www.institutoconscienciago.com.br Preparatório para Concurso do IPASGO Aula: Programa Nacional de Imunização Profª MSc. Marise Ramos de Souza Parte 03 de 03 Por que continuar vacinando contra Poliomilite em campanhas A Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a única vacina capaz de viabilizar a erradicação global da poliomielite, sendo recomendada pela OMS para as nações com índices de coberturas vacinais baixos e heterogêneos. A estratégia de realização de duas campanhas anuais de vacinação em menores de cinco anos de idade, iniciada na década de 80, é primordial para manutenção da erradicação da poliomielite no Brasil, mas para isso são necessárias também altas e homogêneas coberturas vacinais. A manutenção de áreas geográficas com baixas coberturas vacinais por tempo prolongado promove o estabelecimento de bolsões de suscetíveis, aumentando o risco de importação de casos de poliomielite devido aos intercâmbios econômicos e culturais que ocorrem entre o Brasil e países endêmicos ou pela ocorrência de surtos devido à circulação do poliovírus derivado vacinal (PVDV) em áreas de baixas coberturas vacinais com a vacina oral contra a poliomielite (VOP). Tetravalente – Cobertura ideal: 95%. Proteção: Difteria / Coqueluche / Tétano/ Doenças invasivas causadas por Hib Constituição da Vacina: Toxóides tetânico e diftérico, pertussis Inativada em suspensão e polissacarídeo capsular do Haemóphilus influenzae do tipo –(PRP), conjugada com uma ptna carreadora. Contêm hidróxido de alumínio (adjuvante) e o timerosal (conservante) Eficácia: 95%, exceto Coqueluche (80 a 90%) Indicação: para imunização ativa de todos os bebês, a partir de dois meses de idade. Pode ser administrada até menores de 7anos. Esquema básico: 3 doses (2º, 4º e 6º m) com intervalos de 2 meses e 2 reforços. Os reforços aos 15 meses e entre 4 a 6 anos é feito com a vacina DTP Dose e Via de Administração: 0,5 ml via IM profunda Conservação e validade: +2º C a + 8º C e depois de aberto o frasco utilizar por 5 (cinco) dias devido ao componente Hib. A vacina DTP pode ser utilizada até o final do frasco Tetravalente – Contra Indicações A ocorrência de reação anafilática ou encefalopatia aguda grave subseqüente à aplicação da vacina tetravalente constitui contra-indicação absoluta para administração de outras doses dessa vacina. Após completar sete anos de idade. Indivíduos com conhecida hipersensibilidade a qualquer componente da vacina Episódio hipotônico hiporresponsivo em dose anterior* Crises convulsivas febril ou afebril em dose anterior* *Há substituição nestes casos, o esquema deve ser continuado com a vacina DTP acelular + Hib Tetravalente – Precauções Doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. Portadores de doenças neurológicas crônicas e com risco de descompensação devido à febre, tais como cardiopatas Pneumopatas graves. Recém-nascidos prematuros extremos (<31 semanas e/ou < 1000gr). Eventos Adversos Pós Tetravalente Locais: dor, calor, enduração, eritema; Sistêmicos: febre, sonolência, vômito, anorexia, irritabilidade, episódio hipotônico hiporresponsivo ( até 48 horas), convulsão, choro persistente, encefalopatia ( dentro de 07 dias), reações imuno-alérgicas e apnéia. Vacina Oral Contra Rotavírus Humano – VORH Cobertura ideal: 90%. Proteção: Rotavírus Constituição da Vacina: É uma vacina elaborada com vírus isolados de humanos e atenuada para manter a capacidade imunogênica, porém não patogênica. A vacina é monovalente, ou seja, a cepa utilizada possui apenas um sorotipo em sua composição que é o G1[P8] da cepa RIX4414. Contem carbonato de cálcio. Eficácia: 65% a 100% Indicação: menores de 6 meses Esquema vacinal: 1ª dose - 2 meses de idade ou rigorosamente até 3 meses e 1 semana. 