MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO SÃO JOÃO-PR Diely C. Pereira Maria Ligia Cassol Pinto [email protected] [email protected] Mestrado em Gestão do Território-PPG Geografia Universidade Estadual de Ponta Grossa Resumo: Os estudos geomorfológicos dão subsídios indispensáveis ao planejamento ambiental uma vez que auxiliam na tomada de decisão dos gestores e podem nortear a ocupação do território e em relação ao uso da terra. Com esse objetivo, elaborou-se o mapeamento do relevo da bacia do rio São João com base na classificação taxonômica do relevo proposta por Ross (1992) até o 4o táxon. Utilizou-se as curvas de nível da ortoimagem SPOT5 cedida pelo Paranacidade, na escala 1:50000 e mapas geológicos e geomorfológicos de escala 1:250000, articulação de Telêmaco Borba, para auxiliar a classificação. No 1o táxon identificou-se os domínios morfoestruturais do Cinturão Orogênico do Atlântico Sul e o da Bacia Sedimentar do Paraná; no 2o táxon, unidades morfoesculturais do Primeiro e Segundo Planaltos Paranaenses; nos 3o e 4o táxons foram mapeados os padrões de formas de morros e colinas no Cinturão Orogênico e formas tabulares, colinas e morros na Bacia Sedimentar do Paraná, e planície e formas tabulares convexadas na transição entre as morfoesculturas. O mapeamento das formas permitiu o conhecimento do contexto geomorfológico local possibilitando futuras ações de planejamento territorial na bacia do rio São João. Palavras-chave: cartografia geomorfológica; taxonomia; planejamento territorial. Abstract: The geomorphological studies provide essential environmental planning grants as aid in decision-making of managers and can guide the occupation of territory and concerning the use of the land. The objective was the relief mapping basin river São João with based on the taxonomic classification of the relief proposed by Ross (1992) until the 4th taxon. We used the curves of level of ortoimagem SPOT5 courtesy of the Paranacidade, on the scale 1:50000 and geological and geomorphological maps on the scale 1:250000, articulation of Telêmaco Borba, to aid in classification. The first taxon identified the domains morfoestructural the Orogenic Belt of the South Atlantic and the Paraná Sedimentary Basin; in the 2nd taxon, morfoescultural units of the First and Second Plateaus of Paraná; in the 3rd and 4th taxons were mapped patterns of shapes of hills and hills in the Orogenic Belt, and tabular forms, shapes of hills and hills in the Sedimentary Basin of Paraná, and plain and tabular forms convex in the transition between the morfoescultures. The mapping of forms allowed the knowledge of geomorphological context location enabling future actions of territorial planning in the São João River basin. Key words: geomorphological cartography; taxonomy; territorial planning. Eixo 1 - Geomorfologia, Morfotectônica e Dinâmica da Paisagem Considerações Iniciais ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 160 As superfícies continentais apresentam uma diversidade de formas as quais são geradas por mecanismos que atuam no presente e que atuaram no passado resultantes da dinâmica interna da Terra e das condições externas ligadas aos eventos climáticos e aos processos erosivos. A cartografia geomorfológica é um dos mais importantes veículos de comunicação e análise do relevo permitindo a compreensão das formas, gênese e processos atuantes. Possui grande valor por representar espacialmente, resguardadas as escalas de identificação, as informações obtidas em laboratório e dados coletados em campo. Um adequado mapeamento geomorfológico é essencial para o planejamento territorial e ambiental porque compreende os processos que atuaram na formação do modelado, e representam a sua dinâmica atual, de importância ímpar para a indicação de áreas favoráveis ou não ao desenvolvimento das atividades humanas. Com o intuito de subsidiar ações de planejamento e uso da terra tomou-se como objeto de estudo a bacia hidrográfica do São João (Fig. 1) localizada na região fitogeográfica dos Campos Gerais do Paraná. Esta possui relevo peculiar por estar em uma área de transição na borda oriental da Bacia Sedimentar do Paraná. Além disso, movimentos recentes datados do final do Mesozoico, conhecidos como Arco de Ponta Grossa, provocaram novo arranjo das formas, reativando e criando falhas e fraturas, impondo novos padrões erosivos. