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Preparatório para Concurso do
IPASGO
Aula: Programa Nacional de Imunização
Profª MSc. Marise Ramos de Souza
Parte 03 de 03
Por que continuar vacinando contra Poliomilite
em campanhas
A Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) é considerada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) como a única vacina capaz de viabilizar a
erradicação global da poliomielite, sendo recomendada pela OMS para as
nações com índices de coberturas vacinais baixos e heterogêneos.
A estratégia de realização de duas campanhas anuais de vacinação em
menores de cinco anos de idade, iniciada na década de 80, é primordial
para manutenção da erradicação da poliomielite no Brasil, mas para
isso são necessárias também altas e homogêneas coberturas vacinais.
A manutenção de áreas geográficas com baixas coberturas vacinais por
tempo prolongado promove o estabelecimento de bolsões de suscetíveis,
aumentando o risco de importação de casos de poliomielite devido aos
intercâmbios econômicos e culturais que ocorrem entre o Brasil e países
endêmicos ou pela ocorrência de surtos devido à circulação do poliovírus
derivado vacinal (PVDV) em áreas de baixas coberturas vacinais com a
vacina oral contra a poliomielite (VOP).
Tetravalente – Cobertura ideal: 95%.
Proteção: Difteria / Coqueluche / Tétano/ Doenças invasivas
causadas por Hib
Constituição da Vacina: Toxóides tetânico e diftérico, pertussis
Inativada em suspensão e polissacarídeo capsular do Haemóphilus influenzae do
tipo –(PRP), conjugada com uma ptna carreadora. Contêm hidróxido de alumínio
(adjuvante) e o timerosal (conservante)
Eficácia: 95%, exceto Coqueluche (80 a 90%)
Indicação: para imunização ativa de todos os bebês, a partir de dois meses de
idade. Pode ser administrada até menores de 7anos.
Esquema básico: 3 doses (2º, 4º e 6º m) com intervalos de 2 meses e 2 reforços.
Os reforços aos 15 meses e entre 4 a 6 anos é feito com a vacina DTP
Dose e Via de Administração: 0,5 ml via IM profunda
Conservação e validade: +2º C a + 8º C e depois de aberto o frasco utilizar por 5
(cinco) dias devido ao componente Hib. A vacina DTP pode ser utilizada até o final
do frasco
Tetravalente – Contra Indicações
A ocorrência de reação anafilática ou encefalopatia aguda
grave subseqüente à aplicação da vacina tetravalente constitui
contra-indicação absoluta para administração de outras doses
dessa vacina.
Após completar sete anos de idade.
Indivíduos com conhecida hipersensibilidade a qualquer
componente da vacina
Episódio hipotônico hiporresponsivo em dose anterior*
Crises convulsivas febril ou afebril em dose anterior*
*Há substituição nestes casos, o esquema deve ser
continuado com a vacina DTP acelular + Hib
Tetravalente – Precauções
Doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se
adiar a vacinação até a resolução do quadro, com o intuito de
não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
Portadores de doenças neurológicas crônicas e com risco de
descompensação devido à febre, tais como cardiopatas
Pneumopatas graves.
Recém-nascidos prematuros extremos (<31 semanas e/ou <
1000gr).
Eventos Adversos Pós Tetravalente
Locais: dor, calor, enduração, eritema;
Sistêmicos: febre, sonolência, vômito, anorexia,
irritabilidade, episódio hipotônico hiporresponsivo
( até 48 horas), convulsão, choro persistente,
encefalopatia ( dentro de 07 dias), reações
imuno-alérgicas e apnéia.
Vacina Oral Contra Rotavírus Humano – VORH
Cobertura ideal: 90%.
Proteção: Rotavírus
Constituição da Vacina: É uma vacina elaborada com vírus isolados de
humanos e atenuada para manter a capacidade imunogênica, porém não
patogênica. A vacina é monovalente, ou seja, a cepa utilizada possui apenas um
sorotipo em sua composição que é o G1[P8] da cepa RIX4414. Contem
carbonato de cálcio.