2ºdose - 4 meses de idade ou rigorosamente até 5 meses e 15 dias. O intervalo entre as doses não deve ser menor que 4 semanas. Dose e Via de Administração: 1,5 mL via oral Conservação e validade: +2º C a + 8º C. VORH Eventos Adversos : Febre, tosse, diarréia, vômitos, irritabilidade, perda de apetite. Invaginação Intestinal (mesmo não tendo relação causal com a VORH utilizada no Brasil todo caso deve ser notificado e investigado) Contra Indicações Imunodeficiência Alergia: a vacina não deve ser administrada a crianças que sabidamente tenham alguma forma de alergia grave (urticária disseminada, broncoespasmo, laringoespasmo e choque anafilático) a algum dos componentes da vacina, ou a dose prévia desta vacina. Doença do aparelho gastrointestinal: a vacina não dever ser administrada a crianças com história de alguma doença gastrintestinal crônica ou má-formação congênita do trato digestivo ou história prévia de invaginação intestinal. VORH Precauções: Doença febril: a vacina não deve ser administrada em indivíduos com quadro agudo febril moderado a grave. Contudo, um quadro febril leve não deve ser uma contra-indicação para seu uso. Crianças filhas de mãe soropositiva para HIV podem ser vacinadas desde que não haja sinais clínicos ou laboratoriais de imunodepressão. Obs: Não está contra-indicada a vacinação de crianças que convivem com portadores de imunodeficiência. Vômitos e diarréia: a criança com quadro de diarréia leve sem desidratação pode ser vacinada. Crianças com quadro de gastrenterite e vômitos devem ter a vacinação adiada. Em casos de regurgitação, não revacinar. Contra Febre Amarela - Cobertura ideal: 100%. Proteção: Febre Amarela Composição: é uma preparação de vírus vivo da febre amarela, da cepa 17 D, de virulência atenuada. O vírus vacinal é cultivado em ovos embrionados de galinha. Eficácia: 95% ou mais Indicação: a partir dos 9 meses de idade. Em situações de epidemia ou surtos pode-se antecipar a idade da vacinação para 6 meses. Esquema básico: 1 dose aos 9 meses e reforço a cada 10 anos. Dose e Via de administração: 0,5 ml via subcutânea Conservação e Validade: instância local de + 2ºC e + 8ºC. Deve ser utilizada por 6 horas após aberta Contra Febre Amarela Contra-indicações gerais: crianças menores de 6 meses de idade são susceptíveis a eventos adversos graves (encefalite). portadores de imunodeficiência hospedeiro com depressão do sistema imune – em caso de surto e epidemia, cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios. caso de imunodepressão transitória ou permanente congênita ou adquirida não é recomendada a vacinação de pessoas com imunodeficiência face aos riscos de reversão da virulência numa induzidas por doenças (neoplasia, AIDS pelo vírus HIV com comprometimento da imunidade) ou em conseqüência de tratamento com imunossupressores (corticóide, quimioterapia antineoplásica, radioterapia etc.) – indivíduos soropositivos para HIV, em regiões de médio e alto risco para febre amarela, devem ter sua vacinação avaliada levando-se em conta sua contagem de CD4 e carga viral. Contra Febre Amarela Contra-indicações gerais: • Gestante : como regra geral nenhuma vacina viral atenuada deve ser administrada na gravidez. • Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou a outras substâncias presentes na vacina. Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação. • Vigência de doenças febris graves, sobretudo para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou mesmo confundidos com os possíveis eventos adversos da vacina. • Tratamento com imunossupressor (até três meses após a suspensão de seu uso). Contra Febre Amarela - Eventos Adversos: • Locais: Dor, eritema, induração edema e/ou vermelhidão extensos, linfadenopatia, limitação de movimentos acentuada e duradoura . • Sistêmicos gerais: Febre, cefaléia e mialgia • Reações de hipersensibilidade: são raras (incidência < 1/1.000.000). • Manifestações neurológicas variadas convulsão, paresia). A encefalite é raríssima. • Doença Viscerotrópica Aguda (DVA). (meningismo, A vacina antiamarílica é o único meio eficaz para prevenir e