DIA ARQUIDIOCESANO DO CATEQUISTA 14 de setembro de 2013 – Sameiro, Braga CELEBRAÇÃO DA FÉ Conteúdo 1. 2. 3. 4. Programa e localização ............................................................... 3 1.1. PROGRAMA............................................................................... 5 1.2. LOCALIZAÇÃO............................................................................ 6 Oração ....................................................................................... 9 2.1. ORAÇÃO DA MANHÃ .............................................................. 11 2.2. CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA ................................................. 17 Ateliês ...................................................................................... 31 3.1. VIVER O BATISMO ................................................................... 33 3.2. CONFIRMADOS NA FÉ ............................................................. 34 3.3. ALIMENTADOS PELA EUCARISTIA ........................................... 40 3.4. DA PENITÊNCIA À CONVERSÃO .............................................. 42 3.5. CONFORTADO PELA SANTA UNÇÃO ....................................... 43 3.6. PARTICIPANTES NO SACERDÓCIO ÚNICO DE CRISTO ............. 46 3.7. A ALEGRIA DA ALIANÇA .......................................................... 47 3.8. CONVOCADOS PARA A MISSÃO .............................................. 48 3.9. AO RITMO DO ANO LITÚRGICO .............................................. 49 Oficinas de Oração .................................................................... 55 4.1. REZAR COM CÂNTICOS DE TAIZÉ ............................................ 57 4.2. REZAR DIANTE DE JESUS EUCARISTIA ..................................... 65 4.3. REZAR O MEU DIA ................................................................... 68 5. Capela da Reconciliação ............................................................ 81 6. Planos e Programa para 2013/14............................................... 87 6.1. PLANO PARA A PASTORAL CATEQUÉTICA - 2013/14 .............. 89 6.2. PROGRAMA 2013/14 .............................................................. 90 6.3. PLANO DE FORMAÇÃO 2013/14 ............................................. 97 1 2 1. Programa e localização 3 4 1.1. PROGRAMA 09:00h - Acolhimento I 09:30h - Oração da manhã 10:00h - Conferência: “Fé celebrada”, pelo P.e Paulo Malícia A partir das 11:00h Em simultâneo: Conferência “Educar para a beleza dos símbolos” pelo Con. José Paulo Abreu Ateliês I Oficinas de Oração II Sacramento da Reconciliação 13:00h - Almoço 14:15h Em simultâneo: Concerto-oração Ateliês I Oficinas de Oração II Sacramento da Reconciliação Ateliês 11:00 – 11:50 12:00 – 12:50 14:30 – 15:20 Viver o Batismo Confirmados na fé Alimentados pela Eucaristia Da penitência à conversão Confortado pela Santa Unção Participantes no Sacerdócio único de Cristo A alegria da aliança Convocados para a missão Ao ritmo do ano litúrgico II Oficinas de Oração Contínuo 11:00 – 13:00 14:30 – 15:20 Rezar com cânticos de Taizé Rezar diante de Jesus Eucaristia Rezar o meu dia 15:00h - Ensaio de cânticos da Eucaristia 16:00h - Celebração da Eucaristia, Presidida pelo Senhor Arcebispo Primaz, Dom Jorge Ortiga 17:00h - Envio 5 1.2. LOCALIZAÇÃO Ateliês 1 – Viver o Batismo 2 – Confirmados na fé 3 – Alimentados pela Eucaristia 4 – Da penitência à conversão 5 – Confortados pela Santa Unção 6 – Participantes no Sacerdócio único de Cristo 7 – A alegria da aliança 8 – Convocados para a missão 9 – Ao ritmo do ano litúrgico Oficina de Oração: 10 – Rezar com cânticos de Taizé 11 – Rezar diante de Jesus Eucaristia 12 – Rezar o meu dia A – Arciprestados A – Informações B – Serviço de Formação C – Edições Salesianas No interior da cripta - Conferências - Capela da Reconciliação - Capela do Santíssimo - Concerto-oração 6 7 8 2. Oração 9 10 2.1. ORAÇÃO DA MANHÃ CÂNTICO DE ENTRADA 1 - Já se ouvem nossos passos a chegar Já se ouvem nossas vozes de alegria Neste dia que é uma benção, para a igreja reunida Jesus Cristo nos congrega e faz irmãos Como são belos os pés que anunciam a paz E as mãos que repartem o pão Na refeição do cordeiro, da palavra, vinho e pão Somos o povo de Deus em comunhão. 2 - Já se mudam nossos corações de pedra Pela forca do Espirito de Deus Já vencemos as barreiras, que destroem a harmonia Jesus Cristo nos congrega e faz irmãos RITO INICIAL Presidente: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Assembleia: Ámen Presidente: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e da comunhão do Espírito Santo estejam convosco. Assembleia: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo. MONIÇÃO Neste ano Pastoral que iniciamos somos convidados a olhar de forma especial para a dimensão da fé Celebrada. A Liturgia é o lugar por 11 excelência, onde todo o povo se reúne e faz comunhão com Deus por meio de Jesus Cristo e com o Espírito Santo. É o próprio Jesus que nos diz «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18, 20). Aqui reunidos sob a sob o olhar maternal de Maria, somos chamados a celebrar o encontro pessoal com o Senhor e com os catequistas da nossa Arquidiocese. Damos graças ao Pai por estar aqui reunidos e pedimos que nos abra a inteligência e o coração para o deixar penetrar no mais íntimo de cada um. CÂNTICO: FICA ENTRE NÓS 1 - Fica entre nós, Senhor, neste dia Fica entre nós e em paz viveremos. Fica entre nós, dá-nos tua luz, a noite jamais há-de vir. Fica entre nós, dá-nos tua luz, nos caminhos do mundo, Senhor. 2 - Juntos iremos nós pelo mundo Juntos iremos ter com os homens. 3 - Quero, Senhor, as minhas mãos dar-te Quero, Senhor, meu ser entregar-te. HINO (leitor) Deus fez brilhar em nós a Sua luz, Para que nela víssemos a imagem Do esplendor da glória de Deus, Que se reflecte em Cristo, sol da vida. 12 Olhos na luz que nos prepara o dia, A luz nos leve ao dia do Senhor. O seu clarão desfaça as nossas trevas E reine a paz em nossos corações. O nosso Deus, o Pai da glória eterna, Se digne de abrir ao céu o nosso olhar E nos revele a herança jubilosa Que nos reserva em Cristo Salvador. Honra e louvor e glória ao Pai do céu, Por Jesus Cristo, Seu amado Filho, Na unidade de Espirito Santo. Honra, louvor ao Deus da eternidade. CÂNTICO: UBI CARITAS Ubi caritas et amor Ubi caritas, Deus ibi est Onde houver amor e caridade Onde houver amor, aí Deus está LEITURA Cl 2,6-15 Leitura da Carta de S. Paulo aos Colossenses Do mesmo modo que recebestes Cristo Jesus, o Senhor, continuai a caminhar nele: enraizados e edificados nele, firmes na fé, tal como fostes instruídos, transbordando em acção de graças. Olhai que não haja ninguém a enredar-vos com a filosofia, o que é vazio e enganador, fundado na tradição humana ou nos elementos do mundo, e não em Cristo. Porque é nele que habita realmente toda a plenitude da 13 divindade, e nele vós estais repletos de tudo, Ele que é a cabeça de todo o Poder e Autoridade. Foi nele que fostes circuncidados com uma circuncisão que não é feita por mão humana: fostes despojados do corpo carnal, pela circuncisão de Cristo. Sepultados com Ele no Baptismo, foi também com Ele que fostes ressuscitados, pela fé que tendes no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. A vós, que estáveis mortos pelas vossas faltas e pela incircuncisão da vossa carne, Deus deu-vos a vida juntamente com Ele: perdoou-nos todas as nossas faltas, anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o inteiramente, e cravou-o na cruz. Depois de ter despojado os Poderes e as Autoridades, expô-los publicamente em espectáculo, e celebrou o triunfo que na cruz obtivera sobre eles. Palavra do Senhor SILÊNCIO PRECES Invoquemos a Deus, que elevou a Virgem Maria, Mãe de Cristo, acima de todas as criaturas do Céu e da terra, e digamos confiadamente: Interceda por nós a Mãe do vosso Filho. Pai de misericórdia, nós Vos damos graças porque nos destes Maria como mãe e exemplo: — por sua intercessão, santificai as nossas almas. Vós que fizestes de Maria a serva fiel e atenta à vossa palavra, — por sua intercessão, fazei de nós servos e discípulos de vosso Filho. Vós que fizestes de Maria a Mãe do vosso Filho por obra do Espírito Santo, — por sua intercessão, concedei-nos os frutos do mesmo Espírito. 14 Vós que destes coragem a Maria para permanecer junto da cruz e a enchestes de alegria com a ressurreição de vosso Filho, — por sua intercessão, confortai-nos nas tribulações e reavivai a nossa esperança. PAI NOSSO Presidente: Ouvi Senhor a nossa Oração e dai-nos a abundância da vossa paz, a fim de que por interceção da Virgem Santa Maria, vos sirvamos com alegria, todos os dias da nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Assembleia: Ámen. CÂNTICO: VIM AQUI Vim aqui Vim aqui, ó virgem Mãe Sem saber o que dizer Eu olhava a tua imagem Não a conseguia ver Sentei-me e assim fiquei Em silêncio a pensar Senti descer, ó Mãe Sobre mim o teu olhar Foi então que eu comecei Com alegria a rezar 15 16 2.2. CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA INTRODUÇÃO Hoje, como em todos os dias, temos motivos para celebrar. Celebrar a vida, o amor, o perdão, a alegria. Neste XXIV Domingo do tempo comum, Jesus mostra-nos como é misericordioso o Pai, como Ele nos acolhe apesar das nossas fraquezas e de muitas vezes não sabermos viver a nossa liberdade com dignidade e respeito por nós mesmos e pelo outro. Apesar disso, hoje de forma concreta, Jesus convida cada um de nós a sentar-se à Sua mesa e partilhar a alegria do encontro com Deus nos irmãos. Temos vindo, de forma especial, a caminhar na Fé Professada. Creio em Deus Pai, Creio em Jesus seu Filho Ressuscitado, Creio no Espírito Santo, Creio na Igreja. No novo ano pastoral seremos convidados a vivenciar a Fé Celebrada. Celebrar a Fé em Jesus Cristo na nossa vida, no nosso dia a dia. Celebrar a Fé aqui e agora com os irmãos e unidos a Cristo. Nesta celebração vamos também dar graças pela caminhada de alguns catequistas que durante o ano viveram o seu estágio em Educação Cristã. Uma forma de conhecer melhor Aquele que nos Ama. Uma forma de melhor O amarmos. Em comunidade, somos convidados a renovar o nosso compromisso de catequistas e a enchermo-nos do Cristo Ressuscitado para O levarmos aos irmãos. Jesus desafia-nos a vivermos o Seu Amor de forma radical – dar mais e mais, ser mais e mais. Caros catequistas, saibamos ser Amor e assim seremos tudo. Saibamos ser de Cristo e isso nos basta. Com a certeza do Amor de Deus por cada um de nós, celebremos com alegria, cantando… 17 Cântico de Entrada: Vamos caminhando 1 - Vamos caminhando lado a lado; Somos teus amigos, ó Senhor! Tua amizade é nossa alegria, Por isso Te louvamos com amor. 2 - Cristo é modelo de amizade, Pois nos deu a vida por amor. Dele recebemos força e alegria, Para nos doarmos como irmãos. 