Eficácia: 65% a 100%
Indicação: menores de 6 meses
Esquema vacinal: 1ª dose - 2 meses de idade ou rigorosamente até 3 meses e
1 semana.
2ºdose - 4 meses de idade ou rigorosamente até 5 meses e
15 dias. O intervalo entre as doses não deve ser menor que 4 semanas.
Dose e Via de Administração: 1,5 mL via oral
Conservação e validade: +2º C a + 8º C.
VORH
Eventos Adversos :
Febre, tosse, diarréia, vômitos, irritabilidade, perda de
apetite.
Invaginação Intestinal (mesmo não tendo relação causal com
a VORH utilizada no Brasil todo caso deve ser notificado e
investigado)
Contra Indicações
Imunodeficiência
Alergia: a vacina não deve ser administrada a crianças que
sabidamente tenham alguma forma de alergia grave (urticária
disseminada, broncoespasmo, laringoespasmo e choque
anafilático) a algum dos componentes da vacina, ou a dose
prévia desta vacina.
Doença do aparelho gastrointestinal: a vacina não dever ser
administrada a crianças com história de alguma doença
gastrintestinal crônica ou má-formação congênita do trato
digestivo ou história prévia de invaginação intestinal.
VORH
Precauções:
Doença febril: a vacina não deve ser administrada em indivíduos
com quadro agudo febril moderado a grave. Contudo, um quadro
febril leve não deve ser uma contra-indicação para seu uso.
Crianças filhas de mãe soropositiva para HIV podem ser vacinadas
desde que não haja sinais clínicos ou laboratoriais de
imunodepressão.
Obs: Não está contra-indicada a vacinação de crianças que convivem
com portadores de imunodeficiência.
Vômitos e diarréia: a criança com quadro de diarréia leve sem
desidratação pode ser vacinada. Crianças com quadro de
gastrenterite e vômitos devem ter a vacinação adiada.
Em casos de regurgitação, não revacinar.
Contra Febre Amarela - Cobertura ideal: 100%.
Proteção: Febre Amarela
Composição: é uma preparação de vírus vivo da febre amarela, da
cepa 17 D, de virulência atenuada. O vírus vacinal é cultivado em ovos
embrionados de galinha.
Eficácia: 95% ou mais
Indicação: a partir dos 9 meses de idade. Em situações de epidemia
ou surtos pode-se antecipar a idade da vacinação para 6 meses.
Esquema básico: 1 dose aos 9 meses e reforço a cada 10 anos.
Dose e Via de administração: 0,5 ml via subcutânea
Conservação e Validade: instância local de + 2ºC e + 8ºC. Deve ser
utilizada por 6 horas após aberta
Contra Febre Amarela
Contra-indicações gerais:
crianças menores de 6 meses de idade são susceptíveis a eventos adversos
graves (encefalite).
portadores de imunodeficiência hospedeiro com depressão do sistema imune
– em caso de surto e epidemia, cuidadosa avaliação dos riscos e
benefícios.
caso
de imunodepressão transitória ou permanente congênita ou adquirida não é recomendada a vacinação de pessoas com imunodeficiência face aos
riscos de reversão da virulência numa induzidas por doenças (neoplasia, AIDS
pelo vírus HIV com comprometimento da imunidade) ou em conseqüência de
tratamento com imunossupressores (corticóide, quimioterapia antineoplásica,
radioterapia etc.) – indivíduos soropositivos para HIV, em regiões de
médio e alto risco para febre amarela, devem ter sua vacinação
avaliada levando-se em conta sua contagem de CD4 e carga viral.
Contra Febre Amarela
Contra-indicações gerais:
• Gestante : como regra geral nenhuma vacina viral atenuada deve ser
administrada na gravidez.
• Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou
a outras substâncias presentes na vacina.
Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação.
• Vigência de doenças febris graves, sobretudo para que seus sinais e
sintomas não sejam atribuídos ou mesmo confundidos com os possíveis
eventos adversos da vacina.
• Tratamento com imunossupressor (até três meses após a suspensão de
seu uso).