controlar a doença, já que interrompe o ciclo de transmissão. Tríplice Viral – Cobertura ideal: 95%. Proteção: Prevenir o sarampo, a rubéola e a caxumba. Composição:Vírus vivo atenuado do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola Sarampo Caxumba Rubéola Moraten Jeryl-Lynn Wistar RA 27/3 Schwarz Urabe AM9 Edmonston-Zagreb Leningrado-Zagreb Cultivados em embrião de galinha, traços de neomicina (conservante), gelatina, sorbitol ou albumiana (estabilizante) e fenol (corante). Eficácia: Sarampo e Rubéola acima de 95% e Caxumba acima de 90%; Indicada: - Criança a partir de 1 ano de idade - Homens - até 39 anos - Mulheres - até 49 anos - Grupos de risco Dose e Via de Administração: 0,5 ml via subcutânea Conservação e validade: + 2º a + 8ºC. Após diluição utilizar no prazo de 8 horas. * A vacina dupla viral Moru-Viraem da Berna deve ser utilizada até no máximo 6 horas após a diluição. Tríplice Viral – Esquema VACINA IDADE DOSE VTV 12 meses de vida 1ª VTV 4 a 6 anos de vida 2ª VTV* para mulheres em idade fértil ou DV 11 a 19 anos de idade 20 a 49 anos de idade Duas doses** Dose única*** VTV* para homens ou DV 11 a 19 anos de idade 20 a 39 anos de idade Duas doses** Dose única*** •* Na falta da vacina tríplice viral (VTV) recomenda-se o uso da vacina dupla viral(DV) a partir de 11 anos de idade •** Caso haja registro de uma dose, administrar outra. Se não houver registro administrar duas doses com intervalo de 30 dias •*** Desde que não tenham comprovação de vacinação anterior com VTV/DV Tríplice Viral – Contra Indicações Imunodeficiências graves, congênitas ou adquiridas (A criança portadora do vírus HIV poderá receber todas as vacinas do calendário básico de vacinação) História de reação anafilática a doses prévias de vacina tríplice viral/dupla viral ou a outros componentes da vacina (neomicina, gelatina, albumina) Presença de neoplasia maligna Presença de gravidez Tríplice Viral Adiamento da vacinação • Quando não forem administradas juntas com a vacina contra febre amarela e contra a varicela, o intervalo mínimo entre elas será respectivamente de 15 e 30 dias. -As demais vacinas do calendário básico não exigem intervalo com a vacina tríplice viral. EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA TRÍPLICE VIRAL/DUPLA VIRAL – MANIFESTAÇÕES LOCAIS E REGIONAIS - Ardência, hiperestesia, eritema, enduração, nódulo ou pápula com rubor, Linfadenopatia regional, abscesso quente, febre ≥ 39,5oC, cefaléia, irritabilidade, febre baixa, conjuntivite e/ou manifestações catarrais, exantema, linfadenopatia,, meningite, encefalite, pan-encefalite esclero-sante subaguda pós-vacinal (PEESA), outras manifestações neurológicas, púrpura trombocitopênica, artralgia e/ou artrite, reações de hipersensibilidade e reação anafilática. Dupla Adulto - dT – Cobertura ideal: 100% Proteção: Difteria / Tétano Composição: A vacina dupla tipo adulto (dT) é constituída por: Toxóide diftérico 0,5UI/ml dose Toxóide tetânico 2UI/ml dose Hidróxido de alumínio 1,25mg em Al Timerosal (conservante) 0,20mg Sol. fisiológica a pH 6,4 q.s.p. 0,50ml Eficácia: - 100% - Tétano (aprox.) Indicações : - Mulheres em idade fértil (12 a 49 anos) - Esquema básico para os não vacinados acima de sete anos de idade; - Reforço para os previamente vacinados com três doses de tetravalente (DTP + Hib),tríplice bacteriana (DTP), ou dupla tipo adulto (dT). Dupla Adulto - dT – Esquema básico: 3 doses com intervalos de 2 meses e reforço a cada 10 anos ou a cada 5 anos em caso de gravidez. Dose e Via de administração: 0,5 ml por via IM, profunda, usualmente deltóide Conservação e validade: +2º C a + 8º C. Depois de aberto, usar atá o final. Eventos Adversos: Reações locais Comuns: dor, rubor, calor, enduração; Intensas: dor intensa, edema, enduração e hiperemia extensa (até por toda a face lateral do braço), prurido ou ardor locais, com melhora parcial após três dias e completa depois de uma semana. Impotência