B01ETIM GEOGRAJFICO p INFORMAÇÕES ' NOTICIAS BIBLIOGRAFIA LEGISLAÇÃO • CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA INSTITUTO BHASILEIRO D ~ ANO XI G OGRAFIA E ESTATÍSTICA SETEMBRO-OUTUBRO DE 1953 N,o 116 CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA BOLE SECRETARIA-GERAL (ÓRGÃO EXECUTIVO CENTRAL DE FINALIDADE ADMINISTRATIVA E CULTURAL) I ANO XI Secretário-Geral Ten. Cel. DEOCLÉCIO DE PARANHOS ANTUNES Secretário-Assistente JOSÉ VERÍSSIMO DA COSTA PEREIRA Consultor Jurídico ALBERTO RAJA GABAGLIA DIVISAO DE ADMINISTRAÇAO DIVISAO DE CARTOGRAFIA GILVANDRO SIMAS PEREIRA EDITORIAL: XI Congr Diretor - (p. DIVISAO DE GEOGRAFIA Diretor - JoRGE ZARUR 454). TRANSAÇõES: As Estr1 O Gado Bovino e S\l R~NCIO BOLETIM GEOGRÁFICO Responsável DE ABREl CONTRIBUIÇÃO À Ten. Cel. DEOCLÉCIO DE PARANHOS ANTUNES CIÊ GRANDE (p. 477) Diretor CONTRIBUIÇÃO AO VIRGILIO CORRÊA FILHO Secretário E] NOTICIÁRIO: CAPITAL ANTÔNIO LlBERALINO DE MORAIS Sessão Ordinária da Auxiliar zônia (p. ARNALDO VIEIRA LIMA 516) - EXTERIOR - Fran~ • O "BOLETIM" não insere matéria remunerada, nem aceita qualquer espécie de publicidade comercial, não se responsabilizando também pelos conceitos emitidos em artigos assinados. RELATóRIO DE INSTI' ASSINATURA BIBLIOGRAFIA E REV Ano Cr$ 30,00 REDAÇAO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA Avenida Beira Mar, 436 Edifício Iguaçu Rio de J anelro DISTRITO FEDERAL (Enderêço telegráfico) - SECONGEO• • Pede-se permuta Pidese canje We ask for exchange On démande I' échange Oni petas intersangon Man bittet um Austausch Si richiede lo scambio à XIII Sessão Ordin e Periódicos Nacion LEIS E RESOLUÇõES: fico - Leis (p. 52 atos de interêsse ge grafia e Estatística bléia Geral - ínte1 GRAFIA E CULTURAL) BOLETIM GEOGRÁFICO I ANO XI SETEMBRO- ~UTUBRO DE 1953 I N.• 116 ·~ / 't ,. Sumário EDITORIAL: XI Congresso Brasileiro de Geografia (p. TTE. CEL. DE PARANHOS ANTUNES 454). TRANSAÇõES: As Estruturas Agrárias da Faixa Pioneira Paulista - P. MONBEIG (p. 455) - O Gado Bovino e sua Influência sôbre a Antropogeografia do Rio Grande do Sul. DES. FLOR:E:NCIO DE ABREU (p. 466). CONTRIBUIÇÃO A CIÊNCIA GEOGRAFICA: Cidades que Jamais Foram Vilas - ES GRANDE (p. 477) - O Reflorestamento do País - CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO: Oceanografia NOTICIARIO: CAPITAL FEDERAL - ANTôNIO TEIXEIRA GUERRA (p . 487). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Sessão Ordinária da Assembléia Geral (p. 501) zônia (p. 516) - EXTERIOR - ~!ita qualquer esp~cie uo também dos. UNIDAD~S J.C. PEDRO WANDERLEY JúNIOR (p. 479). FEDERADAS - XIII Amazonas (p. 517) São Paulo (p. 517) - França (p. 517). RELATóRIO DE INSTITUIÇõES DE GEOGRAFIA E CIÊNCIAS AFINS: Relatórios Apresentados à XIII Sessão Ordinária da Assembléia Geral do CNG - Bahia (p. 518). BIBLIOGRAFIA E REVISTA. DE REVISTAS: Registos e Comentários Bibliográficos - Cr$ 30,00 - Plano de Valorização Econômica da Ama- e Periódicos Nacionais (p. 520) - Periódicos Estrangeiros (p. LEIS E RESOLUÇõES: LEGISLAÇÃO FEDERAL fico - Leis (p. 523) - grafia e Estatística bléia Geral - íntegra da legislação de interêsse geográ- LEGISLAÇÃO ESTADUAL - atos de interêsse geográfico - Bahia (p . 527) - íntegra das leis, decretos e demais Resoluções do Instituto Brasileiro de Geo- Conselho Nacional de Geografia - XIII Sessão Ordinária da Assem- íntegra das Resoluções ns. 393 a 397 (p. 529) . • Folhetos 521). Editorial X.f Congresso Brasileiro de Geografia Sob o patrocínio da tradicional e benemérita Sociedade Brasileira de Geografia, realizar-se-á, na 1.a quinzena · de maia do próximo ano, na cidade de Pôrto Alegre, Rio Grande do Sul, o XI Congresso Brasileiro de Geografia. A Sociedade entregou a presidência do Congresso ao ilustre historiador e geógrafo, desembargador Florêncio de Abreu, atual Presidente do I.B.G.E., nome que, por si só, é uma garantia do êxito do certame, dado o seu permanente entusiasmo pelas causas da, cultura e seu tirocínio na direção de institutos e reuniõ~s científicas. A grande Comissão Nacional, que conta com outros vultos exponenciais da geografia no país, credenciou o autor destas linhas para ir a Pôrto Alegre, no corrente mês de outubro, a fim · de organizar ali a Comissão Local, o que fêz, ficando na direção da mesma o Dr. Guilhermino César, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Notamos grande interêsse naquele estado sulino pela realização do Congresso. Especialmente, os técnicos, que trabalham na Secretaria da Agricultura, engenheiros e cartógrafos, deram inteiro apoio ao Congresso, estando o Departamento de Geografia daquela Secretaria preparando uma exposição das atividades geo-cartográficas do estado. De todos os estad~s da federação tem a Comissão Central tece~ido valiosas adesões, inclusive de instituições culturais, tais o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Estado Maior do Exército, a Diretoria de Ensino do Exército, Diretórios Regionais de Geografia de São Paulo e Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército, Subdiretoria de Provisões de Intendência do Ministério da Aeronáutica, etc. J O temário prevê as seguintes secções: 1 - Geografia Hist'órica e História da Geografia; 2 - Geografia Matemática; 3 - Geografia Física; 4 - Riogeografia; 5 - Geografia Humana,· 6 - Geografia Econômica; 7 - Geografia Política; 8 - Geografia Regional; 9 - Didática da Geografia; 1 O - Metodologia da Pesquisa Geográfica; e 11 - Nomenclatura Geográfica. Esperamos alcançar pleno êxito na realização dêste Congresso, quer devido ao grande número de geógrafos de nomeada que já a êle aderiram, quer quanto ao valor das teses a serem discutidas, versando assuntos palpitantes de geografia moderna, dentro do temário supra. DE PARANHOS ANTUNES Secretário-Geral do C. N. G. T r a n s c r iç õ e s As Estruturas ·Agrárias da Faixa Pioneira Paulista* P. MoNBEIG O Brasil é um país novo, imenso, onde se processa impiedosarhente, sob nossas vistas, a conquista pioneira de terras virgens, onde a floresta, cada dia, é abatida pelo m~chado do homem. Em parte alguma, o desenvolvimento das culturas foi, nos últimos tempos, tão rápido como no estado de São Paulo, o grande estado cafeeiro da Federação. ~ste movimento, como se sabe, é bastante antigo. A ''marcha do café" partiu das montanhas do estado do Rio de Janeiro; por volta de 1850, ganhou o estado de São Paulo através do vale do Paraíba do Sul, e, em seguida, a região de Campinas, um pouco antes de 1870. A partir desta data, o entusiasmo pioneiro se acelerou: os plantadores de café transpuseram o escarpamento de arenitos e basaltos que limita os planaltos ocidentais de São Paulo, e, desde 1880, mais ou menos, foi no quadro geográfico dêstes planaltos, que a frente pioneira progrediu para oeste, em direção ao rio Paraná. A fronteira administrativa entre os estados de São Paulo e Paraná não impediu o avanço dêsses desbravadores. Assim é que o mapa de Preston James, feito há mais de 10 anos, não corresponde à situação atual. 1 As setas que apontam para o oeste, e que indicavam então as regiões pioneiras e as vias férreas no interior das fronteiras paulistas, atingiram o rio Paraná, além do qual as condições físicas são radicalmente diferentes. Mais ainda: entre cada um dêsses postos avançados, os espaços florestais diminuíram sensivelmente; os homens e suas culturas afastaram-se do planalto, devastando as encostas e, muitas vêzes, transformando em pasto os fundos de vale. No estado do Paraná, não somente as plantações formam uma faixa contínua e larga, ao longo da estrada de ferro (que no mapa de Preston James parte do território paulista e termina em Londrina) como também avançam até os arredores de uma nova cidade, Maringá, situada a cêrca de 200 quilômetros a noroeste. O MEIO NATURAL Os territórios do oeste de São Paulo, através dos quais se propaga, há quase meio século, a marcha dos pioneiros, possuem uma homogeneidade notável (fig. 1), que se evidencia antes de tudo, pelo clima. Des'de o rio Grande, ao Norte, até a zona de Londrina, domina, um clima tropical com chuvas de verão e sêca de inverno. A média anual das precipitações é de cêrca de 1 200-1 500mm, sendo os meses de abril a setembro, os mais secos. (Em julho e agôsto pràticamente não chove) . Topogràficamente, trata-se de planaltos que se abaixam regularmente de 800 a 1200 metros para oeste, até 200-300 metros no vale do Paraná. Nestes planaltos, os espigões,2 fixaram as grandes linhas do povoamento, sem dúvida porque a construção das rodovias e estradas de ferro é aí mais fácil, e mais barata, mas sobretudo porque os pioneiros aí encontraram melhores solos: a terra roxa nas manchas provenientes dos afloramentos de basalto perto do rebôrdo da cuesta (Ribeirão Prêto, Araraquara, Jaú, Botucatu) e no planalto do norte do * Artigo traduzido do francês por Maria da Glória de Carvalho Campos - "Les Structures agraires dans la frange pionniére de São Paulo - Les Cahiers d'Outre Mer - Revue de Geographie de Bordeaux et de l'Atlantique N. 0 13 - 4eme Année - Janvier- Mars 1951. Foram omitidas as ilustrações que aparecem no texto francês, devido à impossibilidade de obter as fotografias originais, sem o que não será possível conseguir uma boa reprodução. 1 Henri Enjalbert - A agricultura européia na América do Sul. "Les Cahiers d'Outre Mer". I, 1948, pp. 149-182 e 201-228; carta p. 208. Para perfeita compreensão do nosso estudo, é aconselhável recorrer à carta do estado de São Paulo - 1:1 000 000 publicada pelo Instituto Geográfico e Geológico do estado. Não há cartas topográficas que representem a faixa pioneira. 2 No singular: espigão . O sentido literal: espiga grande. Designa também a aresta da cumieira de um telhado. No sentido geográfico, a palavra é de uso corrente, o que autoriza seu emprêgo aqui. · T 456 BOLETIM GEOGRAFICp Paraná; em seguida, as terras arenosas dos arenitos cretáceos. ~stes são menos férteis que a famosa terra roxa. mas no estado de São Paulo cobrem grandes ·extensões e seu teor em elementos calcários, pH relativamente elevado, sua profundidade e textura se prestam perfeitamente à cultura cafeeira. Tôdas estas terras boas eram cobertas outrora por grandes florestas tropicais, das quais, em pouco tempo, só restarão vestígios. A cobertura florestal contribuiu para a qualidade dos solos; os pioneiros do café não se enganaram com isso, êles que desprezaram as savanas, outrora procuradas pelos criadores de gado, vindos de Minas Gerais. Nas baixas encostas dos vales, as condições são muito menos atraentes. Os rios, interrompidos por quedas e onde aflora o basalto, são impróprios para a navegação moderna e regular. Nos trechos navegáveis, as margens são focos de impaludismo. Os solos das baixas encostas são parecidos com os dos espigões, devido ao seu aspecto arenoso, mas a sua acidez fortemente marcada limita as possibilidades agrícolas. A densa floresta que se estende nos vales, não mais ocorre nas terras más; as árvores que os brasileiros consideram como indício de solo fértil, desaparecem; a mata cede lugar a formações mais baixas, mais esparsas, que, então se tornam mais , espinhosas (cerrados, catanduvas, quiçaçás) . Nos vales profundos há outro inconveniente, decisivo. Durante as noites de inverno, as geadas prejudicam os cafezais ; formam o caminho das camadas de ar frio que, vindas do sul, invadem acidentalmente a ZQna tropical e destroem radicalmente as plantações. O perigo, particularmente sensível nas margens dos principais rios, existe ainda nas margens dos seus tributários. Tudo contribui então para afastar os homens e suas culturas das zonas sujeitas às enchentes e atraí-los para os divisores, cabeceiras dos rios que dêles descem, e encostas mais altas. Tais são, esquemàticamente apresentadas, as grandes linhas da paisagem natural da faixa pioneira paulista. Poder-se-ia evidentemente acrescentar alguns retoques regionais. Só o Norte do Paraná possui certa originalidade, devida, em primeiro lugar, à sua localização no Sul do país, ficando assim mais expostos às rajadas de ar frio, e o seu clima revela o contraste mais atenuado entre os meses chuvosos e o período sêco. Esta afinidade com o Brasil Meridional, de clima subtropical com chuvas de inverno, concretiza-se na paisagem pela freqüência da::; araucárias. ~stes "pinheiros do Brasil" aparecem em grande número até no meio da floresta tropical, nos vales; mas no limite das zonas que estão sendo devastadas, medram formações inteiramente compostas de araucárias. Trata-se de uma região marginal, tanto do ponto de vista climático, como da vegetação. A altitude (o planalto está a 700-870 metros) e a extensão da terra roxa contribuem para acentuar a originalidade física do Norte do Paraná. Entretanto, nem o aspecto geral do relêvo, nem o conjunto da cobertura vegetal, nem o ritmo climático anual perturbam o pioneiro vindo de uma outra região nova, paulista, do mesmo modo que um desbravador do Norte do Paraná não se sentiria deslocado, se fôsse instalar-se no norte da faixa pioneira, no município de Votuporanga. Lá, se encontram afinidades com o Brasil Central, que se fazem sentir: floresta desenvolvida; predominância de solos arenosos e espigões menos elevados. Mas entre essas zonas pioneiras, não há verdadeiros contrastes na paisagem. Esta homogeneidade retarda a formação de regiões e abafa o surto de um sentimento regional. Os pioneiros deram nome a cada um dos planaltos sôbre os quáis foram avançando, mas êstes nomes são devidos a razões sociais, tomados das êompanhias de estrada de ferro que os percorrem: um qualificativo derivadó de uma característica física, ou um vocábulo tirado de um traço particular do povoamento, não teriam nenhuma originalidade. Fala-se então de uma "Alta Araraquarense", lá por onde passa a "Cia. de Estrada de Ferro de Araraquara", como se diz "Noroeste" para designar a região nova, atravessada pelos trilhos da Cia. de E .F. Noroeste do Brasil, e, mais simplesmente ainda, a "Variante", a propósito de alguns municípios mais novos, criados ao longo de uma variante desta estrada de ferro. A Alta Paulista, a Alta Sorocabana, designam os espigões onde se estabelecem os prolongamentos da "Cia. Paulista de Estradas de Ferro" e da Cia. Sorocabana. Nestes planaltos de nomes ferroviários, nem o quadro natural e a paisagem humanizada se opõem senão por leves nuanças. · CONDIÇÃO JURíDICA DAS TERRAS Poderiam os pioneiros instalar-se nesta terra tropical à sua vontade? Estabelecer seus domínios conforme desejassem? O indivíduo era livre diante da natureza, ou até que ponto estaria prêso às obrigações sociais? A condição jurídica das t~rr guês, trazia sérios obs.tá~u~os a I tiam terras sem propnet~no, ~or seus representantes ha vmm dist senhores domínios imenso~ as "s regiões de povoan:ento antigo, on conheciam-se mais ou met;?s os cionamento, mas nas regwes d,t de São Paulo, ao tem~o ?o Impe propriedade com os llmites mes imaginar a confusão que result~ bravador. Enquanto o P<?,VOalll:en do litoral o problema nao existl ram a pl~ntar café, a situação r se intensificou, a terra se- torna vêrno imperial julgou entao. ~e< de propriedade, c~m a condiçao parcialmente cultivadas. Conce . irregulares; o momento era pro} não ocupadas e fazer-se reconl Na mesma época, certo núm .São Paulo, ou para escapa~ do s pobre que a sua. Eram cnadort das terras cultivadas, e foram e Paranapanema, ainda mal conh nhecido. Foram êles, porta~lto! reconheceram os curs?~ pnnci~ custa de grandes sac~Ific~os, fa, v eis. De fato, esta pnmeira ten a ela se seguisse realmente a po do-se nos campos, lanç~nd.o-se rantes, os imigrantes tp.Ineir~s dispersos pelo sertão. ~les ~ao dadeira riqueza; sem di?l:eiro,, foram incapazes de resistir ao. começaram a derrubar a flore parte meridional dos plana~tos de propriedade, à custa d~ 1me cen tes aos criadores de M1nas. Os conflitos sôbre a posse culo XX quando se acentuou numerosbs e mais cobiçosos de tos Era menos perigoso aprO'V pedir revisão dos direitos cone tantos "rios negros", "rios bra dos porcos", que era fácil co!lt eram sempre fixados p~los. r101 cos: crivados de erros, 1nd1eav de fato êle se lançava no Pa: ajuda de tabeliães ou juízes. Em tôda a região acontec esclarecer a situação, só serviu primeiros anos do século. XX, mulgaram decretos e mais de se multiplicavam. Embora a~~ nas com isso, a maiori~ ~o~ pu convém reter destas h1stor~as, de terras gratuitas: nada e m ; devoluta". O tamanho da prc tanto do seu ardor ao tra}?alh< financeira. Somente o s1sten a ver algumas informações na TRANSCRIÇõES IC ,O tos cretáceos. li:stes são menos de São Paulo cobrem grandes jelativamente elevado, sua prolltura cafeeira. Tôdas estas terrestas tropicais, das quais, em ~resta! contribuiu para a qualiam com isso, êles que desprezas de gado, vindos de Minas Ge~ão muito menos atraentes. 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Trata-se !limático, como da vegetação. extensão da terra roxa conte do Paraná. tem o conjunto da cobertura pioneiro vindo de uma outra > r a vador do Norte do Paraná 1rte da faixa pioneira, no mudes com o Brasil Central, que 1cia de solos arenosos e espiras, não há verdadeiros conL formação de regiões e abafa deram nome a cada um dos S nomes são devidos a razões o que os percorrem: um quaum vocábulo tirado de um na originalidade. Fala-se ena "Cia. de Estrada de Ferro ar a região nova, atravessada mais simplesmente ainda, a novos, criados ao longo de a, a Alta Sorocabana, designtos da "Cia. Paulista de Esnaltos de nomes ferroviários, se opõem senão por leves ~ERRAS ropical à sua vontade? Esdivíduo era livre diante da ções sociais? 457 A condição jurídica das terras, num Brasil que havia sido domínio português, trazia sérios obstáculos à colonização pioneira. 3 Juridicamente, não existiam terras sem proprietário, portanto, terras livres. Na época colonial, o rei ou seus representantes haviam distribuído aos altos funcionários, ou a poderosos senhores domínios imensos as "sesmarias", que mais tarde foram divididas. Nas regiões de povoamento antigo, onde a atividade agrícola havia sido intensificada, conheciam-se mais ou menos os limites das propriedades, -resultado daquele fracionamento, mas nas regiões desabitadas, ou apenas conhecidas na província de São Paulo, ao tempo do Império, ignoravam-se tanto a validez dos títulos de propriedade com os limites mesmo aproximados, dessas propriedades. Pode-se imaginar a confusão que resultava da insegurança à qual estava sujeito o desbravador. Enquanto o povoamento permaneceu concentrado nas regiões vizinhas do litoral, o problema não existiu, mas, quando em 1830 os brasileiros começaram a plantar café, a situação mudou: à medida que o movimento de expansão se intensificou, a terra se tornava uma riqueza cada vez mais cobiçada. O govêrno imperial julgou então necessário tornar obrigatório o registro dos títulos de propriedade, com a condição de que as terras fôssem realmente habitadas e parcialmente cultivadas. Concedia-se um prazo para regularizar as situações · irregulares; o momento era propício para qualquer pessoa instalar-se nas terras não ocupadas e fazer-se reconhecer como prçprietário legítimo. Na mesma época, certo número de habitantes de Minas Gerais emigrou para São Paulo, ou para escapar do serviço militar, ou à procura de uma terra menos pobre que a sua. Eram criadores que procuravam regiões campestres, afastadas das terras cultivadas, e foram então instalar-se nos campos situados entre o rio Paranapanema, ainda mal conhecido e o rio do Peixe, êste completamente desconhecido. Foram êles, portanto, precursores do povoamento. Nas suas incursões, reconheceram os cursos principais dos rios e seus afluentes e conseguiram, à custa de grandes sacrifícios. fazer valer seus direitos sôbre extensões consideráveis. De fato, esta primeira tentativa de povoamento era muito frágil, para que a ela se seguisse realmente a posse da terra. Desprezando a floresta, concentran~ do-se nos campos, lançando-se em expedições dignas da tradição dos bandeirantes, os imigrantes mineiros apenas conseguiram constituir pequenos núcleos dispersos pelo sertão. li:les não conseguiram tornar· a crii:tção de gado uma verdadeira riqueza; sem dinheiro, sem apoio político, pouco numerosos, os mineiros foram incapazes de resistir aos fazendeiros de café, que seguiram suas pistas e começaram a derrubar a floresta. Esta segunda onda pioneira, pelo menos na parte meridional dos planaltos paulistas, não teve dificuldade em obter títulos de propriedade, à custa de imensos territórios, antes reconhecidos como pertencentes aos criadores de Minas. Os conflitos sôbre a posse das terras só se tornaram sérios nos fins do século XX, quando se acentuou a competição entre os lavradores, cada vez mais numerosos e mais cobiçosos de terras. Os menos honestos falsificaram documentos. Era menos perigoso aproveitar-se da confusão dos nomes de lugares, para pedir revisão dos direitos concedidos a um predecessor ou aos seus vizinhos: há tantos "rios negros", "rios brancos", ou "claros", "rios das laranjeiras" ou "rio dos porcos", que era fácil contestar os limites de um terreno, uma vez que êstes eram sempre fixados pelos rios. Podia-se lançar mão de documentos cartográficos: c;rivados de erros, indicavam que aquêle rio se lançava num outro, quando, de fato, êle se lançava no Paraná. Tais assuntos eram então resolvidos com a ajuda de tabeliães ou juízes. Em tôda a região aconteceu isso. O esfôrço das a·u toridades no sentido de esclarecer a situação, só serviu para torná-la ainda mais confusa. De 1850 até os primeiros anos do século XX, o govêrno federal e autoridades provinciais promulgaram decretos e mais decretos, uma vez que as brigas, processos e crimes se multiplicavam. Embora alguns indivíduos tenham conseguido grandes fortunas com isso, a maioria dos pioneiros, plantadores de café, nada conseguiu. O que convém reter destas histórias, é que os pioneiros paulistas jamais puderam dispor de terras gratuitas: nada é mais estranho à faixa pioneira brasileira que a "terra devoluta". O tamanho da propriedade que o pioneiro pode possuir não depende tanto do seu ardor ao trabalho, ou das suas ambições, mas sim da sua capacidade financeira. Somente o sistema das grandes plantaÇões, que supõe um capital 3 Ver algumas informações na obra de Lynn Smith: "Brasil, povo e instituições". 458 BOLETIM GEOGRAFICO sólido, poderia ser vantajoso. A posse do solo começa por um negociO, à vista disso, é preciso considerar que a forma da propriedade pioneira não é apenas obra do acaso, nem do espírito empreendedor do desbravador: ela faz parte da gleba florestal, da qual ela é apenas uma parte, paga em dinheiro . Convém então deixar de lado a imagem simpática do pioneiro, que, rifle ao ombro, machado na mão, estabelece livremente sua propriedade na floresta virgem. AS GRANDES PROPRIEDADES RURAIS O que eram então aquelas grandes propriedades, cujo parcelamento desigual chegou ao atual estado de causas? Pode-se fazer uma idéia disso, pelas glebas que ainda existem no extremo oeste da faixa pioneira, seja além de Votuporanga, seja na Alta Sorocabana, entre o rio Santo Anastácio, o Paranapanema e o Paraná. Sua forma é quase sempre a de um retângulo orientado de oeste para leste. Os limites correspondem aos acidel).tes naturais: o lado maiór do retângulo é servido por um dos principais cursos d'água que cortam os planaltos ocidentais, e o outro lado, da mesma dimensão, corresponde ao alto do divisor que separa esta bacia fluvial do seu vizinho, mais setentrional ou meridional. Quanto aos limites sôbre os dois lados do retângulo que marca a gleba, seria fácil fixá-los sôbre dois rios que descem do espigão para o rio lindeiro. A configuração do terreno e o sentido da penetração para oeste, levaram os proprietários a adotar êstes limites simples, fáceis de definir e reconhecer. É interessante notar que as fronteiras das antigas circunscrições administrativas foram fixadas do mesmo modo. As glebas mais antigas abrangiam superfícies enormes. Em 1854, existia uma que media 150 quilômetros de comprimento· e 60 de lagura. Calcula-se que, por volta de 1910, a região de São José do Rio Prêto estava dividida em c&t·ca de doze glebas, cuja superfície, em média, de trinta mil alqueires paulistas, aproximadamente, valendo o alqueire 2,5 hectares. Falaram-nos também da existência de uma gleba de 208 000 alqueires. Evidentemente, os proprietários não moravam nas suas terras: eram, na maioria, fazendeiros nas velhas zonas cafeeiras, e só permaneciam nas fazendas quando era necessário fiscalizar o trabalho, passando longas temporadas na cidade. Para tais proprietários era fácil tolerar a oresença de famílias de caboclos; em troca desta tolerância, deviam êles instalar:se, de preferência, nos limites das glebas, das quais eram uma espécie de guardiães. A êstes caboclos, desbravadores itinerantes, muito modestos, juntavam-se, não raro, pescadores, caçadores e aventureiros. Devemos considerá-los os verdadeiros pioneiros? Sua ação sôbre a paisagem, como a dos mineiros, foi pràticamente nula; uns e outros, apenas derrubaram a mata. Econômicamente, nada os prende ao grande movimento de expansão agrícola e comercial paulista; quando a onda de povoamento os alcança, ou ela os envolve, ou êles partem para mais longe, incapazes de se adaptar às novas condições. Êstes caboclos das glebas são os últimos representantes da velha economia rural e do antigo povoamento do sertão, e não as sentinelas avançadas da marcha para oeste, como se poderia pensar. Sua presença não implica numa valorização da floresta, no quadro econômico atual. Além do mais, os proprietários não visavam à exploração das glebas, que são para êles um emprêgo de capital, que renderá no futuro, isto é, quando as vias de comunicação aí chegarem, quando aumentar a densidade de população, quando os preços dos produtos agrícolas aumentarem, o que ocasionará grande procura de terras. Será então a ocasião de liquidar êsse capital inerte, pela divisão de terras, o processo é lucrativo, porque atualmente, como não mais exista~ glebas colossais em São Paulo, muitos burgueses da capital possuem algumas centenas de alqueires em terras de mata, que, adquiridos por baixo preço, serão revendidos em condições melhores. Êste fato tem importância, porque· significa que a terra não desbravada, passando por diversas mãos, valoriza-se antes de ser cultivada, e esta valorização pesará na economia do pioneiro, porque é êle que por último fará as despesas ãe uma série de felizes especulações. Desde o momento em que a gleba é dividida e cultivada, observa-se o nascimento e a evolução de uma estrutura agrária. Aí se distinguem dois tipos de loteamento, como duas ma.n eiras diversas de evolução: uma antiga, clássica, que consiste na fragmentação progressiva e que, começando pela instalação das grandes fazendas, termina na formação de pequenas propriedades um tipo recente, que consiste em dividir a gle entre êsses dois processos ev~ foram divididas em plantaç<i subdivididas neste caso, as f nuam a existir sob sua for~a: ção para a pequen~ pr?priec dois tipos de evoluç~o so tem A 'FRAGMENT No caso clássico da fragr de à bela época do café, que A gleba orimitiva é dividida e delas estavam compreendida~ dos limites anteriores . Se a alonga-se perpendicularment como ocorria com a gleba: . outra um grande rio. Os lao as bacias hidrográficas tribu1 estabeleceram os imigrante.s teira: isto convinha aos cna barreiras naturais._ Ao cont.r salvo das geadas, sao as maH precisos que os rios. As nec1 feitas pelo novo traçado, ur dade possível de terras d~ 1: pode utilizar as zonas baixa empreendimento. As marger estabelecer as hortas. No e precisou um processo quase As crises econômicas, c· não deixaram de molestar : aqui com lembrar as qued~s sível nos lavradores, e o rav picai. Esta tenqência a~ter: não é mais possivel considerl deiros . Aoressemo-nos em : fazenda desapareceu radica formação da fazenda, ist<? r tradicion ais . Os fazendeiro dêles, não procederam de rn Em certos casos, a divis · uma explotação agrícola es. ainda era possível manter terras baixas incultas; a ve assegur ando-lhe os meios n pestade passar. As circun: houve com efeito, maior pr ao av~nço pioneiro entre : criação -de Goiás e Mato d estabelecendo-se a partir d1 pudessem refazer-se do can urbana a crescente procura tivo qu~ o café lhe h~via t( Tudo isso favorecia o e1 dos vales fàcilmente vendi\ Assim como a subdivisão. d~ ções na forma das propneo vel adotando-se uma nova grandes linhas da topograf propriedades foram traça9 cando no terreno grandes ao domínio da criação, os FICO TRANSCRIÇõES começa por um negócio, à vista priedade pioneira não é apenas :o desbravador: ela faz parte da rte, paga em dinheiro. Convém eira, que, rifle ao ombro, machaade na floresta virgem. JES RURAIS ~des, cujo parcelamento desigual ~r uma idéia disso, pelas glebas tleira, seja além de Votuporanga, stácio, o Paranapanema e o Paângulo orientado de oeste para urais: o lado maiór do retângulo e cortam os planaltos ocidentais, e ao alto do divisor que separa onal ou meridional. Quanto aos rca a gleba, seria fácil fixá-los rio lindeiro. A configuração do varam os proprietários a adotar !er. É interessante notar que as ttivas foram fixadas do mesmo ~ies enormes. Em 1854, existia e 60 de lagura. Calcula-se que, ·êto estava dividida em c&rca de trinta mil alqueires paulistas, ares. Falaram-nos também da ~entemente, os proprietários não .zendeiros nas velhas zonas caira necessário fiscalizar o trabat tais proprietários era fácil toca desta tolerância, deviam êles ts, das quais eram uma espécie nerantes, muito modestos, juntureiros. Devemos considerá-los agem, como a dos mineiros, foi fram a mata. Econômicamente, o agrícola e comercial paulista; ela os envolve, ou êles partem ls condições. li:stes caboclos das nomia rural e do antigo povoada marcha para oeste, como se valorização da floresta, no qua- à exploração das glebas, que rá no futuro, isto é, quando as atar a densidade de população, arem, o que ocasionará grande ; êsse capital inerte, pela divisão 1ente, como não mais existam s da capital possuem algumás quiridos por baixo preço, serão 1 importância, porque significa as mãos, valoriza-se antes de >mia do pioneiro, porque é êle felizes especulações. cultivada, observa-se o nascise distinguem dois tipos de loção: uma antiga, clássica, que ando pela instalação das granpropriedades um tipo recente, 459 que consiste em dividir a gleba imediatamente em pequenos lotes. A distinção entre êsses dois processos evolutivos não é sempre muito violenta, muitas glebas foram divididas em plantações de tamanho respeitável que não foram depois subdivididas neste caso, as fazendas originadas do parcelamento inicial continuam a existir sob sua forma primitiva. As vêzes, a passagem da grande plantação para a pequena propriedade se efetua sem transição. A oposição entre os dois tipos de evolução só tem a vantagem de tornar mais clara a exposição. ã FRAGMENTAÇAO PROGRESSIVA DAS TERRAS No caso clássico da fragmentação progressiva, uma primeira fase corresponde, à bela época do café, que apesar dos contratempos se estende de 1880 a 1920. A gleba primitiva é dividida em certo número de grandes fazendas de café. Muitas delas estavam compreendidas na gleba, mas seus limites, diferiram sensivelmente dos limites anteriores. Se a fazenda, com efeito, conserva a forma retangular, alonga-se perpendicularmente aos grandes rios em lugar de ficar paralela a êles, como ocorria com a gleba: os lados menores, de uma parte têm o espigão; de outra um grande rio. Os lados maiores correspondem ao divisor de águas entre as bacias hidrográficas tributárias do rio principal. (Fig. 2) . Nas regiões onde se estabeleceram os imigrantes vindos de Minas, os rios afluentes serviram de fronteira: isto convinha aos criadores, porque os animais não podiam transpor estas barreiras naturais. Ao contrário, para os plantadores de café, as partes altas, a salvo das geadas, são as mais procuradas, e as linhas de cumiada são limites mais precisos que os rios. As necessidades da cultura cafeeira são plenamente satisfeitas pelo novo traçado, uma vez que cada fazendeiro possui a maior quantidade possível de terras de boa qualidade, atingindo os espigões dos 3" lados, êle pode utilizar as zonas baixas para a pastoreio dos animais indispensáveis a tal empreendimento. As margens dos riachos fornecem terrenos úmidos bons para estabelecer as hortas. No espaço retangular da fazenda esboçou-se, depois se precisou um processo quase perfeito de ocupação do solo. As crises econômicas, cujos efeitos sociais são imediatos nos países novos, não deixaram de molestar a sociedade rural brasileira. Podemos contentar-nos aqui com lembrar as quedas súbitas do preço do café, que deram um golpe sensível nos lavradores, e o rápido progresso da pequena propriedade no Brasil tropical. Esta tendência anterior à crise mundial de 1929 teve um novo impulso, e não é mais possível considerar a faixa pioneira como sendo o apanágio dos fazendeiros. Apressemo-nos em acrescentar que seria erradq acreditar que a grande fazenda desapareceu radicalmente; tal não aconteceu. Quando se deu a transformação da fazenda, isto não se aplicou sem uma alteração dos limites, formas tradicionais. Os fazendeiros, obrigados a vender todos os seus bens ou parte dêles, não procederam de modo rigorosamente análogo. . Em certos casos, a divisão de uma grande fazenda gerou o aparecimento de uma explotação agrícola especializada. Se era impossível conservar muita terra, ainda era possível manter um cafezal mais modesto, salvo do pêso morto das terras baixas incultas; a venda dessas terras aliviava as finanças do fazendeiro, assegurando-lhe os meios necessários para cuidar dos cafezais, e esperar a tempestade passar. As circunstâncias eram propícias para realizar tal operação; houve, com efeito, maior procura de terras de pastoreio, seja porque em seguida ao avanço pioneiro entre 1912-1929, já nos encontrávamos perto das zonas de criação -de Goiás e Mato Grosso, e porque uma corrente de circulação do gado, estabelecendo-se a partir dessas regiões precisaria de pastagens onde os animais pudessem refazer-se do cansaço da viagem; seja porque, aumentando a população urbana, a crescente procura de carne para os açougues restituía à pecuária, atrativo que o café lhe havia tomado. " Tudo isso favorecia o estabelecimento de fazendas de criação, e a valorização dos vales, fàcilmente vendidos, quando subdivididas as grandes fazendas de café. Assim como a subdivisão das glebas em fazendas de café havia trazido modificações na forma das propriedades, esta segunda etapa da evolução só seria exeqüível adotando-se uma nova morfologia agrária. A direção geral perpendicular às grandes linhas da topografia foi substituída por um desenho contrário: as novas propriedades foram traçadas paralelamente aos principais cursos d'água, marcando no terreno grandes faixas paralelas aos rios; o lado inferior corresponde ao domínio da criação, os lados posteriores, às plantações. Esta divisão não é a 460 BOLETIM GEOGRAFICO mais freqüente e parece corresponder às glebas primitivas, de dimensões relativamente modestas. Por outro lado, numerosos fazendeiros praticavam a criação e plantavam o café, sem vender suas terras: em seu benefício, êles procederam ao desbravamento dos fundos de vale. e aí estabeleceram as invernadas. Esta evolução da economia agrícola modificou a paisagem rural, mas a simples observação dessa paisagem nova não permite saber se os cafezais e invernadas pertencem a um único e mesmo proprietário, ou constituem duas propriedades distintas. Desde a crise do café de 1929, muitas dessas grandes fazendas foram sendo divididas em pequenas propriedades, "sitias". As vêzes êsses sítios se estendem dos interflúvios ao rio; às vêzes se localizam no vales; o fazendeiro conservou as terras de café e os "sitiantes", proprietários ou meeiros, cultivam o algodão. Esta nova riqueza dos paulistas não sofre com o frio, pode ser semeada nas encostas inferiores. 4 Adiante será descrito o traçado dos sítios. E necessário chamar a atenção para a constituição de uma verdadeira paisagem agrária, conseqüênci~ da evolução da propriedade rural. As fazendas dos espigões estão em contraste com as humildes plantações de algodão das encostas inferiores, perto dos novos prados artificiais, próximos aos rios. O habitat das fazendas se concentra em alguns pontos precisos: ao longo da estrada principal e da Estrada de Ferro que atravessa o planalto, e algumas vêzes, a curta distância destas vias de comunicação, no curso superior de um rio. Na zona dos sítios cada pequeno fazendeiro constrói no seu pedaço de terra e a concentração do habitat rural desaparece. Enquanto a grande propriedade predominou, a vida urbana se fixou em algumas grandes aglomerações, como Bauru e Cafelândia, nome tão eloqüente na região do Noroeste. Os trabalhadores das fazendas não precisavam ·de cidades: êles encontravam no local, no centro da propriedade, perto dos secadores de café e da casa do fazendeiro, ,um armarinho administrado pelo patrão, uma espécie de armazém, onde podiam co.mprar gêneros alimentícios, sobretudo sal e objetos manufaturados de primeira necessidade: roupas e instrumentos de trabalho. Perto das estações se estabeleciam alguns botequins ou lojas bem pobres, e isto era a vida citadina, que não se afastava do espigão. A instalação de pequenos lavradores nos vales modificou êste esquema muito simples: comerciantes de tôda espécie, sírios, portuguêses japonêses, vieram instalar-se perto dos sítios. As transformações sociais são acompanhadas então por transformações da estrutura agrária, modificações nos modos de ocupação do solo, novas formas de habitat. O LOTEAMENTO PELAS GRANDES SOCIEDADES A revolução na paisagem é ainda mais assombrosa, quando se analisam as conseqüências do loteamento das glebas por sociedades especializadas na venda de terras, verdadeiros empreendimentos de colonização, de caráter capitalista. Mesmo antes da baixa do café na Noroeste, foram feitas tentativas dêsse gênero com o capital inglês, mas é sobretudo a partir de 1930 que essa iniciativa se ge~ neraliza. As perspectivas ótimas dos negócios, a estrutura econômica especial tudo isto trouxe modificações evidentes, que não podiam ser percebidas no qua~ dro limitado do loteamento de uma fazenda. Tais loteamentos abrangem superfícies consideráveis: uma firma dirigida por um dos homens de negócio mais ativo de São Paulo, Sr. Moura Andrade, põe à venda 25 000 alqueires, perto de Andradina nas proximidades da confluência do Paraná e Tietê (um oouco a montante das quedas de Itapura, na margem esquerda do Tietê). Na Altã Sorocabana, um grupo de negociantes de terras se encarregou de lotear uma propriedad~ de 50 000 alqueires, que ficou intacta devido às disputas de herança. Antes da guerra, uma sociedade japonêsa trabalhava com 90 000 alqueires, divididos em quatro secções, das quais uma ficava já no Paraná. Isto não é nada, comparado aos 515 000 alqueires, cujo parcelamento começou em 1933, no Norte do Paraná, sob a direção de uma companhia inglêsa, a Paraná Plantation Co, substituída por um grupo de negociantes paulistas. Emprêsas comerciais, financiadas muitas vêzes por estrangeiros, tudo isto significa que começa uma nova fase da econo' A colheita do algodão já está quase terminada quando chega a época das geadas "brancas", na 2." quinzena de junho. Se as fibras que ainda não foram colhidas podem sofrer êsse efeito maléfico, somente uma parte da colheita está comprometida. Se a geada cair sôbre os cafeeiros, estragará tôda a colheita. As geadas "negras" destroem as árvores e arruínam um capital. mia pioneira e que novos m ção resolveram o pr_obl~ma divisão satisfizesse a cllent considerar o negócio. A es1 ser compreendida se adotaJ Faz-se o loteamento quand melhor possível a mercadm todo o negociante, êle procu eventuais, algo que possa fazem o loteamento das gl as necessidades e possibilid nhecimento destas possibili um verdadeiro trabalho de mília, de recursos modestoJ pode fazer umas parcas ecc conta com um pecúlio mui o mínimo suficiente para iJ o restante dependerá das apenas a soma necessária instalados, poucos dentr~ êl -obra do sítio é a própna de tamanho superior à mél qüência, as terras que êsse1 ter dimensões limitadas. < superfície muito extens~, dos pioneiros tem u:n~ s~tt tes mais ou menos 1denticc A fim de satisfazer a cada uma das pe<tuenas ba extremidades atingissem, d tam-se em adaptar o siste priedades bem menos exte metros excepcionalmente · 50 metros para aquelas ~ maioria dos lotes postos a; não quer dizer que nã5> PJ maiores: o vendedor nao ~ atrair compradores divers_~ ciso também adaptar-se a loteamento: na confluênc vale, far-se-á uma expl?t cêrca de 30 a 50 alque1re 1 des em n ã o deixar as condicões geográficas e de les que fazem loteam~n~o fícies mais ou menos 1de11 dades . A topografia unifo hidrográfica com seus gra todos mais ou menos na n cas, prestam-se muito a êl A tarefa do agrimensor to sôbre ·os pontos mais evid zonas para arranjar comi uma mercadoria suficient Quanto aos sitiantes, a diversos tipos de explot de um rio, ao lado uma h possuírem um animal,. < criação. As culturas aluii ocupam a parte alta do 1 sentimento de igualdade, psicológico cujos efeitos 1 TRANSCRIÇõES 461 FICO ; primitivas, de dimensões relafazendeiros praticavam a crias: em seu benefício, êles procea.