macho. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ATRATIVIDADE DO FEROMÔNIO SEXUAL DE TIBRACA LIMBATIVENTRIS (HEM., PENTATOMIDAE) IMPREGNADO EM SEPTOS DE BORRACHA, EM LABORATÓRIO E CAMPO Josué Sant Ana Sant Ana - Rita C. M. Machado - Maria C. Blassioli-Moraes - Augusto Leal Meyer [email protected] O presente trabalho objetivou avaliar a atratividade de fêmeas de percevejo-do-colmo (Tibraca limbativentris Stal., 1860) ao feromônio sexual coespecífico (zingiberenol) em condições de campo e laboratório. Foram testados três tratamentos: (1RS,4RS,1'R)-zingiberenol (1'R-Zi), (1RS,4RS,1'S)-zingiberenol (1'S-Zi) e o controle pentano. Septos de borracha foram impregnados com 1 mg de cada um dos tratamentos. Os bioensaios em laboratório foram realizados em olfatômetro “Y”. Fêmeas virgens e copuladas com 7 a 14 dias de idade foram submetidas tanto ao contraste de 1'R-Zi e 1'S-Zi com o controle, como de 1'R-Zi e 1'S-Zi entre si (n ≥ 41/tratamento). Os testes de campo foram realizados em lavoura de arroz em Eldorado do Sul/RS (30º02‟S; 51º23‟WGR) e se estenderam no período de 30/nov/2012 a 5/abr/2013. As armadilhas utilizadas foram confeccionadas a partir de garrafas PET de 2 L. Foram distribuídas 12 armadilhas na área, com os três tratamentos, totalizando quatro repetições por tratamento. As avaliações foram semanais, após a vistoria das armadilhas, realizaram-se amostragens dos indivíduos presentes no campo estabelecendo o número de percevejos/m2. Os septos foram substituídos a cada 15 dias. Os dados foram submetidos à análise de 2 ( = 0,05) e correlação de Spearman. Os testes de olfatometria demonstraram que as fêmeas virgens e copuladas foram significativamente mais atraídas por 1'S-Zi quando comparado com o controle (P =0.0015 e P= 0.0087, respectivamente). No entanto, não houve diferença significativa nas respostas quando se comparou 1'R-Zi com o pentano, bem como 1'S-Zi com 1'R-Zi (P > 0,05). Durante as avaliações de campo foram coletadas 13 fêmeas nas armadilhas, sendo sete no 1'S-Zi, quatro no 1'R-Zi e duas no controle. Esse reduzido número de insetos é explicado pela baixa densidade populacional constatada na amostragem, onde se observou uma correlação positiva entre o número de fêmeas coletadas nas armadilhas e a densidade populacional do percevejo (rs= 0,74; p= 0,0051). Os resultados de campo foram semelhantes aos dos bioensaios de olfatometria, onde, embora a diferença não tenha sido estatisticamente significante, a proporção de insetos encontrados nas armadilhas contendo 1'S-Zi foi maior que em 1'R-Zi e controle (54%, 31% e 15% respectivamente). Os resultados sugerem que o isômero 1'S-Zi é mais atrativo às fêmeas, contudo quando se comparou as respostas em olfatômetro entre 1'S-Zi e 1'R-Zi, não houve preferência, além disso, 1'R-Zi foi responsável por 31% das coletas em campo. Tendo em vista que ambos os isômeros são constituídos de quatro diastereoisômeros, assim, é provável que pelo menos um dos diastereoisômeros que compõem 1'R-Zi seja responsável pela atratividade das fêmeas. Dessa forma, sugere-se que os diastereoisômeros sejam testados isoladamente em condições de laboratório e campo. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. COMPORTAMENTO DA MOSCA-DOS-CHIFRES FRENTE AOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE DIFERENTES RAÇAS BOVINAS Cenira Monteiro De Carvalho - João Gomes Da Costa - Edjane Pires Vieira - Antônio Euzébio Goulart Sant'ana [email protected] A mosca-do-chifre, Hematobia irritans (L., 1758), é uma das principais pragas que afeta não só a produção de gado, leite e carne, como também colabora para a degradação do couro desses animais. Para controlar esse ectoparasita, os criadores de bovinos ainda fazem a utilização de produtos químicos convencionais. Essa estratégia, no entanto, nem sempre é eficaz, devido o uso indiscriminado de agrotóxicos de forma errada, reduzindo a sua eficácia. Assim, a busca de alternativas aos pesticidas convencionais é necessária, com o objetivo de reduzir ou eliminar esses problemas. Assim sendo, este trabalho avaliou o comportamento dessa espécie de mosca frente aos Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) objetivando a atratividade ou não desses compostos liberados por diferentes raças bovinas. Foram coletados os COVs de animais machos e fêmeas das raças bovinas Holandesa, Pardo-Suíça, Girolando, Gir e Nelore (machos e fêmeas). O material foi extraído do dorso do animal, por um período de uma hora, com auxílio de um sistema portátil de coleta de voláteis usando Porapack Q, como adsorvente. Após a extração do material no campo, o tubo coletor foi levado ao laboratório e dele foi extraído com hexano os COVs. As amostras foram utilizadas para realização de bioensaios em olfatometria em tubo em Y, usando 30 moscas por amostra, com duração de 10 min./por mosca. As moscas foram criadas em laboratório e com 24 horas de emergência foram selecionadas para os bioensaios. Durante o bioensaio foi observado: batimento das asas; movimento das antenas; tempo que era realizado o percurso em busca do estímulo olfativo e se a mosca caminhava ou voava, dentro do tubo em Y. Os resultados obtidos foram analisados utilizando o teste do Qui-quadrado, o qual visava observar a frequência de atração da mosca pelas amostras oriundas dos bovinos. Os resultados mostraram que houve atração das mosca-dos-chifres para amostras da raça Girolando (p < 0,01 e p < 0,05, respectivamente, para fêmeas e machos). Os testes de olfatometria também mostraram que as moscas são atraídas pelos COVs das amostras de fêmeas e machos da raça Holandesa (p < 0,05 e p < 0,01, respectivamente). Porém, nesse caso, os COVs dos machos foram mais atraentes do que os das fêmeas. Os resultados obtidos com os bioensaios, utilizando-se os COVs da raça Pardo Suíço foram semelhantes àqueles obtidos com a raça Girolando. Já em relação às raças Gir e Nelore verificaram-se que elas não apresentaram efeito sobre o comportamento das moscas, ou seja, as moscas não foram atraídas pelos odores dessas raças, nesse estudo. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESPOSTA OLFATIVA DE CYCLONEDA SANGUINEA AOS VOLÁTEIS EMITIDOS PELA PLANTA BRASSICA JUNCEA SEM DANO E DANIFICADA POR MYZUS PERSICAE. João Fernandes França Júnior - Aline Moreira Dias - Martín Pareja [email protected] Danos causados em plantas por herbívoros podem alterar o metabolismo secundário e consequentemente a produção dos compostos orgânicos voláteis (COVs). Os COVs são responsáveis por mediar interações entre organismos. Os inimigos naturais podem utilizar os COVs para se orientar na busca do hospedeiro/recurso alimentar. Cycloneda sanguinea é um predador generalista tanto na fase jovem quanto na fase adulta, e tem potencial para ser um ótimo agente de controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar a resposta do predador C. sanguinea em olfatômetro tipo Y aos voláteis da planta Brassica juncea sem dano e atacada por Myzus persicae. Os bioensaios foram feitos em olfatômetro tipo Y de 1 cm de diâmetro interno. O tubo Y de vidro foi trocado a cada inseto testado e o lado de apresentação dos odores foi trocado a cada três repetições. Foram feitas 70 repetições para cada tratamento e os insetos foram expostos as seguintes fontes de odores: Planta sem dano vs Ar limpo, Planta danificada por M. persicae vs Planta sem dano. As plantas danificadas foram submetidas ao dano de M. persicae por 72 horas. Foram usados adultos de C. sanguinea, 24 horas sem se alimentar. A resposta foi definida quando o predador C. sanguinea escolhia um dos lados do olfatômetro. A joaninha se orientou para a planta sem dano quando testada contra ar limpo, mas não demonstrou preferência para a planta danificada por M. persicae quando esta foi testada contra uma planta sem dano. Estão sendo realizados bioensaios para testar a atração de C. sanguinea para plantas danificadas pela lagarta de Plutella xylostella, assim como a atração para plantas danificadas por mais de um herbívoro. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESPOSTA OLFATIVA DO PREDADOR CERAEOCHRYSA CUBANA AOS VOLÁTEIS DE MOSTARDA INDUZIDOS POR MYZUS PERSICAE. Sandra Elisa Barbosa Da Silva - João Fernandes França Júnior - Martin Pareja As plantas respondem defensivamente ao ataque de herbívoros produzindo e liberando compostos voláteis que podem ser utilizados pelos inimigos naturais dos herbívoros para se orientarem e localizarem suas presas ou hospedeiros. Dentre os inimigos naturais que podem ser atraídos por voláteis de plantas encontra-se o predador generalista Ceraeochrysa cubana que é predador de diversas pragas agrícolas, tendo, portanto os afídeos como sua presa preferida. Entre esses afídeos, Myzus persicae é uma espécie importante por ser considerada praga em diversas culturas. Compreender como os predadores percebem os voláteis de plantas pode ser crucial para a utilização destes como agentes de controle biológico e para a sobrevivência da planta. Assim o objetivo deste trabalho foi verificar a resposta olfativa de C. cubana aos odores emitidos por plantas de mostarda (Brassica juncea) infestadas ou não pelo herbívoro M. persicae. Fêmeas acasaladas de C. cubana foram submetidas à escolha entre os voláteis provenientes de B. juncea em olfatômetro do tipo Y com as seguintes fontes de odores: planta sem dano vs. ar limpo e planta sem dano vs. planta danificada por M. persicae. As plantas danificadas foram submetidas ao dano de M. persicae por 72 horas. A resposta foi medida como o primeiro braço do Y que o inseto escolhia. Constatou-se que a resposta das fêmeas de C. cubana não diferiu significativamente em nenhuma das combinações. Isto indica que este predador generalista não utiliza de forma inata os voláteis emitidos pelas plantas e possivelmente depende da aprendizagem de sinais químicos da planta para encontrar a presa. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ALCALOIDE OXOAPORFÍNICO ISOLADO DO EXTRATO DE GUATTERIA AUSTRALIS ATIVO CONTRA MELOIDOGYNE INCOGNITA Viviane Aparecida Costa Campos - Dejane Santos Alves - Laene Botelho Lima - Denilson Ferreira Oliveira Segundo dados da literatura e obtidos preliminarmente pelo Grupo de Pesquisas em Produtos Naturais da UFLA, espécies vegetais da família Annonaceae podem influenciar na interação entre nematoides pertencentes ao gênero Meloidogyne spp. e suas plantas hospedeiras. Logo, com vistas a compreender o mecanismo de ação de anonáceas e contribuir para o desenvolvimento de produtos menos onerosos e menos tóxicos ao ambiente e ao homem que os atualmente disponíveis para o controle de fitonematoides, o presente trabalho teve por objetivo selecionar espécie vegetal da família Annonaceae capaz de produzir substâncias ativas contra Meloidogyne incognita, e identificar tais substâncias. Para tanto, folhas, cascas e frutos de espécies da referida família foram secos em estufa a 40º por 48 h ou 72 h, moídos e submetidos à extração com metanol. As fases líquidas obtidas foram concentradas até secura em evaporador rotatório e submetidas à partição entre água e diclorometano (CH2Cl2). Posteriormente, as frações solúveis em CH2Cl2 foram concentradas, liofilizadas e submetidas a testes in vitro com juvenis de segundo estágio (J2) de M. incognita. Cada amostra foi solubilizada em Tween 80 a 0,01g/mL até alcançar a concentração de 1000 µg/mL. Empregaram-se cinco repetições por amostra. Como testemunhas foram utilizados Tween 80 a 0,01 g/mL e o nematicida comercial carbofuran (300 µg/mL). Após 48 h de contato dos J2 com as referidas amostras, contaram-se os nematoides vivos e mortos conforme descrito na literatura1. Os valores obtidos foram convertidos em percentagem e submetidos à análise de variância. As médias foram separadas pelo teste de Scott-Knott (P ≤ 0,05). Observaram-se atividades nematicidas por parte dos extratos provenientes de Annona sylvatica A. St.-Hil (folhas), Annona coriacea Mart. (folhas), Guatteria Australis A. St.-Hil. (cascas), Xylopia sericea A. St.-Hil. (frutos), Duguetia lanceolata St.-Hil. (cascas) e Xylopia brasiliensis Spreng. (cascas), com destaque para aquela oriunda das cascas de G. australis, cujo valor foi estatisticamente igual ao observado para o carbofuran. Uma vez selecionada a fração solúvel em CH2Cl2 de G. australis, foram realizados sucessivos fracionamentos por cromatografia em coluna de sílica gel do tipo flash, o que resultou na purificação de seis substâncias, sendo duas correspondentes a alcaloides aporfínicos. Através de experimentos uni e bidimensionais de ressonância magnética nuclear de hidrogênio e carbono treze, concluiu-se que uma delas se tratava de um alcaloide oxoaporfínico conhecido como lisicamina. Como vários estudos mostram que alcaloides possuem atividade nematicida2, G. australis se mostra promissora para uso no desenvolvimento de novos produtos para o controle de M. incongita. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. APRENDIZAGEM E MEMÓRIA DE TELENOMUS PODISI (HYMENOPTERA: PLATYGASTRIDAE) Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone Mundstock Jahnke O parasitoide de ovos, Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) é um importante agente de controle natural de percevejos e o sucesso de parasitismo está associado à sua destreza na localização do hospedeiro, sendo a aprendizagem e a memória um dos fatores que podem influenciar esta interação. O trabalho objetivou avaliar a capacidade de aprendizagem e o tempo de retenção da memória de T. podisi ao extrato de capim-limão [Cymbopogon citratus (Poales: Poaceae)], em diferentes estágios do desenvolvimento da fase imatura. Ovos de Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) parasitados por T. podisi foram individualizados em tubos de vidro contendo um papel filtro com 5 μL de extrato de capim-limão na concentração de 2,5 μL/mL ou solvente acetona (controle) e mantidos em diferentes estágios do desenvolvimento dos parasitoides. Os períodos de exposição dos ovos ao capim-limão ou acetona foram: a) todo o período de desenvolvimento até a emergência (aproximadamente 12 dias); b) apenas no início (três a quatro dias); c) somente na fase intermediária (seis a sete dias) ou; d) apenas no final (nove a 11 dias) do desenvolvimento do parasitoide. Com exceção do primeiro tratamento, o extrato ou acetona permaneciam com os ovos por 24 horas, sendo então removido do tubo. Após a emergência, fêmeas de T. podisi foram testadas em olfatômetro tipo “Y” contrastando sempre o odor do solvente com o de capim-limão. Fêmeas inexperientes, provenientes de ovos que não foram expostos ao capim-limão ou acetona, foram submetidas aos mesmos odores das experientes. Para avaliar a memória, fêmeas oriundas de ovos que permaneceram em contato com o extrato de capim-limão por todo o desenvolvimento do parasitoide, foram testadas, após 24, 48, 72 e 96 horas de idade ao odor de capim-limão e acetona. Realizou-se, no mínimo, 40 repetições para cada tratamento e cada inseto foi observado por até 10 minutos. Aqueles que não se moveram após 5 min, foram considerados não responsivos. As diferenças nas respostas foram avaliadas pelo Qui-quadrado de heterogeneidade (P < 0,05). As fêmeas inexperientes, aquelas em contato somente com acetona, ou as expostas ao capim-limão no início do desenvolvimento, preferiram o solvente controle (P < 0,05). Os parasitoides que permaneceram em contato com o capim-limão por toda a fase jovem, direcionaram-se preferencialmente para este extrato (66,66%) em comparação ao controle (21,42%) (P = 0,0001). Não foi observada diferença significativa na quimiotaxia de fêmeas quando o extrato foi exposto na fase intermediária ou final do desenvolvimento (P > 0,05). A presença do capim-limão, durante todo o desenvolvimento do parasitoide, inverteu a orientação quimiotáxica inata de T. podisi, fazendo com que o mesmo fosse atraído por este extrato, sendo que este aprendizado se manteve por até 72 horas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. SENSIBILIDADE DE ANTENAS DE APIS MELLIFERA (HYMENOPTERA: APIDAE) AO FEROMÔNIO SINTÉTICO NASANOV E AO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO Patricia Daniela Da Silva Pires - Josué Sant’ana - Ricardo Bisotto Oliveira As abelhas africanizadas (Apis mellifera) são importantes agentes polinizadores. Devido ao seu hábito enxamatório, os apicultores utilizam artifícios para capturar esses enxames sendo o uso de folhas de capim limão em caixas-iscas, uma ferramenta para auxiliar na atratividade assim como o feromônio sintético de Nasanov. Apesar do uso dessa técnica não há trabalhos que comprovem a percepção química desses voláteis pelas abelhas africanizadas. Sendo assim o objetivo do trabalho foi avaliar as respostas eletrofisiológicas de antenas de operárias ao atrativo sintético Nasanov e ao seu análogo natural o óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus (DC) Stapf.). Foram realizadas 15 repetições para cada tratamento, utilizando abelhas africanizadas de colmeias mantidas na Faculdade de Agronomia (UFRGS), Porto Alegre, RS. Abelhas campeiras foram sacrificadas e sua antena direita removida e acoplada entre dois eletrodos para obtenção das respostas eletrofisiológicas. Foram feitas cinco diluições progressivas (0,01; 0,1; 1; 10; 100 μg/μL), além dos compostos puros dos voláteis de capim limão e do feromônio Nasanov e como controle (acetona). Os dados foram comparados através dos testes de Anova para o composto de capim-limão e pelo teste de Kruskal-wallis para o composto de Nasanov. As respostas das antenas das operarias foram dose-dependente para os compostos capim-limão e Nasanov. O limiar de resposta para o extrato de capim limão foi de 100 μg/ μL (P< 0,05) e para o feromônio Nasanov, foi de 10 μg/ μL (P< 0,05). As curvas dose-resposta para ambos os compostos tenderam a se estabilizar, na dosagem de 0,1 μg/μL (capim-limão) e de 1 μg/μL (Nasanov), indicando saturação devido à similaridade estatística entre as doses mais elevadas. Conclui-se que as antenas de operarias campeiras de A. mellifera desencadeiam respostas eletrofisiológicas tanto para o capim limão como por composto da glândula Nasanov, sendo a mais sensível à segunda. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA DE ANASTREPHA FRATERCULUS (WIEDEMANN, 1830) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) AO ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO (CYMBOPOGON CITRATUS). Patricia Daniela Da Silva Pires - Patricia Luciane Gregorio - Monique Caumo - Josue Sant'ana Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) caracteriza-se por ser uma das principais pragas das frutíferas do Brasil. O comportamento dos insetos está relacionado com o seu processo de aprendizado e a sua memoria olfativa. Sendo assim o trabalho objetivou-se avaliar se a exposição prévia ao óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus) altera o comportamento de oviposição de A. fraterculus. Foram utilizados dois grupos de moscas com 28 casais cada, os quais foram confinados, quatro a quatro, em gaiolas plásticas de 16 cm de diâmetro. Um dos grupos foi exposto por 72 horas, no início da fase adulta (até 24 horas após emergência), a um fruto artificial confeccionado com ágar, água e óleo essencial de capim-limão (1 mL de solução (0,5 µL de óleo/mL de água), ou composto por água e ágar (controle). O outro grupo foi exposto, quando atingiu 15 dias de idade, aos mesmos tratamentos pelo mesmo período. Quando os insetos pertencentes a ambos os grupos atingiram 18 dias de idade as fêmeas foram expostas novamente a dois substratos artificiais de oviposição, um contendo o óleo essencial e outro composto apenas por água e ágar. A memória foi avaliada através do número médio de ovos depositados nos substratos referentes a cada tratamento. Os dados foram comparados pelo teste de Kruskal-wallis (α = 0,05). Fêmeas inexperientes depositaram significativamente mais ovos no substrato composto por água e ágar (controle), quando comparado ao confeccionado com óleo essencial (P < 0,0001). Respostas semelhantes foram obtidas quando as fêmeas foram previamente expostas ao substrato controle no início da fase adulta, assim como aos 15 dias de idade (P= 0,009; P< 0,0001, respectivamente). Já, moscas expostas a frutos artificiais contendo óleo de capim-limão por 72 horas, tanto no primeiro dia de vida adulta, quanto aos 15 dias de idade, não apresentaram preferência por nenhum dos tratamentos (P > 0,05). Conclui-se que a exposição prévia de fêmeas de A. fraterculus, com até 24 horas de idade ou aos 15 dias de vida, a substratos artificiais de oviposição contendo óleo essencial de capim-limão, modifica as respostas comportamentais inatas de escolha do substrato. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Posters Resumos Área: ECOLOGIA QUÍMICA DAS INTERAÇÕES MULTITRÓFICAS VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. AVALIAÇÃO DE NANOFIBRAS CONTENDO O INSETICIDA CIPERMETRINA E O FEROMÔNIO SEXUAL SINTÉTICO DE GRAPHOLITA MOLESTA (BUSCK) (LEPIDOPTERA, TORTRICIDAE), EM FORMULAÇÃO ATRAI E MATA Ricardo Bisotto De Oliveira - Bruna Czarnobai De Jorge - Isabel Roggia - Josué Sant`Ana1 E Cláudio Nunes Pereira [email protected] Entre os métodos utilizados pelos fruticultores para o manejo de Grapholita molesta nos pomares está o controle químico, através do emprego de inseticidas fosforados e piretroides, bem como, o uso de feromônios para o monitoramento e controle. Tanto a técnica da confusão sexual quanto a de atrai-e-mata vêm ganhando destaque, sobretudo nos sistemas de produção integrada de frutos, onde existe uma preocupação crescente em se racionalizar e/ou substituir as aplicações de inseticidas. A técnica de atrai-e-mata é uma estratégia de controle que visa atingir somente a espécie alvo utilizando um inseticida e um feromônio, no mesmo dispersor. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a utilização de nanofibras confeccionadas com polímeros biodegradáveis na formulação de iscas atrai-e-mata, em condições de laboratório. Primeiramente foram avaliadas as respostas eletrofisiológicas (EAG) de machos da mariposa-oriental a nanofibras, confeccionadas com dois polímeros de fonte renovável (PCL e PVAc) contendo o feromônio sexual da G. molesta e o inseticida cipermetrina. Posteriormente foram realizados bioensaios para verificar o percentual de mortalidade de machos de G. molesta expostos às nanofibras por diferentes períodos. Não foi verificada diferença significativa entre o tamanho das respostas EAG (Kruskall-Wallis; α=0,05) dos machos da mariposa oriental às nanofibras contendo feromônio + inseticida e nanofibras contendo apenas feromônio (n=14). O percentual de mortalidade dos machos expostos às nanofibras contendo o feromônio sexual e inseticida foi de, aproximadamente, 25; 50; 70 e 85% para os períodos de até ½; 1; 6 e 24 horas (n=27). Serão realizados bioensaios para avaliar as iscas atraie-mata em condições de semi-campo e campo. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EFEITO DE HERBIVORIA MÚLTIPLA NA ATRAÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE JOANINHA GENERALISTA PARA PLANTAS DE PIMENTÃO Mayara Silva Oliveira - Martín Pareja [email protected] Inimigos naturais de insetos herbívoros podem usar compostos orgânicos voláteis (COVs) liberados pelas plantas como dica para encontrar ambientes de forrageio adequados. Quando uma planta é danificada por um herbívoro, ela pode alterar o perfil de COVs liberado, aumentando a atração destes inimigos naturais. Existe evidência de que diferentes herbívoros possam ativar rotas bioquímicas diferentes nas plantas e estas podem ter interações positivas ou negativas entre elas; mas ainda sabemos pouco de como isso pode interferir na atração de predadores. As joaninhas são insetos predadores em todas as fases da vida, sendo predadoras vorazes e possuem alta capacidade de busca. Os pulgões são insetos sugadores, se alimentam do floema. Além dos prejuízos diretos, os pulgões ainda são transmissores de doenças entre as plantas e favorecem o surgimento de fungos, por exemplo, o fungo da fumagina se desenvolve nas folhas de plantas atacadas por pulgões, pois estes excretam “honeydew” que é o substrato para formação do fungo. O trabalho tem como objetivo avaliar a resposta olfativa da joaninha Cycloneda sanguinea para plantas danificadas por mais de uma espécie de pulgão. Foram feitos bioensaios, em olfatômetro em Y, onde serão oferecidas odor de plantas de pimentão sadias e danificadas por Myzus persicae, Macrosiphum euphorbiae ou pelos dois pulgões. A planta foi infestada inicialmente com 100 pulgões de uma mistura de estágios (exceto alado), estes permaneceram na planta por um período de 72 horas. Após esse período, eles foram removidos da planta com o auxílio de um pincel. Todas as plantas utilizadas nos bioensaios foram mantidas em sala climatizada e fotoperíodo de 12 horas. Depois de retirar os pulgões as folhas da planta foram limpas com algodão umedecido em água destilada, e os vasos foram cobertos com papel alumínio para evitar qualquer interferência do “honeydew” ou do substrato. As joaninhas utilizadas nos bioensaios ficaram 24 horas sem alimento antes dos bioensaios. Cada joaninha foi utilizada apenas uma vez, depois foram utilizadas apenas para obtenção de ovos. Nos resultados obtidos até agora, planta sadia versus vaso sem planta, as joaninhas não demonstraram nenhuma preferência; nos bioensaios realizados com planta sadia versus planta danificada com Myzus persicae, foi constatado uma preferência pela planta danificada. Isso pode demonstrar que a planta modifica seu perfil de voláteis quando é atacada por pulgão. Bioensaios estão sendo realizados para determinar se dano pelos dois pulgões de forma conjunta afeta a atração da joaninha. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EFEITO DOS PRODUTOS TRIFLUMUROM E TIAMETOXAN/λ-CIALOTRINA, REGISTRADOS PARA O CONTROLE DE SPODOPTERA FRUGIPERDA NA CULTURA DO MILHO SOBRE FÊMEAS DE DORU LUTEIPES Ana Carolina Maciel Redoan - Carlos Roberto Souza E Silva - Ivan Cruz - Suzan Beatriz Zambon Da Cunha [email protected] Considerada atualmente como eficiente predador de artrópodes-praga, a utilização da Doru luteipes (Scudder) (Dermaptera: Forficulidae) como inimigo natural no controle de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) na cultura do milho (Zea mays L.), tem sido incentivada. Nos últimos anos, uma grande preocupação têm sido os efeitos adversos de pesticidas sobre a saúde e o meio ambiente, o que tem direcionado o desenvolvimento de moléculas inseticidas com maior seletividade a organismos não-alvos, como inimigos naturais de pragas, polinizadores, mamíferos, aves, peixes. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos dos produtos registrados para o controle de S. frugiperda na cultura do milho, triflumurom (24 g i.a./ha) e tiametoxan/λ-cialotrina (26,5/32,5 g i.a./ha), sobre fêmeas do predador D. luteipes com posturas. Logo após a oviposição, trinta fêmeas com 20 a 40 ovos, foram tratadas com os produtos por meio pulverizador pressurizado a CO2, regulado à pressão de 2,6 lb/pol2, acoplado a uma esteira rolante com velocidade constante de 6,2 km/h e provido de bico tipo leque 8003. Como testemunha foi utilizada água destilada. As fêmeas juntamente com seus ovos foram colocadas em placas de petri com 18 cm de diâmetro por 1,5 cm de altura, e mantidas em sala climatizada a 25±2°C, umidade relativa de 70±10% e fotofase de 12 horas. Avaliou-se a mortalidade das fêmeas e a viabilidade dos ovos tratados com os inseticidas. Os inseticidas foram classificados segundo índices propostos pela IOBC/WPRS. Com relação a influência dos produtos o triflumurom matou 23% das fêmeas e foi classificado como inócuo (classe 1); o tiametoxan/λcialotrina apresentou 40% de mortalidade sendo classificado como levemente nocivo (classe 2). Para a viabilidade dos ovos o triflumurom com 5,46%, foi classificado como moderadamente nocivo (classe 3), e o tiametoxan/λ-cialotrina considerado levemente nocivo (classe 2) com 27% de ovos viáveis. O triflumuron apresentou maior toxicidade em ovos e o tiametoxan/λ-cialotrina em adultos. Assim os compostos devem ser avaliados em condições de semicampo e campo para confirmação da toxicidade a esses predadores. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EFICIÊNCIA DE DIFERENTES ATRATIVOS NA CAPTURA DE RINCHOPHURUS PALMARUM EM PLANTIOS COMERCIAIS DE COCO Marcos A. B. Moreira - Nilo Lourival Ferreira Júnior - José Josué Da Silva - Ernesto Espínola Sobrinho [email protected] O estudo objetivou avaliar a eficiência na captura de insetos adultos da broca-do-olho-do-coqueiro, (Rynchophorus palmarum)(Coleoptera:Curculionidade) em pomares comerciais de coco, utilizando-se armadilhas do tipo balde contendo como atrativos partes do fruto do abacaxi e o feromônio rincoferol, dispostos juntos e isoladamente. O trabalho foi conduzido em área de produção comercial de coco pertencente a Agrícola Vale do Mangereba, localizado no município de Lucena-PB, no período de fevereiro a março de 2012. O híbrido utilizado foi PB 121 apresentando 12 anos de idade e espaçado em 7,0 m entre fileira e 7,0 m entre plantas. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três tratamentos e quatro repetições, sendo cada repetição composta por uma armadilha tipo balde com 60 cm de altura por 40 cm de diâmetro superior e 30 cm de diâmetro inferior, onde foram dispostos os respectivos tratamentos os quais foram discriminados como: (T1) armadilhas contendo somente partes do fruto do abacaxi; (T2) armadilhas com abacaxi adicionadas ao feromônio rincoferol) e (T3) armadilhas somente com o feromônio rincoferol. As armadilhas foram espaçadas em torno de 100 m de distância uma da outras e dispostas no interior do pomar. O atrativo alimentar composto por pedaços de frutos de abacaxi foi trocado a cada cinco dias e nesta ocasião, procedia a coleta e a quantificação dos insetos capturados. No final da avaliação 30 dias após a instalação do experimento, foram contabilizados o total de insetos capturados e as médias obtidas foram analisados por meio do teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados mostraram que houve diferenças significativas entre as médias de capturas em que o tratamento correspondente abacaxi adicionado ao feromônio rincoferol, mostrou-se ser diferente quando comparado aos demais, cujas médias de captura não diferiram significativamente entre si. Estes resultados corroboram com trabalhos similares existentes na literatura demonstrando que quando usados juntos o atrativo alimentar e o feromônio de agregação promovem a sinergia entre os odores liberados e potencializam a eficiência na captura dos espécimes. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE CECROPIAPA CHYSTACHYATREC. SOBRE ALFACE LACTUCA SATIVA Carla Karine Barbosa Pereira - João Gomes Da Costa - Cenira Monteiro De Carvalho - João Gomes Da Costa [email protected] A espécie Cecropiapa chystachya Trec., também conhecida pelos nomes de embaúba, umbaúba, imbaúba, embaúva, umbaúba-do-brejo, árvore-da-preguiça, umbaubeira, pau-de-lixa, umbaúbabranca, entre outras, distribui-se desde o México até a Argentina. Como essa planta ocorre com abundância às margens de florestas nativas ou em recomposição destas, provavelmente, deve dominar com facilidade a competição com outras plantas, incluindo espécies vegetais daninhas, seja por interferência direta ou por efeitos alelopáticos. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade alelopática dos extratatos etanólicos da raíz, caule, casca da raíz e casca do caule da C. pachystachya sobre a germinação de sementes de Lactuca sativa. Os extratos etanólicos, preparados a partir do material vegetal seco e triturado, foram solubilizados em água e DMSO (0,1%) na concentração de 1000 mg/mL. Foram utilizados extratos das seguintes partes da planta: raiz, casca da raiz, caule e casca do caule. Assim, o ensaio foi composto por seis tratamentos (as partes da planta, DMSO e água). No bioensaio de germinação, sementes de Lactuca sativa foram acondicionadas em placas de petri, com 30 sementes, forradas com 4 folhas de papel filtro,embebidas na solução teste. Após a adição dos extratos, as placas foram mantidas em sala a 25 °C com fotoperíodo de 12 h, durante 6 dias e avaliadas diariamente. Em todos os bioensaios, cada placa recebeu 7,5mL de extrato ou de água destilada (controle). Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade utilizando o software SAEG. Os resultados obtidos mostraram que não houve diferença significativa entre os diversos extratos quando comparados aos tratamentos controle (água e DMSO). O extrato proveniente da casca do caule foi o que apresentou a menor percentagem de germinação, 88,25%, porém, não diferiu estatisticamente dos demais. Esses resultados evidenciam que a embaúba é uma espécie que pode ser utilizada em reflorestamento ou em recuperação de áreas degradadas combinadas com outras espécies com grande probabilidade de sucesso. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. SÍNTESE ESTEREOSSELETIVA DE FEROMÔNIOS LINEARES, MONOINSATURADOS DE LEPIDOPTERAS José Maurício De Lima Vanderlei - Antônio Euzébio Goulart Santana - Maria Raquel Ferreira De Lima - Sandyane Mívia Dos Santos Melo INTRODUÇÃO A despeito dos avanços no desenvolvimento de técnicas de cultivo das diversas culturas em todo o globo, as pragas continuam sendo obstáculos relevantes ao aumento da produção de alimentos e, consequentemente, ao crescimento econômico. Nesse contexto os lepidópteros têm chamado a atenção devido o elevado número de culturas que infestam. O uso de feromônios surge como uma das diversas ferramentas aplicadas no controle de pragas, minimizando impactos ambientais em sua aplicação, ao mesmo tempo em que reduz danos às culturas e prejuízos econômicos. Nosso grupo tem buscado metodologias para a síntese estereosseletiva desses compostos e dentre eles, os lineares, monoinsaturados, que figuram como coadjuvantes no combate aos lepidópteros que atingem culturas como soja, milho,algodão etc.. Assim, nosso objetivo é sintetizar compostos que se apresentem em misturas feromonais de diversas espécies de lepidópteros em alto rendimento. METODOLOGIA As metodologias empregadas estão fundamentadas no uso de superbase (n-butil lítio, 2,5 mol/L) como agente de formação de carbânions, catalisador de Lindlar para redução estereosseletiva e proteção da hidroxila da haloidrina. A reação de proteção da hidroxila alcoólica e a desprotonação do alcino, para posterior acoplamento, foram realizados em atmosfera de nitrogênio e condições rigorosamente anidras. As reações de desprotonação do alcino e homoacoplamento foram realizadas a – 78 ºC.O 1-tetrahidropiranil (aduto) gerado foi, então, submetido a hidrólise em metanol na presença de pTSA (Ácido para-toluenosulfônico). A redução do aduto para a conversão da ligação tripla em dupla do tipo “Z” foi obtida por hidrogenação catalítica (Lindlar).Por fim, procedeu-se a esterificação com anidrido acético ou oxidação da hidroxila a aldeído, com PCC. RESULTADOS Neste trabalho foram sintetizados (Z)-7-dodecen-1-ol, (Z)-9-tetradecen-1-ol,(Z) -9-tetradecenal, (Z)-11-hexadecen-1-ol, (Z)-11-hexadecenal,Acetato de (Z)-11-hexadecenila com rendimentos parciais que variaram de 71-91% e com tempos de reações de 2,5-4,0 horas. As estruturas foram confirmadas através da análise dos espectros de massa, FT-IR, RMN 1He 13C. CONCLUSÃO Apesar de a metodologia mostrar-se eficiente para a síntese dos compostos citados, apresentando um bom rendimento, esforços têm sido feitos para aprimorá-la e dentre eles, a eliminação dapiranilação que aumenta onúmero de etapas na rota sintética. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EXPRESSÃO GÊNICA E VOLÁTEIS INDUZIDOS PELA HERBIVORIA DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (J. E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM MILHO, ZEA MAYS L. (POACEAE) Laura Silveira Drummond Moreira - Islam S. Sobhy - Natalia Naranjo; Marcio De Castro Silva Filho - Daniel Scherer De Moura;José Maurício Simões Bento [email protected] Em resposta aos danos ocasionados pela herbivoria, as plantas emitem voláteis que constituem sinais químicos importantes para a atração de inimigos naturais dos herbívoros. Estes voláteis são majoritariamente terpenoides e são sintetizados a partir de cascatas bioquímicas que podem alterar a expressão dos genes envolvidos na resposta a tal dano. Este trabalho analisou os perfis de expressão de quatro genes de milho, Zea mays, e também seu perfil de emissão de voláteis em resposta à herbivoria de lagartas de Spodoptera frugiperda ao longo do tempo. Os genes analisados foram Terpeno Sintase 23 (TPS23), Terpeno Sintase 10 (TPS10), Sesquiterpeno Ciclase 1 (STC1) e Lipoxigenase 10 (LOX10) por estarem envolvidos na produção de compostos voláteis que atraem parasitoides de S. frugiperda. Utilizando a técnica de PCR em tempo real (qRT-PCR) foram verificadas respostas no nível da expressão gênica das plantas submetidas à indução por herbivoria. Os voláteis foram extraídos e analisados por meio de GC-MS. Além disso foi calculada a área de consumo foliar das lagartas ao longo do tempo (0-10h) visando comparar esses dados com a expressão dos genes. O consumo foliar foi crescente e constante até as 10h. Houve um aumento na quantidade de voláteis em plantas de milho Zea mays após 2 e 8h de herbivoria realizada por S. frugiperda quando comparadas com as plantas intactas. Muitos compostos aumentaram sua emissão no intervalo de 8h após a herbivoria por S. frugiperda comparativamente com o intervalo de 2h. Foi o caso dos compostos (Z)-hexen-1-ol, (Z)-3-Hexenil acetato, Fenil-metil acetato, Indol, Beta-bergamoteno e (E)-beta-farneseno. O Cariofileno foi o único composto volátil quantificado a apresentar maior emissão no horário 2h em relação ao que foi detectado 8h após o início do experimento. Nenhum dos compostos foi detectado significativamente em t=0, antes do início da herbivoria pela lagarta. A herbivoria induziu a expressão dos genes. Essa expressão variou ao longo do tempo conforme incrementava a alimentação. LOX10 teve um aumento na expressão às 3h, seguido do STC1 às 6h e dos TPS23 e TPS10 às 10h. Os resultados fornecem bases para o entendimento dos mecanismos endógenos responsáveis pela liberação de voláteis nas plantas visando o estabelecimento de novos fundamentos para o controle biológico de pragas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. SÍNTESE DO FEROMÔNIO SEXUAL DO BESOURO DA RAIZ DA CANA-DE-AÇÚCAR, MIGDOLUS FRIANUS (COLEOPTERA: CERAMBYCIDAE) Vanderson Barbosa Bernardo - Maria Raquel Ferreira De Lima - Antônio Euzébio Goulart Sant'ana [email protected] INTRODUÇÃO: O coleóptero Migdolus frianus representa uma importante ameaça à cultura de cana-de-açúcar no centro-sul do país. Suas larvas se alimentam da raiz da planta e o inseto passa a maior parte de sua vida no subsolo, o que torna seu controle por meio de pesticidas um desafio (J Chem Ecol 18:245, 1992; Synthetic Communications 31:3685, 2001). Neste contexto, o uso de feromônios como alternativa para o controle desta praga ganha força, impulsionando o crescimento do interesse na síntese de tais compostos. OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo propor uma rota sintética de alto rendimento e baixo custo para a 2’-metilbutil-2-metilbutilamida, feromônio sexual do coleóptero M. frianus. METODOLOGIA: Em um balão acoplado a um condensador, foram adicionadas quantidades equimoleculares de 2-Metilbutilamina e de ácido 2-Metilbutanóico e a água formada foi retida em peneira molecular (4 Ǻ). A mistura reacional foi mantida em banho de óleo a 150 ºC por 4 horas. O produto foi filtrado com acetato de etila e concentrado em evaporador rotatório. O produto foi analisado e sua estrutura confirmada por CG/MS, FT-IR, RMN 1H e 13C. RESULTADOS: A síntese da amida foi realizada através de reação direta entre ácido carboxílico e amina. Diferentes temperaturas e tempos reacionais foram avaliados e a metodologia descrita acima apresentou o melhor resultado, com a obtenção de um único produto, confirmado pelo cromatograma, e consumo total dos reagentes. A reação levou à formação não estereosseletiva da 2’-metilbutil-2-metilbutilamida e a estrutura foi confirmada através de seu perfil de fragmentação no espectro de massas e dos dados espectroscópicos (FT-IR, RMN 1H e 13C). CONCLUSÃO: O método utilizado se mostrou eficiente para síntese, apresentando elevado rendimento reacional em uma única etapa. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS PARA EXTRAÇÃO DO FEROMÔNIO SEXUAL DE GYMNANDROSOMA AURANTIANUM Camila Serra Colepicolo - Favaris, A.P. - Zazycki, L.C.F. - Kuss-Roggia, R.C.R. [email protected] O bicho-furão-do-citros, Gymnandrosoma aurantianum, (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae), é uma praga de grande importância para a cultura dos citros, ocasionando perdas de até 50% dos frutos, exigindo elevados custos para seu controle. O presente trabalho teve como objetivo comparar a qualidade e abundancia relativa do feromônio sexual do bicho-furão-do-citros, G. aurantianum, obtidas a partir de fêmeas virgens vivas, congeladas por 48 horas e congeladas por 30 dias. Os insetos foram criados em dieta artificial e seu feromônio obtido por meio da extração direta em solvente (hexano). As fêmeas de G. aurantianum com 2 dias de idade (n=387) foram anestesiadas usando CO2 e posteriormente separadas aleatoriamente em três grupos: (i) Fêmeas virgens vivas, (ii) fêmeas virgens congeladas durante 48 horas, e (iii) fêmeas virgens congeladas durante 30 dias (-30° C). Os extratos brutos foram obtidos a partir da excisão dos dois últimos segmentos do abdome nos três tratamentos perfazendo 1 (um) equivalente/fêmea. A análise dos extratos foi realizada por meio de cromatografia gasosa acoplada a um eletroantenógrafo (GC/EAD), utilizando o software EAG (Syntech), injetando 1µL de amostra e observando a resposta da antena dos machos. A abundância relativa foi calculada a partir do uso do hidrocarboneto de referência pentadecano. A resposta da antena dos machos foi avaliada por meio da análise em GC/EAD, onde foi possível observar a presença de dois compostos presentes em todos os extratos no mesmo tempo de retenção. Quando comparada a abundância relativa dos compostos entre os tratamentos, os extratos de fêmeas congeladas (48h e 30 dias), tiveram uma significativa redução em relação as fêmeas virgens, contudo ainda assim houve resposta da antena dos machos de G. aurantianum, indicando a manutenção qualitativa da amostra. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES SISTEMAS DE AERAÇÃO: IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS SEUS CONTAMINANTES VOLÁTEIS Thyago Fernando Lisboa Ribeiro - Wbyratan Luiz Silva - Jaim Simões Oliveira - Antônio Euzébio Goulart Sant'ana [email protected] A aeração está entre os métodos mais utilizados para coleta de metabólitos orgânicos voláteis (MOVs). Neste método geralmente são utilizadas câmaras de vidro, pois apresentam baixos níveis de compostos contaminantes e uma boa estabilidade para coleta dos MOVs liberados por plantas ou insetos. No entanto, as câmaras confeccionadas em vidro apresentam alto custo, além de serem inadequadas para coletas no campo, pois são frágeis, de difícil manuseio e podem ser facilmente danificadas. No intuito de encontrar sistemas que se adaptem as realidades das coletas no campo e de baixo custo, surgiram às sacolas plásticas que podem ser usadas nas mais diversas ocasiões, seja no campo ou em laboratório. O presente trabalho comparou diferentes sistemas de aeração, identificando e quantificando seus contaminantes voláteis, além de avaliar qual dentre os quatro sistemas testados apresenta uma boa recuperação dos MOVs, utilizando como padrão químico a cis-jasmona. Entre os sistemas comparados estão duas sacolas plásticas, uma da marca Qualitá, de fabricante nacional; e outra da marca Cooking Bags, de um fabricante internacional e um tubo polipropileno foram comparados com o padrão a câmara de vidro. Todos os experimentos foram realizados em triplicata. As análises foram realizadas por CG/DIC e CG/EM. Entre os três sistemas testados, a sacola da marca Qualitá foi o que obteve o menor número de contaminantes, 8 compostos comparados aos 23 compostos presentes na sacola “Multiuse Cooking Bags” e os 33 compostos no tubo polipropileno; e também, uma quantidade total menor de contaminantes (ng totais). Assim, a sacola da marca Qualitá pode ser usada em substituição à sacola importada “Multiuse Cooking Bags”, para a coleta de MOVs, evitando a necessidade de importação e, consequentemente diminuindo os custos do processo. Cabe salientar ainda que nas sacolas, os contaminantes não apresentaram-se significativos ao ponto de dificultar a detecção dos picos de interesse. O tubo de polipropileno foi o sistema com a maior quantidade de contaminantes, sendo assim não recomendado para a coleta de voláteis. Os sistemas testados não mostraram diferença significativa na recuperação de cis-jasmona, em relação ao padrão (câmara de vidro) sendo obtidos os valores em microgramas 39 ± 13, 82 ± 40, 94 ± 55 e 57 ± 39 para a câmara de vidro, tubo de polipropileno, sacola Qualitá e sacola Cooking Bags, respectivamente. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS QUÍMICOS EM VIVEIROS DE CULTIVO DE CAMARÃO MARINHO EM AMBIENTE HIPERSALINO Lourdes Bernadete Santos Campos - Terezinha Lúcia Dos Santos - Emerson Eduardo Silva De Moura - Pablo Lúcio Rubim Costa Dos Santos O camarão marinho Litopenaeus vannamei vem sendo cultivado no nordeste brasileiro, se destacando como atividade econômica bastante representativa. Os métodos de cultivo adotados pelos produtores se caracterizam pelo uso de fertilizantes para estimular o crescimento do fitoplâncton, e oferta de ração para favorecer a produtividade. Em decorrência desse manejo ocorrem alterações nos parâmetros químicos da água do viveiro, gerando efluentes que podem modificar as características dos corpos receptores. No presente estudo foram monitorados parâmetros químicos da água de um cultivo do camarão L. vannamei com o objetivo de avaliar as alterações ambientais ocorridas ao logo do cultivo. Semanalmente foram coletadas amostras de água do abastecimento; e do viveiro, para análises dos seguintes parâmetros: clorofila a, nitrito, nitrato, ortofosfato, silicato, amônia, turbidez, oxigênio dissolvido, pH e temperatura. A clorofila a foi determinada por meio de análise espectrofotométrica. Os parâmetros, nitrito, nitrato, silicato, amônio, fosfato, turbidez e sólidos foram determinados pelos métodos: colorimétrico, redução de cádmio, molibdosilicato, nesslerização, ácido ascórbico, nefelométrico e gravimétrico, respectivamente; o oxigênio dissolvido, pelo método de Winkler modificado; o pH e a temperatura foram através de leitura direta. A clorofila a variou de 4,59 a 120,27mg.L-1 no abastecimento e 11,50 a 144,0mg.L-1 no viveiro. Os níveis da temperatura da água no viveiro oscilaram de 27,8 a 32,6°C, enquanto que no abastecimento variou de 28,1 a 33,5 °C. Os valores mínimo e máximo do pH no viveiro foram 8,2 e 9,4 e de 8,0 a 8,8 no abastecimento. O oxigênio dissolvido variou de 4,23 a 6,87mg.L-1 e 4,88 a 6,87mg.L-1 no viveiro e abastecimento respectivamente. A turbidez variou de 2,5 a 13,0 UNT no abastecimento e no viveiro de 6,0 a 23,4 UNT. Os valores de ortofosfato, nitrito e amônia e sílica no viveiro variaram de: 0,009 a 0,049; 0,003 a 0,019; 0,00 a 0,068; e 0,3 a 3,38 mg.L- respectivamente, sendo similares aos registrados na água do abastecimento, enquanto que o nitrato no abastecimento (2,07 mg.L-1 N) foi superior ao do viveiro (1,99mg.L-1 N). As concentrações de sólidos suspensos na água do viveiro variaram de 11 a 199mg.L-1, enquanto que no abastecimento variaram de 60 a 115mg.L-1. De acordo com os dados registrados ao longo do cultivo verificou-se que a turbidez, clorofila e sólidos suspensos foram os parâmetros que apresentaram maior variação, no entanto este aspecto foi registrado para os dois ambientes. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ATRATIVIDADE DE COLEOBROCAS ASSOCIADAS A DIFERENTES GENÓTIPOS COMERCIAIS DE COQUEIRO INFECTADOS PELA RESINOSE NO NORDESTE Marcos A. B. Moreira - Maria Cléa Santos Alves - Rui Sales Júnior [email protected] Foram realizados levantamentos durante o ano de 2012 em diversas áreas de cultivo comercial de coco (Cocus nucifera) abrangendo o genótipo anão-verde-do-Jiqui e híbridos comerciais PB 111 e PB 121, localizados nos municípios de Arês-RN, Lucena-PB e Bom Jardim-PE, objetivando identificar a predisposição hospedeira destes acessos genéticos de coqueiro frente a interação da relação tritrófica planta-hospedeira, (variedade e híbridos) patógeno (doença da resinose) e coleobrocas presentes nas plantas infectadas. Para a identificação do agente fitopatogênico, foram efetuados cortes dos tecidos caulinares e do estipe das plantas supostamente infectadas e conduzidos para isolamento/identificação do patógeno no laboratório de fitossanidade da UFERSA. Para a identificação de possíveis agentes bióticos responsáveis pela disseminação desta enfermidade foram efetuadas coletas de larvas, pupas e adultos de diversas espécies de coleobrocas associadas aos genótipos de coqueiro infectados para constatar se os propágulos do fitopátogeno estavam presentes nos corpos dos insetos. Insetos adultos foram coletados em armadilhas e dissecados para verificar a presença de propágulos reprodutivos do suposto agente fitopatogênico nos tecidos segmentares destes insetos. Plantas de diferentes genótipos foram avaliadas quanto à severidade dos danos da doença e a predisposição ao ataque das coleobrocas. Em relação ao agente fitopatogênico, constatou-se tratar-se do fungo Thielaviopsis paradoxa, agente etiológico causador da doença vulgarmente conhecida por resinose e dentre os fatores bióticos, foram constatadas a presença de esporos do fungo desta doença em várias partes do corpo de várias coleobrocas as quais estão diretamente responsáveis pela disseminação desta doença nestas áreas comerciais de produção com destaque para Rynchophorus palmarum, Rhinostomus barbirostri e Metamasius hemipterus os quais favorecem a dispersão do patógeno para plantas sadias e para outras áreas de produção. Dentre os genótipos de coqueiro, constatou-se que a variedade anã-verde-do-jiqui é a que apresentou maior suscetibilidade a infecção da resinose e, consequentemente, a mais preferida pelas coleobrocas, principalmente R. palmarum, M. hemipterus. Entre os híbridos, constatou-se que o PB 111 foi o que apresentou mais suscetibilidade a doença e o mais atacado por R. barbirostris enquanto o híbrido PB 121 apresentou ser o mais tolerante e, consequentemente o menos infestado pelas coleobrocas. Associa-se que o voláteis liberados das plantas infectadas pela resinose atraem as coleobrocas para as infestações nestas plantas e que o monitoramento/controle destas espécies e o tratamento das plantas infectadas minimizam os danos destas brocas na cultura do coqueiro. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INFLUÊNCIA DO HOSPEDEIRO DE ORIGEM NO COMPORTAMENTO DE BUSCA DE TELENOMUS PODISI (HYMENOPTERA: PLATYGASTRIDAE) AO FEROMÔNIO SEXUAL SINTÉTICO DE TIBRACA LIMBATIVENTRIS (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) Roberta Tognon - Josué Sant'ana - Simone Mundstock Jahnke [email protected] O parasitoide de ovos, Telenomus podisi é um importante agente de controle natural de pentatomídeos e seu sucesso de parasitismo está relacionado à localização do hospedeiro. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do hospedeiro de origem no comportamento de busca e parasitismo de T. podisi ao feromônio sexual sintético (Zingiberenol) de Tibraca limbativentris (TL). Foram avaliadas fêmeas acasaladas de T. podisi, com 48 horas de idade, oriundas de ovos de TL coletados em lavouras de arroz, ou emergidas de ovos de Euschistus heros (EH) provenientes de uma criação de laboratório. Os testes foram conduzidos em olfatômetro tipo “Y” e os insetos submetidos à escolha entre feromônio sexual de TL, na concentração 0,001 μg/μL ou hexano (controle). Na extremidade dos braços do olfatômetro foi adicionado um papel filtro de 4 x 15 cm, dobrado em forma de gaita, contendo 5 μL de cada solução. Realizou-se, no mínimo, 42 repetições e cada inseto foi observado por até 10 minutos. Aqueles que não se moveram após 5 min, foram considerados não responsivos. Avaliou-se o percentual de parasitismo de T. podisi (provenientes de EH) em ovos do mesmo pentatomídeo, em condição de semicampo, na presença ou não do feromônio sexual de TL, na concentração descrita anteriormente. O experimento foi realizado em uma gaiola (0,9 x 0,9 x 2,0 m) estabelecida em ambiente aberto e, dentro desta, foram dispostas quatro plantas de arroz, com aproximadamente 30 cm de altura, em potes plásticos de 500 mL. Os ovos de EH (n= 20) foram colados em uma cartela de papel e esta fixada em um suporte de madeira de 30 cm dentro do vaso, próximo à planta. Ao lado da postura foi colado um papel filtro de 4 x 15 cm, dobrado em forma de gaita no qual era adicionado 10 μL do feromônio sexual sintético de TL ou do solvente hexano (controle). Realizou-se um total de 15 repetições. As diferenças nas respostas foram avaliadas pelo Qui-quadrado de heterogeneidade (P < 0,05). Fêmeas oriundas de ovos dos dois heterópteros responderam mais ao feromônio sexual do que ao hexano (controle) (P < 0,05). Não houve diferença quimiotáxica significativa ao feromônio, em testes de olfatometria, para parasitoides oriundos de ambos hospedeiros. A presença do feromônio sexual de TL junto a posturas de EH, em bioensaios de semicampo, propiciou um maior sucesso de parasitismo (68,16%) de T. podisi oriundos de ovos de EH em relação ao hexano (44,5%) (P=0,0001). O conhecimento da interferência dos fatores que intermediam a comunicação hospedeiro-parasitoide pode auxiliar em programas de controle biológico, possibilitando maior adequação e confiabilidade na utilização desta ferramenta com o uso de T. podisi. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Pôsteres Resumos ÁREA: GENÔMICA E ECOLOGIA QUÍMICA VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EPILACHNA PAENULATA: CHEMISTRY AND FUNCTIONAL STUDIES ON PUTATIVE KAIROMONES FROM HOST PLANTS Carmen Rossini - Castillo, L - Davyt, B - Deagosto, E; Díaz, M; Fernández, P [email protected] The ecological relationships among phytophagous and their host plants mediated by semiochemicals have been the source of many studies in the field of Chemical Ecology, particularly in the case of specialist insects feeding on plants that are chemical defended. Epilachna paenulata (Coleoptera: Coccinellidae) is a specialist on cucurbits that was used in this study to assess how this beetle finds its host plants. Through a combination of bioassays and chemical characterizations we are now investigating on the token stimuli used by E. paenulata to choose its food plants. Volatile clues (tested by Y-olfactometry) seem to comprise clues for females to choose their optimum oviposition places: mated females were repelled by damaged plants but they showed no preference when given the option between undamaged plants and a negative control (significance at p < 0.05 was found for first arm choice -2 test- and entry number and time of residence - Wilcoxon Rank tests). Initial comparisons by GC-MS among volatiles from damaged and undamaged plants suggest that octen-3-ol secretion may be increased by the damage indicating perhaps its role in the change of female behavior. At the same time, choice-bioassays in Petri dishes where insects (adults and 3rd-instar larvae) were offered leaf discs of two Cucurbitaceae host plants (Cucurbita maxima and C. moschata) showed a preference toward C. moschata (p < 0.05, Wilcoxon Rank tests). Preliminary results by GC-MS and HPLC analyses showed differences on the metabolic profiles of these two plants. Future studies will focus on possible correlations between these two observations, but also on possible variation in the insect performance on different Cucurbita species. Further, HPLC analyses show the presence of cucurbitacins in the leaf extracts. Cucurbitacins are well known plant allomones which are present in members of the family Cucurbitaceae. Our future work in this matter includes the induced damage (by an herbivore or mechanical) and its correlation to the variation in the concentration of cucurbitacins in leaves. Consequently, we expect to generate basic information that not only will expand our knowledge of local biota, but also will provide data that could be used in future management techniques in organic production, where E. paenulata constitutes a health issue. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. PROTEÍNAS CARREADORAS DE OXIESTEROIDES COMO POSSÍVEIS ALVOS DA AÇÃO CONTRA ALTERNARIA ALTERNATA PELO β-SITOSTEROL PRODUZIDO POR ANADENANTHERA COLUBRINA Denilson Ferreira De Oliveira - Viviane Aparecida Costa Campos - Fabiano José Perina Eduardo Alves [email protected] Com vistas a contribuir para elucidar o mecanismo de ação da espécie vegetal Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (Fabaceae) contra o fungo Alternaria alternata (Fr.) Keissler, que ataca várias espécies de citros, submeteu-se o extrato vegetal da mencionada planta a fracionamentos direcionados por testes in vitro com o referido fungo. Tal procedimento permitiu isolar uma substância ativa contra A. alternata, a qual foi atribuída a estrutura do β-sitosterol após experimentos uni e bidimensionais por espectroscopia de ressonância magnética nuclear de hidrogênio e de carbono treze. Como o β-sitosterol possui estrutura bastante similar ao ergosterol, que se trata de um esteroide de fundamental importância para a maioria dos fungos, realizaram-se buscas no RCSB Protein Data Bank por estruturas tridimensionais de proteínas complexadas ao ergosterol ou análogos. Com isto, foi possível selecionar as proteínas carreadoras de oxiesteroides (oxysterol binding protein – OSBP), que estão envolvidas na homeostase de esteróides e na transdução de sinais. Várias buscas computacionais foram realizadas nos genomas de fungos dos gêneros Alternaria, Aspergillus, Fusarium e Sclerotinia, o que permitiu verificar que em todos se observavam sequências de aminoácidos com alto grau de similaridade em relação às OSBP’s. Como as estruturas tridimensionais de OSBP’s produzidas por fungos fitoparasitas ainda não tinham sido descritas, utilizaram-se aquelas produzidas por Saccharomyces cerevisiae, disponíveis no RCSB Protein Data Bank, como modelos para a próxima etapa do trabalho, já que suas sequências de aminoácidos eram similares às de fungos fitoparasitas segundo as buscas realizadas em seus genomas. Logo, várias estruturas esteroidais foram computacionalmente ancoradas nos sítios de ligação das OSBP’s de S. cerevisiae, o que permitiu observar que as afinidades do β-sitosterol e do ergosterol pelas proteínas eram da mesma ordem de grandeza. Tal resultado sugere que o β-sitosterol pode competir pelas OSBP’s, afetando o desenvolvimento fúngico. Também se observou que substâncias reconhecidamente ativas contra Candida albicans e Aspergillus niger apresentavam afinidades pelas OSBP’s em torno de -14 kcal/mol, enquanto nas mesmas condições os valores observados para o ergosterol estavam em torno de -12 kcal/mol. Ou seja, os resultados computacionais estão de acordo com os dados experimentais. Em decorrência do exposto, conclui-se que o componente ativo do extrato de A. colubrina responsável pela atividade contra A. alternata é o β-sitosterol que, segundo os resultados dos cálculos computacionais, liga-se às OSBP’s do fungo, impedindo o seu desenvolvimento. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. IDENTIFICAÇÃO E ATIVIDADE QUIMIOTÁXICA DA SECREÇÃO DEFENSIVA DE ALPHITOBIUS DIAPERINUS PANZER (COLEOPTERA:TENEBRIONIDAE) Marla Juliane Hassemer - Josué Sant'ana - Maria Carolina Brassioli De Moraes - Márcio Wandré De Morais Oliveir [email protected] Conhecido popularmente como “cascudinho-dos-aviários”, o Alphitobius diaperinus é uma importante praga para a avicultura industrial. Neste contexto, estudos relacionados a ecologia química podem ser uma ferramenta no manejo desta praga. Este trabalho teve como objetivo identificar e quantificar a secreção defensiva de A. diaperinus, bem como, verificar as respostas comportamentais de fêmeas e machos a estes compostos. Os compostos defensivos de A. diaperinus foram obtidos através da dissecação, com o auxílio de uma pinça, das glândulas abdominais localizadas entre o sétimo e oitavo urosternito de fêmeas e machos. Dez pares de glândulas foram imersas em 500 μL de Hexano e extraídas durante 1 hora. Em seguida, o extrato foi filtrado e pré-concentrado a 50 μL para as análises cromatográficas e 100 μL para os bioensaios. Os extratos (sete/sexo) foram analisados por CG-DIC para análise quantitativa utilizando o método de padrão interno e extratos selecionados de cada sexo foram analisados por CG-EM para identificação dos compostos. Os ensaios comportamentais foram realizados usando extratos de machos e fêmeas como fonte de odor em olfatômetro de quatro escolhas, tipo arena (22 cm de comprimento e largura, 1,5 cm de diâmetro). Em três braços do olfatômetro foram utilizados papel de filtro com 10 μL do extrato contendo os compostos das glândulas de fêmeas, e no quarto braço do olfatômetro, o controle (10 μL de Hexano). Fêmeas e machos (n= 40/sexo) foram liberados individualmente no centro do olfatômetro e o comportamento dos mesmos foi avaliado por cinco minutos. O mesmo procedimento foi realizado para o extrato contendo os compostos das glândulas de machos. Os dados cromatográficos foram analisados utilizando o teste t para comparação das médias das concentrações de cada composto identificado e os comportamentais, pelos testes de Friedman e Wilcoxon para múltiplas comparações, através do R software®. Foram identificados 27 compostos nas glândulas de A. diaperinus, não havendo diferenças quali e quantitativas entre os sexos. Os compostos majoritários foram as quinonas metil- e etil-1,4-benzoquinona, seguido de monoterpenos, sesquiterpenos e compostos cíclicos insaturados. Nos bioensaios, tanto fêmeas quanto machos responderam de forma significativa para o controle (p<0,05) em ambos os extratos, evidenciando o comportamento de repelência provocado pelos extratos das glândulas. Bioensaios estão sendo conduzidos com as quinonas sintéticas para avaliar se estas são as responsáveis pela repelência observada e se há influência da concentração destes compostos no comportamento de A. diaperinus. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE ANONÁCEAS SOBRE O FEIJÃO CAUPI VIGNA UNGUICULATA Edjane Pires Vieira - Cenira Monteiro De Carvalho - Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves João Gomes Da Costa [email protected] O gênero Annona pertencente à família Annonaceae tem sido muito pesquisado devido ao isolamento e caracterização de diversas classes de substâncias com atividades químicas e farmacológicas. Trabalhos realizados com algumas espécies desse gênero têm mostrado efeito alelopático. Dessa forma esse trabalho teve como objetivo estudar o efeito alelopático de extratos etanólicos das folhas de Annona squamosa, A. reticulata e A. muricata na germinação e desenvolvimento inicial de caupi (Vigna unguiculata). Para isso, foram testadas cinco concentrações de cada extrato de cada espécie (20, 40, 60, 80 e 100%) além do controle (água). O experimento foi instalado em ensaio fatorial envolvendo três espécies e cinco concentrações em um delineamento inteiramente casualisado. Os resultados obtidos mostraram que os extratos das três espécies estudadas apresentaram efeito inibitório sobre a germinação e desenvolvimento inicial do feijão caupi. As concentrações que apresentaram os maiores efeitos foram: A. squamosa (20 e 60%), A. muricata (20 e 40%) e A. reticulata (60 e 100%). Destas as concentrações a 20% de A. squamosa, a de 40% de A. muricata e a de 100% de A. reticulada foram as que inibiram completamente a germinação das sementes do feijão caupi. Estes resultados demonstram o potencial que essas espécies apresentam como detentoras de moléculas candidatas a futuros bioherbicidas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. DIVERSIDADE GENÉTICA E FEROMONAL DE POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE Luiza Cristiane Fialho Zazycki - Kuss-Roggia, R. C. R. - Colepicolo, C. S. - Sartori, L. C. [email protected] Considerada a principal praga do milho no Brasil, Spodoptera frugiperda apresenta um alto potencial de dano, consequência de sua elevada polifagia e plasticidade fenotípica. Assim, a compreensão da variação genotípica aliada às diferenças feromonais, é de suma importância para estabelecer estratégias de monitoramento da população e consequentemente a eficácia de controle desta praga. A variabilidade genética intra e inter populacional de S. frugiperda foi estudada através da amplificação de um fragmento de Citrocomo oxidase I (953 bases), o qual foi sequenciado bidirecionalmente e posteriormente comparados através do software Arlequim. Os extratos foram obtidos através da excisão da glândula produtora de feromônio das fêmeas e comparados entre as cinco localidades amostradas, através do software GC_Solution. Os extratos pertencentes ao haplótipo dominante (H1) de diferentes localidades tiveram sua abundância relativa calculada através do uso de um hidrocarboneto de referência. No que se refere aos estudos da variabilidade genética, foram caracterizados 79 haplótipos, sendo um deles H1 considerado dominante por abrigar 48 das 204 sequências analisadas. Dentro desse haplótipo, quando analisado o extrato das distintas localidades foi possível perceber variação na abundância do composto majoritário da mistura feromonal de S. frugiperda, denotando variabilidade feromonal dentro da espécie no Brasil. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EFEITO FITOTÓXICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS NAS LINHAGENS SELVAGEM E MUTANTE SUR1 DE ARABIDOPSIS THALIANA Ângela Pawlowski - Joséli Schwambach - Cláudia Alcaraz Zini - Geraldo Luiz Gonçalves Soares [email protected] Arabidopsis thaliana Heynh. é uma planta modelo em estudos bioquímicos, fisiológicos e moleculares devido ao seu ciclo de vida curto e amplo conhecimento disponível, incluindo o genoma sequenciado e a caracterização de uma grande quantidade de mutantes. A espécie tem se mostrado útil em estudos de enraizamento adventício, além de ser sensível a vários aleloquímicos. O mutante sur1 apresenta superprodução de auxina, permitindo um excesso de proliferação de raízes laterais. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do óleo essencial (OE) de Schinus terebinthifolius Raddi no enraizamento de duas linhagens de A. thaliana (ecótipo Columbia): selvagem e mutante sur1. Sementes de A. thaliana foram desinfestadas, distribuídas em placas de Petri contendo 0,8% (m/v) de ágar, 3% de sacarose e MS 0,1x, vernalizadas (2 dias; 4 °C; escuro), e germinadas em sala de cultivo (20 °C ± 2 °C, 16 hs luz e irradiância de 37 µmol/m2sec). Após 7 dias, 10 microestacas foram obtidas e OE (1µL, 2µL, 3µL, 4µL e 5µL) foi aplicado em papel filtro fixado à tampa da placa, de modo a evitar o contato direto entre as microestacas e os voláteis. Cada tratamento foi realizado em 4 repetições. As microestacas permaneceram expostas ao OE durante 7 dias. Os parâmetros avaliados foram: tempo médio de enraizamento (TME), porcentagem de microestacas enraizadas (%E), número de raízes por microestaca (NR) e comprimento da maior raiz (CR). O OE afetou o processo de enraizamento de ambas as linhagens de modo similar. Para o TME, observou-se um efeito dosedependente. Comparado com o controle, o tratamento com 5µL retardou o enraizamento em aproximadamente 1 dia. Entretanto, para a %E, nenhum dos tratamentos foi afetado pelo OE (100% de enraizamento). O OE também não afetou o NR em ambas as linhagens, mas inibiu significativamente o CR. No selvagem, observou-se uma redução de 25% para os tratamentos com 1 e 2 µL e aproximadamente 50% para 5 µL. No mutante, também comparado com o controle, o tratamento com 2 µL reduziu em 26% o CR e os tratamentos com 3, 4 e 5 µL reduziram em mais de 55% o mesmo parâmetro. Os resultados evidenciam o efeito fitotóxico do OE de S. terebinthifolius na formação das raízes adventícias das linhagens selvagem e mutante de A. thaliana. Uma vez que os resultados foram semelhantes para ambas as linhagens, é possível que os voláteis atuam interferindo a ação da auxina, fitormônio essencial ao processo de formação de raízes. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EVIDENCE FOR A SEX PHEROMONE IN PSEUDOCOCCUS MERIDIONALIS (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE) M. Fernanda Floes - J. Bergmann - A. Romero - S. Oyarzún [email protected] The mealybug Pseudococcus meridionalis (Prado) is an important agricultural pest in Chile described recently and intercepted occasionally in phytosanitary export inspections. Due to quarantine restrictions imposed by main importing countries and difficulties in the correct identification of mealybug species, we studied the chemical communication in P. meridionalis to pave the way for the development of new tools for detection and monitoring of this pest. Adult females of P. meridionalis were collected from vineyards and reared in the laboratory on sprouted seed potatoes. At the second instar, the colony was treated with an insect growth regulator to selectively remove males and obtain pure virgin females colonies. Volatiles from matured virgin females were collected on activated charcoal and eluted with hexane. The extracts showed to be attractive to males in laboratory bioassays. Analysis by gas chromatography-mass spectrometry and comparison with control samples revealed the presence of a female-specific compound with retention indices of 1358 on a non-polar Rtx-5 column and 1610 on a polar Stabilwax column. . Derivatization reactions and synthesis of model compounds are being carried out in order to elucidate the structure of this pheromone candidate. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE HETEROTHALAMUS PSIADIOIDES LESS. SOBRE O ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE ARABIDOPSIS THALIANA (L.) HEYNH Diana Carla Lazarotto - Ângela Pawlowski - Joséli Schwambach - Geraldo Luiz Gonçalves Soares [email protected] As raízes adventícias são de origem pós-embriônica, formadas naturalmente ou em condições ambientais estressantes e por danos mecânicos. Poucos estudos têm testado os efeitos de metabólitos secundários potencialmente fitotóxicos na formação de raízes adventícias. Portanto, objetivou-se verificar a influência do óleo essencial de Heterothalamus psiadioides Less. sobre o processo de enraizamento adventício no organismo modelo de desenvolvimento vegetal, Arabidopsis thaliana (L.) Heynh. Para isso, 10 sementes de A. thaliana foram distribuídas em placas de Petri contendo meio de cultura (0,8% ágar, 3% sacarose e MS 0,1x). A quebra de dormência das sementes se deu em 48 hs, utilizando frio (~4°C) e escuro. Após sete dias, obtevese plântulas das quais as raízes primárias foram excisadas. Então, as microestacas originadas foram expostas a alíquotas do óleo essencial que foi aplicado em algodão fixado na tampa da placa de Petri. Os tratamentos consistiram em 1, 2, 3, 4 e 5 µL de óleo essencial e controle, no qual não foi aplicado o óleo. As microestacas não tiveram contato direto com o óleo essencial, apenas ficaram expostas a uma atmosfera saturada pelos voláteis dentro das placas. Os tratamentos tiveram cinco repetições cada (com um total de 50 microestacas/tratamento) e o experimento foi mantido por sete dias em sala de cultivo (21°C e 16 hs/luz). As microestacas foram avaliadas quanto: à porcentagem de enraizamento (%E), ao número de raízes (NR), ao tempo médio de enraizamento (TME) e o comprimento da maior raiz (CMR). Para a %E não houve diferença estatística entre os tratamentos, apesar desse parâmetro ter sido reduzido em 12% no tratamento de 5 µL. O NR se mostrou um parâmetro influenciado positivamente nas menores alíquotas de óleo essencial (de 1 e 2 µL respectivamente, 3,42±0,98 e 3,54±1,27) em relação ao controle (3,03±1,02). Já nos tratamentos de 3, 4 e 5 µL de óleo essencial, o NR foi reduzido (2,82±0,82, 2,56±0,82 e 1,82±0,85). Os parâmetros mais afetados foram TME e CMR. Na avaliação do TME, o controle diferiu significativamente de todos os tratamentos, exceto o de 1 µL. Para esse parâmetro o tratamento de 5 µL demorou, em média, 48 hs a mais para enraizar do que o controle. Para o CMR, nos tratamentos 1, 2, 3, 4, e 5 µL houve reduções de até 13,2%, 51,2%, 53,5%, 78,3% e 90,7% em relação ao controle. Portanto, os voláteis do óleo essencial de H. psiadioides têm efeito negativo sobre o processo de enraizamento adventício de A. thaliana mesmo em baixas doses, tais como as testadas. Assim, é possível que a atuação do óleo essencial de H. psiadioides seja reduzindo os níveis de auxina, hormônio vegetal necessário ao processo de enraizamento lateral e adventício, que também promove nesse último, a iniciação e diferenciação das células do periciclo. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. METABÓLITOS DE DEFESA INDUZIDOS EM PLANTAS DE SOJA PELO ATAQUE DE BEMISIA TABACI BIÓTIPO B, EM CONDIÇÕES DE CAMPO Clara Beatriz Hoffmann Campo - Simone Silva Vieira - André Luiz Lourenção - Maria Cristina Neves De Oliveira Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae), conhecida como mosca-branca tornou-se praga de importância primária na cultura da soja no país. Trata-se de uma praga de difícil controle através de inseticidas, sendo necessária a procura por métodos alternativos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar metabólitos secundários produzidos em genótipos de soja infestados por mosca-branca. Foram utilizados os genótipos ‘IAC 17’, ‘IAC 19’, ‘IAC 24’, ‘IAC Holambra Stwart’, ‘Barreiras’, ‘Doko’ e ‘Vencedora’, os quais foram cultivados em quatro gaiolas (6 m x 4 m), com tela antiafídeo branca, suportadas por armações de ferro. O experimento foi composto por 4 gaiolas e, em cada gaiola foram cultivadas duas linhas de 1m de cada genótipo. Estas linhas foram repetidas de forma aleatória cinco vezes dentro de cada gaiola. Em três gaiolas foi realizada a infestação, sendo uma gaiola destinada à testemunha (nãoinfestada). A infestação com mosca-branca foi realizada no estádio V5. Para extração dos metabólitos, os trifólios do terço médio das plantas foram coletados aos 30 dias após a infestação, e estes moídos, pesados, extraídos, ressolubilizadas e analisados em HPLC. Nos resultados obtidos foram identificadas as substâncias daidzina, glicitina, genistina, malonil-daidzina, rutina, malonil glicitina, acetil-daidzina, malonil-genistina, acetil-glicitina, daidzeína, gliciteína, genisteína e coumestrol, cujas maiores concentrações foram observadas nos genótipos ‘IAC 19’, ‘IAC 24’ e ‘IAC 17’, os quais possuem resistência à mosca-branca. No entanto, as maiores concentrações destas substâncias foram observadas nas plantas não-infestadas. Exceto o ácido salicílico que de modo geral foi maior nas plantas infestadas (150,17 ng/mg) em comparação com as nãoinfestadas (92,67 ng/mg). Portanto, os dados sugerem que na interação B. tabaci-soja a produção de compostos da rota do jasmonato é reduzida, mas observa-se aumento de um composto da rota do salicilato. Esses resultados indicam que o mecanismo bioquímico de defesa da soja à moscabranca difere daquela observada em resposta ao ataque de outras pragas importantes da cultura, como lepidópteros e pentatomídeos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. HYLASTINUS OBSCURUS (MARSHAM) OLFACTOMETRIC RESPONSE TOWARD LINOLEIC ACID PRESENT IN TRIFOLIUM PRATENSE L. ROOT. Dayand Toledo Araya - Herbert M. Venthur - Jocelyne V. Tampe And Quiroz, A. [email protected] In Chile, Hylastinus obscurus Marsham (Coleoptera: Curculionidae) is an important insect pest of Trifolium pratense L., because both larvae and adults feed on red clover roots throughout the year, causing a dramatic reduction in production levels and decreasing the persistence to two years after sowing. In addition, pesticides have not been successful in controlling borer infestations and there is no control for H. obscurus other than crop rotation at present. Previous studies in red clover roots have indicated that fatty acids play a role in insect-plant interaction (Environ. Entomol. 40: 399, 2011). In this work we evaluated the olfactometric response exhibited by adult H. obscurus toward Linoleic acid present in red clover root. Olfactometer bioassays were performed by using an octagonally shaped olfactometer as described by Pettersson (1970) and the experimental conditions have been reported. The olfactometer arena was divided into four arm zones and one zone in the center was designated as the decision zone. Two lines of air coming from each stimulus treatment were connected in opposite corners of the arena; the other two lines released air from control treatments. The behaviour of each insect was recorded for 20 min, and the time spent in each arm was registered and evaluated by using EthoVision 3.1 software. Linoleic acid (10 ppm) significantly attracted both male (P<0.0001) and female (P=0.0043) H. obscurus. Behavioral evidences suggest that Linoleic acid present in red clover roots may play a role as olfactory cues in the host-finding process of H. obscurus. This result is supported by reports that identified the Linoleic acid like semiochemical for host location. For example, linoleic acid was found to be component of ovipositional host-finding cues for Amyelois transitella females (J. Chem. Ecol. 17: 599, 1991). Besides, linoleic acid identified in Zea mays L. seedling, have been reported as semiochemicals for host location by Diabrotica virgifera (J. Chem. Ecol. 20: 3335, 1994). VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. Pôsteres Resumos ÁREA: ECOLOGIA E EVOLUÇÃO NAS INTERAÇÕES INSETO-PLANTA VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. TOXICIDADE POR FUMIGAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE INFLORESCÊNCIA DE ALPINIA PURPURATA E FOLHA DE PIPER ARBOREUM CONTRA O GORGULHO DO MILHO (SITOPHILUS ZEAMAIS) Camila Soledade De Lira - Afonso Cordeiro Agra Neto - Thiago Henrique Napoleão - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro O Sitophilus zeamais, popularmente conhecido como gorgulho do milho, é uma das pragas mais preocupantes em termos econômicos por infestar a cultura ainda no campo e permanecer no armazém. O controle destes insetos tem sido realizado através do uso de produtos químicos que podem causar intoxicação aos aplicadores e o desenvolvimento de populações de insetos resistentes. Assim, a procura por inseticidas naturais provenientes de plantas é uma das melhores alternativas para o controle de pragas como S. zeamais. O objetivo deste trabalho foi analisar a toxicidade por fumigação dos óleos essenciais de inflorescências de Alpinia purpurata e folhas de Piper arboreum contra adultos de S. zeamais. Inflorescências de A. purpurata foram coletadas em jardins da UFPE enquanto as folhas de P. arboreum foram coletadas no Jardim Botânico do Recife. Para ambas as plantas, o óleo essencial foi obtido por meio de processo de hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger modificado. O processo durou três horas. O óleo obtido foi tratado com sulfato de sódio anidro para retirada da água remanescente. A toxicidade por fumigação foi avaliada utilizando recipientes plásticos. Um disco de papel filtro (2,0 cm de diâmetro) foi disposto no lado interno da tampa de cada pote (diâmetro: 2,5 cm, altura: 5,5 cm, volume: 24 ml). Em seguida, diluições da solução-estoque do óleo foram preparadas em etanol e 20 µL da solução-teste foram adicionados ao papel filtro. Após a evaporação do solvente por 30 s, a tampa foi firmemente colocada no pote, ao qual haviam sido adicionados previamente20 insetos, formando uma câmara selada. Após 24 h, os insetos foram transferidos para potes sem amostra e a mortalidade foi avaliada após oito dias. Os ensaios foram realizados em quadruplicata. O óleo de A. purpurata mostrou-se eficiente, já que as taxas de mortalidade detectadas (após correção de Abbott) foram 23,7% (2.500 ppm), 45,7% (5.000 ppm) e 61,1% (10.000 ppm). Para o óleo de folhas de P. arboreum, as taxas de mortalidade corrigidas foram de 21,25% (2.500 ppm) e 37,5% (5.000 ppm). Em conclusão, os óleos essenciais de inflorescências de A. purpurata e folhas de P. arboreum constituem alternativas naturais para controle de S. zeamais por apresentarem toxicidade por fumigação. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESPOSTA ELETROFISIOLÓGICA DE EUCHROMA GIGANTEA (COLEOPTERA; BUPRESTIDAE) A VOLÁTEIS DE SUA PLANTA HOSPEDEIRA STERCULIA FOETIDA (STERCULIACEAE). Geanne Karla Novais Santos - Artur Campos Dália Maia - Paulo Milet-Pinheiro - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro O besouro Euchroma gigantea é o maior representante da família Buprestidae (Coleoptera) e coloniza diversas espécies de árvores de madeira mole pertencentes às famílias Bombacaceae e Sterculiaceae. Durante o período larval, que pode durar até dois anos, as larvas constroem galerias no caule e no sistema radicular da planta, consumindo os tecidos vegetais e causando enfraquecimento do tronco que pode levar a queda da árvore. Dentre as espécies comumente colonizadas por E. gigantea está a Sterculia foetida (Sterculiaceae), árvore exótica bastante utilizada em paisagismo no Brasil devido ao seu rápido crescimento. Neste trabalho, estudamos a resposta eletrofisiológica de antenas de E. gigantea a voláteis provenientes de S. foetida por meio de cromatografia gasosa acoplada a um detector eletroantenógrafico (GC-EAD) com o objetivo de identificar compostos que possam atuar como cairomônios (substâncias que medeiam interações interespecíficas beneficiando o organismo receptor). Foram coletados ao todo 20 besouros no período de jan/2013 a jun/2013. Os voláteis da planta foram obtidos a partir da técnica de headspace dinâmico (trap carbopack/tenax 1:1, fluxo de ar 0,8 L/min). Amostras das folhas, casca e serragem de S. foetida colonizada por E. gigantea foram extraídas por 24 h e então analisadas em cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas e em GC-EAD. Para a realização das análises de GC- EAD, as antenas foram montadas entre dois capilares de vidro contendo solução de Ringer. As análises de GC-EAD realizadas com a amostra de headspace da serragem do tronco mostraram que os compostos α-terpineno, cimeno, limoneno, γ-terpineno e terpinoleno estimularam as antenas de E. gigantea. Nas análises realizadas com a amostra de voláteis de folhas, cinco compostos provocaram respostas eletroantenográficas: β-ocimeno, γ-terpineno, alloocimeno, α-farneseno e δ-cadineno. Para os voláteis presentes na casca, não foi observada nenhuma resposta conclusiva nas antenas testadas. A sensibilidade das antenas de E. gigantea a compostos presentes na serragem e nas folhas de S. foetida indicam que estes compostos podem ser utilizados pelos besouros para identificação de sua planta hospedeira. Análises de GC-EAD com compostos autênticos, bem como bioensaios comportamentais, são necessários para confirmar a atividade eletrofisiológica e determinar a exata função que esses compostos desempenham nessa interação, respectivamente. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. PREFERÊNCIA ALIMENTAR DA COCHONILHA DYSMICOCCUS TEXENSIS (TINSLEY) (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE) Gabriella Ferreira Cardoso - Lenira V. C. Santa-Cecilia - Ernesto Prado - Mariana D. Cuozzo A cochonilha-da-raiz, Dysmicoccus texensis é uma praga de importância crescente para o cafeeiro, causando perdas à produção. Além do cafeeiro, poucos hospedeiros têm sido registrados para essa espécie. Assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar, em condições de laboratório, a preferência alimentar dessa cochonilha em plantas frutíferas utilizadas como barreiras nas lavouras cafeeiras e plantas adventícias que crescem nas entrelinhas do cafeeiro. Foram utilizados partes do caule-raiz do cafeeiro (Coffea arabica), do picão (Bidens pilosa), da bananeira (Musa sp) e fruto de atemóia (Annona sp) como hospedeiro controle. Estes foram acondicionados em placas de Petri (15 cm) contendo uma camada de Ágar/água a 1%. Procedeuse a liberação de ninfas de primeiro instar de D. texensis coletadas da criação em laboratório, em número de 15, no centro da placa. Cada unidade experimental foi vedada com recipiente plástico, para evitar a fuga das cochonilhas, uma vez que neste instar são muito ágeis. Em seguida, as placas foram mantidas em ambiente escuro para evitar o fototropismo. Os tratamentos foram em número de três, com sete repetições. As avaliações foram realizadas aos 48h, 72h e sete dias, sendo registrado o número de cochonilhas em cada substrato alimentar. O teste de escolha entre cafeeiro e atemóia, mostrou que as cochonilhas não apresentaram preferência alimentar nas três avaliações realizadas. Diferentemente, nos outros tratamentos foi constatada uma preferência inicial (48h) para o cafeeiro quando comparado com a bananeira, e para o picão no teste de escolha com o cafeeiro. Contudo, nas demais avaliações não houve preferência alimentar entre esses substratos, embora algumas cochonilhas mantiveram-se fora dos substratos oferecidos. Assim, D. texensis não mostrou preferência alimentar entre os hospedeiros, cafeeiro, bananeira e picão. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. QUIMIOTAXIA DE ANTHONOMUS GRANDIS (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) A VOLÁTEIS DE PLANTAS DE ALGODOEIRO SUBMETIDAS OU NÃO A HERBIVORIA Juliana Barroso Silva - Maria Carolina Blassioli Moraes - Christian Sherley Araújo Da SilvaTorres - Jorge Braz Torres O bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis (Boh.) (Coleoptera: Curculionidae), é uma das principais pragas do algodão nas regiões de sua ocorrência. Infestações desta praga ocasionam injúrias diretas evidenciadas pela queda de botões florais e abertura irregular de maçãs. O emprego do ferômonio de agregação produzido por machos de A. grandis em armadilhas tem demonstrado grande sucesso no monitoramento através da utilização de diferentes formulações; entretanto, alguns estudos de campo tem demonstrado que durante a fase de botão e flores na lavoura, o número de insetos capturados nas armadilhas é reduzido indicando que outros voláteis produzidos pelo algodoeiro estão envolvidos na sua atração. O objetivo deste trabalho foi avaliar se voláteis de plantas de algodão atacadas ou não pelo bicudo do algodoeiro em diferentes fases fenológicas são capazes de influenciar na taxia do inseto. Os voláteis foram coletados a partir de dois genótipos de plantas CNPA TB90 e BRS Rubi, sendo a coleta realizada a cada 24 horas durante quatro dias consecutivos. Os extratos obtidos foram analisados por cromatografia gasosa (CG) com detector por ionização de chamas. O perfil de voláteis obtidos dos tratamentos foi avaliado através da análise de curva de respostas principais (PRC). A análise mostrou que a injúria que o bicudo provocou na planta devido a herbivoria foi sentido de 24h até 96h, sendo que a emissão de voláteis ao longo do tempo diferenciou-se entre plantas sadias e plantas submetidas a herbivoria (F= 6,78; P= 0,005). A atratividade desses voláteis aos adultos do bicudo-doalgodoeiro foi testada em bioensaios empregando-se olfatômetro em Y com 40 repetições (insetos) por tratamento. Nos testes realizados com voláteis de CNPA TB90 não houve diferença significativa entre voláteis de planta atacada e sadia no tempo de coleta de 24 e 96h versus hexano (P > 0,05). Da mesma forma, nos bioensaios em que foram contrastadas voláteis de plantas sadias e atacadas no tempo de 24 e 96h. O tempo de permanência nos braços do olfatômetro deu-se de forma semelhante. As análises químicas mostraram que os principais compostos voláteis liberados pelas plantas de algodão foram monoterpenos, homoterpenos e sesquiterpenos e que o perfil químico das plantas com injúria e sem injúria é qualitativamente e quantitativamente diferente. Desta forma outros bioensaios estão sendo conduzidos com as plantas apresentando injúrias para avaliar a influência destes compostos induzidos sobre o comportamento de A. grandis. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. HORMÔNIOS ESTEROIDAIS DO PÓLEN PODEM AUMENTAR A PRODUÇÃO DE RAINHAS EM ABELHAS DO GÊNERO MELIPONA? Maria Juliana Ferreira-Caliman - Daniela Lima Do Nascimento - Fábio Santos Nascimento R. Zucchic A produção de rainhas e operárias em insetos sociais depende primariamente de fatores sociais e nutricionais. Entre os Apini, a produção de novas rainhas ocorre através da construção de uma célula real, sendo a larva aprovisionada com um alimento diferenciado qualitativa e quantitativamente, o qual desempenha um importante papel no processo de diferenciação de castas. Células reais de Meliponini são maiores que as células de operárias e, assim, comportam alimento em maior quantidade, porém, não diferenciado qualitativamente. O gênero Melipona constitui uma exceção entre as abelhas sem ferrão no que diz respeito à produção de rainhas, uma vez que a qualidade e a quantidade de alimento parecem não ser diferenciadas. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência dos hormônios esteroidais do pólen na produção de rainhas deMeliponamarginata. Para isso, 10 mg de sitosterol, 5 mg de fucosterol e 1mg de campesterol (fitoesteróides comumente encontrados no pólen)foram dissolvidos em 8 ml de etanol, resultando em uma solução de concentração igual a 2 mg/ml. Volumes diferentes dessa solução foram adicionados a 4 gramas de pólen (retirado dos potes de alimento) e oferecidos a uma colônia de M. marginata, mantida sem conexão com o meio externo e alimentada com solução de água com açúcar (50%) diariamente. O volume de solução para cada teste foi: Tratamento 1 = 0,5 ml; Tratamento 2 = 1 ml e Tratamento 3 = 2 ml, sendo duas réplicas para cada um deles. Foi realizado um controle (sem adição de hormônio) para cada tratamento, também com duas réplicas. As porcentagens de rainhas obtidas em relação às operárias foram (Média ± DP): Tratamento 1 = 19,05% ± 1,35 (controle = 13,25% ± 4,15), Tratamento 2 = 16,29% ± 2,67 (controle = 13,5% ± 2,12) e Tratamento 3 = 19,13% ± 1,22 (controle = 11,79% ± 0,69). Emboratenha ocorrido uma maior produção de rainhas nos tratamentos com hormônios em relação aos controles, somente o Tratamento 3 foi estatisticamente significante (test T, p < 0,05). De acordo com esses resultados, pode-se concluir que, sendo os fitormônios importantes precursores de ecdisteróides em abelhas, um aumento na ingestão da fração esteroidal proveniente do pólen resulta em um aumento da proporção de rainhas produzidas em colônias de Melipona marginata. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO A BEMISIA TABACI BIÓTIPO B Juliana Cardoso Do Prado - André L. Lourenção - Marineia L. Haddad - Simone S. Vieira INTRODUÇÃO Bemisia tabaci biótipo B destaca-se como praga-chave do algodoeiro e uma das principais responsáveis pelo crescente uso de inseticidas nessa cultura. Este trabalho teve como objetivo avaliar a resistência de cultivares e linhagens de algodoeiro do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do Instituto Agronômico (IAC) em relação a esse inseto. Avaliaram-se atratividade para adultos e preferência para oviposição, correlacionando-se esses parâmetros com densidade de tricomas e coloração das folhas. MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram realizados em casa de vegetação. A partir de ‘screening’ em 81 acessos do BAG, foram selecionados 20 genótipos com os menores níveis de infestação (ovos e ninfas). Em sequência, esses genótipos selecionados, juntamente com outros quatro considerados controles resistentes e suscetíveis, foram avaliados em experimentos de atratividade para adultos e preferência para oviposição em teste com chance de escolha. O delineamento foi de blocos ao acaso, com 24 tratamentos e oito repetições. A contagem dos adultos presentes na face abaxial de duas folhas foi realizada em três épocas e, a de ovos, três dias após a infestação. Também se procedeu à contagem de tricomas e análise colorimétrica das folhas para correlação com os parâmetros de resistência. RESULTADOS Quanto à atratividade para adultos, Gossypium hirsutum var. marie galanti, ‘IAC 23’, G. hirsutum morrillii, NA 1329, Paymaster 53-816 destacaram-se como os menos atrativos (0,7; 0,7; 0,8; 0,8; 0,8 adultos/10cm2, respectivamente), enquanto IAC PV 010-175 teve a maior média (1,7 adultos/10cm2). Para oviposição, G. hirsutum var. marie galanti, G. hirsutum morrillii e G. hirsutum palmeri apresentaram os menores números de ovos, 3,5; 4,5 e 6,1 ovos/10cm2 respectivamente, contrastando com o mais ovipositado, Epamig Liça (21,3 ovos/10cm2). Na avaliação colorimétrica quanto à coloração verde, IAC PV 010-175 apresentou a menor intensidade, seguido por IAC PV 010-163 e IAC PV 010-1664. Na análise da coloração amarela, notou-se que os mesmos genótipos da coloração verde, juntamente com G. hirsutum palmeri e Inta La Banda 56, apresentaram menor intensidade, diferindo de Paymaster 53-816, o de maior intensidade dessa coloração. Em relação à densidade de tricomas, os genótipos com folhas de maior pilosidade foram IAC 12-58/348, NA-1335, Epamig Liça, NA-1511 e BJA, e os mais glabros foram G. hirsutum var. marie galanti, ‘NuOpalRR’ e G. hirsutum palmeri. Detectou-se correlação significativa e positiva entre ovos e adultos, entre ovos e tricomas e entre adultos e coloração verde. CONCLUSÕES Os genótipos Gossypium hirsutum var. marie galanti e G. hirsutum morrillii apresentam resistência do tipo não-preferência a B. tabaci biótipo B. Há correlação significativa e positiva entre número de ovos e de adultos, entre número de ovos e tricomas e entre número de adultos e coloração verde das folhas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. COMPORTAMENTO DE CHAMAMENTO E EVIDÊNCIA DE FEROMÔNIO SEXUAL EM ATHELOCA SUBRUFELLA (HULST) (LEPIDOPTERA: PHYCITIDAE) Eduardo Silva Nascimento - Bianca Giuliano Ambrogi - Jéssica Carvalho Leite - Abel Felipe Oliveira, Jucileide Lima Santos [email protected] A traça do coqueiro, Atheloca subrufella (Hulst) (Lepidoptera: Phycitidae), é considerada uma importante praga na cultura do coco, principalmente na região nordeste do Brasil, que concentra mais de 70% da produção de cocos do país. Seu controle é difícil, pois sua lagarta se desenvolve no interior das flores e frutos do coqueiro, limitando a ação de agentes químicos. Com isso, a utilização de feromônio para manejo desse inseto se torna bastante promissora. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi verificar o comportamento de chamamento da traça-do-coqueiro, e determinar a função do feromônio sexual utilizado nesse processo. Foram avaliadas a posição de chamamento e o padrão e periodicidade da exibição desse comportamento. Os extratos foram obtidos de glândulas de feromônio de fêmeas virgens e a partir da aeração de machos e fêmeas. Os extratos foram analisados em cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). A resposta comportamental de machos foi avaliada através de bioensaios utilizando um olfatômetro em Y. Por meio da análise do comportamento de chamamento, verificou-se que as fêmeas de A. subrufella possuem apenas uma posição de chamamento, e que esse comportamento tem um pico entre a segunda e quinta escotofases. A duração do chamamento e o número de chamadas não modificaram com o passar do tempo, no entanto, o início do chamamento foi antecipado nas fêmeas mais velhas, provavelmente para evitar competição com fêmeas mais novas. Os dados demonstraram que o melhor horário para realizar as extrações e testes comportamentais foi entre a 3ª e 7ª horas da terceira ou quarta escotofases. A partir da análise dos cromatogramas obtidos, ainda não foi possível verificar a presença de compostos feromonais da fêmea, o que foi corroborado com os resultados dos bioensaios, em que o macho não foi atraído para o extrato de glândulas de feromônio de fêmeas virgens. Sendo assim, se fazem necessários novos estudos para determinar a função e elucidar a estrutura química de um possível feromônio sexual de A. subrufella. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. MARCAÇÃO DE TRILHA POR LAGARTAS DE BRASSOLIS SOPHORAE (LEPIDOPTERA: NYMPHALIDAE) Bianca Giuliano Ambrogi - Jéssica De Carvalho Leite - Abel Felipe De Oliveira Queiroz Jucileide Lima Santos [email protected] As lagartas de Brassolis sophorae apresentam um comportamento gregário e têm hábito crepuscular, permanecendo durante o dia, abrigadas no interior de ninhos, que fazem unindo os folíolos com fios de seda. Quando estas saem do ninho para forragear marcam o caminho com fios de seda enquanto se movem até o local de forrageamento e são seguidas pelas outras. Para determinar se esse comportamento de andar em trilha das lagartas é devido a um feromônio de trilha, foram conduzido experimentos de Y-escolha. Para verificar se as lagartas seguiam a trilha deixada por coespecíficos, 20 lagartas foram colocadas em um recipiente forrado com cartolina preta e deixadas por 24 horas. Após esse período, as lagartas foram removidas e a cartolina contendo a seda deixada pelas lagartas foi cortada em seções. Para os testes foi montado sobre uma bancada, um Y de cartolina, sendo o braço principal e um dos braços menores uma seção de cartolina com a seda. O outro braço menor do Y foi formado por uma seção de cartolina de tamanho similar a anterior, porém sem nada, servindo como controle. Para verificar se a trilha estava marcada com feromônio, foi feito um extrato da seda deixada pelas lagartas por 24 h, colocando a teia em hexano por uma hora., com a finalidade de extrair os compostos contidos na seda. Após esse tempo, o extrato foi filtrado e armazenado em freezer. Novamente o Y foi montado, da mesma forma que citado anteriormente, porém o material utilizado foi papel filtro. Tanto o braço principal, quanto um dos braços menores do Y foram impregnados com o extrato da seda. No outro braço foi utilizado apenas hexano. A resposta das lagartas em ambos os tratamentos foi observada, liberando uma lagarta na base do braço principal do Y e observando a sua escolha para um dos braços por no máximo 10 min. Assim que a lagarta escolhia um dos braços, ela era retirada. Após cada teste, a posição dos braços era alterada e todas as seções do Y descartadas. Para ambos os testes, as lagartas foram significativamente atraídas para o braço contendo a seda e o extrato da seda (Teste binomial, p < 0.05), demonstrando que a comunicação entre lagartas de B. sophorae é mediada por feromônio de trilha. O fato das lagartas permanecerem em grupos durante todo o estágio larval pode facilitar a defesa contra predadores, ajudar no forrageamento e na termorregulação. Novos estudos são necessários para um melhor conhecimento dos compostos químicos presentes nessa trilha. Com esses resultados será possível manipular as populações de B. sophorae, utilizando isso para monitoramento e captura desses insetos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. INTERAÇÃO PALMA FORRAGEIRA OPUNTIA FÍCUS-INDICA MILL E NOPALEA COCHENILLIFERA SALMDYCK X COCONILHA DE ESCAMA DIASPIS ECHINOCACTI X JOANINHA CHILOCORUS NIGRITA FABRICIUS. Andreza Heloiza Da Silva Gonçalves - Mariana Santos Gomes De Oliveira1 - João Gomes Da Costa2 - Antônio Euzébio Goulart Sant’ana A palma forrageira é a principal fonte de alimentação para o rebanho do semiárido brasileiro. As espécies de palma utilizadas são a Opuntia ficus-indica Mill (gigante e redonda) e Nopalea cochenillifera SalmDyck (Palma miúda). Essas espécies são bastante utilizadas no período de seca, em consequência da sua alta resistência ao estresse hídrico. Entretanto, o cultivo dessa cactácea tem enfrentado sérios problemas com a infestação de insetos pragas. Uma dessas pragas é a cochonilha de escama Diaspis echinocacti (Hemiptera, Diaspididae), que possui facilidade para infestar o palmal em curto período de tempo. Uma alternativa ecologicamente correta encontrada para combater essa praga é por meio do controle biológico. Um dos inimigos naturais dessa cochonilha é a joaninha Chilocorus nigrita (Fabricius). Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento de C. nigrita (Fabricius) em relação aos compostos orgânicos voláteis de duas variedades de palma infestadas e não infestadas pela cochonilha. Foi utilizada uma variedade da espécie considerada resistente Opuntia ficus-indica Mill e uma variedade da espécie susceptível Nopalea cochenillifera SalmDyck. Os testes comportamentais foram realizados utilizando olfatômetro em Y, usando hexano como controle frente aos COVs das plantas, sendo testados 20 insetos machos e 20 fêmeas em cada ensaio. Os resultados obtidos mostraram que 73,46% das joaninhas foram atraídas pelos COVs provenientes de plantas infestadas em relação ao controle. Os COVs provenientes das plantas sem infestação não apresentaram efeito sobre o comportamento das joaninhas. Esses resultados evidenciam o papel dos semioquímicos da palma infestada por cochonilha envolvidos na atração de joaninhas e o potencial que os mesmos têm para o controle dessa praga. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. SINAIS QUÍMICOS PRESENTES EM PLANTAS DE GOIABEIRA, PSIDIUM GUAJAVA L. (MYRTACEAE) E NO GORGULO DA GOIABA, CONOTRACHELUS PSIDII MARSHALL (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) Alicia A. Romero Frías - Coralia Osorio Roa - José Maurício S. Bento [email protected] O gorgulho da goiaba, Conotrachelus psidii Marshall (Coleoptera: Curculionidae) é uma das principais pragas da goiabeira, Psidium guajava L. (Myrtaceae). Atualmente, o controle é realizado exclusivamente por meio de agroquímicos. O uso de semioquímicos como o feromônio de C. psidii e/ou os voláteis da planta de goiabeira pode representar uma alternativa promissora para o manejo desta praga (Bailez et al., 2003). Contudo, estas possibilidades ainda foram poucos exploradas. Este trabalho foi conduzido com a finalidade de investigar os possíveis sinais químicos presentes em plantas de goiabeira e no gorgulho da goiaba C. psidii. Para a identificação dos voláteis da planta de goiabeira foram utilizadas as seguintes partes da planta: (i) Botão floral, (ii) flor aberta, (iii) flor seca, (iv) fruto jovem, e (v) fruto maduro. Para o gorgulho da goiaba, C. psidii foram utilizados 50 machos e 50 fêmeas. O método de extração utilizado foi a microextração em fase sólida (SPME) e a aeração em headspace. As extrações dos voláteis das partes da planta de goiabeira foram realizadas in situ em três épocas distintas do ano, no município de Moniquirá (Boyacá, Colômbia). Para os insetos a extração também foi realizada três vezes em laboratório, com uma semana após a coleta no campo. Nas diferentes partes vegetais da planta de goiabeira (botão floral, flor aberta, flor seca, fruto jovem, e fruto maduro) foram encontrados os compostos orgânicos voláteis limoneno, -copaeno, β-cariofileno, farneseno e selineno, em distintas proporções. Para o limoneno, a quantidade foi a mesma em todas as partes da planta, enquanto para o β-cariofileno, observou-se uma maior quantidade no fruto jovem em comparação a flor aberta. Para os demais compostos não houve variação significativa em relação às partes da planta. Dos compostos encontrados na planta de goiabeira, o β-cariofileno e o limoneno, também estiveram presentes nos machos e fêmeas de C. psidii. Em estudos anteriores, foi observada a atratividade do gorgulho da goiaba pelos voláteis de algumas partes da planta de goiabeira. Do mesmo modo, outros estudos também demostraram que machos e fêmeas do gorgulho foram atraídos pelos voláteis de suas fezes (Silva-Filho, 2005; Silva-Filho et al., 2012). Neste estudo, a presença do β-cariofileno e do limoneno, identificados tanto em diferentes partes da planta quanto nos insetos, sugere que possivelmente, estes compostos podem ter sido liberados nas fezes dos insetos e estariam favorecendo a sua agregação no campo, o que ainda precisa ser comprovado. Um sistema de detecção dos adultos de C. psidii por meio de armadilhas contendo os voláteis das plantas de goiabeira, e/ou dos próprios insetos poderá ser importante para prever a ocorrência da praga e tornar seu manejo mais adequado, reduzindo o uso de inseticidas e preservando os inimigos naturais no agroecossistema. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DA INFLORESCÊNCIA DE ALPINIA PURPURATA E AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE POR INGESTÃO E ATIVIDADE REPELENTE FRENTE A SITOPHILUS ZEAMAIS Camila Soledade De Lira - José Vargas De Oliveira - Thiago Henrique Napoleão - Daniela Maria Do Amaral Ferraz Navarro [email protected] O Zabrotes subfasciatus (Bohemann, 1833) é uma das principais pragas de grãos armazenados de feijão no Brasil, os ovos são depositados na superfície dos grãos e as larvas se desenvolvem no seu interior, causando grandes danos à produção. Diversos métodos têm sidos utilizados para identificação de compostos químicos atrativos, responsáveis pela comunicação entre insetos da mesma classe ou classes diferentes, geralmente são compostos voláteis, entretanto, alguns tipos de insetos utilizam ainda compostos não-volateis como muitos hidrocarbonetos, que atuam como feromônios moduladores e desencadeadores de comportamentos, sendo de grande importância o estudo desses compostos para uma melhor compreensão dessa forma de comunicação. O presente trabalho teve como objetivo identificar e comparar os compostos cuticulares encontrados em machos e fêmeas do Z. subfasciatus. Os extratos foram obtidos pelo método de extração por solvente usando hexano sendo utilizados 200 insetos de cada sexo para extração, o experimento foi realizado em triplicata. Analises por CG e por CG-EM foram realizados para os extratos cuticulares obtidos. Os perfis cromatográficos dos extratos de machos e fêmeas apresentaram resultados distintos, apresentando variações da composição química cuticular tanto quantitativamente quanto qualitativamente. Os extratos de fêmeas apresentaram uma quantidade maior de compostos quando correlacionado com os extratos de machos nas mesmas condições. Através das analises químicas foram identificadas nos extratos, diversas classes de hidrocarbonetos: n-alcanos, alcanos ramificados, alcenos, além de alcoóis e ésteres; os extratos dos machos apresentaram: alcanos, alcanos ramificados e álcoois, enquanto nas amostras das fêmeas são encontrados n-alcanos, éster, acetona e hidrocarbonetos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. COTESIA FLAVIPES É ATRAÍDA POR UM SESQUITERPENO EMITIDO PELA CANA-DEAÇUCAR EM RESPOSTA À INFESTAÇÃO PELA BROCA-DA-CANA Sanielly Pimentel Araújo Dos Santos - Jaim Simões De Oliveira - Alessandro Riffel - Antonio Euzébio Goulart Santana [email protected] A broca-da-cana-de-açucar, Diatraea saccharalis, é a principal praga da cana-de-açucar nas Américas. As plantas frequentemente liberam uma mistura de compostos orgânicos voláteis (COVs) em resposta ao dano causado pelos insetos herbívoros, que podem servir como pistas de localização para os seus inimigos naturais. Com o objetivo de elucidar os mecanismos de defesa da cana-de-açucar em resposta à herbivoria, plantas de cana-de-açucar de 40 a 45 dias foram infestadas com larvas de broca-da-cana-de-açucar de segundo instar. Como controle, plantas não infestadas foram utilizadas. Os COVs foram coletados durante as primeiras 48 horas de infestação em sistemas de aeração contendo adsorvente Porapak Q. Além disso, bioensaios foram realizados em olfatômetros de quatro-braços, utilizando fêmeas adultas de Cotesia flavipes, uma vespa utilizada com sucesso em programas de controle biológico nas plantações de cana-deaçucar. Análises por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas revelou um composto diferencialmente emitido pelas plantas infestadas, o qual foi identificado como (E)-βcariofileno por meio da comparação com uma biblioteca de compostos padrões e pela co-injeção com um padrão autêntico de (E)-β-cariofileno. Nos bioensaios, as vespas foram significantemente mais atraídas pelos COVs oriundos das plantas infestadas (Chi2, P < 0.001) e pelos COVs das plantas não infestadas ao qual foi adicionado o padrão de (E)-β-cariofileno (Chi2, P < 0.001), do que pelos COVs das plantas não infestadas (Chi2, P < 0.25 e P > 0.1). Cabe salientar, que este sesquiterpeno foi previamente demonstrado ser emitido por folhas e raízes de milho em resposta ao ataque por herbívoros e agir como um sinal para atrair inimigos naturais. O resultados aqui apresentados servirão de base para aumentar a eficiência da C. flavipes, desenvolver novas estratégias de controle biológico e poderão auxiliar no desenvolvimento de cultivares de cana-deaçucar resistentes à broca-da-cana-de-açucar. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ESTUDO COMPARATIVO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM TENEBRIO MOLITOR” MACHOS E FÊMEAS (LINAEUS, 1758) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) Regina Da Silva Acácio - André Luiz Beserra Galvão - Henrique Fonseca Goulart - Antônio Euzébio Goulart De Sant'ana [email protected] O Tenebrio molitor L. (1758), é um inseto pertencente a ordem Coleoptera e família Tenebrionidae sendo comumente encontrado nos depósitos de farinha e de cereais, que são muito prejudicados pelas larvas e insetos adultos. As larvas de T. molitor são criadas e vendidas como alimento para animais de estimação. O objetivo o trabalho foi avaliar as diferenças de compostos entre machos e fêmeas de Tenebrio molitor L. observando a diferença de idade dos insetos. Os insetos foram obtidos do Laboratório de Entomologia da UFRPE e crescidos a 25°C em farinha de trigo e 1% de levedo, 80% de umidade relativa e regime de luminosidade de 12: 12. Foram efetuadas aerações com 25 insetos machos e fêmeas, avaliando os compostos em relação ao sexo e idade dos insetos. Foi observado um comportamento positivo dos insetos em relação ao produto aerado de insetos machos, por machos e fêmeas, de idade variada, testados em bioensaio e resposta positiva de insetos machos ao produto aerado de fêmeas, em eletroantenógrafo. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. PERFIL DE METABÓLITOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE RAÍZES DE CANA-DE-AÇÚCAR (SACCHARUM SP) INFESTADAS POR TELCHIN LICUS (DRURY, 1773) (LEPIDOPTERA: CASTINIIDAE) Dannielle De Lima Costa - Maria José Vieira Soares Barbosa - Henrique Fonseca Goulart Antônio Euzébio Goulart Santana [email protected] A família Castniidae é composta por cerca de 160 espécies de mariposas, encontra-se distribuída na região neotropical, sendo a espécie mais importante a Telchin licus, também conhecida como broca gigante da cana-de-açúcar1. É considerada uma das principias pragas da cana-de-açúcar em todo o país e, devido principalmente a sua localização na raiz, ainda não apresenta controle eficiente. O presente estudo tem como objetivo identificar os compostos orgânicos voláteis presentes em raízes de plantas sadias e infestadas, permitindo assim o entendimento da interação inseto-planta na busca do controle e aplicação no manejo integrado de pragas (MIP). As raízes foram removidas das plantas infestadas e não infestadas com 20 dias de idade e imediatamente congeladas em N2 líquido, maceradas até obtenção de pó fino e destinadas para a coleta dos MOVs utilizando fibra de polidimetilsiloxano através da técnica de SPME. A fibra foi exposta aos MOVs por um período de 60 min a uma temperatura de 50 °C. As amostras coletadas foram analisadas por cromatografia gasosa e espectrometria de massas (CG/EM) – QP 2010 Ultra (Shimadzu), utilizando coluna Rtx – 5 (Crossbond® 95% dimethyl polysiloxane e 5% diphenyl) (30 m x 0.25 mm i.d. x 0.25 µm, RESTEK) utilizando hélio como gás de arraste. Os principais compostos presentes nas raízes de plantas sadias foram 1-pentanol, dodecano, α-copaeno, βsesquifelandreno, (E)-β-cariofileno, aloaromadendreno, naftaleno, octadecano, heptadecano, αlongipineno, isozonarol, hexadecanol, n-tetradecano, ácido 2,6-diidroxibenzóico, nonadecano, hexadecanol, hexadecano, furaltadona. As plantas infestadas apresentaram como principais compostos, junipeno, n-tetradecano, γ-cadineno e eicosano. Os compostos 1-octen-3-ol, salicilato de metila, tridecano, geranil acetona e ácido hexadecanóico estiveram presentes em maior quantidade nas plantas infestadas. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ANÁLISE POR RMN-1H DO PERFIL METABÓLICO DA CANA-DE-AÇÚCAR SOB HERBIVORIA Adilson Rodrigues Sabino - Michele Marques Da Silva - Edson De Souza Bento - Antônio Euzébio Goulart Santana [email protected] Estima-se que cerca de 10% das perdas da cultura da cana-de-açúcar sejam ocasionadas por insetos, sendo a broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) a praga mais estudada. O presente trabalho teve como objetivo a análise do perfil metabólico da cana-de-açúcar em resposta à herbivoria por Diatraea saccharalis, utilizando espectroscopia de RMN (Ressonância Magnética Nuclear) e métodos de análise estatística multivariada como PCA (Análise de Componentes Principais) e PLS-DA (Análise Discriminante Mínimos Quadrados Parciais). Inicialmente 20 plantas foram cultivadas por 40 dias e divididas em 2 tratamentos: controle (C72h) e herbivoria (H72h). Após o ensaio de herbivoria as folhas da cana-de-açúcar foram coletadas, maceradas em nitrogênio líquido e liofilizadas. A extração dos metabólitos foi efetuada acrescentando-se 30 mL de uma mistura contendo 12 partes de clorofórmio, 5 partes de metanol e 3 partes de água para 1g de amostra liofilizada. A mistura foi incubada em ultrassom por 1 hora e filtrada a vácuo. O filtrado foi seco e 10mg de cada amostra foi solubilizada numa solução tamponada de 50% de 50mM fosfato de potássio, pH 5,8 e 50% CD3OD para análise por RMN. As análises de RMN-1H foram executadas em espectrômetro BRUKER AVANCE 600 (600MHz para 1H); as análises multivariadas PCA e PLS-DA foram feitas utilizando o programa SIMCA. A PCA foi obtida a partir dos espectros de RMN-1H dos extratos de folhas de cana-de-açúcar, onde obtiveram-se gráficos de scores que fornecem informações sobre a distribuição de cada amostra em função das componentes principais 1 (31%) e 2 (19,7%). O gráfico de scores mostrou que valores positivos na componente principal 2 encontram-se as amostras C72h, enquanto que em valores negativos encontram-se as amostras H72h. A PLS-DA foi feita com o objetivo de analisar os metabólitos que contribuíram para a diferenciação entre C72h e H72h. O gráfico PLS-DA que relaciona coeficiente de correlação pelo deslocamento químico (RMN-1H) de C72h e H72h mostrou que houve diferenças entre intensidades dos sinais e seus coeficientes de correlação. Observou-se que nas regiões de ácidos orgânicos (2 – 3 ppm) e açúcares (3 – 5 ppm) houve sinais com maiores coeficientes de correlação e intensidades para C72h, isso se deve a diminuição na concentração de açúcares pelas plantas H72h. Na região dos metabólitos secundários (6 – 8 ppm) observou-se uma maior contribuição desses metabólitos nas plantas sob herbivoria (H72h), apresentando maiores coeficientes de correlação e intensidade dos sinais de RMN. Em conclusão, com o emprego da RMN aliado a métodos estatísticos multivariados foi possível diferenciar as amostras da cana-de-açúcar após a herbivoria com a Diatraea saccharalis demonstrando diferenças qualitativas e quantitativas para ácidos orgânicos, açúcares e metabólitos secundários entre as amostras C72h e H72h. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ASSIMILAÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DO MILHO EM ADULTOS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA Tatiana Emiko Ueda - José Perez Da Graça - Maurício Ursi Ventura - Clara Beatriz HoffmannCampo [email protected] Os metabólitos de defesa de plantas hospedeiras podem ser sequestrados pelos insetos durante sua alimentação, permanecendo em seus tecidos até a fase adulta. Dessa forma, é possível identificar as plantas hospedeiras consumidas na fase jovem da praga o que é de grande importância nos estudos de movimentação de pragas na paisagem agrícola. Assim, este trabalho teve como objetivo identificar os metabólitos secundários envolvidos na defesa do milho 2B707HX e a possibilidade de sequestro dos mesmos por Spodoptera frugiperda. Para a realização do experimento, foram coletadas lagartas de 3º e 4º instar em lavouras de milho, individualizadas e mantidas em B.O.D. com temperatura e umidade controlada. Essas foram alimentadas com o mesmo genótipo de milho, reposto diariamente até se tornarem adultas. Após a emergência, os adultos foram congelados durante 48 h e liofilizados por 72 h, retirando-se pernas e asas. O tecido remanescente foi pesado e submetido à trituração com Shake-Master (BMS). O pó resultante foi transferido para um “vial dram” adicionando-se MeOH 1N HCl. A amostra foi homogeneizada com vórtex e, após esse procedimento, foi mantida em banho-maria por 2 h, resfriada e novamente homogeneizada. Para extração, foi adicionado EtOAc, agitado no vórtex e após separação da fase, o sobrenadante foi colocado em becker e seco na capela pelo fluxo de ar. Para análise química das folhas, as amostras foram coletadas do campo, maceradas em nitrogênio liquído em almofariz, e transferidas para tubo “Falcon”, adicionando-se MeOH 90%. Estas foram então submetidas a banho de ultrassom e centrifugadas. O sobrenadante foi transferido para tubos, seco em vácuo, ressolubilizados em MeOH 80%, filtrados em filtros-seringa, transferidos para os vials do auto-injetor, e analisados em HPLC. Na análise química das folhas foi possível identificar a presença do composto DIMBOA (2,4-dihydroxy-7-methoxy-2H-1,4-benzoxazin-3(4H)-one). Esse composto é o principal ácido hidroxâmico do milho, no entanto, essa substância não foi identificada no extrato do inseto adulto. Assim, possivelmente, o composto não foi sequestrado pelo inseto ou ocorreu em concentração não detectável por HPLC. Desta forma, estudos adicionais para a identificação de DIMBOA por espectrometria de massa, cuja a sensibilidade permite uma maior detecção de compostos, estão em andamento. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. CARACTERIZAÇÃO DE COMPOSTOS CUTICULARES PARA MACHOS E FÊMEAS DE ZABROTES SUBFASCIATUS (BOHEMANN,1833) (COLEÓPTERA,BRUCHIDAE) Aryanna Sany Pinto Nogueira - Thyago Fernando Lisboa Ribeiro - Karlos Antônio Lisboa Ribeiro Junior - Antônio Euzébio Goulart Santana [email protected] O Zabrotes subfasciatus (Bohemann, 1833) é uma das principais pragas de grãos armazenados de feijão no Brasil, os ovos são depositados na superfície dos grãos e as larvas se desenvolvem no seu interior, causando grandes danos à produção. Diversos métodos têm sidos utilizados para identificação de compostos químicos atrativos, responsáveis pela comunicação entre insetos da mesma classe ou classes diferentes, geralmente são compostos voláteis, entretanto, alguns tipos de insetos utilizam ainda compostos não-volateis como muitos hidrocarbonetos, que atuam como feromônios moduladores e desencadeadores de comportamentos, sendo de grande importância o estudo desses compostos para uma melhor compreensão dessa forma de comunicação. O presente trabalho teve como objetivo identificar e comparar os compostos cuticulares encontrados em machos e fêmeas do Z. subfasciatus. Os extratos foram obtidos pelo método de extração por solvente usando hexano sendo utilizados 200 insetos de cada sexo para extração, o experimento foi realizado em triplicata. Analises por CG e por CG-EM foram realizados para os extratos cuticulares obtidos. Os perfis cromatográficos dos extratos de machos e fêmeas apresentaram resultados distintos, apresentando variações da composição química cuticular tanto quantitativamente quanto qualitativamente. Os extratos de fêmeas apresentaram uma quantidade maior de compostos quando correlacionado com os extratos de machos nas mesmas condições. Através das analises químicas foram identificadas nos extratos, diversas classes de hidrocarbonetos: n-alcanos, alcanos ramificados, alcenos, além de alcoóis e ésteres; os extratos dos machos apresentaram: alcanos, alcanos ramificados e álcoois, enquanto nas amostras das fêmeas são encontrados n-alcanos, éster, acetona e hidrocarbonetos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. ATRATIVIDADE DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MILHO EM RELAÇÃO AOS DANOS DA LAGARTA-DA-ESPIGA, HELICOVERPA ZEA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa - José Junior Araújo Sarmento - Marcos Antônio Barbosa Moreira - Jeane Medeiros Martins De Araújo [email protected] A injúria causada pela lagarta Helicoverpa zea (Boddie) (Lepidoptera: Noctuidae) constitui a principal praga do milho (Zea mays L.). Neste contexto, objetivou avaliar os danos de H. zea em diferentes genótipos de milho e em diferentes agroecossitemas de Sergipe. As variedades utilizadas no estudo fazem parte dos genótipos (variedades Cruzeta, São Francisco e BR 106), do híbridos simples (Tractor, tork e strike), híbridos duplos (SHS 4080, master e SHS 4070) e dos híbridos triplos (SHS 5050 fort e SHS 5070). Os locais onde foram realizadas as coletas das espigas de milho ocorreram nos tabuleiros costeiros (Nossa Senhora das Dores), agreste (Frei Paulo) e sertão (Simão Dias), durante a estação chuvosa do ano de 2006. Foram efetuadas cinco coletas de espigas aos 100, 110, 120, 130 e 145 dias após a emergência. Em laboratório, utilizouse 36 espigas, sendo 12 por genótipo, as quais foram abertas e mensuradas o tamanho das lesões de H. zea. Para análise das médias foi usado o teste de Scoth knott ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados conclui que houve diferenças significativas entre as cultivares quanto a lesão causada em relação as datas de coletas das espigas e também referente aos diferentes agroecossitemas. Esta constatação dar o indicativo que o ataque da lagarta-da-espiga em Sergipe tem mais importância para a localidade de Nossa Senhora das Dores, onde se destacou por apresentar maiores danos, sendo significativamente diferente, quanto ao ataque nos demais agroecossitemas estudados. Em termos de lesões de H. zea, os materiais híbridos testados apresentaram ser diferentes e que entre as variedades não diferiram significativamente. Os comprimentos médios de lesões causadas pela lagarta H. zea em espigas de variedades (V), híbridos simples (HS), híbridos duplos (HD) de milho, apresentaram ser diferentes em relação à época de coleta e os híbridos triplos (HT), portanto, não diferiram entre si. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. OVIPOSIÇÃO DE DERMÁPTERAS (EUBORELLIA ANNULIPES) SOBRE DIETAS ARTIFICIAIS Maria De Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa - Rodilma Santos De Almeida - José Junior Araújo Sarmento - Jeane Medeiros Martins De Araújo [email protected] Em virtude da necessidade de se estabelecer o controle biológico de pragas pelas tesourinhas da espécie Euborellia annulipes, objetivou-se elaborar uma dieta artificial que proporciona-se a nutrição ideal e que contribuísse com o aumento da taxa de crescimento dos insetos. Para isso, conduziu-se o experimento no Laboratório de Entomologia e Apicultura do IFPB – Campus Sousa durante 60 dias, no período de Março à Abril. Foram utilizados tratamentos compostos por 5 (cinco) tipos de dietas e 10 (dez) repetições. Os insetos selecionaram possuíam o 5º instar e faziam parte da criação massal do mesmo laboratório. As tesourinhas foram introduzidos em recipientes cilíndricos de plástico transparente com capacidade para 250ml e mantidos em temperatura ambiente. As dietas oferecidas eram controladas com proporções balanceadas, compostas por proteínas, vitaminas, sais minerais e carboidratos, quais foram oferecidas aos casais de insetos na quantidade de 500mg e eram renovadas a cada 2 (dois) dias. Os compostos foram analisados em proporções diferentes e os tratamentos foram os seguintes para cada dieta: T1 - 22% de levedo de cerveja, 13% de leite em pó, 26% de farelo de trigo peneirado, 35% de ração inicial para frango de corte peneira e 4% de formaldeído, T2 – 40% de ração inicial para frango de corte peneirada, 40% de leite em pó, 20% de levedura, T3 - 30% de ração inicial para frango de corte peneirada, 40% de leite em pó, 30% de levedura, T4 - 30% de ração inicial para frango de corte peneirada, 50% de leite em pó, 20% de levedura e T5 - 20% de ração inicial para frango de corte peneirada, 40% de leite em pó, 40% de levedura. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste 'F' e as médias foram comparadas pelo teste Tukey ao nível de 1% de probabilidade pelo aplicativo software SISVAR. Diante dos dados coletados a dieta que continha 20% de ração para frango, 40% de leite em pó e 40% de levedura representando o tratamento 5, apresentou a média de 79,5 sobre a variável pesquisada, que foi a oviposição das tesoruinhas. Contribuindo assim, para fortalecer a longevidade dos insetos. VIII Encontro Brasileiro de Ecologia Química 01 a 04 de outubro de 2013, Natal, RN. AUMENTO DA TEMPERATURA PODE AFETAR PARÂMETROS BIOLÓGICOS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (J.E. SMITH) (LEPIDOPTERA:NOCTUIDAE) E A CONSTITUIÇÃO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS NA PLANTA DE SOJA Mariana Closs Salvador - Maria Cristina Neves De Oliveira - Maurício Ursi Ventura - Clara Beatriz Hoffmann-Campo [email protected] A temperatura é um dos fatores abióticos que mais afetam as interações fisiológicas e comportamentais de insetos e plantas. Alterações neste fator podem modificar a infestação e distribuição dos artrópodes pragas nos agrossistemas, além de modificar a constituição de metabólitos secundários das plantas. Neste estudo, avaliou-se o efeito de quatro temperaturas (25°C, 28°C, 31°C e 34°C) sobre a biologia de S. frugiperda durante quatro gerações consecutivas e a influência destas temperaturas na concentração dos flavonoides em folhas de soja. As temperaturas adotadas para a criação dos insetos e cultivo das plantas foram reduzidas em 4ºC no período noturno. Lagartas de 2º ínstar, criadas desde a eclosão na cultivar BRS 359RR em câmaras climatizadas com fotofase de 14h e UR 70% ± 10%, foram pesadas, individualizadas e avaliadas diariamente, observando-se a mortalidade e o tempo de desenvolvimento de cada estádio. O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado com 60 repetições. O peso de pupa foi obtido após 48 horas da transformação. Na avaliação da longevidade e número de ovos depositados, foram utilizados dez casais. A razão sexual foi calculada dividindo-se o número de fêmeas pelo total de indivíduos. Para a identificação e quantificação de flavonóides, as plantas foram cultivadas em câmaras de crescimento nas respectivas temperaturas até o estádio V3, as amostras (10 repetições por temperatura) foram extraídas e analisadas em HPLC. Temperaturas mais altas proporcionaram um encurtamento no ciclo de desenvolvimento dos insetos, no entanto nesses tratamentos foi observada maior mortalidade dos insetos e inviabilidade dos ovos. O peso de pupa sofreu influência das mudanças nas temperaturas, sendo maior em 25ºC e 28ºC. O número de ovos depositados e a longevidade dos adultos decresceram com o aumento da temperatura. A razão sexual não foi influenciada pelas temperaturas. Daidzina, acetil daidzina, glicitina e malonís (daidzina, glicitina e genistina) foram observadas em maior concentração nas plantas cultivadas a 25°C. A 31°C foi observada uma maior concentração de acetil daidzina em relação a 28 e 34°C. Em 34°C, as plantas apresentaram uma alta concentração de ácido salicílico, substância que tem grande importância em processos fisiológicos relacionados à adaptação dos vegetais. Os resultados obtidos demonstram que o aumento de temperatura influência no ciclo de desenvolvimento de S. frugiperda e nos compostos fenólicos presentes na soja.