funcional temporária - observáveis em 1 a 2% dos vacinados. Dupla Adulto – dT – Eventos Adversos Reações regionais: tipo formigamento nos dedos das mãos (incomuns). Reações sistêmicas : • Comuns (febre, mialgia, indisposição), geralmente leves e transitórias não durando mais que 24 horas. Grave: • Reação de Arthus (Reação de hipersensibilidade tipo III), tipo imunocomplexo, devido a imunização anterior excessiva e altos títulos de antitoxina tetânica circulantes. • Anafilaxia: rara, associada aos antígenos protéicos (1,6/1.000.000) – contra indica doses subsequentes • Mono e polineurite: raro, usualmente reversível, exceto polineurite de início tardio (0,5-1/1.000.000) – contra indica doses subsequentes • Síndrome de Guillain Barré (0,4/1.000.000) – contra indica doses subsequentes PROFILAXIA DO TÉTANO EM CASO DE FERIMENTOS HISTÓRIA DE IMUNIZAÇÃO CONTRA TÉTANO (DTP, DT, DT OU DT) FERIMENTOS COM RISCO MÍNIMO DE TÉTANO FERIMENTOS COM ALTO RISCO DE TÉTANO INCLUSIVE OS PUNCTÓRIOS Se menor de 7 anos, aplicar Tetra ou DTP completando 3 doses, com intervalos de 2 meses (mínimo 30 dias) Se 7 anos ou mais, aplicar dupla (dT), completando 3 doses, com intervalo de 2 meses (mínimo 30 dias) Não aplicar o soro antitetânico (homólogo ou heterólogo) Se menor de 7 anos, aplicar Tetra ou DTP completando 3 doses, com intervalos de 2 meses (mínimo 30 dias) Se 7 anos ou mais, aplicar dupla (dT), completando 3 doses, com intervalo de 2 meses (mínimo 30 dias) APLICAR O SORO ANTITETÂNICO (HOMÓLOGO OU HETERÓLOGO) 3 ou mais doses, sendo a última dose há menos de 5 anos Não aplicar nem vacina nem soro Não aplicar nem vacina nem soro 3 ou mais dose sendo a última dose há mais de 5 anos e menos de 10 anos Não aplicar nem vacina nem soro Aplicar vacina (1 reforço) Não administrar soro antitetânico 3 ou mais dose sendo a última dose há mais de 10 anos Aplicar vacina (1 reforço) Não administrar soro antitetânico Aplicar vacina (1 reforço) Não administrar soro antitetânico Incerta ou menos de 3 doses • A vacina contra o tétano e o soro heterólogo ou homólogo antitetânico não devem ser administrados no mesmo local anatômico. • Considerar o risco de tétano em ferimentos superficiais extensos e queimaduras extensas Contra Influenza - Cobertura ideal: 80%. Proteção: prevenção complicações. da morbimortalidade por influenza e suas Composição: Vacina trivalente, obtida a partir de cultura de ovos ,contendo dois subtipos do sorotipo A e um subtipo do sorotipo B do vírus fracionado da Influenza. O conservante é o timerosal. Variam anualmente conforme a identificação de cepas circulantes Indicações: - Para pessoas acima de 60 anos de idade anualmente - Grupos especiais do CRIE Via de Administração: IM ou SC Conservação e validade: + 2º a + 8ºC. As doses devem ser utilizadas até o final do frasco, desde que garantidas as condições de assepsia e conservação. Vacina Contra Influenza Esquema básico e dose: Idade 6 meses a 3 anos 3 a 9 anos acima de 9 anos e adultos Dose 2 doses de 0,25ml 2 doses de 0,5 ml 1 dose de 0,5 ml Intervalo 30 dias* anualmente 30 dias* anualmente anual *Somente na primeira dose, para as doses anuais subsequentes administrar somente uma vez por ano. Vacina Contra Influenza Contra-indicacões: • pessoas com história de alergia severa à proteína do ovo de galinha, assim como a qualquer componente da vacina. Desta forma, reações anafiláticas graves a doses anteriores também contra-indicam doses subseqüentes. Precauções: •doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação até a o do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. •****Síndrome de Guillain Barré :É desconhecido até o momento se a vacina da influenza pode aumentar o risco de recorrência da SGB em indivíduos com história pregressa desta patologia, contudo, notificar e investigar todo o indivíduo que desenvolver quadro neurológico compatível com a SGB de 7 dias até 6 semanas após receber