í estabeleceram as invernadas. t paisagem rural, mas a simples ber se os cafezais e invernadas u constituem duas propriedades ; grandes fazendas foram sendo s vêzes êsses sítios se estendem vales; o fazendeiro conservou as eeiros, cultivam o algodão. Esta pode ser semeada nas encostas E necéssário chamar a atenção agrária, conseqüênci~ da evolu~ões estão em contraste com as 1eriores, perto dos novos prados ~endas se concentra em alguns a Estrada de Ferro que atravesdestas vias de comunicação, no da pequeno fazendeiro constrói tat rural desaparece. Enquanto a se fixou em algumas grandes ão eloqüente na região do Norsavam de cidades: êles encondos secadores de café e da casa atrão, uma espécie de armazém, tudo sal e objetos manufaturaltos de trabalho. Perto das esbem pobres, e isto era a vida tal ação de pequenos lavradores comerciantes de tôda espécie, perto dos sítios. As transforsformações da estrutura agránovas formas de habitat. ~S SOCIEDADES nbrosa, quando se analisam as !dades especializadas na venda ização, de caráter capitalista. feitas tentativas dêsse gênero, 1930 que essa iniciativa se geestrutura econômica especial, podiam ser percebidas no qualoteamentos abrangem superdos homens de negócio mais mda 25 000 alqueires, perto de aná e Tietê (um pouco a mon1o Tietê) . Na Alta Sorocabana, de lotear uma propriedad~ de as de herança. Antes da gueralqueires, divididos em quatro o não é nada, comparado aos 1933, no Norte do Paraná, sob. ?lantation Co, substituída por omerciais, financiadas muitas eça uma nova fase da econo- chega a época das geadas "brancas", m colhidas podem sofrer êsse efeito Se a geada cair sôbre os cafeeiros, vores e arrufnam um capital. mia pioneira e que novos métodos serão usados. Como as companhias de colonização resolveram o problema fundamental de dividir o solo, de tal .maneira que tal divisão satisfizesse à clientela? Porque é sobretudo sob êste ângulo que é preciso considerar o negócio. A estrutura agrária proveniente dêste loteamento só pode ser compreendida se adotarmos o ponto de vista prático do vendedor de terras. Faz-se o loteamento quando um comerciante procura tirar proveito, vendendo o melhor possível a mercadoria que possui, que, no presente caso, é a ter..ra. Como todo o negociante, êle procura simplificar seu trabalho e oferecer aos seus clientes eventuais, algo que possa atraí-los, satisfazê-los. As grandes companhias que fazem o loteamento das glebas são levadas então, antes de tudo, a considerar as necessidades e possibilidades da clientela; - é na medida em que tomam conhecimento destas possibilidades e satisfazem estas necessidades que elas realizam um verdadeiro trabalho de colonização. A clientela é composta de chefes de família, de recursos modestos. O antigo assalariado de uma fazenda, o colono, só pode fazer umas parcas economias; o imigrante que acabou de desembarcar, não conta com um pecúlio muito grande. Os pequenos pioneiros possuem, em geral, o mínimo suficiente para investir na assinatura do ato de venda de propriedade: o restante dependerá das colheitas e do crédito que obterão a prazo. Possuem apenas a soma necessária à compra das ferramentas indispensáveis. Uma vez instalados, poucos dentre êles poderão contar com a ajuda de diaristas: a mão-de-obra do sítio é a própria família e raros são aquêles que, tendo adquirido lotes de tamanho superior à média, possam pagar um ou dois assalariados. Em conseqüência, as terras que êsses pequenos pioneiros podem comprar e cultivar, devem ter dimensões limitadas. O sitiante que se deixasse tentar pela compra de uma superfície muito extensa, correria o risco de falência, e, como a grande massa dos pioneiros tem uma situação financeira precária, convém oferecei' a todos, lotes mais ou menos idênticos. A fim de satisfazer a estas exigências, impôs-se uma solução fácil: dividir cada uma das pectuenas bacias hidrográficas em lotes compridos e estreitos, cujas extremidades atingissem, de um lado, o rio, de outro a linha de cumiada. Contentam-se em adaptar o sistema que serviu para a delimitação das fazendas, a propriedades bem menos extensas. Os pequenos lotes se estendem por 2 ou 3 quilômetros excepcionalmente mais, enquanto a largura, perto do rio, varia de 500 a 50 metros para aquelas talhadas em bisei, no trecho a montante da bacia. A maioria dos lotes postos à venda tem uma superfície de 10 a 15 alqueires, o que não quer dizer que não possa haver outros menores (entre 5 e 10) nem outros maiores: o vendedor não faz questão de lançar um tipo padrão, porque êle deseja atrair compradores diversos que nem sempre estão nas mesmas condições. É preciso também adaptar-se. às exigências da topografia, o que, às vêzes, dificulta o loteamento: na confluência de dois rios na parte em que se alarga o fundo do vale, far-se-á uma explotação de tipo pastoril, quase exclusivamente, que ocupará cêrca de 30 a 50 alqueires. Êstes pormenores explicam os cuidados das sociedades em não deixar as causas ao acaso e tirar melhor proveito possível das condições geográficas e de acesso aos mercados. Entretanto, em conjunto, aquêles que fazem loteamento, organizam um sistema de lotes alongados, de superfícies mais ou menos idênticas, que oferecem aos pioneiros as mesmas possibilidades. A topografia uniforme dos espigões e seus contrafortes, o traçado da rêde hidrográfica com seus grandes eixos paralelos, onde vão ter os vales tributários, todos mais ou menos na mesma direção, da mesma largura e de vertentes idênticas, prestam-se muito a êste traçado. As partes em questão satisfazem, portanto. A tarefa do agrimensor torna-se mais fácil, porque se reduz a traçar linhas retas sôbre ·os pontos mais evidentes. rios e cristas. O corretor, que circula nas velhas zonas para arranjar compradores apresenta-se com o mapa em mão para vender uma mercadoria suficientemente padronizada. Quanto aos sitiantes. é de sua conveniência, a posse de terras que se prestam a diversos tipos de explotação agrícola: constroem sua primeira cabana próxima de um rio, ao lado uma horta, um cercado para os porcos e um pasto, no caso de possuírem um animal, ou pretenderem fazer a agricultura associada com a criação. As culturas alimentares misturadas com o algodão ou cafeeiros novos, ocupam a parte alta do terreno. A semelhança entre os lotes dá aos sitiantes o sentimento de igualdade, promete a satisfação das mesmas aspirações, elemento psicológico cujos efeitos não devem ser subestimados. 462 BOLETIM GEOGRAFICO FORMAÇÃO E INFLUÊNCIA DAS CIDADES Se a forma dos sítios está de acôrdo com as possibilidades dos pequenos pioneiros, suas necessidades econômicas e desejo de ordem psicológica influem também na organização do loteamento. O pioneiro moderno não está isolado; faz parte de um grupo e não saberia viver e muito menos prosperar afastado dêsse grupo, tanto por motivos econômicos, como sociais. A proximidade de uma cidade é uma condição necessária para que o futuro pioneiro se decida a comprar um sítio; uma estrada transitável por caminhão liga seu lote a um centro comercial, e, contanto que a distância não seja muito grande (o frete seria muito alto), o sitiante poderá fàcilmente encontrar comprador para suas colheitas. Conseqüentemente, a fim de que os lotes fiquem bem localizados, o vendedor deve estar apto para indicar ao público que terá, a uma distância razoável, máquinas para descaroçar o algodão, descascar o arroz e classificar o café, isto é, comerciantes que comprarão as colheitas, e ao mesmo, serão os banqueiros indispensáveis do sitiante. Além dêstes comerciantes, o pequeno proprietário deseja ter uma igreja, uma escola; apraz-lhe saber que um farmacêutico, um médico, estão instalados ou ore tendem instalar-se no nascente núcleo urbano. Acostumados a tais confortos espirituais e vantagens materiais meio europeu ou no Japão, como nas grandes fazendas, o pioneiro moderno não pode dispensá-los. A grande emprêsa de loteamento procura lutar contra o isolamento do sitiante e faz, conjuntamente, os planos dos loteamentos rurais, de uma rêde de estradas e de estabelecimentos urbanos (patrimônios) . 5 Seus escritórios elaboram uma estrutura agrária planejada. Quais os critérios geográficos aos quais obedece a localização deliberada dos centros comerciais? Ela é a função da distância dos sítios e da proximidade das estações. Os loteamentos feitos no planalto, os mais raros e menos extensos, não criam dificuldades porque os trilhos os atravessam ou os contornam. A vida urbana dos espigões recebeu um impulso desde que surgiu a pequena propriedade: ao lado das grandes estradas e das vias férreas, se alinha um cortejo de centros urbanos, uns estacionários, outros mais ativos e outros exercendo importante função regional. Eloqüente exemplo da influência exercida pelos sítios no desenvolvimento das cidades é fornecido por Lins, uma cidade da Noroeste: situada no coração de uma zona de pequenas propriedades, depois de ensaios hesitantes, tornou-se um dos principais centros comerciais ao longo da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no trecho entre Bauru e Mato Grosso. Ao contrário, sua vizinha, Cafelândia, apesar do surto promissor inicial ficou como que paralisada no seu desenvolvimento, por estar rodeada de grandes fazendas que resistiram à crise econômica. A localização dos lotes não poderia restringir-se aos espigões: para que fôssem mais accessíveis ao sitiante, multiplicam-se os lotes nos vales. Uma fila de aglomerações secundárias amplia o alinhamento urbano dos planaltos, aproveitando os contrafortes de menor altitude, ou terraços que interrompepem a encosta. Assim ocorre entre o espigão onde se encontram Marília e Tupã e os vales dos rios Tibiriçá e Aguapeí, como sôbre os dois flancos do planalto, por onde circulam os trens da Companhia Sorocabana: descendo para o Paranapanema ou na direção do rio do Peixe. Se o estabelecimento de patrimônio é indispensável aos sitiantes, aquêle que faz o loteamento aí instala comerciantes, antes mesmo de terem chegado os primeiros desbravadores. Uma vez dado o impulso, verifica-se a ação rápida dos centros urbanos sôbre a estrutura agrária: os lotes mais próximos dos patrimônios se valorizam logo, e o sitiante, sem que o fazendeiro saiba, vende com proveito seu pequeno domínio dividido em chácaras, explotações hortícolas de 3 ou 4 alqueires, com criação de aves e árvores frutíferas. Os corretores não ignoram esta evolução normal e têm interêsse em organizá-la: prevendo um certo número de chácaras, cujos preços são mais altos que os dos sítios, apressam a valorização da terra, organizando-a a seu proveito. Paralelamente, a presença destas explotações hortícolas, traz para os compradores de lotes urbanos a garantia de um apro6 Patrimônio: a terra que, na época colonial, era dada a um santo, por um rico proprietário. Construia-se uma capela no centro dêste terreno, e os caboclos se instalavam em volta. O doador lhe concedia autorização para residir aí e construir, mediante puros módicos, que teoricamente eram pagos ao santo proprietário do terreno. Era o ponto de partida de uma aglomeração de caráter urbano. A instituição é progressivamente laicizada, mas a porção de solo consagrada a um loteamento urbano recebe sempre o nome de "patrimônio". No fim das contas, um patrimônio é uma fundação urbana. visionamento fácil. Chega-se r ral, estabelecendo uma hierarq maior ou menor afastamento Araraquarense) o corretor org um pouco mais longe, lotes de a maior parte dos sítios e, fin: o preço da terra varia natural o caso de Jales é excepcio se efetua espontâneamente, po teamento, tem uma duração lil tardam a se lançar em especl êles seguem o exemplo de gra: mundo pioneiro, onde as fortu Perto dos patrimônios, certos I afastados, êles tornam a com] que mais pobres e mepos afort] recomeçar a triste experiência ou agentes de transportes, que a revenda de seus lotes, ofer1 vivem só de crédito. Assim SE priedades de tamanho médio os novos proprietários instale~ a maior parte das vêzes, êste1 mam as terras cultivadas em o comércio do gado. Esta· evol diminuição de população: un reside por muitos anos na m ruínas, e, não raro, descobre1 da frente pioneira, onde se co A INFLUÊNCIA DE ( Se a uniformidade das c os corretores adotem soluçõe diferenças cuja interpretação suas paisagens. Dentre esta~ menores dos loteadores, ou a dem dos cuidados tomados ao cão dos patrimônios. Mais in t E gências e:r: tre as concepçõ.es ?a po japones e a companhia 15 Brasil", fundada em 1929, erc por suas relações com os _repl Tóquio. Completava-a a1nd~ para recrutar sozinha, sua cl !eira e assegurar seu transpo um povoamento dirigido e e planos de loteamento nas di. dizer loteamento) da socieda o plano da rêde de estradas dividida em parcelas é cons atravessa e serve todos os lo de l/3 de sua superfície está terços, entre a estrada e a 1 truiu sua casa a alguns me suficiente do fundo dovale l destruição rápida da florest1 trada, afastou-se o perigo da artéria mais importante, qu que todos os pioneiros não IJ destas células de povoamen TRANSCRIÇõES possibilidades dos pequenos pio~ ordem psicológica influem tamD moderno não está isolado; faz menos prosperar afastado dêsse is. A proximidade de uma cidade lioneiro se decida a comorar um i seu lote a um centro cõmercial, nde (o frete seria muito alto), o or para suas colheitas. Conse10Calizados, o vendedor deve estar istância razoável, máquinas para ficar o café, isto é, comerciantes os banqueiros indispensáveis do roprietário deseja ter uma igreja, ;ico, um médico, estão instalados r bano. Acostumados a tais coneuropeu ou no Japão, como-· nas dispensá-los. A grande emprêsa ) do sitiante e faz, conjuntamen~ de estradas e de estabelecimenlaboram uma estrutura agrária iece a localização deliberada dos dos sítios e da proximidade das nais raros e menos extensos, não ssam ou os contornam. A vida que surgiu a pequena propriedaérreas, se alinha um cortejo de tivos e outros exercendo imporfi uência exercida pelos sítios no ns, uma cidade da Noroeste: sipriedades, depois de ensaios hemerciais ao longo da Estrada de e Mato Grosso. Ao contrário, sua nicial ficou como que paralisada ;andes fazendas que resistiram à de ria restringir-se aos espigões: ultiplicam-se os lotes nos vales. alinhamento urbano dos planalllde, ou terraços que interrompede se encontram Marília e Tupã ~ os dois flancos do planalto, por na: descendo para o Paranapa- ensável aos sitiantes, aquêle que mesmo de terem chegado os priJ, verifica-se a ação rápida dos 1tes mais próximos dos patrimôa.zendeiro saiba, vende com pro, explotações hortícolas de 3 ou eras. Os corretores não ignoram á-la: prevendo um certo número OS sítios, apressam a valorização 1ente, a presença destas explotaurbanos a garantia de um apro- a um santo, por um rico proprietário. )OClos se instalavam em volta. O doamediante puros módicos, que teóricao ponto de partida de uma aglomera!aicizada, mas a porção de solo consa"patrimônio". No fim das contas, um 463 visionamento fácil. Chega-se mesmo a praticar uma espécie de zoneamento rural, estabelecendo uma hierarquia nas diversas partes do terreno, em função do maior ou menor afastamento do patrimônio. Nas proximidades de Jales (Alta Araraquarense) o corretor organizou lotes muito pequenos, de 3 a 5 alqueires; um pouco mais longe, lotes de 5 a 10, depois 10 a 20 alqueires, e êstes constituem a maior parte dos sítios e, finalmente, as propriedades de cêrca de 50 alqueires. O preço da terra varia naturalmente, em ordem inversa. O caso de Jales é excepcional pela sistematização do que, em outros lugares, se efetua espontâneamente, porque a estrutura agrária, co~o é planejada no loteamento, tem uma duração limitada. Os sitiantes mais ricos e mais atilados não tardam a se lançar em especulações imobiliárias, mais rendosas que a cultura; êles seguem o exemplo de grandes' fazendeiros e participam do espírito geral do mundo pioneiro, onde as fortunas se fazem e desfazem com a mesma .facilidade. Perto dos patrimônios, certos pioneiros subdividem suas terras em chácaras; mais afastados, êles tornam a comprar, por preço muito baixo, os lotes dos vizinhos, que mais pobres e menos afortunados, liquidam seus bens para partir e mais longe recomeçar a triste experiência. Muitas vêzes, os comerciantes da cidade, lojistas ou agentes de transportes, que ràpidamente fazem fortuna, propõem aos sitiantes a revenda de seus lotes, oferecendo preços aos quais não resistem homens que vivem só de crédito. Assim se reconstituem, logo atrás da frente pioneira, propriedades de tamanho médio (50 a 100 alqueires no máximo). No caso em que os novos proprietários instalem um gerente e conservem as plantações de café, a maior parte das vêzes, êstes citadinos acostumados a fazer negócio, transformam as terras cultivadas em pasto, para acrescentar às suas outras atividades, o comércio do gado. Esta·evolução da propriedade e da agricultura ocasiona uma diminuição de população: uma família é o suficiente para cuidar do rebanho, reside por muitos anos na mesma área. As casas dos velhos sitiantes caem em ruínas, e, não raro, descobrem-se habitações abandonadas a pequena distância da frente pioneira, onde se constroem outras. A INFLUÊNCIA DE CONCEPÇõES ECONôMICAS DIFERENTES Se a uniformidade das condições naturais e comerciais faz com que todos os corretores adotem soluções análogas, é possível entretanto, acentuar certas diferenças cuja interpreta.ç ão permite compreender melhor o mundo pioneiro e suas paisagens. Dentre estas diferenças, umas traduzem os recursos maiores ou menores dos loteadores, ou ainda, de suas capacidades técnicas desiguais: dependem dos cuidados tomados ao traçar os lotes, da segurança dos caminhos e instalação dos patrimônios. Mais interessantes, são, ainda, aquelas que revelam as divergências entre as concepções da s principais sociedades de colonizadção, entre o grupo japonês e a companhia inglêsa já mencionada. A "Sociedade Colonizadora do Brasil", fundada em 1929, era exclusivamente japonêsa, pelo seu capital, pessoal, por suas relações com os representantes diplomáticos e consulares do govêrno de Tóquio. Completava-a ainda, uma organização bancária e era bastante forte, para recrutar sàzinha, sua cli.entela no Japão, adaptá-la à vida pioneira brasileira e assegurar seu transporte. Esta sociedade fêz todo o possível para efetuar um povoamento dirigido e enraizá-lo. Esta intenção se depreende da leitura dos planos de loteamento nas diferentes fazendas (mas a palavra é falsa; é preciso dizer loteamento) da sociedade. O traçado dos lotes nada tem de original, mas o plano da rêde de estradas é bem diferente. Cada pequena bacia hidrográfica dividida em parcelas é considerada como célula de povoamento. Uma estrada atravessa e serve todos os lotes que estão divididos em 2 partes desiguais: cêrca de 1/3 de sua superfície está compreendido entre a estrada e o rio, os dois outros terços, entre a estrada e a linha de cumiada. Automàticamente, o colono construiu sua casa a alguns metros desta estrada circular, isto é, a uma distância suficiente do fundo dovale para fugir dos mosquitos; ao mesmo tempo, graças à destruição rápida da floresta em volta da casa, e à clareira já aberta pela estrada, afastou-se o perigo da leishmaniose. Tôda estrada do vale se lança numa artéria mais importante, que serve aos patrimônios, espaçados de tal maneira, que todos os pioneiros não perderiam muito tempo em atingi-los. Em cada uma destas células de povoamento estavam instaladas serrarias e escolas. O conjunto 464 BOLETIM GEOGRAFICO mostra a vontade firme em dirigir e proteger o pioneiro, assegurar-lhes boas oportunidades e fixá-los. A emprêsa japonêsa poderia, com justiça, considerar-se "colonizadora". A Companhia de Terras do Norte do Paraná, nome brasileiro da "Paraná Plantation Company", quando foram feitos os primeiros loteamentos, estava associada a outra companhia inglêsa, que geria a Estrada de Ferro de Ourinhos (São Paulo) para Noroeste. As duas estavam empenhadas no mesmo negócio, e o progresso da Estrada de Ferro regulava pela venda dos lotes da gigantesca gleba. A Estrada de Ferro garantia a vinda dos desbravadores, cujo número de ano para ano aumentava. A Companhia de Estrada de Ferro foi nacionalizada, e a Paraná Plantation tornou-se brasileira, mas, no fim permaneceu a mesma. 6 A organização imobiliária não trabalha só por si mesma, pois contava com a colaboração de uma sociedade de tran~orte, que, articulada com a rêde ferroviária paulista e o pôrto de Santos se interessava sobretudo pelos produtos clássicos da exportação paulista. Era preciso então facilitar as relações dos sitiantes com o mundo exterior e para isto, organizou-se uma boa rêde de estradas. Aproveitando as vantagens que a topografia oferecia, a Companhia de Terras do Norte do Paraná abriu no espigão principal, paralelamente ao traçado da Estrada de Ferro, uma artéria de grande comunicação. A construção dessa estrada sempre precedeu 2. venda dos lotes e antecedeu de pouco a circulação dos trens, o que não aconteceu na maioria dos loteamentos paulistas. Patrimônios foram criados no ponto onde se destaca no espigão um contraforte bastante grande e longo, de sorte que vale a pena estabelecer aí uma estrada secundária, semeada, ela também de patrimônios menores, menos importantes. Por outro lado, em intervalos bem escolhidos, aproveitando as ramificações de um lado e de outro da estrada principal, a companhia concebeu e realizou fundações urbanas de dimensões superiores às dos patrimônios habituais. Por exemplo, Londrina, Apucarana, Marialva. De cada estrada secundária, destacam-se caminhos carroçáveis, que descem para os rios, seguindo o eixo das linhas de cumiada, que separam as pequenas bacias hidrográficas. Como todos os lotes atingem as linhas de cumiada, todos os sitiantes têm acesso a uma via de comunicação pela parte alta dos seus sítios . A hierarquia das estradas e caminhos afeiçoa-se à topografia, o conjunto da rêde cresce em qualidade e a grande artéria é sem dúvida a melhor de tôda a faixa pioneira paulista . .A circulação no Norte do Paraná é extraordinàriamente rápida, praticável em tôdas as estações e assegura o escoamento rápido das colheitas. Todos os cuidados foram dados ao estabelecimento dos meios de comunicação, ao passo que os outros aspectos da colonização mais cuidados no plano das emprêsas japonêsas, atraíram menos a atenção dos loteadores. ESTRUTURAS AGRÁRIAS E PAISAGENS Extensas fazendas, alongamento dos sítios, são menos visíveis no terreno que na planta. Quase sempre, no início dos desbravamentos, os contornos dos lotes aparecem nitidamente na paisagem: as raras clareiras abertas pelos vanguardeiros sobressaem na massa compacta da grande floresta. Mas, à medida que aumenta o povoamento e caem as grandes árvore.s, a paisagem tende a uniformizar-se. Não é fácil identificar os limites de um sítio; êles se reduzem algumas vêzes a uma simples cêrca de arame, escondida pelos cafeeiros, ou a uma picada retilínea que poderia ser um caminho traçado numa grande fazenda. 7 No interior destas pequenas propriedades que têm tôdas a mesma topografia, e são sempre de um só proprietário, tôdas elas orientadas no mesmo sentido, e possuindo os mesmos tipos de solo, os pioneiros praticam todos as mesmas culturas e as repartem anàlogame:b.te: são culturas sem afolhamento e a sua uniformidade não permite distinguir a ocupação de um lote da do lote vizinho. Uma vez que um conjunto de sítios foi completamente desbravado, e cultiv~do, uma vista geral mal permite distinguir a terras de cada sitiante. A vista percebe melhor a existência de faixas paralelas entre elas e o rio, recobrindo uma série de parcelas contíguas: 6 Note-se, entretanto, que, se a administração da Estrada de Ferro-nacionalizada realizou a construção da Estrada, dificilmente fêz face às necessidades do tráfico. Sob êste ponto de vista, pode-se lamentar a falta da antiga organização. 7 Alguns sitiantes, particularmente japonêses, fazem cêrQas com os troncos de árvores, mas estas cêrcas situam-se ao longo das estradas e não permitem identificar os sítios, em relação um ao outro. faixa de pasto, de plantação mentos da estrutura agrária casas com seus arvoredos alongados da Europa Ociden tornos irregulares, surpreend lorido atraem sua atenção, mesmo tempo, um conjunto nida. Ao contrário, o sistem~ der na paisagem, os traços I lise' imediata da paisagem fe Europa - pode conduzir-no r a. Ao' ver esta coexistênci~ concluir que se faz ali a a~ propriedade, e sabe-se quais num país tropical. De fato, a uma oráti ca agrícola: são na técn-ica; são duas forma ser porque muitas vêzes uma A estrutura social do mu de contrastes, é mais bem cl muito alongados do nosso P~ A localização dos dois mente, não, porém, sempre dares, a disposição das hab patrimonio~, ~aracteri~a~ o rigor geometnco das flle1ra1 das carroçáveis, a concentn percebe quando terminou t passa de uma fazenda de ca tação, quando ao passar-se grandes fazendas. A paisagem da faixa IJ aspectos que saltam logo a sugestiva que seja, a observ mo vive um grupo de hom1 A análise das paisageil complemento é o exame d agrária, mas os documentos exprimem projetos que nem as mudanças são por demai tão precários. Somente o cl permitirá compreender as 1 guiam os pioneiros n:: fo~m todo êsse trabalho nao e 2 parte da elaboração de um ' ~ :f!:ste "Boletim", a "Revis1 Brasileira" encontram-se do Conselho Nacional dE Janeiro, D.F. TRANSCRIÇõES o pioneiro, assegurar-lhes boas oderia, com justiça, considerar-se ná, nome brasileiro da "Paraná · rimeiros loteamentos, estava asrs trada de Ferro de Ourinhos (São adas no mesmo negócio, e o prodos lotes da gigantesca gleba. A ~dores, cujo número de ano para 1rro foi nacionalizada, e a Paraná ;maneceu a mesma. 6 A organiza:>is contava com a colaboração de m a rêde ferroviária paulista e o produtos clássicos da exportação ; dos sitiantes com o mundo ex! estradas. 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Mas, à medida que rep, a paisagem tende a unifor. sítio; êles se reduzem algumas pelos cafeeiros, ou a uma picada mma grande fazenda. 7 No in tea mesma topografia, e são semo mesmo sentido, e possuindo os os as mesmas culturas e as reaento e a sua uniformidade não lote vizinho. Uma vez que um e cultivado, uma vista geral mal sta percebe melhor a existência lma série de parcelas contíguas: 465 faixa de pasto, de plantação de algodão e de café. Para distinguir os diversos elementos da estrutura agrária é preciso buscar ajuda no alinhamento sinuoso das casas, com seus arvoredos de , mangueira, laranjeira e bananeira. Os campos alongados da Europa Ocidental, as queimadas e as plantações africanas de contornos irregulares, surpreendem o observador desprevenido: as diferenças de colorido atraem sua atenção, e para o geógrafo essa policromia torna sensível, ao mesmo tempo, um conjunto de práticas culturais e uma estrutura agrária definida. Ao contrário, o sistema de cultura da faixa pioneira paulista tende a esconder, na paisagem, os traços particulares da estrutura ' agrária. As vêzes uma análise imediata da paisagem feita em função do que estamos acostumados a ver na Europa, -pode conduzir-nos a uma interpretação errônea do sistema de cultura. Ao ver esta coexistência de pastos e plantações de café, somos tentados a concluir que se faz ali a associação da criação com a agricultura na pequena propriedade, e sabe-se quais as conclusões gerais que se tiram de tal ocorrência, num país tropical. De fato, é muito rara a associação criação-café, corresponder a uma prática agrícola: são duas atividades econômicas perfeitamente distintas na técnica; são duas formas de ocupação de solo que não se completam a não ser porque muitas vêzes uma compensa a falta de lucro que a outra pode acarretar. A estrutura social do mundo pioneiro está impressa na paisagem: muito cheia de contrastes, é mais bem compreendida no terreno, o que não se dá nos campos muito alongados do nosso país. Contrasta a zona de sítios com a de fazendas. A localização dos dois grandes tipos de propriedade acompanha freqüentemente, não, porém, sempre, as peculiaridades. A sucessão das culturas em andares, a disposição das habitações mais ou menos alongadas, a freqüência dos _ patrimonios, caracteri:iam os sítios, diferentemente das fazendas de café, com o rigor geométrico das fileiras de cafeeiros, o traçado retilíneo das grandes estradas carroçáveis, a concentração dos trabalhadores nas cidades operárias. Não se percebe quando terminou um sítio e começou outro, e ainda menos, quando se passa de uma fazenda de café para a vizinha. Não haverá porém, a mesma hesitação, quando ào passar-se de um centro de loteamento rural para um grupo de grandes fazendas. A paisagem da faixa pioneira é um. documento geográfico admirável pelos aspectos que saltam logo aos olhos, ou os que estão mais encobertos. Por mais sugestiva que seja, a observação não bastaria para indicar como se organiza, como vive um grupo de homens que vai tomar posse do solo. A análise das paisagens apresenta problemas e não os resolve todos. Seu complemento é o exame dos planos que apresentam as minúcias da estrutura agrária, mas os documentos cartográficos, por sua vez, mostram-se insuficientes; exprimem projetos que nem sempre se realizam e, neste país em desenvolvimento, as mudanças são por demais freqüentes para que possamos confiar-nos em dados tão precários. Somente o clássico inquérito, indispensável na pesquisa geográfica, p,ermitirá compreender as necessidades, possibilidades, desejos e mentalidade que guiam os pioneiros na formação da paisagem. Pode-se então medir até que ponto todo êsse trabalho não é apenas uma mudança de cenário: suas etapas fazem parte da elaboração de um complexo geográfico. I ada de Ferro-nacionalizada realizou a do tráfico. Sob êste ponto de vista, s êrcas com os troncos de árvores, mas tem identificar os sítios, em relação ~ ~ste "Boletim", a "Revista Brasileira de Geografia" e as obras da "Biblioteca Geográfica Brasileira" encontram-se à venda nas prin~ipais livrarias do país e na Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia- Avenida Beira-Mar, 436- Edifício Iguaçu- Rio de Janeiro, D.F. T O Gado Bovino e sua Influência sôbre a Antropogeografia do Rio Grande do Sul* Desembargador FLORÊNCIO DE ABREU PRIMEIRA PARTE Considerações gerais concernentes à influência do gado sôbre o meio físico e a vida dos grupos humanos. As entradas do gado no Brasil e seus focos de irradiação. . A sua propagação na zona litorânea e na hinterlândia brasileira. Caminhos de penetração. Decadência das minas e multiplicação das estâncias. Traços gerais da influência do gado sôbre a antropogeografia brasileira. O gado como um dos fatôres da unidade nacional. I 1 - Se entre os animais algum existe que tenha exercido intensa influência sôbre o homem e o meio físico imprimindo à paisagem uma feição característica, "alterando profundamente os hábitos de vida dos grupos humanos e possibilitando-lhes inúmeras realizações" pela soma de benefícios que dêle tira o homem, êsse animal é o boi. Animal providência, assume êle entre os antigos o caráter místico de causa sagrada: a imagem do boi e da vaca originam velhos mitos e contribuem para a formação litúrgica dos rituais. Para os povos pastôres que habitavam o altiplano da Ásia Central, o pastor ou senhor do gado era o rei; o que possuía o gado m.a is numeroso o mais poderoso dos reis. Aumentar os seus rebanhos, favorecer a fecundidade das vacas como reprodutoras e leiteiras era êsse o ideal do antigo ariano. O touro, o fecundador, é então considerado o tipo de perfeição masculina e símbolo da fôrça dominadora; a vaca é a providência do pastor, "providência visível, amiga, fiel e fecunda". Daí, passarem a vaca e o touro a constituir as duas figuras zoológicas primaciais do céu mitológico daqueles povos.1 Do mesmo modo que a importância do gado na vida pastoril dos árias primitivos explica a tendência do espírito ariano para conceber os fenômenos celestes como sêres vivos, sob a forma de touros e de vacas, também o caráter sagrado dêsses animais, - identificados com as próprias divindades, origina naturalmente o culto supersticioso do touro e da vaca,- "culto comum a tôdas as nações arianas, mas particularmente desenvolvido entre os indianos, pela intervenção da casta sacerdotal dos brâmanes".2 Entre os egípcios, quando as procissões festivas desciam o Nilo, em barcos, até Afroditópolis, onde era o seu templo, conduziam uma vaca numa gôndola engrinaldada de plantas aquáticas, porque a vaca era sagrada às deusas geradoras, deusas da receptividade. O touro sagrava-se aos deuses da procriação. 3 Torna-se palpável o sentido l o leite e a carne para a nutriçãc utilidades, a fôrça pata a tração, cilitando ao mesmo tempo o seu sui generis da riqueza que se de nha um papel altamente providt 2. Originário das estepes e s continente pelos conquistadores trada no Brasil por três portas: ciativa do primeiro governador donatarias, por obra de dona An donatário; 5 a de Pernambuco, ai donatário Duarte Coelho. 6 3. Portas de entrada a prin1 São Vicente os três focos de irra as duas primeiras. O gado se afe: as vacas "parem cada ano e nãc Gabriel Soares-; "as novilhas c vêm paridas, pelo que acontece Il vilha na vaca juntamente".7 4. ~ Na primeira fase, a pro1; vendo-se especialmente na zona dades do trabalho dos engenhc corrente, movido à fôrça d'águ~ genhoca ou trapiche, movido ~ número de cabeças, para a traça as fornalhas dia e noite duran' carros de transporte da cana do destinadas ao corte. - Se na c2 os engenhos de açúcar, o devem medrar, por motivo da presenç~ "comendo-a logo arrebentam". 8 5. Criava-se, assim, o gado v aura e dos engenhos. O seu gr: mórdios do século XVII, quand hin ter lândia. A penetração e fixação das dua e temerária. Como bem obs as roças de fumo e mantimento do transporte dos produtos, pat~ nos trechos dos rios navegá v eis encontrava remuneração satisfa fácil em São Paulo, "onde a c atividade geral; na Amazônia, com preciosos produtos vegetai riores o problema pedia solução O fenômeno, aliás, verifico óbvios, a que faz menç.ão o em portava das maiores distânciasJ da cana, quer pela ingratidão a as fornalhas não podiam labo: especial, consideração de alta capitais, capital fixo e circulan fornecia alimentação constante da , terra e água, usados na ma V ARNHAGEN, Hig,tória Geral do E Vide: RoBERTO SIMONSEN, Histó1 6 ROCHA POMBO, História do Bras· GABRIEL SOARES DE SOUSA, Trata! CARDIM, Tratado da terra e gen1 9 CAPISTRANO DE ABREU, Capítulos 10 CAPISTRANO DE ABREU, op, Cit., 4 ÂNGELO DE GUBERNARTIS, Mitologia Zoológica. ÂNGELO DE GUBERNATIS, op. cit. 3 OLIVEIRA MARTINS, Mitos ReligiOSOS. * Tese aprovada no IX Congresso Brasileiro de Geografia, realizado na cidade de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, de 7 a 16 de .setembro de 1940. Transcrita dos Anais do mesmo Congresso, volume III, ps. 452 a 464. B. G . - 2 TRANSCRIÇõES cia sôbre a Antropo- nde do Sul* rgador FLORÊNCIO DE ABREU E ções gerais concernentes à . inado sôbre o meio físico e a vida 1manos. ias do gado no Brasil e seus fo,ç ão. . >pagação na zona litorânea e na orasileira. Caminhos de penetra- ia das minas e multiplicação das :rais da influência do gado sôbre grafia brasileira . O gado como ~s da unidade nacional. enha exercido intensa influência sagem uma feiç.fto característica, dos grupos humanos e possibililenefícios que dêle tira o homem, te êle entre os antigos o caráter ~a vaca originam velhos mitos e S. iplano da Ásia Central, o pastor 1do mais numeroso o mais podeer a fecundidade das vacas como o ariano. O touro, o fecundador, ta e símbolo da fôrça dominadoa visível, amiga, fiel e fecunda". llas figuras zoológicas primaciais na vida pastoril dos árias primiconceber os fenômenos celestes ~cas, também o caráter sagrado as divindades, origina natural"culto comum a tôdas as nações te os indianos, pela intervenção lpcios, quando as procissões fesi, onde era o seu templo, condu>lantas aquáticas, porque a vaca tividade. O touro sagrava-se aos L .fia, realizado na cidade de Florianópo:mbro de 1940. Transcrita dos Anais do 467 Torna-se palpável o sentido humano dessa mitologia. Fornecendo ao homem o leite e a carne para a nutrição, o couro para a cama e para o\ltras inúmeras utilidades, a fôrça pa'ra a tração, o porte e a domesticidade para a montaria, facilitando ao mesmo tempo o seu próprio transporte, atenta a sua característica sui generis da riqueza que se desloca por si mesma, - o gado bovino desempenha um papel altamente providencial para a vida humana. 2. Originário das estepes e savanas da Europa e da Ásia, e trazido ao nosso continente pelos conquistadores europeus do século XVI, o gado bovino deu entrada no Brasil por três portas: a da Bahia, a principal, no ano de 1550 por iniciativa do primeiro governador geral;' a de São Vicente, ao mesmo tempo das donatarias, por obra de dona Ana Pimentel, consorte e procuradora do respectivo donatário; 5 a de Pernambuco, ainda sob a fecunda administração do seu grande donatário Duarte Coelho. 6 3. Portas de entrada a princípio, constituem-se depois Bahia, Pernambuco e São Vicente os três focos de irradiação do gado para todo o país, principalmente as duas primeiras. O gado se afeiçoa ao novo habitat e prolifera prodigiosamente: as vacas "parem cada ano e não deixam nunca de parir por velhas", -informa Gabriel Soares-; "as novilhas como são de ano esperam o touro, e aos dois anos vêm paridas, pelo que acontece muitas vêzes mamar o bezerro na novilha e a novilha na vaca juntamente".7 4. _:__ Na primeira fase, a propagação do gado acompanha o litoral, desenvolvendo-se especialmente na zona de produção do açúcar, para suprir as necessidades do trabalho dos engenhos. Ou se tratasse de engenho "real", moente e corrente, movido à fôrça d'água, ou de engenho inferior, também chamado engenhoca ou trapiche, movido a bois, o serviço reclamava o consumo avultado número de cabeças, para a tração não só dos carros de lenha, que lhes alimentava as fornalhas dia e noite durante sete a oito meses no · ano, como também dos carros de t r ansporte da cana dos canaviais para o engenho, além das quais eram destinadas ao corte. - Se na capitania de Pôrto Seguro não foi possível manter os engenhos de açúcar, o devemos justamente à falta de gado, que ali não podia medrar, por motivo da presença de certa erva que dizimava as vacas, as quais, "comendo-a logo arrebentam". s 5. Criava-se, assim, o gado em razão especialmente das necessidades da lavoura e dos engenhos. O seu grande desenvolvimento ocorre mais tarde, nos primórdios do século XVII, quando começa a espraiar-se pelas savanas da nossa hin ter lândia. A penetração e fixação das populações no interior afigurava-se emprêsa árdua e temerária. Como bem observa Capistrano de Abreu, os engenhos de açúcar, as roças de fumo e mantimentos cabiam dentro de uma área traçada pelo custo do transporte dos produtos, patenteando-se que só próximo do mar ou em pequenos trechos dos rios navegáveis, livres de corredeiras e saltos, a labuta agrícola encontrava remuneração satisfatória. Atirarem-se os colonos para o Oeste seria fácil em São Paulo, "onde a caçada humana e desumana atraía e ocupava a atividade geral; na Amazônia, tôda cortada de rios caudalosos e desimpedidos, com preciosos produtos vegetais extraídos sem cultura. Nas outras zonas interiores o problema pedia solução diversa. A solução foi o gado vacum". o O fenômeno, aliás, verificou-se de modo espontâneo, por diversos motivos óbvios, a que faz menção o eminente historiador. A si próprio o gado se transportava das maiores distâncias; "dava-se bem nas regiões impróprias ao cultivo da cana, quer pela ingratidão do solo, quer pela pobreza das matas sem as quais as fornalhas não podiam laborar; pedia pessoal diminuto, sem traquejamento especial, consideração de alta valia num país de população rala; quase abolia capitais, capital fixo e circulante a um tempo, multiplicando-se sem interstício; fornecia alimentação constante, superior aos mariscos, aos peixes e outros bichos da , terra e água, usados na marinha". 10 4 VARNHAGEN, His-tória Geral do Brasil, vol. I, p. 305. " Vide: RoBERTO SIMONSEN, História Econômica do Brasil, VOl. I, pp . 243-244. 6 ROCHA POMBO, História do Brasil, vol. I, pp. 112 e 113. GABRIEL SOARES DE SOUSA, Tratado DescritiVO do Brasil . CARDIM, Tratado da terra e gentes do Brasil, p . 299. CAPISTRANO DE ABREU, Capítulos da História Colonial, p. 139. 10 CAPISTRANO DE ABREU, op, Cit., ' p. 140. B. G.- 2 BOLETIM GEOGRAFICO 468 Estendeu-se a criação de gado, de Salvador à margem direita do São Francisco e, um tanto tardígrada, porém constante, de Pernambuco à sua margem esquerda, pois as pastagens ali dispensavam o sal pela presença dos barreiros salitrosos no vale do rio. Mercê, assim, das suas pastagens e da criação do gado, assume o São Francisco o seu papel histórico de grande condensador de populações. Ao tempo das invasões holandesas já se via coberto de copioso armentio o vale daquele grande rio no seu curso inferior; e nem por outro motivo os incorporava Nassau ao seu domínio. Em fins do século XVII, Domingos Mafrense e seus companheiros desvendam as excelentes pastagens do sudoeste do Piauí e fundam várias fazendas de gado, povoando-se dês te modo aquêles sertões. Pode-se dizer, com Agenor de Miranda que o capim mimoso, uma das melhores forragens americanas, foi o principal fator dêsse povoamento. n Dali se estende a criação à outra margem do Parnaíba, estabelecendo-se nos sertões denominados dos Pastos Bons, no Maranhão. Constituiu essa uma das etapas mais difíceis de vencer para o Norte. 6 Intensifica-se, porém, o espraiamento do gado pela hinterlândia ·brasileira, já no primeiro quartel do século XVIII, por obra da descoberta e da exploração das minas. Descoberta a mina. tôda a dificuldade cifrava-se na alimentação dos mineiros, para tornar viável a continuidade do trabalho. Usava, sem dúvida, de muita fôrça de expressão Jerônimo de Albuquerque, quando escrevia que os colonos erai:n homens que um punhado de farinha e um pedaço de cobra sustentavam, porque, como informa Antonil, é incrível o que a princípio padeceram os mineiros por falta de mantimentos, achando-se não poucos mortos com uma espiga de milho na mão, sem terem outro sustento. 12 Devido à esterilidade das terras da zona de mineração e dos caminhos que à mesma conduziam, uma única solução se impunha: a introdução do gado vacum em muita quantidade. E foi o que aconteceu. Iniciam-se as remessas de boiadas da zona litorânea já povoada para as regiões das minas, principalmente boiadas da Bahia, por ser muito melhor o caminho que o dq Rio de Janeiro ou o da vila de São Paulo. Aquêle, pôsto que mais comprido, era "menos dificultoso, por ser mais aberto para as boiadas, mais abundante para o sustento, e mais acomodado para as cavalgaduras e para as cargas" . 13 O negócio era, em verdade, tentador e compensava fartamente os sacrifícios, pelos preços escorchantes, pagos a pêso de ouro, que alcançavam nas minas as utilidades. Daí o dizerem os contemporâneos que quem passava a Mantiqueira ali deixava dependurada, ou sepultada a consciência. 7À medida que o gado se afastava da costa, caminhos de penetração iam-se abrindo e consolidando no sertão e para o sertão. Um dos mais antigos passava por Pombal, Itapicuru e Jeremoabo. Começa a trilhar-se o de Jacobina e transpõe-se a passagem de Juàzeiro. Os riachos Terra-Nova e Brígida facilitam a marcha para o Ceará e pelo do Pontal e pela serra dos Dois Irmãos passam os caminhos do Piauí. Já em fins do século XVII acham-se abertos ao trânsito, pelas freguesias do Mocha e Cabrobó, as comunicações interiores entre Maranhão, Pernambuco e Bahia. Pelo rio São Francisco, "ou pelo seu caminho, lhe entram os gados de que se sustenta o grande povo que está nas minas. Da vila de São Paulo e da cidade do Rio de Janeiro partem outras estradas para as regiões mineiras: - a de São Paulo que vai até à serra de Itatiaia, donde se divide em duas, uma para as minas do Ribeirão da Nossa Senhora do Carmo e do Ouro Prêto, e outra para as do rio das Velhas; e a do Rio de Janeiro que se estende às do rio das Velhas e de Cataguases.14 Achadas as minas de Cuiabá, a população se concentra a princípio em suas cercanias, mas em 1736, deséoqre-se o caminho por terra de Cuiabá ao Paraguai, encontrando-se em terras do Mato Grosso o gado procedente do litoral brasileiro com o das missões jesuíticas do Paraguai. Descobertas, por fim, as de Goiás e dada a situação geográfica da região, permitindo comunicar-se fàcilmente com os chapadões do Parnaíba, do São Francisco e do Paraná, abrem-se logo picadas de penetração, por onde aflui o gado não só de Minas, Bahia, Pernambuco, mas ainda do Piauí e Maranhão. AGENOR DE MIRANDA, Estudos piauienses, p. 17. ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil, Parte III, cap. VII. ANTONIL, op. cit., III Parte, cap. XIII. H ANTONIL, op. cit., descreve o roteiro dos caminhos da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo para as regiões das minas. Até dos campos de São Pec mineração, estimulados os · fàcilmente alcança. 8 "Na constância da d primeiros fenômenos da de< cura a população outros mt vacum. Êste, que de comêçc sertões para o litoral, para tiplicam-se as fazendas de< meras,- núcleos de vilas E beira dos caminhos, nos p tropas, contribuindo, assim brasileira. Feiras importantes vão de Janeiro, na Paraíba, no as latitudes e quadrantes, e professando a mesma fé, o gado, fator econômico de ções constitui também elen 9Entre os grande assume São Vicente espec' mais tarde recobriria as t Grande do Sul. Era, entãc briel Soares, cujo testemu Vicente grande quantidad Espanha, onde as carnes ~ outras capitanias, por a * destas capitanias, se foran mesmos conceitos, escrev~ região é a mais saborosa as outras na grandeza e Uma "ponta" dêsse ga até Assunção, onde surgiu vés dos impérvios sertões guai. De acôrdo com a de1 ll l.5 12 16 13 17 CAPISTRANO DE ABREU, OI GABRIEL SO.ARES DE So ROCHA PITA, História da TRANSCRIÇõES r à margem direita do São Frane, de Pernambuco à sua margem > sal pela presença dos barreiros s pastagens e da criação do gado, ~rande condensador de populações. ia coberto de copioso armentio o e nem oor outro motivo os incor!culo XVII, Domingos Mafrense e >astagens do sudoeste do Piauí e dêste modo aquêles sertões. Porn mimoso, uma das melhores forpovoamento. u Dali se estende a !endo-se nos sertões denominados t uma das etapas mais difíceis de gado pela hinterlândia brasileira, ra da descoberta e da exploração tde cifrava-se na alimentação dos trabalho. Usava, sem dúvida, de ~uerque, quando escrevia que os inha e um pedaço de cobra susrível o que a princípio padeceram J-se não poucos mortos com uma tento. 