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 161 Figura 1. Localização da bacia do rio São João. Tais condições proporcionam um relevo diferenciado ao longo do rio São João, que tem suas nascentes no Primeiro Planalto Paranaense marcado por uma paisagem ondulada com planícies com sedimentos recentes e vertentes num padrão convexocôncavas. O rio segue seu curso vencendo a Escarpa Devoniana, o divisor topográfico para o Segundo Planalto Paranaense, onde a amplitudes são grandes, as encostas são mais abruptas apresentando canyons e cachoeiras com trechos encaixados. Desta forma, o objetivo de caracterizar e mapear as unidades geomorfológicas da bacia do rio São João, com base nos quatro primeiros níveis taxonômicos propostos por Ross (1992). Pressupostos teóricos Diante da grande multiplicidade do modelado terrestre, as representações das suas formas demandam diferentes métodos de trabalho. Não raro, algumas informações são suprimidas e outras detalhadas dependendo da escala de análise, dos produtos cartográficos basilares e do objetivo a ser atingido. Além da identificação das formas, as preocupações do mapeamento geomorfológico dizem respeito à representação da sua gênese, idade e os processos morfogenéticos atuantes. As metodologias adotadas para a classificação e mapeamento geomorfológico possuem critérios variados baseados em dados geológicos, parâmetros morfométricos, parâmetros topográficos de vertentes, topos e vales, estudos de redes de drenagem e imprescindíveis trabalhos de campo. Os materiais cartográficos utilizados possuem também grande diversidade tais como: cartas topográficas, fotografias aéreas, produtos de radares, mapas geológicos e infinitos modelos digitais de terrenos proporcionados pelas Geotecnologias. As análises computacionais cada vez mais recorrentes também são utilizadas no mapeamento do modelado. Através do Sensoriamento Remoto e dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) a obtenção de modelos digitais do terreno permite o aprimoramento do processamento dos dados geomorfológicos para a compreensão das formas. Nunes, Freire e Perez (2006) basearam suas pesquisas de caracterização geomorfológica, de acordo com os dois primeiros níveis de abordagem proposta por Ab’Saber (1969): a compartimentação topográfica e a estrutura superficial da paisagem. O primeiro se trata da compartimentação da topografia em escala regional, bem como da caracterização e descrição das formas de relevo de cada um dos compartimentos estudados. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 162 Num segundo nível, investigou-se a cronogeomorfologia e possíveis interpretações sobre os processos paleoclimáticos e morfoclimáticos recentes da área. A partir desses critérios, os autores citados puderam realizar uma análise dinâmica dos compartimentos de relevos integrando informações sobre os processos endógenos e exógenos ocorridos na área de estudos. Tapia-Varela e López-Blanco (2002) construíram o mapa geomorfológico delimitando unidades com base em critérios de homogeneidade relativa e em caracterização de aspectos referentes à origem do relevo, as formas gerais, as idades das formas e estruturas além de geometria avaliada pelos parâmetros morfométricos. Partiram de uma fragmentação da área de estudo para uma classificação geral das unidades de acordo com dados geológicos e topográficos. A partir daí, a classificação mais detalhada seguiu em adequação as análises de fotografias aéreas e documentos cartográficos de menor escala e modelos digitais trabalhados em ambiente SIG. Os autores deixaram claro que os trabalhos de campo são fundamentais para que os possíveis problemas no mapeamento realizado em laboratório sejam verificados e solucionados. Na medida em que o mapeamento baseado em observações de