A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA EM CIDADES MÉDIAS: UM DEBATE SOBRE A POLÍTICA PÚBLICA ALINE FERNANDA COIMBRA1 Resumo: O presente trabalho pretende compreender e analisar as transformações do espaço urbano observadas após a implantação do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Neste caso, considera-se importante a atuação de seus agentes, produtos e estratégias para compreender o processo de produção do espaço urbano em geral e, em particular, processos de transformações imediatas em sua articulação a movimentos mais amplos compreendidos pelos momentos de reestruturação das cidades (SPOSITO, 2013). O trabalho trará algumas questões defendidas por Maricato (2009), que afirmam a necessidade de mudanças na organização inicial do PMCMV e visa que o olhar do desenvolvimento do projeto seja considerado a partir de uma política urbana e social, não apenas reproduzindo um processo de produção em escala de casas e apartamentos. Palavras-chave: Programa Minha Casa Minha Vida, política pública, cidades médias. Abstract: This presente work want to understand the analysis of the transformations of urban space observed after the implementation of Program Minha Casa Minha Vida (PMCMV). In this case, it is considered important the actions of its agents, products and strategies to understand the production process of urban space in general and, in particular, processes of immediate changes in its relationship to the larger movements understood by moments of restructuring of cities (SPOSITO, 2011). The work will bring some questions advocated by Maricato (2009), who claim the need for changes in the initial organization of PMCMV and aims that the look of the project development is considered from an urban and social policy, not just playing a production process in range of houses and apartments. Key-words: Program Minha Casa Minha Vida, public policy, medium-sized cities. 1 - Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de Ciência e Tecnologia – Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP Campus de Presidente Prudente. Participa do Grupo de Pesquisa: GAsPERR, ReCiMe, CEMESPP. E-mail: [email protected]. 4194 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO 1 – Introdução O trabalho a ser apresentado integra-se a pesquisas desenvolvidas pela Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias – ReCiMe e busca relacionar informações que retratem as lógicas econômicas e a compreensão dos processos contemporâneos de transformação dos espaços internos da cidade e na extensa redefinição da morfologia e dispersão dos tecidos urbanos (SPOSITO, 2013). O objetivo aqui é compreender a análise das transformações do espaço urbano observadas após a implantação do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), tendo como ponto de partida, os resultados e questões levantadas a partir da dinâmica do mercado imobiliário em cidades médias. Neste caso, considera-se importante a atuação de seus agentes, produtos e estratégias para compreender o processo de produção do espaço urbano em geral e, em particular, processos de transformações imediatas e reestruturação das cidades. Observa-se inicialmente que há implantações, em grande parte das cidades médias, empreendimentos do PMCMV concentrados em grandes módulos e que passam a impactar transformações no local destinado, ao seu redor e na cidade em geral. Mas não apenas isso, muitas vezes favorece a ampliação do tecido urbano que se adentram ao perímetro rural. Bem como, há particularidades da população que usufruirá dos empreendimentos que devem ser levadas em consideração, visto que, famílias serão deslocadas de diferentes áreas da cidade para compor um mesmo espaço, e assim o caracterizar. A partir de algumas das informações apresentadas e de alguns reflexos do programa, o trabalho trará algumas questões defendidas por Maricato (2009) que afirma uma necessidade de mudanças na organização e desenvolvimento desse tipo de projeto. Menciona que a política seja observada a partir da política urbana e social, não apenas reproduzindo um processo de produção em escala de casas e apartamentos. Além disso, vincular a ideia de que “as forças dos capitais, sob a hegemonia financeira, avançam sobre a terra, urbana ou rural, criando uma nova relação” 4195 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO (MARICATO, 2014, pg. 26) é importante, pois indica um fator das distâncias dos empreendimentos delimitados na morfologia da cidade. Tal relação indica o papel da terra como um nó nas relações sociais e que a partir de lógicas econômicas e políticas influencia a reorganização da cidade, está ideia poderá ser mais bem desenvolvida no desenvolvimento. Por fim, é importante destacar que as mudanças locacionais dos indivíduos que irão compor tais empreendimentos, terá como exemplo a análise desenvolvida em conjunto com demais responsáveis pelo projeto “Trajetórias do mercado imobiliário em cidades médias: a produção imobiliária do PMCMV, seus agentes e a diferenciação e desigualdades socioespaciais intra-urbanas nas cidades de Marília e Presidente Prudente” 2. Trata-se, pois, de um limiar analítico, já ressaltado por Melazzo (2013), que situa estas relações, pensadas a partir das cidades médias e sua conjugação com as desigualdades socioespaciais, através da constituição de seletivos vetores de expansão territorial, de mudanças na localização dos diferentes grupos sociais, dos diversos e diferenciados produtos imobiliários que segmentam seletivamente o mercado habitacional e de terrenos e, também, pela formação de novas centralidades no interior das cidades. 