Dados: Fechamento em 11/03/2016. Tendência de alta/baixa em relação ao fechamento em 04/03/2016. SITUAÇÃO GLOBAL Economia do Uruguai em 2016 Como seria de se esperar, a economia do Uruguai deve reduzir seu ritmo de crescimento em 2016; no entanto, as previsões de analistas privados são variáveis, oscilando entre crescimento pouco superior a 1% e recessão. O Uruguai enfrenta perspectiva de desaceleração do crescimento, em função da instabilidade econômica em seus principais parceiros regionais – Argentina e Brasil. Com inflação anual de 10,23% em fevereiro último e déficit fiscal de 3,8% do PIB, a desvalorização do peso uruguaio e o reajuste de tarifas públicas requerem rigor na política monetária, para enxugar a base monetária em circulação. O Governo uruguaio buscará não reduzir os investimentos em políticas sociais, que devem ser preservadas mesmo que outros gastos governamentais tenham que ser reduzidos. Para 2016, o objetivo é reduzir a inflação para um dígito e reduzir o déficit fiscal, de modo a alcançar meta de 2,5% do PIB em 2019. Abertura de Controvérsia contra a Indonésia A CAMEX ratificou a abertura de contencioso na OMC contra a Indonésia, por restrições às exportações brasileiras de carne bovina. Em reunião realizada no final de fevereiro, a Câmara de Comércio Exterior ratificou decisão de abrir contencioso na OMC contra a Indonésia, por conta de restrições impostas por aquele país às importações de carne bovina originária do Brasil. O Brasil vem tentando negociar com o Governo da Indonésia, desde 2009, condições para viabilizar a exportação de carne bovina brasileira ao mercado daquele país. O problema não se limita ao não reconhecimento, pela Indonésia, do princípio da regionalização, mas também a restrições sanitárias, barreiras técnicas e regime de licenciamento inadequadamente restritivo. O Brasil deverá solicitar consultas à Indonésia em março corrente. BCE: Novas medidas de estímulo econômico Banco Central Europeu adota novas medidas de estímulo econômico em face do fraco crescimento e da deflação na zona do euro. Em sua reunião de política monetária de 10 de março do corrente, o Conselho de Governo do Banco Central Europeu (BCE) anunciou pacote de medidas complementares de estímulo econômico. Decidiu-se reduzir as três taxas de juros de referência, trazendo-as para níveis historicamente baixos; expandir o ritmo e o escopo do programa de compra de títulos de dívida ("Quantitative Easing"); e oferecer aos bancos comerciais novas facilidades de financiamento. Na ocasião, também foram rebaixadas as projeções trimestrais para o crescimento econômico e a inflação na zona do euro: no caso do PIB, as estimativas agora são de crescimento de 1,4% em 2016, 1,7% em 2017 e 1,8% em 2018; e as projeções de inflação, 0,1% em 2016, 1,3% em 2017 e 1,6% em 2018 . RENDA PER CAPITA DO VIETNÃ EM 2035 Estudo do Banco Mundial analisa as condições para que o Vietnã aumente em 2.500% a renda per capita no país até 2035. Segundo o estudo "Vietnam 2035: towards prosperity, creativity equity, and democracy", do Banco Mundial, o país poderia atingir o patamar de renda média alta no intervalo de uma geração. Tendo como premissa a manutenção dos níveis de crescimento de 7% das últimas décadas, projeta-se aumento da renda per capita no Vietnã de US$2 mil para US$7 mil em 2035. Na opinião do Banco, maior transparência no setor público e impulso ao setor privado são prioritários, com redução da presença de empresas estatais na economia e urbanização da população (65% vive em meio rural, equivalente a 40% da força de trabalho). Também deveriam ser exploradas oportunidades criadas pelos acordos de livre comércio assinados pelo Vietnã, com a UE e o TPP. A manutenção do patamar de 7% de crescimento do PIB dependerá da superação da baixa produtividade e do déficit de inovação na economia; da melhoria da proteção ao meio ambiente; da garantia de serviços públicos de qualidade para a totalidade da população; e da criação de instituições públicas transparentes. Sem essas reformas, o Banco Mundial estima que a renda per capita se limitaria a US$4,5 mil em 2035. PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS "Global Trade Watch: Trade Development in 2015" (Banco Mundial) No dia 9 de março passado, o Banco Mundial publicou o relatório "Global Trade Watch: Trade Development in 2015", em que destaca a lenta recuperação do comércio global no segundo semestre de 2015 (aumento de 1,7% das importações), após a queda verificada no semestre anterior (3,5%). Essa situação, segundo o Banco, reflete a persistência da fraca demanda, em particular nas economias emergentes, e mudanças estruturais como a diminuição no preço das commodities e a transição econômica na China do investimento para o consumo. Além da redução do crescimento de países emergentes asiáticos, responsáveis por 94% da queda das importações mundiais, o relatório cita o impacto, no comércio da América Latina, da Europa do Leste e da Ásia Central, da recessão em países exportadores de commodities como o Brasil e a Rússia. (http://www-wds.worldbank.org/external/default/WDSContentServer/WDSP/IB/2016/03/08/090224b0841e6 0d0/1_0/Rendered/PDF/Global0trade0w0developments0in02015.pdf) Evasão tributária na América Latina (CEPAL) O número 172 da série de Macroeconomia do Desenvolvimento da CEPAL é dedicado à "Evasão Tributária na América Latina: novos e antigos desafios de quantificação do fenômeno nos países da região". Destaca-se o crescimento de operações de multinacionais na região e seu efeito de erosão da base tributária regional, resultante do deslocamento de benefícios para outras jurisdições. Persistem fenômenos tradicionais na região como a evasão do IVA e do imposto de renda. Administrações tributárias na América Latina enfrentam dificuldades para reduzir a evasão tributária a patamares inferiores ao pré-crise, principalmente pela ausência de dados confiáveis e multiplicidade de normas e práticas tributárias. O documento propõe que a CEPAL passe a atuar como ponto focal de harmonização da legislação tributária regional. (http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/39902/S1600017_es.pdf?sequence=1)