3 - Seja o nosso encontro com o Pai Um sinal da nossa união, Para que, vivendo nós em sua graça, Levemos paz e amor aos corações. SAUDAÇÃO INICIAL BÊNÇÃO DA ÁGUA E ASPERSÃO DA ASSEMBLEIA Presidente: Oremos, irmãos caríssimos, a Deus nosso Senhor, suplicandoLhe que Se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós para memória do nosso Baptismo, e nos renove interiormente, a fim de permanecermos fiéis ao Espírito que recebemos. Breve oração em silêncio. Presidente: Deus eterno e omnipotente, escutai benignamente as orações do vosso povo. Ao celebrarmos a obra admirável da nossa criação e a maravilha ainda maior da nossa redenção, dignai-Vos abençoar + esta água. 18 Vós a criastes para dar fecundidade à terra e frescura e pureza aos nossos corpos. Vós a fizestes instrumento de misericórdia, libertando da escravidão o vosso povo e matando a sua sede no deserto. Por meio dos Profetas, Vós a proclamastes sinal da nova aliança que quisestes estabelecer com os homens. Finalmente, nas águas do Jordão, santificadas por Cristo, inaugurastes o sacramento da regeneração espiritual, que renova a nossa natureza humana, libertando-a da corrupção do pecado. Esta água, Senhor, nos faça reviver o Baptismo que recebemos e nos leve a participar na alegria dos nossos irmãos baptizados na Páscoa de Cristo Nosso Senhor. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Assembleia: Amen. Aspersão dos fiéis Cântico: Vós que fostes baptizados Vós que fostes baptizados em Cristo, estais revestidos da luz. Aleluia. Aleluia! 1 - A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. 2 - A minha alma gloria-se no Senhor: ouçam e alegrem-se os humildes. 3 - Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. 4 - Os olhos do Senhor estão voltados para os justos, e os ouvidos atentos aos seus rogos. 19 Presidente: Deus omnipotente nos purifique do pecado e, pela celebração da Eucaristia, nos torne dignos de participar na mesa do seu reino. Assembleia: Amen. Glória LITURGIA DA PALAVRA I Leitura Ex 32, 7-11.13-14 Leitura do Livro do Êxodo Naqueles dias, o Senhor falou a Moisés, dizendo: «Desce depressa, porque o teu povo, que tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se. Não tardaram em desviar-se do caminho que lhes tracei. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: ‘Este é o teu Deus, Israel, que te fez sair da terra do Egipto’». O Senhor disse ainda a Moisés: «Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz. Agora deixa que a minha indignação se inflame contra eles e os destrua. De ti farei uma grande nação». Então Moisés procurou aplacar o Senhor, seu Deus, dizendo: «Por que razão, Senhor, se há-de inflamar a vossa indignação contra o vosso povo, que libertastes da terra do Egipto 20 com tão grande força e mão tão poderosa? Lembrai-Vos dos vossos servos Abraão, Isaac e Israel, a quem jurastes pelo vosso nome, dizendo: ‘Farei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e dar-lhe-ei para sempre em herança toda a terra que vos prometi’». Então o Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo. Palavra do Senhor. Salmo Sl 50 (51), 3-4.12-13.17.19 Refrão: Vou partir e vou ter com meu pai. Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade, pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados. Lavai-me de toda a iniquidade e purificai-me de todas as faltas. Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme. Não queirais repelir-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade. Abri, Senhor, os meus lábios, e a minha boca anunciará o vosso louvor. Sacrifício agradável a Deus é um espírito arrependido: não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito. 21 II Leitura 1 Tim 1, 12-17 Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo Caríssimo: Dou graças Àquele que me deu força, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que me julgou digno de confiança e me chamou ao seu serviço, a mim que tinha sido blasfemo, perseguidor e violento. Mas alcancei misericórdia, porque agi por ignorância, quando ainda era descrente. A graça de Nosso Senhor superabundou em mim, com a fé e a caridade que temos em Cristo Jesus. É digna de fé esta palavra e merecedora de toda a aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, e eu sou o primeiro deles. Mas alcancei misericórdia, para que, em mim primeiramente, Jesus Cristo manifestasse toda a sua magnanimidade, como exemplo para os que hão-de acreditar n’Ele, para a vida eterna. Ao Rei dos séculos, Deus imortal, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Ámen. Palavra do Senhor Aclamação ao Evangelho Aleluia 22 Evangelho Lc 15, 1-32 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda, até a encontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa». Jesus disse-lhes ainda: 23 «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gastado tudo, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. 24 Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’». Palavra da salvação. 25 Homilia Oração Universal Caríssimos irmãos: Como Moisés, intercedendo pelo povo de Deus, como Paulo, dando graças por ter alcançado misericórdia, e como Jesus, à procura da ovelha perdida, oremos , dizendo: R. Atendei, Senhor, a nossa oração. - Pelo Papa Francisco, pelo nosso Arcebispo Jorge e seus bispos auxiliares, por todos os presbíteros e diáconos, para que sejam instrumentos da misericórdia de Deus. Oremos irmãos. - Por todas as famílias cristãs, que vivem o drama do alheamento dos seus filhos, em relação à Igreja, para que não desistam de rezar por eles e de os acolher com todo o amor. Oremos irmãos. - Por todos os educadores na fé, para que sejam dóceis ao Espírito Santo, para poderem realizar a sua missão, com alegria e perseverança. Oremos irmãos. - Por todos os educandos, para que abram o seu coração a Jesus Cristo, único Salvador do mundo, e possam fazer a experiência da misericórdia de Deus. Oremos irmãos. - Por todos os catequistas que já se encontram na casa do Pai, para que O possam contemplar o mais breve possível. Oremos irmãos. - Por todos os jovens que abandonam a casa do Pai, para que um dia possam reencontrar em Jesus o caminho e a luz da salvação. Oremos irmãos. 26 Senhor Jesus Cristo, que nos procurais e nos chamais, nos acolheis e convidais para a vossa mesa, ensinai-nos a reconhecer todos os dias que o vosso amor supera o nosso pecado. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. R: Ámen. LITURGIA EUCARÍSTICA Cântico: Air de Bach Apresentação das oferendas Bússola Nós te oferecemos esta bússola Senhor, como sinal terreno de orientação. Por muito que eu me perca, tu acabas sempre por me encontrar. Sendo eu a ovelha perdida, dracma perdida, filho pródigo. Conduz-me para Ti, Senhor. Coração "Se não tiver amor, nada sou”. Entrego-te, Senhor, o meu coração, tornao dócil à tua Palavra, disposto em tudo, a fazer a Tua vontade. Que seja um coração humilde, capaz de pedir perdão e repleto de amor, para reconhecer, nos irmãos, o filho mais novo que regressa a casa. Mãos Nós te oferecemos Senhor as nossas mãos como sinal de acolhimento e amor ao próximo. Faz-me capaz de acolher em mim os outros, nas suas alegrias e tristezas, nas suas dores e dificuldades. Acolhe também Tu a minha pequenez e transforma-me para a Tua maior glória. 27 Sandálias Nós te oferecemos estas sandálias Senhor, como sinal do nosso esforço nesta caminhada até a Ti. Muitas vezes na missão que nos confias temos medo em nos expressar. Que a Tua palavra nos dê alegria e força para Te Seguir. Oração das oblatas Cântico: Santo Cântico: Cordeiro de Deus Cântico de Comunhão: O Senhor é meu pastor 1 - Confiarei nessa voz que não se impõe, mas que eu ouço bem cá dentro no silêncio a segredar. Confiarei, ainda que mil outras vozes corram muito mais velozes, para me fazer parar. E avançarei, avançarei no meu caminho. Agora eu sei que tu comigo vens também. Aonde fores, aí estarei, em Ti avançarei: O Senhor é meu pastor, sei que nada temerei. Ele guia o meu andar, sem medo avançarei. (2x) 2. Confiarei na Tua mão que não me prende, mas que aceita cada passo do caminho que eu fizer. Confiarei, ainda que o dia escureça não há mal que me aconteça, se conTigo eu estiver. E avançarei, avançarei no meu caminho. Agora eu sei que tu comigo vens também. Aonde fores, aí estarei, em Ti avançarei: 28 O Senhor é meu pastor, sei que nada temerei. Ele guia o meu andar, sem medo avançarei. (2x) 3. Confiarei, por verdes prados me levas, e em Teu olhar sossegas a pressa do meu olhar. Confiarei, a frescura das Tuas fontes deixa a minha vida cheia, minha taça a transbordar. E avançarei, avançarei no meu caminho Agora eu sei que tu comigo vens também. Aonde fores, aí estarei, em Ti avançarei: O Senhor é meu pastor, sei que nada temerei. Ele guia o meu andar, sem medo avançarei. (2x) Oração da Comunhão Entrega dos certificados ORAÇÃO DO COMPROMISSO Chamaste-me, Senhor, Para que eu continue a tua obra de anúncio do Reino Que Jesus, teu Filho e nosso irmão, inaugurou em nós. Com os profetas quero gritar-Te: Olha, Senhor, que sou apenas uma criança Que não sabe falar. No entanto, estou aqui para cumprir a tua vontade E anunciar a todos que és o Deus do amor. Senhor, conheces muito bem toda a minha vida As minhas dúvidas, as minhas fragilidades E os meus passos vacilantes. Por mim, Senhor, nada posso. 29 Só quero que a minha vida esteja à tua disposição Como esteve a de Maria, a crente simples, a boa Mãe. Senhor, que eu saiba proclamar a tua mensagem No meu grupo, Na comunidade cristã onde vivo, Para que a boa nova chegue a todos E haja um só rebanho E Tu sejas o nosso único Pastor. Amen. Despedida Cântico Final: Ide por todo o mundo Ide por todo o mundo, E ensinai todos os povos, Ide por todo o mundo, E ensinai todos os povos da terra. Cantai ao Senhor um cântico novo, Cantai ao Senhor terra inteira. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. 30 3. Ateliês 31 32 3.1. VIVER O BATISMO Assim explica o Catecismo da Igreja Católica sobre o baptismo no nº 1257: “ O Senhor mesmo afirma que o baptismo é necessário para a salvação. Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas as nações. O baptismo é necessário para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento. A Igreja não conhece outro meio senão o baptismo para garantir e entrada na bem-aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer “renascer da água e do Espírito” todos aqueles que podem ser baptizados”. Jesus diz “Quem crer e for baptizado será salvo, … O cristão é mergulhado em Deus pelo baptismo e a Santíssima Trindade vive nele. A seiva que é o Espírito Santo circula no baptizado, porque ele agora é membro da Igreja, filho de Deus , herdeiro do céu e participa do Corpo de Cristo. O baptismo é esta maravilha, é uma graça extraordinária porque apaga em nós todo o pecado e reintroduz-nos no paraíso, no reino de Deus. Quem é baptizado é imerso na morte de Cristo e ressurge com Ele como “criatura nova”. O baptismo é sacramento da fé, que não é isolada, mas vivida em comunidade, na Igreja, onde ele vai fazer crescer a sua fé e se torna discípulo-missionário de Jesus Cristo e a sua missão, portanto, é continuar o anúncio do Reino que Cristo começou entre nós. A missão do baptizado é a mesma missão com que Jesus enviou os apóstolos a todas as gentes: “Ide e pregai o Evangelho a toda a criatura… “ 33 3.2. CONFIRMADOS NA FÉ “Com o Baptismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos «sacramentos da iniciação cristã», cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária para a plenitude da graça baptismal. Com efeito, os baptizados «pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo ficam mais estritamente obrigados a difundir e a defender a fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo».” (nº 1285 do Catecismo da Igreja Católica - CCE). A Confirmação é o Sacramento que interpela o cristão a viver