campo tornase inviável, seja pela abrangência do recorte espacial ou mesmo pela falta de material de apoio na escala desejada, os produtos de sensoriamento remoto são amplamente utilizados suprindo as necessidades do trabalho. Além de que frequentemente deparase com materiais basilares como cartas topográficas, mapas geológicos e imagens digitais em escalas variadas que requerem grandes esforços de compatibilização entre os dados de entrada e o resultado final. Robaina et al. (2010) optaram por realizar o mapeamento dos compartimentos do relevo baseado em níveis de abordagem diferentes. A escala de análise adotada permitiu num primeiro nível a representação das formas dentro de um contexto regional. Na medida em que os critérios de detalhamento foram refinados, as altitudes, amplitudes e os tipos litológicos foram utilizados para a complementação da classificação geomorfológica. Finalmente os processos morfogenéticos, como voçorocas e ravinas, que ocorrem na área de estudo foram contemplados dentro da proposta de compartimentação geomorfológica. Diante da variedade de metodologias de mapeamento do relevo opta-se por aquela em que materiais de apoio, escala de análise e objetivo se compatibilizam. Valemo-nos das diretrizes propostas por Ross (1992) cujos seis níveis taxonômicos, até o quarto neste trabalho, se apoiam em critérios morfológicos, morfográficos, morfocronológicos e morfogênicos. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 163 As análises visuais de curvas de nível, fotografias aéreas e outros produtos topográficos possibilitam a interpretação morfológica de vertentes e oferecem as primeiras apreensões sobre os conjuntos de formas e estruturas marcantes. Com a identificação dos elementos que descrevem o relevo, o foco do mapeamento passa a ser também o diagnóstico da natureza das formas, distinguindo os processos pretéritos e atuais porque passaram, bem como a sua idade e origem. A proposta metodológica baseia-se nos conceitos de morfoestruturas e morfoesculturas de Meserjakov (1968). Segundo o autor as formas de relevo dos continentes e também do fundo oceânico pertencem a uma estrutura que o sustenta e sua gênese está ligada aos movimentos crustais, esta é a categoria a morfoestrutura que se exemplifica pelas bacias sedimentares e cadeias orogênicas. Ao passo que as morfoestruturas são esculpidas pela ação dos processos exógenos, como os climas pretéritos e atuais, caracterizam-se as morfoesculturas. Apoiados nestes dois conceitos são delimitados os dois primeiros níveis taxonômicos: 1o unidades morfoestruturais e 2o unidades morfoesculturais. É importante lembrar que numa única morfoestrutura por razões tectônicas e estratigráficas os tipos litológicos são variados. E mais, como as morfoesculturas são resultados de climas pretéritos e atuais, certamente existirá uma infinidade de formas num modelado extremamente diverso. Neste caso, os compartimentos do relevo posicionados numa mesma morfoescultura, mas que possuem padrões de formas semelhantes entre si, mas diferentes das demais, como o formato das vertentes, a rugosidade topográfica são classificados no 3o táxon. As formas semelhantes identificadas no terceiro táxon serão individualizadas com maior detalhamento no 4o táxon cuja identificação dos padrões morfométricos e morfológicos serão critérios para diferenciá-las. No 5o táxon as vertentes desde o topo até a sua base são individualizadas até que se chega ao 6o táxon onde as formas menores, produzidas pelos processos erosivos são mapeadas tais como voçorocas, ravinas, cicatrizes de deslizamentos, cortes e aterros. A utilização dos seis níveis taxonômicos permite estabelecer a ordem cronológica dos eventos de formação do relevo no tempo geológico, desde o mais remoto com a formação das morfoestruturas até os processos mais atuais de esculturação como as voçorocas. Procedimentos técnicos ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 164 A análise geomorfológica e posterior mapeamento do relevo, segundo metodologia já explicitada anteriormente, foram realizados mediante interpretação