32 Devido à esterilidade das > que à mesma conduziam, uma .do vacum em muita quantidade. litorânea já povoada para as reahia, por ser muito melhor o cade São Paulo. Aquêle, pôsto que mais aberto para as boiadas, mais para as cavalgaduras e para as e comoensava fartamente os sa~so de -ouro, que alcançavam nas lrâneos que quem passava a Mant a consciência . t, caminhos de penetração iam-se ão. Um dos mais antigos passava trilhar-se o de Jacobina e trans'erra-Nova e Brígida facilitam a serra dos Dois Irmãos passam os II acham-se abertos ao trânsito, unicações interiores entre MaraLcisco, "ou pelo seu caminho, lhe >ovo que está nas minas. Da vila partem outras estradas para as t.té à serra de Itatiaia, donde se ião da Nossa Senhora do Carmo ~lhas; e a do Rio de Janeiro que ~s. Achadas as minas de Cuiabá, rcanias, mas em 1736, deséol;>re-se 1contrando-se em terras do Mato com o das missões j esuí ti c as do iada a situação geográfica da re>s chapadões do Parnaíba, do São de penetração, por onde aflui o las ainda do Piauí e Maranhão. 14 cap. VII. da Bahia, do Rio de Janeiro e de São 469 Até dos campos de São Pedro do Sul vem êle em quantidade para as zonas de mineração, estimulados os tropeiros pelos preços extraordinários que o gado ali fàcilmente alcança. 8 "Na constância da derrama, - diz Capistrano de Abreu -, surgiram os primeiros fenômenos da decadência da mineração". 15 Desenganada do ouro, procura a população outros meios de subsistência, entre os quais a criação do gado vacum. Êste, que de comêço afluía do litoral para os sertões, passa a refluir dos sertões para o litoral, para os entrepostos e grandes mercados de consumo. Multiplicam-se as fazendas de criação com a sua fisionomia :peculiar. Povoações inúmeras,- núcleos de vilas e cidades nascentes-, surgem nos passos dos rios e à beira dos caminhos, nos pontos mais convinháveis ao repouso prolongado das tropas, contribuindo, assim, o gado, de modo notável, para a antropogeografia brasileira. Feiras importantes vão-se estabelecendo na Bahia, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, na Paraíba, no Maranhão, em São Paulo, onde brasileiros de tôdas as latitudes e quadrantes, falando a mesma língua tendo os mesmos costumes e professando a mesma fé, se entendem no trato de negócios comuns. Destarte, o gado, fator econômico de grande relevância e fixador por excelência de populações constitui também elemento obscuro, mas valioso, da unidade nacional. SEGUNDA PARTE A entrada do gado no território do Rio Grande do Sul; sua origem, procriação e expansão. Vacaria do Mar e Var.aria dos Pinheiros. Campos naturais. Sua modificação pela ação do gado. Preponderância inicial da atividade agrícola. Primeiras estâncias. Abandono da agricultura e intensificação do povoamento na região pampeana. Predomínio da atividade pastoril. Transformação da paisagem: Estâncias, habitações, "rodeios", "mangueiras" e invernadas. Queima anual dos campos. Alimentação. O regime carnívoro; sua importância como fator da saúde, da resistência física e (com a vida campeira) do caráter e tendências do povo. Formação dos núcleos urbanos. II 9Entre os grandes focos de irradiação de gado anteriormente referidos, assume São Vicente especial atenção no que concerne ao copioso armentio que mais tarde recobriria as estepes pampeanas e as coxilhas do altiplano do Rio Grande do Sul. Era, então, o gado vicentino o melhor da Colônia. Segundo Gabriel Soares, cujo testemunho remonta a 1587, já naquele tempo havia em São Vicente grande quantidade de vacas, "por se na terra darem melhor do que na Espanha, onde as carnes são muito gordas e gostosas, e fazem vantagem às das outras capitanias, por a terra ser mais fria", informando, mais, que algumas destas capitanias, se foram prover de vacas na de São Vicente. 16 Abundando nos mesmos conceitos, escreveria mais tarde Rocha Pita que a carne "por aquela região é a mais saborosa e apetecida, e as reses tamanhas que as não igualam as outras na grandeza e pêso". 17 Uma "ponta" dêsse gado de grande porte e pêso e carne saborosa foi levada até Assunção, onde surgiu em 1555, depois da longa e acidentada marcha através dos impérvios sertões que então se interpunham da costa do mar ao Paraguai. De acôrdo com a decantada lenda que nos transmitiu Rui Gusman e a que 15 16 17 CAPISTRANO DE ABREU, op. Cit., p. 166. GABRIEL SOARES DE SOUSA, op. cit, pp. 106 RocHA PITA, História da América Portuguêsa. e 109. BOLETIM GEOGRAFICO 470 Southey deu foros de cidade seriam sete vacas e um touro as reses confiadas ao vaqueiro Gaete, "que llegó ~om elas a la Asuncion c~n ~rande tr~~ajo Y difícultad solo por el interés de una vacca, que se le senalo por salano, de onde quedá en aquela tierra un provérbio que dice: Son mas caras que las vaccas de Gaete. E dessas "sete vacas e un toro, acrescidos posteriormente da contribuição peruana, ter-se-ia originado o gado que encheria os campos do Paraguai e inundaria mais tarde os da mesopotâmia Paraná-Uruguai e os da margem oriental dêste último rio até à costa do Atlântico. Consoante, porém, · o demonstra o emérito pesquisador sul-rio-grandense Aurélio Pôrto, não seriam sete vacas e um touro apenas mas muito maior a quantidade de reses então levadas pelos irmãos Góis e Gaete de São Vicente a Asspnção; tanto assim que, quatorze anos mais tarde (em 1569) , quando os espanhóis chegam do Peru, com pequena tropa, já encontram ali grande quantidade de gado originário de São Vicente. 18 10 - A êsse tempo, tôda a extrema meridional do Brasil, além da capitania de Santo Amaro, achava-se inteiramente desprovida de gado. Gabriel Soares, cujo Tratado Descritivo data de 1587, ao descrever a zona costeira ao sul daquela capitania, dá o testemunho de haver encontrado "terra de campinas", onde se "criará" e "se dará" muito bem todo o gado "que lhe lançarem", vendo-se pelo tempo dos verbos com que se expressa que até 1587 a ausência de gado vacum era ali absoluta. É que as grandes florestas de araucárias que recobrem o Paraná interceptaria a sua passagem para o sul. Efetivamente, só entre os anos de 1630 a 1634 penetram os primeiros bovinos no território do Rio Grande, através do alto Uruguai, na região missioneira, e por obra dos jesuítas. Emílio Coni fixa a primeira entrada de gado nas Missões da margem oriental do Uruguai em 1620; porém Caviglia Hijo, tendo em consideração que a primeira redução jesuítica na aludida margem foi a de São Nicolau, fundada em 1626, e que o gado acompanhou sempre a entrada dos- padres e especialmente a · sua instalação definitiva em determinado sítio, presume que tal entrada se teria verificado nesse ano. 10 Nem 1620, nem 1626, penso; mas somente depois de 1630. Em verdade, a "Anua" dirigida em 1634 ao padre Diego de Boroa, assim descreve a situação das Reduções do Paraná e Uruguai em 1633: "São êstes índios pobres em extremo, pois não têm para vestir-se mais do que quatro penas de pássaros, com que cobrem e tapam o seu "empacho natural", e o mais rico e poderoso não tem mais que um pelego de veado por vestido; e para seus sustentos a duras penas alcançam quatro espigas de milho e quatro raízes com que passam sua vida miseràvelmente". 20 E as "Letras Anuas" de 1635, relativas ao ano de 1634, mostram que a situação ainda não se havia modificado neste particular; sic: "No hay afio niguno en que estes pobresitos naturales no padescan mil calamidades y desventuras de hambre, frio, enfermedades, y mortandades de que abundan todas estas pobres tierras. . . Solo estan solicitas del dia de oy, y enel acaban quanto topan, sin darles pena lo que an de comer el dia de mafiana, fiados de su industria de caçar, o pescar, en que tienen li brada toda sus esperanzas, que en esto ti~nen. Y assi en este exercício gastan todo el afio entero, dando solos algunos dias al cultibo de sus chacaras, dejando después todo el cuydado dellas a sus pobres mujeres que son las que siembran y cojen sus cosejas". 21 No empenho de remover tão precária situação, e, sobretudo, no de cong!egar os silvícolas de modo a torná-los aptos a receber a catequese, uma soluçao se impôs desde logo aos padres da Companhia - a do estabeleciment.o _de curra!s de gado nas Reduções. Asseg~rando ?e modo :pen;nanente as proviso~s. de allmentacão evitavam a dispersao continua dos Indws na sua hda cotidiana de caça e~ pe'sca, ao mesmo passo que se promovia a sua estabilida~e J?-a sede das Reduções. Aurélio Pôrto fixou em 1634 a data de entrada do _pnmeiro ga~o na região missioneira em número de 99 capeças para cada Reduçao, segundo Infere da "Anua" dirigida ao provincial Diego de Boroa pelo padre Pedro Romero, em 3 de abril de 1636, tendo tido papel saliente na execução dessa tarefa o mesmo Pedro Romero e o padrê Cristóvão de Mendoza. 22 Cumpre, todavia, observar que Vide 'RoBERTO SIMONSEN, op. cit., vol. I, pp. 296 a 298. B. CAVIGLIA RIJO, El origen e dijusion del bovino en nuestro 20 Biblioteca Nacional, Secção de Manuscritos, (1, 29, 7, 25). 21 Biblioteca Nacional; Secção de Manuscritos; (1, 29, 7, 48). 22 1l:sse documento, encontrado na Secção de Manuscritos da 31), acha-se transcrito, nesta parte, na História Econômica, de R. 18 19 · Uruguay, pp. 120 e 121. Biblioteca Nacional (1, 29, 7, SIMONSEN, vol. I, p . 299. naquele mesmo já se encontrav: quatro a s~is ~m ~erdade)' que trução da IgreJa desse povo, segu Para promover o cresci 11 _ de comêço a proibição de. matar ram vacarias em determinados tais métodos e as boas pastagell possa parecer paradoxal, as Pl região das Reduções cont;ibuír: assombroso, do gado ~m toda a (as chamadas "vacanas do m:ar Rapôso e sua gente em s~ces~Iv~ são Nicolau em 1638, ~s Jesmta . . espavoridos, o Uruguai e estabE deixando dêste lado ,a? aband~~ dos depois pelas noticias de nq tremo oeste (Mato Grosso), ~es' parte, deixando ~m :paz o RIO q convencidos os Jesuüas da tra antigas Reduções da margem 0 guai e fundam os famos9s Se~e I Borja, São Lourenço~ Sao Joao de cinqüenta anos, ficou o gadc e avançando paulatinamente P! Expandindo-se a princípio : afluente da margem direita,-: Santana Serrilhada e Acegua Repúblida do Uruguai, onde ?: sacramento, encontra magn~!Ic do-lhe a atenção a sua quantlda A introdução do gado no,s só ocorre em princípios do sec· Hernandez assim refere a ~corr( se hallaron en la parte onenta del Uruguay, unos dilatados ca bosque que los circunda~a form Allá se introdujeron abnendo c; de ganado recogidas de la ant1 tocasen en ocho afias, con.lo qu nes, se calculaba que h~bian d nova vacaria se denominou e11 nheirais que ali existem, e a "vacaria do Mar". como é fácil de imag~Il 12 _ gando-se pelos campos do Ric aspecto físico. A~ ,P~stagen!l e:l mem de pé. O dian~ de Pera de 1531 no rio Parana, os c~m~ do Rio Grande do Sul, assim • longo do rio; e no sartam (ser1 homem". com 0 decorrer, por estrumação contínua do solo a peana e das savanas d~ plail;~ caracterizados pelo capim mu flechilha, o trevo e outras var 23 JôNATAS RÊGO MoNTEIRO, A Co tado de R. SIMONSEN, vol. I, p. 2~8 . cion Juridica dei derecho que tlen (Bibl. Nacional, secção de ~anuscrit e guaranís do rio Urugual às vaca 24 CAVIGLIA RIJO, op. Cit., pp. 17 do Rio Grande do Sul,. vol. li, cap OGRAFICO acas e um touro as reses confiadas ao Asuncion con grande trabajo y difíque se le sefíaló por salário, de onde 1ice: Son mas caras que las vaccas de escidos posteriormente da contribuição 1cheria os campos do Paraguai e inunitná-Uruguai e os da margem oriental o. Consoante, porém, · o demonstra o élio Pôrto, não seriam sete vacas e um de de reses então levadas nelos irmãos tanto assim que, quatorze anos mais ~gam do Peru, com pequena tropa, já originário de São Vicente. 18 ional do Brasil, além da capitania de provida de gado. Gabriel Soares, cujo ~er a zona costeira ao sul daquela caltrado "terra de campinas", onde se do "que lhe lançarem", vendo-se pelo ~ até 1587 a ausência de gado vacum de araucárias que recobrem o Paraná :fetivamente, só entre os anos de 1630 'ritório do Rio Grande, através do alto dos jesuítas. Emílio Coni fixa a priargem oriental do Uruguai em 1620; ) que a primeira redução jesuítica na iada em 1626, e que o gado acompa~ialmente a · sua instalação definitiva ;rada se teria verificado nesse ano . 10 epois de 1630. Em verdade, a "Anua" assim descreve a situação das Reduêstes índios pobres em extremo, pois penas de pássaros, com que cobrem s rico e poderoso não tem mais que ~s sustentos a duras penas alcançam Dm que passam sua vida miseràveltivas ao ano de 1634, mostram que a ~particular; sic: "No hay afio niguno in mil calamidades y desventuras de de que abundan todas estas pobres y, y enel acaban quanto topan, sin ma:fíana, fiados de su industria de sus esperanzas, que en esto tienen. entero, dando solos algunos dias al o el cuydado dellas a sus pobres mucosej as". 21 uação, e, sobretudo, no de congregar eceber a catequese, uma solução se - a do estabelecimento de currais do permanente as provisões de ali;os índios na sua lida cotidiana de >via a sua estabilidade na sede das ta de entrada do primeiro gado na para cada Redução, segundo infere loroa pelo padre Pedro Romero, em na 22execução dessa tarefa o mesmo za. Cumpre, todavia, observar que a 298. o en nuestro Uruguay, pp. 120 e 121. 29, 7, 25). 29, 7, 48) • mscritos da Biblioteca Nacional (1, 29, 7, mica, de R. SIMONSEN, VOl. I, p . 299. TRANSCRIÇõES 471 naquele mesmo já se encontravam em São Nicolau algumas juntas de bois (de quatro a seis em verdade), que auxiliam o transporte de :materiais para a construção da igreja dêsse povo, segundo verifica das citadas "Letras Anuas" de 1635. 11 Para promover o crescimento da criação, impuseram os missionários de comêço a proibição de matar as vacas e com o decorrer do tempo estabeleceram vacarias em determinados sítios, de onde não se tirava r·ês alguma. Com tais métodos e as boas pastagens o gado multiplicou-se ràpidamente. Pôsto que possa parecer paradoxal, as primeiras incursões predatórias dos paulistas na região das Reduções contribuíram decisivamente para a propagação, de modo assombroso, do gado em tôda a margem oriental do Uruguai até à costa do mar (as chamadas "vacarias do mar"). É que se, por um lado, vencidos por Antônio Rapôso e sua gente em sucessivos e cruentos combates, que culminaram com o de São Nicolau em 1638, os jesuítas e os índios que puderam escapar transpuseram, espavoridos, o Uruguai e estabeleceram novas missões entre êsse rio e Paraná, deixando dêste lado ao abandono muito gado, por outro lado os paulistas, atraídos depois pelas notícias de riquezas fabulosas nos sertões do país e no seu extremo oeste (Mato Grosso), desviaram de preferência as suas incursões para essa parte, deixando em paz o Rio Grande do Sul. E só depois do ano de 1687 é que, convencidos os jesuítas da tranqüilidade que então pairava sob a região das antigas Reduções da margem oriental, se animaram a transpor de novo o Uruguai e fundam os famosos Sete Povos,- de São Nicolau, São Miguel, São Luís, São Borja, São Lourenço, São João e Santo Angelo. De sorte que, pelo largo espaço de cinqüenta anos, ficou o gado inteiramente livre, procriando, multiplicando-se e avançando paulatinamente para leste e para o sul. Expandindo-se a princípio pelos campos do vale do Jacuí e do seu principal afluente da margem direita,- o Vacacaí, transporia depois o gado as coxilhas de Santana, Serrilhada e Aceguá e penetraria afinal em pleno território da atual República do Uruguai, onde D. Manuel Lôbo, ao ir fundar em 1680 a Colônia do Sacramento, encontra magníficos exemplares na costa de Maldonado, chamando-lhe a atenção a sua quantidade, seu porte e' sua côr uniforme ("color oscuro") .23 A introdução do gado nos extensos campos da Vacaria, região do planalto, só ocorre em princípios do século XVIII, ainda por obra dos jesuítas. O padre Hernandez assim refere a ocorrência: "Registrado el territorio de las Reducciones, se hallaron en la parte oriental, a distancia de más de 70 leguas de los pueblos del Uruguay, unos dilatados campos aptos para el ganado, y rodeados .de espeso bosque que los circundaba formando una faja de tres a cinco leguas de anchura. Allá se introdujeron abriendo camino con gran trabajo, unas ochenta mil cabezas de ganado recogidas de la antigua vaqueria y amansadas, resolviendo que no se tocasen en ocho a:fíos, con lo qual, segundo la experiencia..habida en otras ocasiones, se calculaba que habian de llegar a quatrocentas o quinientas mil". 24 ·A essa nova vacaria se denominou então dos "Pinheiros", em virtude dos grandes pinheirais que ali existem, e a antiga continuou conhecida naqueles tempos por "vacaria do Mar". 12 Como é fácil de imaginar, todo êsse gado, em tanta quantidade, propagando-se pelos campos do Rio Grande do Sul, modificou-lhes sensivelmente o . aspecto físico. As pastagens eram tão altas, cobrindo em alguns pontos um homem de pé. O diário de Pêro Lopes, descrevendo, ao penetrar êle em dezembro de 1531 no rio Paraná, os campos adjacentes, aliás semelhantes aos do Uruguai e do Rio Grande do Sul, assim se exprime: "Esta terra dos Carandins he alta ao longo do rio; e no sartam (sertão) he toda chãa, coberta de feno, que cobre hum homem". Com o decorrer, porém, do tempo, o pisotear pesado dos bovinos e a estrumação contínua do solo alteraram as características físicas da região pampeana e das savanas do planalto. Passam agora a predominar os ricos pastos, caracterizados pelo capim mimoso, o catingueiro, o capim flecha, o jaraguá, a flechilha, o trevo e outras variedades. 2:1 JôNATAS RÊGO MoNTEIRO, A Colônia do Sacramento, vol. I, p. 45; AuRÉLIO PôRTO, no cit. Tratado de R. SrMONSEN, vol. I, p. 298. Vide ainda, sobre a expansão do gado missioneiro. Informaelon Juridica del derecho que tienen los indios guaranis alas baquerias de Uruguay, o mar. (Bibl. Nacional, secção de manuscritos, 1, 29, 4 e 10) e "Informe sôbre o direito dos índios tapes e guaranís do rio Uruguai às vacarias" (Bibl. Nacional, secção de manuscritos, 1, 29, 3, 102). 24 CAVIGLIA HIJO, op. cit., pp. 173 e 174. No mesmo sentido, O padre TESCHAUER, S. J. História do Rio Grande do Sul, vol. II, cap. III. BOLETIM GEOGRAFICO 472 TRA Ulteriormente, a ação do homem, com a prática sistemática da queima dos campos e com a disseminação das estâncias, contribuiu ainda mais para dar uma nova fisionomia à terra, como se verá nos parágrafos a seguir. Por outro lado, as excelentes condições agrostológicas e a abundância de gado, favorecidos pelo clima, ao mesmo tempo que determinaram o gênero de vida em geral do povo, forjaram-lhe as tendências e imprimiram o caráter essencial da civilização gaúcha. Evidenciam-se mais uma vez as relações existentes entre os fenômenos geográficos e a atividade humana. 13 Tirante as estâncias dos jesuítas, por fim abandonadas, as primeiras se fundaram nos primórdios do século XVIII foi para os lados de Viamão e Capivari. Por êsse tempo, Brito Peixoto, capitão-mor da vila de Laguna enviava ao Rio Grande do Sul o seu genro João de Magalhães, com trinta homens, que se foram estabelecendo, aqui e ali, pela zona litorânea. Realizada a penetração pelo norte do então "Continente de São Pedro", urgia a abertura de uma via de comunicação permanente, que assegurasse a posse dêsses domínios; e, em 1727, Francisco de Sousa Faria, à testa de um regimento. iniciava a abertura do caminho que terminou três anos depois Cristóvão Pereira de Abreu. Por êsse mesmo caminho é que afluía mais tarde para a região das minas o gado, cujo "casco" saído um século antes da capitania de São Vicente e se multiplicando no Paraguai, passava à margem oriental do Paraná, daí à margem oriental do Uruguai, e, espraiando-se pelo Rio Grande, volvia novamente à região de origem, completando-se assim a sua trajetória histórica. De 1742 até fins do século XVIII encaminhava-se para o Rio Grande do Sul a imigração açoriana, instalando-se a princípio em Viamão, em Pôrto Alegre (então Pôrto dos Casais), no Rio Grande e por fim fixando-se em vários pontos da região oriental da capitania. Salvo o estabelecimento de algumas estâncias de gado nas proximidades das guardas e fortes que de longe em longe guarneciam a fronteira contra as investidas do castelhano, o centro e a parte ocidental do "Continente" jaziam semi-desertos. A população nova dedicava-se de preferência à agricultura, tomando notável desenvolvimento a produção do trigo, que constituía então a base da economia sul-riograndense. Em 1748 a colheita atingia a 220 299 alqueires; em 1787, a 106 791 alqueires e daí em diante a produção crescia animadoramente. Colhido em quantidade muito superior às exigências do consumo, o precioso grão passav a a ser exportado em grande escala. Em 1790 exportavam-se 73 044 alqueires; em 1791 107 298 alqueires e daí em diante a exportação foi seguindo uma curva ascendente, culminando em 1813 com a cifra de 342 087 alqueires. Dêsse ano em diante a produção agrícola foi diminuindo sensivelmente e as cifras de exportação decresceram na mesma proporção. 25 O trigo, em 1823, caía em completo abandono e a população voltava-se para a criação do gado. A própria "Real Feitoria de Linho e Cânhamo" (refletindo aliás c que acontecia em tôda a província) fôra transformada numa grande fazenda de criação. E, assim, operava-se nessa época no Rio Grande do Sul um curioso fenômeno de transição, caracterizado pela transformação de suas fôrças econômicas, passando-se de um regime predominantemente agrícola para uma fase quase exclusivamente pastoril. Atribui-se à "ferrugem" a decadência da cultura do trigo; porém seria fácil remover o mal, providenciando o poder público sôbre a importação de sementes novas, de boa qualidade, para a sua conveniente distribuição. A causa devia ter sido outra, pois o que acontecia com o trigo, observava-se em relação aos cereais em geral e à própria farinha de mandioca, os quais passaram a ser importados do Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Paraná e outros portos. 26 Realmente, a causa era outra, e mais profunda e estendia as suas raízes à revolução de 1810, no Prata. 14 Antes do movimento emancipacionista dos povos platinas no alvorecer do século XIX, constituíam Buenos Aires e Montevidéu os grandes empórios sul-americanos do comércio de produtos bovinos. As dificuldades da navegação pela barra do Rio Grande e a superioridade do produto platina depreciavam de tal sorte o produto riograndense que êste não poderia competir com aquêle no comércio exterior da Capitania. O couro, sem lograr cotação, era aplicado na 25 Veja-se o meu "Retrospecto Econômico e Financeiro", na Revista do Arquivo Público do Estado, ano de 1922. 126 Cit. "Retrospecto Econômico e Financeiro" . . fatura de "surrões" para o acondic desordens oriundas da insurreição profundas perturbações nas suas r rou-se o deslocamento do centro d do Rio Grande, que passou a ser de A criação de gado torna v a-se reclamava as canseiras e os cuida fessor Josué de Castro, o cultivo d assistência contínua por parte do semeie e, algum tempo depois, se cuidá-lo todo o tempo e na fase d para que o trabalho termine num basta uma mudança súbita do tem tôda a colheita. 28 A criação do ga trário não requer quase trabalh~ e r o de braços. Reunia-se à mar a vllh data de 1801, e que observou de ~e que para uma estância d~ 9-ez ml três mil por ano, era suf1c1ente o Os campos estavam em abandono tado selvagem ao alcance de todo campo, funda~em as estâncias e a Examinando-se a "Sinopse da meiros volumes da Revista do Ar pari passu o desenvolvimento .9-o ~ e sudoeste isto é, para a reg1ao apascenta~a em quantidade o g~5l já relativamente povoada a reg1a1 Patos e Mirim: o Jacuí com os quari.; o Guaíb.~ com o Caí. f?ino~ ratin1. Na reg1ao do Vacaca1, PO Gabriel, não mui longe da fro~te1 mero entre os anos de 1790 e 17~ Jacuí prosseguiam sem .~sfôrço. PE tem o seu curso em reg1ao mais < navegação de pequeno calado. A 1803 ascendia a 79 137 em 1814. Dêsse último ano em diant fronteira, com as concessões, em Ibicuí com os seus importantes ~ puitã, da bacia· do Quaraí e s?bJ outras sesmarias eram conced1d~ em 1822 à cifra de 106 196 habita 15 - O povoador, tomando posl rancho, sôbre uma parte elevada, descortinar os seus domínios, vig dos abigeatários. As paredes do ticais fincados na terra e em qUI junturas com barro b~tido; Aas a é feita de uma gram1nea seca f que guarda a frescura no inte morador contra o rigoroso frio antessala, a ramada, "lugar de~ expressão de Varela. 31 O homeil que encontra à mão. Próximo ~ e moirões de madeira para os c parte do gado e se recolhem a crescendo o arvoredo plantado ; zr 28 29 so 31 SAINT HrLAmE, Voyage ao Rio < JOSUÉ DE CASTRO, Geografia H1 AzARA, Memória Rural do Rio Cit. "Retrospecto Econômico ALFREDO VARELA, História da prática sistemática da queima dos tontribuiu ainda mais para dar uma arágrafos a seguir. Por outro lado, lundância de gado, favorecidos pelo gênero de vida em geral do povo, taráter essencial da civilização gaúões existentes entre os fenômenos fim abandonadas, as primeiras se 1i para os lados de Viamão e Capimor da vila de Laguna enviava ao ;agalhães, com trinta homens, que litorânea. Realizada a penetração o", urgia a abertura de uma via de posse dêsses domínios; e, em 1727, imento, iniciava a abertura do castóvão Pereira de Abreu. Por êsse a a região das minas o gado, cujo de São Vicente e se multiplicando Paraná, daí à margem oriental do lvia novamente à região de origem, ca. linhav a-se para o Rio Grande do incípio em Viamão, em Pôrto Alee e por fim fixando-se em vários o estabelecimento de algumas esas e fortes que de longe em longe do castelhano, o centro e a parte os. A população nova dedica v a-se pl desenvolvimento a produção do a sul-riograndense. Em 1748 a co106 791 alqueires e daí em diante em quantidade muito superior às va a ser exportado em grande esem 1791 107 298 alqueires e daí em ascendente, culminando em 1813 !m diante a produção agrícola foi ;portação decresceram na mesma to abandono e a população volta:al Feitoria de Linho e Cânhamo" ·ovíncia) fôra transformada numa ·se ness·a época no Rio Grande do rizado pela transformação de suas predominantemente agrícola para ;ultura do trigo; porém seria fácil o sôbre a importação de sementes 1te distribuição. A causa devia ter )serva va-se em relação aos cereais quais passaram a ser importados •aná e outros portos. 26 Realmente, as suas raízes à revolução de 1810, dos povos platinos no alvorecer Montevidéu os grandes empórios os. As dificuldades da navegação 1o produto platino depreciavam de poderia competir com aquêle no L lograr cotação, era aplicado na liro", na Revista do Arquivo Público do TRANSCRIÇõES 473 fatura de "surrões" para o acondicionamento do trigo. Em virtude, porém das desordens oriundas da insurreição das colônias espanholas do Prata, acarretando profundas perturbações nas suas relações dé comércio durante alguns anos operou-se o deslocamento do centro do comércio dos produtos bovinos para o pôrto do Rio Grande, que passou a ser de alta importância para o Brasil. zr A criação de gado tornava-se uma indústria altamente remuneradora e não reclamava as canseiras e os cuidados da cultura do trigo. Como adverte o professor Josué de Castro, o cultivo do trigo é dos mais trabalhosos, exigindo uma assistência contínua por parte do agricultor. Não é uma destas plantas que se semeie e, algum tempo depois, se venha buscar o fruto maduro: é necessário cuidá-lo todo o tempo e na fase da ceifa é preciso um grande número de braços, para que o trabalho termine num certo período, porque o trigo não espera, e basta uma mudança súbita do tempo, uma chuvarada imprevista para arruinar tôda a colheita. 28 A criação do gado, a criação primária ou extensiva, ao contrário não requer quase trabalho e não exige senão o emprêgo de reduzido número de braços. Reunia--se à maravilha o útil ao agradável. Félix de Azara, cuja obra data de 1801, e que observou de perto a vida campeira do Rio da Prata, informa que para uma estância de dez mil cabeças de gado vacum, produzindo cêrca de29 três mil por ano, era suficiente o cuidado de um capataz e dez peões apenaS. Os campos estavam em abandono e o gado não faltava, em abundância, em estado selvagem, ao alcance de todos: bastava apossarem-se de certa extensão de campo, fundarem as estâncias e arrebanharem o gado que pudessem. Examinando-se a "Sinopse das concessões de sesmarias", publicada nos primeiros volumes da Revista do Arquivo Público do Estado, pode-se acompanhar pari passu o desenvolvimento do povoamento do Rio Grande do Sul para o oeste e sudoeste, isto é, para a região das grandes extensões de pastos finos, onde se apascentava em quantidade o gado selvagem. No fim do século XVIII achava-se já relativamente povoada a região irrigada pelos rios das bacias das lagoas dos Patos e Mirim: o Jacuí com os seus grandes tributários Vacacaí, Pardo e Taquari; o Guaíba com o Caí, Sinos e Gravataí; o Camaquã, o São Gonçalo, o Piratini. Na região do Vacacaí, pôsto que êsse rio tenha suas nascentes em São Gabriel, não mui longe da fronteira, foram concedidas sesmarias em grande número entre os anos de 1790 e 1794, porque os povoadores que subiam o vale do Jacuí prosseguiam sem esfôrço pelo seu grande afluente da margem direita, que tem o seu curso em região mais ou menos plana e se presta em C(trtos trechos à navegação de pequeno calado. A população da capitania, de 59 182 habitantes em 1803 ascendia a 79 137 em 1814. · Dêsse último ano em diante intensificava-se o povoamento da região da fronteira, com as concessões, em massa de sesmarias sôbre as terras da bacia do Ibicuí com os seus importantes afluentes Santa Maria, Toropi, Jaguari e Ibirapuitã, da bacia· do Quaraí e sôbre a costa do Uruguai até São Borja. Algumas outras sesmarias eram concedidas na região do rio Negro. A população atinge em 1822 à cifra de 106 196 habitantes. ao 15 - O :povoador, tomando posse do seu campo, instala a sua habitação, - o rancho, sobre uma parte elevada, em geral, ao alto de uma coxilha de onde possa descortinar os seus domínios, vigiar o seu gado e prevenir as freqü~ntes incursões d.os .abi~eatários. As paredes do rancho são de "pau a pique", isto é de paus verticais fmcados na terra e em que se prendem varas horizontais tomadas as conjunturas com barro batido; as aberturas são tapadas com um c'ouro; a cobertura é feita de uma gramínea sêca e comprida, o capim santafé, excelente isolante que guarda -a frescura no interior durante os meses de canícula e protege ~ morador contra o rigoroso frio do inverno. Ao lado do rancho uma esnécie de antessala, a ramada, "lugar de assistência cotidiana do monarca das coxilhas", na expressão de Varela. 31 O homem constrói destarte a sua casa com os materiais que encontra à mão. Próximo ao rancho levantam-se cercados feitos de estacas e moirões de madeira para os currais ou mangueiras, onde por vêzes se encerra parte do gado e se recolhem as vacas leiteiras. Com o decorrer do tem no vai crescendo o arvoredo plantado aos fundos da casa. zr SAINT HILAIRE, 28 JOSUÉ DE CASTRO, 29 Voyage ao Rio Grande do Sul, cap. IV Geografia Humana, p, 186. AzARA, Memória Rural do Rio da Prata. so Cit. "Retrospecto Econômico e Financeiro". 31 ALFREDO VARELA, História da Grande Evolução, vol. 1, p. 85. Tl BOLETIM GEOGRAFICO 474 Para apropriar-se do gado selvagem ou chimarrão e amansá-lo, o pioneiro procede preliminarmente ao reconhecimento dos seus diferentes "paradeiros" e depois o vai cercando, tangendo e repontando até sujeitá-lo a "rodeio", operação essa que necessitava muitos dias de trabalho. A tarefa assaz se facilitava se êle dispunha de um "sinuelo",- meia dúzia de reses mansas para servir de guia ao gado chucro. O rodeio se estabelece geralmente num lugar elevado e o pisotear contínuo e excessivo do gado sôbre êsse lugar, impedindo o crescimento da vegetação, acaba por formar nos campos certas "manchas" arredondadas, que caracterizam os locais onde se param os rodeios. Com a prática de encerrar o gado nas mangueiras, ao ser êle sôlto vai ficando por mais tempo nas imediações da casa, da qual em certas zonas também se aproxima em busca de sal. De sorte que a freqüência do gado nesses pontos, pisando-os, estrumando-os e pastando continuamente, favorece sobremodo a formação de um tapête vegetativo sempre fresco, macio e de viva côr verde e "tão quieto e convidativo em comparação ao chão florido e rico em côres, mas sêco e de vegetação rala dos campos em derredor". (Lindmann) . Nesses prados mais ou menos extensos estabelecem-se potreiros e invernadas. Por outro lado, todos os· anos, depois de um certo período de estiagem (geralmente no mês de julho), quando a vegetação já está dura e ressequida, pegam fogo nas pastagens para que se renovem e as coma tenra o gado; e com essa prática reiterada, queimando-se sementes e perecendo as plantas mais delicadas, vai-se modificando a vegetação do campo subarbustivo. Destarte, por obra do gado e do homem em função do gado, opera-se uma transformação importante no aspecto físico do solo e imprime-se à paisagem uma fisionomia nova, característica das zonas de criação. 16 Se o couro passa a fornecer ao gaúcho quantidade tal de utilidades que marcam época a que se pode denominar "idade de couro", o leite e a carne fornecem-lhe o alimento, sobretudo a carne, que passa a constituir. a base por excelência da nutrição do povo. E que o homem come em geral o que o meio lhe fornece; e é através de sua alimentação que êle está mais fortemente ligado ao seu quadro natural. 32 Ora, a carne fresca contém proteína de alto valor biológico, além de outros princípios essenciais à nutrição. O preconceito de sua nocividade caiu de moda, como o demonstram os exemplos dos esquimaus, nas zonas glaciais, da tribo africana dos "masai" em plena zona equatorial e dos índios das Montanhas Rochosas na América do Norte. 33 E exato que a carne, propriamente, embora rica em proteína e outros elementos, é pobre em vitaminas; mas o gaúcho come também o rim, o fígado, os miolos, que contém as vitaminas A e B e em menor quantidade a vitamina C. 34 A ancilostomíase ou verminose não causa estragos na saúde do povo, porque o desfalque de ferro no organismo é perfeitamente compensado pelo gênero de alimentação: a carne fresca constitui um dos alimentos mais ricos em ferro. Foi-se formando, assim, uma população sadia, resistente, podendo-se dizer do gaúcho que êle vale o que come. E, neste particular, bastante expressiva esta observação de Saint-Hilaire: "Os habitantes desta capitania são originários de Açôres, tal como os de Santa Catarina. Todavia uns e outros pouco se assemelham; os primeiros são grandes, os outros são pequenos; aquêles são corpulentos, êsses são magros. Os catarinenses de tez amarelada, os riograndense são muito brancos e têm mais vivacidade de modos. . . Os primeiros alimentam-se quase somente de peixe e farinha de mandioca, os outros comem carne, e algumas vêzes pão. Se a uma distância tão pequena essa diferença de hábitos e de nutrição pode produzir tão grande dessemelhança em homens saídos há tão pouco tempo de um mesmo país; compreende-se como é possível a uma mudança total de clima e nutrição e resultarem as sensíveis modificações que vão constituir as raças". 3õ E que é bem verdade, como assevera De Martonne, que as populações regionais refletem, em vigor ou debilidade, as condicionantes ou possibilidades de seu ambiente. Nota Capistrano de Abreu que a escassez de lenha obrigava o gaúcho a comer a carne quase crua, apenas sapecada ao lume, produzido por gravetos ou dejeções dos animais. Esta prática, todavia longe de prejudicial, trazia vantagem. O ideal da alimentação animal, consoante ensina o professor Escudero, a2 aa 34 3õ JosuÉ DE CASTRO, Geografia Humana, p. 71. Vide Rui CouTINHO, Valor social da alimentação, p. 45; P. Escudero, JosuÉ DE CASTRO, O problema da alimentação no Brasil, p. 92. AuG. SAINT-HILAIRE, Voyage à Rio Grande do Sul, cap. II. consistiria em seu consumo cru, · lização alimentar por motivos de: a carne crua é de digestão três vê assimilação. 86 O perigo da trans: com que diminuísse, mesmo em t 17 Se a quantidade e a quali o aspecto exterior, a vitalidade. distintivos da raça, pode-se af1r gênero de vida, influiu poderosa do caráter e as tendências em ge correu o Rio Grande do Sul nos peito, informa que lhe chamou a Sul, o ar de liberdade de todos q1 da languidez que caracterizav a o: mais vivacidade e há menos afal são mais homens". E acrescenta dável aparência. As mulheres t~ pouca delicadeza nos traços e sa repito serem de um modo geral trais". 37 Nas proximidades do X1 cercadas das mais belas criança A sua extraordinária resistê ginam, sem dúvida, a tendência assim dizer, no meio de matad1 cessar em redor dêles e se acostu e dos sofrimentos. não é de estrl demais habitantes do país. São : "Em geral os homens desta cax dêles milhares de feitos que dem tos às mais árduas lutas, mas a< plina regular. Para guerrear dei a vitória, procuram retomar os zem freqüentemente quando os I Lê-se no livro de Escudero t na alimentação dos antepassado cional daqueles homens aguerrid des que precederam a Caseros. 40 vigor, da resistência e da corage pos sustentando a guerra duran ca~panha do Paraguai, o Rio GJ (33 803 homens) e, para a gue: 20 200 homens, dos quais mais d 18 Bem ao contrário do que cidades do Rio Grande do Sul nã ulteriormente não poucas viesseJ à custa da pecuária. Tendo sido de São Pedro, o grande teatro c meiras povoações tenham tido s pamentos militares. Rio Grande, a primeira ca) primeiro presídio militar. A vi: guarda ali estabelecida como se! Rio Grande por Pedro Ceballos; sitos de provisões do exército pa Cachoeira nasce de um destaca vila de Santo Antônio da Patrul 86 37 38 39 40 Alimentação, cap. IX. 4.1 Vide CAPISTRANO DE ABREU, Op. < AUGUSTO DE SAINT-HILAIRE, op. AUGUSTO DE SAINT-HILAIRE, OP AUGUSTO DE SAINT-HILAIRE, lOC. P. ESCUDERO, op. cit., cap. XII Cel. SousA DocA, O sentido chimarrão e amansá..:.lo, o pioneiro dos seus diferentes "paradeiros" e até sujeitá-lo a "rodeio", operação A tarefa assaz se facilitava se êle eses mansas para servir de guia ao lte num lugar elevado e o pisotear impedindo o crescimento da vege"manchas" arredondadas, que caCom a prática de encerrar o gado por mais tempo nas imediações da :i ma em busca de sal. De sorte que a 3, estrumando-os e pastando conde um tapête vegetativo sempre o e convidativo em comparação ao getação rala dos campos em derrenenos extensos estabelecem-se pomos, depois de um certo período de do a vegetação já está dura e res~ renovem e as coma tenra o gado; nentes e perecendo as plantas mais campo subarbustivo. em função do gado, opera-se uma do solo e imprime-se à paisagem de criação. úcho quantidade tal de utilidades :'idade de couro", o leite e a carne que passa a constituir. a base por nem come em geral o que o meio ue êle está mais fortemente ligado !ontém proteína de alto valor bioutrição. 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TRANSCRIÇõES 475 consistiria em seu consumo cru, tendo sido abolida essa forma primitiva de utilização alimentar por motivos de higiene e de costume. No dizer de Carlos Richet, a carne crua é de digestão três vêzes mais fácil e, no de Heger, é de muito melhor assimilação. 86 O perigo da transmissão de doenças dos animais ao homem fêz com que diminuísse, mesmo em terapêutica, o seu uso. 17 Se a quantidade e a qualidade do que se ingere influem sôbre o caráter, o aspecto exterior, a vitalidade dos indivíduos e, portanto, sôbre os caracteres distintivos da raça, pode-se afirmar que a abundância de carne, associada ao gênero de vida, influiu poderosamente sôbre a constituição física, a formação do caráter e as tendências em geral do sul-riograndense. Saint-Hilaire, que percorreu o Rio Grande do Sul nos anos de 1820 e 1821 e cujo testemunho é insuspeito, informa que lhe chamou a atenção, desde sua entrada no Rio Grande do Sul, o ar de liberdade de todos que encontrav~, e· a destreza de seus gestos, livres da languidez que caracterizava os habitantes do interior. "Seus movimentos têm mais vivacidade e há menos afabilidade em suas maneiras. Em uma oalavra são mais homens". E acrescenta: "Os homens são bem conformados ê de agradável aparência. As mulheres têm belos olhos, são em geral bonitas, porém têm pouca delicadeza nos traços e sáo faltas de graciosidade de modos. Entretanto, repito serem de um modo geral infinitamente superiores às das capitanias centrais". 37 Nas proximidades do Xuí, o conspícuo naturalista encontrou "mulheres cercadas das mais belas crianças". 88 A sua extraordinária resistência física e a vida perigosa das estâncias originam, sem dúvida, a tendência guerreira dos gaúchos. Além disso, vivendo, por assim dizer, no meio de matadouros, vendo o sangue dos animais correr sem cessar em redor dêles e se acostumando desde a infância ao espetáculo da morte e dos sofrimentos, não é de estranhar tenham talvez menor sensibilidade que os demais habitantes do país. São ainda de Saint-Hilaire as seguintes observações: "Em geral os homens desta capitania são extremamente corajosos; contam-se dêles milhares de feitos que demonstram a sua intrepidez. Estão sempre dispostos às mais árduas lutas, mas ao mesmo tempo é difícil sujeitá-los a uma disciplina regular. Para guerrear deixam, sem pesar algum, suas famílias, mas, após a vitória, procuram retomar os lares. Nunca desertam pela cobardia, mas o fazem freqüentemente quando os deixam inativos". 39 Lê-se no livro de Escudero que a ingestão da carne, outrora preponderante na alimentação dos antepassados argentinos, constitui o segrêdo do vigor tradicional daqueles homens aguerridos e valentes nos "entreveros" pequenos e grandes que precederam a Caseros. ro Pode-se, de igual modo, encontrar o segrêdo rlo vigor, da resistência e da coragem dos homens que fizeram a epopéia dos Farrapos, sustentando a guerra durante dez anos contra todo o poder do Império. Na campanha do Paraguai, o Rio Grande do Sul contribuiu com o maior contingente (33 803 homens) e, para a guerra de Rosas, organizou Caxias um exército de 20 200 homens, dos quais mais de 15 000 eram sul-rio-grandenses. 