a vacina contra a influenza. EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA CONTRA INFLUENZA -Locais: eritema, dor e enduração (com duração de até 2 dias). -Sistêmicos: febre baixa, mal-estar, mialgia e cefaléia. -Alérgicos: reação anafilática é rara. - Síndrome de Guillain Barré (SGB). Vacina contra pneumococo (Pneumo 23) Apresentação: Frascos com doses individuais; Conservação: +2ºC a +8ºC; Validade: indicada pelo fabricante; Dose: única (a revacinação é indicada uma única vez, devendo ser realizada cinco anos após a dose inicial); Idade recomendada: acima de 2 anos de idade, nas campanhas a idade é de: 60 anos ou mais; Via de administração: intramuscular ou subcutânea; Composição: Polissacarídeos de Streptococus pneumoniae; Contra–indicações: Reação anterior de hipersensibilidade imediata (anafilaxia) à vacina; Doenças agudas febris moderadas e graves. Eventos Adversos: Locais: eritema, enduração e dor; Sistêmicos: febre ≥38,5º, astenia, cefaléia, artralgia e mialgia podem ocorrer, sendo mais intensos e mais freqüentes na revacinação; Alérgicos: anafilaxia é rara Vacina Anti - Rábica de Cultivo Celular Proteção: Raiva humana Composição: são produzidas por meio de cultura de tecidos isentos de tecido nervoso, as mais comuns são as de célula diplóide humanas (human diplóide cell vaccine-HDCV), de células Vero (purified vero cell vaccine-PVCV), de embrião de galinha (purified chick embrio cell vaccine-PCECV), e de embrião de pato (purified duck embrio vaccine-PDEV). Indicações: para tratamento profilático antí-rábico , toda vez que houver suspeita de exposição ao vírus rábico. Após o início do quadro clínico, não existe tratamento. Dose e via de administração: 0,5 ou 1,0ml, dependendo do fabricante. A dose indicada independe da idade e peso. Via IM , na região deltóide ou vasto lateral da coxa (cças até 2 anos). A vacina não deve ser aplicada na região glútea. Conservação: +2 a + 8 ° C. Não pode ser congelada RAIVA - ESQUEMAS DE PÓS-EXPOSIÇÃO CONDIÇÕES DO ANIMAL AGRESSOR TIPO DE EXPOSIÇÃO - - Manipulação de utensílios contaminados - Lambedura de pele íntegra ACIDENTES LEVES - Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mão e polpas digitais e planta dos pés), causados por mordedura ou arranhadura por dente ou unha; - Lambedura de pele com lesão superficial. CÃO OU GATO SEM SUSPEITA DE RAIVA NO MOMENTO DA AGRESSÃO Lavar com água e sabão Não tratar Lavar com água e sabão. Observar o animal durante 10 dias após exposição. Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso. Se o animal se tornar raivoso, morrer, desaparecer durante o período de observação, aplicar o tratamento 1(uma) dose da vacina nos dias 0,3,7,14 e 28. Lavar com água e sabão. Observar o animal durante 10 dias após exposição. Iniciar o - Ferimentos na cabeça, face, tratamento com 2(duas) doses pescoço, mão, polpa digital e uma no dia 0 e outra no dia 3; planta do pé; se o animal permanecer sadio - Ferimentos profundos, múltiplos no período de observação, ou extensos em qualquer região do encerrar o caso; se o animal se corpo; tornar raivoso, morrer ou - Lambedura de mucosas; desaparecer durante o período - Lambedura de pele onde já existe de observação, aplicar o soro e lesão grave. completando o esquema até - Ferimento profundo causado por 5(cinco) doses. Aplicar uma unha. dose entre o 7° e o 10° dia e uma dose nos dias 14 e 28. ACIDENTES GRAVES CÃO OU GATO CLINICAMENTE SUSPEITO DE RAIVA NO MOMENTO DA AGRESSÃO Lavar com água e sabão Não tratar Lavar com água e sabão. Observar o animal durante 10 dias após exposição. Iniciar o tratamento com 2(duas) doses, uma no dia 0 e outra no dia 3; se descartar raiva após o período de observação do animal, encerrar o caso. Se a suspeita de raiva for confirmada ou se o animal morrer ou desaparecer, completar o esquema até 5(cinco) doses. Aplicar uma dose entre o 7° e o 10° dia e uma dose nos dias 14 e 28. Lavar com água e