e a anunciar a sua Fé, assumindo plena e conscientemente a sua condição de crente, de modo a que a mesma trespasse todas as dimensões da sua vida e confira um novo sentido à sua existência! Por via deste Sacramento a vida do baptizado ganha um novo sabor, sendo temperada com o gosto do compromisso da evangelização. Aliás, em todos os sete Sacramentos podemos provar e saborear plenamente o gosto de Jesus Cristo (Anexo 1), isto é, podemos sentir o Seu infinito amor, podemos receber a graça da Sua esperança e podemos crescer continuamente no dom da Fé. O Papa Francisco, no nº 31 da Lumen Fidei, refere isso mesmo, ao afirmar que “por meio da Sua encarnação, com a Sua vinda entre nós, Jesus tocou-nos e, através dos Sacramentos, ainda hoje nos toca; desta forma, transformando o nosso coração, permitiu-nos — e permite-nos — reconhecê-Lo e confessá-Lo como Filho de Deus.” Ora, o Sacramento do Crisma é, precisamente, aquele que confirma o cristão na Fé, isto é, que o confirma nesta condição que lhe é inerente, exigente, mas infinitamente bela, que Jesus apresentou no sermão da 34 Montanha: “Vós sois o sal da terra… vós sois a luz do mundo” (cf. Mt 5, 13-14) (Anexo 2). Assim, este workshop, pretende recordar e explicar que o Sacramento do Crisma nos ajuda também a redescobrir a nossa identidade cristã, permitindo uma “autêntica e renovada conversão ao Senhor” Jesus Cristo, tal como aponta o objectivo geral do Plano Pastoral da nossa Arquidiocese de Braga para este novo Ano Pastoral 2013/2014, assim como para todo o quinquénio dedicado à Fé, acrescentando, precisamente, que a motivação fundamental deste objectivo é aquela que foi deixada por Bento XVI no nº 3 da Porta da Fé: “Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida”. Por isso, e porque “não podemos separar nunca a celebração litúrgica da acção evangelizadora”, como também enfatiza o Plano Pastoral, ao receber o sabor de Deus, como dom sacramental, cada um é desafiado a salgar e a conservar o mundo com o mesmo, assim como ao receber a luz / fogo do Espírito Santo, cada um é chamado a iluminar e a aquecer a vida de todos os homens com essa mesma luz, com esse mesmo “lume”, “sem perder tempo”, “soltando o grito” da Fé que traz dentro de si, “fazendo-se ao vento” da evangelização, “como um veleiro solto no mais alto mar”! (Anexo 3). Logo, ser confirmado na Fé faz-nos despertar de modo consciente e comprometido para a nossa vocação de anunciadores do Evangelho, configurando-nos com o próprio Cristo, pois como refere o acima descrito nº 1285 do CCE, e como o corrobora o nº 1303 do mesmo documento, o Sacramento da Confirmação “dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagarmos e defendermos a Fé, pela palavra e pela acção, como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessarmos com valentia o nome de Cristo, e para nunca nos envergonharmos da cruz”. 35 Anexo 1: História: Era uma vez um famoso prato, um cozido à portuguesa, cobiçado por todos! Tratava-se de um prato delicioso, uma verdadeira iguaria, servido por um restaurante de “gabarito”! Aliás, a fama do restaurante devia-se ao tão apreciado prato! Todas as pessoas que o provavam faziam questão de elogiar o cozinheiro e voltavam sempre para se deliciarem de novo com tal maravilha! No entanto, um dia, algo de estranho aconteceu… O restaurante estava cheio, era uma noite daquelas em que não havia uma mesa livre… Todos foram para comer o saboroso e afamado cozido à portuguesa, mas ninguém conseguiu comê-lo! Os clientes começaram a queixar-se e os empregados não sabiam o que fazer! O cozinheiro foi chamado à sala para dar uma explicação aos clientes, mas ele próprio estava perdido com toda a confusão instalada! O cozido à portuguesa tinha todos os ingredientes da mais alta qualidade… Não faltavam as cenouras bem cozidas, umas óptimas batatas, a melhor carne, os legumes de sempre e até aquela chouriça que dava ao cozido aquele toque tão especial! O que estaria a faltar? Aparentemente nada! Mas faltava algo essencial, faltava um ingrediente sem o qual aquele cozido à portuguesa perdia o sabor, perdia o encanto, perdia a vida! Faltava algo que não se vê, mas cuja presença faz toda a diferença… o Sal! Depois de algumas averiguações descobriu-se porque é que naquele dia faltou o sal no cozido à portuguesa. O cozinheiro, distraído a preencher o boletim do Euro milhões, esqueceu-se de colocar o sal no cozido! 36 Conclusões: Jesus está presente nos Sacramentos, nomeadamente no Sacramento da Confirmação, como o sal na comida; não se vê, mas está lá e a Sua presença faz toda a diferença! Se não estivesse, os gestos, os ritos, os símbolos perderiam o sentido! É através dos Sacramentos que Jesus vem até nós, à nossa vida, e nós celebramos a sua presença! Também no Sacramento da Confirmação essa presença e manifestação amorosa de Jesus nos permite crescer na Fé, celebrar a Fé e alicerçarmos na Fé toda a nossa vida! Deste modo, a nossa vida sem Ele também perde o sabor… é como o cozido à portuguesa… está cheia de coisas boas (os ingredientes), mas se faltar Jesus (o sal) perde o sentido, o sabor, a qualidade… a alegria! No entanto, muitas vezes, somos como o cozinheiro, distraímo-nos com outras coisas e esquecemo-nos de Jesus… Deixamos de celebrar verdadeira e intensamente a nossa Fé, não firmamos a nossa vida em Jesus e esquecemo-nos de ser o que Ele próprio nos pediu: o sal da terra e a luz do mundo! 37 Anexo 2: Do Evangelho segundo São Mateus Mt 5, 13-16 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus». 38 Anexo 3: “O Lume” Vai caminhando desamarrado Dos nós e laços que o mundo faz Vai abraçando desenleado De outros abraços que a vida dá Vai-te encontrando na água e no lume Na terra quente até perder O medo, o medo levanta muros E ergue bandeiras p’ra nos deter Não percas tempo O tempo corre Só quando dói é devagar E dá-te ao vento Como um veleiro Solto no mais alto mar Liberta o grito que trazes dentro E a coragem e o amor Mesmo que seja só um momento Mesmo que traga alguma dor Só isso faz brilhar o lume Que hás-de levar até ao fim E esse lume já ninguém pode Nunca apagar dentro de ti Não percas tempo O tempo corre Só quando dói é devagar E dá-te ao vento Como um veleiro Solto no mais alto mar Mafalda Veiga 39 3.3. ALIMENTADOS PELA EUCARISTIA «Ao chegar a hora, Jesus tomou lugar à mesa, e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes então: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer […] Depois, tomou o pão e, dando graças, partiu-o, deu-lho e disse-lhes: “Isto é o Meu corpo, que vai ser entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim”. No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice disse: “ Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós”» (Lc 22, 14-20) O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o Sacrifício da cruz, confiado à Igreja […] o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura. É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na acção sagrada, consciente, activa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos. ( II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 47 e 48) 40 Desde o princípio, a Igreja foi fiel à ordem do Senhor. Da Igreja de Jerusalém está escrito: (CIC, 1342) «Eram assíduos, ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão, e às orações. […] Todos os crentes viviam unidos. […] Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o Templo. Partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. (Act 2, 42-46) E hoje, o que dizem de nós? 41 3.4. DA PENITÊNCIA À CONVERSÃO 42 3.5. CONFORTADO PELA SANTA UNÇÃO Unção dos enfermos – Tg 5, 13-16 Está alguém, entre vós, aflito? Recorra à oração. Está alguém contente? Cante salmos. Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja e que estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração fervorosa do justo tem muito poder. Os efeitos da celebração deste sacramento (CCE 1520 – 1523) 1520. Um dom particular do Espírito Santo. A primeira graça deste sacramento é uma graça de reconforto, de paz e de coragem para vencer as dificuldades próprias do estado de doença grave ou da fragilidade da velhice. Esta graça é um dom do Espírito Santo, que renova a confiança e a fé em Deus, e dá força contra as tentações do Maligno, especialmente a tentação do desânimo e da angústia da morte. Esta assistência do Senhor pela força do seu Espírito visa levar o doente à cura da alma, mas também à do corpo, se tal for a vontade de Deus. Além disso, «se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Tg 5, 15). 1521. A união à paixão de Cristo. Pela graça deste sacramento, o enfermo recebe a força e o dom de se unir mais intimamente à paixão de Cristo: ele é, de certo modo, consagrado para produzir frutos pela configuração com a paixão redentora do Salvador. O sofrimento, sequela do pecado original, recebe um sentido novo: transforma-se em participação na obra salvífica de Jesus. 1522. Uma graça eclesial. Os doentes que recebem este sacramento, «associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorrem para o 43 bem do povo de Deus» . Ao celebrar este sacramento, a Igreja, na comunhão dos santos, intercede pelo bem do doente. E o doente, por seu lado, pela graça deste sacramento, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens, pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai. 1523. Uma preparação para a última passagem. Se o sacramento da Unção dos Enfermos é concedido a todos os que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais forte razão o é aos que estão prestes a deixar esta vida («in exitu vitae constituti ): de modo que também foi chamado «sacramentum exeuntium – sacramento dos que partem». A Unção dos Enfermos completa a nossa conformação com a morte e ressurreição de Cristo, tal como o Baptismo a tinha começado. Leva à perfeição as unções santas que marcam toda a vida cristã: a do Baptismo selara em nós a vida nova: a da Confirmação robustecera-nos para o combate desta vida; esta última unção mune o fim da nossa vida terrena como que de um sólido escudo em vista das últimas batalhas, antes da entrada na Casa do Pai. Constituição Apostólica “Sacram Unctionem Infirmorum” “É uma graça do Espírito Santo, cuja Unção apaga os pecados ainda não expiados bem como os vestígios do pecado, alivia e conforta o ânimo do doente (…). Assim confortado, o doente suporta melhor os incómodos e sofrimentos da doença e resiste mais facilmente às tentações (…). Não é sacramento apenas dos que se encontram no último transe da vida. Por isso, considera-se tempo oportuno para o receber quando o fiel começa, por doença ou velhice, a estar em perigo de vida”. 