41 18 Bem ao contrário do que seria lícito supor, a grande maioria das vilas e cidades do Rio Grande do Sul não tira a sua origem da indústria pastoril, embora ulteriormente não poucas viessem alcançar o seu desenvolvimento e importância à custa da pecuária. Tendo sido, a princípio e durante largos anos, o Continente de São Pedro, o grande teatro das campanhas cisplatinas, é natural que as primeiras povoações tenham tido sua origem nos presídios, fortes, guardas e acampamentos militares. Rio Grande, a primeira capital, nasce com a fundação, por Silva Pais, do primeiro presídio militar. A vila fronteira de São José do Norte surge com a guarda ali estabelecida como sentinela avançada, depois da ocupação da vila do Rio Grande por Pedro Ceballos; Rio Pardo e Santo Amaro eram primitivos depó~· sitos de provisões do exército para cuja defesa se estabeleceram fortes e guardas; Cachoeira nasce de um destacamento ali postado da guarda de Rio Pardo. Da vila de Santo Antônio da Patrulha o próprio nome indica a origem. Santa Maria 36 37 88 39 40 4J. Vide CAPISTRANO DE ABREU, op. cit., p. 228; P. ESCUDERO, Alimentação, caps XI e XII. AUGUSTO DE SAINT-HILAIRE, op. Cit. caps. I e IV. AUGUSTO DE SAINT-HILAIRE, Op. cit. Cap. V. AUGUSTO DE SAINT-HILAIRE, loc. cit. P. ESCUDERO, op. cit., cap. XII. Cel. SousA DocA, O sentido brasileiro da revolução Farroupilha. BOLETIM GEOGRAFICO 476 da Bôca do Monte surge com um acampamento militar e ainda hoje ali existe, ao alto da cidade, a histórica rua do Acampamento. Casais de açoritas agricultores fundam Pôrto Alegre e Taquari. Bem conhecida é a origem de São Borj a, São Luís Gonzaga, Santo ângelo e de outros núcleos de população da região missioneira. Em plena zona pastoril, Bajé e Alegrete nascem de antigos acampamentos militares; Jaguarão, antiga "Guarda da Lagoa", de um pôsto militar português ali estabelecido em fins do século XVIII. Uruguaiana é fundada por Domingos de Almeida, durante a revolução farroupilha, por motivos de ordem militar e fiscal. Dom Pedrito consta ter-se originado do comércio de contrabando. Como, entretanto, é natural e já o dissemos de passagem, a indústria pastoril imprime depois grande desenvolvimento a diversos núcleos urbanos da zona de criação. Mesmo fora desta, a importante cidade do Rio Grande só começa a florescer depois de 1810, com a insurreição dos povos do Prata, que determinou o deslocamento do centro do comércio de carnes para êsse pôrto. Antes daquele acontecimento histórico, não se viam ali senão palhoças. 42 E, sem dúvida, tomará um novo surto quando, mercê de uma rêde racional de ferrovias e rodovias, encaminhar-se definitivamente para o pôrto do Rio Grande a produção bovina do oeste e sudoeste do estado, que é desviada presentemente para o de Montevidéu, donde é então exportada. Relativamente poucos os núcleos de população originários propriamente da criação do gado. Viamão, a segunda capital, forma-se em virtude da concentração das primeiras estâncias estabelecidas no "Continente de São Pedro". Pedras Brancas era o ponto de repouso necessário das tropas que da campanha deman ... davam Pôrto Alegre. Da exploração do gado surgem ainda Vacaria, Bom Jesus, Rosário, Conceição do Arroio (hoje Osório) . São Gabriel, onde Félix de Azara fundara primitivamente uma povoação com colonos espanhóis, depois dispersados, foi o local escolhido pelos estancieiros da região para o novo povoado, onde erigiram um templo. Pelotas, em cujo rincão se estabeleceram, a princípio, alguns criadores e agricultores, inaugura, por iniciativa de um cearense, José Pinto Martins, a: indústria saladeril, que congregou os habitantes e lhe deu vida, riqueza e opulência. 48 I AuG. SAINT-HILAIRE, op. cit. cap. IV. Sôbr eesta matéria há muito a pesqutsar. Merecem referência um ensaio de DE PARANHOS ANTUNES, "Origens dos primeiros núcleos urbanos no Rio Grande do Sul", inserto no vol. nr dos Anais do II Congresso de História e Geografia do Rio Grande do Sul, e os dados esparsos que se encontram no Dicionário Geográfico, Histórico e Estatístico do Rio Grande do Sul, de ANTÔNIO DE FARIA. 42 43 Contribuição à Ciência Geográfica Cidades que . Em geral, tôda cidade tem seu dentro de um lapso de tempo rela crescimento moroso. Com suficiente desenvolviment1 suscetível de ser elevado à categor vila, por sua vez, es~ará hab}litada moradias e populaçao em numero : nistrativo de um município. Entretanto, há pelo mundo afo mero de cidades que, por motivos v estágios. Algumas poucas tiveram a su~ pitais de países, e~ta~os ou prov1n cujos promotores d1spoem dos recm colha do sítio e o plano. Citarem! temos notícia de terem surgido de 1 Filadélfia, a capital do estad Unidos e situada com a sua mais ar foi plailejada em 1682 por William mais de dois milhões de habitantes. Temos, em ordem cronológica, nalmente Leningrado, ex-capital d~ 1703, pelo tzar Pedro o Grande, em russo fêz prevalecer na sua escolha midade da Europa ocidental, e a s para o mar Báltico. Não deu impor capital, porque é terreno baixo, en de efeito desastroso quando as bor pelo rio Neva acima, destacando a: da criação, de uma cidade obedece: assim, a Leningrado de hoje abrigll Nem a industriosa cidade de F Estados Unidos e muito menos ~ servir de sede para o govêrno ameJ tadunidense resolveu construir a s1 para ter a honra de abrigar a capij onde hoje existe Washington, à m~ com o plano elaborado pelo engen e inaugurada em 1800. E temos aí mas criadas pela arquitetura e gra oitocentos mil habitantes ultrapas planej adores. Deixando a cidade de Buenos , nome, para ser exclusivamente a outra sede à província assim o exemplo da cidade de Wa.o•c~u. •E>"' derna que recebeu o nome gem do rio Prata. Amplas e RAFICO ento militar e ainda hoje ali existe, amento. Casais de açoritas agriculconhecida é a origem de São Borj a, núcleos de população da região misrete nascem de antigos acampamenLagoa", de um pôsto militar portu. Uruguaiana é fundada por Dominilha, por motivos de ordem militar e io comércio de contrabando. ~mos de passagem, a indústria pas1 a diversos núcleos urbanos da zona e cidade do Rio Grande só começa dos povos do Prata, que determinou 1rnes para êsse pôrto. Antes daquele (não palhoças. 42 E, sem dúvida, torêde racional de ferrovias e rodovias, do Rio Grande a produção bovina da presentemente para o de Monte- mlação originários propriamente da forma-se em virtude da concentra"Continente de São Pedro". Pedras as tropas que da campanha deman ... > surgem ainda Vacaria, Bom Jesus, . São Gabriel. onde Félix de Azara colonos espanhóis, depois dispersaa região para o novo povoado, onde o se estabeleceram, a princípio, alniciativa de um cearense, José Pinto os habitantes e lhe deu vida, rique- ICem referência um ensaio de DE PARANHOS 1 Rio Grande do Sul", inserto no vol. III > Rio Grande do Sul, e os dados esparsos p e Estatístico do Rio Grande do Sul, de Contribuição à Ciência Geográfica Cidades que Jamais Fora·m Vilas · J. C. PEDRO GRANDE Em geral, ·tôda cidade tem seu início em um povoado que pode ter surgido dentro de um lapso de tempo relativamente curto, mas tamb~m pode ter tido crescimento moroso. Com suficiente desenvolvimento quanto a casas e habitantes. é o povoado suscetível de ser elevado à categoria de vila, sede, portanto de um distrito. A vila, por sua vez, estará habilitada a receber o título de c.idade, logo que tenha moradias e população em número suficiente, tornando-se assim o centro administrativo de um município. Entretanto, há pelo mundo afora e também no Brasil um considerável número de cidades que, por motivos vários, não tiveram que passar por todos êsses ' estágios. Algumas poucas tiveram a sua edificação planejada. Trata-se sempre de capitais de países, estados ou províncias, cuja construção tiver sido deliberada e cujos promotores dispõem dos recursos financeiros para os dispêndios com a escolha do sítio e o plano. Citaremos para exemplo, algumas cidades das quais temos notícia de terem surgido de um plano elaborado. Filadélfia, a capital do estado de Pensilvânia e ex-capital dos Estados Unidos, e situada com a sua mais antiga parte entre os rios Delaware e Schuylkill, foi planejada em 1682 por William Penn e desenvolveu-se para uma cidade de mais de dois milhões de habitantes. Temos, em ordem cronológica, São Petersburgo, mais tarde Petrogrado e finalmente Leningrado, ex-capital da Rússia européia. Foi mandada construir em 1703, pelo tzar Pedro o Grande, em obediência ao plana, traçado. Êsse imperador russo fêz prevalecer na sua escolha do sítio da capital planejada apenas a proximidade da Europa ocidental, e a saída, então a única que seu império possuía, para o mar Báltico. Não deu importância à pouca propriedade do sítio para uma capital, porque é terreno baixo, em boa parte pantanoso, ·e sujeito a enchentes de efeito desastroso quando as borrascas do Báltico forçam as águas dêsse mar pelo rio Neva acima, destacando as águas dêste. Temos aí um frisante exemplo da criação, de uma cidade obedecendo a um capricho de potentado ... E mesmo assim, a Leningrado de hoje abriga perto de cinco milhões de habitantes. Nem a industriosa cidade de Filadélfia, que servira de primeira capital dos Estados Unidos e muito menos a bulhenta Nova York noderia continuar a servir de sede para o govêrno americano . Foi por isso que ã nova República estadunidense resolveu construir a sua própria capital. Muitas cidades porfiaram para ter a honra de abrigar a capital do país, mas a escolha recaiu sôbre o local onde hoje existe Washington, à margem do rio Potomaque, construída de acôrdo com o plano elaborado pelo engenheiro francês major Pierre Charles· L'Enfant e inaugurada em 1800. E temos aí Washington, menos rica em belezas naturais, mas criadas pela arquitetura e grandiosidade, a cidade que com os seus mais de oitocentos mil habitantes ultrapassou muito as previsões de cem mil dos seus planej adores. Deixando a cidade de Buenos Aires de ser a capital da província do mesmo nome, para ser exclusivamente a da República Argentina, foi necessário dar outra sede à província assim tornada acéfala. Projetou-se para isso, tomando o exemplo da cidade de Washington, e construiu-se, em 1882, uma cidade moderna que recebeu o nome de La Plata, e situada a 8 quilômetros, ao sul da margem do rio Prata. Amplas e extensas avenidas, ao longo das quais as edíficações BOLETIM GEOGRAFICO 478 parecem pequeninas, distinguem a cidade que possui hoje cêrca de 280 000 habitantes, e teve há pouco seu nome mudado para Eva Perón. Temos a de cidades estrangeiras, por fim Canberra, pronuncie "Quenbra" capital da União Australiana. Sydney e Melbourne, ambas cidades populosas na confederação australiana, rivalizavam por ser a capital do país. Por essa razão, resolveu o govêrno da Austrália construir a sua sede própria, visto que as duas cidades referidas eram capitais de estados. Os passos empreendidos para êsse fim consumiram mais de um quarto de século, porque sómente em 1925 foi inaugurada Canberra, às margens do rio Monlonglo, e construída obedecendo ao projeto de Walter Burley Griffin, de Chicago, que foi escolhido entre 126 projetos chegados de tôda parte do mundo. Canberra tem uma bela situação em um anfiteatro de colinas cobertas de mato e a uma altitude de cêrca de 600 metros e a perto de 160 quilômetros do mar. A sua população é pequena, menos de oito mil. Vê-se que o australiano é muito comodista. Plantar-se no interior deixando o confôrto de cidades como Sydney, com mais de 1 500 000 ou Melbo~rne, com perto de 1 300 00 habitantes, francamente é. duro . . . Só por castigo ... Petrópolis, a bela cidade serrana, apesar de dever o seu início ao imperador Pedro I, não pode fazer parte da lista de cidades planejadas. Ao menos não sabemos de um plano especialmente elaborado para a sua edificação quando foi fundada. No entanto, ocorre-nos citar três exemplos de cidades planejadas, no Brasil. A primeira delas, em ordem cronológica, é Teresina, a mais jovem cidade ~centenária, pois foi edificada em 1852, segundo o plano do conselheiro Saraiva, para ser a sede do govêrno provincial do Piauí, substituindo Oeiras, pequena cidade à margem do riacho da Mocha, de curso intermitente. O desenvolvimento do seu tráfego urbano demonstra a insuficiência da largura de suas ruas, defÊüto que nem sempre é fácil remediar, máxime no centro, densamente edificado. ·Vem, a seguir Belo Horizonte, à margem do ribeirão Arrudas, edificada segundo o projeto do engenheiro patrício Aarão Reis e inaugurada em 1897. Situada em posição mais central no estado de Minas, foi substituir como sede do govêrno mineiro a velha Ouro Prêto. com as suas ruas de forte rampa e de topografia difícil de permitir sua expansão. A última e mais moderna das cidades planejadas, no país é Goiânia, moderna capital do estado de Goiás, à margem direita do rio Meia Ponte. A sua parte central foi planejada pelo engenheiro Atílio Correia Lima; colaboraram em seguida os engenheiros da firma Coimbra Bueno Ltda., principalmente na execução do projeto. Ao engenheiro Werner Sonnenberger coube projetar a parte sul da novel cidade que teve mais outras ampliações, tôdas projetadas. Goiânia, com os seus 40 000 habitantes hoje, é uma idéia vitoriosa; uma capital nova para um estado de brilhante porvir. Não se esgotou com os três exemplos acima o rol das cidades brasileiras que tiveram a sua edificação planejada. Pois lembramo-nos de ter visto os planos das atuais cidades Londrina, Apucarana, Cambé, Arapongas, Faxina!, Mandaguari, e Rolândia, elaborados pela Companhia Colonizadora do Narte üo Paraná. Por certo haverá mais algumas que não mencionamos porque não nos foi dado saber. ~ :tste "Boletim" não faz publicidade remunerada, entretanto registará ou comentará as contribuições sôbre geografia ou de interêsse geográfico que sejam enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla difusão da bibliografia referente à geografia brasileira. AOS EDITõRES: O Refi Sôbre êsse importante e encaminhou à Mesa da Câm~ transcrevemos do Jornal do "Na minha mocidade est escritor fecundo e iluminado, râneo fôsse, as descobertas c mundo, quer no mar, penetr incursão à lua, tentativa sôb1 da efetivação. Sonho ou fantasia, dirian culo em relação às lucubraçõe Em "Cinco Semanas em Africa, profetiza, nestas pala a Europa se exaurir e não pt Detêm-se nos quatro mi mundo", gerando a esterilida; esta, a seguir, em caminho d fecundidade magnífica. Mas, secante do cavalo de Atila. ' porque as suas florestas virg triais, o seu terreno há de e1 faziam duas colheitas por an às novas raças os seios refert hoje fatais para o estrangeir gens; as águas dispersas se 11 navegável. E o território sôt tornar-se-á um grande reino que as do vapor e da eletricic Júlio Verne evidenciou a conseqüente emigração do se pedras onde existiram seara: diminuídas ou quase extintas truidoras, enfermidades que habitantes e a sua fauna for Os que emigraram enche de rios transbordando humo, Mas, senhores deputados tações das matas foram ex2 extinção vagarosa mas fatal fartura encaminharam -se p~ hábitos e amesma ferocida frendo. . . . E mais se agrava ao imperativo de sobrevivênc Depois de um longo tando tenazmente pelo re de novas essências quase q o esgotamento das florestas menos de duzentos milhões milhões! De 1925 a 1929, o 1 pe possui hoje cêrca de 280 000 habi~ara Eva Perón. fim Canberra, pronuncie "Quenbra" lbourne, ambas cidades populosas na ;er a capital do país. 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A sua ~o Atílio Correia Lima; colaboraram bra Bueno Ltda., principalmente na Sonnenberger coube projetar a parte mpliações, tôdas projetadas. Goiânia, léia vitoriosa; uma capital nova para ;ima o rol das cidades brasileiras que lembramo-nos de ter visto os planos mbé, Arapongas, Faxina!, Mandagua1 Colonizadora do Norte ao Paraná. encionamos porque não' nos foi dado llblicidade remunerada, entretanto registará lfia ou de interêsse geográfico que sejam concorrendo dêsse modo para mais ampla brasileira. O Reflorestamento do País Deputado WANDERLEY JÚNIOR Sôbre êsse importante e atual problema o senhor deputado Wanderley Júnior encaminhou à Mesa da Câmara dos Deputados o presente pronunciamento, que transcrevemos do Jornal do Comércio, edição de 27-7-53: "Na minha mocidade estudantil fui um fascinado dos livros de· Júlio Verne, escritor fecundo e iluminado, quase um adivinho que previu, como se contemporâneo fôsse, as descobertas que só vários lustros mais tarde surpreenderiam o mundo, quer no mar, penetrando profundos abismos, quer no ar e mesmo em incursão à lua, tentativa sôbre que os cientistas de hoje se desgastam em busca da efetivação. Sonho ou fantasia , diriam os seus coevos, mas o tempo consagrá-lo-ia oráculo em relação às lucubrações de sua época . Em "Cinco Semanas em Balão", aos imaginosos vôos sôbre a v~stidão da Africa, profetiza, nestas palavras: "Talvez aqui estacionem os povos futuros, se a Europa se exaurir e não puder alimentar os seus habitantes". Detêm-se nos quatro mil anos do Continente Asiático, "primeira mãe do mundo", gerando a esterilidade, impondo a migração para a Europa ubérrima, e esta, a seguir, em caminho da exaustão. E surge a América no fascínio da sua fecundidade magnífica. Mas, ao Novo Mundo, há de também marcar o rasto ressecante do cavalo de Atila. "E envelhecerá, acentua em previdência impressiva, porque as suas florestas virgens hão de ser recortadas pelo machado dos industriais, o seu terreno há de enfraquecer-se à custa de muito produzir: e onde se faziam duas colheitas por ano, só uma e escassa logrará. A Africa abrirá então às novas raças os seios refertos de tesouros acumulados em séculos. Êstes climas, hoje fatais para o estrangeiro, hão de depurar-se pelos arroteamentos e drenagens; as águas dispersas se reunirão num leito comum constituindo uma artéria navegável. E o território sôbre que pairamos, mais fértil e rico que os demais, tornar-se-á um grande reino, onde se farão descobertas ainda mais assombrosas que as do vapor e da eletricidade". · Júlio Verne evidenciou a razão do empobrecimento do continente asiático e conseqüente emigração do seu povo . Sem floresta, o solo desnudado e exaurido, pedras onde existiram searas, clima alterado, desfeito o regime das águas, ora diminuídas ou quase extintas, ventos desordenados ou imprevistos, enchentes destruidoras, enfermidades que sucedem ao desaparecimento das matas, os seus habitantes e a sua fauna foram emigrando ou se extinguindo. Os que emigraram encheram o território europeu, então coberto de florestas, de rios transbordando humo, em um ambiente climático suave e acolhedor. Mas, senhores deputados, o desdobrar dos anos e a inconsciência das devastações das matas foram exaurindo, estiolando, esgotando a nova terra, numa. extinção vagarosa mas fatal de sua vitalidade. E os povos em busca da vida e da fartura encaminharam-se para os vales dadivosos da América, com os mesmos hábitos e amesma ferocidade destruidora das florestas. E a América está sofrendo .... E mais se agravarão seus padecimentos se nos conservarmos inertes ao imperativo de sobrevivência da vitalidade do seu solo. Depois de um longo período de indiferença, os Estados Unidos reagiram, lutando tenazmente pelo reflorestamento, sendo que, hoje em dia, o crescimento de novas essências quase que é igual ao corte de suas madeiras. De 1909 a 1918 o esgotamento das florestas daquele país do Norte - diante do crescimento de menos de duzentos milhões de metros cúbicos - andava por mais de setecentos milhões! De 1925 a 1929, o esgotamento caía a pouco mais de quatrocentos mi- CONTRIB 480 BOLETIM GEOGRAFICO lhões de metros cúbicos e o crescimento ia para cêrca de duzentos e cinqüenta milhões; em 1936 o crescimento subia para mais de trezentos milhões, o esgotamento chegava a poucos milhões mais, e em 1944 esgotamento e crescimento se aproximavam. É que os Estados Unidos, no zêlo às suas florestas, à conservação das suas águas, do seu clima, e, enfim, da defesa do seu território, diminuíram a extração de suas madeiras, embora o consumo delas aumentasse, suprido pela importação e providências saneadoras defensivas, permitindo que se fizesse apenas a derrubada na proporção do reflorestamento e da recuperação natural, tendo em vista ainda os incêndios e as devastações de doenças, insetos e outras causas. Aqui trago um gráfico* que mostra o trabalho de recuperação do solo estadunidense. Foi elaborado pelo Sr. William Alfredo Maya, ilustre chefe da Divisão de Cadastro e Estatística do Instituto Nacional do Pinho - após uma excursão realizada a vários países do mundo, em estudo dos mercados madeireiros. Pedi-lhe, por ocasião da sua partida para o Congresso Internacional de Estatística, em Nova Delhi, na índia, que ao passar pelos países madeireiros co-, lhesse, quanto possível, a legislação e as conclusões de estudos sôbre reflorestamento. A devastação das nossas terras já me vinha preocupando profundamente. Várias consultas andei fazendo e cheguei até a recorrer à velha experiência do ilustrado agrônomo, Sr. William Coelho de Sousa, para um anteprojeto de defesa das nossas florestas e, conseqüentemente, também, de salutar influência sôbre o clima, a higiene pública e a produção. Eis que o chefe da Divisão de Cadastro e Estatística do Instituto Nacional do Pinho, além do bom desempenho de sua missão de estudos do comércio madeireiro, enriqueceu o seu esplêndido relatório - digno de ser di'\fulgado amplamente no país - com observações impressionantes sôbre a devastação das florestas e sua recuperação artificial. O trabalho notável de reflorestamento que se realiza no Japão: em 1946 o plantio somava cêrca de cem mil hectares; e até 1948, ascendeu mais cinqüenta mil hectares. Entretanto, dêste último ano até 1950, o aumento foi mais expressivo, subindo a mais de trezentos mil hectares. Impulsionado por um espírito argutamente pesquisador, o nosso compatrício visitou, em companhia de altos funcionários do govêrno jaoonês, as florestas e os viveiros de Kyushu. Há quatrocentos anos, os nipônicos reflorestam as suas terras e só durante a guerra, a derrubada excedeu três vêzes mais. O mal cessou e hoje, aquêle país é um exemplo de atividade na recuperação florestal. O Japão é dividido em seis regiões florestais e estas, por sua vez, divididas em quarenta e cinco prefeituras, que são subdivididas em distritos, com várias administrações. Os japonêses só cortam árvores que tenham concluído determinado ciclo biológico, e o fazem por meio de pessoal, autorizado pelo govêrno, que tem ainda a incumbência de efetuar a sua venda por preços razoáveis aos serradores e fábricas de beneficiamento. As prefeituras florestais estudam: a) a geologia do terreno; b) os dados climáticos da região; c) os tipos de florestas e ervas daninhas; e) as precipitações pluviais; f) adaptação de cada espécie a cada zona, de acôrdo com as condições ecológicas. Nas Filipinas as reservas florestais, que pertencem na quase totalidade ao govêrno, são exploradas com um limite autorizaqo por lei, de 1,5% da reserva existente, mas nem êsse limite é atingido. A licença estabelece quais as árvores a serem abatidas, agrupando-as por diâmetros e essências. O mínimo do diâmetro é de 12 polegadas. Com essa medida oficial, aquela República e~tá executando ato de defesa das suas terras, e do bem-estar das gerações futuras. No ano passado, houve na Austrália uma Conferência que recomendou o inventário dos recursos florestais e do seu potencial de crescimento. Desde aí, uma política nacional florestal, considerada urgente, vem sendo estudada. Há em todos os países um movimento de alto interêsse quanto à conservação das florestas . · Em Cuba existe uma série de leis protetoras e incentivadoras da produção florestal, entre as quais a que se refere ao corte da madeira conhecida pelo nome de "yana", que é considerada de grande utilidade para a fabricação do carvão, como outras que regulam a preservação dos mananciais e das reservas florestais. * í:ste gráfico juntamente com o trabalho do Sr. o número 118 dêste Boletim. WILLIAM ALFREDO MAIA será publicado em Há ali proibição absoluta ci e o reflorestamento obriga Nos dias correntes a t ninguém mais contesta. A Coelho Neto, escritor memória, em defesa da fl< ção, evocou o passado dos suas matas. O seu discurs< nações, embaladas por bel n~ fartura a que ficaram vasta solidão! Do alto do Monte Sina nhou o seu povo, que vive em fartura, solo fertilíssin gais~ centeio a terra de tória contemporânea - e ser terra morta, desoladOJ pedra, chão calcinado, um~ Assim mesmo, o que ven se revigora, na recuperaçã1 É o exemplo salvador; povos e da fauna em gera O reflorestamento é a Felix Regnault, citado históricas que a devastaÇã< catástrofes decorrentes. I observara que nas regiões sujeitas a enchentes viole11 neca, Leonardo da Vinci, t arrolar, do passado longín1 mesmo protesto contra as A Grécia, no seu temPj quanto os seus deuses hab gens dos rios, a velha e gl as notestades foram aban< sêcÕ e pobre. Roma de fel florestas . As leis afrouxa1 devastação. . . e o perecim E Melo Nogueira, no , Nacional do Pinho, revive dados históricos com que nara os seus compatrícios vastação das florestas é ~ vou fazer: "A Arábia, hoje florestas. Argélia, Tunísia! assim como intensa fertil Assíria, havia luxuriantes de Cristo. Hoje. desertos. nha, que, em 1680, depois miséria, que reduziram a 5 foram rios caudalosos e n Há, entretanto, a anil dá ... " e o reflorestamento tência humana. E daí sab sáfara, após o reflorestan chuvas apareceram, a ver< E Coelho Neto. no seu "De que modo havemos de do?" E responde: "Resti t1 pergunta e responde: "pela descreve a Numídia como adusta, onde a vida era u1 CONTRIBUIÇÃO a para cêrca de duzentos e cinqüenta a mais de trezentos milhões, o esgotaem 1944 esgotamento e crescimento se o zêlo às suas florestas, à conservação defesa do seu território, diminuíram a tsumo delas aumentasse, suprido pela ~nsivas, permitindo que se fizesse ape~mento e da recuperação natural, tendo es de doenças, insetos e outras causas. t'abalho de recuperação do solo estaduLlfredo Maya, ilustre chefe da Divisão iional do Pinho - após uma excursão iudo dos mercados madeireiros. ara o Congresso Internacional de Eso passar pelos países madeireiros co- , onclusões de estudos sôbre reflorestame vinha preocupando profundamenuei até a recorrer à velha experiência o de Sousa, para um anteprojeto de mente, também, de salutar influência !ão. Eis que o chefe da Divisão de Calo Pinho, além do bom desempenho de teiro, enriqueceu o seu esplêndido re1e nte no país - com observações im·tas e sua recuperação artificial. que se realiza no Japão: em 1946 o e até 1948, ascendeu mais cinqüenta té 1950, o aumento foi mais expressis. 'e nte pesquisador, o nosso compatrício os do govêrno japonês, as florestas e 1orestam as suas terras e só durante ~is. O mal cessou e hoje, aquêle país é florestal. O Jaoão é dividido em seis idas em quarenta e cinco prefeituras, rias administrações. Os j aponêses só iminado ciclo biológico, e o fazem por [ue tem ainda a incumbência de eferradores e fábricas de beneficiamento. geologia do terreno; b) os dados clie ervas daninhas; e) as precipitações da zona, de acôrdo com as condições te pertencem na quase totalidade ao ttorizado por lei, de 1,5% da reserva A licença estabelece quais as árvores ros e essências. O mínimo do diâmeial, aquela República está executando ar das gerações futuras. 1a Conferência que recomendou o inencial de crescimento. Desde aí, uma ente, vem sendo estudada. e alto interêsse quanto à conservação 1e toras e incentivadoras da produção orte da madeira conhecida pelo nome ~ilidade para a fabricação do carvão, mananciais e das reservas florestais. Ir. WILLIAM ALFREDO MAIA será publicado em A CI~NCIA GEOGRAFICA 481 Há ali proibição absoluta de cortes nos montes altos do Estado ou de particulares e o reflorestamento obrigatório às margens dos rios. Nos dias correntes a utilidade das florestas é um axioma, uma verdade que ninguém mais contesta. A História está aí a nos transmitir a lição dos tempos. Coelho Neto, escritor que o Brasil reverencia, num constante preito à sua memória, em defesa da floresta, nesta Casa do Parlamento, em memorável oração, evocou o passado dos outros povos que desapareceram com a extinção das suas matas. O seu discurso é de 1911, guardando um vigor de atualidade. Velhas nações, embaladas por berços férteis, alastradas de searas magníficas, vivendo n~ fartura a que ficaram reduzidas com a derrubada das matas? Terra estéril, vasta solidão! Do alto do Monte Sinai, Moisés vê a Terra da Promissão para onde encaminhou o seu povo, que viveu, no tempo de Davi, em meio de fontes, rios e lagos, em fartura, solo fertilíssimo que se encobria de palmeiras, oliveiras, vinhas, trigais~ centeio a terra de Canaã! Com a morte das florestas, relata-nos a história contemporânea - e Lamartine observa - a Terra da Promissão passou a ser terra morta, desoladora pobreza, rios de águas barrentas, escassas. . . tudo pedra, chão calcinado, uma e outra árvore retorcida como fantasma do passado. Assim mesmo, o que vemos? Sob a reconquista do povo de Israel a velha terra se revigora, na recuperação inteligente do chão árido. É o exemplo salvador; é a luta da sobrevivência dos países, das regiões, dos povos e da fauna em geral. O reflorestamento é a ressurreição! Felix Regnault, citado por Melo Noguéira, procurou provar com informações históricas que a devastaÇão das florestas é a causa da decadência dos povos, pelas catástrofes decorrentes. Demócrito, filósofo que viveu séculos antes de Cristo, observara que nas regiões cobertas· de matas as águas não diminuíram, nem eram sujeitas a enchentes violentas. Combateram derrubadas de matas, Teofrates, Séneca, Leonardo da Vinci, nomes ilustres que os séculos conservam. E poderíamos arrolar, do passado longínquo até o presente, os mais renomados cientistas, num mesmo protesto contra as devastações florestais. A Grécia, no seu tempo áureo, defendeu as suas florestas com a religião e enquanto os seus deuses habitavam os espessos bosques, as suas florestas, as margens dos rios, a velha e gloriosa Hélade rôra terra feliz e dadivosa. Mas quando ' as potestades foram abandonadas ela caiu em decadência, tornando-se um chão sêco e pobre. Roma defendeu-se com a lei, integrando no domínio público as florestas. As leis afrouxaram e a decadência dominou e o homem inaugurou a devastação. . . e o perecimento das regiões ferazes. E Melo Nogueira, no Anuário Brasileiro de Economia Florestal do Instituto Nacional do Pinho, revive em síntese, como êle próprio o diz, os argumentos e dados históricos com que Félix Régnault, através de revista francesa, impressionara os seus compatrícios, há muitas décadas, na demonstração de que a devastação das florestas é a decadência. E são dessa publicação as citações que vou fazer: "A Arábia, hoje um vasto deserto foi terra boa e produtiva, com rios e florestas. Argélia, Tunísia, Pérsia, já tiveram grandes florestas e muitas águas, assim como intensa fertilidade. E hoje? Perto de Nínive, a antiga capital da Assíria, havia luxuriantes florestas onde se caçavam elefantes, 17 séculos antes de Cristo. Hoje. desertos. Sardenha foi rica em florestas, assim como a Espanha, que, em 1680, depois de devastada furiosamente, teve a sua era de fome e miséria, que reduziram a 50% a população de Madri. Os rios Ebro e Guadalquivir foram rios caudalosos e navegáveis ... " Há, entretanto, a animar aos que hoje vivem, a certeza de que "plantando dá ... " e o reflorestamento, uma contingência de legítima defesa da própria existência humana. E daí saber-se que n,a ilha de Santa Helena, considerada inútil, sáfara, após o reflorestamento talvez iniciado com o cativeiro de Na~leão, as chuvas apareceram, a verdura cobriu o solo. E Coelho Neto. no seu memorável discurso em defesa das florestas, indaga: "De que modo havemos de reparar o mal feito, redimindo-nos da culpa do passado?" E responde: "Restituindo à terra o que lhe usurpamos". - "Como?" pergunta e responde: "pelo replantio". E justifica: "Salústio na Guerra de Jugurta descreve a Numídia como uma região sáfara, calcinada de sóis, dessombrada, adusta, onde a vida era um suplício, tanto para o homem, como para os animais. 482 BOLETIM GEOGRAFICO CONTRIBU / "Os romanos chegando a tal caminho resolveram torná-lo suportável e como bons conhecedores das leis agrárias, logo despindo armas, entregaram-se a~ trabalho arval, plantando no vasto campo arenoso milhares de oliveiras". E prossegue: "A árvore de Palas tornou o páramo em hôrto, fêz do deserto um eito aceitoso e águas logo abrolharam, refrescando a antiga adustão e onde reinava o silêncio triste ressoaram gorgeios, responderam vozes de animais sociáveis houve flores e frutos e cresceram cidades". · ' Mas os árabes passaram a rédeas sôltas e as oliveiras morreram sob as patas dos ginetes árdegos: "as ruínas das cidades remem oram melancàlicamente um fastígio efêmero". É ainda do manancial do grande escritor brasileiro que retiro o trecho da lav:ct de José Bonifácio, o Patriarca, da "Memória sôbre a Escravatura no Brasil". Diz êle: "As nossas matas, preciosas em madeiras de construção civil e náutica, estão sentlo destruídas pelo machado assassino e pelas chamas devastadoras da ignorância. Os cumes das nossas serras, fonte perene de umidade e fertilidade para as terras baixas, e de circulação elétrica, estão sendo escalvadas pelos ardentes estios do nosso clima. Precisamos conservar como herança sagrada para a nossa posteridade as antigas florestas virgens, que pela sua vastidão e frondosidade, caracterizavam o nosso belo país. A natureza fêz tudo a nosso favor; nós, porém, pouco ou _nada temos feito a favor da natureza. As nossas terras estão êrmas; nossas preciosas matas vão desaparecendo, vítimas do fogo e do machado destruidor, da ignorância e do egoísmo; nossos montes e encostas vão-se escalvando diàriamente e, com o andar do tempo, faltarão as chuvas fecundantes, que favorecem a vegetação e alimentam as nossas fontes e rios, sem o que, nosso belo Brasil, em menos de dois séculos·, ficará reduzido a desertos áridos da Líbia. Virá, então, êsse dia terrível e fatal, em que a ultrajada natu:r:eza se ache vingada de tantos erros cometidos". Palavras do ilustre e imortal Patriarca, numa demonstração de notável amor ao solo pátrio e à nação brasileira, sentindo já em sua época, os prenúncios de uma infelicidade nacional com a derrubada de suas matas. Estamos dentro de um dilema: Reflorestamos o Brasil ou marcharemos para a miséria, para o deserto, para a ruína. E como levantar um dique que v ha amparar as nossas matas das incursões érescentes dos seus derrubadores? Temos um Código Florestal. Se não é excelente encerra medidas urgentes e indispensáveis à defesa das nossas matas. Mas, êsse Código está apenas escrito em folhetos porque o que está em sua essência, no que é urgente, indispensável no que é salvação do regime das nossas águas, do nosso clima, da nossa fertilidade, da nossa própria vida através das futuras gerações, essa parte ninguém cumpriu, ninguém lhe cuida e os morros despem-se de suas matas, as queimadas criminosas se repetem diàriamente, os rios baixam as suas águas, ou transbordam às vêzes em enchentes violentas e arrasadoras, as erosões continuam. · Pobre Pátria essa nossa em que tudo a empurra para o desfiladeiro do mal - a ganância dos homens e a falta de estadistas e de executores de leis e planos que a experiência dos velhos povos aconselha como normas científicas. O Nordeste Brasileiro, onde patrícios nossos se debatem com a miséria e inúmeros males de que a sêca é a causadora, deve levar nosso pensamento a indagar porque é que existe a sêca naquela região? E a história nos responde: terra descoberta com preciosas madeiras, objeto da ganância comercial e da cobiça dos reis que viam nesse comércio a possibilidade de enriquecer o erário da côrte, que reservavam o pau-brasil e outras madeiras até nas doações e forais de capitanias, com pena de degrêdo perpétuo, para a ilha de São Tomé, para os infratores. Os barcos veleiros em grande número singravam o oceano em busca do achado precioso; excursões legítimas e outras, num verdadeiro contrabando, de várias nacionalidades. A verdade é que as florestas daquelas terras do Nordeste, mais próximas do continente europeu, foram sendo devastadas, século após século. Tão grande era o comércio de pau brasil, tal era a atenção do povo de além-mar para o objeto de tão notável procura, que êsse mesmo povo sobrepôs à tradição e ao respeito aos nomes santificados, o índice de sua ganância, passando a denominar a Terra de Santa Cruz. de apenas. Brasil. A devastação das mata~ o descobrimento do Brasil, c No Anuário Brasileiro ci citação que não podemos c Ei-la: "A devastacão das fl< Brasil, já preocup~a v a os h o laeus, o grande cronista de l verno de João Maurício, cone to, cuja primeira edição sail. a exploração das madeiras d nem sôbre a qualidade das árvores conviria cortar, proc tradores do rei da Espanha quintais. Vêem-se os nosso: novinhas, ainda não crescid destruir-se nos germes a es] E aí está a história da ~ outras terras do continent-e O reflorestamento é a nossa empobrecida região. ~ perda. Os exemplos do sul d: e, agora de Israel são ensina Nordeste o que a experiência guer à superfície as águas s1 de reflorestada a região as umidade para transmiti-la à Reinhard Maack, il ustr Conselho Nacional de Econc pela transpiração estomátic~ lhas, forma-se uma atmosfel a transpiração regulada pel~ peratura e pressão atmosféJ cento e cinqüenta anos eli11 correr de cada verão. Um g gramas de água por dia, e < ximadamente um hectare, Pl quantidade de água cobriria metros de espessura. Calcu mente 60% dã chuva caída. atmosfera pela evaporação zonas limítrofes, benefician<i nos próximas". A floresta exerce a fun1 encontra em excesso. em urr seio da terra a água que as uma reguladora da tempera1 fontes e regime dos cursos das águas pluviais que prod bém salutar influência sôbre Mas não é apenas no N devastação florestal impiedo minha infância derrubava _ de Curitiba, cujo nome em J há ninheirais nos arredores sentinelas perdidas numa p. as matas nos arredores daqu ·á guas alterado. Banhei-me hoje mal ali se molha o pé, águas do rio Belém. Além c parte, de Santa Cata.r ina e P dância surpreendente. Em 'J Catarina estabeleceu-se uma Brazil Lumber Col & Co. Inc 1 1 B. G.- 3 R A FICO CONTRIBUIÇÃO resolveram torná-lo suportável e, despindo armas, entregaram-se ao noso milhares de oliveiras". E pros~ hôrto, fêz do deserto um eito aceiantiga adustão e onde reinava o n vozes de animais sociáveis, houve as oliveiras :.aorreram sob as patas rememoram melancàlicamente um brasileiro que retiro o trecho da Ir ia sôbre a Escravatura no Brasil". de construção civil e náutica, estão ~las chamas devastadoras da ignoene de umidade e fertilidade para ,o sendo escalvadas nelos ardentes >mo herança sagradâ para a nossa pela sua vastidão e frondosidade, )Orém, nouco ou _nada temos feito rmas; nossas preciosas matas vão o destruidor, da ignorância e do vando diàriamente e, com o andar favorecem a vegetação e alimeno Brasil, em menos de dois séculos·, à, então, êsse dia terrível e fatal, e tantos erros cometidos". a demonstração de notável amor em sua época, os prenúncios de suas matas. os o Brasil ou marcharemos para !arar as nossas matas das incur- lente encerra medidas urgentes e , êsse Código está apenas escrito to que é urgente, indispensável no nosso clima, da nossa fertilidade, ões, essa parte ninguém cumpriu, s matas, as queimadas criminosas águas, ou transbordam às vêzes continuam. >urra nara o desfiladeiro do mal ; e de -executores de leis e planos mo normas científicas. se debatem com a miséria e inú~var nosso pensamento a indagar bstória nos responde: terra deslncia comercial e da cobiça dos ~nriquecer o erário da côrte, que pas doações e forais de capita~e São Tomé, para os infratores. ~m o oceano em busca do achado ld adeiro contrabando, de várias r:Iuelas terras do Nordeste, mais lrastadas, século após século. era a atenção do povo de alémsse mesmo povo sobrepôs à trace de sua ganância, passando a rasil. A CI~NCIA GEOGRAFICA 483 A devastação das matas do Nordeste foi intensa; tendo começado logo após o descobrimento do Brasil, continuou, pode-se dizer, até os nossos dias. No Anuário Brasileiro de Economia Florestal do I. N. P., encontramos uma citação que não podemos deixar de repetir aqui como refôrço de nossa tese. Ei-la: "A devastação das florestas, que ameaça dos maiores :verigos o futuro do Brasil, já preocupava os homens entendidos de três séculos atrás. Gaspar Barlaeus, o grande cronista de História dos feitos praticados no Brasil durante o go-· verno de João Maurício, conde de Nassau, assim escreveu nesse precioso documento, cuja primeira edição saiu em 1647, em latim: "Creio também que é mal feita a exploração das madeiras do Brasil, pois não se dispõe nada sôbre a quantidade, nem sôbre a qualidade das que se deveriam cortar, quero dizer, quantas e quais árvores conviria cortar, procedendo nós em contrário do que faziam os administradores do rei da Espanha. A êstes não era permitido talhar mais de 10 000 quintais. Vêem-se os nossos derrubar árvores sem lei nem medida, mesmo as novinhas, ainda não crescidas, de sorte que é mister proibir êste comércio, por destruir-se nos germes a esperança de novas árvor~s". E aí está a história da aridez da zona do Nordeste; é a mesma da aridez de outras terras do continente asiático e das ilhas estéreis da Europa. O reflorestamento é a única maneira de fazer voltar a uberdade naquela nossa empobrecida região. Sem reflorestamento tudo que se fizer ali é de pura perda. Os exemplos do sul da África, do deserto de Gobi, da ilha de Santa Helena e, agora de Israel são ensinamentos eloqüentes. Façamos no nosso desventurado Nordeste o que a experiência de outros povos nos sugere, abrindo poços para erguer à superfície as águas subterrâneas para o êxito do reflorestamento. Depois de reflorestada a região as árvores substituem os poços, erguendo do subsolo a umidade para transmiti-la à atmosfera pela transpiração e pela evaporação. Reinhard Maack, ilustre geólogo, em magnífica conferência realizada no Conselho Nacional de Economia, evidenciou, em estudo impressionante - "que pela transpiração estomática das copas, isto é, pela evaporação através das fôlhas, forma-se uma atmosfera saturada de vapor de água que, por sua vez, tem a transpiração regulada pelas variações dos fatôres ambientais, tais como a temperatura e pressão atmosférica. E, continua, "uma árvore de cêrca de cem a cento e cinqüenta anos elimina aproximadamente 9.000 litros de água no decorrer de cada verão. Um grama de fôlhas frescas de faia transpira de 2,5 a S gramas de água por dia, e que com 400 árvores numa determinada área, aproximadamente um hectare, perfaz 3,6 milhões de litros de água transpirada. Esta. quantidade de água cobriria um hectare de terra com uma camada de 30 centímetros de espessura. Calcula:...se que uma floresta desta forma evapora novamente 60% da chuva caída. A quantidade de umidade que as matas devolve!l1 à atmosfera pela evaporação e transpiração é distribuída pelos ventos sôbre as zonas limítrofes, beneficiando, desta maneira, zonas de cultivação mais ou menos próximas". A floresta exerce a função de verdadeiro dreno, absorvendo a ·água que se encontra em excesso, em um terreno e, por outro lado, as raízes vão buscar nQo seio da terra a água que as árvores restituem ao meio ambiente. As matas são• uma reguladora da tem:veratura e têm forte influência sôbre a alimentação das fontes e regime dos cursos d'água. A floresta ainda impede ou atenua a ação das águas pluviais que produzem erosões, evitando as enchentes e exerce também salutar influência sôbre o clima e higiene pública. Mas não é apenas no Nordeste brasileiro que se fazem notar os efeitos da devastação florestal impiedosa, de profunda tristeza para o povo brasileiro. Na minha infância derrubava pinhas dos pinheiros que sombreavam os arredores de Curitiba, cujo nome em língua tupi quer dizer - muito pinhão. E hoje não. há pinheirais nos arredores da capital paranaense, a não ser um ou outro como• sentinelas perdidas numa precipitada fuga de guerreiros vencidos . . E faltando as matas nos arredores daquela cidade, o clima se tem modificado e o regime das. águas alterado. Banhei-me na minha época de escolar nas águas do rio Ivo e hoje mal ali se molha o :r>é, é um filête de água barrenta. Também baixaram as águas do rio Belém. Além do rio Negro que desemboca no Iguaçu, divisor, em parte, de Santa Catarina e Paraná, o pinheiral fechava os espaços em uma abundância surpreendente. Em Três Barras, no município de Canoinhas, em Santa Catarina estabeleceu-se uma grande serraria de norte-americanos- a "Southern Brazil Lumber Cal & Co. Inc.", que ali permaneceu em pleno funcionamento, por B. G.