sabão. Iniciar o tratamento com soro e 5(cinco) doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28. Observar o animal durante 10 dias após exposição. Se a suspeita de raiva for descartada após o período de observação, suspender o tratamento e encerrar o caso. CÃO OU GATO RAIVOSO, DESAPARECIDO, SILVESTRE INCLUSIVE OS DOMICILIADOS ANIMAIS DOMÉSTICOS DE INTERESSE ECONÔMICO OU DE PRODUÇÃO Lavar com água e sabão Não tratar Lavar com água e sabão. Iniciar o tratamento com 5(cinco) doses de vacina administradas nos dia 0, 3, 7, 14 e 28. Lavar com água e sabão. Iniciar imediatamente o tratamento com soro e 5(cinco) doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28 Observações: (1) É preciso avaliar sempre os hábitos e cuidados recebidos pelo cão e gato. Podem ser dispensados do tratamento as pessoas agredidas por cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente), não tenham contato com outros animais desconhecidos e que somente saem à rua acompanhados dos seus donos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. (2) Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição; • (3) Aplicar o soro peri-focal na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, a quantidade restante deve ser aplicada pela via intramuscular podendo ser utilizado o deltóide. Em agressões extensas, o volume inicial do soro poderá se diluído em até duas vezes o volume inicial e deverá ser totalmente aplicado ao redor da lesão. Sempre administrar o soro em local anatômico diferente do que se aplicou a vacina. Quando o soro, por qualquer motivo, tenha que ser administrado tardiamente, este não deverá ser administrado se o paciente já tiver tomado a terceira dose de vacina de CC. Ou a 7 doses de vacina FP e tenham transcorridos 10 dias do inicio do esquema de vacinação. (4) Considera-se suspeito todo cão ou gato que apresentar mudança brusca de comportamento, acompanhada ou não de: salivação, dificuldade para engolir, mudança de hábitos alimentares, paralisias das patas traseiras. RAIVA - ESQUEMAS DE REEXPOSIÇÃO Tipo de esquema anterior Esquema da reexposição Cultivo Celular a) até 90 dias: não tratar Completo Incompleto b) após 90 dias: 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3 a) até 90 dias: completar o número de doses (de acordo com o esquema de pós-exposição). b) após 90 dias: ver esquema de pós-exposição. 1) Tratamento completo - soro + treze doses ( dez + três) de vacina FP.,nove doses (sete + duas) de vacina FP., soro + cinco doses de vacina CC. ou cinco doses de vacina CC. 2) Tratamento incompleto - pelo menos 3 doses da vacina FP. em dias alternados ou 5 doses em dias seguidos ou pelo menos 2 doses de vacina de cultivo celular em dias alternados; 3) O paciente que recebeu número de doses menor do que aqueles referidos na nota acima “2” deverá ser considerado não vacinado. Em caso de reexposição, com história de tratamento anterior incompleto, há menos de 90 dias ou tratamento anterior completo e sendo o animal agressor (cão ou gato) passível de observação, proceder somente a observação do animal. Vacina Anti - Rábica de Cultivo Celular Contra-indicações : Não há contra indicação para a vacina anti-rábica devido a gravidade da doença que apresenta letalidade igual a 100%. EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA CONTRA RAIVA - Reações locais; - Mal-estar; - Cefaléia; - Febre; - Náuseas; - Hipersensibilidade; - Fraqueza e parestesias; - Síndrome de Guillain Barré; - Neurite; - Reação Tipo esclerose múltipla; - Encefalopatia. Impacto da Vacinação no Controle de Doenças ‘‘ (...) AS VITÓRIAS ESTÃO REGISTRADAS NO IMPACTO EPIDEMIOLÓGICO QUE PODE SER CLARAMENTE VERIFICADO MEDIANTE ANÁLISES CIENTÍFICAS OU, MELHOR AINDA, PELA OBSERVAÇÃO DIRETA DAS POPULAÇÕES. (...)” Varíola Sarampo Paralisia Infantil Rubéola Fonte: IEC/MS Febre amarela SRC Série Histórica das Coberturas Vacinais em Crianças Menores de 5 Anos nas Campanhas Contra Poliomielite e Número de Casos de Poliomielite.Goiás, 1968 a 2008. 