Contra Febre Amarela - Eventos Adversos:
• Locais:
Dor, eritema, induração edema e/ou vermelhidão
extensos, linfadenopatia, limitação de movimentos
acentuada e duradoura .
• Sistêmicos gerais:
Febre, cefaléia e mialgia
• Reações
de hipersensibilidade: são raras (incidência <
1/1.000.000).
• Manifestações
neurológicas variadas
convulsão, paresia). A encefalite é raríssima.
• Doença Viscerotrópica Aguda (DVA).
(meningismo,
A vacina antiamarílica é o único
meio eficaz para prevenir e
controlar a doença, já que
interrompe o ciclo de
transmissão.
Tríplice Viral – Cobertura ideal: 95%.
Proteção: Prevenir o sarampo, a rubéola e a caxumba.
Composição:Vírus vivo atenuado do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola
Sarampo
Caxumba
Rubéola
Moraten
Jeryl-Lynn
Wistar RA 27/3
Schwarz
Urabe AM9
Edmonston-Zagreb
Leningrado-Zagreb
Cultivados em embrião de galinha, traços de neomicina (conservante), gelatina,
sorbitol ou albumiana (estabilizante) e fenol (corante).
Eficácia: Sarampo e Rubéola acima de 95% e Caxumba acima de 90%;
Indicada: - Criança a partir de 1 ano de idade
- Homens - até 39 anos
- Mulheres - até 49 anos
- Grupos de risco
Dose e Via de Administração: 0,5 ml via subcutânea
Conservação e validade: + 2º a + 8ºC. Após diluição utilizar no prazo de 8 horas. *
A vacina dupla viral Moru-Viraem da Berna deve ser utilizada até no máximo 6
horas após a diluição.
Tríplice Viral – Esquema
VACINA
IDADE
DOSE
VTV
12 meses de vida
1ª
VTV
4 a 6 anos de vida
2ª
VTV* para mulheres
em idade fértil ou DV
11 a 19 anos de idade
20 a 49 anos de idade
Duas doses**
Dose única***
VTV* para homens ou
DV
11 a 19 anos de idade
20 a 39 anos de idade
Duas doses**
Dose única***
•* Na falta da vacina tríplice viral (VTV) recomenda-se o uso da vacina
dupla viral(DV) a partir de 11 anos de idade
•** Caso haja registro de uma dose, administrar outra. Se não houver
registro administrar duas doses com intervalo de 30 dias
•*** Desde que não tenham comprovação de vacinação anterior com
VTV/DV
Tríplice Viral – Contra Indicações
Imunodeficiências graves, congênitas ou adquiridas (A
criança portadora do vírus HIV poderá receber todas as
vacinas do calendário básico de vacinação)
História de reação anafilática a doses prévias de vacina
tríplice viral/dupla viral ou a outros componentes da
vacina (neomicina, gelatina, albumina)
Presença de neoplasia maligna
Presença de gravidez
Tríplice Viral
Adiamento da vacinação
•
Quando não forem administradas juntas com a vacina
contra febre amarela e contra a varicela, o intervalo mínimo
entre elas será respectivamente de 15 e 30 dias.
-As
demais vacinas do calendário básico não exigem intervalo
com a vacina tríplice viral.
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA TRÍPLICE VIRAL/DUPLA VIRAL – MANIFESTAÇÕES
LOCAIS E REGIONAIS
-
Ardência, hiperestesia, eritema, enduração, nódulo ou
pápula com rubor, Linfadenopatia regional, abscesso
quente, febre ≥ 39,5oC, cefaléia, irritabilidade, febre baixa,
conjuntivite e/ou manifestações catarrais, exantema,
linfadenopatia,, meningite, encefalite, pan-encefalite
esclero-sante subaguda pós-vacinal (PEESA), outras
manifestações neurológicas, púrpura trombocitopênica,
artralgia e/ou artrite, reações de hipersensibilidade e
reação anafilática.