- 3 484 BOLETIM GEOGRAFICO cêrca de 40 anos, numa derrubada de pinheiros que se aprofundou pelo território de um estado e do outro por mais de 60 quilômetros, com montagem de muitas outras serrarias. Numa sindicância através de velhos funcionários daquela companhia, soubemos que cêrca de 5 milhões de pinheiros foram derrubados! E quando se fala em derrubada de 5 milhões de pinheiros devemos nos lembrar que, com os grandes pinheiros, uma infinidade de outros, em crescimento, e muitos arbustos de floresta mista também foram sacrificados pela queda e pela puxada dos velhos troncos. Hoje aquela região é um descampado. As margens do rio Iguaçu, antes ensombradas hoje são ensolaradas. As águas dêste e dos rios afluentes baixaram, prenunciando um futuro pessimista que talvez vá comprometer até as notáveis cachoeiras da Foz do Iguaçu. ~ste triste espetáculo de devastação não é só na zona a que me refiro, é por tôda parte do Brasil. Ilustre cientista que vive no Paraná, já declarou que o grande estado sulino dentro de 50 anos vai importar madeira para suas necessidades, mesmo que se inicie agora o replantio das florestas derrubadas. O Rio Grande do Sul está quase sem florestas; São Paulo também está ficando despido das suas ricas florestas. e vai sofrer as conseqüências dessa mesma imprevidência, embora se esteja ali substituindo as árvores centenárias por esbeltos eucaliptos, que nunca substituirão na sua utilidade e no seu valor as preciosas madeiras que o machado derrubou. Em Minas Gerais o que acontece é uma verdadeira calamidade. Vastas regiões sem uma árvore e rios com águas ainda volumosas, mas águas barrentas que denotam grandes erosões. E que tr.isteza: nenhuma providência acauteladora do regime das águas e do clima para preservar a benéfica influência do solo sôbre os costumes~ o caráter, a energia moral dos habitantes de cada região. É de Reclus o seguinte conceito: "Cada período da vida dos povos corresponde a mudança do meio". Os homens se adaptam aos meios ou reagem, rebelam-se, alterando-os. Se se submetem aos meios empobrecidos, perdem a sua personalidade porque na verdade o solo influi na vida dos seus habitantes. Há, em Minas Gerais, uma poderosa, companhia, a Belga-Mineira, que na altura dêste século ainda tem como base de sua indústria o carvão vegetal e por isto é uma grande devoradora das florestas mineiras. Dizem que esta companhia está reflorestando presentemente, mas não o faz na defesa do estado sacrificado, mas tão somente para que não se veja totalmente privada de lenha para ·suas fornalhas. E poderíamos fazer referência à situação de cada estado brasileiro, evidenciando a marcha acelerada da calamidade nacional provocada pela devastação das nossas florestas. Vou incluir nesta minha oração, que é mais um apêlo aos homens públicos do Brasil, um quadro demonstrativo da situação florestal dos estados brasileiros, trabalho do Sr. William Alfredo Maya, chefe da Divisão de Cadastro e Estatística, do Instituto Nacional do Pinho e que julgo digno de ser divulgado por todos os cantos do país.* ~ste trabalho pode merecer críticas e comentários, é, entretanto, baseado em dados estatísticos colhidos das melhores fontes. Não é nem pode ser de uma exatidão matemática porque em assuntos florestais temos de jogar muito com as observações de · conjunto, nem sempre verdades incontestáveis. · O autor dêsse trabalho foi além das magníficas observações nêle contidas e procurou, num trabalho minucioso, apresentado em outro mapa demonstrativo, (numa bela síntese ) estuda r a forma do reflorestamento nacional, admitindo, _para o necessário equilíbrio entre o corte da madeira e o reflorestamento artificial, o replantio de 50% da área devastada, precisando o número de árvores, por essência com o preço de custo de tal operação e o período de tempo necessário para seu aproveitamento e cumprimento do programa proposto. Verifica-se pelo estudo que revela o mapa em aprêço. que a floresta devastada ,e m 42 anos só po. derá ser restituída, em 50% do seu volume original, num período nunca inferior a 270 anos, se fôr realizada tal récuperação num ritmo de 2 000 quilômetros qua drados anuais. Os Estados Unidos, com todo o poder financeiro que possuem, até agora reflorestaram na razão de 2 000 quilômetros quadrados, por ano, mas para recupe• -O trabalho a que se refere êste trecho será publicado em o número 118 dêste Boletim. co : rar a grande área planos em estudo .P O Brasil, se as tempo, também poc as velhas e precios: período tão longo. O que é indiSJ país. Reflorestar é aniquilamento, é o Temos para nó~ prefeituras municit trito, áreas para fo: no dia da "Festa d caria ~ disnosicão mente ser coloêado Prepararíamos assir repercussão social < dida e observada p cuidados dos seus n Não seria uma Santa Catarina, qu daquela unidade da; - "Art. s.o - Fie~ rias o ensino de ru restas, criando tall) públicas com o pia venientes". A lei citada é d político de alto espí tituto Estadual do mento de cultura d ao "Código Florestal ao Código e ao Inst, · ~sse notável diJ tado que vastas reg merosas serrarias e Mas, dirão os ql É que poderosa corte de pinheiros, : gos pareceres, demo trição ao direito de Aquêle ilustre g tica a que se propm industriais, que são crevo alguns trecho: ". . . Assim vale: cio e da indústria, r impulso de uma init maiores riquezas, at Quero referir-m der as nossas ma ta máticas. Guardo na reti: parte do nosso plan1 está destruindo sem dos pinheirais já se J se lembre de recons As~im não pode libérrimas, só resta para o patriotismo < CONTRIBUIÇAO e aprofundou pelo território , com montagem de muitas t funcionários daquela comforam derrubado&! E quan7emos nos lembrar que, com rescimento, e muitos arbusp, queda e pela puxada dos ns do rio Iguaçu, antes en,os rios afluentes baixaram, lmprometer até as notáveis zona a que me refiro, é por Paraná, já declarou que o madeira para suas necessirestas derrubadas . o Paulo também está ficanwnseqüências dessa mesma irvores centenárias por es!lade e no seu valor as prel-erais o que acontece é uma >re e rios com águas ainda les erosões. E que tr.isteza: zas e do clima para presero caráter, a energia moral te conceito: "Cada período Os homens se adaptam aos 1etem aos meios empobrecisolo influi na vida dos seus , a Belga-Mineira, que na stiia o carvão vegetal e por s. Dizem que esta compa~z na defesa do estado satalmente privada de lenha. a estado brasileiro, evidenprovocada pela devastação que é mais um apêlo aos o da situação florestal dos Maya, chefe da Divisão de 0 e que julgo digno de ser ho pode merecer críticas e icos colhidos das melhores nática porque em assuntos de conjunto, nem sempre bservações nêle contidas e utro mapa demonstrativo, ento nacional, admitindo, e o reflorestamento artifio número de árvores, por ríodo de temno necessário proposto. Verifica-se pelo vastada em 42 anos só ponum período nunca infeitmo de 2 000 quilômetros Ue possuem, até agora reor ano, mas para recupeo número 118 dêste Boletim. A CI:I!:NCIA GEOGRáFICA 485 rar a grande área devastaà.a, seria necessário o período de 120 anos; então os planos em estudo prescrevem o plantio de 4 000 quilômetros quadrados anuais. O Brasil, se as suas possibilidades financeiras o permitirem, com o correr do tempo, também poderá reduzir o período de seu reflorestamento, restabelecendo as velhas e preciosas essências, ou novas que não exijam no seu ciclo biológico,. período tão longo. O que é indispensável é que se inicie urgentemente o reflorestamento no país. Reflorestar é medida de salvação nacional, desmatar, sem reflorestar é o aniquilamento, é o deserto, é a morte. Temos para nós que seria uma obra digna de admiração e alto civismo, se as prefeituras municipais reservassem, dentro dos seus municípios, e em cada distrito, áreas para formação de parques florestais onde os escolares de todo o paie no dia da "Festa da Arvore" plantassem uma muda que o Poder Público colocaria -à disposição da infância estudiosa. l!:sses parques deveriam preferencialmente ser colocados nas cabeceiras e nas margens dos rios e nos lugares altos. Prepararíamos assim, o espírito das futuras gerações para uma das obras de maior repercussão social e humana. A árvore plantada pelo aluno deveria ser defendida e observada pelo próprio aluno no seu crescimento, sob a orientação e os cuidados dos seus mestres. Não seria uma novidade; a lei 1 629, de 4 de outJ.Ibro de 1928, do estado de Santa Catarina, que autorizava a criar florestas protetoras e reservas florestais daquela unidade da Federação, diz o seguinte: - "Art. 8. 0 - Fica o Poder Executivo autorizado a instituir nas escolas primárias o ensino de rudimentos de silvicultura, utilidade e valor econômico das florestas, criando também o "Dia da Arvore", que será comemorado nas escolae públicas com o plantio de árvores úteis e por outros modos que forem convenientes". A lei citada é do tempo em que governou o estado o Sr. Dr. Adolfo Konder, político de alto espírito público que já se havia notabilizado pela criação do Instituto Estadual do Mate, com sede em Joinville, e preocupação do desenvolvimento de cultura do trigo nas terras sob a brilhante gestão. Esta lei precedeu ao "Código Florestal" e à criação do "Instituto Nacional do Pinho" e talvez exceda ao Código e ao Instituto nas medidas acauteladoras da defesa florestal. ·Êsse notável diploma se executado na época em que foi sancionado teria evitado que vastas regiões do estado fôssem criminosamente devastadas pelas numerosas serrarias e outros fatôres de destruição. Mas, dirão os que me ouvem, por que, então, não foi posta em execução a lei? É que poderosa Companhia americana, a "Lumber", a maior interessada no corte de pinheiros, procurou através dos maiores jurisconsultos do país, em longos pareceres, demonstrar a inconstitucionalidade da lei, porque ela era uma restrição ao direito de propriedade e escapava ao estado a faculdade de fazê-lo. Aquêle ilustre governador, impedido na realidade de executar a obra patriótica a que se propunha, passou a fazer veementes apelos aos seus compatrícios e industriais, que são comoventes chamamentos à .'3ua consciência cívica. Transcrevo alguns trechos dêsses apelos. Ei-los: " ... Assim valendo-me da presença aqui dos altos representantes do comércio e da indústria, não me parece fora de-lugar e de propósito lançar o primeiro impulso de uma iniciativa que reputo indispensável para salvar uma das nossas maiores riquezas, ameaçada de ruína eminente, se não se lhe acudir a tempo. Quero referir-me à indústria extrativa da madeira e à necessidade de defender as nossas matas contra a "razzia" das derrubadas desnecessárias e sistemáticas. Guardo na retina o panorama soberbo dos pinheirais que cobrem grandeparte do nosso planalto vastíssimo, fortuna incalculável que o gume do machado está destruindo sem método nem previsão desapiedadamente! Na floresta serrada dos pinheirais já se notam imensos claros e a mata vai fugindo sem que o homem se lembre de reconstruir a riqueza destruída. As~im não pode ser! E, já que o abuso se aninha à sombra das nossas leis libérrimas, só resta aos governos apelar para o bom senso para boa vontade e para o patriotismo dos interessados. 486 · Malditos os criminosos do machado e os que de seus crimes se socorrem! Convertendo em bosque os descampados, reconstituiremos uma riqueza gast~ e, salvando as fontes de estancamento, evitaremos as torturas das sêcas e a aridez do solo infecundo. (Discurso na cidade de Joinville, em 1928). "Impressionou-me sobremodo a incrível e crescente devastação das matas nas regiões percorridas: - "em razzia" louca. o machado e o fogo andam ali a consumir as florestas seculares de pinheiros e imbuia, comprometendo até o regime climático, a riqueza em águas e a uberdade do solo - estanques as fontes, árida a terra e o deserto estender-se em chaga corrosiva . Por isso, lancei, então, a semente de uma iniciativa necessária, no apêlo que fiz para que se cuidasse quanto antes de recompor a gleba, restituindo-lhe a cabeleira verde. Infelizmente as minhas palawas não encontraram o desejado eco e a iniciativa não logrou sucesso. Mas não sou homem de recuar no caminho do meu dever. tornei à carga, assumindo desta vez, em :pessoa, o comando da cruzada bendita .. . Defendendo a floresta contra a sanha do machado e da ulceração do fogo teremos defendido o cabedal coletivo, teremos defendido o futuro de nossa terra e da nossa gente (C9ngresso Madeireiro, em 1928 ) . O presidente do Instituto Nacional do Pinho, Sr. Pedro Sales dos Santos, com quem tenho tido a satisfação de palestrar sôbre o momentoso problema,' deixoume a impressão de um homem de alta compreensão dos seus deveres funcionais, já pelo que pessoalmente vem realizando, já pelo cuidado com que se ten1 cercado de funcionários de alta capacidade e grande eficiência, entre os quais o Sr. Lincoln Néri a quem devo preciosos informes da matéria em aprêço, o I.N .P. exerce incontestàvelmente um grande papel na vida econômica do Brasil. Quero terminar esta minha palestra e êste meu apêlo prestando homenagem àquele Instituto, na pessoa de seu ilustre presidente e na do Sr. William Alfredo Maya, chefe da Divisão de Cadastro e Estatística daquela autarquia e que tem sido o autor espiritual de quase tudo que se tem publicado na imprensa, nesses últimos meses, sôbre o reflorestamento nacional. .Não quero esquecer também a atividade, neste assunto, de ilustres colegas desta Câmara que o têm debatido, com brilho e sabedoria, destacando entre êles os deputados Herbert Levy, Daniel Faraco e Fernando Ferrari . Entregue ao egrégio Conselho Nacional de Economia está a matéria em debate . Aquêle Conselho com a sua alta autoridade e seus notáveis membros, pelo seu saber e pela devoção aos problemas econômicos do Brasil, está reunindo as melhores observações e estudos para sugerir a remessa ao Parlamento oportunamente de um trabalho que possa exaltar a nossa cultura e demonstrar a compreensão brasileira do valor do reflorestamento nacional". ~ • BOLETIM GEOGRAFICO O Serviço Central de Documentação Geográfica do Conselho Nacional de Geografia é completo, compreendendo Biblioteca, Mapoteca, Fototeca e Arquivo Corogrãfico, destinando-se êste à guarda de 4ocumentos como sejam inéditos e artigos de Jornais. Envie ao Conselho qualquer documento que possuir sôbre o território brasileiro. Contribuição ao Ens I) EVOLUÇÃO F 0 estudo dos oceanos pode conhecimentos descritivos, 2 - ; · os dados descritivos são os oceanos e mares. A segunda começou em 1854 com o~ aperfe, por Brookes e a instalaçao de ca meçado a fazer um mapa dos V( norte. A expedição Challenger em Participaram como membros de: chanan e Carpenter. o resultado desta yiagem f< lumes dedicada ao relevo do ful cas dos oceanos. De 1874 a 1876 a expedição I comêço dêste século o nome ~2 berto de Mônaco que -constrmu execução de um mapa geral .do em Paris. Tôdas estas pesqmsru grafia física. As pesqmsas dos foram feitas graças aos trabalht Banyuls e outros. Atualmente o professo_r Jacl de Roscoff. Outro nome lmpOI morreu numa expedição polar. É necessário antes de falar lógica, dizermos algo referente marinho. Desde a mais remota .ant~g com a vida dos fundos ab1ssa1s. existentes na plataforma contl de 11 orgias (onze braças ma transportado pelo Nilo. ~Ill: 18 de investigações oceanografiCa~ rina além de 250 metros. EJ? 1 rino que unia a Sardenha a A profundidade, e encontraram-s rentes desde muito tempo. E~ disposição dos homens de .cu '\Challenger" realizou pesqmsa tivemos oportun.idade ?e falar muito rica e mmto vanada e~t delicados e não são destrmd porque seus órgãos internos es ta: 1 O presente trabalho resultou Geografia Física da Pontifícia Uni cedidas gentilmente pela aluna Ma que de seus crimes se socorrem! onstituiremos uma riqueza gasta, os as torturas das sêcas e a ariJoinville, em 1928). escente devastação das matas nas achado e o fogo andam ali a conmia, comprometendo até o regime ~ do solo - estanques as fontes, ~orrosiva. Por isso, lancei, então, a ue fiz para que se cuidasse quanto cabeleira verde. Infelizmente as eco e a iniciativa não logrou sulho do meu dever, tornei à carga, cruzada bendita ... achado e da ulceração do fogo teefendido o futuro de nossa terra 28). , Sr. Pedro Sales dos Santos, com o momentoso problema,' deixoute ensão dos seus deveres funcioj á pelo cuidado com que se tem ·ande eficiência, entre os quais o da matéria em aprêço, o I.N.P. rida econômica do Brasil. te meu apêlo prestando homee presidente e na do Sr. William ~atística daquela autarquia e que tem publicado na imprensa, nesnal. este assunto, de ilustres colegas abedoria, destacando entre êles nando Ferrari. onomia está a matéria em dee e seus notáveis membros, pelo cos do Brasil, está reunindo as rnessa ao Parlamento oportunaa. cultura e demonstrar a comacionai". i conselho Nacional de Geografia é ~a e Arquivo Corogrâfico, destinanltos e artigos de jornais. Envie ao fritório brasileiro. Con tribuição ao Ensino Oceanografia 1 ANTÔNIO TEIXEIRA GUERRA (Conselho Nacional de Geografia) I) EVOLUÇÃO HISTóRICA DA OCEANOGRAFIA O estudo dos oceanos pode ser dividido em duas etapas: 1 - a fase dos conhecimentos descritivos, 2 - a fase de pesquisas científicas. ·Os dados descritivos são os que dizem respeito à forma e ao tamanho dos oceanos e mares. A segunda fase, das pesquisas científicas podemos dizer que começou em 1854 com os aperfeiçoamentos dos métodos de sondagem realizados por Brookes e a instalação de cabos submarinos. Já em 1850 F. Maury havia começado a fazer um mapa dos ventos e das correntes oceânicas para o Atlântico norte. A expedição Challenger em 1873-1876 viajou por quase todos os oceanos. Participaram como membros desta expedição: Wyville Thomson, J. Murray, Buchanan e Carpenter. O resultado desta viagem foi a publicação de uma obra composta de 50 volumes dedicada ao relêvo do fundo do mar, à vida submarina e às características dos oceanos. De 1874 a 1876 a expedição de Tuscarori foi realizada no oceano Pacífico. No comêço dêste século o nome mais importante da oceanografia é do príncipe Alberto de Mônaco que construiu o Museu Oceanográfico em Mônaco, realizou a execução de um mapa geral dos oceanos e instalou o Instituto de Oceanografia em Paris. Tôdas estas pesquisas visavam, principalmente, ao campo da oceanografia física. As pesquisas dos sêres biológicos existentes nos oceanos e mares foram feitas graças aos trabalhos de Lacaze Duthiers nos laboratórios de Roscoff, Banyuls e outros. Atualmente o professor Jacques Bourcart é quem está dirigindo o laboratório de Roscoff. Outro nome importante na oceanografia é o de Jean Charcot que morreu numa expedição polar. É necessário antes de falarmos dos conhecimentos atuais, e da parte morfológica, dizermos algo referente à evolução dos conhecimentos biológicos do fundo marinho. Desde a mais remota antiguidade encontramos os pesquisadores preocupados com a vida dos fundos abissais. Já Heródoto de Halicarnaso falava dos depósitos existentes na plataforma continental na foz do Nilo, pois fizera uma sondagem de 11 orgias (onze braças mais ou menos) e havia encontrado limo que era transportado pelo Nilo. Em 1841 o naturalista inglês Forbes nos seus trabalhos de investigações oceanográficas do mar Egeu concluiu que não havia vida submarina além de 250 metros. Em 1861 houve uma quebra do cabo telegráfico submarino que unia a Sardenha à Argélia. E isto ocorreu a cêrca de 2 000 metros de profundidade, e encontraram-se, incrustados, organismos vivos que estavam aderentes desde muito tempo. Em 1873 a Inglaterra colocou o navio "Challenger" à disposição dos homens de ciência, seguindo-se a França e outras nações. O ~~challenger" realizou pesquisas muito importantes para a oceanografia, como já tivemos oportunidade de falar. Hoje está comprovado que a fauna submarina é muito rica e muito variada entre 1 000 e 5 000 metros. Êsses organismos são muito delicados e não são destruídos pelas grandes pressões abissais, simplesmente porque seus órgãos internos estão adaptados à pressão exterior. A quantidade de 1 O presente trabalho resultou da atualização das notas de aulas ministradas na cadeira de Geografia Fisica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em outubro de 1950. cedidas gentilmente pela aluna Maria Madalena Vieira Pinto, a quem o autor agradece. 488 BOLETIM GEOGRAFICO gases dissolvidos é a mesma que na superfície e a respiração dos organismos na profundezas do mar se faz como os que vivem na parte superficial. A, presença da vi,~ a nos fundos marinhos é uma prova da circulaçã~ aérea atraves das massas _d agua, que se comportam como um corpo poroso. Na região da plataforma continental 2 vamos encontrar a vida mais ativa das algas e dos peixes. Na batial ela irá ser reduzida e na abissal onde não há luz não há plantas, e os peixes são luminosos e carnívoros. ' !I) DEFINIÇAO E DIVISAO co As águas oceânicas cobr S71 000 000 de quilômetros q tratarmos da distribuição dl geológicas, isto é, considera no espaço (área geográfica) A elucidação. dêstes p1 teorias de A. Wegener e E. f e pontes continentais, respe A teoria de Wegener tev gráfica, que todo mundo fa2 oriental do Brasil e a parte recem encaixar-se perfeita: geofísico partiu para estabE argumentos científicos de c geofísica. Em breves têrmos pode bilidade dos blocos de sial ' dos mesmos e o aparecimer somente após o mesozóico, c a rutura do bloco afro-brasi: mado de Gondwana. Enqt surgiu no fim do terciário e O Prof. Claude Franci~ Wegener e à fragmentaçã< origem, constituíam um só sôbre êste único bloco cont' tiraram nara de novo o reei fizeram sentir no continen munhos dessas posições suc1 1 A oceanografia ou hidrografia marinha em sentido amplo é o estudo dos oceanos. No dizer de P. Fourmarier: o domínio desta parte da ciência pode ser tratada de modo amplo ou restrito. É desejável ao oceanógrafo ocupar-se unicamente da massa líquida; mas poderá também interessar-se pela forma e origem das bacias ou depressões da superfície do globo onde estas águas aparecem e a construção dos depósitos que cobrem o fundo". s ' A oceanografia é dividida em duas partes: 1 oceanografia física, 2) oceanografia biológica. A oceanografia física é o estudo das águas marinhas, isto é, composição, tem- peratura, densidade, deslocamento das massas aquosas, profundidades e formas topográficas; enquanto a oceanografia biológica é o estudo dos sêres vivos que povoam as águas dos mares. O Prof. Claude Francis-Boeuf disse a êste propósito que: geralmente se tem o hábito de distinguir duas disciplinas diferentes em oceanografia: oceanografia biológica, ciência que se ocupa essencialmente da vida nos oceanos, e oceanografia física que se interessa pelo meio físico que é a água do mar. Na realidade a oceanografia física grupa igualmente por extensão, as pesquisas de ordem química e de ordem geológica".' E mais adiante o mesmo autor diz: "à medida que os diferentes ramos da oceanografia progridem, sentimos que é difícil, e mesmo muito arbitrário separarmos uns dos outros. As interações entre o meio físico-químico que constitui a água do mar, a vida que pulula no seu seio, e os sedimentos que se depositam no fundo são múltiplos e variados". • Na França o Prof. Jacques Bourcart, diretor do Laboratório de Geologia Submarina da Escola de Altos Estudos de Paris, está orientando uma grande turma de pesquisadores no que diz respeito ao ·estudo das formas do relêvo submarino,. o que implica no conhecimento da natureza das rochas, ou melhor dos depósitos,. e também do processo genético-evolutivo dessas formas. III) CARACTERES DAS AGUAS OCEANICAS a) Origem dos oceanos e suas águas Para compreendermos com exatidão o problema da origem das águas oceânicas e também das águas continentais devemos rememorar, a velha e discutida hipótese de Laplace. Pois considerando a terra como u'a nebulosa destacada do sol, estaria por conseguinte em sua origem no estado incandescente. Pouco a pouco se foi operando o resfriamento superficial desta nebulosa e num momento crítico, quando a temperatura estava suficientemente baixa e as pressões adequadas, a grande quantidade de vapor d'água que formava uma camada em redor do que é hoje a terra, imediatamente se condensou. O Prof. Claude Francis Boeuf a propósito desta explicação que demos acima, formula duas interessantes perguntas, cujas respostas ainda não puderam ser dadas pela ciência: 1 - A condensação do vapor d'água se teria efetuado de uma só vez? 2 - Tôda a superfície da área terrestre foi então submergida? Poderíamos em continuação passar a estudar a origem dos sais da água do mar, todavia reservaremos êste assunto para o tópico seguinte, quando passaremos a considerar sua composição química. Pedro S. Cabral "Fondos Marinos" in: GAEA, tomo VI, pp. 23 a 30, Buenos Aires, 1938 .. P. Fourmarier Princíples de géologie (P. 1 201). Claude Francis Boeuf Les Oceans (P. 19). Claude Francis Boeuf Les Oceans (P. 20). As águas dos oceanos Bourcart: "as águas do m minerais comuns em propl de água do mar possuem ~ dos seguintes corpos simpl Cloro ..... . Sódio Magnésio .. Enxôfre Cálcio .... . Potássio .. . Cromo .... . Iôdo ...... . Ferro Ouro Zinco Rádio e o Dr. Betim Pais Leme a costa, salientou que: "É necessál rante o deslocamento, sofreu u l zontal, à supressão duma área assim se exprimiu o autor: "1 do Sul oriental, observada desd1 torção da América do Sul. 2 - O estudo tectônico, e ~ absolutamente contrários à teOJJ 3 - As comparações geológi "Esbôço dos conhecimentos Boletim Geográfico, ano VII, n. 0 T Claude Francis Boeuf Les a Jacques Boucart Oceano!}. eumentation Universitaire. Pari D CONTRIBUIÇÃO spiração dos organismos na fe superficial. prova da circulaçã~ aérea lm corpo poroso. Na região mais ativa das algas e dos e não há luz, não há plan- ~ ido amplo é o estudo dos parte da ciência pode ser anógrafo ocupar-se unicaar-se pela forma e origem estas águas aparecem, e a ~ografia física, 2) ocea- s, isto é, composição, tem- ' profundidades e formas studo dos sêres vivos que 1euf disse a êste propósito lisciplinas diferentes em ocupa essencialmente da pelo meio físico que é a igualmente por extensão, E mais adiante o mesmo nografia progridem, sen, uns dos outros. As intelo mar, a vida que pulula lo múltiplos e variados". •· ratório de Geologia Subando uma grande turma ws do relêvo submarino,. ou melhor dos depósitos,. LNICAS ttas origem das águas oceârar, a velha e discutida nebulosa destacada do ncandescen te. Pouco a pulosa e num momento a e as pressões adequauma camada em redor > Prof. Claude Francis :tula duas interessantes ~la ciência: 1 - A con1 2 - Tôda a superfície m dos sais da água do tte, quando passaremos a 30, Buenos Aires, 1938 .. AO ENSINO 489 As águas oceânicas cobrem 3/4 parte da superfície do globo, ou seja ....... . S71 000 000 de quilômetros quadrados, o que equivale a 71% de sua área. Mas, ao tratarmos da distribuição das terras e dos mares no decorrer das diferentes eras geológicas, isto é, considerando a repartição das mesmas no tempo geológico, e no espaço {área geográfica), sabemos que os contornos têm variado muito. A elucidação. dêstes problemas paleogeográficos nos é dada pelas velhas teorias de A. Wegener e E. Suess, quais sejam: gêneses dos continentes e oceanos e pontes continentais, respectivamnte. A teoria de Wegener teve sua origem baseada numa observação de ordem geográfica, que todo mundo faz ao olhar num planisfério: o recortamento do litoral oriental do Brasil e a parte oeste do continente africano, que à primeira vista parecem encaixar-se perfeitamente.~~ E desta simples verificação é que o célebre geofísico partiu para estabelecer tôda a sua bela teoria, trazendo, porém, vários argumentos científicos de ordem geológica, biológica, climatológica, geodésica e geofísica. Em breves têrmos podemos dizer que a teoria de Wegener se baseia na mobilidade dos blocos de sial boiando sôbre o sima, daí a existência da translação dos mesmos e o aparecimento de oceanos, como é o caso do Atlântico sul. Aliás somente após o mesozóico, ou mais exatamente no período cretássico é que se deu a rutura do bloco afro-brasileiro que fazia parte do antigo continente austral chamado de Gondwana. Enquanto a parte setentrional, isto é, o Atlântico norte surgiu no fim do terciário e no início do quaternário. O Prof. Claude Francis-Boeuf ao tratar do assunto referente à hipótese de Wegener e à fragmentação dos continentes disse que: "os continentes na sua origem, constituíam um só bloco, e, mares e oceanos eram contínuos. Contudo, sôbre êste único bloco continental, os oceanos efetuaram incursões, depois se retiraram para de novo o recobrir; o que significa que transgressões e regressões se fizeram sentir no continente, pois os terrenos sedimentares marinhos são teste, munhos dessas posições sucessivas das linhas de costa". 7 b) Composigão química As águas dos oceanos são carregadas de sais e no dizer do Prof. Jacques Bourcart: "as águas do mar contêm em solução todos ou quase todos os sais minerais comuns em proporções muito variadas".8 De modo geral 1000 gramas de água do mar possuem 36 gramas de sais que são resultantes da combinação d.os seguintes corpos simples: Cloro ......................... . 19,93 gr Sódio ........................ . 11,055 gr Magnésio ..................... . 1,353 gr Enxôfre ...................... . 0,908 gr Cálcio ........................ . 0,432 gr Potássio ...................... . 0,399 gr Cromo ........................ . 0,07 gr Iôdo .......................... . 0,005 gr Ferro ........................ . 0,0002 gr Ouro ......................... . 0,000012 gr Zinco ...... ..................... . 0,000001 gr Rádio ......................... . 0,000000000014 gr 6 o Dr. Betim Pais Leme ao tecer comentários a respeito da morfologia das duas linhas de costa, salientou que: "É necessário admitir que se o contacto foi perfeito, a América do Sul, durante o deslocamento, sofreu uma deformação (uma torção) correspondente, em projeção horizontal, à supressão duma área triangular assaz ·considerável" (p. 613). E, nas suas conclusões assim se exprimiu o autor: "1 - A identidade morfológica entre a Africa ocidental e a América do Sul oriental, observada desde Bacon, na aparência perfeita, exige entretanto uma verdadeira torção da América do Sul. · 2 - o estudo tectônico, especialmente os dobramentos huronianos apresentam resultados a.bsolutamente contrários à teoria . 3 - As comparações geológicas são extremamente imperfeitas" (p. 622). "Esbôço dos conhecimentos geológicos referentes ao Brasil" Trad. de Alfredo J. P. Domingues. ~ Boletim Geográfico, ano VII, n. 0 78, pp. 610 a 622 - p. 613). 7 Claude Francis Boeuf Les Oceans (p. 29). s Jacques Boucart Oceanographie (Introduction à la Geologie), 89 páginas, Centre de Documentation Universitaire. Paris 1952. BOLETIM GEOGRAFICO 490 Dêsses 36 gramas, cêrca de 31 são de cloreto de sódio, e as 5 restantes formadas por um número considerável de sais de metais muito diversos. Do estudo dos sais dissolvidos nas águas dos oceanos ainda não se conhece bem o "estado dos minerais", e também se desconhecem as reações moleculares que permitem à vida orgânica assimilar em quantidades infinitesimais para a sua subsistência e para a formação da parte sólida do seu invólucro. As análises das águas indicam a existência de cálcio, magnésio, ácido carbônico, ácido sulfúrico, etc. No entanto nada sabemos se êste magnésio está sob a forma de sulfatos, ou de carbonatos. 9 IV) REPARTIÇÃO GEOGRAFICA DOS OCEANOS E MARES Os oceanos podem ser definidos como uma superfície de águas salgadas onde dominam as regiões profundas, isto é, pelágica e abissal. Estas águas oceânicas são limitadas pelos continentes. É comum dividirmos as massas oceânicas da seguinte maneira: 1 - Oceano Pacífico - 145 milhões de quilômetros quadrados 2 - Oceano Atlântico- 80 milhões de quilômetros quadrados 3 - Oceano indico - 60 milhões de quilômetros quadrados I?o ponto de vista geográfico nada existe autorizando semelhante divisão. Os oceanos formam massas contínuas sem nenhum limite que os definam. Oceano Pacífico - A forma do oceano Pacífico é elíptica sendo limitado a leste pelas Américas e a oeste pela Asia e Austrália. Uma característica do oceano Pacífico é a existência de grande número de ilhas. A dissimetria do relêvo é extremamente importante no oceano Pacífico. Próximo ao litoral do Chile nós encontramos 2 fossas: Arica e Copiapó junto da cordilheira dos Andes. A primeira com 6 867 metros de profundidade e a segunda com 7 635. A mais profunda das fossas do Pacífico é a de Mindana u, nas Filipina_s, com 11 682 metros. A profundidade média do oceano Pacjfico é. de 4 000 metros. Oceano Atlântico - sua forma é a de um S - tendo ào norte a soleira de Wyville Thomson que é tomada como limite das águas do Atlântico para as águas do oceano Glacial Artico. Esta soleira10 passa ao norte da Islândia tendo a direção mais ou menos este-oeste. O relêvo submarino do Atlântico é muito importante e quando observamos a topografia submersa temos a existência de um grande maciço a tlân ti co chamado soleira Mediana e que pode ser dividida em cadeia Norte Atlântica e cadeia Sul Atlântica. Os picos da soleira constituem ilhas, ex.: a dos Açôres, São Paulo e São Pedro, Ascensão e Tristão da Cunha. No hemisfério norte a plataforma continental do oceano Atlântico é muito desenvolvida. A soleira. Mediana divide o oceano Atlântico em várias bacias: 1 -Norte Americana a) Canárias 2 - Euro-Africana { b) Cabo Verde 3 - Brasileira 4 - Argentina a) 1 da Guiné 5 - Africana {. b) Angola C) Cabo A profundidade média do oceano Atlântico é de 3 300 metros. A fossa mais profunda é a das Virgens com 8 ~26 metros. A importância do oceano Atlântico do ponto de vista da navegação .é superior a de todos os outros. Constantemente está sendo cruzada pelos navios que fazem ligação da Europa com as Américas. Os normandos foram os primeiros a cruzar o oceano Atlântico sendo seguidos nesta aventura pelos portuguêses e espanhóis, no início da Idade Moderna. 9 10 Pedro S. Cabral "Fondos Marinos" pp. 23 a 30 in GAEA, tomo VI, 1938, Buenos Aires. "Soleira": podemos defini-la como um enrugamento no fundo oceânico. oceano indico - . sendo fechado a~ nort indico está na faixa tr do oceano indico. oceanos Glaciais - de vista morfoló.g~co 14 milhões de qmlome1 tros ao norte da ilha d 0 oceano Glacial com os outros o~eanc mente desconhecido. fundidades: cêrca de A classificação de O cea grande supe_!fíc da por continen 2 _ predominam as e batiais 3 _ grande semelha e temperatura 4 _ influência cont 1 _ Tipos de mares: borda do con~i~ent~ braços; subdividem· os mares mancJ nos, ex.: Mancha, I os mares golfo: ralmente, um braç México, Okotsk. 2 _Mares me tes e sua ligação C< Mediterrâneo na E plos: Mar Báltico 3 _Mares fe' lagos. Ex.: Mar, 1\ do mar. Mar Cas V) As águas dos dos pequenos lag; movimentos: a) Embora não águas dos oce~nc respeito ao releve no entanto conce vagas- são principalmente 1 águas dos ocea1 vagas: a) man de maré. o efeito abl ' 0 das corren,te__s rinhas importa1 1 FICO CONTRIBUIÇÃO o de sódio, e as 5 restantes foretais muito diversos. s oceanos ainda não se conhece cmhecem as reações moleculares ~idades infinitesimais para a sua o seu invólucro. As análises das ácido carbônico, ácido sulfúrico, ~stá sob a forma de sulfatos, ou AO 491 ENSINO Oceano indico- A forma do oceano indico não é definida geometricamente sendo fechado ao norte e aberto em direção sul. A quase totalidade do oceano indico está na faixa tropical. A fossa de Java com 7 450 metros é a mais prófunda do oceano indico. Oceanos Glaciais - O oceano Glacial Ártico, é quase desconhecido do ponto de vista morfológico e de suas características biológicas. Sua superfície é de 14 milhões de quilômetros quadrados, e a sua maior profundidade é de 5 400 metros ao norte da ilha de Wrangel. O oceano Glacial Antártico, situado no pólo sul, suas águas se interpenetram com os outros oceanos não !)ossuindo limites definidos. Seu relêvo é inteiramente desconhecido. Ao sul da África é que vamos encontrar as maiores profundidades: cêrca de 5 000 metros. OCEANOS E MARES perfície de águas salgadas onde abissal. Estas águas oceânicas nos as massas oceânicas da se- A classificação dos mares e suas diferenciações em relação com os oceanos: b.etros quadrados etros quadrados ~ros quadrados Mares Oceanos 1 - I izando semelhante divisão. Os limite que os definam. co é elíptica sendo limitado a Uma característica do oceano Z34- grande superfície líquida limitada por continentes predominam as regiões pelágicas e batiais grande semelhança na salinidade e temperatura influência continental (pouca) ocupam uma área restrita predominância de plataformas continentais pouco profundas. Ex.: Mar da Mancha. 3 - as características das águas são in di vid ualizadas 4 - grande influência continental 1- 2- ~ante no oceano Pacífico. fossas: Arica e Copiapó junto etros de profundidade e a se1acífico é a de Mindana u, nas . dia do oceano Pac.ífico é de - tendo ào norte a soleira de as do Atlântico para as águas ;e da Islândia tendo a direção tante e quando observamos a de maciço atlântico chamado No r te Atlân ti c a e cadeia Sul L dos Açôres, São Paulo e São io oceano Atlântico é muito ,n tico em várias bacias: ' Tipos de mares: 1 - mares costeiros - são aquêles que estão localizados na borda do continente e cuja ligação com os oceanos é feita por um braço ou vários braços; subdividem:..se: a) mares manchas, b) mares golfos. Os mares manchas são aquêles que possuem 2 ou 3 bôcas ligando com os oceanos, ex.: Mancha, Bering, Norte, Japão. · Os mares golfos são aquêles que possuem uma ligação feita por um braço geralmente, um braço mais apertado e onde aparecem várias ilhas, ex.: Oman, México, Okotsk. 2 - Mares mediterrâneos- são aquêles cujo regime depende dos continentes e sua ligação com o oceano é geralmente estreita. O melhor exemplo é o mar Mediterrâneo na Europa, com os seus auxiliares, Adriático e Negro. Outros exemplos: Mar Báltico e Mar Vermelho. 3 - Mares fechados - são também considerados . por alguns autores como lagos. Ex.: Mar Morto ou lago Asfaltite que está a 394 metros abaixo do nível do mar. Mar Cáspio menos 26 metros e Mar de Aral. V) . 3 300 metros. A fossa mais 'tância do oceano Atlântico os outros. Constantemente 1 Europa com as Américas. o Atlântico sendo seguidos ~io da Idade Moderna. 1om o VI, 1938, Buenos Aires. p.ncto oceânico. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DOS OCEANOS As águas dos oceanos e mares não permanecem paradas, como na maioria dos pequenos lagos. Estas grandes massas d'água estão sujeitas a três tipos de movimentos: a) vagas, b) correntes, c) marés. Embora não pretendamos insistir nestes diferentes tipos de movimentos das águas dos oceanos, uma vez que nossa atenção está mais voltada para o que diz respeito ao relêvo submarino, tópico de que trataremos logo a seguir a êste, vamos no entanto conceituar de modo sucinto cada um dêsses movimentos. Vagas - são as oscilações que aparecem na superfície dos oceanos, produzidas principalmente pelo vento. Assim, são as vagas ou ondas que fazem com que as águas dos oceanos estejam em perpétua agitação. Temos diferentes tipos de vagas: a) marulho, b) vaga forçada ou de vento, c) vagas de fundo ou rás de maré. O efeito abrasivo das vagas sôbre os litorais é bem ·mais importante, do que 0 das correntes marinhas. Aliás até bem pouco tempo se dava às correntes marinhas importância que na realidade não possuem. 1 I co 492 BOLETIM GEOGRAFICO A corrente marinha é um verdadeiro rio de água salgada que se desloca segundo determinadas direções na su:perfície do oceano. A velocidade dessas correntes é pequena. E, nos litorais vemos 1diàriamente o embate das águas, isto é, as ondas, as quais realmente, realizam o trabalho construtivo e destrutivo nos diferentes trechos das costas. Não se deve pensar que no fundo das baías há sempre sedimentação, enquanto que nas pontas ou cabos há erosão. Muitas vêzes estas reentrâncias da costa, isto é, golfos e baías são escavados pela própria erosão seletiva ou diferencial. Assim o que acontece é que sendo as rochas mais tenras no local onde hoje encontramos determinadas baías, a erosão vai desgastar com mais intensidade deixando em proeminência, à semelhança de pontas, as rochas mais duras. Estudando-se as diferentes correntes nos diversos oceanos, vamos observar que umas são quentes e outras são frias. Estas correntes vão ter muitas vêzes grande influência no clima de uma região, como é o caso da corrente do Gôlfo na península Escandinava, ou ainda a corrente fria de Humboldt no litoral do Chile, etc. Além dêsses movimentos devemos salientar o das marés, devidos ao efeito da atração da lua e também do próprio sol (muito secundàriamente) produzindo um entumescimento das águas oceânicas. Os fluxos e refluxos diários se sucedem na razão de dois fluxos de 6 horas cada um e dois refluxos também de igual duração. Todavia, uma série de anomalias podem intervir na duração dêsses fluxos e refluxos. Assim no litoral do Amapá a maré montante, dura de 3 a 4 horas, enquanto a vazante se faz de modo suave em 8 ou mesmo 9 horas. E, há mesmo regiões onde a maré montante e a maré vazante duram 12 horas cada. VD REL~VO SUBMARINO O estudo do fundo dos oceanos é feito por intermédio das sondagens. Uma sondagem completa fornece dados referentes à topografia submarina e à litologia do fundo dos oceanos, isto é, a natureza do depósito localizado no ponto de sondagem. O conhecimento que atualmente possuímos das formas de relêvo submersas só foi possível com o aumento do número de sondagens. Há vários tipos de sondagem sendo uns diretos e outros indiretos. Vejamos primeiramente as sondagens diretas: a) sonda de mão, e b) sonda de máquina. A sondagem de mão - é feita até cêrca de 30 metros de profundidade por meio de um· fio geralmente de cânhamo tendo na parte inferior um pêso. A sonda só pode ser usada até 30 metros. A importância da sonda de mão é grande para a navegação de cabotagem onde os depósitos de lama ou bancos de areia, impedem a fácil circulação dos barcos. A sonda de máquina - pode ser usada de 30 metros até 2 000 metros de profundidade. Os tipos principais são: 1 - Berget, 2 - Lucas, 3 - Alberto de Mônaco. As sondas de máquina são as principais e podem ser usadas até 13 000 metros de profundidade. As sondagens indiretas vieram realmente possibilitar a realização de um número maior de medidas. Entre os principais tipos de sondagem indireta, devemos destacar os seguintes: 1 - Sondas de pressão, 2 - Sondas pelo eco, 3 Ultra-som, 4 - Radar. A sondagem de pressão e a sondagem pelo eco foram aperfeiçoadas por ocasião da 1.a guerra mundial sendo Marti, quem mais trabalhou no aperfeiçoamento da sondagem acústica. Esta sondagem consiste no seguinte: deixa-se explodil" na superfície do oceano uma certa carga de explosivo e imediatamente registra-se o comêço da explosão e espera-se o e.co na superf~cie da água, sendo portanto calculada a profundidade pelo espaço de tempo decorrido entre o início da explosão e o recebimento do eco. A velocidade do som na água do mar, cuja densidade média é de 1 028 é de 1 500 metros por segundo. Com a 2.a guerra mundial novos processos de sondagem foram desenvolvidos como do ultra-som e o radar. O resultado da sondagem é a determinação de pon- tos cotados, isto é, pontos q diversos pontos determinado~ Chama-se isóbata a linh tado final das diversas sond~ cartas batimétricas fornecen pografia submersa. O es·t udo começou em 1737 quando Cn: batimétricas. Do nonto de vista da na ,sim as éartas hidrográficas, A propósito das cartas intitulado: Geógraphie du te grande número de sondage1 traçado de mapas topográfic o relêvo submerso fazendo-SI No estudo da geomorjoi comentários a propósito dos mestres da França neste no, A superfície da crosta t que já foram exploradas ao e agora pelos geomorfolo~i~ As questões refer.entes ~ cl~n explicar certas d1ferene1açoe estrutural e geológica. O I nucioso que se vem desenvol muitas questões da morfoloj cadas. 