INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO FÚNGICO DE SEMENTES DE SOJA COM DIFERENTES SUPLEMENTAÇÕES E ÍNDICES PLUVIOMÉTRICOS NA FASE INICIAL DE DESENVOLVIMENTO DEBASTIANI, Márcio¹ [email protected] PERIN, Éder S.¹ [email protected] POLI, Deividi¹ [email protected] RESTELATTO, Leonardo F.¹ [email protected] ROSA, Maurício¹ [email protected] CAMILLO, Maristela F.² [email protected] DE ALMEIDA, Mauro A.² [email protected] OLIVEIRA, Franciele² [email protected] PIEROZAN, Morgana K.² [email protected] SEXTO, Paloma, A.² [email protected] WEIPPERT, Rosangela M.² [email protected] URIO, Elisandra A.² [email protected] MEIRELES, Ronaldo B.³ [email protected] ¹ Discentes do curso de agronomia, Nível VIII 2016/2 – Faculdades IDEAU – Getúlio Vargas/RS ² Docentes do curso de agronomia, Nível VIII 2016/2 – Faculdades IDEAU – Getúlio Vargas/RS ³ Coordenador do curso de agronomia, Nível VIII 2016/2 – Faculdades IDEAU – Getúlio Vargas/RS RESUMO: O Brasil é o segundo maior produtor de soja (Glycine max (L) Merrill), com produção na safra 14/15 de 95,070 milhões de toneladas, sendo que desta produção, 45,7 milhões de toneladas foi exportada em forma de grão, 13,7 milhões de toneladas em forma de farelo e 1,3 milhões de toneladas na forma de óleo, em que o restante fica em consumo interno (CONAB, 2015). Com toda essa necessidade, tanto interna como externa, seja na forma direta ou indireta do seu consumo, é preciso cada vez mais aumentar sua produção, pois é um dos principais produtos na alimentação humana e animal no mundo. Com isso, busca-se sempre um aprimoramento e um melhoramento por parte dos pesquisadores para que o produtor consiga na mesma área ter maiores resultados, desta forma um dos fatores determinantes para esta produção é o estabelecimento da lavoura, que se faz antes da semeadura, como os tratos com a semente, sendo os danos mecânicos causados, armazenamento e o manejo adotado na semeadura. Sabendo disso, outro fator providencial e bastante utilizado pelos produtores brasileiros são os tratamento de sementes, os quais são distribuídos de diferentes formas, e para diferentes __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU finalidades. Hoje se fala muito nas suplementações adicionadas junto ao fungicida no tratamento de sementes, como macronutrientes, micronutrientes e fitohormônios, os quais tem por finalidade incrementar o crescimento e o desenvolvimento vegetal. Assim, foi avaliado a eficiência do tratamento fúngico com diferentes suplementações, sob simulação de diferentes índices pluviométricos na fase inicial de desenvolmento da soja, visando possíveis interferências na emergência de plantas, desenvolvimento radicular e o desenvolvimento da parte aérea da planta. Entre os tratamentos observou-se que os tratamentos de sementes utilizados aumentou o teor de emergência de plantas quando comparados somente a semente sem tratamento, já a massa verde foi incrementada com excesso de chuva durante as duas semanas após a semadura, independente do tratamento utilizado, por outro lado a matéria seca obteve maior incremento comparando da primeira para segunda avalição nos tratamentos com maior teor de água. Palavras-chave: Tratamento de semente, suplementação, emergência, desenvolvimento radicular, massa verde. ABSTRACT: Brazil is the second largest soybean prodututor (Glycine max (L) Merrill), with production in the harvest 14/15 95.070 million tons, and this production, 45.7 million tonnes was exported in the form of grain, 13 7 million tons in the form of meal and 1.3 million tons in the form of oil, the rest is for domestic consumption (Conab). With all this need, both internal and external, either in direct or indirect form of consumption, it takes more and more to increase its production, it is one of the main products in the food and feed in the world. Thus, search is always an improvement and an improvement by researchers for the producer to get in the same area have higher results in this way one of the determining factors for this production is the establishment of the crop, which is made even before sowing, which are the treatment with the seed, it goes from the caused mechanical damage, storage and management adopted at sowing. Knowing this, another factor