44 Oração da unção dos enfermos Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo; para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos. 45 3.6. PARTICIPANTES NO SACERDÓCIO ÚNICO DE CRISTO "Será aconselhável, consoante as situações das comunidades, desenvolver a institucionalização e correspondente prática dos diversos ministérios denominados laicais. Porque não dar um estatuto mais estável e institucional a muitos ministérios já exercidos nas nossas paróquias - à semelhança dos ministérios dos catequistas africanos, por exemplo? Porque não explorar mais profundamente o ministério dos leitores, na sua relação com a Escritura e o anúncio da Palavra? Ou dos missionários evangelizadores, nos diversos campos seculares de intervenção? Porque, superada a concentração do profissionalismo religioso no presbitério, as comunidades cristãs terão que se organizar, muito mais, como organismos vivos e diversificados, em que o presbítero terá um lugar próprio, mas não absoluto nem exclusivo. E em que a unidade da comunidade, em relação com o Bispo, se poderia realizar por uma missio especifica, mais estável e estruturada, para outros ministérios, que não apenas para o ministério presbiteral ou diaconal. Felizmente, já vamos tendo leigos com formação teológica e pastoral notável, o que permitiria entregar determinadas tarefas - como a coordenação arciprestal da pastoral familiar, ou da pastoral juvenil, ou mesmo da catequese e formação de adultos, da música litúrgica, etc. - a esses leigos, de modo estável e mesmo profissional. Isso obrigaria a um trabalho colegial com os presbíteros o que, para além da libertação de muito tempo, poderia ajudar a construção de uma vida comunitária afectivamente mais compensadora". Grupo de Teólogos da Faculdade de Teologia Braga, em Congresso Internacional sobre o Presbítero. À escuta da Palavra, ed Paulinas, p. 9495. 46 3.7. A ALEGRIA DA ALIANÇA Consentimento, pelo qual os esposos mutuamente se dão e se recebem, é selado pelo próprio Deus. Da sua aliança «nasce uma instituição, também à face da sociedade, tornada firme e estável pela lei divina» (158). A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens: «O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino». (CCE 1639) Ef 6, 13-15 Por isso, tomai a armadura de Deus, para que tenhais a capacidade de resistir no dia mau e, depois de tudo terdes feito, de vos manterdes firmes. Mantende-vos, portanto, firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade, vestido a couraça da justiça e calçado os pés com a prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 47 3.8. CONVOCADOS PARA A MISSÃO A Igreja suscita, faz o discernimento da vocação divina e confere a missão. O convocado é alguém, com um nome que vive num lugar e tem uma história. O convocado é alguém a quem Deus fala constantemente, chama-o a ser pessoa, a ser santo. O convocado é alguém que se deixa interpelar pela voz de Deus; Alguém que desafiado, se questiona! Da escuta, emerge uma resposta: Eis-me aqui, Senhor! O educador na fé é, intrinsecamente, um mediador que facilita a comunicação entre as pessoas e o mistério de Deus, dos sujeitos entre si e com a comunidade. Deus chama interiormente, a igreja - sacramento universal de salvação - suscita, faz o discernimento da vocação divina e confere a missão. ORAÇÃO (alimentar-se da Palavra) SUSCITAR FORMAÇÃO (preparar para a missão) IGREJA CONFERIR A MISSÃO DISCERNIR INTEGRAÇÃO (ver, ouvir e vivenciar) COMPROMISSO «SIM» ENVIO (ir com alegria) COMUNIDADE 48 3.9. AO RITMO DO ANO LITÚRGICO Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia Sua natureza: o ciclo do tempo 102. A santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a memória sagrada da obra de salvação do seu divino Esposo. Em cada semana, no dia a que chamou domingo, celebra a da Ressurreição do Senhor, como a celebra também uma vez no ano na Páscoa, a maior das solenidades, unida à memória da sua Paixão. Distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Incarnação e Nascimento à Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor. Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham de graça. As festas da Virgem e dos Santos 103. Na celebração deste ciclo anual dos mistérios de Cristo, a santa Igreja venera com especial amor, porque indissoluvelmente unida à obra de 49 salvação do seu Filho, a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, em quem vê e exalta o mais excelso fruto da Redenção, em quem contempla, qual imagem puríssima, o que ela, toda ela, com alegria deseja e espera ser. 104. A Igreja inseriu também no ciclo anual a memória dos Mártires e outros Santos, os quais, tendo pela graça multiforme de Deus atingido a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no céu o louvor perfeito e intercedem por nós. Ao celebrar o.«dies natalis» (dia da morte) dos Santos, proclama o mistério pascal realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo, e implora pelos seus méritos as bênçãos de Deus. Exercícios de piedade 105. Em várias épocas do ano e seguindo o uso tradicional, a Igreja completa a formação dos fiéis servindo-se de piedosas práticas corporais e espirituais, da instrução, da oração e das obras de penitência e misericórdia. Por isso, aprouve ao sagrado Concílio determinar o seguinte: Domingo e festas do Senhor 106. Por tradição apostólica, que nasceu do próprio dia da Ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal todos os oito dias, no dia que bem se denomina dia do Senhor ou domingo. Neste dia devem os fiéis reunir-se para participarem na Eucaristia e ouvirem a palavra de Deus, e assim recordarem a Paixão, Ressurreição e glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os »regenerou para uma esperança viva pela Ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos» (1 Pedr. 1,3). O domingo é, pois, o principal dia de festa a propor e inculcar no espírito dos fiéis; seja também o dia da alegria e do repouso. Não deve ser sacrificado a outras 50 celebrações que não sejam de máxima importância, porque o domingo é o fundamento e o centro de todo o ano litúrgico. 107. Reveja-se o ano litúrgico de tal modo que, conservando-se ou reintegrando-se os costumes tradicionais dos tempos litúrgicos, segundo o permitirem as circunstâncias de hoje, mantenha o seu carácter original para, com a celebração dos mistérios da Redenção cristã, sobretudo do mistério pascal, alimentar devidamente a piedade dos fiéis. Sé acaso forem necessárias adaptações aos vários lugares, façam-se segundo os art. 39 e 40. 108. Oriente-se o espírito dos fiéis em primeiro lugar para as festas do Senhor, as quais celebram durante o ano os mistérios da salvação e, para que o ciclo destes mistérios possa ser celebrado no modo devido e na sua totalidade, dê-se ao Próprio do Tempo o lugar que lhe convém, de preferência sobre as festas dos Santos. A Quaresma 109. Ponham-se em maior realce, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Baptismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal. Por isso: a) utilizem-se com mais abundância os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal e retomem-se, se parecer oportuno, elementos da antiga tradição; b) o mesmo se diga dos elementos penitenciais. Quanto à catequese, inculque-se nos espíritos, de par com as consequências sociais do pecado, a natureza própria da penitência, que é detestação do pecado por ser ofensa de Deus; nem se deve esquecer a parte da Igreja na prática penitenciai, nem deixar de recomendar a oração pelos pecadores. 51 110. A penitência quaresmal deve ser também externa e social, que não só interna e individual. Estimule-se a prática da penitência, adaptada ao nosso tempo, às possibilidades das diversas regiões e à condição de cada um dos fiéis. Recomendem-na as autoridades a que se refere o art. 22. Mantenha-se religiosamente o jejum pascal, que se deve observar em toda a parte na Sexta-feira da Paixão e Morte do Senhor e, se oportuno, estender-se também ao Sábado santo, para que os fiéis possam chegar à alegria da Ressurreição do Senhor com elevação e largueza de espírito. As festas dos santos 111. A Igreja, segundo a tradição, venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar. Para que as festas dos Santos não prevaleçam sobre as festas que recordam os mistérios da salvação, muitas delas ficarão a ser celebradas só por uma igreja particular ou nação ou família religiosa, estendendo-se apenas a toda a Igreja as que festejam Santos de inegável importância universal.” 52 Ao ritmo do Ano Litúrgico Início Ano Civil 1 de Janeiro Fim 31 de Dezembro Ano Litúrgico 1º Domingo do Advento Sábado da 33ª/34ª semana do Tempo Comum Ano Litúrgico – Páscoa = Cristo Páscoa – maior Solenidade – em cada semana (Domingo – dia do Senhor) a Igreja recorda todo o mistério de Cristo. (Venera a Virgem Maria e comemora os mártires e os Santos). Ano Litúrgico A – Evangelho de S. Mateus (Semanal) Dominical Ritmo Ano Litúrgico B – Evangelho de S. Marcos Ano Litúrgico C – Evangelho de S. Lucas Par Anual Impar 53 Celebração e atualização do mistério de Cristo no tempo A partir da Páscoa a Igreja distribui todo o mistério de Cristo pelo ciclo de 1 ano: Encarnação e Nascimento, Ascensão; Pentecostes e expectativa feliz da vinda do Senhor. Não segundo um esquema subjetivo, mas através dum (ritmo) plano sacramental de celebração dos diferentes aspetos do dom da salvação Dois eixos/ciclos fundamentais 1º Páscoa e sua 2º Natal e sua preparação (Quaresma) preparação (Advento) Tempo Comum Paramentos Branco alegria, ressurreição, vitória, pureza… Roxo penitência, serenidade, preparação… Vermelho fogo (do Espírito Santo), sangue (mártires)… Verde crescimento, esperança…. Manuela e António Galvão: [email protected] / [email protected]; tlm 966631882 tlm 965632101 54 Rosa alegria, breve pausa, alívio… 4. Oficinas de Oração (tenda do encontro) 55 56 4.1. REZAR COM CÂNTICOS DE TAIZÉ Das profundezas da humanidade emerge, discreta, uma aspiração. Arrastados pelo ritmo anónimo de horários e planificações, muitos dos nossos contemporâneos têm o desejo implícito dessa realidade essencial que é a vida interior. Não há nada que conduza mais à comunhão com o Deus vivo do que uma oração comunitária meditativa. O canto prolonga-se e permanece no silêncio do coração, mesmo quando ficamos a sós. Quando o mistério de Deus se torna perceptível através da beleza simples de símbolos, quando não é sufocado por uma sobrecarga de palavras, a oração comunitária, longe de gerar monotonia e tédio, vem abrir à alegria do céu sobre a terra. Para muitos cristãos, ao longo dos séculos, a repetição contínua de algumas palavras constitui um caminho de contemplação. Quando essas palavras são cantadas, talvez penetrem ainda mais nas profundezas do ser humano. Para celebrar uma oração comunitária ampla e aberta, basta juntarem-se algumas pessoas para que o coração se dilate num encontro com Cristo. A universalidade da comunhão pode pressentir-se quando jovens se unem, pelo menos uma vez por semana, à oração da comunidade local, que congrega todas as gerações, das crianças às pessoas de idade. A oração é uma força serena que trabalha o ser humano, que mexe com ele, que o revolve, que não o deixa fechar os olhos face ao mal, às guerras, a tudo o que na terra ameaça os inocentes. Da oração tiram-se energias 57 que permitem travar outras lutas: transformar a condição humana e tornar a terra habitável. Quem caminha seguindo a Cristo mantém-se simultaneamente junto dos outros e junto de Deus, não separa oração e solidariedade. (Irmão Roger, de Taizé, retirado do livro “Rezar juntos”) ESQUEMA DE UMA ORAÇÃO Para iniciar a oração, escolher um ou dois cânticos de louvor. Salmo Jesus rezava estas antigas orações do seu povo. Desde sempre que os cristãos encontraram aí uma fonte. Os salmos reintegram-nos nessa grande comunhão de crentes. As nossas alegrias e tristezas, a nossa confiança em Deus, a nossa sede e mesmo as nossas angústias encontram uma forma de expressão nos salmos. Uma ou duas pessoas lêem ou cantam os versículos de um salmo. Todos respondem com um Aleluia ou outra aclamação, cantada depois de cada versículo. Se o salmo é cantado, eventualmente apoiado por um garganteio da assembleia, os versículos escolhidos devem ser curtos, geralmente duas linhas (uma melodia ténue improvisada sobre o acorde final da aclamação que é mantido pela assembleia); se os versículos são lidos, estes podem ser mais longos. Não hesitar em escolher apenas alguns versículos do salmo, aqueles que são mais acessíveis. Não é necessário ler o salmo na íntegra. Leitura Ler a Sagrada Escritura é aproximar-se «da fonte inesgotável que proporciona aos homens sedentos o próprio Deus» (Orígenes, século III). A Sagrada Escritura é uma «carta de Deus à sua criatura» que faz «descobrir o coração de Deus nas palavras de Deus» (Gregório Magno, século VI). 