Dupla Adulto - dT – Cobertura ideal: 100%
Proteção: Difteria / Tétano
Composição: A vacina dupla tipo adulto (dT) é constituída por:
Toxóide diftérico 0,5UI/ml dose
Toxóide tetânico 2UI/ml dose
Hidróxido de alumínio 1,25mg em Al
Timerosal (conservante) 0,20mg
Sol. fisiológica a pH 6,4 q.s.p. 0,50ml
Eficácia: -
100% - Tétano (aprox.)
Indicações :
- Mulheres em idade fértil (12 a 49 anos)
- Esquema básico para os não vacinados acima de sete anos de idade;
- Reforço para os previamente vacinados com três doses de tetravalente
(DTP + Hib),tríplice bacteriana (DTP), ou dupla tipo adulto (dT).
Dupla Adulto - dT –
Esquema básico: 3 doses com intervalos de 2 meses e reforço
a cada 10 anos ou a cada 5 anos em caso de gravidez.
Dose e Via de administração: 0,5 ml por via IM, profunda,
usualmente deltóide
Conservação e validade: +2º C a + 8º C. Depois de aberto, usar
atá o final.
Eventos Adversos:
Reações locais
Comuns: dor, rubor, calor, enduração;
Intensas: dor intensa, edema, enduração e hiperemia extensa
(até por toda a face lateral do braço), prurido ou ardor locais,
com melhora parcial após três dias e completa depois de uma
semana. Impotência funcional temporária - observáveis em 1 a
2% dos vacinados.
Dupla Adulto – dT – Eventos Adversos
Reações regionais: tipo formigamento nos dedos das mãos (incomuns).
Reações sistêmicas :
• Comuns (febre, mialgia, indisposição), geralmente leves e transitórias
não durando mais que 24 horas.
Grave:
• Reação de Arthus (Reação de hipersensibilidade tipo III), tipo
imunocomplexo, devido a imunização anterior excessiva e altos títulos
de antitoxina tetânica circulantes.
• Anafilaxia: rara, associada aos antígenos protéicos (1,6/1.000.000) –
contra indica doses subsequentes
• Mono e polineurite: raro, usualmente reversível, exceto polineurite de
início tardio (0,5-1/1.000.000) – contra indica doses subsequentes
• Síndrome de Guillain Barré (0,4/1.000.000) – contra indica doses
subsequentes
PROFILAXIA DO TÉTANO EM CASO DE FERIMENTOS
HISTÓRIA DE IMUNIZAÇÃO
CONTRA TÉTANO (DTP, DT, DT
OU DT)
FERIMENTOS COM RISCO
MÍNIMO DE TÉTANO
FERIMENTOS COM ALTO RISCO
DE TÉTANO INCLUSIVE OS
PUNCTÓRIOS
Se menor de 7 anos, aplicar
Tetra ou DTP completando 3
doses, com intervalos de 2
meses (mínimo 30 dias)
Se 7 anos ou mais, aplicar
dupla (dT), completando 3
doses, com intervalo de 2
meses (mínimo 30 dias)
Não aplicar o soro antitetânico
(homólogo ou heterólogo)
Se menor de 7 anos, aplicar
Tetra ou DTP completando 3
doses, com intervalos de 2
meses (mínimo 30 dias)
Se 7 anos ou mais, aplicar
dupla (dT), completando 3
doses, com intervalo de 2
meses (mínimo 30 dias)
APLICAR
O
SORO
ANTITETÂNICO
(HOMÓLOGO
OU HETERÓLOGO)
3 ou mais doses, sendo a
última dose há menos de 5
anos
Não aplicar nem vacina nem
soro
Não aplicar nem vacina nem
soro
3 ou mais dose sendo a última
dose há mais de 5 anos e
menos de 10 anos
Não aplicar nem vacina nem
soro
Aplicar vacina (1 reforço)
Não administrar soro
antitetânico
3 ou mais dose sendo a última
dose há mais de 10 anos
Aplicar vacina (1 reforço)
Não administrar soro
antitetânico
Aplicar vacina (1 reforço)
Não administrar soro
antitetânico
Incerta ou menos de 3 doses
• A vacina contra o tétano e o soro heterólogo ou homólogo antitetânico não devem ser administrados no
mesmo local anatômico.