11 A geologia submarina o destinada talvez a mudar c1 aqui unicamente fun~adas e otimistas como o em1nente coisas ao invés de serem sin Vários autores têm proo ciosa às formas topográfic~ existentes na superfície da de 1949 um livro interessant um estudo de conjunto de te oceanos quanto a sua topo geomorfológico dos diferent criou a "Teoria da flexura < ou terraços marinho~ ~ d~ ~ geólogos como um v1s10nan1 seus assistentes como Fn outroS. 16 u c. J. Bourcart "Peut-on étu< R. Sommaire des Séances t J. Bourcart, op. cit. Jacques Bourcart Geograp1 ilustrações e mapas. Paris, 1949. 1' Jacques Boucart ·:La Marg rtnes. Buletin de la Soctet~ GeoZ 15 No trabalho que intltulam nossas idéias a respeito da teoria pp. 1 158-1161. J.Ga Claude Francis-Boeuf fale 16 os estudos de sedimenta dedicação e renúncia à geologia domínio das vasas sendo no pre referentes às areias e aos seixos ce" no Laboratório de Geomorfo é o Prof. Francis Ruellan) é~ inte fologia dos seixos e dos graos d referentes à fisica do mar. Out~o estuda os minerais pesados. Apou .a cabo na França o grande trab~ 12 13 CONTRIBUIÇAO água salgada que se desloca seceano. A velocidade dessas corente o embate das águas, isto é, ho construtivo e destrutivo nos que no fundo das baías há semcabos há erosão. Muitas vêzes rías são escavados pela própria iece é que sendo as rochas mais nadas baías, a erosão vai desnência, à semelhança de pontas, versos oceanos, vamos observar correntes vão ter muitas vêzes é o caso da corrente do Gôlfo fria de Humboldt no litoral do o das marés, devidos ao efeito produzindo b secundàriamente) zão de dois fluxos de 6 horas 'o. Todavia, uma série de anoe refluxos. Assim no litoral do uanto a vazante se faz de modo ões onde a maré montante e a .mo termédio das sondagens. Uma ografia submarina e à litologia pósito localizado no ponto de ~s formas de relêvo submersas agens. s e outros indiretos. Vejamos .não, e b) sonda de máquina. O metros de profundidade por arte inferior um pêso. A sona da sonda de mão é grande de lama ou bancos de areia, O metros até 2 000 metros de 2 - Lucas, 3 - Alberto de ser usadas até 13 000 metros sibilitar a realização de um s de sondagem indireta, deo, 2 - Sondas pelo eco, 3 - oram aperfeiçoadas por ocaabalhou no aperfeiçoamento seguinte: deixa-se explodil' e imediatamente registra-se ie da água, sendo portanto wrrido entre o início da exnâ água do mar, cuja den- do. ndagem foram desenvolvidos m é a determinação de pon- AO ENSINO 493 tos cotados, isto é, pontos que possuem profundidade conhecida. A ligação dos diversos pontos determinados vão fornecer uma idéia do relêvo submerso. Chama-se isóbata a linha que une os pontos de igual profundidade. O resultado final das diversas sondagens é o estabelecimento de cartas batimétricas. As cartas batimétricas fornecem do relêvo submarino uma idéia aoroximada da topografia submersa. O estudo científico dos oceanos, do ponto de -vista batimétrico, começou em 1737 quando Cruquis, traçou na costa da Holanda as primeiras linhas batimétricas. Do ponto de vista da navegação o que interessa não é a carta batimétrica e .sim as cartas hidrográficas, para o estabelecimento dos roteiros. A propósito das cartas batimétricas o Prof. Jacques Bourcart em seu livro intitulado: Geógraphie du fond des mers pergunta se em virtude da falta de um grande número de sondagens é possível aplicar-se a experiência adquirida no traçado de mapas topográficos do relêvo emerso, para exprimir através de curvas o relêvo submerso fazendo-se interpolações e extrapolações (P. 39). No estudo da geomorfologia submarina vamos primeiramente tecer alguns comentários a propósito dos trabalhos do Prof. Jacques Bourcart um dos grandes mestres da França neste novo campo de estudo. A superfície da crosta terrestre está sujeita a uma série de transformações que já foram exploradas ao máximo do ponto de vista descritivo pelos geógrafos, e agora pelos geomorfologistas baseados nos dados fornecidos pelos geólogos. As questões referentes à climatologia somente agora estão sendo procuradas para explicar certas diferenciações morfológicas que não podem ser atribuídas à parte estrutural e geológica. O Prof. Jacques Bourcart acredita que do estudo minucioso que se vem desenvolvendo com respeito à geografia . do fundo dos mares, muitas questões da morfologia das partes emersas serão mais fàcilmente explicadas.11 A geologia submarina oferece um campo rico de possibilidades inesperadas, destinada talvez a mudar completamente as teorias geológicas consideradas até aqui unicamente fundadas em observações continentais. 12 No entanto não somos otimistas como o eminente mestre. Quem poderá afirmar se dêsses estudos as coisas ao invés de serem simplificadas venham a se tornar mais complexas? Vários autores têm procurado dar uma nomenclatura mais ou menos minuciosa às formas topográficas submarinas procurando correlacioná-las com as existentes na superfície da crosta terrestre. O Profo Bourcart publicou no ano de 1949 um livro interessante sôbre a Géographie du fond des mers, no qual tenta um estudo de conjunto de todos êstes elementos que vão caracterizar o fundo dos oceanos quanto a sua topografia; vai mais longe ainda ensaiando um estudo geomorfológico dos diferentes tipos de relêvo submarino o13 li:ste grande mestre criou a "Teoria da flexura continental"14 para a explicação das praias suspensas ou terraços marinhos e de alguns terraços fluviais, sendo considerado por alguns geólogos como um visionário o15 Os seus trabalhos são feitos em colaboração com seus assistentes como Francis-Boeuf/6 a Romanowiski, A. Cailleux e alguns outroS. 16 11 J. Bourcart "Peut-on étudier directement la geólogie du Plateau continental? C. R. Sommaire des Séances de la Societé Geologique de France, ns. 1 e 2, 1949. 12 J. Bourcart, op. cit. 13 Jacques Bourcart Geographie du jond des mers (Étude du relief des oceans) 307 páginas. ilustrações e mapas. Paris, 1949. u Jacques Boucart "La Marge Continentale": Essais sur les regression et transgression marines. Buletin de la Societé Geologique de France 1938, pp. 393-474. 15 No trabalho que in titulamos de: "Terraços marinhos" tivemos oportunidade de expressar nossas idéias a respeito da teoria da nexura continental. In: Boletim Geográfico, ano VII, n.o 82. pp. 1 158-1 161. l Ga Claude Francis-Boeuf faleceu em 1952 num desastre de avião, no continente africano. 16 Os estudos de sedimentação em Paris têm levado alguns especialistas ao extremo de dedicação e renúncia à geologia geral. O Prof. Francis-Boeuf por exemplo, havia ficado com o domínio das vasas sendo no presente um dos maiores conhecedores do assunto. Nas questões referentes às areias e aos seixos (fluviais e marinhos) o Prof. A. Cailleux "Maitre de Conference" no Laboratório de Geomorfologia da Escola Prática de Altos Estudos de Paris (cujo diretor é o Prof. Francis Ruellan) é internacionalmente conhecido pelos seus métodos no estudo da morfologia dos seixos e dos grãos de areia. O Prof. Romanowi.sk, por exemplo, cuida das questões ref erentes - à física do mar. Outro nome que não pode ser esquecido é o de Solange Duplaix que estuda os minerais pesados. Apoiado nesta equipe de pesquisadores o Prof. Bourcart está levando .a cabo na França o grande trabalho de estudar o fundo dos mares. o 494 BOLETIM GEOGRAFICO Através do estudo sistemático dos perfis topográficos das regiões submarinas, à semelhança do que se faz para a parte do relêvo emerso, chegou-se a delimitar as grandes zonas do fundo do mar e as formas de relêvo. A primitiva concepção desenvolvida a propósito do relêvo dos fundos oceânicos é que se tratavam de formas de bacias com fundo chato. As pesquisas posteriores vieram demonstrar quão inexatas são tais afirmativas. Os fundos oceânicos não constituem sempre bacias regulares, e as "protuberâncias submarinas são semelhantes aos acidentes continentais".17 E, isto tornar-se-á mais fácil de compreender se compararmos o fundo do Pacífico, com o do Atlântico. Neste último teremos que considerar a grande cordilheira que dâ origem às bacias: norte-americana, euro-africana (europa ocidental), sul-americana (brasileira e argentina). No oceano Pacífico ainda não foi feito um grande número de sondagens, porém, como acentua o Prof. Jacques Bourcart a "idéia que prevalecia outrora, era a de que o Pacífico tinha um fundo extremamente liso e uma forma regular de bacia, isto pode ser atribuído ao fato de que as rochas normais da crosta (granitos e gnaisses) e as rochas sedimentares antigas, estão ausentes em tôdas as ilhas do centro. A idéia da permanência através dos tempos geológicos dêste oceano parece ter inspirado a célebre hipótese de G. H. Darwin. ~ste admitia que, após o frenamento, as marés solares com a rotação da terra fizeram aparecer uma saliência, posteriormente destacada no nível do Pacífico dando origem à lua. A cicatriz deixada pela partida do nosso satélite permaneceu sob a forma de oceano". 18 Antes de passarmos ao estudo das zonas da plataforma continental, do talude e a abissal vejamos os traços mais importantes que individualizam o relêvo terrestre e oceânico. O primeiro foi profundamente recortado e dividido pela erosão subaérea, e o segundo mantém suas formas originais, isto é, estruturais, quase intactas. Assim podemos dizer que nas áreas emersas domina a erosão, enquanto nas submersas, domina o depósito, isto falando em têrmos gerais. Plataforma continental- zona submarina que segue imediatamente a parte emersa do relêvo, prolongando-se de O metro, até a cota de- 200 metros. A superfície dêsse planalto, que o Prof. Jacques Bourcart denomina de margem continental tem sua topografia mais ou menos regular, apresentando geralmente ligeiro declive em direção do fundo-talude. No tocante à explicação da origem de tal moldura que surge em continuação ao relêvo emerso, sabemos que são inúmeras e bastante diversificadas. O Prof. Francis-Boeuf a êste propósito disse: "Os sábios tentaram explicar a origem do planalto continental, e as hipóteses são várias e contraditórias. D. W. Johnson depois de V. Richthoffen, considera esta zona como sendo o resultado do ataque marinho, isto é, deve-se considerá-la como u'a "superfície de abrasão marinha". Para Murray, trata-se sobretudo de uma zona criada pela acumulação dos sedimentos trazidos pelos rios. Para Nansen, os gelos seriam os responsáveis pela sua erosão. Enfim, Novak e depois J. Bourcart pensaram que se trata verdadeiramente em quase todos os casos, de uma zona primitivamente continental onde todos os fatôres de erosão teriam atuado (erosão fluvial essencialmente) e que teria sido submergida lentamente no decorrer das transgressões".10 Esta última teoria é atualmente a única que vem sendo explicada pelo mestre J. Bourcart e seguida :por todos os seus discípulos, como A. Cailleux, Claude Francis-Boeuf, Georges Zbyszewski e outros. Na plataforma continental, podem aparecer por vêzes certos sulcos profundos que representam a continuação de antigos rios emersos, que no momento estão submersos caiíon submarinos. Todavia não podemos deixar de assinalar que a origem dos cafions submarinos constitui também problema controvertido e explicado de modo diferente segundo se considere as diversas correntes, como a dos eustatistas, ou ainda a da flexura continental20 como teremos oportunidade de. ver mais adiante. A extensão do planalto continental é muito variada e de modo geral podemos dizer que é inversamente proporcional à altitude continental. Assim ao longo Jacques Bourcart Geographie du tond des mers (p. 44). Jacques Bourcart Geographie du tond des mers (p. 163. Claude Francis-Boeuf Les Oceans (p. 38). !O Para maiores esclarecimentos vide: Jacques Bourcart Geographie du tond des mers. pp. 74 a 78. 17 15 19 de litorais onde haja gr~1 do Chile a nlataforma e baixo, c~mo- no l~toral no Por consegmnte, a Il das terras firmes como s superfície é geral~en~e < mante diz que nao e c< oceanos, devend~-se co~ exterior dos contlnent:._es. . A zona da Patagonll como um "pedi~ento". 1 classe de pesca.na e alt para as. pesqulsa~, s...enl marinhas e as va_rla~oes e a pescaria mals lmPI marca o limite da Qene~~ de vegetais e de anlmal.. Referindo-.se ~ imp~ isto é, a delimltaça,o .da; das cartas hidrograflca. Bustamante ser o J?esn fico. Isto só poderla ob Atualmente estas re constituem g_rande preG merecido detldos estu~o 0 estratégico e o econo"' mico& e o petróle<? que" plataformas continenti:i Examinando os pro do Equador, Bustaman 1 _ Fazer um de( soberania nacional a no arquipélago. 2 _ Estabelecer ' nossa plataforJ:!la con~ 3 _ controle do ' 4 _ Estabelecime: 5 _ Estudo cient riquezas. 26 • os Estados Un1d01 melhores mapas ~op~ executada graças as · pontos de maior vuln No qb.e diz respe nheçamos com ~ :pre~ parada ao Domlnl~ o presidente da Repub 21 Conferências sustE Terceira parte -CPblaat~f~ 22 Pedro S. a r M A Bustamantl 23 Bustamantl 24 25 M. A. Bustamant1 M. A. Bustamant 26 27 Incorporação d~ o Presidente da Republ plataforma submarina, l Brasil constitui parte il União' Federal. Regula encontram nas partes a d~ autorização, ou cone permanecem em pleno ' taformas submari~nas, se Na justificaçao que 0 seguinte: a) que a. P M: A: OONTRIBUIÇAO AO ENSINO ográficos das regiões submarinas, nas de relêvo. ósito do relêvo dos fundos oceân fundo chato. As pesquisas posais afirmativas. lêvo emerso, chegou-se a delimi- 'e bacias regulares, e as "protuentes continentais".17 E, isto torarmos o fundo do Pacífico, com erar a grande cordilheira que dá na (europa ocidental), sul-ame- grande número de sondagens, a "idéia que prevalecia outrora, (m ente liso e uma forma regular te as rochas normais da crosta ntigas, estão ausentes em tôdas vés dos tempos geológicos dêste Cie G. H. Darwin. tEste admitia rotação da terra fizeram aparenível do Pacífico dando origem àtélite permaneceu sob a forma 1 ratatorma continental, do talude !s que individualizam o relêvo e recortado e dividido peJa eros originais, isto é, estruturai.'j, reas emersas domina a erosão, falando em têrmos gerais. le segue imediatamente a parte a cota de - 200 metros. A suart denomina de margem conular, apresentando geralmente ante à explicação da origem de emerso, sabemos que são inúDeuf a êste propósito disse: "Os ontinental, e as hipóteses são V. Richthoffen, considera esta o é, deve-se considerá-la como y, trata-se sobretudo de uma dos pelos rios. Para Nansen, lfim, Novak e depois J. Bourquase todos os casos, de uma ôres de erosão teriam atuado bmergida lentamente no detualmente a única que vem por todos os seus discípulos, yszewski e outros. vêzes certos sulcos profundos rsos, que no momento estão s deixar de assinalar que a roblema controvertido e exÜversas correntes, como a dos mo teremos oportunidade de da e de modo geral podemos ontinental. Assim ao longo Geographie du tond des mers, 495 de litorais onde haja grandes cordilheiras de montanhas, como é o caso da costa do Chile, a plataforma é pouco extensa, e inversamente onde o relêvo costeiro é baixo, como no litoral norte do Brasil, a plataforma é extensa. Por conseguinte, a plataforma continental é a zona que aparece ao longo das terras firmes como se fôsse um prolongamento destas áreas emersas. A suà superfície é geralmente coberta de areia, ou de vasa. O tenente-coronel Bustamante diz que não é correto incluir-se esta região continental marinha, nos oceanos, devendo-se considerá-la mais exatamente "como o verdadeiro bordo exterior dos continentes no sentido geológico". 21 A zona da Patagônia, por exemplo, pode-se dizer que continua suavemente como um "pedimento" formando um "pampa" submarino muito rico em tôda classe de pescaria e ainda pouco explorado. 22 Esta zona é a mais importante para as. pesquisas, sendo nela que temos as correntes de marés, correntes marinhas e as variações de temperatura segundo as estações e com as latitudes e a pescaria mais importante. É pràticamente a plataforma continental que marca o limite da penetração da luz e por esta razão marca também a existência de vegetais e de animais herbívoros. 23 Referindo-se à importância da delimitação exata da topografia submarina, isto é, a delimitação das áreas das diferentes regiões batimétricas com o auxílio das cartas hidrográficas atuais usadas para a navegação, diz o tenente-coronel Bustamante ser o mesmo, que querer delimitar uma fazenda num mapa geográfico. Isto só poderia obter-se com grande imprecisão. u Atualmente estas regiões submersas pouco profundas ao redor dos continentes constituem grande preocupação dos governos como assinalou Bustamante e tem merecido detidos estudos e análises científicas sob inúmeros nontos de vista como: o estratégico e o econômico, destacando-se a pesca, a explotãção de produtos químicos e o petróleo que constituem fatôres preponderantes da riqueza do solo das plataformas continentais. 25 Examinando os problemas de ordem econômica e geopolítica referentes à costa do Equador, Bustamante conclui com, a seguinte síntese: 1 - Fazer um decreto correspondente à incorporação e tornando sujeito à soberania nacional a plataforma continental do Equador, tanto na costa como no arquipélago. 2 - Estabelecer um Serviço Hidrográfico para a exata determinação de nossa plataforma continental. 3 - Contrôle do arquipélago de Colombo. 4 - Estabelecimento de companhias de pesca. 5 - Estudo científico da plataforma continental e da explotação de suas riquezas. 26 Os Estados Unidos da América do Norte são os que possuem no momento os melhores mapas topográficos de sua plataforma continental. Esta tarefa foi executada graças às sondagens pelo eco e pelo ultra-som. Na França apenas os pontos de maior vulnerabilidade mereceram estudos mais pormenorizados. No qb.e diz respeito à plataforma continental, do Brasil embora não a conheçamos com a precisão que seria desejada, esta área já foi, no entanto incorporada ao Domínio da União, por fôrça de um decreto-lei assinado pelo senhor presidente da República. 27 21 Conferências sustentadas por el Sr. Tnte. Cel. Ing. Marco A. Bustamante (pp. 109-110). Terceira parte - Plataforma continental pp. 99-125 - pp. 109-110. 22 Pedro S. Cabral "Fondos marinhos" in: GAEA, tomo VI - Buenos Aires, 1938, pp. 23-30. %3 M. A. Bustamante - Op. cit. (p. 119) . 24 M. A. Bustamante - Op. Cit. (p. 110) . 25 M. A. Bustamante - Op. Cit. (p. 102) . ll6 M. A. Bustamante - Op. cit. (p. 125). 27 Incorporação da plataforma submarina ao domínio da União - Recentemente assinou o Presidente da República um decreto no qual se declara expressamente reconhecido que a plataforma submarina, na parte correspondente ao território nacional, continental e· insular, do Brasil, constitui parte integrante do mesmo território, sob a jurisdição e domínio exclusivos da União Federal. Regula êste ato que o aproveitamento de produtos e riquezas naturais, que se encontram nas partes acima especificadas do território nacional, dependem, em todos os casos, de autorização, ou concessão federal. De acôrdo ainda com o que dispõe o decreto presidencial, permanecem em pleno vigor as normas sôbre navegação nas águas sobrepostas às referidas plataformas submarinas, sem prejuízo das que venham a ser estabelecidas, especialmente sôbre pesca. Na justificação que apresentou sôbre o decreto em aprêço, considerou o chefe do executivo o seguinte: a) que a plataforma submarina, que borda os continentes e ilhas e se prolonga sob CON BOLETIM GEOGRAFICO ,-496 VII) NATUREZA DO FUNDO DOS OCEANOS O solo oceânico é constituído em grande parte pelo sima, que aparece coberto por depósitos de origem continental, isto é, depósitos terrígenos, ou depósitos orgânicos de origem marinha. Ao conjunto de sedimentos que forram o fundo dos oceanos se denomina de·p ósito marinho. Várias classificações dêsses depósitos foram idealizadas por litologistas. Podemos classificar os depósitos marinhos da seguinte maneira: a - Critério mineralógico - Thoulet b " das profundidades e da origem - Krummel c granulométrico - J. Bourcart Critério mineralógico de Thoulet: 1 - Areias (95% de grãos de quartzo) 2 - Areias lodosas (95- 75% de grãos de quartzo) 3 - Lôdo muito arenoso (75 - 50% de grãos de quartzo) 4 - Lôdo arenoso (50- 90% de lôdo) 5 - Lôdo (mais de 90% de lôdo) Critério das profundidades e da origem: Murray e Rendard 1 2 - 3 - . Depósitos litorâneos J areia l lôc;Io se1xos (caillou) Os depósitos litorâneos são aquêles que aparecem na { costa entre o limite da majs alta maré e da mais baixa. Dep'ósito de mares { areia pouco profundos seixos pequenos (gravillon) lôdo lôdo e areia coralígena lôdo e areia vulcânica Depósitos em mares profundos: llôdo e areias verdes lôdo vermelho lôdo azul J vasa de pteróxotero-J podos Depósitos pelágivasa de globigerinos \ éos formados nos vasa de diatomáceas fundos oceânicos. vasa de radiolares Os depósitos marinhos têm sua origem ou na erosão marinha produzida pelas vagas de translação, pelas correntes marinhas, as correntes de marés que atacam os litorais; ou no transporte de aluviões feito pelos rios. A carga de material sólido em suspensão, chegando ao mar vai imediatamente precipitar-se por causa da floculação realizada pelos sais marinhos. Pode-se assim definir o planalto continental como a moldura do continente. É na região do planalto continental que a ação modeladora da erosão marinha se faz sentir. Na plataforma continental podemos encontrar grutas (grande~ o a.lto mar, é um verdadeiro território submerso e constitui, com as terras a que é adjacente, uma só unidade geogiáfica; b) que o interêsse da declaração da soberania, ou do domínio e jurisdição dos estados, sôbre a parte assim acrescida ao território nacional, tem avultado em conseqüência da possibilidade, cada vez maior, da exploração, ou aproveitamento, das riquezas naturais aí encontradas, que, em conseqüência, vários estados da América, mediante declarações, ou decretos, de seus presidentes, têm afirmado os direitos, que lhes cabem, de domínio e jurisdição, ou de soberania, sôbre a parte da plataforma submarina, contígua e correspondente e.o território nacional; c) que em tais condições, cabe ao govêrno brasileiro, para salvaguarda dos direitos do Brasil sôbre a plataforma submarina na parte correspondente ao seu território continental e às suas ilhas, formular idênticas ·declarações dos direitos; d) que a declaração dos direitos do Brasil se torna urgente e inadiável; e) que a pesca, nas águas territoriais e em alto mar, tem sido objeto de leis nacionais e de convênios internacionais, e pode convir aos interêsses do Brasil pa rticipar de novas convenções ou promulgar novas leis sôbre a matéria; f) que, nos têrmos da Constituição Federal, compete ao presidente da República zelar, de pronto, pela integridade nacional e pela segurança interna do país - sem prejuízo, aliás da competência do Poder Legislativo em matéria desta natureza. (In: BoL. Geográfico, ano VIII, n.o 92, p. 979). marmitas), vales submersos dros encaixados que atestam submarinos, alguns autores perpendicular es ao litoral m nário por ocasião das glaciat As águas acumulando-s origem ao aparecimento de~ nhas da ordem dos 100 met que procuram provar a exis1 glaciações. O recuo das águ da erosão fluvial. o canynon submarino é de uma regressão por causa rior dos continentes. Nos pe uma subida do nível dos oce: A existência de meandrc erosão fluvial na região. ex. Com o recuo das águas e o estabelecimento de um do oceano primitivo e do ocE e o escavamento de um nov Por ocasião de uma tr fluvial vão ficar submersos as oscilações do nível do m suspensas ou terraços mari1 Para os epirogenistas, mações continentais, ex.: o encontra-se em altitudes v~ :t!:ste fato é explicado pela .<i tônicos. Estas deformações Para o Prof. Bourcart, plataforma continental e q1 tros ou mais, são devidos a flexura continental. 28 Talude continental - zona de forte declive, que c vai desde a cota de 200 m 6 000 metros é o domínio grandes fundos, ou seja as constitui a região abissal. Vejamos de modo esqu submersas: ZONAS SUBMERSAS Plataforma continental .. Talude continental. .. .. . . Região pelágica ......... Região abissal.. ..... . .. o ••••• o .. . • ••• ... . .. . <Are as CONTRIBUIÇÃO (EANOS ima, que aparece coberto •rígenos, ou depósitos arque forram o fundo do.s ções dêsses depósitos falte maneira: 1mme1 'tzo) ly e Rendard epósitos litorâneos são es que aparecem na entre o limite da ma.is naré e da mais baixa. ill) ralígena lcânica )rdes o-J Depósitos peláglcos formados nos as l fundos oceânicos. ~s arinha produzida perentes de marés que rios. A carga de maente precipitar-se por oldura do continente. da erosão marinha, rar grutas (grandes erras a que é adjacente. rania, ou do domínio e cional, tem avultado em Veitamento, das riquezas ca, mediante declarações. em, de domínio e jurlsua e correspondente e.o o, para salvaguarda dos e ao seu território con) que a declaração dos as ter-ritoriais e em ai to pode convir aos inteôbre a matéria; f) que, a zelar, de pronto, pela liás da competência do VIII, n.o 92, p. 979). AO ENSINO -i97 marmitas) , vales submersos ou chamados canyons submarinos e mesmo meandros encaixados que atestam a erosão fluvial. Na discussão da origem dos canyons submarinos, alguns autores procuram explicá-los como provenientes de falhas perpendiculares ao litoral ou ainda oriul}dos de regressões marinhas do quaternário por ocasião das glaciações. As águas acumulando-se sob a forma de gêlo sôbre os continentes deram origem ao aparecimento de grandes calotas de gêlo ocasionando regressões marinhas da ordem dos 100 metros. Essa teoria é chamada a teoria dos eustatistas que procuram provar a existência das variações do nível do mar em função das glaciações. O recuo das águas oceânicas provoca imediatamente uma retomada da erosão fluvial. O canynon submarino é explicado pelos eustatistas como originado na ocasião de uma regressão por causa do acúmulo das águas sob a forma de gêlo, no interior dos continentes. Nos períodos interglaciares a fusão dos gelos vai ocasionar uma subida do nível dos oceanos. A existência de meandros encaixados na plataforma continental, atesta uma erosão fluvial na região. ex.: plataforma continental em frente à Bretanha. Com o recuo das águas verifica-se uma variação no nível de base dos rios, e o estabelecimento de uma pequena cachoeira na foz. Essa diferença de nível do oceano primitivo e do oceano após a glaciação ocasiona a retomada da erosão, e o escavamento de um novo perfil de equilíbrio. Por ocasião de uma transgressão marinha êstes vales cavados pela erosão fluvial vão ficar submersos sob as águas do oceano. Assim, para os eustatistas, as oscilações do nível do mar são as responsáveis pelo aparecimento de praias suspensas ou terraços marinhos e dos vales submersos. Para os epirogenistas, êstes fatos morfológicos são explicados pelas deformações continentais, ex.: o nível de terraços de 100 metros chamado do Siciliano, encontra-se em altitudes variadas como em Reggio, na Calábria, a 395 metros. t!:ste fato é explicado pela .deformação do terraço primitivo por movimentos tectônicos. Estas deformações são posteriores ao depósito sedimentar. Para o Prof. Bourcart, os terraços marinhos e os canyons que aparecem na plataforma continental e que podem ter profundidades da ordem dos 2 000 metros ou mais, são devidos ao movimento do bordo costeiro, por êle denominado flexura continental. 28 Talude continental - logo a seguir à plataforma continental, temos uma zona de forte declive, que constitui como que um abrupto. O talude continental vai desde a cota de 200 metros até 2 000 metros de profundidade. De 2 000 a 6 000 metros é o domínio da chamada região pelágica. Finalmente temos os grandes fundos, ou seja as áreas localizadas além da cota de 6 000 metros, que constitui a região abissal. Vejamos de modo esquemático o valor, ou melhor, a extensão dessas zonas submersas: ........ ... Plataforma continental. . . . . . . . P1·otundidade em metros % ZONAS SUBMERSAS Talude continental. ... .. ... . .... ....... . . ... .. '.. .......... Região pelágica . . ......... . ......... ". . . . . . . . . . . . ...... Região abissal. . . . ................ ...... . ........ .... . ... . o- 8,1 8,8 80,3 2,8 200 { 20Q- 500 50(}-1000 " lOOQ-2000 l 2000-3000 300o-4000 4000-5000 5000-6000 I \ 6000-7000 mais d~> 7000 Superfície ern Krr.2 % 25 993 000 8,1 8 054 000 9 518 000 17 572 800 2,0 2,0 4,!1 600 600 000 000 9,1 20,6 :33,0 17,1 7 688 100 2 562 000 0,7 35 75 120 62 145 416 813 237 2,1 (Areas submersas da autoria de Penck) 28 Vide Jacques Boucart - "Les deformations récentes et leur influence sur le modelé actuel: ln: Comptes Rendus du Congres International de Géographie", tomo II, pp. 167-190. Lisboa 1950 . 498 CO ] BOLETIM GEOGRAFICO Sucintamente podemos dizer que: 1 - maior área do relêvo submerso está entre 3 000 e 6 000 metros compre~ endendo um total de 70,7 %, 2 - de O a 200 metros, isto é, a plataforma continental, temos apenas 8,1 %, 3 - o talude abrupto de 200 a 3 000 cobre uma área de 18,4%, 4 - as grandes profundidades de 6 000 a 10 000 metros são raras perfazendo um total de 2,8 % . Depósitos submarinos - A- B - Categoria das areias C - Categoria das poeiras Categoria dos pré-colóides (suspensóides) D - classificação de J. Bourcart Categoria dos seixos de acôrdo com o método granulométrico > 2 mm blocos > 500 mm seixos > 25 mm 3 seixos pequenos (gravillon) < 25 mm 4 - grânulos > 5 mm 1 - grãos grosseiros 2 a 1 mm 2 - grãos médios 1 a 0,5 mm 3 - grãos finos 0,1 a 0,2 mm "sablons" 1 - < 0,00.1 mm 1 - < 0,02 e > 0,001 mm 1 - 2 - A classificáção do professor Jacqces Bourcart foi feita partindo dos estudos do seu antigo mestre Thoulet. A 1.a categoria compreende o material grosseiro formado por blocos de mais de 50 em. até às areias, cujas dimensões variam de 0,02 mm até 2 mm. As areias não possuem adesão a sêco. A coesão dos grãos de areia só é verificada quando existe um pouco de água. Porém se esta fôr em excesso a areia se escoa como um líquido . O estudo da forma e do tamanho dos grãos constitui objeto de pesquisa dos engenheiros encarregados de construção e dos morfologistas interessados not estudo das formas litorâneas emersas. A categoria das poeiras e dos precolóides só pode ser estudada ao microscópio. As poeiras constituem o que nós chamamos lama ou lôdo ou ainda vasa; é o material cujas dimensões estão nas categorias de poeira e precolóides. As poeiras e precolóides possuem adesão a sêco. A erosão fluvial na matéria vasosa é feita com grande dificuldade em virtude de fenômeno tixotrópico, para que haja a disjunção das moléculas. COMPOSIÇÃO 2 - Sedimentos hemipelágicos .................. . Lôdo Lôdo Lôdo Lôdo Vasa B CD - E - ................ azul .. . vermelho .. .. ... ............. .. ... . . . verde .... ············ ······· · ····· ·· vulcânico ... . ··· · ·· ··· ·· ·· ······ · ·· ·· coralígena ....... ·············· · ····· 3 - Sedimentos eupelágicos ..... . A - Vasa de pterópodos ........ . Vasa de globigerinas .......... . Vasa de diatomácias ....... . Vasa de ra.diolares ... ..... . Argilas vermelhas. . . .... ........... . B C D E - Sedimentos sil icosos LIMITES DE Sedimentos PROFUNDIDADE inorgânicos Sedimentos litorânP-os .......... . A - Sedimentos eupelágicos tial dos oceanos. Nesta cal fluência dos sedimentos cor Vasa de pterópodos - calcários, moluscos microsc Vasa de globigerinas V asa de diatomáceas V asa · de radiolares - ganismos silicosos. Argilas vermelhas - <i finíssimos . Nessas argilas ereções cuja explicação ain1 Distribuição geográfica Sedimen tos calcários 1 - Os sedimentos litorâneo --continental. A natureza dl relêvo emerso. Num corte esquemáticc uma verdadeira triagem (s pósito dÔs blocos, seixos gn A sedimentação litorân -causa das variações do nív1 da plataforma continental. Os sedimentos hemipel1 do domínio continental e d o lôdo azul- é muito r pelo sulfureto de ferro. O lôdo vermelho - é m< das cinzas vulcânicas que s O lôdo verde - a sua foraminíferos, constituindo As cinzas vulcânicas acúmulo de cinzas vulcânic Vasa coralígena - terr cipalmente de organismos c 0- 200 13% 32% 35% 20% 86% 3% 1% 14% 2% 1% 84% 67% 61% 78% 13% 200- 5100 20Q-2200 200-2300 500- 5100 200- 3300 78% 64% 23% 4% 7% 3% 2% 41% 54% 2% 18% 34% 36% 70Q-2800 700- 5400 1100-3600 430Q-8200 4100-7200 42% 91% ÁREAS 34 000 000 Kmt Sedimentos eupelágico ~ TOTAL 55 700 000 Kmt 1300 000 130 000 000 26 500 000 10 400 000 102 800 000 os que possuem uma gran< na margem ou plataforma 2 - sedimentos hemipe de matérias carregadas P grandes depósitos na platai 3 - vasa coralígena _no Pacífico que encontram• Km' Km2 Kmt Km' Kmt p rofundas nos mares quent Vasa de globigerinas Vasa de diatomáceasVasa de radiolares- n Argilas vermelhas - co Litologia submarina: - especializado fundado por _gia submarina. O estudo d na Fran ça por especialistas Cailleux e outros. B. G.-4 CONTRIBUIÇÃO 3 000 e 6 000 metros compretal, temos apenas 8,1 %, a de 18,4%, metros são raras perfazendo (gravillon) < grosseiros 2 a 1 mm médios 1 a 0,5 mm finos 0,1 a 0,2 mm "sablons" e> 0,001 mm oi feita partindo dos estudos formado por blocos de mais de 0,02 mm até 2 mm. As 'ãos de areia só é verificada em excesso a areia se escoa ~titui objeto de pesquisa dos orfologistas interessados nô ser estudada ao microscópio. ou lôdo ou ainda vasa; é o >eira e precolóides. As poei~fluvial na matéria vasosa é b tixotrópico, para que haja I --- LIMITES DE ÁREAS dimentos PROFUNDIDADE Wgânicos [I84% 67% 61% 78% 13% i18% 34% 36% ~ 2% 91% 0- 200 20Q-5100 20Q-2200 200-2300 50Q-5100 ·200- 3300 70Q-2800 70G-5400 llOG-3600 430Q-8200 410Q-7200 34 000 000 Km• - TOTAL 55 700 000 Kmt 1300 000 130 000 000 26 500 000 10 400 000 102 800 000 Kmt Kmt Kmt Kml Km• AO ENSINO 499 Os sedimentos litorâneos são constituídos de blocos, seixos e areias de origem ·continental. A natureza dêsses depósitos está nitidamente relacionada com o relêvo emerso. Num corte esquemático observamos que a sedimentação marinha realiza -uma verdadeira triagem (separação no depósito) . Primeiramente temos o depósito dõs blocos, seixos grandes, pequenos, areias e finalmente as vasas. A sedimentação litorânea não aparece sempre com esta característica por eausa das variações do nível do mar. Êste fato só pode ser _observado na zona da plataforma continental. Os sedimentos hemipelág'icos - são os que possuem características mistas do domínio continental e do domínio oceânico. O lôdo azul- é muito rico em matéria inorgânica. Sua coloração é motivada pelo sulfureto de ferro. O lôdo vermelho- é motivado pela oxidação do material e também por causa das cinzas vulcânicas que são algumas vêzes incorporadas a êste Iôdo. · O lôdo verde - a sua coloração esverdeada é por causa de certos animais foraminíferos, constituindo a glauconita. As cinzas vulcânicas- têm a coloração cinza ou negra e são produzidas pelo acúmulo de cinzas vulcânicas. V asa coralígena - tem a coloração esbranquiçada sendo constituída principalmente de organismos calcários. Sedimentos eupelágicos- são aquêles que aparecem na zona pelágica e batia! dos oceanos. Nesta categoria de sedimentos não encontramos mais a influência dos sedimentos continentais. Vasa de pterópodos - é essencialmente calcária, constituída por elementos calcários, moluscos microscópicos. V asa de globigerinas - são protozoários microscópicos, também calcárias. Vasa de diatomáceas- são essencialmente silicosas. Vasa de radiolares - são constituídas especialmente por carapaças de organismos silicosos. • Argilas vermelhas - dos grandes fundos_. são constituídas por sedimentos finíssimos. Nessas argilas encontramos algumas vêzes certos nódulos ou concreções cuja explicação ainda não foi dada. Distribuição geográfica dos sedimentos: - 1 - os sedimentos litorâneos são os que possuem uma grande área geográfica por .causa do fato de aparecerem na margem ou plataforma continental de todos os continentes. 2 - sedimentos hemipelágicos- o lôdo vermelho é constituído especialmente de matérias carregadas pelos rios. A origem é portanto fluvial e aparecem grandes depósitos na plataforma do continente sul-americano. 3 - vasa coralígena - aparece nas proximidades dos recifes, sendo no ocea_no Pacífico que encontramos maiores depósitos. Sedimentos eupelágicÔs: - vasa de pterópodos: aparecem em zonas pouco profundas nos mares quentes e temperados. Vasa de globigerinas - sua distribuição principal é o oceano Atlântico. Vasa de diatomáceas- aparecem no oceano Glacial Ártico. Vasa de radiolares- no oceaiJ.o Pacífico e indico. Argilas vermelhas - cobrem os grandes fundos oceânicos. Litologia submarina: - O estudo dos depósitos oceânicos é feito no ramo especializado fundado por Delesse, Roujoux,. J. Murray e Thoulet, chamado litolo_gia submarina. O estudo dos sedimentos marinhos está sendo muito incentivado na França por especialistas como Jacques Bourcart, Mlle. Solange Duplaix, André Cailleux e outros. B. G. - 4 BOLETIM GEOGRáFICO 50() BffiLIOGRAFIA BoucART, Jacques- Géographie du fonds des mers (Études du relief des océans 307 páginas, mapas, ilustrações, Paris, 1949. BouRcART, Jacques - "Peut-on-étudier dir~ctement la géologie du plateau continental" In: C. R .. Soe. Geol. de France, n. 0 1, 1949. BoucART, Jacques - Oceanographie (lntroduction à la géologie), 89 páginas Centre de Documentation Universitaire. Paris 1952. BouRCART, Jacques - "Les deformations récentes et leU:r influence sur le modelé actuel" In: Comptes Ren.dus du Congres International de Géographie",. tomo II, pp. 167-190. Lisboa, 1950. 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De 1 a 12 de julho do corre! zou-se nesta capital, simultân~ sua congênere do Conselho Nad tística, a XIII sessão ordinária Geral do Conselho Nacional de qual participaram as seguintes r Representação federal - Presl bargador Florêncio de Abreu; st Ten. Cel. Deoclécio De Paranhos cretário da Mesa, Prof. José Verís Pereira; delegado do Ministério ca, Brig. Antônio de Azevedo Cal legado suplente do Ministério dl Cap. Célio Pereira; delegado do Agricultura, Eng. 0 Valdemar Jc lho; delegado do Ministério da E Alírio Hugueney de Matos; suí nistério da Educação, Prof. Hilg] representante do ,Ministério da ~ Carlos Delgado de Carvalho; delf -do Ministério da Educação, Prc zinger; delegado do Ministério Eng. 0 Ulpiano de Barros; delegl tério da Guerra, general Nélson c Dias; delegado do Ministério d :Eugênio Vilhena de Morais; de; nistério da Marinha, contra-alm· do Jordão Amorlm do Vale; s~ ·nistério da Marinha, Comte. ~ P. Freitas Serpa; delegado do .Relações Exteriores, ministro }, Soares; delegado do Ministério dl Pérlcles Melo Carvalho; delegadc .da Viação, Eng.o Flávio Vieira: Conselho Nacional de Estatística .Malheiros Fernandes Silva; deleg tura do Distrito Federal, Dr. Gtj Sousa Castro; delegado do Terrl pá, Prof . Kepler Teixeira da 1\ -do território do Rio Branco, DI rães Lôbo; representante das inst rais, Cel. João Batista Magalhã te das instituições técnicas, Pr Vieira. Representação regional: Manuel Diegues Júnior; AmazoJ:1 do Peres Sobrinho; Ceará, Eng j tácio Verçosa; Espíí:ito Santo, Di Noticiário (Études du reliej des océans ) la géologie du plateau cantil, 1949. à la géologie), 89 páginas r-ris 1952. ~ leU:r influence sur le modelé rnternational de Géographie'' r is sur les regressions et trans'i eté Géologique de France - erte d'une grotte marine avec gruc (Finisterre. 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III, 1945. éans (Tradução) Paris, 1937 ~ I Capital Federal PRESIDf::NCIA DA REPúBLICA Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Conse~ho Nacional de Geografia XIII sessão ordinária da Assembléia Geral Resenha completa dos trabalhos - integra do discurso proferido pelo desembargador Florêncio de Abreu no ato de inauguração Moções e comunicações apresentadas nessa reunião - Resumo da conferência do cientista John Kolb Relatório do secretário-geral do C, N. G. lido no encerramento Ementas das resoluções aprovadas Outras notas. Constituídos em Assembléia Geral, reúnem-se anualmente, os representantes de órgãos federais e estaduais integrados no sistema geográfico brasileiro, para se inteirarem das atividades geográficas desenvolvidas no país, e, à. vista dos resultados e experiências conseguidas, traçarem novos métodos e normas de trabalho. De 1 a 12 de julho do corrente ano realizou-se nesta capital, simultâneamente com sua congênere do Conselho Nacional de Estatística, a XIII sessão ordinária da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, da qual participaram as seguintes representações: Representação federal - Presidente, desembargador Florêncio de Abreu; secretário-geral, Ten. Cel. Deoclécio De Paranhos Antunes; secretário da Mesa, Prof. José Veríssimo da Costa Pereira; delegado do Ministério da Aeronáutica, Brig. Antônio de Azevedo Castro Lima; delegado suplente do Ministério da Aeronáutica, Cap. Célio Pereira; delegado do Ministério da Agricultura, Eng.o Valdemar José de Cárvalho; delegado do Ministério da Educação, Eng.o Alírio Hugueney de Matos; suplente do Ministério da Educação, Prof. Hilgard Sternberg; representante do ,Ministério da Educação, Prof. Carlos Delgado de Carvalho; delegado suplente .do Ministério da Educação, Prof. Vítor Leuzinger; delegado do Ministério da Fazenda, Eng.o Ulpiano de Barros; delegado do Ministério da Guerra, general Nélson de Castro Sena Dias; delegado do Ministério da Justiça, Dr. :Eugênio Vilhena de Morais; delegado do Ministério da Marinha, contra-almirante Edmundo Jordão Amorim do Vale; suplente do Ministério da Marinha, Comte. Alexandrino de P. Freitas Serpa; delegado do Ministério das .Relações Exteriores, ministro Alvaro Teixeira Soares; delegado do Ministério do Trabalho, Dr. Péricles Melo Carvalho; delegado do Ministério da Viação, Eng.