58 Numa oração feita com regularidade é costume fazer uma leitura contínua dos livros bíblicos. Cada leitura é introduzida por «Leitura do...» ou «Evangelho segundo São...» Se há duas leituras, a primeira pode ser escolhida do Antigo Testamento, das Epístolas, dos Actos dos Apóstolos ou do Apocalipse; a segunda é sempre do Evangelho. Entre as duas leituras, insere-se um cântico meditativo. Antes ou depois da leitura, pode haver um cântico da luz. Canta-se um cântico que celebra a luz de Cristo. Durante esse cântico alguns jovens ou crianças avançam, de vela na mão, para acender uma candeia, colocada sobre um lampadário. Este acto simbólico recorda que, mesmo quando a noite se torna densa, na vida pessoal ou na vida da humanidade, o amor de Cristo é um fogo que nunca se apaga. Cântico Silêncio Quando tentamos encontrar palavras para expressar a comunhão com Deus, a inteligência encontra-se rapidamente limitada. Mas, nas profundezas da pessoa humana, pelo Espírito Santo, Cristo reza mais do que nós imaginamos. A voz de Deus não se cala, mas Deus nunca se quer impor. Frequentemente, a sua voz escuta-se como um murmúrio, num sopro de silêncio. Permanecer em silêncio na sua presença, para acolher o seu Espírito, é já uma forma de rezar. Não se deve procurar um método para alcançar o silêncio interior a qualquer preço, suscitando um vazio em si próprio. Durante o silêncio, somos convidados a deixar Cristo rezar em nós, com a confiança de uma criança e, assim, um dia descobriremos que as profundezas da pessoa humana são habitadas. Numa oração comunitária, é melhor fazer um único momento longo de silêncio (cinco a dez minutos) em vez de vários momentos curtos. Se 59 aqueles que participam na oração não estão habituados a um tal silêncio, é importante, no final do cântico que precede o momento de silêncio, anunciar: «Continuaremos agora a oração permanecendo um momento em silêncio.» Oração de intercessão ou de louvor Uma oração feita de preces ou de aclamações breves, acompanhadas por um garganteio e ritmadas por um refrão cantado por todos, pode ser como uma «coluna de fogo» no seio da oração comunitária... Pelas intercessões, a nossa oração estende-se a toda a família humana: confiamos a Deus as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos seres humanos, dos pobres e de todos aqueles que sofrem. Pela oração de louvor, celebramos tudo o que Deus é para nós. Uma ou duas pessoas exprimem alternadamente as preces ou as aclamações da oração, que é introduzida pelo refrão e segue o seu ritmo. O refrão cantado pode ser «Kyrie eleison», «Gospodi pomilui» (Senhor tem piedade) ou outro. O refrão também pode ser declamado pela assembleia, consoante o que estiver indicado na proposta de oração: «Vem, Senhor Jesus!», «Glória a ti, Senhor!», etc. Nos casos em que se propõe um refrão, ele também pode ser dito ou cantado pelo leitor ou solista, ou mesmo omitido, passando o refrão da assembleia a ser o Kyrie ou o Gospodi. Uma vez concluídas as preces ou aclamações escritas, pode ser adequado oferecer aos participantes a possibilidade de uma expressão espontânea, para as orações que saem dos seus corações. Ter cuidado para que estas sejam breves e se dirijam a Deus: não se devem transformar num diálogo horizontal onde, crendo falar a Deus, se deseje na realidade transmitir aos outros as suas próprias ideias. Cada uma das preces espontâneas é concluída pela mesma resposta, cantada por todos. Pai Nosso Oração de conclusão 60 Cânticos No final, a oração pode-se prolongar através de cânticos. Um pequeno coro permanece a cantar com aqueles que desejam continuar a rezar. Os outros podem ser convidados a um tempo de partilha em pequenos grupos, num local próximo, por exemplo sobre um texto bíblico, com o apoio das «Meditações bíblicas». Na Carta de Taizé encontra-se, para cada mês, uma proposta para as «Meditações bíblicas», isto é, um tempo de silêncio e de partilha, a partir de um texto bíblico. PROPOSTA DE ORAÇÃO AO ESTILO DE TAIZÉ Cântico 28 L’ajuda em vindrà Cântico 44 Confitimini Domino 61 Aleluia 17 Leitura (Actos 2, 1-13) Cântico 50 Laudate Omnes Gentes (Silêncio) Kyrie 5 62 Pai Nosso Cântico 62 The Kingdom of God Cântico 67 Misericordias Domini Oração de intercessão ou de louvor Cristo, tu preenches a nossa vida com a tua compaixão para que te procuremos sempre. Cristo, tu conheces a nossa espera: conduz-nos pelo caminho eterno. Cristo, pedimos-te por aqueles que começam a conhecer-te. Cristo, pedimos-te por aqueles que não podem acreditar: tu ofereces sempre o teu amor. Cristo, pedimos-te por aqueles que tendo começado o novo ano de trabalho, arriscam novos horizontes. 63 Cântico 81 Jesus le Christ Cântico 141 Cantarei ao Senhor 64 4.2. REZAR DIANTE DE JESUS EUCARISTIA JESUS QUER FALAR CONTIGO… Por que te confundes e te agitas diante dos problemas da vida? Deixa que eu cuide de todas as tuas coisas e tudo será melhor. Quando te entregares a mim, tudo se resolverá com tranquilidade segundo os meus desígnios. Não te desesperes, não me dirijas uma oração agitada, como se quisesses exigir o cumprimento dos teus desejos. Fecha os olhos e diz-me com calma: "Jesus, eu confio em Ti". Evita as preocupações, as angústias e os pensamentos sobre o que poderá acontecer… Deixa-me ser Deus em ti… Confia em mim… Repousa em mim e deixa-me tocar o teu coração. Quando me disseres: "Jesus, eu confio em Ti", não sejas como o paciente que pede ao médico que o cure e lhe sugere o modo como o fazer. Deixa-te levar nos meus braços e não tenhas medo. EU AMO- TE! Se te parecer que as coisas pioram ou se complicam apesar da tua oração, segura na minha mão e segue adiante. Fecha os olhos e confia. Preciso das tuas mãos para continuares a minha obra. Mesmo que a dor seja tão forte, a ponto de derramar lágrimas, estarei sempre contigo e jamais te deixarei só… Confia em mim, entrega-te a mim, coloca todas as tuas tristezas nas minhas mãos, quero ver-te feliz, eu criei-te para seres feliz. Eu prometo-te o meu amor, pois esperarei sempre por ti... Nunca desistirei de ti... Mesmo que desistas de mim… permanecerei sempre ao teu lado. Tu és e serás sempre o meu filho muito amado 65 ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS Amo-te porque me amas Senhor Amo-te porque tornas a vida mais bela Amo-te porque um dia decidiste chamar-me Amo-te porque o teu amor me faz capaz de amar. Amo-te porque me convidas a aceitar-me Amo-te porque me ensinas a amar-me Amo-te porque me fazes crescer e ser mais Amo-te porque me ajudas a dar-me Amo-te por tantas pessoas que puseste no meu caminho Amo-te porque tu me ensinas a amá-las Amo-te por tudo o que elas me deram Amo-te por tudo o que lhes posso dar Amo-te pelo mundo novo e justo a que tu me convidas Amo-te porque contas comigo para o construir Amo-te porque sinto a tua força dentro de mim ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS Senhor: Fazei de mim um instrumento da vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; 66 amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna! Ámen. 67 4.3. REZAR O MEU DIA “Rezar o meu dia”/”Fazer o meu exame de consciência” é um ótimo meio de desenvolvimento, de aperfeiçoamento da vida espiritual e um caminho de busca da santidade pessoal. É um exercício diário em que o cristão se coloca na presença do Pai com quem dialoga e, numa atitude amorosa e filial, O escuta, O louva e Lhe dá graças. Nesse encontro dialogal, o crente confronta a sua vida com a santidade infinita do Senhor. Ele é o Santo. Compara o seu ser, o seu querer e agir com a Palavra de Deus, num processo contínuo e de crescimento espiritual. Não se trata apenas de um mero exame de autoanálise da consciência pessoal e, muito menos, de um processo autopunitivo. Trata-se de um momento muito particular e privilegiado do nosso dia, de processo de escuta da voz do Deus, do encontro com o divino para lhe segredar, para lhe abrir o coração na intimidade e profundidade do nosso ser. Momentos de agradecimento e de reconhecimento da nossa fragilidade humana, momentos de compromisso e de ação… Trata-se de tomar consciência do amor e dos bens recebidos de Deus e ver como Lhe temos sido fiéis. É o compromisso de seguir Jesus, amando a Deus e aos irmãos, como Ele nos amou. I “Rezar o meu dia”, apelo à santidade “Rezar o meu dia” é, antes de mais, o anuir ao convite de Jesus: "Portanto, sede santos, assim como vosso Pai celeste é santo" (Mt 5, 48). É o apelo de Jesus a viver a santidade, apresentando como modelo o próprio Pai. O Beato João Paulo II dizia, apelando aos jovens: "Não tenhais medo de ser Santos! (...) Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos de Santos de calças jeans e ténis. (...) Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos". 68 Também S. Paulo recomendava: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos bem-amados, e procedei com amor, como também Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós como oferta e sacrifício de agradável odor.” (Ef.5,1-2) Cada um de nós, mulher ou homem, é chamado à santidade, a ser imitador de Jesus, e convidado a viver como filho muito amado de Deus, criados por amor e para o amor; embebidos pelo amor de Deus, somos convidados a viver no mundo como seguidores de Jesus; enraizados na Palavra de Deus, somos convocados a estabelecer na terra a justiça, a paz e o amor entre os homens. Esta tentativa de diariamente entrar em comunhão com Deus, através do exame de consciência, é a tentativa de nos configurarmos com Cristo apesar do reconhecimento das nossas fragilidades humanas; é o desafio de querer acompanhar Jesus e de aprender a amar como Ele amou; é viver de acordo com a fé que professamos; ser santo é a alegria e o entusiasmo de viver a fé e de comunicar Cristo- o Caminho, a Verdade e a Vida - àqueles que, apesar de batizados, vivem na onda da indiferença religiosa; é aceitar, de forma radical, o compromisso de ver e amar a Deus nos nossos semelhantes. II “Rezar o meu dia” é aceitar Deus na vida “Rezar o meu dia” é um processo de estar atento à voz de Deus que, através do Seu Espírito, nos fala amorosamente. Deus fala-nos em todos os momentos do nosso dia-a-dia através dos nossos gestos e atitudes, das nossas ações e sentimentos. Em cada momento, Deus dá-nos a sua mão. Para isso, é necessário que lhe abramos o coração para que o Pai, através do Espírito Santo, possa entrar e agir em cada um de nós. “Porque Ele faz parte da minha circunstância, do meu instante, do meu hoje e do meu amanhã, ainda que dramaticamente me esqueça e me distraia, por maior 