S. Esteves Kajira [2] © Copyright S. Esteves - 2013 O conteúdo desta obra literária está protegido pela legislação autoral vigente no Brasil ©, e pelas regras internacionais estabelecidas na Convenção de Berna. Assim sendo, são vedadas as reproduções, modificações, traduções e distribuição total ou parcial, a menos que devidamente autorizadas pelo autor. Capa e Imagens – S. Esteves [3] Este romance foi inspirado em alguns conceitos da filosofia Goreana descrita nos livros de ficção “As Crônicas da Contra Terra” escritos pelo filósofo e escritor John F. Lange, sob o pseudônimo de John Norman. Embora seja uma obra de ficção, esses livros tem servido como fonte de inspiração para o estilo de vida de milhares de pessoas espalhadas pelo mundo. Essas pessoas normalmente se reúnem em grupos reais ou virtuais para estudar, jogar ou vivenciar práticas a ela ligadas. A Saga se dá em um planeta chamado GOR que está na mesma órbita da terra no lado oposto do sol, a escravidão é instituída e bem aceita como um dos três pilares da sociedade. Em GOR, a qualidade de um homem é medida por valores éticos como honra. responsabilidade e verdade. Em GOR, aspectos da biologia humana são importantíssimos. Para eles, dominação é da natureza masculina e submissão da natureza feminina, entretanto, não consideram que os homens sejam superiores às mulheres e sim que são de natureza diferente. Embora acreditem que a dominação seja da natureza masculina, para dominar suas Kajirae (Plural de Kajira, mulheres submissas) seus senhores tem tantas obrigações para com elas, que muitas acabam recebendo melhor tratamento que a maioria das mulheres ditas livres da nossa sociedade. Ao escrever este livro não tive a intenção de fazer apologia ou críticas a essa filosofia e nem descrevê-la com riqueza de detalhes, até porque seria impossível em um livro com menos de duzentas páginas, detalhar uma filosofia contida nos 26 volumes da obra “As Crônicas da Contra Terra”. Praticantes da filosofia Goreana, poderão achar diferenças de interpretação entre este livro e outras publicações sobre o mesmo tema, mas isso é perfeitamente normal. existem tantas interpretações a essa filosofia quanto o número de grupos Goreanos. [4] [5] [6] Prólogo Maya sabe que esse é um momento crucial de sua vida. Até agora seu título é de “barbarian Kajira”, se Dárius a aprovar deixa de ser barbarian e oficialmente se torna uma Kajira. Se aprovada receberá sua coleira definitiva e poderá servir seu Senhor plenamente e, iniciar novos treinamentos visando especialização. Se não for aprovada receberá tantas chibatadas quantas seu Senhor julgar adequadas, poderá ficar enclausurada por longo tempo em uma jaula fria e sem conforto algum, passará por novo treinamento ou então será vendida a outro senhor mais pobre e menos exigente e provavelmente violento... ... Com os olhos ainda fechados ela dança para o seu senhor, permite que o ritmo da música domine todo o seu ser, suas mãos percorrem seu corpo acariciando suas vestes de seda, como se o quisesse o mostrar inteiramente a ele em nítido sinal de oferecimento. Entre tantos homens convidados de Dárius presentes no átrio, ela consegue perceber a energia, e o cheiro do seu senhor, apenas ele importa. Maya abre os olhos e sem interromper os movimentos sensuais do seu corpo, leva sua mão até o pescoço, toca sua coleira e sorri a Dárius indicando que ela é sua propriedade e que ele poderá usa-la da forma que desejar. [7] [8] Capítulo 1 ............................................................................... 11 Capítulo 2 .............................................................................. 21 Capítulo 3 .............................................................................. 31 Capítulo 4 .............................................................................. 39 Capítulo 5 .............................................................................. 47 Capítulo 6 .............................................................................. 53 Capítulo 7 .............................................................................. 61 Capítulo 8 .............................................................................. 73 Capítulo 9 .............................................................................. 81 Capítulo 10 ............................................................................. 95 Capítulo 11 ........................................................................... 107 Capítulo 12 ............................................................................114 Kajira, por S. Esteves [ 10 ] Kajira, por S. Esteves Capítulo 1 Sentada na recepção do consultório Camila impaciente folheava uma revista tentando passar o tempo, — bem feito — pensou—, quem mandou ser tão desatenciosa e não olhar direito o horário da consulta; chegara com quase uma hora de antecedência e agora só restava aguardar. O consultório era limpo, a decoração de bom gosto e as funcionárias sempre atenciosas e muito educadas; também, pelo preço que pagava nas consultas não podia ser diferente. Apenas as revistas destoavam de tudo, a maioria eram antigas e muitas publicações específicas para médicos. Será que eles pensavam que algum paciente se interessaria por aquilo? O Doutor Cassio era um renomado gastroenterologista, o pai dele, cardiologista além de amigo pessoal, cuidara do seu pai durante anos. Por conta dessa aproximação entre seus pais ele a conhecia muito bem. Não nutria por ele grande simpatia, achava-o prepotente tanto pela fama de seu pai quanto pela sua própria fama. Semanalmente ele participava de um programa na TV onde apresentava sugestões médicas nem sempre diretamente ligadas à sua especialidade. No consultório às vezes ela tinha a sensação que o Doutor Cassio não sabia separar as coisas e lhe parecia que ele estava interpretando para um grande público e não orientando uma paciente. Camila sentiu novamente seu estômago em brasa, desejava agora um antiácido, mas não queria tomar medicamento algum antes da consulta. [ 11 ] Kajira, por S. Esteves Camila viu quando outra paciente deixou a sala dele. O rosto dela parecia tenso e contrariado, provavelmente sua consulta tinha lhe dado más notícias. Agora seria a sua vez. Simpático ou não ela confiava nele e estava certa que ele resolveria seu problema. Visivelmente incomodada pela queimação estomacal entrou na sala e sentou-se diante dele. O médico pediu que ela deitasse na mesa de exames, abrisse o zíper das calças e subisse a blusa até a altura da base dos seios deixando a barriga e vente expostos. Camila nunca se sentia muito a vontade nos consultórios, mas ponderava que os exames ginecológicos eram bem piores. Às vezes imaginava o que seu ginecologista, um cinquentão sentia ao vê-la tão exposta durante as consultas, afinal ela era uma bela mulher. Será que ele ficava excitado? Quase sorriu ao pensar nisso só não o fazendo porque o doutor Cassio se aproximou e voltou a apalpar, cutucar e apertar sua barriga e vente; era mesmo necessário isso ou ele estava tirando vantagem como aquele médico tarado que fora preso recentemente? Seus pensamentos mais uma vez foram interrompidos pelas perguntas dele sobre possíveis dores em alguns pontos onde apertava. Concluído o exame mandou que ela recompusesse suas vestes e sentasse na cadeira em frente a sua mesa. Com a arrogância costumeira, o médico disse a ela: — Ou a senhorita cuida do seu estresse e ansiedade ou essa gastrite vai se transformar em uma bela úlcera . —Mas doutor, nada tem de errado com meu emocional, o problema deve ser meu estomago ou com minha alimentação. — retrucou Camila irritada. —Senhorita, seus exames nada acusam de anormal, tudo indica que sua gastrite é psicossomática já que tem uma vida tão agitada. Porque não procura ajuda na área psicológica? [ 12 ]