° Flávio Vieira; delegado do Conselho Nacional de Estatística, Eng.o Moacir Malheiros Fernandes Silva; delegado da Prefeitura do Distrito Federal, Dr. Guaraci Lopes de Sousa Castro; delegado do Território do Amapá, Prof. Kepler Teixeira da Mota; delegado do território do Rio Branco, Dr. José Guimarães Lôbo; representante das instituições culturais, Cel. João Batista Magalhães; representante das instituições técnicas, Prof.a Lais Prado Vieira. Representação regional: Alagoas, Dr. Manuel Diegues Júnior; Amazonas, Dr. Leopoldo Peres Sobrinho; Ceará, Eng.o Jaime Anastácio Verçosa; EspíÍ'ito Santo, Dr. Alberto Stan- ge Júnior; Bahia, Eng.o Lauro Sampaio; Goiás. Eng.o Janue Gerulewicz; Maranhão, Prof.a Hiptatia de Freitas; Mato Grosso, Dr. José Vilanova Tôrres; Minas Gerais, Eng.o Valdemar Lobato; Pará, Prof. Francisco Cronje da Silveira; Paraíba, Prof. Hildebrando de Meneses; Paraná, Dr. Alexandre Beltrão; Pernambuco, Dr. Mário Carneiro do Rêgo Melo; Piauí, Gen. Jacó Manuel Gaioso Almendra; Rio de Janeiro, Eng.o Luís de Sousa; Rio Grande do Norte, Dr. América de Oliveira Costa; Rio Grande do Sul, Dr. João Batista Pereira Filho; Santa Catarina, Eng.o Vitor Antônio Peluso; São Paulo, Eng.o Valdemar Lefêvre; Sergipe, Prof. Alfredo Montes de Araújo Pinto; suplente, Dr. Fernando Valadão. Instaladas as duas assembléias, passaram elas a atuar separadamente. Os trabalhos da Assembléia Geral do C.N.G. obedeceram à seguinte agenda: Dia 2 - às 9 horas - Primeira reunião plenária - Eleição das Comissões; dia 3 - às 9 horas Reunião plenária. Apresentação de projetos de resolução - às 14 horas - Reunião das Comissões - às 17,30 horas - Conferência do Prof. Kolb; Dia 4 - às 9 horas- Sessão plenária, às 14 horas reunião das Comissões Dia 7 - às 9 horas - S.e ssão plenária - 14 horas - Reunião das Comissões - 17,30 horas Conferência do Prof. Fábio de Macedo Soares Guimarães; Dia 8 - às 9 horas Sessão plenária e última apresentação de projetos- 14 horas- Reunião das Comissões; Dia 9 - às 9 roras - última sessão plenária; Dia 10 - Excursão a Volta Redonda; Dia 11 às 20,30 horas - Encerramento e recepção. DISCURSO INAUGURAL DO PRESIDENTE DO I.B.G.E. Na sessão solene conjunta das duas assembléias gerais, o desembargador Florêncio de Abreu, presidente do I.B.G.E., pronunciou importante discurso, cuja integra vai publicada abai:.:>: "É sempre, para mi;Jl, motivo de indizível satisfação espiritual o convívio que, durante os dias de nossas reuniões, mantenho com os ilustres delegados e representantes federais, dos governos regionais e do Distrito Federal, em virtude da elevada atmosfera de cultura e civismo que nela se respira, a p a r de bem compreendida camaradagem, unidos todos pelo ideal magnífico de bem servir aos altos interêsses do Brasil. O ano passado tive a honra de presidir sõmente à reunião da Assembléia-Geral do Con- · selho Nacional de Geografia, pois, ao assumir as funções de meu cargo, já se haviam realizado as reuniões da Assembléia-Geral do Conselho Nacional de Estatística. Hoje, porém, cabe-me maior honra e dobrada responsabilidade, por isso que terei de presidir à Assembléia-Geral das duas alas do Instituto, - reuniões que, segundo a , lei que nos rege, devem efetuar-se concomitantemente. É isso, aliás, bem expressivo, pois simboliza a íntima e indissolúvel interdependência da Geografia e da Estatística. Certo, atentas a unidade do Universo e a interdependência ge- 502 BOLETIM GEOGRAFICO ral dos fenômenos, é até certo ponto artificiosa ou convencional a divisão da ciência em ramos ou categorias; mas, sem dúvida, a Estatística e a Geografia apresentam vinculação de relacões de tal modo necessárias que o professor Delgado de Carvalho chega a afirmar, em verdade, que é a Estatística que torna a Geografia uma ciência. Na geografia física, afirma êsse eminente professor, à medida que se vão multiplicando as observações submetidas a mensurações, vão sendo de mais fácil apreensão e interpretação os fenômenos gerais, vão ficando mais claras as idéias de conjunto, mais fáceis as grandes sínteses. Na órbita da hidrografia e da climatologia, especialmente na meteorologia, a penetração da Estatística tem-se revelado de inestimável valor prático; e nos domínios, então, da geografia humana, para cuja estrutura é altamente relevante a contribuição da geografia econômica, desde logo compreende-se como é necessário o consumo das estatísticas no que concerne aos fenômenos da produção, da distribuição e da circulação das riquezas, geogràficamente considerados. - Por outro lado, foi preciso que a Divisão de Geografia do Conselho Nacional de Geografia procedesse previamente à medição da área do Brasil, por municípios, segundo a nova divisão territOl·ial, para que a Estatística pudesse realizar o cálculo das novas densidades de população para o recenseamento geral de 1950. Sábia, portanto, a lei que, reconhecendo a simbiose dos fenômenos que formam o objeto das duas disciplinas, incorporou no mesmo Instituto as suas duas grandes alas - a Geografia e a Estatística. Tem-se, assim - aqui reunidos os membros de uma e de outra-, a visão completa e perfeita do grandioso todo unitário do Instituto, avivando destarte a con.sciência dessa unidade, a fim de que as suas resoluções, ao invés de orientarem-se no sentido da dispersão, tendam a estabelecer um elo cada vez mais forte e compreensivo entre ambas. Convirá, mesmo, elaborar um projeto de regimento para reuniões conjuntas do Diretório Central de Geografia e da Junta Executiva Central de Estatística, atenta a ocorrência de casos em que interêsses nitidamente comuns aos dois Conselhos reclamam deliberações cónjuntas. Cumpre-me expor à ilustre Assembléia-Geral, e em conseqüência levar ao conhecimento do país, as realizações dos Conselhos Nacionais de Geografia e de Estatística, no período entre a última Assembléia-Geral e a presente. Consoante a ordem inscrita no título de nossa instituição, começarei pelas realizações do Conselho Nacional de Geografia. _ • I - Os trabalhos do Diretório Central referentes ao período de novembro de 1952 a junho do corrente ano correram normalmente, cumprindo ressaltar a perfeita harmonia inalteràvelmente mantida entre êsse importante órgão deliberativo do Conselho e a respectiva Secretaria-Geral. Em um total de 14 reuniões, das quais quatro extraordinárias, o Diretório, dentro de suas atribuições, desenvolveu fecunda e profícua atuação, aprovando, no interregno de que se dá conta, 16 resoluções, numeradas de 429 a 445. Dentre essas, merecem registro especial as de: n. 0 440 - que promoveu a articulação da Secção de Geografia e História do Estado-Maior do Exército com o sistema geográfico de caráter nacional, coordenado pelo Conselho. Com essa deliberação o Conselho, como órgão criado para estabelecer a coordenação das atividades geográficas no país, através da articulação de todos os organismos oficiais, poderá desenvolver proveitosa cooperação técnica e científica no plano de seus trabalhos, com o concurso daquele órgão superior das fôrças armadas do país; n.o 443 - que fixa a estrutura orgânica da Secretaria-Geral. Consoante pronunciamento expresso da Assembléia-Geral, foi cometido ao Diretório Central o encargo de reexaminar a conveniente estruturaÇão dos serviços do Conselho. Da apreciação cuidadosa do Diretório, no tocante a essa importante matéria, resultou a citada resolução, enfeixando, racionalmente, as· unidades de serviço através das quais se desempenharão as atividades da instituição. Ficaram estabelecidos os seguintes órgãos executivos: Gabinete do Secretário-Geral; Divisão de Geografia, Divisão de Cartografia e Divisão de Administração. E, segundo a experiência aconselha, como providência de alta relevância, fol restabelecida a Divisão Cultural, cuja direção foi confiada à alta competência do Dr. Virgílio Correia Filho. Ao ensejo do 17. 0 aniversário do I.B.G.E . • promoveu o Conselho Nacional de Geografia uma exposição de suas atividades no campo• geográfico e cartográfico, que foi muito apreciada por ilustres visitantes, entre os quais o Conselho Diretor da tradicional Sociedade Brasileira de Geografia e numerosa turma de oficiais do Estado-Maior do Exército. II - No que tange aos trabalhos da Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Geografia. como órgão executivo das deliberações do Conselho, cumpre-me comunicar, em primeiro plano, terem sido integralmente atendidas pela Secretaria, após a manifestação expressa do Diretório Central, as disposições contidas nos Arts. 2. 0 e 3. 0 da resolução n.o 381, bem como todos os da resolução n.o 394. Refiro-me à elaboração do Regimento da Secretaria e da sua nova estrutura orgânica. Ao ensejo, foi examinada a conveniente reestruturação dos serviços de que resultou a resolução do Diretório Central, que recebeu o n. 0 443, ora em pleno vigor. O Regimento da Secretaria-Geral foi elaborado pelo Diretório Central e baixado, a título experimental, pela resolução n. 0 446, de 9 de junhoúltimo. A presente sessão ordinária da Assembléia-Geral cabe aprová-lo em definitivo. Será. esta uma das suas tarefas mais importantes, sobretudo porque - por mais incrível que pareça - a Secretaria-Geral jamais dispôs, de maneira coordenada, de dispositivos expressos, regulando os seus diferentes serviços, distribuidos pelos seus diversos setores de trabalho. Através de sua Divisão de Geografia, a Secretaria-Geral prosseguiu nos estudos de campo e de gabinete, concernentes à recuperaçlí.o econômica da Baixada Fluminense, atuando em cooperação com o Depart~mento Geográfico doEstado do Rio de Janeiro, e tendo em vista áreas suscetíveis de colonização, as colônias agrícolas existentes, o sertão carioca, as zonas produtivas da Baixada etc. Com referência à publicação de uma monografia sôbre o território do Amapá, a Secretaria-Geral está ultimando as providências no sentido de ser dado a lume, em futuro próximo, um trabalho sôbre êsse objeto da resolução n.o 372, da Assembléia-Geral. Na conformidade da resolução n. 0 377, foram entregues ao govêrno do estado de Goiás, 500 exemplares do livro "Mato Grosso de Goiás", de autoria do Prof. Speridião Faissol. Com respeito à resolução n.o 385, a Secretaria-Geral já tomou as providências iniciais, no sentido da publicação de u'a monografia geográfica sôbre o Acre, e, no tocante à de n.o 387, foram enviados aos Diretórios Regionais os trabalhos de · natureza regional para o efeito de receberem sugestões. No caso particular da resolução n. 0 392, dispondo sôbre a atualização dos valores das áreas do Brasil e de suas unidades federadas e municípios, é de elogiar-se o interêsse e o aprêço com que foram as mesmas examinadas por · alguns órgãos regionais. É de miste entretanto, que até ao presente me puderam alguns Diretórios Regior efeito as determinações da Assembl1 importante matéria. Em consonância com as idéiaf por esta Presidência, na ocasião d da XII sessão ordinária, e relativas ção e organização dos Diretórios Re como ao incentivo das atividades do país, é-me grato declarar que t cutivo do Conselho, por interméd Secretaria dos órgãos Regionais F111adas, tomou tôdas as providên< rias para que bem fôsse cumprida da Assembléia-Geral, dispondo sôb ração dos Diretórios Regionais. N1 nidade, pôde a Presidência afirma1 ção dos governos estaduais e dos t altamente lisonjeira, tomando a n as providências necessárias ao res· to ou reorganização dos Diretórios bases estabelecidas pelo RegulameJ selho e na conformidade dos dis] pressas no novo Regimento da Asl ral. A simples consulta aos arquiv taria-Geral revelará o alto apréço ram recebidos os expedientes da Pl! da Secretaria-Geral do Conselho, rel téria, fato, sem sombra de dúvida, do interêsse, do alto descortino e mo dos senhores governadores do territórios pela obra de grande e lidade que é o I.B.G.E. A Secretaria dos órgãos RegiOJ dades Filiadas, atuando sob a orlei! do Secretário-Geral do Conselho, efeito, uma grande missão a desem do-se em vista a missão coordenad selho, determinada pelo artigo 1.• que o instituiu. E a esclarecida pr Assembléia, no sentido de ser rE auxílio mínimo a cada um dos DI gionais, foi prontamente atendidf tório Central ao consignar, no at~ to do Conselho, o quantitativo tot1 dente, à base do qual pôde a Sec tomar as primeiras providências 1 III - Descendo, agora, às ativi< ficas das Divisões de Geografia e fia, cumpre-me consignar que as d Geografia tiveram como · objetivo coleta de elementos destinados à el monografias regionais para a "<J Brasil". Tôdas as Secções Regional realizaram trabalhos de campo e a formação de bibliografias geográ: ao mesmo objetivo. Nas Secções de Estudos GeográJ culo, de Publicações e Ilustraçõe cumentação foram, por sua vez, ela pas econômicos sôbre a produção dE mentícios em diversos estados, · sôb! cia de gado bovino no Brasil e dE em alguns estados; mapas de clim de hidrologia, de vegetação, de di~ população em · diferentes estados e paração entre os censos de 1940 e 1J densidade da população do Brasil \ delimitação do Polígono das Sêcas midade da lei n. 0 1 348, de fevereiJ Foi concluída a revisão da medi do Brasil, das unidades federadas cípios, e elaborado, em cooperaçãc mitê de Planejamento da Comissãl cimento do Nordeste, um cartogra são municipal do Nordeste em es 1:2 000 000. Concluíram-se, tambérr de campo que se vinha realizandc vale do rio Doce, em decorrência com a denominada "Companhia do Dloce", os quais, em seu relatório fl NOTICIARIO - que fixa a estrutura orgânica da • eral . Consoante pronunciamento Assembléia-Geral, foi cometido ao entrai o encargo de reexaminar a estruturaÇão dos serviços do Conpreciação cuidadosa do Diretório, no lssa importante matéria, resultou a 1ção, enfeixando, racionalmente, as serviço através das quais se desematividades da instituição. Ficaram. s os seguintes órgãos executivos : ~ Secretário-Geral; Divisão de Georsão de Cartografia e Divisão de lã o. E, segundo a experiência aconprovidência de alta relevância, foi a Divisão Cultural, cuja direção à alta competência do Dr. Virgílio o. ~o do 17. 0 aniversário do I.B .G.E . .. Conselho Nacional de Geografia &:ão de sua s atividades no campo· l, cartográfico, que foi muito apreustres visitantes, entre os quais o [ etor da tradicional Sociedade Brar ografia e numerosa turma de afiado-Maior do Exército. ! que tange aos trabalhos da Secretlo Conselho Nacional de Geografia.. 'executivo das deliberações do Conre-me comunicar, em primeiro piasido integralmente atendidas pela ~ós a manifestação expressa do Ditrai, as disposições contidas nos • da resolução n.o 381, bem como tois olução n.o 394. Refiro-me à elabo~imento da Secretaria e da sua nova gânica. Ao ensejo, foi examinada a reestruturação dos serviços de que ·esolução do Diretório Central, que o 443, ora em pleno vigor . O Regilecretaria-Geral foi elaborado pelo mtral e baixado, a titulo experif resolução n. 0 446, de 9 de junhoresente sessão ordinária da Assemcabe aprová-lo em definitivo. Será. s suas tarefas mais importantes, so[ue - por mais incrível que parete taria-Geral jamais dispôs, de manada, de dispositivos expressos, reeus diferentes serviços, distribuis diversos setores de trabalho. de sua Divisão de Geografia, a Seli prosseguiu nos estudos de cam/inete, concernentes à recuperação ~ Baixada Fluminense, atuando em om o Depart~mento Geográfico d~ ~io de Janeiro, e tendo em vista íveis de colonização, as colônias stentes, o sertão carioca, as zonas a Baixada etc. rência à publicação de uma monol o território do Amapá, a Secretatá ultimando as providências no er dado a lume, em futuro próxilalho sôbre êsse objeto da resoluda Assembléia-Geral. Na conforesolução n.o 377, foram entregues lo estado de Goiás, 500 exemplares ~to Grosso de Goiás", de autoria ridião Faissol. Com respeito à re385, a Secretaria-Geral já tomou ~ as iniciais, no sentido da publia monografia geográfica sôbre o .o cante à de n. 0 387, foram envia:tórios Regionais os trabalhos de · ional para o efeito de receberem l 1 )articular da resolução n. 0 392, disatualização dos valores das áreas le suas unidades federadas e mul elogiar-se o interêsse e o aprêço ram as mesmas examinadas por· 3. alguns órgãos regionais. É de mister afirmar-se, entretanto, que até ao present.e momento, não puderam alguns Diretórios Regionais levar a efeito as determinações da Assembléia sôbre tão importante matéria. Em consonância com as idéias expendidas por esta Presidência, na ocasião da instalação da XII sessão ordinária, e relativas à coordenação e organização dos Diretórios Regionais, bem como ao inéentivo das atividades geográficas do país, é-me grato declarar que o órgão executivo do Conselho, por intermédio da atual S ecretaria dos órgãos Regionais e Entidades Filiadas, tomou tôdas as providências necessárias para que bem fôsse cumprida a resolução da Assembléia-Geral, dispondo sôbre a restauração dos Diretórios Regionais. Nesta oportunidade, pôde a Presidência afirmar que a reação dos governos estaduais e dos territórios fel altamente lisonjeira, tomando a maioria dêles e.s providências necessárias ao restabelecimento ou reorganização dos Diretórios, dentro das bases estabelecidas pelo Regulamento do Conselho e na conformidade dos dispositivos expressos no novo Regimento da Assembléia-Geral. A simples consulta aos arquivos da Secretaria-Geral revelará o alto apréço com que foram recebidos os expedientes da Presidência ou da Secretaria-Geral do Conselho, relativos à matéria, fato, sem sombra de dúvida, confirmador do interêsse, do alto descortino e do patriotismo dos senhores governadores dos estados e territórios pela obra de grande e sadia brasilidade que é o I.B .G .E. A Secretaria dos órgãos Regionais e Entidades Filiadas, atuando sob a orientação direta do Secretário-Geral do Conselho, cabe, com efeito, uma grande missão a desempenhar, tendo-se em vista a missão coordenadora do Conselho, determinada pelo artigo 1. 0 do decreto que o instituiu. E a esclarecida providência da Assembléia, no sentido de ser reservado um auxilio mínimo a cada um dos Diretórios Regionais, fqi prontamente atendida pelo Diretório Central ao consignar, no atual orçamento do Conselho, o quantitativo total correspondente, à base do qual pôde a Secretaria-Geral tomar as primeiras providências executivas . III - Descendo, agora, às atividades específicas das Divisões de Geografia e de Cartografia, cumpre-me consignar que as da Divisão de Geografia tiveram como objetivo essencial a coleta de elementos destinados à elaboração das monografias regionais para a "Geografia do Brasil". Tôdas as Secções Regionais da Divisão realizaram trabalhos de campo e continuaram a formação de bibliografias geográficas visando ao mesmo objetivo . Nas Secções de Estudos Geográficos, de Cálculo, de Publicações e Ilustrações e de Documentação foram, por sua vez, elaborados mapas econômicos sôbre a produção de gêneros alimentícios em diversos estados, · sôbre a existência de gado bovino no Brasil e de ·gado suíno em alguns estados; mapas de climas, de solos, de hidrologia, de vegetação, de distribuição da população em diferentes estados e de sua comparação entre os censos de 1940 e 1950; mapa de densidade da população do Brasil em 1950 e de delimitação do Polígono das Sêcas, na conformidade da lei n.o 1 348, de fevereiro de 1951. Foi concluída a revisão da medição das áreas do Brasil, das unidades federadas e dos municípios, e elaborado, em cooperação com o Comitê de Planejamento da Comissão de Abastecimento do Nordeste, um cartograma da divisão municipal do Nordeste em escala de .... 1:2 000 000. Concluíram-se, também, os estudos de campo que se vinha realizando na área do vale do rio Doce, em decorrência do Convênio com a denominada "Companhia do Vale do Rio Doce", os quais, em seu relatório final, compre- 503 endem o levantamento de diversos mapas da bacia do referido flúmen, tais como: mapas geomorfológicos, geológicos, de tipos de clima~ de comparação de população rural entre os censos de 1940 e 1950, da população urbana e suburbana, de população total, de densidade de população, de distribuição da população, de distribuição do milho, do café, do feijão, da cana-de-açúcar e do gado bovino. Acham-se já impressas e entregues à Comissão do referido vale várias fôlhas do mapa geomorfológico da bacia fluvial em aprêço. Em suma, estão sendo ativados de tal modo os trabalhos decorrentes do referido Convênio, que é lícito esperar es· tejam os mesmos concluídos no prazo estipulado, - setembro dêste ano . A "Geografia do Brasil", que se está ela· borando, representará um importante acontecimento no âmbito cultural do país e constituirá a parte que cabe ao Brasil na organização da grande "Geografia das Américas", obra monumental que está sendo empreendida pelo Instituto Pau-Americano de Geografia e História , organismo especializado da Organização dos Estados Americanos. As Secções Sul e de Estudos Geográficos da Divisão estão levantando uma série de mapas do estado do Paraná, relativos, entre outros, ao censo de 1950 sob o aspecto geográfico e à distribuição da população rural e urbana, destinados à exposição ·comemorativa do centenário da elevação do Paraná e província. Quanto às edições da Divisão, tenho a satisfação de informar que foram publicados 8 números do "Boletim Geográfico" e 5 da "Revista Brasileira de Geografia", dentro do ritmo preestabelecido, bem assim os volumes l i e III dos Anais do "X Congresso Brasileiro de Geografia", o volume sôpre a "Zona de Influência da Cachoeira de Paulo Afonso" e entregues, para impressão, monografias sôbre os territórios do Acre e do Guaporé. Foi ainda iniciada e continuada a elaboração da bibliografia sôbre o ensino da Geografia , Não deverei deixar de mencionar aqui, por ser um fato auspicioso, ter-se realizado o Curso de Férias para professôres de Geografia do ensino secundário, em colaboração com a Faculdade Nacional de Filosofia. IV - Passando aos domínios da Divisão de Cartografia, verifica-se ter sido concluída a compilação de 6 fôlhas preparatórias da carta geral na escala de 1: 500 000, um mapa do Amapá na de 1: 1 000 000, outro do estado do Rio na de 1:400 000 e ainda outro do Brasil na de . .... . 1:2 500 000, bem como acharem-se revistas 24 fôlhas na escala de 1:500 000 em suas diversas fases de trabalho, desde a da compilação até à prova "off-set", bem como executada a revisão da compilação do mapa do estado do Rio acima referido e da prova "off-set" do referido mapa do Brasil, em 1:2 500 000. Foram executa das pela Secção de Reproduções 3 580 cópias diversas, 120 trabalhos fotocartográficos, 94 litográficos, 298 541 impressões "off-set", 14 743 composições tipográficas e compostas em "vari-typer" 13 publicações; e pela Secção de Restituição Aerofotogramétrica 50 300 fotografias "trimetrogon". Foram reconhecidas 112 estações, trianguladas 131, e montadas 102 tôrres, abrangendo o reconhecimento a área de 43 000 km 2 e a medição angular a de 19 570 km 2 • Foram nivelados 1 720 km e estabelecidas 1 035 RN (Referência Nível). Pela Secção de Bases, Astronomia e Gravimetria, foram feitas as observações em 12 pontos de Laplace e medidas 4 bases; e, pela de Levantamentos Mistos, executados caminhamentos no total de 6 813 km, determinados 15 567 pontos de altitude, estabelecidas 25 coordenadas e 15 declinações. Pela Secção 504 BOLETIM GEOGRAFICO de Cálculos foi realizado o ajuste de um trecho de triangulação numa área aproximada de ... 2 699 km2, com o total de 40 vértices, e o ajus-te de nivelamento trigonométrico duma área de 12 000 km 2 com o total de 54 vértices, além de calculadas 7 bases de I.n ordem e as coordenadas de 11 Laplace. V - No plano internacional, cumpre-me referir que, tendo constituído a ·comissão Nacional da União Geográfica Internacional e dispondo sôbre a criação da Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de Geografia, a Assembléia-Geral, em sua sessão ordinária do ano passado, determinou uma série de providências que a Secretaria-Geral já cumpriu. Tem agora essa Presidência a satisfação de anunciar que se encontra inteiramente constituída a Comissão Nacional, composta dos elementos culturais escolhidos na forma da resolução que a instituiu. Parece-me caber agora aos órgãos deliberativos indicar à Secretaria-Geral do Conselho os recursos de que poderá lançar mão para atender às despesas iniciais, indispensáveis para a convocação e os trabalhos preliminares da grande Comissão. No que concerne à cooperação com organismos internacionais, o Instituto, através da Divisão de Geografia, tem mantido estreita colaboração com o Instituto Pan-Americano de Geografia e História, especialmente na elaboração do relatório da situação dos conhecimentos dos recursos naturais do pais, e nos trabalhos relativos à instalação do Centro de Treinamento de Técnicos para o levantamento dos conhecimentos dêsses recursos no continente, centro êsse que, mercê da atuação diplomática do Itamarati, possivelmente será sediado nesta capital. Foram também da maior importância, quer no campo interno, quer na esfera internacional, as atividades do Conselho Nacional de Estatística, verificadas de julho do ano passado até junho último. I - No plano internacional, participou o Conselho Nacional de Estatística dos trabalhos da rr sessão da Comissão de Aperfeiçoamento das Estatísticas Nacionais (C.O.I.N.S.), em Ottawa, Canadá, sendo representado pelo Dr. Raul do Rêgo Lima, diretor do Serviço de Estatística da Produção do Ministério da Agricultura. É-nos grato consignar que o sistema de coordenação e cooperação interadministrativa adotado no Brasil no campo da estatística mereceu o maior interêsse daquela importante reunião de técnicos. Estêve presente sempre, nas exposições dos representantes de outros países, a idéia da instituição de um órgão nacional com a fôrça e as características áo C.N .E. Três assuntos foram objeto de debates e deliberação: 1. Estatísticas agropecuárias permanentes. 2. Coordenação estatística nacional. 3. Problemas relacionados com os censos. Atendendo a convite da O.N.U., o sistema estatístico brasileiro se fêz representar, também, no seminário das Nações Unidas sôbre Organização Estatística, reunindo igualmente em Ottawa, com a participação de 36 países. Motivos de fôrça maior impediram o comparecimento, àquela assembléia técnica, de delegação especial brasileira. Dela participou, como representante do Brasil, o mesmo delegado à sessão da Comissão de Aperfeiçoamento das Estatísticas Nacionais, Dr. Raul Lima. A outra importante assembléia internacional o Brasil também compareceu. Foi promovida, em Roma, pela Organização Mundial de Alimentação e Agricultura (F.A.O.) e versou sôbre números índices agrícolas. Dela participaram vinte estatísticos, representando oito nações e três organizações internacionais. A representação do Brasil estêve confiada ao professor Jorge Kingston. Entre outras decisões, nela se assentou que, para efeito de comparações internacionais, o conceito de produção deve ser o de suprimentos fornecidos pelas emprêsas agrícol!as nacionais ao mercado, incluída, se possível, a horticultura. - Deve ser assinalado, ainda, no que concerne à projeção da estatística brasileira no plano internacional, o fato significativo, e para nós honroso, de ter sido m;ganizado sob a direção ele um brasileiro, Sr. Tulo Hostilio Montenegro, ex-diretor técnico do Serviço Nacional de Recenseamento, o Centro de Ensino de Estatística Econômica e Financeira que o Instituto Interamericano de Estatística instalou em Santiago do Chile. São conhecidas as dificuldades que caracterizam o levantamento das estatísticas referentes à produção agrícola, agravadas no Brasil pela vastidão territorial e pela rarefação e irregularidade observadas na distribuição dos h'a bitantes da zona rural. O Conselho está empenhado em obter a instalação, em n'Osso pais, de um Centro de Treinamento para Estatísticas Agrícolas, sob o patrocínio da F. A. O. N este sentido, já foi solicitada a interferência do Ministério das Relações Exteriores junto àquele organismo internacional e iniciados entendimentos diretos com representantes daquele órgão especializado das Nações Unidas. Se, como tudo indica, essas gestões chegarem a bom têrmo, teremos dado mais um passo no sentido do aperfeiçoamento daquelas estatísticas, de fundamental importância sobretudo num pais, como o nosso, em que as atividades agrárias e pastoris, apesar do êxodo rural que se vem verificando, continuam predominando sôbre ai'! demais, constituindo a ocupação da maior parte da população ativa. II - Pasando ao plano interno, ou nacional, cumpre assinalar, desde logo, que uma comissão especialmente por mim designada vem procedendo à revisão do sistema de levantamento de estatísticas agropecuárias atualmente em vigor. Foi elaborado novo plano, colimando ao aperfeiçoamento das estatísticas referidas conforme recomendação do Comitê do Censo das Américas, do Instituto Interamericano de Estatística, e em obediência à resolução número 538, de 10 de julho de 1952, da Assembléia-Geral do Conselho. O esquema estudado será submetido, oportunamente, à apreciação dos membros da Assembléia-Geral, como subsídio para a adoção de novo processo de elaboração das estatísticas agropecuárias permanentes. o levantamento das estatísticas do comércio exterior, de cabotagem e por vias in~ernas, está sendo efetuado, desde 1.0 de janeuo do corrente ano, de acôrdo com a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias, aprovada pela resolução n.o 517, da última sessão da Assembléia-Geral, e que substitui, definitivamente, a. antiga Classificação de Mercadorias, que vmha sendo usada em caráter provisório. III - No período sob exame, o Conselho concedeu filiação ao Departamento de Estatística e ao Departamento de Estudos Econômicos da Bôlsa de Mercadorias de São Paulo, dois órgãos de indiscutível importância pelas atribuições que lhe cabem, na análise e orientação da economia paulista. Continuaram a sair normalmente, e sempre com a melhor aceitação, as publicações periódicas do Conselho: a "Revista Brasileira de Estatística", o "Boletim Estatístico" e a "Revista Brasileira dos Municípios". Mas, no setor publicitário, o maior serviço prestado, pelo ·Instituto, aos estudiosos do método estatístico foi, sem dúvida, o lançamento das traduções de duas obras de au ricanos - livros muito difundidos 1 nos Estados Unidos, onde, como é Sl bliografia estatística é das maiores Uma dessas obras, denominada "N. ta tisticos Aplicados à Economia e ao é devida à autoria do Sr. Frederick professor de Economia e Estatística sidade de Colúmbia, e, na opinião 1 dutor, Sr. H. E. Alvim Pessoa, "reme na ou diminui a dificuldade dos es cionados com os processos técnicos baseia a estatística econômica". cunho prático, do mesmo modo q1 compêndio, ."Estatística Geral e AIC Croxton e Cowden, também recente çado e cuja aceitação, nos meios tél adiantados do mundo, se infere PE ter alcançado oito edições, em ling em menos de cinco anos e meio. De todos os volumes publicados to, o que melhor documenta as vi do sistema, de interdependência a entre as repartições de estatística ex gente no Brasil, é o "Anuário Estatís çado pontualmente a 29 de maio, " tatístico e do Geógrafo", de acôrdo dição, o novo número do nosso print tório estatístico apresenta, em cent belas, uma visão de conjunto da brasileira, revelando em algarismos dos fenômenos essenciais da nossa ' mica, social, cultural, administrativa IV - É preciso cogitar, sem instalação de novas Agências de Est municípios recém-criados, o que, r do aumento de despesa sem cor1 acréscimo de arrecadação da "quo tística", torna mais imperativa a de concessão do refôrço do auxílio pela União para custeio dos serviço tuto. Felizmente, cumpre assinalar conhecida, por acórdão do colendo T deral de Recursos, a constitucional!< brança da aludida "quota" pelo In delegação do~ municípios, o que dE que emprêsas de diversões, autuadas das por falta de selagem dos ingre dos ao público, apresentassem propoi do, que foi aceita, devidamente r1 os interêsses da Caixa Nacional de Municipal. Por outro ·lado, a modicidade d orçamentárias impossibilitou muit ções do sistema do Instituto de mell equipamento material, circunstância o mérito do muito que lo~raram re O próprio órgão central da Secrt vem lutando, há anos, com insuficii cursos para se desobrigar satisfatoz seus pesados e múltiplos encargos. ainda êste ano logrado êxito em s1 no sentido da melhoria substancial orçamentário federal destinado à 1 de seus serviços, o Conselho contin zando, para ocorrer a despesas ind os destaques imprescindíveis da Cai de Estatística Municipal. Enquanto esta situação perdura cretaria-Geral na contingência de a cução de um plano, que tem em rn lhoria das instalações de algumas Regionais. V - Era imprescindível proced estruturação dos quadros e serviço taria-Geral. Cinco anos decorrido: da vigência da resolução n. 0 303, d zembro de 1947, da Junta Central comportava a organização da Secre na estrutura e na distribuição dos regular desenvolvimento dos enca NOTICIARIO ação do Brasil estêve confiada ao )rge Kingston. Entre outras decils e assentou que, para efeito de internacionais, o conceito de proer o de suprimentos fornecidos peagrícol!as nacionais ao mercado, possível, a horticultura. - Deve tlo, ainda, no que concerne à protatística brasileira no plano interato significativo, e para nós honsido organizado sob a direção de o, Sr. Tulo Hostílio Montenegro, ~ cnico do Serviço Nacional de ReI· o Centro de Ensino de Estatfsl ica e Financeira que o Instituto :n o de Estatística instalou em Sanle. hecidas as dificuldades que caracevantamento das estatísticas refedução agrícola, agravadas no Braidão territorial e pela rarefação e le observadas na distribuição dos zona rural. O Conselho está emi obter a instalação, em nosso pais, ro de Treinamento para Estatístisob o patrocínio da F.A.O. Nesfá foi solicitada a interferência do as Relações Exteriores junto àqueD- internacional e iniciados entenjl"etos com representantes daquele ~lizado das Nações Unidas. Se, col1ca, essas gestões chegarem a bom los dado mais um passo no sentido amento daquelas estatísticas, de importância sobretudo num pais, o, em que as atividades agrárias e sar do êxodo rural que se vem ve)ntinuam predominando sôbre al!l jt ituindo a ocupação da maior par~ção ativa. ~ a s, sando ao plano interno, ou nacioassinalar, desde logo, que uma ecialmente por mim designada vem l revisão do sistema de levantamenrticas agropecuárias atualmente em la borado novo plano, colimando ao nto das estatísticas referidas comendação do Comitê do Censo s, do Instituto Interamericano de e em obediência à resolução nú~ 10 de julho de 1952, da Assemdo Conselho. O esquema estudanetido, oportunamente, à apreciatnbros da Assembléia-Geral, como a adoção de novo processo de elaestatísticas agropecuárias perma- amento das estatistic~ do comérjde cabotagem e por vias internas, efetuado, desde 1.0 de janeiro do , de acôrdo com a Nomenclatura Mercadorias, aprovada pela resoda última sessão da Assembléiae substitui, definitivamente, a anfação de Mercadorias, que vinha em caráter provisório. r. período sob exame, o Conselho ção ao Departamento de Estatis~partamento de Estudos Econômi- [de Mercadorias de São Paulo, dois discutível importância pelas atrilhe cabem, na análise e orienta! mia paulista. ~am a sair normalmente, e semelhor aceitação, as publicações pe:onselho: a "Revista Brasileira de o "Boletim Estatístico" e a "Rera dos Municípios". setor publicitário, o maior serviço 1 ·Instituto, a~s estudiosos do méco foi, sem dúvida, o lançamento das traduções de duas obras de autores americanos - livros muito difundidos e reputados nos Estados Unidos, onde, como é sabido, a bibliografia estatística é das maiores do mundo. Uma dessas obras, denominada "Métodos Estatísticos Aplicados à Economia e aos Negócios', é devida à autoria do Sr. Frederick Cecil Mills, professor de Economia e Estatística da Universidade de Colúmbia, e, na opinião de seu tradutor, Sr. H. E. Alvim Pessoa, "remove, contorna ou diminui a dificuldade dos estudos relacionados com os processos técnicos em que se baseia a estatística econômica". É livro . de cunho prático, do mesmo modo que o outro compêndio, ."Estatística Geral e Aplicada", de Croxton e Cowden, também recentemente lançado e cuja aceitação, nàs meios técnicos mais adiantados do mundo, se infere pelo fato de ter alcançado oito edições, em lingua inglêsa, em menos de cinco anos e meio. · De todos os volumes publicados, entretanto, o que melhor documenta as virtualidades . do sistema, de interdependência a cooperação entre as repartições de estatística em geral, vigente no Brasil, é o "Anuário Estatístico". Lançado pontualmente a 29 de maio, "Dia do Estatístico e do Geógrafo", de acôrdo com a tradição, o novo número do nosso principal repertório estatístico apresenta, em centenas de tw-belas, uma visão de conjunto da atualidade brasileira, revelando em algarismos a evolução dos fenômenos essenciais da nossa vida econômica, social, cultural, administrativa e politica. IV - É preciso cogitar, sem demora, da instalação de novas Agências de Estatística, em municípios recém-criados, o que, representando aumento de despesa sem correspondente acréscimo de arrecadação da "quota de estatística", torna mais imperativa a necessidade de concessão do refôrço do auxilio concedido pela União para custeio dos serviços do Instituto. Felizmente, cumpre assinalar ter sido reconhecida, por acórdão do colendo Tribunal Federal de Recursos, a constitucionalidade da cobrança da aludida "quota" pelo Instituto, por delegação dos municípios, o que deu ensejo a que emprêsas de diversões, autuadas e processadas por falta de selagem dos ingressos vendidos ao público, apresentassem proposta de acôrdo, que foi aceita, devidamente resguardados os interêsses da Caixa Nacional de Estatística Municipal. • Por outro "lado, a modicidade das dotações orçamentárias impossibilitou muitas repartições do sistema do Instituto de melhorarem seu equipamento material, circunstância que realça o mérito do muito que lo~raram realizar. O próprio órgão central da Secretaria-Geral vem lutando, há anos, com insuficiência de recursos para se desobrigar satisfatoriamente de seus pesados e múltiplos encargos. Não tendo ainda êste ano logrado êxito em seus esforços no sentido da melhoria substancial do auxilio orçamentário federal destinado à manutenção de seus serviços, o Conselho continuou autorizando, para ocorrer a despesas indispensáveis, os destaques imprescindíveis da Caixa Nacional de Estatística Municipal. Enquanto esta situação perdura vê-se a Secretaria-Geral na contingência de adiar a execução de um plano, que tem em mira, de melhoria das instalações de algumas Inspetorias Regionais. V - Era imprescindível proceder-se à reestruturação dos quadros e serviços da Secretaria-Geral. Cinco anos decorridos do inici~ da vigência da resolução n. 0 303, de 30 de dezembro de 1947, da Junta Central, não mais comportava a organizaç&,o da Secretaria-Geral, na estrutura e na distribuição dos serviços, o regular desenvolvimento dos encargos de sua 505 competência, acrescidos de muito, quer no campo administrativo, quer no da técnica estatística. Impunha-se adaptar o órgão às exigências renovadas de seu funcionamento, já por meio de uma reestruturação dos serviços, no sentido de sua racionalização, já pela recomposição de seus quadros e tabelas de pessoal. As resoluções de ns. 403 e 404, baixadas a 11 de dezembro de 1952, pela Junta Central, resultaram de longos estudos e amplos debates. Conforme estatuiu a primeira delas, a Secretaria-Geral passou a constituir-se dos seguintes órgãos: I - Gabinete do Secretário-Geral; II - Serviço Nacional , de Recenseamento; III - Consultoria Jurídica; IV - Inspetorias Regionais de Estatística; V - Agências Municipais de Estatística; VI - Laboratório de Estatística; VII - Diretoria de Levantamentos Estatísticos; VIII - Diretoria de Documentação e Divulgação; IX - Diretoria de Administração. Turmas especializadas integram o Laboratório de Estatística, ao passo que as Diretorias se desdobram em Serviços, Secções e Turmas, de acôrdo com a importância e a amplitude dos respectivos setores de trabalho. Quanto à resolução n. 0 404, teve por objetivo imediato reestruturar o Quadro Permanente e a Tabela Numérica de Mensalistas, conforme as necessidades do serviço, mas atendeu ao mesmo tempo às justas aspirações de melhoria do funcionalis!illo da Secretaria-Geral do Conselho. É cedo ainda para aquilatarmos as vlrtualidades da nova organização interna da Secretaria-Geral. Desde já, porém, se observa que, sob a supervisão do secretário-geral, os diferentes setores de trabalho se entrosam harmoniosamente, esforçando-se cada um em conseguir maior rendimento e concorrer para o acréscimo geral de produção. Os serviços administrativos se desenvolvem satisfatoriamente, ao passo que os trabalhos técnicos retomam o ritmo normal . Como já referi anteriormente, sucedem-se as publicações, no empenho de maior atualização, de mais pronta divulgação dos dados elaborados e das informações coligidas. No que tange, ainda, ao aperfeiçoamento do pessoal, cabe-me aludir à concessão de bôlsas de estudo a cinco servidores do Conselho, duas das quais para um Curso de Amostragem de Estatística Agrícola, em Quito, duas pa:ra um estágio de aperfeiçoamento nos Estados Unidos e uma para o Centro de Ensino de Estatística Econômica e Financeira, em Santiago do Chile. VI - Passando a referir-me aos árduos tra. balhos censitários, sob a responsabilidade da Secretaria-Geral, continuaram êles a desenvolver-se de forma satisfatória. Do Censo Demográfico, cujos resultados preliminares foram divulgados a contar do mês de março de 1951, deu-se seguimento à publicação de dados definitivos reunidos nas "Seleções dos principais dados", que já compreendem 23 unidades federadas . No ano em curso, foram divulgadas, por ordem cronológica, as "Seleções" correspondentes aos estados da Bahia, Amazonas e Santa Catarina, achando-se em provas tipográficas os exemplares referentes a Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Concluídas as apurações relativas aos três últimos estados, a Junta Executiva Central aprovou, em resolução censitária n. 0 40, de 22 de maio dêste ano, para posterior ratificação do Govêrno, os resultados gerais definitivos da população do Brasil, recenseada em 1. 0 de julho de 1950. ... A 29 de maio do corrente ano, décimo sétimo aniversário do Instituto, o Serviço Nacio- 506 BOLETIM GEOGRAFICO nal de Recenseamento divulgou, em edição mimais de 80% do material distribuído em todo meográfica, a "Seleção dos principais dados do o terr_itório nacional, tudo indicando que, pela Censo Demográfico", constante de 12 quadros primeira vez na história da instituição, esteja para o conjunto do Brasil, além de 11 outros a campanha encerrada dentro do prim'Mro seem que se acham reunidos resultados para &s mestre dêste ano. regiões fisiográficas e unidades da Federação. VII _ No campo das atividades internas Duas tabulações especiais (Municípios com população superior a 50 000 habitantes e cidades da Secretaria-Geral, cabe referir, desde logo, il o trabalho realizado pelo Laboratório de Estae v as que ·possuem mais de 5 000 habitantes) tística, sob a orientação do assessor técnico do encerram a "Seleção" · • Conselho, professor Giorgio Mortara, trabalho No tocante aos Censos Econômicos cujos de que resultou 0 enriquecimento das diversas resultados preliminares foram divulgados em séries de publicações, em que são aproveitados julho de 1952, 0 Serviço Nacional de Recenseaos dados dos recenseamentos de 1940 e 1950 e mento reeditou, em edição "off-set", a "Sidos levantamentos da estatística permanente. nopse Preliminar do Censo Industrial", enriquecida de novos elementos para a União e as Cabe referir que a série "Estudos Demográunidades da Federação. o Serviço Nacional de ficos" atingiu, até abril dêste ano o númeRecens_eamento vem antecipando, ainda, a diro 55; ao número 31 chegaram os "Éstudos sôvu!gaçao elos resultados censitários, por interbre as quantidades e os preços das mercadorias medio de "Notas" diárias e "Comunicados" produzidas ou negociadas"; e foram lançados mensais, de ampla aceitação, fornecidos à imos dois primeiros "Estudos sôbre o censo indusprensa e ao rádio. trial de 1950". • Merece referência especial a utilizaçãÓ que · ' Tendo exposto em sucinto relato as ativivem tendo os resultados censitários divulgados dades mais importantes dos Conselhos Nacioaté o momento, por parte de órgãos adminisnais de Geografia e Estatística e as das respectr.ativos e instituições especializadas. Entre outivas Secretarias-Gerais, tenho a satisfação de tros, cumpre destacar a Equipe de Estudos da pôr em merecido destaque, por último, duas Renda Nacional, do Instituto Brasileiro de Ecomarcantes realizações que se prendem, uma ao nomia da Fundação Getúlio Vargas, nos traba-· Conselho Nacional de Geografia e outra ao Conlhos concernentes à estimativa da renda naselho Nacional de Estatística . Quero referir-me cional, a Assessoria Técnica da Presidência <ia à ligação do sistema geodésico brasileiro ao República, no planejamento de atividades báarco intercontinental e à criação da Escola Brasicas do país, o Ministério do Trabalho na resileira de Estatística. visão dos níveis de salários e do abon'o famiO término da cadeia de triangulações, que liar, a Comissão Nacional de Bem-Estar Social possibilitou a ligação em referência, desenvola Comissão Nacional de Políti.ca Agrária, o Ban~ veu-se da fronteira Brasil-Bolívia até o sistema co de Desenvolvimento Econômico, o Conselho g odésico brasileiro de primeira ordem e veio Nacional de Economia, em estudos diversos. completar os trabalhos da secção brasileira da Menção especial deve ser feita à apuração cadeia transcontinental, que se estenderá furelativa às "favelas" existentes no Distrito Feturamente do Território do Alaska ao Rio Granderal, com a finalidade de fornecer novas conde do Sul e ao Chile. :ttste notável acontecitribuições à solução de problema da habitação mento foi celebrado em solenidade realizada· a de tais núcleos da população carioca. 