• Considerar o risco de tétano em ferimentos superficiais extensos e queimaduras extensas
Contra Influenza - Cobertura ideal: 80%.
Proteção: prevenção
complicações.
da
morbimortalidade
por
influenza
e
suas
Composição: Vacina trivalente, obtida a partir de cultura de ovos ,contendo
dois subtipos do sorotipo A e um subtipo do sorotipo B do vírus fracionado da
Influenza. O conservante é o timerosal. Variam anualmente
conforme a
identificação de cepas circulantes
Indicações: - Para pessoas acima de 60 anos de idade anualmente
- Grupos especiais do CRIE
Via de Administração: IM ou SC
Conservação e validade: + 2º a + 8ºC. As doses devem ser utilizadas até
o final do frasco, desde que garantidas as condições de assepsia e
conservação.
Vacina Contra Influenza
Esquema básico e dose:
Idade
6 meses a 3 anos
3 a 9 anos
acima de 9 anos e
adultos
Dose
2 doses de 0,25ml
2 doses de 0,5 ml
1 dose de 0,5 ml
Intervalo
30 dias* anualmente
30 dias* anualmente
anual
*Somente na primeira dose, para as doses anuais
subsequentes administrar somente uma vez por ano.
Vacina Contra Influenza
Contra-indicacões:
• pessoas com história de alergia severa à proteína do ovo de galinha,
assim como a qualquer componente da vacina. Desta forma, reações
anafiláticas graves a doses anteriores também contra-indicam doses
subseqüentes.
Precauções:
•doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a
vacinação até a o do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina
as manifestações da doença.
•****Síndrome de Guillain Barré :É desconhecido até o momento se a
vacina da influenza pode aumentar o risco de recorrência da SGB em
indivíduos com história pregressa desta patologia, contudo, notificar e
investigar todo o indivíduo que desenvolver quadro neurológico
compatível com a SGB de 7 dias até 6 semanas após receber a vacina
contra a influenza.
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA CONTRA INFLUENZA
-Locais: eritema, dor e enduração (com duração de até 2 dias).
-Sistêmicos: febre baixa, mal-estar, mialgia e cefaléia.
-Alérgicos: reação anafilática é rara.
- Síndrome de Guillain Barré (SGB).
Vacina contra pneumococo (Pneumo 23)
Apresentação: Frascos com doses individuais;
Conservação: +2ºC a +8ºC;
Validade: indicada pelo fabricante;
Dose: única (a revacinação é indicada uma única vez,
devendo ser realizada cinco anos após a dose inicial);
Idade recomendada: acima de 2 anos de idade, nas
campanhas a idade é de: 60 anos ou mais;
Via de administração: intramuscular ou subcutânea;
Composição: Polissacarídeos de Streptococus
pneumoniae;
Contra–indicações:
Reação anterior de hipersensibilidade imediata
(anafilaxia) à vacina;
Doenças agudas febris moderadas e graves.
Eventos Adversos:
Locais: eritema, enduração e dor;
Sistêmicos: febre ≥38,5º, astenia, cefaléia,
artralgia e mialgia podem ocorrer, sendo mais
intensos e mais freqüentes na revacinação;
Alérgicos: anafilaxia é rara
Vacina Anti - Rábica de Cultivo Celular
Proteção: Raiva humana
Composição: são produzidas por meio de cultura de tecidos isentos de tecido
nervoso, as mais comuns são as de célula diplóide humanas (human diplóide cell
vaccine-HDCV), de células Vero (purified vero cell vaccine-PVCV), de embrião de
galinha (purified chick embrio cell vaccine-PCECV), e de embrião de pato (purified
duck embrio vaccine-PDEV).
Indicações: para tratamento profilático antí-rábico , toda vez que houver suspeita
de exposição ao vírus rábico. Após o início do quadro clínico, não existe
tratamento.