providential and widely used by Brazilian producers are the treatment of seed, which are distributed in different ways and for different purposes. Today there is much talk in the supplemental added with the fungicide in TS, as macronutrients, micronutrients and phyto, which aims to increase growth and plant development. Thus, it evaluated the efficiency of the fungal treatment with different supplementation under different simulation rainfall in the early stage of soybean desenvolmento, targeting the root development and the development of the aerial part of the plant. Among the treatments it was observed that seed treatments increased the plant emergence content only when compared to seeds without treatment , since the green mass has increased with heavy rainfall during the two weeks after semadura , regardless of the treatment , on the other hand the dry matter obtained the highest increase compared to the first second appraisaL in treatments with higher water content. Keywords: seed treatment , supplementation , emergency, root development , green mass. 1 INTRODUÇÃO A área de soja (Glycine max (L) Merrill) juntamente com sua produção vem crescendo significativamente no Brasil, onde a área plantada cresceu 49% nas últimas três décadas, isso se dá pelas grandes evoluções tecnológicas, manejo e a a eficiência dos produtores. O produto é essencial na fabricação de rações animais e com uso crescente na alimentação humana (MAPA, 2014). A safra 14/15 em números relata a grande necessidade da produção brasileira do grão, em que foi produzido cerca de 95,070 milhões de toneladas, com produtividade média de 3.011 Kg/ha. Desta produção, 39,936 milhões de toneladas foi seu consumo interno, 45,7 milhões de toneladas foi para exportação do grão, 13,7 milhões de toneladas foi para exportação de farelo de soja e 1,3 milhões de toneladas exportada na forma de óleo (CONAB, 2015). __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 2 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU A expressão do potencial produtivo da soja depende de diversos fatores fundamentais como o clima, técnicas de manejo, fatores físicos e químicos do solo. Sabendo disso e estando todos dentro das condições necessárias é preciso colocar no solo cultivares que também tenham alto potencial produtivo para que ambos caminhem juntos para a consolidação de grandes produções (CAMPO & HUNGRIA, 2002). Segundo Mundstock & Thomas (2005), no período vegetativo as primícias das raízes e da parte aérea se encontram na semente. Durante a germinação e a emergência das plântulas de soja ocorre o desenvolvimento do sistema radicular seminal, o desenrolamento das folhas primárias e o desenvolvimento do meristema apical que dará origem a parte aérea. Dando início a esse conjunto, as plântulas passam a absorver nutrientes do solo e a produzir fotoassimilados para o seu crescimento. Para iniciar o processo de germinação a soja necessita absorver água no volume de 50% do de seu peso, passando assim para a fase de emergência que ocorre geralmente dos 7 aos 10 dias após a semeadura, nesta fase as reservas nutricionais estão disponíveis nos cotilédones que suprem a necessidade metabólica da plântula por 7 a 10 dias (MUNDSTOCK & THOMAS, 2005). Há fatores que o ser humano não pode controlar, os quais são denominados como abióticos, ou seja, causados pelo meio ambiente. Entretanto, a soja apresenta sensibilidade ao excesso e a falta de água, em que o excesso, com precipitações pluviais intensas causam um crescimento vegetativo excessivo, por outro lado, a falta de chuva agrava o crescimento vegetativo, comprometendo o número suficiente de nós e ramos para o desenvolvimento de flores (MUNDSTOCK & THOMAS, 2005). A soja na última safra, 2014/2015 sofreu muito com o excesso de chuva, principalmente nas fases iniciais de desenvolvimento, em que ocorreu problemas na germinação das sementes pelas condições inapropriadas do solo pelo acúmulo de água, sendo o excesso de umidade porta inicial para a maioria dos patógenos atacar o hospedeiro, inclusive nesta fase de desenvolvimento (GARCIA & GOULART, 2015). Segundo Carneiro (2011), apud Ferrari, da Paz & da Silva, 2015, a água além de ser necessária ao crescimento das células é um elemento essencial para a