visual das curvas de nível de equidistância de 20m, de escala 1:50000, disponibilizadas pelo Paranacidade, produto da ortoimagem SPOT5 de 2005. Ainda com as curvas de nível foram elaborados mapas auxiliares de hipsometria e declividade a partir de modelos digitais de elevação. Para auxiliar na interpretação morfogenética foram utilizadas carta topográfica na escala 1:50000, da Folha de Castro MI-2824-4, carta geológica da articulação de Telêmaco Borba na escala 1:250000 e carta geomorfológica da Folha de Telêmaco Borba SG22-X-A, na escala 1:500000. Com base nesses materiais procedeu-se a classificação do relevo da bacia do São João manualmente utilizando as curvas de nível e a hipsometria do terreno no software ArcGis 10.1. Resultados e discussões De acordo com a metodologia utilizada classificou-se no 1o táxon duas unidades morfoesculturais. A primeira delas localizada no terço superior à leste da bacia hidrográfica do São João, constitui-se a unidade morfoestrutural do Cinturão Orogênico do Atlântico Sul. Almeida e Carneiro (1998) atribuem idades às rochas variando entre o Pré-cambriano e o Eopaleozóico, que deu origem a diversas associações migmatíticas e metamórficas, bem como a inúmeros complexos ígneos, explicando a grande variedade de tipos litológicos, sendo que nesta porção predominam as rochas do grupo Castro que datam do Paleozoico Inferior. A segunda unidade é a Bacia Sedimentar do Paraná cujas rochas presentes são da Formação Furnas de idade siluro-devoniana que pertence ao Grupo Paraná. Os arenitos da Formação Furnas apresentam formas singulares, de relevos cárstico resultados da interação de fatores como a textura e composição mineral, processos de sedimentação, falhas e fraturas derivadas de tectonismo, além de aspectos ligados ao clima subtropical (MELO et al., 2011). Seguindo o 2o nível taxonômico, em consequência da configuração morfoestrutural, apresenta-se duas unidades morfoesculturais: o Primeiro Planalto Paranaense e o Segundo Planalto Paranaense já descritos por Maack (2002). No Primeiro Planalto a exumação do relevo é mais pronunciada, as vertentes possuem padrão convexo-côncavas e sofreram dissecação pelos canais fluviais formando uma paisagem ondulada com planícies de inundação em vales abertos. As vertentes no Segundo Planalto são, em sua maioria, convexo-retilíneas com topos planos, ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 165 expressando, em parte, a influência da morfoestrutura regional e dos processos de esculturação atuantes (SANTOS et al.,2006) A localização na transição entre o Primeiro e o Segundo Planalto Paranaense propicia que o rio São João apresente um relevo acidentado e uma drenagem com forte controle estrutural com vales em “V” e pequena planície. Neste caso, a classificação do 3o táxon requer o entendimento da evolução geológico-geomorfológica morfoestruturas e local. Por morfoesculturas, estarem os numa área compartimentos de contato entre geomorfológicos não apresentam limites claros de transição. Ademais, acrescenta-se o fato dos episódios do Arco de Ponta Grossa que resultaram no soerguimento da crosta continental ocorridos no final do Mesozoico. Este evento tectônico originou falhas e fraturas e ainda reativou as existentes durante o Paleozoico que reorganizaram o modelado numa escala regional. Assim os pacotes litológicos da Bacia Sedimentar do Paraná (Formação Furnas) nesta região estão sobrepostos ao Embasamento do Cinturão Orogênico do Atlântico Sul, em amplitudes variadas. Soma-se a isto a presença de depósitos quaternários e de rochas sedimentares do Grupo Castro à montante da ruptura principal que marcaria a transição litológica. Estes fatores desafiam a aplicação da metodologia tal qual foi criada e desta forma adapta-se a metodologia a realidade do objeto de estudo. A proposta apresenta sete padrões de formas: morros e colinas, na unidade morfoestrutural do Cinturão Orogênico do Atlântico Sul; formas tabulares, colinas e morros na unidade morfoescultural da Bacia Sedimentar do Paraná, e planície e formas tabulares convexadas na transição entre as