Dose e via de administração: 0,5 ou 1,0ml, dependendo do fabricante. A dose
indicada independe da idade e peso. Via IM , na região deltóide ou vasto lateral da
coxa (cças até 2 anos). A vacina não deve ser aplicada na região glútea.
Conservação: +2 a + 8 ° C. Não pode ser congelada
RAIVA - ESQUEMAS DE PÓS-EXPOSIÇÃO
CONDIÇÕES DO
ANIMAL AGRESSOR
TIPO DE EXPOSIÇÃO
-
- Manipulação de utensílios
contaminados
- Lambedura de pele íntegra
ACIDENTES LEVES
- Ferimentos superficiais, pouco
extensos, geralmente únicos, em
tronco e membros (exceto mão e
polpas digitais e planta dos pés),
causados por mordedura ou
arranhadura por dente ou unha;
- Lambedura de pele com lesão
superficial.
CÃO OU GATO SEM SUSPEITA
DE RAIVA NO MOMENTO DA
AGRESSÃO
Lavar com água e sabão
Não tratar
Lavar com água e sabão.
Observar o animal durante 10
dias após exposição. Se o
animal permanecer sadio no
período de observação, encerrar
o caso. Se o animal se tornar
raivoso, morrer, desaparecer
durante
o
período
de
observação,
aplicar
o
tratamento 1(uma) dose da
vacina nos dias 0,3,7,14 e 28.
Lavar com água e sabão.
Observar o animal durante 10
dias após exposição. Iniciar o
- Ferimentos na cabeça, face,
tratamento com 2(duas) doses
pescoço, mão, polpa digital e
uma no dia 0 e outra no dia 3;
planta do pé;
se o animal permanecer sadio
- Ferimentos profundos, múltiplos
no período de observação,
ou extensos em qualquer região do encerrar o caso; se o animal se
corpo;
tornar
raivoso,
morrer
ou
- Lambedura de mucosas;
desaparecer durante o período
- Lambedura de pele onde já existe de observação, aplicar o soro e
lesão grave.
completando o esquema até
- Ferimento profundo causado por
5(cinco) doses. Aplicar uma
unha.
dose entre o 7° e o 10° dia e
uma dose nos dias 14 e 28.
ACIDENTES GRAVES
CÃO OU GATO CLINICAMENTE
SUSPEITO DE RAIVA NO
MOMENTO DA AGRESSÃO
Lavar com água e sabão
Não tratar
Lavar
com
água
e
sabão.
Observar o animal durante 10
dias após exposição. Iniciar o
tratamento com 2(duas) doses,
uma no dia 0 e outra no dia 3; se
descartar raiva após o período de
observação do animal, encerrar o
caso. Se a suspeita de raiva for
confirmada ou se o animal
morrer
ou
desaparecer,
completar
o
esquema
até
5(cinco) doses. Aplicar uma dose
entre o 7° e o 10° dia e uma dose
nos dias 14 e 28.
Lavar com água e sabão. Iniciar o
tratamento com soro e 5(cinco)
doses de vacina nos dias 0, 3, 7,
14 e 28. Observar o animal
durante 10 dias após exposição.
Se a suspeita de raiva for
descartada após o período de
observação,
suspender
o
tratamento e encerrar o caso.
CÃO OU GATO RAIVOSO,
DESAPARECIDO, SILVESTRE
INCLUSIVE OS DOMICILIADOS
ANIMAIS DOMÉSTICOS DE
INTERESSE ECONÔMICO OU
DE PRODUÇÃO
Lavar com água e sabão
Não tratar
Lavar com água e sabão.
Iniciar o tratamento com
5(cinco) doses de vacina
administradas nos dia 0,
3, 7, 14 e 28.
Lavar com água e sabão.
Iniciar imediatamente o
tratamento com soro e
5(cinco) doses de vacina
nos dias 0, 3, 7, 14 e 28
Observações:
(1) É preciso avaliar sempre os hábitos e cuidados recebidos pelo cão e
gato. Podem ser dispensados do tratamento as pessoas agredidas por
cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção
rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio
(exclusivamente), não tenham contato com outros animais
desconhecidos e que somente saem à rua acompanhados dos seus
donos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado.