69 que seja a contradição das minhas palavras e dos meus gestos,” Ele está comigo. Abrir o coração a Deus significa andar na Sua presença, arranjar tempo para conversar com Ele, ouvir a Sua voz que nos interpela. Na vida de seguidores de Jesus, tudo tem de ser impregnado pelo Espírito de Deus que habita em nós. Não poderá haver uma atitude discriminatória em relação às nossas palavras e ações, aos nossos gestos e atitudes. Não há em nós secções; umas, que são pertença de Deus e outras, que o não são. Não podemos viver uma vida longe e próxima de Deus, uma hora como crentes e outra como não crentes. Sua Santidade o Papa Francisco disse: "Ser cristão significa deixar-se renovar por Jesus nesta nova vida. Eu sou um bom cristão, quando, todos os domingos, das 11h ao meio-dia, vou à missa! Faço isso como se fosse uma coleção. A vida cristã não é uma colagem de coisas. É uma totalidade harmoniosa, feita pelo Espírito Santo que renova tudo: renova o nosso coração, a nossa vida e nos faz viver num estilo diferente, num estilo que envolve toda a existência. Não se pode ser cristão pela metade, a tempo parcial. O cristão a tempo parcial não funciona! Tudo, totalidade a tempo integral… Ser cristão não significa fazer coisas, mas deixar-se renovar pelo Espírito Santo ou para usar as palavras de Jesus, tornar-se vinho novo." (Homília da missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, em 6/7/2013) S. Paulo diz-nos que as coisas aparentemente insignificantes do nosso diaa-dia, poderão assumir uma grandeza significativa quando impregnadas pelo divino e orientadas para a glória de Deus. "Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1ª Cor 10,31). Deus está sempre presente em todos os momentos da nossa vida, ainda que, momentaneamente, o não pareça. Diz o Papa Francisco: “Quando o Senhor chega, nem sempre o faz da mesma maneira… Não existe um protocolo da ação de Deus na nossa vida… Uma vez fá-lo de uma forma, outras vezes de outra… mas sempre o faz….Sempre existe o encontro entre nós e o Senhor… O Senhor escolhe sempre o seu modo de entrar na nossa 70 vida…O Senhor caminha connosco, mas muitas vezes não se deixa ver, como no caso dos discípulos de Emaús. O Senhor envolve-se na nossa vida, isso é um fato! Mas muitas vezes não o vemos. Isso exige paciência. Mas sempre, como a Abraão, Ele nos diz: ‘anda na minha presença e sê perfeito’, sê irrepreensível…” Neste mundo pecador, não seremos seres perfeitos a ponto de não falharmos. Pecadores, num mundo pecador, somos resgatados pela obra de Jesus que nos amou “e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” (Ef.5,2). Andar na presença de Deus, é deixar-se moldar e conduzir pela abundância Sua graça. É esforçar-se pela santificação pessoal. É reconhecer-se agradecido, amado e resgatado pela obra de Jesus. É sentir-se atraído e movido para O acompanhar na Sua missão Redentora. III Rezar o meu dia com Sº Inácio de Loyola Desde o século XVI que um pequeno livro, “Exercícios Espirituais”, da autoria de Stº Inácio de Loyola, tem servido de inspiração para homens e mulheres para uma profunda renovação interior e uma íntima vivência com Deus. Nele, Stº Inácio descreve o percurso da sua própria caminhada para Deus até à identificação com Cristo. Também nós poderemos encontrar nele o fio condutor de um itinerário espiritual para, através da oração, tentarmos a total identificação com Jesus. A ousadia da santidade não é apenas para uns tantos privilegiados. A vocação à santidade é para todos. Uma das partes fundamentais de “Exercícios Espirituais” de Stº Inácio é aquela que é consagrada ao “Rezar o meu dia/Exame de consciência”. A oração e o exame diário da consciência foram o segredo para o bom desempenho da missão apostólica de Stº Inácio. 71 São cinco as etapas a percorrer no exercício diário do exame de consciência: Agradecimento; pedido de iluminação; exame; contrição e arrependimento; propósito. Condições para o “Rezar bem o meu dia” O exame de consciência é um momento de oração. A base de qualquer exercício de oração é colocar-se na presença de Deus. Ter a consciência da presença de Deus é saber que, em qualquer momento do dia, poderemos contar com Ele porque Ele está em mim. “E Eu estarei convosco, até ao fim do mundo” (Mt. 28,20). Ele vê-me. Ele fala-me. Ele escuta-me. Da parte do homem, é necessário criar as condições para que a comunicação com o divino se estabeleça. O movimento, o barulho, o frenesim, a agitação, a desconcentração, que o nosso mundo nos oferece, não serão as melhores condições físicas para este exercício de oração. “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está no silêncio. E teu Pai, que vê secretamente, te recompensará” Mt. 6,5-6). O silêncio, a paz, a concentração, o recolhimento, o espírito aberto, “ o deixar-se guiar”, “ deixar-se inundar”, deixar-se “possuir” interiormente por Deus, são as condições ideais para ouvir a voz do Pai. O cristão deve estar atento e disposto para ouvir e reconhecer a voz de Deus. “Falai, Senhor, porque vosso servo escuta” (1 Sam. 3,9). 1.Agradecer e louvar Como se disse, “Rezar o meu dia” é um encontro pessoal com Deus, com quem estabelecemos um diálogo, de quem ouvimos a Sua Palavra de amor e com quem falamos, com quem criamos uma relação de confiança, de intimidade, de amor, como duas pessoas que convivem e partilham dons e bens. 72 Neste processo comunicativo e dialogal, nada mais digno que começar por glorificar, louvar e agradecer ao Senhor. “Amém, Louvor, glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.” (Ap. 7,17) Tantas coisas para agradecer a Deus Pai no meu dia-a-dia!.. Ele é o Criador!.. Ele é o Pai!.. Ele é o Santo!.. Ele é o Libertador!.. Ele é o santificador!.. A Ele devo a minha existência, com todas as minhas faculdades… A fé que professo… O ar que respiro… A beleza da Natureza… Dar graças a Deus Nosso Senhor pelos benefícios recebidos, é poder dizer: Obrigado, Senhor, pelo teu amor e misericórdia infinitas; Obrigado, Senhor, pelo Teu Espírito que vive em mim; Obrigado, Senhor, pelo dom da vida; Obrigado, Senhor, pelo dom da Fé; Obrigado, Senhor, por mais um dia; Obrigado, Senhor, por me teres criado à Tua imagem e semelhança: inteligente, livre, consciente e capaz de amar; Obrigado, Senhor, pelo céu, pelo sol, pela lua, pela terra, pelo mar, pela natureza… Obrigado, Senhor, pela minha família; Obrigado, Senhor, pelo “pão nosso de cada dia” Obrigado, Senhor, pelos irmãos que me deste na caminhada da vida, fortalecendo os meus passos, suportando minhas fraquezas e ajudandome a crescer. Obrigado, Senhor, pelo que sou, pelo que tenho e pelo que faço: pelas minhas fraquezas e insucessos, pelas vitórias e conquistas, pelas lágrimas e alegrias, pela paz e pelo amor… Obrigado, Senhor, por todos os dons recebidos durante o dia, por todas as pessoas com quem hoje me cruzei e que foram o reflexo da Tua presença, por todos os acontecimentos e situações... Obrigado, Senhor, pela Tua companhia e inspiração a cada instante; Obrigado, Senhor, por estares sempre comigo. …. 73 A listagem de “agradecimentos” ao Senhor poderia continuar indefinidamente. A estes “obrigados” poderiam acrescentar-se outros “obrigados”. Será que, com a minha vida concreta, com a minha ação diária, terei motivos para dar graças a Deus? Quer dizer, lembrei-me de agradecer a Deus a vida? A família? Os amigos? A Natureza? … 2.Pedir a presença e a luz do Espírito Santo “Rezar o meu dia” é uma ferramenta espiritual que nos ajuda a sentir e reconhecer os convites íntimos do Senhor. Através da oração, sou convidado a ordenar, orientar e a aprofundar a minha vida cristã de acordo com as propostas de Jesus. Perpassar o nosso dia é examinar-se, ver a própria realidade e os movimentos internos, na presença de Deus. Este exercício espiritual exige sabedoria, discernimento, atenção e perceção aos apelos do Senhor que, ao longo do dia, nos vai interpelando, iluminando e inspirando, através do Seu Espírito que habita em nós. (EE 313) Na verdade, desde o dia do batismo, o nosso coração é a residência permanente do Espírito Santo. Por Ele, somos morada de Deus e herdeiros do Céu. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (Jo 14,16). A presença do Espírito Santo em nós, com e pelos Seus dons, torna-nos capazes de entender e interpretar a Palavra de Deus. Jesus disse aos seus discípulos: “quando vier, porém, o Espírito da Verdade, Ele guiar-vos-á para a verdade total” (Jo. 16,13). O Espírito revela-nos o conselho de Deus em relação ao louvor, à doutrina e vida cristã. O Espírito é o guia, que vai à frente, mostrando-nos o caminho, removendo os obstáculos, abrindo as portas para o entendimento e tornando tudo claro e evidente. Ele mostranos o caminho que devemos seguir na vida espiritual. Pelo Espírito, somos embaixadores de Jesus no mundo, reveladores da graça e glória divina. É importante que o “Rezar o meu dia”, para ser visto como Deus o vê, tenha uma invocação especial do Espírito de Deus. Lembremos a ação 74 Espírito Santo no dia de Pentecostes (Act.2, -4). Nos Apóstolos, verificou-se a ação transformadora do Espírito Santo: O medo tornou-se coragem!... A ignorância transformou-se em sabedoria!... As trevas converteram-se em Luz!... A apatia converteu-se em adesão total a Cristo. O Papa Francisco diz: “Tenhamos o hábito de nos perguntar, antes que acabe o dia: “O que fez hoje o Espírito Santo em mim? Que testemunho me deu? Como me falou? O que me sugeriu?.. Peçamos a graça de nos habituarmos à presença deste companheiro de estrada, o Espírito Santo, deste testemunho de Jesus que nos diz onde ele está, como o encontrar, o que nos diz. Ter uma certa familiaridade: é um amigo” É linda, a oração inspirada na carta que o Beato João Paulo II escreveu aos sacerdotes em 5ªa feira Santa de 1998. Poderá servir-nos de modelo para o pedido de luz do Espírito Santo, neste exame orante da nossa consciência: Vinde Espírito Santo / e dai-nos o Dom da Sabedoria /para que possamos avaliar todas as coisas à luz do Evangelho / e ler nos acontecimentos da vida os projetos de amor do Pai. / Dai-nos o Entendimento / uma compreensão mais profunda da verdade / a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção. / Dai-nos o Dom do Conselho / que ilumina a nossa vida / e orientai a nossa ação segundo vossa Divina Providência. / Dai-nos o Dom da Fortaleza / e sustentai-nos no meio de tantas dificuldades / com vossa coragem para que possamos anunciar o Evangelho. / Dai-nos o Dom da Ciência / para distinguir o Único necessário / das coisas meramente importantes. / Dai-nos Piedade / para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco. / e, finalmente, dai-nos vosso santo Temor / para que, conscientes de nossas fragilidades, / reconhecermos a força da vossa graça. / Vinde Espírito Santo /e dai-nos um novo coração. Amém. (Inspirada na Carta de João Paulo II aos sacerdotes do mundo inteiro por ocasião da quinta-feira santa de 1998) 75 3. Exame de Consciência “Rezar o meu dia” implica uma relação especial do homem com Deus, meu Senhor, meu Amigo, meu Interlocutor, meu Confidente, meu Conselheiro. O homem orante é agente livre, ativo, ouvinte, dialogante com capacidade de discernir os seus sentimentos mais íntimos, predisposto a agir sobre si mesmo, com vontade de alterar, se necessário, o seu comportamento, as suas atitudes, os seus atos. O exame de consciência diário é necessário para progresso na vida cristã. Como posso ser melhor se não tomo consciência da forma como me “comportei” no meu dia? Não é só ver os pecados que fiz. Deve ser antes uma oração: rezar a minha vida, o meu dia-a-dia, diante de Deus. É ver-me à luz de Deus com o meu lado bom (dons, trabalhos, esforço, o bem que fiz e as graças que recebi de Deus) e o meu lado negativo (gestos maus, quedas, faltas de amor, omissões, isto é, o que não fiz e devia ter feito). Tomar consciência do amor e do bens recebidos de Deus e ver como Lhe somos fiéis. São quatro os pilares essenciais do desenrolar da vida espiritual no meu dia. Sobre estas quatro pilares terei de estabelecer, à face de Deus, um diálogo com a minha consciência: - A minha relação com Deus. - A minha relação com os outros. - A relação comigo mesmo - A minha relação com o mundo. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças". (Deut. 6,5) - Deus deve ocupar um lugar primordial na minha vida. Que importância tem Deus na minha vida? Procuro-O, ouço-O, solicito-O nas atitudes, nas decisões da vida? Estou atento às Suas solicitações e apelos? Sou testemunha do amor de Deus no mundo? Sou reflexo de Deus no meio dos meus semelhantes. 76 - Estamos no ano pastoral da Fé Professada. Vivo fielmente a fé recebida no dia do Batismo? Professo a fé com entusiasmo ou sou conduzido pela indiferença e pelo laicismo? Estou disponível para o serviço da Igreja, na minha comunidade paroquial? - O meu dia deve ser o reflexo do Evangelho. Vivo com alegria a adesão a Cristo como o Caminho, a Verdade e a Vida. Incarno os valores provenientes do Evangelho de Jesus, principalmente as Bemaventuranças? Participo na liturgia e noutras atividades eclesiais? Falo regularmente com o Pai através da Oração? Participo e vivo a Eucaristia como o encontro sublime com o Senhor? Procuro um conhecimento mais profundo do Evangelho, lendo-o e meditando-o? "É este o meu mandamento, que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei". (Jo. 13,34) Vejo os outros como meus irmãos? A minha atitude em geral é de amor ou de desprezo pelos outros? Os doentes, os velhinhos, os pobres, os humilhados, os marginalizados, os drogados, os rejeitados pela sociedade, os que “não têm a cara de Cristo” merecem o meu apoio e carinho? Penso mais em mim que nos outros? O egoísmo, a crítica, a intriga, a mentira, sobranceria, a altivez, são sentimentos comuns no meu relacionamento com os outros? Sou simpático. Procuro ajudar quando a ajuda me é solicitada? Respeito a integridade física e moral dos outros? Assumo, perante os outros, a minha responsabilidade ou escuso-me, responsabilizando inocentes? Se sou casado, assumo os meus compromissos matrimoniais? "Sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai do Céu". (Mat. 5,48) Por palavras, por gestos e ações, tenho sido ocasião de escândalo para alguém? Respeito o meu corpo, criado à imagem e semelhança de Deus? 77 Respeito a dignidade física e moral de homem ou mulher? Sou boa esposa/ bom marido, boa mãe/ bom pai, boa filha/ bom filho? Endeuso-me, sou ganancioso e fútil, ou vivo com moderação? Com os meus semelhantes sou simples, simpático e generoso? Procuro ser um cidadão responsável, respeitando a minha liberdade e a liberdade dos outros? Sou um trabalhador responsável, contribuo para o bem comum do meu País, defendo os meus direitos e cumprindo as minhas obrigações? "E Deus vendo toda a sua obra [a criação] considerou-a muito boa". (Gn 1,31) Olho para a Natureza como obra de Deus? Esforço-me por encontrar Deus através dela? Vejo o mundo como o local que Deus colocou à minha disposição para viver e ser feliz? Contribuo para a beleza do meio ambiente não o poluindo e optando por preferir produtos “amigos do ambiente”? 4. Contrição e arrependimento Uma das mais belas e reconfortantes imagens para o homem peregrino na terra é a imagem utilizada por Jesus, na parábola do Filho Pródigo, sobre o Pai de Misericórdia. Ao lermos ou ouvirmos este texto evangélico, na memória de cada um de nós, ficam os sentimentos de simpatia, generosidade, bondade e de alegria daquele Pai que, de braços abertos, recebe o filho errante depois de uma prolongada ausência. Parece-nos importante no “Rezar o meu dia” ter presente a “Parábola do filho pródigo”, exemplo utilizado por Jesus para revelar a misericórdia divina e dele reter três aspetos: O regresso do filho. Deus criou-nos livres. Na nossa vida moral e espiritual, é uma opção nossa o encaminhar a própria vida querendo e escolhendo, 78 de entre os vários percursos possíveis, aqueles caminhos de ação que mais nos aproximam ou afastam do Pai e dos outros irmãos. A opção de escolha entre o bem ou o mal é pessoal. Contudo, iluminados pela Palavra de Jesus e pela Fé, temos a certeza que a bondade do coração, aberto ao amor do Pai, conduz à alegria da paz e da esperança. No exame de consciência diário, após o reconhecimento das vezes que não estivemos atentos à voz de Deus que nos solicita, chama e convida, teremos que assumir a decisão do “regresso ao Pai” através de uma atitude de humildade e de arrependimento. É a consciência da nossa fragilidade humana… é o reconhecer como somos vulneráveis… é a atitude de fé e de confiança no Fiel Amigo que me espera de braços abertos… é o reconhecimento da bondade, do Amor, da santidade de Deus…é a convicção de quanto O deixamos triste quando não respondemos positivamente aos Seus apelos e convites de amor. O regresso ao Pai, o arrependimento dos meus pecados é a atitude pessoal da vontade de ser melhor, de me converter e renovar interiormente, da nosso quer progredir na caminhada de santidade. O Pai que me espera de braços abertos. É maravilhosa esta imagem de Deus para com os seus filhos! O Pai que está sempre de braços abertos para receber os filhos… sempre que os filhos tomem a iniciativa de ir ao Seu encontro! O Pai de braços abertos é o Deus intimamente vizinho… o Amigo que quer encaminhar a nossa vida através de critérios de justiça, paz e amor. É o Deus que, através do Seu Espírito, habita e opera em nós. A alegria do regresso. A nossa vida é um regresso diário à casa do Pai. É com alegria que Deus acolhe o Filho que regressa. A alegria é completa quando o filho regressa com “um coração contrito e humilhado”. “O meu sacrifício, Senhor, será um espírito contrito; Senhor, vos não desprezais um espírito contrito e humilhado” (Sl. 51, 19). É a festa do reencontro porque “haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” 79 (Lc.15,7). A festa do reencontro é a certeza que Deus me ama infinitamente com o coração de Pai. 5. Propósito pessoal para o futuro “Rezar o meu dia” deve terminar com um olhar para o futuro; deve terminar com o nosso propósito de o “Amanhã” ser novo e diferente. Consegui-lo-emos se, animados pela graça, amarmos melhor o Senhor…. Se, fortalecidos pelo Espírito, acolhermos com alegria o nosso dia de trabalho… Se, revestidos de Cristo, formos testemunhas do amor e da presença de Jesus, através das palavras, sentimentos, gestos e ações, junto dos outros irmãos … Se, com fé e confiança, prestarmos atenção ao chamamento e solicitações do Pai. O Papa Francisco deu-nos o mote para a nossa novo dia-a-dia: “o cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a realidade, e também é fecundo: a sua vida gera vida em redor…Amados irmãos e irmãs, consideremos Deus como o Deus da vida, consideremos a sua lei, a mensagem do Evangelho como um caminho de liberdade e vida. O Deus Vivo faz-nos livres! Digamos sim ao amor e não ao egoísmo, digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus, que é amor, vida e liberdade, e jamais desilude (cf. 1 Jo 4, 8; Jo 8, 32; 11, 2), digamos sim a Deus que é o Vivente e o Misericordioso”. 80 5. Capela da Reconciliação 81 82 EXAME DE CONSCIÊNCIA - 12 Perguntas para o Ano da Fé A FÉ PROFESSADA 1. Professo a minha fé, confiando plenamente em Deus, e confiando-me inteiramente a Ele, como fundamento da minha vida? Ou a minha fé é apenas uma ideia vaga ou uma crença religiosa, sem que Deus interfira verdadeiramente na minha vida? 2. Professo a minha fé, através de um testemunho e de um compromisso público, mesmo quando não é fácil pensar e viver como cristão? Ou reduzo a minha fé a um ato ou a um facto privado, onde só conto eu e mais ninguém? 3. Professo a minha fé, aderindo, com a mente, o coração e a vida, à fé da Igreja? Ou digo que «cá tenho a minha fé», escolhendo da Fé da Igreja apenas o me interessa?! A FÉ CELEBRADA 4. Ao longo deste Ano, tenho procurado intensificar a celebração da Fé, na Liturgia, particularmente na Eucaristia? Ou a Eucaristia tornou-se já um sacramento “descartável”, que dispenso facilmente, a troco de tudo e de nada? 5. Celebro a fé, participando, de modo ativo, consciente e frutuoso, na Eucaristia, como verdadeiro coração do Domingo? Ou venho à Missa, apenas para cumprir um preceito, sem me deixar tocar nem envolver, pela beleza e pela riqueza do «mistério da fé»? 6. Celebro, com fé verdadeira, os sacramentos da Igreja, de modo que estes manifestem, alimentem e fortaleçam a minha fé? Ou as raízes da minha fé vão definhando, cada vez mais, por deixarem de beber nas fontes da salvação? 83 A FÉ VIVIDA 7. Vivo este Ano, como uma ocasião propícia, para intensificar o testemunho da caridade, deixando que a minha fé atue pelo amor? Ou a minha fé não se manifesta em obras de amor e é, por isso, comparável a uma árvore sem frutos? 8. Pela minha fé, reconheço nos mais pobres e sós, o rosto de Cristo, que neles se espelha? Ou vivo indiferente, esquecendo a advertência de Jesus «sempre que deixastes de o fazer a um dos mais pequeninos a Mim o deixaste de fazer»? 