Bypass Intestinal

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Bypass Intestinal
Desde a tentativa inicial da introdução da cirurgia bariátrica no inicio da
década
de
1950
que
esta
não
pára
de
evoluir.
Kremen e Linner em 1954 realizaram o primeiro bypass jejunoileal (JIB). Esta
cirurgia envolve a união do intestino delgado superior à sua área inferior,
ultrapassando um longo segmento do intestino delgado, colocando-o fora do
circuito de absorção, provocando assim um estado malabsortivo.
Na continuação da evolução da cirurgia bariátrica Payne e al. apresentaram
em 1963 os primeiros resultados de 10 pacientes submetidos a bypass jejunocólico. A ideia deste bypass era ultrapassar o mais possível a área de
absorção. No entanto, estes doentes apresentavam episódios de diarreia
incontrolável, desidratação e alterações hidroelectrolíticas. Estas situações
clinicas obrigavam a um número muito alto de reconversões, tendo por isso
sido
abandonada.
Para tentar minorar os problemas do refluxo do conteúdo cólico para o ileon,
foram desenvolvidas dois tipos de anastomose jejuno-ileal: termino-lateral
(Payne e Dewind, 1969) e termino-terminal (Scott,Dan et al,1973). No
entanto, em ambos os casos o intestino delgado era ultrapassado e não
removido e, em ambas as variantes sómente os primeiros 35 centimetros do
intestino delgado eram mantidos no circuito de normal absorção.

As complicações deste tipo de cirurgia resumiam-se:

Alterações hidroelectroliticas

Acentuada diminuição do sódio, potássio,magnésio,bicarbonato e
cloreto de sódio provocando osteoporose e osteomalácia secundária há
deplecção de proteinas, calcio e vitamina D

Manutrição caloricoproteica

Litiase vesicular

Diarreias, distensão abdominal, flatulência, pseudo obstrução cólica,
vólvulo

Manifestações extraintestinais
o
Artrite por deposição de imunocomplexos
o
Insuficiência hepática aguda
o
Hepatite estentórica
o
Eritema nodoso
o
Nefropatia
o
Hiperoxalúria com formação de cálculos de oxalato
o
Neuropatia periférica, anemia hemolítica, trombocitopenia,
pericardite
Apesar da malabsorção que induzia múltiplas deficiências e diarreias intensas,
conseguia-se uma boa perda de peso. No entanto, consequentemente a estas
complicações por vezes tão graves que punham em risco a vida do doente, o bypass
jejunal deixou de ser recomendado como processo cirúrgico barátrico, obrigando à
pesquisa de métodos alternativos
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