(2) Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação
independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de
reexposição;
• (3) Aplicar o soro peri-focal na(s) porta(s) de entrada.
Quando não for possível infiltrar toda dose, a quantidade
restante deve ser aplicada pela via intramuscular podendo
ser utilizado o deltóide. Em agressões extensas, o volume
inicial do soro poderá se diluído em até duas vezes o
volume inicial e deverá ser totalmente aplicado ao redor da
lesão. Sempre administrar o soro em local anatômico
diferente do que se aplicou a vacina. Quando o soro, por
qualquer motivo, tenha que ser administrado tardiamente,
este não deverá ser administrado se o paciente já tiver
tomado a terceira dose de vacina de CC. Ou a 7 doses de
vacina FP e tenham transcorridos 10 dias do inicio do
esquema de vacinação.
(4) Considera-se suspeito todo cão ou gato que apresentar
mudança brusca de comportamento, acompanhada ou não
de: salivação, dificuldade para engolir, mudança de hábitos
alimentares, paralisias das patas traseiras.
RAIVA - ESQUEMAS DE REEXPOSIÇÃO
Tipo de
esquema
anterior
Esquema da reexposição
Cultivo Celular
a) até 90 dias: não tratar
Completo
Incompleto
b) após 90 dias: 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3
a) até 90 dias: completar o número de doses (de acordo com o esquema
de pós-exposição).
b) após 90 dias: ver esquema de pós-exposição.
1) Tratamento completo - soro + treze doses ( dez + três) de vacina FP.,nove doses (sete + duas) de vacina FP., soro
+ cinco doses de vacina CC. ou cinco doses de vacina CC.
2) Tratamento incompleto - pelo menos 3 doses da vacina FP. em dias alternados ou 5 doses em dias seguidos ou pelo
menos 2 doses de vacina de cultivo celular em dias alternados;
3) O paciente que recebeu número de doses menor do que aqueles referidos na nota acima “2” deverá ser
considerado não vacinado.
Em caso de reexposição, com história de tratamento anterior incompleto, há menos de 90 dias ou
tratamento anterior completo e sendo o animal agressor (cão ou gato) passível de observação, proceder
somente a observação do animal.
Vacina Anti - Rábica de Cultivo Celular
Contra-indicações :
Não há contra indicação para a vacina anti-rábica devido a
gravidade da doença que apresenta letalidade igual a 100%.
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA CONTRA RAIVA
- Reações locais;
- Mal-estar;
- Cefaléia;
- Febre;
- Náuseas;
- Hipersensibilidade;
- Fraqueza e parestesias;
- Síndrome de Guillain Barré;
- Neurite;
- Reação Tipo esclerose múltipla;
- Encefalopatia.
Impacto da Vacinação no Controle de
Doenças
‘‘ (...) AS VITÓRIAS ESTÃO REGISTRADAS NO
IMPACTO EPIDEMIOLÓGICO QUE PODE SER
CLARAMENTE VERIFICADO MEDIANTE ANÁLISES
CIENTÍFICAS OU, MELHOR AINDA, PELA
OBSERVAÇÃO DIRETA DAS POPULAÇÕES. (...)”
Varíola
Sarampo
Paralisia Infantil
Rubéola
Fonte:
IEC/MS
Febre
amarela
SRC
Série Histórica das Coberturas Vacinais em Crianças Menores de 5
Anos nas Campanhas Contra Poliomielite e Número de Casos de
Poliomielite.Goiás, 1968 a 2008.
140
450
400
120
350
100
300
80
250
200
60
150
40
100
20
50
Fonte:SI- API/ PNI
1ª Etapa
2ª etapa
Nº casos
20
08
20
06
20
04
20
02
20
00
19
98
19
96
19
94
19
92
19
90
19
88
19
86
19
84
19
82
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72
0
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70
19
68
0
CENTRO DE REFERÊNCIA DE IMUNOBIOLÓGICO
ESPECIAIS - CRIE
CRIE
Implantado em
Goiás em 1998,
com sede no
Hospital Materno
Infantil
CRIE
-Garantir a assistência da população nas seguintes
condições:
. Profilaxia pré e pós exposição a agentes
infecciosos;
. Substituição de outros produtos, disponíveis
normalmente no país, quando não podem ser
utilizados devido a hipersensibilidade ou eventos
adversos;
. Imunização de crianças e adultos
com
imunodeficiência;
. Tratamento e acompanhamento dos eventos
adversos graves;
. Apoio ao desenvolvimento de pesquisa.