140 450 400 120 350 100 300 80 250 200 60 150 40 100 20 50 Fonte:SI- API/ PNI 1ª Etapa 2ª etapa Nº casos 20 08 20 06 20 04 20 02 20 00 19 98 19 96 19 94 19 92 19 90 19 88 19 86 19 84 19 82 19 80 19 78 19 76 19 74 19 72 0 19 70 19 68 0 CENTRO DE REFERÊNCIA DE IMUNOBIOLÓGICO ESPECIAIS - CRIE CRIE Implantado em Goiás em 1998, com sede no Hospital Materno Infantil CRIE -Garantir a assistência da população nas seguintes condições: . Profilaxia pré e pós exposição a agentes infecciosos; . Substituição de outros produtos, disponíveis normalmente no país, quando não podem ser utilizados devido a hipersensibilidade ou eventos adversos; . Imunização de crianças e adultos com imunodeficiência; . Tratamento e acompanhamento dos eventos adversos graves; . Apoio ao desenvolvimento de pesquisa. IMUNOBIOLÓGICOS DISPONIBILIZADOS NO CRIE Vacina inativada contra poliomielite (VIP) Vacina contra hepatite B (HB) e imunoglobulina humana antihepatite B (IGHAHB) Vacina contra hepatite A (HA) Vacina contra varicela (VZ) e imunoglobulina humana antivaricelazoster (IGHVAZ) Imunoglobulina Humana Anti-Rábica (IGHAR) Vacina contra influenza, inativada (INF) – “Vacina contra Gripe” Vacinas contra Pneumococo (polissacarídica 23 valente e conjugada 7 valente) Vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b (Hib) Vacina tríplice acelular (DTPa) Vacina dupla infantil (DT) Imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT) Vacina contra meningococo conjugada - C (MncC) REDE DE FRIO REDE DE FRIO Processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do PNI Objetivo: assegurar que todos os imunobiológicos mantenham suas características iniciais, para conferir imunidade. No nível local as vacinas devem estar acondicionadas entre +2 a + 8 ° C IMUNOBIOLÓGICOS são produtos termolábeis, isto é, se deterioram depois de determinado tempo quando expostos a temperaturas inadequadas (inativação dos componentes imunogênicos). O manuseio inadequado, equipamentos com defeito ou falta de energia elétrica podem interromper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e eficácia dos imunobiológicos. Armazenamento Transporte Rede de Frio Distribuição Recebimento Manuseio Aquisição Conservação QUALIDADE Geladeira Doméstica Caixa Térmica de Poliuretano Geladeira Comercial e Freezer Linear Digital Capelinha Cabo Extensor Laser Congelador (evaporador) Bobinas de gelo reutilizável disposta na posição vertical Primeira prateleira Vacinas que podem ser submetida a temperatura negativa (Sabin, FA, , duplaviral e tríplice viral Segunda prateleira Termômetro de máxima e mínima Vacinas que não podem ser submetida a temperatura negativa (dT,DTP,Hep.B,Hib,BCG, VORH e Influenza Porta Não colocar imunobiológicos ou qualquer produto ou objeto Terceira preteleira Estoques de vacinas, soros, Imunoglobulinas e diluentes Prateleira inferior Manter a gaveta e dentro esta colocar garrafas com gua e corante Para conservação de imunobiológicos se recomenda, de preferência, de apenas uma só porta. • Se for utilizado refrigerador de duas portas, este tem que ter comunicação entre o sistema de congelamento (evaporador) e o gabinete de conservação (parte inferior). Não se recomenda refrigerador duplex tipo frost-free e nem freegobar CONTROLE DE TEMPERATURA •As vacinas são conservadas em temperaturas específicas considerando-se os antígenos e adjuvantes da sua composição; • Esses elementos são fundamentais para definir se uma vacina pode ou não ser congelada; • As vacinas expostas às variações de temperatura podem ser inativadas, algumas mudam seu aspecto e alteram suas características físico-químicas; • Cada exposição de uma vacina à temperatura acima de +8ºC resulta em alguma perda de potência, tendo como consequência um efeito cumulativo irreversível na eficácia vacinal. OBRIGADA PELA ATENÇÃO! www.institutoconscienciago.com.br