manutenção da turgescência. O estresse hídrico desencadeia uma alteração na expressão genética e o metabolismo celular, em que essa redução de água nas folhas proporciona um fechamento __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 3 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU estomático e consequente diminuição das trocas gasosas, inibindo vários processos bioquímicos e fisiológicos da planta. Para Reven (1996), apud Pivetta, 2011, o sistema radicular tem sua importância na sustentação e absorção de água e nutrientes. Grande parte das regiões agricultáveis apresentam problemas edafoclimáticos, com períodos de seca, defiência de nutrientes, desequilíbrio químico, compactação, acidez e salinidade. Com isso, o sistema radicular das plantas deve apresentar bom desenvolvimento em volume e boa arquitetura, os quais vão determinar a eficiência da utilização dos recursos que estão disponíveis (TAIZ & ZEIGER, 2004). Como citado anteriormente, diante da grande importância e demanda do grão para consumo interno como externo, enfrentam-se um desafio de manter os índices de produção elevados sem expandir a extensão da área cultivada, para isso, o produtor tem como responsabilidade manejar de forma adequada todos os processos desta produção, que inicia pela boa estabilização da lavoura, onde cuidados com os tratos culturais das sementes, danos mecânicos e o manejo de semeadura são extremamente indispensáveis para este processo (ECONOMIA&NEGÓCIOS, 2014). Sabendo disso, um dos métodos mais utilizados pelos produtores rurais, mediante situações adversas tanto bióticas como abióticas é o tratamento de sementes, estea garante uma boa proteção à semente contra fungos do solo e ajudam a garantir um regular crescimento da planta. Para isso, é de fundamental importância também a escolha da semente, a qual deve ter alta qualidade, vigor e germinação (CANAL RURAL, 2015). Junto aos fungicidas e aos inseticidas no tratamento de sementes (TS) hoje, está sendo muito usado e estudado as suplementações, tanto as nutricionais com macronutrientes e micronutrientes, como também os fitohormônios. As suplementações com macronutrientes e micronutrientes são de modo geral uma complementação das reservas nutricionais para que o futuro da planta disponha de nutrientes de forma adequada para a expressão de seu máximo vigor e o estabelecimento de plantas de alto desempenho produtivo (DIMICRON, 2015). Por outro lado, os fitohormônios utilizados em TS tem a finalidade semelhante as suplementações anteriores, dando incremento no crescimento e no desenvolvimento vegetal, através do alongamento celular, crescimento das gemas laterais e a indução dos primórdios radiculares (MAPA, 2009). __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 4 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Este trabalho teve por objetivo avaliar a emergência das plantas, desenvolvimento radicular e o desenvolvimento da parte aérea da soja em fase inicial, utilizando diferentes tipos de tratamentos em diferentes condições pluviométricas, visando analisar qual tratamento apresenta maior eficiência nos quesitos avaliados, como também analisar possíveis danos causados por pragas e doenças. 2 MATERIAL E MÉTODOS A implantação do experimento foi conduzida no município de Paim Filho, na propriedade de Leonardo Felipe Restelatto, com Latitude de 27°44'56,43" S e Longitude de 51°47'32,02" O a partir do dia 02 de abril de 2016. Os tratamentos foram dispostos segundo o delineamento experimental completamente casualizado com quatro repetições, onde foi testado à eficiência do tratamento fúngico de sementes com diferentes suplementações sob diferentes índices pluviométricos em fase inicial de desenvolvimento, sendo que todos os tratamentos durante a implantação receberam água suficiente até o substrato atingir a capacidade de campo. A cultivar de soja utilizada foi Pioneer 95R51 com teste de germinação que constatou 89% e vigor 85%. Os tratamentos testados foram: T1: Testemunha; T2: Fungicida + CoMo (cobalto + molibdênio) + Fitohormônio; T3: Fungicida + Fitohormônio; T4: Fungicida + suplementação. Cada tratamento foi composto de 50 sementes adicionadas em tubetes com dimensões de 12,5 cm de profundidade e diâmetro de 3,3 cm. O substrato