2 Este projeto teve como objetivo principal analisar os projetos habitacionais inseridos no Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), implantados e em fase de análise, nas cidades de Marília e Presidente Prudente, ambas cidades médias do Estado de São Paulo frente às dinâmicas do mercado imobiliário em cada uma das citadas cidades. Os marcos teóricos fundamentais que guiam a presente proposta partiu da necessidade compreender e analisar as particularidades das chamadas cidades médias, frente à diversidade urbana brasileira; a compreensão do papel dos mercados fundiários e imobiliários no contexto da dinâmica econômica e social brasileira, seja historicamente, seja no momento atual e analisar a dimensão espacial do mercado imobiliário frente às diferenciações e desigualdades socioespaciais presentes nas cidades em questão. 4196 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO 2 – Desenvolvimento As redefinições da produção do espaço urbano no momento atual ganha importância nos debates sobre o tema a ser desenvolvido sobre o PMCMV, pois a partir da intensificação das relações em várias escalas que propiciam com que ocorra a disseminação das atividades e ações capitalistas, sejam elas metrópoles ou cidades médias, estes processos são repetidos ou reorganizados em grande parte delas. No entanto, não podemos esquecer de que estas relações ocorrem em espaço e tempo diferentes, ritmos e frequências, segundo SPOSITO (2013). A partir de tais relações, as lógicas econômicas, que são incorporadas a estes processos contemporâneos, ganham função e importância para atuar na produção do espaço urbano, bem como, nas lógicas de acumulação e transformação da morfologia e espaços internos das cidades. Segundo Melazzo (2013) questiona-se se a partir das sinergias entre os capitais mercantis-rentistas, em suas lógicas de acumulação, frente às ações cada vez mais financeirizadas de grupos econômicos que se produzem e reproduzem pelo poder de se articular à escala nacional e seguindo padrões, ritmos e estratégias internacionais, (Melazzo, 2013, p. 2) há uma aceleração em alguns processos e dinâmicas, mas que em outros casos podem ser mais lentos ou dominados por estratégias que estão ligadas à dinâmicas locais. As transformações observadas na produção do espaço urbano podem ser melhores abordadas e discutidas nos trabalhos de SPOSITO (2013), CARLOS (2011), HARVEY (2004) entre outros. No entanto, o objetivo aqui é compreender como estas transformações podem ser analisadas e observadas após a implantação do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) em 2009. O programa teve como objetivo a partir de sua implantação, para além de alavancar a política habitacional que se manteve contida por um longo tempo, há a pretensão de “financiar a produção de moradias para, antes de mais nada, 4197 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO minimizar o impacto da crise internacional sobre o emprego no Brasil” (MARICATO, 2009, p. 1). Temos que em primeiro caso, estimulou-se a participação de empresas e incorporadoras ligadas ao setor imobiliário, que detinham papel/função no desenvolvimento e prática do programa, responsáveis pela construção dos empreendimentos a serem em grande parte realizados por elas. Isso favoreceu com que empresários da construção como Maricato (2009) retrata em seu texto 3, ganhassem poder e favorecessem seus interesses, que não encontravam-se de início na faixa 1. Enquanto isso, o programa torna-se alvo de contradições ao abarcar faixas de renda superiores a 7 salários mínimos e que não seriam parte do déficit habitacional, mas de fato, ajudou a diminuir o impacto da crise. A partir disso, temos um segundo caso, o qual se questionou se o problema habitacional e urbano acabam não sendo relativamente solucionados ou dado tamanha importância, como propriamente Maricato (2009) afirma a continuidade do papel do Estado em “distribuir renda e reforçar o mercado interno mantendo a hegemonia dos bancos, do agronegócio e da indústria de automóveis”. Além da supremacia destes ramos, observa-se a importância do papel da terra urbanizada diante das transformações e reestruturações da cidade, a terra rural e urbana é vista “como status, símbolo do poder político, bem raiz e reserva de valor à terra como ativo de valor capaz de alavancar acumulação e lastrear processos econômicos, urbanos e da cidade” (Melazzo, 2013, p. 6). Com isso, temos que o crescimento urbano atrelado ao investimento público gera valorizações e rendas imobiliárias a partir do aporte de terra. Portanto, se pensarmos que grandes incorporadoras são responsáveis pela produção dos empreendimentos do programa e em muitos casos possuem estoque de terras após a abertura de capital na Bolsa de Valores, tais empresas controlam grandes áreas que serão os futuros empreendimentos. 3 O “Minha Casa” é um avanço, mas segregação urbana ficou intocada – Carta Maior, 2009. 