morfoesculturas (Fig. 2). A descrição de cada padrão se dá a partir da classificação do 4o táxon. Os morros (M-cx) situados no Cinturão Orogênico do Atlântico Sul estão na porção nordeste da bacia possuem amplitude altimétrica média de 160m e declividades predominantes de até 20% e possuem formas na sua maioria convexadas. As colinas (C-am), presentes na porção sudeste da bacia, são em sua maioria amplas e baixas de amplitude altimétrica média de 100m e declividades predominantes de até 12%. Na área correspondente a Bacia Sedimentar do Paraná as formas tabulares estão presentes onde existe um controle estrutural da drenagem proporcionada pelo tectonismo. Assim, essas formas (T-ap) possuem topos aplainados, amplitude altimétrica média de 180m e declividade predominante acima de 30%. As colinas (C-s) são suaves, apresentam uma amplitude altimétrica média de 140m e declividade de até 30%. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 166 Com relação ao conjunto de formas situadas na transição morfoescultural, conveniou-se chamá-las de formas tabulares de topos convexos (T-cx) cujo diferencial da anterior mencionada são os processos de esculturação mais intensos que deram forma convexadas aos seus topos devido ao contato de litologias diferentes. As áreas planas (P-d), de gênese ligada aos processos de deposição dos sedimentos vindos das vertentes e também do material carreado pelos canais fluviais aparecem na área porção central da bacia, possui uma amplitude altimétrica média de 40m e declividades que não passam de 6%. 167 ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 168 Figura 2. Relevo da bacia do São João de acordo com a taxonomia de Ross (1992). Em direção à desembocadura do rio São João no rio Pitangui, na porção oeste da bacia encontram-se morros de topos aplainados (M-ap) com grande influência dos ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 movimentos tectônicos presentes na área e amplitude altimétrica média de 240m com declividades elevadas acima de 30%. Os trabalhos de campo permitiram constatar a coincidência entre as formas interpretadas pelos produtos cartográficos e a existência das mesmas na bacia (Fig 3). 169 Figura 3. Registro fotográfico dos padrões de formas mapeados. a- Colinas suaves, bFormas tabulares convexadas, c- Planície de deposição, d- Formas tabulares aplainadas. Considerações finais Na bacia do rio São João é possível, a partir do modelo taxonômico, observar uma grande diversidade de formas de relevo devido a sua posição geográfica peculiar numa área de transição entre a borda oriental da Bacia Sedimentar do Paraná e o Cinturão Orogênico do Atlântico Sul e por apresentar eventos tectônicos que reorganizaram a esculturação do relevo. A partir da metodologia da taxonomia do relevo identificou-se no 30 e 40táxons sete padrões de formas tais como morros e colinas, na unidade morfoestrutural do Cinturão Orogênico do Atlântico Sul; formas tabulares, colinas e morros na unidade morfoescultural da Bacia Sedimentar do Paraná, e planície e formas tabulares convexadas na transição entre as morfoescultura. Na medida em que foi feito o detalhamento das unidades do modelado a metodologia foi adaptada em relação a realidade local e com isso obteve-se êxito na ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 sua aplicação. O uso das geotecnologias aperfeiçoou a análise dos dados e facilitou o manuseio dos resultados. Referências bibliográficas AB’SABER, A.N.; um conceito de geomorfologia serviço das pesquisas sobre o Quartenário. Geomorfologia, São Paulo, no 18, p. 1-23, 1969. ALMEIDA, F. F.M; CARNEIRO, C.D.R. Origem e evolução da Serra do Mar. Revista Brasileira de Geociências. Volume 28. Número 2. P 135-150, junho de 1998. MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. 3a edição Curitiba: Imprensa Oficial, 2002. MECERJAKOV, J. P. – Les concepts de morphostruture et de morphosculture: um nouvel instrument de l’analyse geomorphologique. Annales de Geographie 77 annéenº 423. Paris, 1968. MELO, M. S; GUIMARÃES, G. 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