IMUNOBIOLÓGICOS DISPONIBILIZADOS NO
CRIE
Vacina inativada contra poliomielite (VIP)
Vacina contra hepatite B (HB) e imunoglobulina humana antihepatite B (IGHAHB)
Vacina contra hepatite A (HA)
Vacina contra varicela (VZ) e imunoglobulina humana antivaricelazoster (IGHVAZ)
Imunoglobulina Humana Anti-Rábica (IGHAR)
Vacina contra influenza, inativada (INF) – “Vacina contra Gripe”
Vacinas contra Pneumococo (polissacarídica 23 valente e
conjugada 7 valente)
Vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b (Hib)
Vacina tríplice acelular (DTPa)
Vacina dupla infantil (DT)
Imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT)
Vacina contra meningococo conjugada - C (MncC)
REDE DE FRIO
REDE DE FRIO
Processo de
armazenamento,
conservação,
manipulação,
distribuição e
transporte dos
imunobiológicos do
PNI
Objetivo:
assegurar que todos
os imunobiológicos
mantenham suas
características
iniciais, para conferir
imunidade.
No nível local as vacinas devem estar
acondicionadas entre +2 a + 8 ° C
IMUNOBIOLÓGICOS
são produtos termolábeis, isto é, se
deterioram depois de determinado tempo
quando
expostos
a
temperaturas
inadequadas (inativação dos componentes
imunogênicos).
O manuseio inadequado, equipamentos
com defeito ou falta de energia elétrica
podem interromper o processo de
refrigeração, comprometendo a potência e
eficácia dos imunobiológicos.
Armazenamento
Transporte
Rede de Frio
Distribuição
Recebimento
Manuseio
Aquisição
Conservação
QUALIDADE
Geladeira Doméstica
Caixa Térmica de Poliuretano
Geladeira Comercial e Freezer
Linear
Digital
Capelinha
Cabo Extensor
Laser
Congelador (evaporador)
Bobinas de gelo reutilizável disposta
na posição vertical
Primeira prateleira
Vacinas que podem ser submetida a
temperatura negativa (Sabin, FA,
, duplaviral e tríplice viral
Segunda prateleira
Termômetro de máxima e mínima
Vacinas que não podem ser submetida
a temperatura negativa (dT,DTP,Hep.B,Hib,BCG,
VORH e Influenza
Porta
Não colocar imunobiológicos
ou qualquer produto
ou objeto
Terceira preteleira
Estoques de vacinas, soros,
Imunoglobulinas e diluentes
Prateleira inferior
Manter a gaveta e dentro
esta colocar garrafas com
gua e corante
Para conservação de imunobiológicos se recomenda, de preferência, de apenas
uma só porta. • Se for utilizado refrigerador de duas portas, este tem que ter comunicação
entre o sistema de congelamento (evaporador) e o gabinete de conservação (parte inferior).
Não se recomenda refrigerador duplex tipo frost-free e nem freegobar
CONTROLE DE TEMPERATURA
•As vacinas são conservadas em temperaturas específicas
considerando-se os antígenos e adjuvantes da sua
composição;
• Esses elementos são fundamentais para definir se uma
vacina pode ou não ser congelada;
• As vacinas expostas às variações de temperatura podem
ser inativadas, algumas mudam seu aspecto e alteram suas
características físico-químicas;
• Cada exposição de uma vacina à temperatura acima de
+8ºC resulta em alguma perda de potência, tendo como
consequência um efeito cumulativo irreversível na eficácia
vacinal.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
www.institutoconscienciago.com.br