9. A fé, que tenho, no amor que Deus me tem, conduz-me a um amor ainda maior aos outros? Ou ainda não deixei o amor de Deus transformar-me e por isso amo apenas os que me fazem bem? A FÉ REZADA 10. Tenho consciência, de que não é possível professar, celebrar e viver a fé, sem uma experiência de intimidade e amizade com Deus, através da oração? Ou a minha fé ainda não chegou a uma relação viva e pessoal, com o Deus vivo e verdadeiro, por falta de tempo e de espaço para o diálogo amoroso com Ele? 11. Faço da minha oração uma contínua subida ao “monte” do encontro com Deus, para daí descer, trazendo a força, para servir os outros? Ou vivo num ativismo desnorteado, como se a salvação do mundo dependesse apenas de mim? 12. Rezo, todos os dias, com fé e confiança filial, respondendo e correspondendo ao amor que Deus me tem? Ou rezo apenas, em alguns momentos de aflição, para pedir o que mais me convém? (retirado de www.paroquiasenhoradahora.pt) 84 AS FÓRMULAS CONFISSÃO Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor. ATO DE CONTRIÇÃO Meu Deus Porque sois tão bom Tenho muita pena de vos ter ofendido Ajudai-me a não tornar a pecar. ABSOLVIÇÃO Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de Seu Filho, reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 85 86 6. Planos e Programa para 2013/14 87 88 6.1. PLANO PARA A PASTORAL CATEQUÉTICA - 2013/14 «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18,20) OBJETIVO GERAL 2012/2017 Reavivar, purificar, confirmar e confessar a fé OBJETIVOS ESPECÍFICOS Tomar consciência da dimensão comunitária da celebração da fé Reconhecer a Eucaristia como centro da vida LINHAS DE AÇÃO 2013/2014 Explicar os gestos, símbolos e lugares da liturgia; Capacitar para ajudar a celebrar o sacramento da penitência; Capacitar os catequistas para relacionarem os momentos do processo catequético com o ano Litúrgico. Capacitar para a participação na liturgia semanal; Conseguir ler a vida a partir da Eucaristia; Refletir sobre a Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium. 89 6.2. PROGRAMA 2013/14 SETEMBRO 2 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe 14 - Dia Arquidiocesano do Catequista 16 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 21 - Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese de Vieira do Minho 21 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim 21 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Barcelos 30 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe OUTUBRO 4 - Reunião de Equipas de Coordenação Paroquial (ECP) e Equipa da Catequese Arciprestal (ECA) da Póvoa de Lanhoso 5 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vieira do Minho 11 - Formação Cristã de Adultos nas Zonas Pastorais de Barcelos. - 1º Encontro: «Fé celebrada» - Baptismo 12 - Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética 15 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 21 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão 21 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 26 - Encontro de formação permanente para catequistas coordenadores do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim 28 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe NOVEMBRO 1 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Esposende 90 2 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vieira do Minho 8 - Formação Cristã de Adultos nas Zonas Pastorais de Barcelos. - 2º Encontro: «Fé celebrada» - Crisma 9 - “A Palavra com sabor a café” encontro de catequistas no Baixo Concelho da Póvoa de Lanhoso 16 - Dia de recoleção para catequistas no Arciprestado de Cabeceiras de Basto 16-17 - Retiro para catequistas organizado pela Equipa Arciprestal da Catequese de Celorico de Basto 18 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 19 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 25 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe 29 - Encontro de oração com catequista no Arciprestado de Terras de Bouro 29 - Dia de recoleção para catequistas no Arciprestado de Vila Nova de Famalicão 30 - Dia de recoleção para catequistas no Arciprestado da Póvoa de Lanhoso 30 - Momento de oração com catequista no Arciprestado de Barcelos (por Zonas) DEZEMBRO 4 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Cabeceiras de Basto 7 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vieira do Minho 7 - Dia de formação para coordenadores de âmbito Diocesano 12 – Vigília de Oração para Catequistas em Amares 13 - Formação Cristã de Adultos nas Zonas Pastorais de Barcelos - 3º Encontro: «Fé celebrada» - Eucaristia 14 - Reunião de Equipas de Coordenação Paroquial (ECP’s ) e Equipa da Catequese Arciprestal (ECA) da Póvoa de Lanhoso 91 17 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 21 - Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese de Vieira do Minho 30 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe JANEIRO 3 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Esposende 4 - Dia Arquidiocesano do Coordenador paroquial 10 - Formação Cristã de Adultos nas Zonas Pastorais de Barcelos - 4º Encontro: «Fé celebrada» - Penitência 14 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Celorico de Basto 20 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 21 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 25 - Dia Arciprestal do Catequista em Cabeceiras de Basto 27 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe s/d - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim FEVEREIRO 1 - Dia Arciprestal do Catequista em Celorico de Basto 1 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vieira do Minho 1 - Encontro Arciprestal de Catequista em Vila Nova de Famalicão 1 - Encontro descentralizado de formação permanente para catequistas do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim em Navais 5 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Cabeceiras de Basto 8 - Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética 14 - Formação Cristã de Adultos nas Zonas Pastorais de Barcelos - 5º Encontro: «Fé celebrada» - Unção dos Enfermos 15 - “A Palavra com sabor a café” Encontro de catequistas no Alto Concelho da Póvoa de Lanhoso 92 15 - Encontro descentralizado de formação permanente para catequistas do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim em Arcos 15 - Encontro de recoleção/formação para catequistas no Arciprestado de Barcelos 17 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 18 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 22 - Tarde de recoleção/formação para catequistas no Arciprestado de Terras de Bouro 22 - Reunião de Equipas de Coordenação Paroquial (ECP’s ) e Equipa da Catequese Arciprestal (ECA) da Póvoa de Lanhoso 24 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe MARÇO 1 - Encontro descentralizado de formação permanente para catequistas do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim em S. José 1 - Dia Arciprestal do catequista em Barcelos 7 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Esposende 11 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Celorico de Basto 14 - Dia de recoleção para catequistas no Arciprestado de Vila Nova de Famalicão 14 - Formação Cristã de Adultos nas Zonas Pastorais de Barcelos - 6º Encontro: «Fé celebrada» - Ordem 15 - Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese de Vieira do Minho 15 - Momento de oração com catequista no Arciprestado de Barcelos por Zonas 17 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 18 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 21 - Encontro de catequistas no Baixo Concelho de Póvoa de Lanhoso sobre o Sacramento da Penitência ou Reconciliação 21-23 - Retiro em tempo Quaresmal organizado pela Equipa Arciprestal da Catequese de Vila do Conde / Póvoa de Varzim 93 22 - Dia Arciprestal do Catequista em Vieira do Minho 28 - Encontro de catequistas no Alto Concelho de Póvoa de Lanhoso sobre o Sacramento da Penitência ou Reconciliação 29 - Dia de recoleção para catequistas no Arciprestado de Amares 29 - Celebração penitencial para catequistas no Arciprestado de Cabeceiras de Basto 29 - Dia de recoleção para catequistas no Arciprestado de Esposende 31 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe ABRIL 5 - Celebração penitencial com catequistas no Arciprestado de Póvoa de Lanhoso 5 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vieira do Minho 11 - Formação Cristã de Adultos nas Zonas Pastorais de Barcelos - 7º Encontro: «Fé celebrada» - Matrimónio 15 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 25 - Encontro de Equipas de Coordenação Paroquial e párocos do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso 25 - Dia Arciprestal do Catequista em Fafe 28 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe 29 - Via Lucis para catequistas no Arciprestado de Celorico de Basto 30 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Cabeceiras de Basto s/d - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vila do Conde / Póvoa de Varzim MAIO 1 - Encontro de Equipas Arciprestais da Catequese 2 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Esposende 2 - Via Lucis para catequistas no Arciprestado de Terras de Bouro 10 - Reunião de Equipas de Coordenação Paroquial (ECP’s ) e Equipa da Catequese Arciprestal (ECA) de Póvoa de Lanhoso 94 16-18 - Retiro para catequistas organizado pela Equipa Arciprestal da Catequese de Vieira do Minho 18 - Peregrinação Arciprestal da Catequese em Póvoa de Lanhoso 18 - Encontro convívio da catequese no Arciprestado de Barcelos (Franqueira) 19 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 20 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 20 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Celorico de Basto 26 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe JUNHO 4 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Cabeceiras de Basto 7 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vieira do Minho 10 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Celorico de Basto 14 - Reunião do Conselho Arquidiocesano para a Pastoral Catequética 14 - Dia Arciprestal do catequista em Terras de Bouro 14 - Encontro de catequistas coordenadores do Arciprestado de Barcelos 16 - Encontro de avaliação de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão 16 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] 17 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Amares 21 - Reunião da Equipa Arciprestal da Catequese de Vieira do Minho 28 - Encontro Arciprestal da Catequese em Póvoa de Lanhoso 30 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Fafe 95 JULHO 5 - Encontro mensal de catequistas coordenadores do Arciprestado de Vieira do Minho 5 - Dia Arciprestal do catequista em Vila do Conde / Póvoa de Varzim 14 - Educação contínua para Formadores de Agentes da Pastoral [a realizar no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, às 21h00] S/D - Dia Arciprestal do catequista em Esposende 96 6.3. PLANO DE FORMAÇÃO 2013/14 CURSO ACREDITAR Destina-se a todos os adultos, membros das comunidades paroquiais. Local: A realizar nas zonas inter-paroquiais, em articulação com o Serviço de Formação e de acordo com as solicitações (mínimo de 16 inscritos). Horário: duas vezes por semana das 21h às 23h. Inscrições a partir de Setembro. CURSO DE INICIAÇÃO Destina-se a adultos, confirmados na fé, que pretendam ser catequistas ou animadores de grupo, a realizar entre 30 de setembro e 14 de dezembro (inscrições até 20 de setembro), ou entre 6 de janeiro e 29 de março (inscrições até dia 13 de dezembro) às segundas e quintas-feira das 21h às 23h. Local: A realizar em todos CAFCA onde haja pelo menos 16 inscritos. CURSO GERAL Destina-se a adultos com o Curso de Iniciação e organiza-se em quatro módulos: Introdução à Pastoral a realizar entre 26 de setembro e 13 de dezembro, às quartas-feiras. Inscrições até 20 de setembro. Psicossociologia a realizar entre 8 de janeiro e 29 de março, às quartas-feiras. Inscrições até 20 de dezembro. Pedagogia da Fé e Didática a realizar entre 9 de abril e 27 de junho, às quartas-feiras. Inscrições até 21 de março. 97 Local: A realizar em todos os CAFCA onde haja pelo menos 16 inscritos. Espiritualidade a realizar-se de 16 a 18 de maio em Braga. Inscrições até 2 de maio. ESTÁGIO DE CATEQUISTAS Destina-se a todos aqueles que já concluíram os módulos teóricos do Curso Geral. Inicia a 27 de maio, nos 1º e 7º anos de catequese. Inscrições até 2 de maio. CURSO DE COORDENAÇÃO PAROQUIAL Destina-se àqueles que, nas Comunidades, realizam ou vão realizar funções de coordenação pastoral, na área de Educação da Fé. Inicia em janeiro. Local: A realizar em todos CAFCA onde haja pelo menos 16 inscritos. Inscrições até 20 de dezembro. ESTÁGIO DE COORDENADORES PAROQUIAIS Destina-se a todos aqueles que realizaram o Curso de Coordenação Paroquial. Inicia a 27 de maio. Inscrições até 2 de maio. As inscrições devem realizar-se nos Serviços Centrais da Arquidiocese ou através do email [email protected], observando-se os prazos. 98