utilizado era composto de turfa, calcário e aditividado com fertilizante mineral, com capacidade de retenção de água de 80%, densidade em base seca de 270 Kg/m³ e pH de 5,8. Para o tratamento de semente com as suplementações foram usados 4 produtos comerciais: para tratamento fúngico foi utilizado o ingrediente ativo fludioxonil do grupo químico fenilpirrol 25g.L-1, do produto comercial Maxim®, com dose de 3ml.Kg-1 de semente; para o fitohormônio foi utilizado os ingredientes ativos ácido 4-indol-3-ilbutírico, do grupo químico ácido indolalcanóico 0,05g.L-1; ácido giberélico, do grupo químico giberelina 0,05g.L-1 e cinetina, do grupo químico citocinina 0,09g.L-1, ambos ativos pertecem ao produto comercial Stimulate® , com dose utilizada de 4ml.Kg-1 de semente; para as suplementações nutricionais foram utilizados dois produtos, um a base dos micronutrientes cobalto e molibdênio do produto comercial COMO®, na dose de 1,6ml.Kg-1 de semente, outro a base de macronutrientes e micronutrientes, do produto comercial Seeds TMSP®, na dose de __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 5 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU 3ml.Kg-1 de semente. Sabendo que cada tratamento de semente e suas suplementações foram baseados nas recomendações das empresas dos produtos e também no histórico da utilização dos produtores, ou seja, os mais utilizados a campo na região norte do Rio Grande do Sul. Cada tratamento recebeu quantidades diferentes de água durante o ciclo inicial de desenvolvimento, sendo que foram distribuídas em três situações, tais como: 1ª: restrição da chuva após a semeadura, 2ª: precipitação de 15 mm durante a primeira semana e 15mm durante a segunda semana, 3ª: precipitação de 70mm durante a primeira semana e 70mm durante a segunda semana. Devido cada tratamento receber três diferentes índices pluviais, torna-se assim avaliação de 12 tratamentos. Para o volume das caldas foi utilizado um copo medidor, seringas descartáveis e a balança de precisão para o cálculo da quantidade de sementes (ml.Kg-1). Para a homogenização da calda com as sementes foram utilizados sacolas plásticas para cada tratamento, com mistura manual. Para a simulação pluvial foi necessário o uso de uma trena para a medição da área da bandeja (onde cada tratamento estava disposto), em que a área obtida foi convertida no volúme de água necessária para cada tratamento. E para a indução desta água foi utilizado o copo medidor (volume) e o regador (distribuidor), em que foi feita a distribuição uniforme em cada bandeja. O preparo do substrado nos tubetes foi realizado manualmente. Em seguida, foi dado capacidade de campo a 75% de umidade para todos os tratamentos, visto que o substrato encontrava-se sem presença de umidade. A figura 1 relata o preparo do experimento. Figura 1: Preparação do experimento. Foto: DEBASTIANI, M., Paim Filho – RS, 2016. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 6 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU A semeadura foi executada com 3 cm de profundidade, dispondo para cada tubete uma semente, com 50 sementes por tratamento, obtendo 4 repetições cada, totalizando por tratamento 200 sementes semeadas, sabendo que foram avaliados 12 tratamentos, o que determinou o uso de 2.400 sementes. Logo após a semeadura, os tratamentos que foram simulados índices pluviométricos já receberam uma porcentagem logo ao concluir a semeadura, em que o restante foi distribuído durante os outros dias. Durante todas as etapas foram realizadas as avaliações fitossanitárias de pragas e doenças, possíveis injúrias causadas pelos ingredientes ativos dos produtos e pela falta ou excesso de água. Primeiramente foram avaliados a porcentagem de emergência das plantas realizando a contagem nos blocos, em decorrência 50% de cada tratamento foi coletado para a amostragem, sendo que o processo desencadeou-se pela retirada do material do tubete, o corte da parte aérea para análise de Massa Verde (MV), lavagem em água corrente do sistema radicular, o qual foi encaminhado para o laboratório, colocadas em estufa a 37 oC por 48h e avaliada Matéria Seca (MS), ambas avaliações receberam o auxilio de uma balança de precisão, conforme ilustra a figura 2 e 3. Figura 2 e 3: balanças de precisão utilizadas para a avaliação de MV e MS, respectivamente. Foto: DEBASTIANI, M., Paim Filho – RS, 2016. Os resultados foram submetidos à análise de variância e comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de significância. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 7 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU 3 RESULTADOS E ANÁLISES Para os principais objetivos foi efetuada a primeira avaliação 10 dias após a semeadura, já a segunda avaliação foi sucedida 20 dias após a semeadura. A emergência das plantas ocorreu quatro dias após a semeadura, de acordo com a Figura 4, observou-se que as menores taxas de emergência ocorreram onde foram utilizados apenas semente (87% a 89%), independentemente do volume de chuva subsequente a semeadura, nos demais tratamentos a emergência de plantas foram superiores a 93% chegando a 97% sendo que o volume de chuva posterior a semeadura não teve interferência significativa na germinação e emergência das plantas. Figura 4: avaliação da emergência das plantas dez dias após a semeadura, de acordo com cada tratamento e volume de rega. Os maiores volumes de matéria seca de raíz observados aos 10 dias após a semeadura foram no tratamento T2: Maxim + Stimulate + CoMo onde o substrato encontrava-se com capacidade de campo e não ocorreu rega após a semeadura, a menor quantidade de matéria seca foi observada no T4: Maxim + TMSP com rega de 15 mm na primeira semana. Na avaliação dos 10 dias após a semeadura os tratamentos que foram semeados com solo com capacidade de campo e não receberam rega nas semanas seguintes apresentaram teores superiores de matéria seca de raíz, exceto o tratamento T4: Maxim + TMSP. Os tratamentos que receberam volumes de chuva de 15 mm na primeira semana e 15 mm na __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 8 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU segunda semana apresentaram menor matéria seca de raíz. O tratamento T3: Maxim + Stimulate com rega de 140 mm apresentou maior volume de raíz na avaliação dos 20 dias após a semeadura. A figura 5 apresenta os resultados para matéria seca de raíz aos 10 e 20 dias após a semeadura de acordo com o volume de rega. Observou-se que houve relação no incremento do teor de matéria seca de raíz, em que os tratamentos que apresentaram maior teor na primeira avaliação foram os mesmos que obtiveram os maiores valores na segunda avaliação. Figura 5: Teores de massa seca de raíz nos diferentes tratamentos, aos 10 e 20 dias após a semeadura. Médias seguidas de letras diferentes diferem estatisticamente entre si pelo método de Tukey a 5% de probabilidade. Verificou-se que a massa verde de plantas emergidas aos 10 dias foi superior no tratamento T2: Maxim + Stimulate + Co MO com rega de 70 mm. Os menores valores foram observados no tratamento T3: Maxim + Stimulate e no tratamanto T2: Maxim + Stimulate + Co MO onde não ocorreu rega posterior a semeadura. Na primeira avaliação todos os tratamentos que não receberam rega após a semeadura apresentaram a menor massa verde por planta, os tratamentos que receberam 15 mm de rega apresentaram massa verde por planta superior aos tratamentos que receberam 70 mm, exceto o T2 com 15 mm que apresentou valores inferiores e o T2 com 70 mm que foi superior aos demais tratamentos com rega de 15 mm. A figura 6 apresenta os resultados de massa verde aos 10 e 20 dias após a semeadura nos diferentes tratamentos e intensidade de rega. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 9 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 6: Teores de massa verde da parte aérea das plantas de soja avaliadas nos diferentes tratamentos e diferentes instensidades de rega no 10° e 20° dia após a semeadura, em que aos 10 dias recebeu somente a metade do volume de água indicado no gráfico. Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo método de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos podem ser observados na Figura 7 que apresenta a massa verde da parte aérea em gramas por planta, matéria seca de raíz em gramas por 100 plantas, avaliadas aos 10 e 20 dias após a semeadura nos diferentes tratamentos e diferentes volumes de rega. Na segunda avaliação observa-se que houve incremento de massa verde em todos os tratamentos que receberam volume de rega de 140 mm e o T2 que recebeu 30 mm de rega, nos demais ocorreu redução de massa. Figura 7: Massa verde da parte aérea e matéria seca de raíz ao 10° e 20° dia após a semeadura com diferentes volumes de rega nos tratamentos. A figura 8 ilustra a diferença em estatura de plantas bem desenvolvidas e nutridas em comparação com plantas com estresse hídrico e pouco desenvolvimento ao 20º dia de avaliação. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 10 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 8: diferença no desenvolvimento de plantas ao 20º dia de avaliação. Foto: DEBASTIANI, M., Paim Filho – RS, 2016. Quanto às injúrias causadas por pragas e doenças não foi tão expressiva, por outro lado à eficiência do tratamento de sementes com as suplementações obtiveram um maior nível de emergência, porém a falta de vigor da própria semente proporcionou a morte de algumas plântulas, como ilustra a figura 9. Em algumas plântulas ocorreu o tombamento (damping off) logo após a emergência e em outras pelo excesso de umidade emergiram retorcidas, em que ao invés dos cotilédones emergirem era a radícula quem ultrapassava o substrato. Figura 9: injúrias em plântulas. Foto: DEBASTIANI, M., Paim Filho – RS, 2016. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 11 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU 4 CONCLUSÃO Todas as suplementações de sementes com a utilização de fungicidas apresentaram resultados de emergência de plantas superiores aos tratamentos que utilizaram apenas semente. O maior acúmulo de massa verde na primeira avaliação ocorreu em todos os tratamentos que receberam rega de 15 mm, exceto o T2, em que a rega de 70 mm foi superior. Na segunda avaliação os maiores volumes de massa verde deram-se nas regas de 140 mm independente do tratamento utilizado e o T2 com volume de rega de 30mm apresentou incremento de massa verde, os demais tratamentos sofreram redução de massa verde em virtude do stress hídrico. O maior incremento de matéria seca de raíz foi observado nos tratamentos que receberam volume de rega de 140 mm nas duas primeiras semanas após a semeadura, no entanto a testemunha sem índice pluviométrico durante as duas semanas apresentou pequena redução na matéria seca de raíz. Em um ano que ocorra falta de chuva o poder de arranque convertido em matéria seca foi superior no T2, já a massa verde foi no T4. Por outro lado com excesso de chuva na fase inicial de desenvolvimento podemos observar uma maior matéria seca no T3, e massa verde no T2. 5 REFERÊNCIAS CAMPO, R, J. & HUNGRIA, M. Embrapa Soja. Como a soja pode produzir mais. 2002. Disponível em:https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/444822/1/ID1457.pdf. Acesso em: 10 de abril de 2016. CANAL RURAL. 2015. Entenda o tratamento de sementes e sua importância. Soja Brasil. Disponível em: http://www.projetosojabrasil.com.br/tratamento-de-sementesimportancia/. Acesso em: 10 de abril de 2016. FERRARI, E; da PAZ, A & da SILVA, A. C. 2015. Déficit hídrico no metabolismo da soja em semeaduras antecipadas no Mato Grosso. Pesquisa Agrária e Ambientais. Mato Grosso. CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. EMBRAPA. Soja em números (safra 14/15). 2015. Disponível em: https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos. Acesso em: 10 de abril de 2016. DIMICRON – química do Brasil. 2015. Seeds TMSP. Disponível http://www.dimicron.com.br/culturas/16/seeds-tmsp/. Aesso em: 10 de abril de 016. em: __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 12 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU E&N – Economia & Negócios. 2014. O desafio é plantar mais sem aumentar a área cultivada. O estado de São Paulo. Disponível em: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-desafio-e-plantar-mais-sem-aumentar-a-areacultivada,1563408. Acesso em: 10 de abril de 2016. GARCIA, R. A. & GOULART, A. C. Embrapa Agropecuária Oeste. Excesso de chuvas na região sul de MS pode atrapalhar o desenvolvimento da soja. 2015. MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Stimulate. Stoller do Brasil Ltda. Cosmopolis – SP. 2009 MAPA – Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Soja. 2014. 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