Capítulo 1

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S. Esteves
Kajira
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Capa e Imagens – S. Esteves
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Este romance foi inspirado em alguns conceitos da filosofia
Goreana descrita nos livros de ficção “As Crônicas da Contra
Terra” escritos pelo filósofo e escritor John F. Lange, sob o
pseudônimo de John Norman.
Embora seja uma obra de ficção, esses livros tem servido
como fonte de inspiração para o estilo de vida de milhares de
pessoas espalhadas pelo mundo. Essas pessoas normalmente se
reúnem em grupos reais ou virtuais para estudar, jogar ou vivenciar
práticas a ela ligadas.
A Saga se dá em um planeta chamado GOR que está na
mesma órbita da terra no lado oposto do sol, a escravidão é
instituída e bem aceita como um dos três pilares da sociedade. Em
GOR, a qualidade de um homem é medida por valores éticos como
honra. responsabilidade e verdade. Em GOR, aspectos da biologia
humana são importantíssimos. Para eles, dominação é da natureza
masculina e submissão da natureza feminina, entretanto, não
consideram que os homens sejam superiores às mulheres e sim que
são de natureza diferente.
Embora acreditem que a dominação seja da natureza
masculina, para dominar suas Kajirae (Plural de Kajira, mulheres
submissas) seus senhores tem tantas obrigações para com elas, que
muitas acabam recebendo melhor tratamento que a maioria das
mulheres ditas livres da nossa sociedade.
Ao escrever este livro não tive a intenção de fazer apologia ou
críticas a essa filosofia e nem descrevê-la com riqueza de detalhes,
até porque seria impossível em um livro com menos de duzentas
páginas, detalhar uma filosofia contida nos 26 volumes da obra “As
Crônicas da Contra Terra”.
Praticantes da filosofia Goreana, poderão achar diferenças de
interpretação entre este livro e outras publicações sobre o mesmo
tema, mas isso é perfeitamente normal. existem tantas
interpretações a essa filosofia quanto o número de grupos
Goreanos.
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Prólogo
Maya sabe que esse é um momento crucial de sua vida.
Até agora seu título é de “barbarian Kajira”, se Dárius a
aprovar deixa de ser barbarian e oficialmente se torna uma
Kajira. Se aprovada receberá sua coleira definitiva e poderá
servir seu Senhor plenamente e, iniciar novos treinamentos
visando especialização. Se não for aprovada receberá tantas
chibatadas quantas seu Senhor julgar adequadas, poderá ficar
enclausurada por longo tempo em uma jaula fria e sem
conforto algum, passará por novo treinamento ou então será
vendida a outro senhor mais pobre e menos exigente e
provavelmente violento...
... Com os olhos ainda fechados ela dança para o seu
senhor, permite que o ritmo da música domine todo o seu
ser, suas mãos percorrem seu corpo acariciando suas vestes
de seda, como se o quisesse o mostrar inteiramente a ele em
nítido sinal de oferecimento. Entre tantos homens
convidados de Dárius presentes no átrio, ela consegue
perceber a energia, e o cheiro do seu senhor, apenas ele
importa. Maya abre os olhos e sem interromper os
movimentos sensuais do seu corpo, leva sua mão até o
pescoço, toca sua coleira e sorri a Dárius indicando que ela é
sua propriedade e que ele poderá usa-la da forma que desejar.
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Capítulo 1 ............................................................................... 11
Capítulo 2 .............................................................................. 21
Capítulo 3 .............................................................................. 31
Capítulo 4 .............................................................................. 39
Capítulo 5 .............................................................................. 47
Capítulo 6 .............................................................................. 53
Capítulo 7 .............................................................................. 61
Capítulo 8 .............................................................................. 73
Capítulo 9 .............................................................................. 81
Capítulo 10 ............................................................................. 95
Capítulo 11 ........................................................................... 107
Capítulo 12 ............................................................................114
Kajira, por S. Esteves
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Kajira, por S. Esteves
Capítulo 1
Sentada na recepção do consultório Camila impaciente
folheava uma revista tentando passar o tempo, — bem feito —
pensou—, quem mandou ser tão desatenciosa e não olhar direito o
horário da consulta; chegara com quase uma hora de antecedência
e agora só restava aguardar.
O consultório era limpo, a decoração de bom gosto e as
funcionárias sempre atenciosas e muito educadas; também, pelo
preço que pagava nas consultas não podia ser diferente. Apenas as
revistas destoavam de tudo, a maioria eram antigas e muitas
publicações específicas para médicos. Será que eles pensavam que
algum paciente se interessaria por aquilo?
O Doutor Cassio era um renomado gastroenterologista, o pai
dele, cardiologista além de amigo pessoal, cuidara do seu pai
durante anos. Por conta dessa aproximação entre seus pais ele a
conhecia muito bem.
Não nutria por ele grande simpatia, achava-o prepotente tanto
pela fama de seu pai quanto pela sua própria fama. Semanalmente
ele participava de um programa na TV onde apresentava sugestões
médicas nem sempre diretamente ligadas à sua especialidade. No
consultório às vezes ela tinha a sensação que o Doutor Cassio não
sabia separar as coisas e lhe parecia que ele estava interpretando
para um grande público e não orientando uma paciente.
Camila sentiu novamente seu estômago em brasa, desejava
agora um antiácido, mas não queria tomar medicamento algum
antes da consulta.
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Kajira, por S. Esteves
Camila viu quando outra paciente deixou a sala dele. O rosto
dela parecia tenso e contrariado, provavelmente sua consulta tinha
lhe dado más notícias. Agora seria a sua vez. Simpático ou não ela
confiava nele e estava certa que ele resolveria seu problema.
Visivelmente incomodada pela queimação estomacal entrou
na sala e sentou-se diante dele.
O médico pediu que ela deitasse na mesa de exames, abrisse o
zíper das calças e subisse a blusa até a altura da base dos seios
deixando a barriga e vente expostos. Camila nunca se sentia muito
a vontade nos consultórios, mas ponderava que os exames
ginecológicos eram bem piores. Às vezes imaginava o que seu
ginecologista, um cinquentão sentia ao vê-la tão exposta durante as
consultas, afinal ela era uma bela mulher. Será que ele ficava
excitado? Quase sorriu ao pensar nisso só não o fazendo porque o
doutor Cassio se aproximou e voltou a apalpar, cutucar e apertar
sua barriga e vente; era mesmo necessário isso ou ele estava
tirando vantagem como aquele médico tarado que fora preso
recentemente? Seus pensamentos mais uma vez foram
interrompidos pelas perguntas dele sobre possíveis dores em
alguns pontos onde apertava. Concluído o exame mandou que ela
recompusesse suas vestes e sentasse na cadeira em frente a sua
mesa.
Com a arrogância costumeira, o médico disse a ela: — Ou a
senhorita cuida do seu estresse e ansiedade ou essa gastrite vai se
transformar em uma bela úlcera .
—Mas doutor, nada tem de errado com meu emocional, o
problema deve ser meu estomago ou com minha alimentação. —
retrucou Camila irritada.
—Senhorita, seus exames nada acusam de anormal, tudo
indica que sua gastrite é psicossomática já que tem uma vida tão
agitada. Porque não procura ajuda na área psicológica?
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