4198 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO Neste caso, também podemos pensar o setor público atuando em conjunto com tais empresas e que de certa forma, garante autonomia à elas principalmente na escolha das áreas. É perceptível que em muitos casos, as boas localizações são mantidas pelas empresas ao público de média renda (Faixa 3), enquanto que os empreendimentos mais distantes e nos limites entre o perímetro urbano e rural estão àqueles para baixa renda como podemos ver na Figura 1. Este processo não é absoluto, mas uma tendência que ocorre em outras cidades médias. Além disso, há a formação de grandes blocos de moradias, estas são algumas das estratégias das empresas responsáveis em dividir um empreendimento em vários (números 1,2,3,4,5 e 6,7,8) e assim se enquadrar nas normas de definidas pelo programa. Figura 1: Empreendimentos do PMCMV em Presidente Prudente/SP. Fonte: Projeto - Trajetórias do mercado imobiliário em cidades médias: a produção imobiliária do PMCMV, seus agentes e a diferenciação e desigualdades socioespaciais intra-urbanas nas cidades de Marília e Presidente Prudente. 4199 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO Maricato (2009) sintetiza a relação entre implantação de empreendimentos e longas distâncias É por esse motivo, pelo fato de que os pobres não cabem nas cidades, que os conjuntos habitacionais tem sido construídos em terras baratas a longas distâncias. Levar a cidade até eles resulta socialmente muito caro, mas essa lógica de extensão da cidade alimenta aquilo que ocupa o lugar central da desigualdade urbana: a valorização imobiliária e fundiária. (MARICATO, 2009, p. 1) Além disso, a questão de valorização fundiária, principalmente de áreas próximas ao centro de Presidente Prudente e que estavam ocupadas por famílias de baixa renda, podem ser reflexos de futuras áreas de valorização. A Figura 2, mostra de onde as famílias saíram e para onde foram, ou seja, quais áreas estavam e sua inclusão no tecido urbano (principalmente no CRAS Cambuci), e posteriormente passaram a residir em áreas estendidas da cidade. O processo de valorização das áreas que ocupavam anteriormente ainda não ocorreu, mas é um indicativo de transformações futuras que serão impactadas pelo PMCMV. 4200 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO Figura 2: Fluxo de sorteados para o Loteamento Jardim Cremonezi, Presidente Prudente/SP. Fonte: Projeto - Trajetórias do mercado imobiliário em cidades médias: a produção imobiliária do PMCMV, seus agentes e a diferenciação e desigualdades socioespaciais intra-urbanas nas cidades de Marília e Presidente Prudente. A seguir temos o Quadro 1, que apresenta o número de unidades habitacionais e as construtoras responsáveis por cada faixa. 4201 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO Quadro 1: Número de unidades habitacionais e construtoras na Faixa 1 e 2 em Presidente Prudente, 2009-2012. Presidente Prudente Faixa 2 Nº unidades 90 MONTEIRO MELLO 144 CAS CONSTRUTORA 320 MRV ENGENHARIA GOLDFARB DOZE EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO LTDA 597 Presidente Prudente Faixa 1 Construtora Total: 1151 Nº unidades 330 CAS CONSTRUTORA 444 LOMY ENGENHARIA 786 MONTEIRO MELLO 950 MENIN ENGENHARIA 951 HLTS Construtora Total: 3461 Fonte: SNH/ DHAB/ DUAP/ CAIXA/ IBGE. Dados coletados em: 15 nov 2013. É perceptível que o número de unidades destinada à Faixa 1 é maior que o da Faixa 2, no entanto, há uma concentração das construtoras Menin e HLTS em quase 55% da produção na Faixa 1, o que contribui para o que já foi apresentado, reforçar o papel de algumas empresas. O mesmo ocorre para a Faixa 2, a empresa Goldfarb representa 51% da produção, e se adicionarmos a MRV elas juntas representam o domínio para a faixa. O que se percebe é que as duas empresas citadas possuem empreendimentos em diversas cidades e trabalham em grande parte das vezes nesta faixa de renda. 4 – Conclusões Conclui-se que a expansão do mercado imobiliário após a implantação do PMCMV é de importante impacto, pois a partir de um dos seus objetivos garantiu acesso à moradia, mesmo que em diferentes faixas de renda. Ao mesmo tempo, que temos acesso à habitação, no entanto, vemos que há uma negação do direito 4202 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO à cidade a partir das transformações do espaço urbano e o aumento das desigualdades socioespaciais. Tais desigualdades são refletidas nas localizações dos empreendimentos do PMCMV, a faixa de renda que se destinam, os equipamentos e serviços públicos, além da expansão dos usos de solos destinados a faixas de renda alta, com proximidade de shoppings centers e loteamentos/condomínios fechados. Há a necessidade de garantir que a partir da escala, principalmente do município, os agentes responsáveis pela prática do programa sejam organizados a fim de que seu poder de atuação priorize algumas classes e que o capital imponha ações que ultrapassem os limites previstos no estatuto da cidade. Capital que “coloca novos desafios à luta pelo direito à cidade, ou seja, para que a paisagem urbana responda a critérios não mercantis, universais, no campo dos direitos sociais” (FIX, 2011, p. 5). Para se pensar um programa que se desenvolva em nossas cidades, é pensar como se elas existissem no mesmo modelo e nas mesmas realidades, como um modelo hierárquico. Portanto, acreditamos que deva existir especificações em algumas regiões e até mesmo sub-regiões. Além disso, pensar as localizações dos empreendimentos que favoreçam o direito à cidade, comprometidas com uma política urbana social. 5 – Referências BRASIL. IBGE. Censo 2010. BRASIL. IBGE. Caixa Econômica Federal. 2013 CARDOSO, A. 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