60 km da cidade de São José do Rio Prêto, em São Paulo, estando presente o secretário-geral, De acôrdo com o programa de trabalho estenente-coronel De Paranhos Antunes. O tret a belecido, o Serviço Nacional de Recenseacho terminado é fruto da cooperação brasileimento vem dedicando especial cuidado à taro-norte-americana, representada pelo Consebulaç~o dos resultados, prevendo-se, para fins lho Nacional de Geografia e pelo "Inter Amede _19o3, que o rendimento alcance 40 %, em rerican Geodetic Survey", e significa notável tralaçao ao Censo Demográfico e 50 % no que se balho de colaboração internacional, onde técrefere aos Censos Econômicos. Trata-se da fanicos brasileiros e americanos, como na ocase mais complexa e demorada dos trabalhos de sião salientou o secretário-geral, levaram a bom apuração, na qual são apreciadas as caractetêrmo a medição de 118 vértices de triangularísticas investigadas em função dos cruzamenção de primeira ordem, num período de detos possíveis. De acôrdo com o esquema adozesseis meses de árduas operações nos estados tado, deverão ser divulgados os resultados comde Mato Grosso e de São Paulo. pletos correspondentes ao estado do Paraná ainda êste ano, por ocasião do primeiro cen~ A recente criação da Escola Brasileira de tenário da criação da província. Logo a seEstatística, a primeira, no gênero, existente na guir serão apresentados os dados relativos ao América Latina e que se acha em pleno funestado de São Paulo ~ ao ensejo do seu quarto cionamento, visa não só a melhorar o nível centenário, em começos de 1954. técnico dos servidores dos órgãos estatísticos como a contribuir eficazmente, em futuro próFoi dado andamento à publicação dos "Doximo, para a formação de pessoal destinado a cumentos Censitários", que ficaram acrescidos outros setores de atividade. o secretário-ge·dos seguintes volumes: "O quesito Religião no ral do Conselho Nacional de Estatística, Dr. Censo Demográfico de 1950" "As Favelas do Maurício Filchtiner, em seu substancioso disDistrito Federal e o Censo' Demográfico de curso proferido por ocasião da inauguração da 1950", "Cadastros Preliminares no RecenseaEscola, aludiu à "fome de estatísticas" que mento de 1950" e "Classificação de Indústrias ora existe no mundo moderno. Como observa no Recenseamento de 1950". eminente tratadista, o grande desenvolvimento o serviço Nacional de Recenseamento ini- dos levantamentos de informações numéricas, ciará, a contar do mês de julho dêste ano a disôbre os fenômenos interessantes para o hovulgação dos "Dados Preliminares do 'Censo mem de Estado, achou a sua expressão caracAgrícola", antecipando, assim, 0 conhecimenterística nas publicações oficiais e especialmento das atividades agropecuárias do país, pesquite nos anuários estatísticos nacionais e intersadas no levantamento censitário de 1950 . nacionais, que hoje formam o "vade-mecum" indispensável ao administrador público; de sorAinda neste setor, devo salientar, especialte que "países vastos e populosos, - Estados, mente, que a XVII Campanha Estatística, lanprovíncias, grandes cidades -, não poderiam çada no início do corrente ano, graças às proser convenientemente administrados sem o vidências tomadas pela Secretaria-Geral, ofeconstante aproveitamento dessas informações, recia, a 15 de maio último, uma situação- ausque apresentam aos governos a visão quantitapiciosa: já se achava concluída a coleta de tiva dos mais diversos aspectos da vida nacio- nal ou local". Sem as estatísticas mente empíricos (ia dizer charla planos e planejamentos da admh blica; e as próprias administraç dos bancos e das grandes emprêsa mercantis, ou mesmo agrícolas, ni sam. Por outro lado, assumindo : antiga Estatística, - ciência do e caráter de "ciência dos fenômenos te típicos e método geral para o fenômenos nas ciências concreta a Estatística elemento de grande para o desenvolvimento não só da ciais, como a sociologia, a econom ciência das finanças, a geografi antropogeografia, mas ainda das cas, como a meteorologia, e das c: gicas, como a biometria. Donde : desde logo, a alta expressão teór: que é, para o nosso país, em maté e como centro de estudo super! Brasileira de Estatística. O Cons1 ·de Estatística pode ufanar-se de com a criação de sua Escola, Uni viço à nossa pátria. Ao finalizar esta minha expo1 o grato dever de apresentar n agradecimentos aos senhores mer retório Central de Geografia e d : cutiva Central de Estatística, aos cionários dos Conselhos e, espec senhores secretários-gerais, a prec: ção que vão prestando a esta Pre sibilitando-lhe destarte cumprir e com ânimo as suas complexas todos os senhores delegados e I dirijo minhas efusivas saudações, melhores votos para que os trabal sembléia-Geral alcancem o mais to, no sentido da realização das dadês do Instituto, para a grande! Ainda durante a cerimônia d senhores brigadeiro Castro Lima berto Martins que, como represent legações federais, respectivamente, gráfica e estatística, saudaram os tes das unidades federadas às m bléias. Em agradecimento, falara sen{10res doutores Américo de O delegado do Rio Grande do Norte, cerda, delegado do estado de Sal Apresentação de relatórios - delegados das várias unidades feita, durante as reuniões ordinl sentação de relatórios referentes geográficas levadas a efeito nos I tados, e que serão publicados o neste Boletim. Moções Foram aprovadas diversas moções, dentre as quais 1) a que apresenta aplausos a do de Carvalho pela sua atuaçãl como pioneiro do moderno ensino ao ensejo do transcurso do 40. 0 1 aparecimento de sua obra Geogr~ proposta essa de autoria do Ten cio De Paranhos Antunes; 2) a q voto de louvor ao Ten.-Cel. Deocl nhos Antunes, pela iniciativa da 1 centro de estudos de Geopolítica! real e aplicação no Brasil, de au Delgado de Carvalho; 3) a de ' pela passagem do centenário de , b~~~~~~ia g~i~:~aná, l1e autoria d~ Outros pronunciamentos fize pomo sejam: o do Sr. Kepler Teixl teceu os trabalhos realizados p gráfico "Rio Branco", de corveta Maximiliano Ed ligados ao levantamento do - 3 NOTICIARIO J material distribuído em todo lonal, tudo indicando que, pela . história da instituição, esteja cerrada dentro do prim'e iro se- o. campo das atividades internas eral, cabe referir, desde logo, zado pelo Laboratório de Estatentação do assessor técnico do >sor Glorgio Mortara, trabalho o enriquecimento das diversas :tções, em que são aproveitados censeamentos de 1940 e 1950 e ;os da estatística permanente. que a série "Estudos 'Demográaté abril dêste ano, o núme·o 31 chegaram os "Estudos sôies e os preços das mercadorias 11egociadas"; e foram lançados > "Estudos sôbre o censo indus- :t o em sucinto relato as ativiortantes dos Conselhos Nacioa e Esta tfstica e as das respec:-Gerais, tenho a satisfação de !o destaque, por último, duas ações que se prendem, uma ao al de Geografia e outra ao Conle Estatística. Quero referir-me .stema geodésico brasileiro ao mtal e à criação da Escola Bra>tica. la cadeia de triangulações, que gação em referência, desenvolira Brasil-Bolivia até o sistema üro de primeira ordem e veio Lbalhos da secção brasileira da ;inental, que se estenderá fu·rritório do Alaska ao Rio GrauChile. 1l::ste notável aconteci~ado em solenidade realizada· a de São José do Rio Prêto, em tdo presente o secretário-geral, De Paranhos Antunes. O tre: fruto da cooperação brasileina, representada pelo CanseGeografia e pelo "Inter Ameurvey", e significa notável traração internacional, onde téce americanos, como na ocasecretário-geral, levaram a bom J de 118 vértices de triangulaordem, num período de deárduas operações nos estados e de São Paulo. riação da Escola Brasileira de 1meira, no gênero, existente na e que se acha em pleno funt não só a melhorar o nível ridores dos órgãos estatísticos ir eficazmente, em futuro prórmação de pessoal destinado a e atividade. O secretário-ge' Nacional de Estatística, Dr. ner, em seu substancioso dispor ocasião da inauguração da 1 "fome de estatísticas" que undo moderno. Como observa sta, o grande desenvolvimento os de informações numéricas, mos interessantes para o hoachou a sua expressão caraclicações oficiais e especialmenestatísticos nacionais e intertoje formam o "vade-mecum" administrador público; de sor·astos e populosos, - Estados, ies cidades -, não poderiam :nente administrados sem o litamento dessas informações, aos governos a visão quantitaversos aspectos da vida nacio- nal ou local". Sem as estatísticas, serão meramente empíricos (ia dizer charlatanescos), os planos e planejamentos da administração pública; e as próprias administrações privadas dos bancos e das grandes emprêsas industriais, mercantis, ou mesmo agrícolas, não as dispensam. Por outro lado, assumindo atualmente a antiga Estatística, - ciência do estadista -, o caráter de "ciência dos :fenômenos coletivamente típicos e método geral para o estudo dêsses fenômenos nas ciências concretas", tornou-se a Estatística elemento de grande importância para o desenvolvimento não só das ciências sociais, como a soc~ologia, a economia politica, a ciência das finanças, a geografia política, a antropogeografia, mas ainda das ciências físicas, como a meteorologia, e das ciências biológicas, como a biometria. Donde se depreende, desde logo, a alta expressão teórica e prática que é, para o nosso país, em matéria de ensino e como centro de estudo superior, a Escola Brasileira de Esta tfstica. O Conselho Nacional ·de Estatística pode ufanar-se de ter prestado, com a criação de sua Escola, um grande serviço à nossa pátria. Ao finalizar esta minha exposição, cumpro o grato dever de apresentar meus cordiais agradecimentos aos· senhores membros do Diretório Central de Geografia e da Junta Executiva Central de Estatística, aos demais funcionários dos Conselhos e, especialmente aos senhores secretários-gerais, a preciosa colaboração que vão prestando a esta Presidência, possibilitando-lhe destarte cumprir normalmente e com ânimo as suas complexas funções. E a todos os senhores delegados e representantes dirijo minhas efusivas saudações, com os meus melhores votos para que os trabalhos desta Assembléia-Geral alcancem o mais completo êxito, no sentido da realização das altas finalidades do Instituto, para a grandeza do Brasil". Ainda durante a cerimônia discursaram os senhores brigadeiro Castro Lima e doutor Alberto Martins que, como representantes das delegações federais, respectivamente, das alas geográfica e estatística, saudaram os representantes das unidades federadas às mesmas assembléias. Em agradecimento, falaram, depois, os senhores doutores Américo de Oliveira Costa, delegado do Rio Grande do Norte, e Roberto Lacerda, delegado do estado de Santa Catarina. Apresentação de relatórios - Por parte dos delegados das várias unidades federadas foi feita, durante as reuniões ordinárias, a apresentação de relatórios referentes às atividades geográficas levadas a efeito nos respectivos estados, e que serão publicados oportunamente neste Boletim. Moções Foram aprovadas pelo plenário diversas moções, dentre as quais assinalamos: - 1) a que apresenta aplausos ao Prof. Delgado de Carvalho pela sua atuação profissional, como pioneiro do moderno ensino da Geografia; ao ensejo do transcurso do 40. 0 aniversário do aparecimento de sua obra Geografia do Brasil, proposta essa de autoria do Ten.-Cel. Deoclécio De Paranhos Antunes; 2) · a que propõe um voto de louvor ao Ten.-Cel. Deoclécio De Paranhos Antunes, pela iniciativa da criação de um centro de estudos de Geopolítica, sua situação real e aplicação no Brasil, de autoria do Prof. Delgado de Carvalho; 3) a de congratulações pela passagem do centenário de fundação da , província do Paraná, d.e autoria do Prof. Manuel Diegues Júnioll. Outros pronunciamentos fizeram-se ouvir, como sejam: o do Sr. Kepler Teixeira, que enalteceu os trabalhos realizados pelo navio hidrográfico "Rio Branco", comandado pelo capitão de corveta Maximiliano Eduardo da Fonseca, ligados ao levantamento do canal norte do rio 507 Amazonas, requerendo votos de pesar pelos marujos daquele barco sucumbidos em serviço; o do senhor Manuel Diegues Júnior, que assinalou o transcurso do 50. 0 aniversário de nascimento do cientista A-:-tur Ramos, sôbre cuja vida e obra fêz importante comunicação; o do general Gaioso Almendra, que tratou do aproveitamento do babaçu existente nos vales do Mearim, Itapecuru e Parnaíba; o do senhor Manuel Diegues Júnior, que· analisou o sentido geográfico do último discurso proferido pelo Sr. João Cleofas, titular da pasta da Agricultura, perante a Câmara dos Deputados. Visitantes ilustres- A Assembléia Geral do C .N.G. recebeu a visita do senador Anisio Jobim e do Prof. Josué de Castro, aos quais foram, ao ensejo, prestadas homenagens. * HOMENAGEADO O SECRETARIO-GERAL DO C. N. G. - O tenente-coronel De Paranhos Antunes, secretário-geral do Conselho Nacional de Geografia, foi alvo de expressiva homenagem da Assembléia Geral através do discurso do ministro Alvaro Teixeira Soares, representante do Itamarati, cujos têrmos são os seguintes: "Na sessão de ontem devo reconhecer que nós, involuntàriamente, cometemos um deslize, de modo que tomei uma deliberação e espero que tenha o apoio de todos os companheiros, para que êste involuntário d eslize seja reparado. Refiro-me ao fato de não termos consignado em ata umas palavras de aprêço, na primeira sessão, ao nosso secretário-geral, o coronel Deoclécio De Paranhos Antunes. É a primeira vez que êle tem assento, como secretário-Geral do Conselho Nacional de Geografia, em nossa Assembléia Geral. E, sinto-me perfeitamente à vontade para dizer que se trat a de uma personalidade possuidora de títulos que justificariam que nós, na sessão de ontem houvéssemos consignado algumas palavras de louvor por sua designação, fazendo votos para que êle seja muito feliz nesta investidura. Ser secretário-geral de uma organização como esta é uma tarefa sumamente difícil, requer muita operosidade e dedicação ao mesmo tempo que compreensão de todos os problemas em todos os setores, não só na parte administrativa como na parte de designações como também o uso de todos os elementos técnicos. De modo que o coronel De Paranhos Antunes não tem neste momento um pôsto invejável, devo dizer, mas sua capacidade de trabalho, sua dedicação aq I.B.G.E., seus dotes literários de escritor e suas qualidades de técnico constituem penhor de que êle levará para diante esta obra em que cada um contribui com um tijolo, um pouco de areia, enfim, de acôrdo com a possibilidade de cada um". O homenageado agradeceu proferindo as seguiu tes palavras: "Quero agradecer as bondosas palavras com que o ilustre representante da Casa de Rio Branco, nesta Assembléia Geral, o senhor ministro Alvaro Teixe<ira Soares, se referiu à minha investidura no cargo de secretário-geral, e à minha condição de estar aqui reunido, pela primeira vez, como secretário-geral, a esta Assembléia que reúne representantes de todos os estados da Federação. Como já disse alhures, aquêles que fazem Geografia, aquêles que estudam a terra, que fazem levantamentos geodésicos, os engenheiros e geógrafos, em suma, são os que mais amam a sua pátria. O ilustre representante do Ministério das Relações Exteriores, ministro Teixeira Soares é uma figura, sob todos . os pontos de vista, bri- • 508 • BOLETIM GEOGRAFICO lhante, culta e especializada em assuntos referentes ao Brasil. Ainda há pouco, foi êle o secretário-geral da C. E. P. A. L., em sua grande reunião que teve lugar em Petrópolis e levou a multo bom têrmo sua missão. Tem êle viajado, por designação do Ministério das Re~ações Exteriores pelo Brasil afora, princlpalmen te no Amazonas, de onde êle nos tem dado, através do "Jornal do Comércio" as impressões de sua viagem. De modo que ser saudado por um ministro à altura do ministro Teixeira Soares é para mim uma honra, de grande significação. E por isto, agradeço as palavras bondosas que me dirigiu em nome dos senhores delegados". Comunicações Dentre as comunicações levadas à consideração do plenário, cumpre assinalar a do Eng. Valdemar Lobato, representante de Minas Gerais, sôbre a organização de um documentário dos municípios brasileiros, assim redigida: "Temos o prazer de comunicar a esta Assembléia que o Departamento Geográfico do Estado de Minas Gerais está empenhado em fazer um estudo que evidencie a marcha da municipalização; partindo das comunas mineiras existentes, procurar suas origens, na tentativa de fixar a fo~mação das várias cédulas, com a análise da divisão do território e das questões de toponímia. Todos sabemos que a divisão político-administrativa do pais está sendo constantemente alterada. Com a criação de novas unidades ou com a mudança da linha de limites nas modificações comuns de territórios, a nossa carta politica apresenta fisionomia instável. A necessidade de revisão sucessiva, se indica progresso - uma vez que é determinada pelo desenvolvimento que se verifica em tôdas as regiões do pais - , pode criar dificuldades para o estudo, para as relações comuns entre as pessoas de áreas diferentes e até para a administração, se não se proceder a um trabalho sistematizado do quadro nacional, em que se consignam as unidades existentes e suas origens. Se cada unidade da Federação realizar essa tarefa, remontando das comunas atuais às células de origem, com referências às várias fisionomias apresentadas através da História, teremos ai um elemento inestimável para estudo, não apenas da Geografia e História, como também um ponto de partida até para estudos de sociologia e economia, com a indicação das áreas que mais se apresentam aproveitadas pelo homem. Bem sabemos que êsse trabalho não é fácil; supõe volume bastante apreciável de tarefas, com a exigência da mais cuidada atenção. De fato é confuso o período colonial se não atentam~s para os documentos básicos que são a fonte histórica; na época imperial, a fisionomia das províncias era alterada no decorrer de todo o ano, com pequenas mudanças de limites, criação de comunas, às vêzes supressão em movimento interminável por falta de obj~tividade da lei e pelos interêsses políticos dos governos, que se sucediam a prazo curto no poder. Demais, a dificuldade cresce devido à topo nímia: nomes mui to extensos ou repetições na mesma região perturbam o pesquisador menos avisado. Assim trata-se de uma obra que requer estudo atento e dedicação e ainda muitos elementos informativos, como papéis oficiais, livros de leis, mapas e tradições. Parece-nos que o trabalho só pode ser desempenhado a contento pelas repartições estaduais, uma vez que é nos arquivos dos estados que se encontra todo êsse acervo. Sugerimos, pois, que as delegações aqui prel!lentes considerem a possibilidade de realização de uma obra assim: uma espécie de dicionário dos municípios do estado, consignando-se em cada município a origem e os desmembramentos que o território ·já sofreu, bem como as variações toponimlcas. Além do dicionário, quadros e esquemas poderão ilustrar bem o assunto, facilitando a sua prvnta compreensão. ~sse trabalho será útil ao estudioso da realidade nacional em suas várias faces, servirá à História e à Administração. Quanto a nós, especialmente, dedicados à Geografia por interêsse de estudo e por função profissional, não precisamos justificar o significado da obra: ela será auxiliar eficiente em nossos serviços. Realizando-a, cumprimos duas das atribuições que são cometidas aos nossos órgãos: a de esclarecer as dúvidas geográficas que se apresentam à exata divisão político-administrativa dos estados e a de contribuir com uma obra informativa útil a quantos se interessam por problemas de sua região". O Eng. Flávio Vieira, representante do Mi-. nistério da Viação e Obras Públicas, apresentou interessante comunicação sôbre a extensão do rio Amazonas, cujos têrmos são os seguintes: "Do Peru chega-nos uma notícia que parece não ser despropósito nosso reproduzir nesta Assembléia, por isso que diz respeito ao portentoso rio Amazonas. Embora não constitua uma noticia que interesse direta e fundamentalmente à geografia brasile~ra, pois trata-se da ainda controvertida determinação da fonte dessa nossa formidável corrente potâmica (donde um interêsse relativo para nós), desejamos, todavia, fazer-lhe aqui uma referência, para anotá-la em nossos trabalhos como mais uma contribuição, mais um esfôrço visando a desvendar um dos mistérios do Amazonas: o verdadeiro ponto !istográfico de seu nascimento. A noticia a que nos referimos informa que o explorador francês Michel Perrin, membro da· Sociedade de Geografia de Paris, acaba de verificar que a extensão total do nosso grandioso rio equatorial é de 6 440 quilômetros e não de 5 600 quilômetros, como segundo êle, ·se afirma. Isso - assim justifica êle a sua conclusão porque as origens do Amazonas estão nas nascentes do rio Apurlmaque e êste não nasce na lagoa de Vilafro, como se acredita, mas no nevado de Huacra. O Sr. Perrin, cuja missão no Peru, com tal objetivo, é patrocinada pela UNESCO e pelo Museu do Homem, iniciou a sua exploração pelas zonas do lago Titlcaca e da bacia do Apurimaque, devendo reiniciar dentro em pouco sua viagem em canoa através dêsse e dos rios Ene, Ene-Tamboe e Ucalali, para atingir o Amazonas e descê-lo até o Atlântico. É: oportuno relembrar que no século XVI o descobrimento do lago Lauricôcha (em 1535) levou os espanhóis a fixarem nêle as nascentes do Amazonas, a cêrca de 80 quilômetros de Cêrro do Pasco, o que se admitiu por muito tempo. Em 1925 o Pro!. Agnelo Bittencourt, baseado nas explorações de cientistas inglêses e americanos, adotou como rio principal o rio Vilcanota, que recebe o Apurimaque e o Ucaiali. Informa o ilustre professor Delgado de Carvalho, nosso digno e brilhante companheiro nesta reunião que na fôlha cartográfica S.D.-9 (Puno-Rio Beni) da Sociedade Americana de Geografia está indicada a cota de 4 314 metros nas cabeceiras do Vilcanota, perto de La Raya. E então conclui: "seria, pois, a origem possível do rio, no separador das águas entre a vertente amazônica, a vertente do lago Tit1caca e a vertente do Pacífico". Aliás, quanto a essa altitude, gado já admite em um de seus r pêndios de Geografia ser de 4 760 ll (mais elevada pois) ela nascente ci num dos pequenbs lagos do tabu do Pasco", que seria o lago Santan mil metros acima do La uricocha. nua a considerar a questão como c1 "Adotada a solução do Vllcanot da Delgado de Carvalho - o nos ria a ser, não mais o terceiro em e o segundo do globo, em igualdade com o Nilo". (Quanto à superfície como se sabe, o Amazonas ultra deràvelmente o Mlssissipe, o Nilo O professor Oton Leonardos que sabemos, um interessante tr1 as. nasc'e,ntes do Amazonas. Não de citá-lo, por isso que é de granl ela para. o assunto aqui focallzad< Mas, senhor presidente, ai fie! geográfica que nos permitimos faz ta magna Assembléia, onde o Bra tllando assuntos de sumo interêss geografia. Anotemo-la". O Sr. Cronje da Silvelr~. rep estado do Pará, focalizando o pro tlma cheia do rio Amazonas profe nlcação abaixo: "É: do conhecimento geral a rio Amazonas e alguns de seus a stonando grandes prejuízos à econ tados do Pará e Amazonas. O fen~ chente e vazante nos rios da baci teve êste ano uma expressão nac1 verdadeiro cataclismo pa:a a po habita às margens do rio Amazon tório paraense e amazonense. A l do Rio-Mar, dentro de um mês, para conter o volume de águas e es as imensas várzeas, cobrindo terrt século foram pela primeira vez st las águas fluviais. Dez munlcip (Juriti, Faro, Orlxlmlná, óbidos Alenquer, Monte Alegre, Prainha, l e Almelrim) e nove do Amazonas \ rlntins, Urucurltiba, Urucará, Barr piranga, Itaquatlara, Manacapuru 1 raro rudemente atingidos. As cidt ses de Orlxlminá, óbldos, SantaréJ Monte Alegre e Prainha, e no Ame dades de Urucurltuba, de Parintln. tiara e até a capital baré, a bel Manaus, tiveram suas ruas submer! pos sumiram ante a alagação e pe ilustres companheiros, . que fale região. Não é a enchente, é a a água subindo sempre, dia e noite, superando todos os récordes de e1 últimos anos. Havia na lembrança res a cheia de 1922 e ultlmamete a a de 1953 superou tôdas. A água l blr e durante quase um mês a A to é, a planície do Rio-Mar fico lago sem fim, onde podia se diz\ não se punha ao termino do dia pérlo da água, da água que mata de 400 000 quilômetros. Veio agort e para nós do Extremo Norte é cruciante, pois se• a descida das ág curso normal dos anos anteriores não serão tantos. Mas se a desci~ vagarosa como os dias de inverno, nômeno será para a nossa terra, co1 clismo. E por isso a nossa angúsj do homem impotente ante a na verdade, tôda a nação foi mobilizad der aos socorros dos flagelados pe~ governos, federal, estaduais e m' classes conservadoras, as instituiÇ e particulares levaram o confôrto sistêncla, num comovente movtm co !pios do estado, consignando-se em :ipio a origem e os desmembramenerritório ·já sofreu, bem como as vaonimicas. Além do dicionário, quale mas poderão ilustrar bem o assunldo a sua pronta compreensão. 1:sse rá útil ao estudioso da realidade nasuas várias faces, servirá à História listração. Quanto a nós, especiallcados à Geografia por interêsse de )r função profissional, não precisacar ·o significado da obra: ela será !ciente em nossos serviços . Realitmprimos duas das atribuições que las aos nossos órgãos: a de esclavidas geográficas que se apresentam risão político-administrativa dos esle contribuir com uma obra infora quantos se interessam por prosua região". Flávio Vieira, representante do Mi-. 1V iação e Obras Públicas, apresentou comunicação sôbre a extensão do s, cujos têrmos são os seguintes: 1 chega-nos uma noticia que paredespropósito nosso reproduzir neseia, por isso que diz respeito ao lo Amazonas. não constitua uma noticia que inta e fundamentalmente à geogra[a, pois trata-se da ainda contror minação da fonte dessa nossa for·ente potâmica (donde um interêsse : nós), desejamos, todavia, fazer -lhe eferência, para anotá-la. em nossos mo mais uma contribuição, mais visando a desvendar um dos mis(Uazonas: o verdadeiro ponto fisioseu nascimento. a que nos referimos informa que francês Michel Perrin, membro da " Geografia de Paris, acaba de vea extensiio total do nosso grantuatorial é de 6 440 quilômetros e O quilômetros, como segundo êle, Lssim justifica êle a sua conclusão origens do Amazonas estão nas rio Apurimaque e êste não nasce Vilafro, como se acredita, mas no uacra. errin, cuja missão no Peru, com é patrocinada pela UNESCO e do Homem, iniciou a sua expiozonas do lago Titicaca e da barimaque, devendo reiniciar dentro ~a viagem em câ.noa através dêsse ll:ne, Ene-Tamboe e Ucaiali, para 'l.azonas e descê-lo até o Atlântico. lno relembrar que no século XVI nto do lago Lauricôcha (em 1535) mhóis a fixarem nêle as nascentes s , a cêrca de 80 quilômetros de sco, o que se admitiu por muito s o Prof. Agnelo Bittencourt, baseara ções de cientistas inglêses e amebu como rio principal o rio Vilcaebe o Apurimaque e o Ucaial1. o ilustre professor Delgado de Cardigno e brilhante companheiro o que na fôlha cartográfica S.D.-9 ·e ni) da Sociedade ,Americana de a indicada a cota de 4 314 metros 's do Vilcanota, perto de La Raya. conclui: "seria, pois, a origem io, no separador das águas entre nazônica, a vertente do lago Titltente do Pacifico". NOTICIARIO Aliás, quanto a essa altitude, o prof. Delgado já admite em um de seus recentes compêndios de Geografia ser de 4 760 metros a cota (mais elevada pois) da nascente do Amazonas, num dos pequenbs lagos do tabuleiro do "Nó do Pasco", que seria o lago Santana, a cêrca de mil metros acima do Lauricocha. Mas, continua a considerar a questão como controvertida. "Adotada a solução do Vilcanota - diz ainda Delgado de Carvalho - o nosso rio passaria a ser, não mais o terceiro em extensão, mas o segundo do globo, em igualdade de condições com o Nilo". (Quanto à superfície de sua bacia como se sabe, o Amazonas ultrapassa consideràvelmente o Mississipe, o Nilo e Congo). O professor Oton Leonardos publicou, ao que sabemos, um interessante tra balho sôbre as nasc'e,ntes do Amazonas .. Não quero deixar de citá-lo, por isso que é de grande importância para o assunto aqui focalizado. Mas, senhor presidente, aí fica a novidade geográfica que nos permitimos fazer ecoar nesta magna Assembléia, onde o Brasil está ventilando assuntos de sumo interêsse para a sua geografia. Anotemo-la". O Sr. Cronje da Silveir~. representante do estado do Pará, focalizando o problema da última cheia do rio Amazonas proferiu a comunicação abaixo: "É do conhecimento geral a enchente do rio Amazonas e alguns de seus afluentes, ocasionando grandes prejuízos à economia dos estados do Pará e Amazonas. O fenômeno da enchente e vazante nos rios da bacia amazônica teve êste ano uma expressão nacional, foi um verdadeiro cataclismo pa ~ a a população que habita às margens do rio Amazonas em território paraense e amazonense. A imensa calha do Rio-Mar, dentro de um mês, foi pequena para conter o volume de águas e estas tomaram as imensas várzeas, cobrindo terras que neste século foram pela primeira vez submersas pelas águas fluviais. Dez municípios do Pará (Jurití, Faro, Oriximiná, óbidos, Santarém, Alenquer, Monte Alegre, Prainha, Pôrto d o Mós e Almeirim) e nove do Amazonas (Manaus, Parintins, Urucuritiba, Urucará, Barreirinha, Itapiranga, Itaquatiara, Manacapuru e Maués) foram rudemente atingidos. As cidades paraenses de Oriximiná, óbidos, Santarém, Alenquer, Monte Alegre e Prainha, e no Amazonas as cidades de Urucurituba, de Parintins, de Itaquatiara e até a caoital baré, a bela cidade de Manaus, tiveram suas ruas submersas. Os campos sumiram ante a alagação e permitam aqui ilustres companheiros, que fale a língua da região. Não é a enchente, é a alagação, é a água subindo sempre, dia e noite, noite e dia, superando todos os récordes de enchentes dos últimos anos. Havia na lembrança dos moradores a cheia de 1922 e ultimamete a de 1949, mas a de 1953 superou tôdas. A água parou de subir e durante quase um mês a Amazônia, isto é, a planície do Rio-Mar ficou como um lago sem fim, onde podia se dizer que o sol não se punha ao termino do dia. Era o império da água, da água que mata, numa área de 400 000 quilômetros. Veio agora a vazante, e para nós do Extremo Norte é o momento cruciante, pois se • a descida das águas seguir o curso normal dos anos anteriores os prejuízos não serão tantos. Mas se a descida fôr lenta, vagarosa como os dias de inverno, então o fenômeno será para a nossa terra, como um cataclismo. E por isso a nossa angústia, angústia do homem impotente ante a natureza. Em verdade, tôda a nação foi mobilizada para atender aos socorro3 dos flagelados pelas águas. Os governos, federal, estaduais e municipais, as classes conserv~doras, as instituições públicas e particulares levaram o confôrto de sua assistência, num comovente movimento de so- 50SI lidariedade humana. Senhores - o I.B.G.E. não ficou à margem do drama da Amazônia. O Conselho de Geografia enviou seus técnicos, o geógrafo, professor Lúcio de Castro Soares e o técnico em fotografia Tibor Jablonsky - que perlustraram as regiões inundadas colhendo observações que serão, por certo, valiosas para estudos do fenômeno. Voltaram agora do Norte os técnicos do C. N. G. e breve terel'llos as noticias cientificas, as observações "de visu" a respeito da enchente e vazante dos rios. O problema, meus senhores, ou melhor o drama da Amazônia , ante a água dos rios amazônicos, serviu para uma observação preliminar, que os estudiosos da geogr afia r egional logo anotaram. A bacia do rio Toca ntins, não foi atingida pela enchente. A própria ilha de Marajó à foz do grande rio, n ão teve nenhuma influência em seu regime de águas. E voltou a antiga pendência: - é ou não o Tocantins afluente do Amazonas? E a enchente teve uma singular fi s io~omi a . Não era certa nos pontos de observação : enquanto em Santarém atingia ao m á ximo, em Manaus ainda crescia e em Prainha, 900 quilômetros além ainda estava o rio baixo. Tudo era desencontrado. E a gente pensa no velho conceito "de que na Amazônia tudo é grande exceto o Homem". Eis a comunicação que faço a esta nobre Assembléia, uma comunicação triste por certo, pela imensa riqueza, destruída pelas águas, pois em outras épocas, quando o rio também saltava do seu leito para inundar as grandes várzeas, não havia a população ribeirinha da atualidade e nem existia a exploração agrícola, os imensos jutais que trouxeram para nossa terra a esperança de melhores dias de progresso e que agora, sob o império das águas, desaparecem. Outra comunicação que despertou vivo interêsse foi a proferida pelo ministro Teixeira Soares sôbre os trabalhos da Comissão Demarcadora de Limites . 1:sse pronunciamento está assim redigido: "Falar da Comissão Demarcadora de Limites, dependente da Divisão de Fronteiras do Mi.:. nistério das Relações Exteriores, equivale a tratar de matéria da máxima benemerência nacional, em que a ciência se conjuga ao desinterêsse e ao patriotismo. Um grande demarcador da fronteira sul, Soares de Andréa, barão de Caçapava, a despeito do seu afanoso encargo, teve tempo de fundar a régua e a esquadro a cidade de Santa Vitória do Palmar. Um dema rcador atual, o coronel Lincoln Caldas, chefe da 2.a Divisão da Comissão Demarcadora de Limites, fundou uma escola pública gratuita na fronteira com o Panlguai, em Tacuru no município de Amabai. Brás Dias de Aguiar, cujo nome desperta sempre grata emoção entre todos os que prezam a ciência geográfica, organizou de maneira modelar o escritório da 1.a Divisão da Comissão Demarcadora de Limites, com sede em Belém, havendo-se transformado, justamente por causa de suas memoráveis campanhas dema rcatórias, . num grande mestre da nossa Geografia. Apenas alguns exemplos curiosos. A Comissão Demarcadora de Limites trabalha sem publicidade, empenhada em cumprir o seu dever. Os chefes das duas Divisões da Comissão Demarcadora de Limites, que são militares, - e a Comissão possui organização militar -, estão inteiramente volvidos para os problemas complexos decorrentes de suas atividades. É natural, pois, que as atividades beneméritas da Comissão Demarcadora de Limites sejam conhecidas apenas por um número muito restrito de técnicos. 510 BOLETIM GEOGRAFICO Num conceito luminoso, Napoleão afirmou que "a política dos Estados está em sua Geografia". Reclus sentenciou que "a Geografia é a História no espaço; a História é a Geografia no tempo". Os elementos fundamentais da Polftica são a História e a Geografia. Não há política, no sentido lato da palavra, sem o binômio Geografia e História. Assim sendo, a Polftica é também oora de cultura, porque de cultura são seus dois elementos básicos. É a exemplificação do grande conceito de Spengler, em sua obra "Decadência do Ocidente" de que o que vive antes, depois ou fora de uma cultura é um homem inistórico" (Vorher, machher und ausserhalh ist er geschichtlos") II, pg. 58. A Comissão Demarcadora de Limites realiza uma ação altamente curiosa que pode ser encarada sob duplo aspecto: política, quando, no terreno, demarca, caracteriza e individualiza um trecho da fronteira; científica, ao investigar e estudar as condições de uma xegião, paralelamente ao trabalho político, com o fito da incorporação científica e econômica de determinada área ao território nacional. No mundo moderno, com o grande desenvolvimento do Direito Internacional, da ciência geográfica e da técnica aplicada aos cometimentos de demarcação, a fronteira tem muitos problemas. Segundo a definição de um técnico francês moderno, a fronteira é uma "isóbara política, que fixa, por um tempo, o equilíhrio entre duas pressões: equilíbrio de fôrças". É assim que Jacques Ancel define a fronteira . As atividades da Comissão Demarcaddra de Limites, segundo a tradição das diversas Comissões de limites anteriores, têm sido altamente interessantes. A propósito, recordar-se-á que o barão de Parima, em sua carta geográfica da fronteira com a Venezuela, de 1882, fêz a seguinte inscrição: "Sertão desconhecido e habitado por numerosas tribos de índios bravios". O coronel Bandeira Coelho, chefe da 1. a Divisão da Comissão Demarcadora de Limites, descobridor da verdadeira nascente do rio Verde, segundo o depoimento recente e insuspeito do filho do coronel Fawcett, está procedendo à correção, em versão definitiva, da carta do barão de Parima, conforme tive ocasião de verificar durante a minha recente estada na Amazônia. · A Geografia moderna é, pois, um elemento de ação, uma ciência viva, muito diferente daquela nomenclatura estéril doutros tempos. Ratzel atribuiu-lhe os seguintes elementos fundamentais: Loçal ("Lage"), Espaço ("Raum"), Forma ("Gestalt") e Limites ("Grenzen"). A Comissão Demarcadora de Limites por conseguinte, lida com todos êsses elementos científicos e com elementos técnicos de campo. Tanto realiza trabalhos de gabinete, como realiza trabalhos de campo. E já que estamos falando em demarcações, é preciso salientar que, mercê de Deús, tivemos grandes demarcadores na regiãó amazônica: o barão de Parima, o barão de Ladário, o barão de Tefé, o general Taumaturgo de Azevedo, o almirante Guinobel, o almirante Ferreira da Siilva, o comandante Brás Dias de Aguiar, o coronel Renato Barbosa Rodrigues Pereira, o coronel Bandeira Coelho, natural do Rio Grande do Sul, mas perfeitamente identificado com os problemas da Amazônia. A Comissão Demarcadora de Limites - 1.• Divisão lida com as realidades físicas do mundo amazônico. Trata-se realmente de um mundo, quer no sentido especial, quer no sentido econômico. Seu setor de operações vai da Guiana Francêsa ao Peru. Ela tem a tarefa da iden- tificação e definição de vastíssimo trecho da fronteira política do Brasil. Sua ação realiza-se num meio hostil. É uma missão de sacrifícios constantes: remonta de rios, cruzamento de serras, vadeação de cachoeiras, contactos com tribos indígenas. A medida que progridem seucl trabalhos de campo, o demarcado:r transforma-se também em etnógrafo e mesmo em agente político. É uma tarefa difícil, que requer desprendimento, alheamento ao confôrto das cidades, contacto com duríssimas realidades físicas. É o cumprimento de um dever, cientifico e patriótico, polftico e moral. De acôrdo com o Direito Internacional e com a Geopolftica, o limite é uma linha; a fronteira é uma zona, definida por Ratzel como o "órgão periférico do Estado". Kjellén, um dos mestres da Geopolítica, distinguiu na Geopolftica as seguintes partes específicas: a Morfopolítica, que estuda o "espaço político", isto é, o território; a Topopolítica, que estuda as organizações e formas de govêrno sob o determinismo de agentes físicos e outros e a Fisiopolftica que estuda as riquezas e fontes de possibilidades econômicas de um Estado. De modo geral, as nossas fronteiras são naturais, artificiais ou vivas ou mortas. Há exemplos de "fronteiras mortas". O Tratado de Santo Ildefonso, de 1777, previu "fronteiras mortas", com seus "espaços neutros", onde não se podiam construir fortificações ou quartéis. Hoje, as "fronteiras mortas" são as zonas desprovidas de vida econômica, como ainda temos em certos pontos da Amazônia. Felizmente, não temos as chamadas "fronteiras de tensão", que por vêzes existiram na Europa e Asia, motivando conflitos diplomáticos e mesmo guerras. · O grande setor de trabalho da 1.• Divisão da Comissão Demarcadora de Limites está atualmente enquadrado entre a serra de Pacaraima, ao norte, o Rio Branco, a leste, o rio Negro, ao sul, e a serra de Parima, a oeste. A 1.• Divisão tem, por conseguinte, um vasto teatro de operações. É constituída por geógrafos e exploradores, de . primeira ordem. Conheço-os. Rendo-lhes o tributo de minha admiração. Citarei apenas um exemplo característico: em 1939, a Comissão Mista Brasileiro-Venezuelana, de que fêz parte o técnico brasileiro Luis de Sousa Martins, realizou os primeiros reconhecimentos da região das controvertidas nascentes do Orinoco, tendo-se para tanto ut111zado de um avião pilotado pelo norte-americano Jimmie Angel. Em 1943, d engenheiro Leônidas de Oliveira, da mesma Comissão, no avião do norte-americano Arthur James Williams, hoje estabelecido na Guiana Inglêsa, sobrevoou as nascentes do Orinoco, realizando excelente trabalho de reconhecimento. Ao mesmo tempo que tal se fazia, outra turma da 1.• Divisão chefiada pelo técnico Rubens Nelson Alves subiu o Catrimani, descobriu o braço do "Tigre" e conseguiu afinal chegar às águas do braço formador principal do grande rio venezuelano, cuja nascente foi descoberta (afirmam os venezuelanos) pela expedição Joseph Grell1er-Franz Laforest-Pierre Couret, em 27 de novembro de 1951. A 2.• Divisão, que tem o setor da fronteira do Brasil com a Bolfvia, Paraguai, Argentina e Uruguai, é chefiada pelo coronel Lincoln Caldas, técnico de perfeita competência. É preciso salientar que os interêsses nacionais afetos à Divisão de Fronteiras do Ministério das Relações Exteriores são consideráveis (demarcações de fronteiras, Estrada de Ferro Brasil-Bolfvia, comunicações internacionais, negociações a respeito do petróleo boliviano, etc.) e se revestem, as mais das vêzes, da maior responsab111dade. A 1. a Di visão realizou in lhos nestes últimos anos. Brí demarcou a fronteira com as e Holandesa e parte da front zuela. Em 1952, a Comissão de dades à fronteira com a Ve d ilhPira de Pacaraima , carac de águas das duas grandes 1 nas e do Orinoco, trabalhan< os formadores dos rios brasill ricaá e Surubai e dos rios .rauamuxi e Ibaraca. Durante os trabalhos re1 teira com a Venezuela em 1! 16 pontos, sôbre os quais se l outros marcos, que receberam M 1 a M 16, em correspondêi ao critério adotado para refe na fronteira brasileiro-venezl Em Belém realizou-se a 2! Comissão Brasileiro-Venezuel de Limites, com o fim espe os trabalhos realizados, aprec1 -pectivos resultados. A fronteira com a Colôo da de 1930 a 1937 pelos em Pais de Sousa Brasil e Rena gues Pereira, em cumprimen Limites e Navegação Fluvial, ro, firmado em 15 de noveml teira assim definida no seu foi objeto de uma inspeçã Comissão Mista de inspeção ·p ela fronteira brasileiro-colo foram comissários o coronel (Brasil) e o coronel Laverde O marco especial construídt rapé Santo Antônio, muito .ação do tempo, foi derrubado dois outros levantados com c .sença, um em solo do Brasil da Colômbia. Novos marcos dos em diferentes pontos, e! médias aos marcos assentes coronel Renato Barbosa Roq Comissão de inspeção finaliz no rio Içá. Os trabalhos de campo sil-Paraguai, realizados pela sen volveram -se normalmente tivos imperiosos, houvessem s .seu inicio. Prosseguiu a demarcação de Maracaju, em ponto multe de operações que a Comissâ dade de Ponta Porá. Com técnicas diurnas e noturnas tradas e picadas de exploraç marcos de concreto, além < que são cumpridas no interl barracas, no desconfôrto que pamento construído · no mei< marcação, em si, consome -energia. Apesar de tudo, o resultaq panha foi amplamente satis são da linha demarcada, enti verá e Jacareí foi de 33 quilôrr truídos 36 marcos, satisfeita sibllidade de cada um em re zinhos. Os feçhamentos angu ligonal de exploração forarr -dentro dos limites estabelecid cia. Os extremos da poligon careí) foram determinados p das geográficas e o levantam _planimétrico cobriu uma ár cêrca de 30 quilômetros quad Justo é que façam uma cs grandes demarcadores qu fefinição de vastissimo trecho da [tica do Brasil. Sua ação reall~eio hostil. É uma missão de saltantes: remonta de rios, cruzar.r as, vadeação de cachoeiras, conlbos indígenas. A medida que prorabalhos de campo, o demarcador também em etnógrafo e mesmo blftico. É uma tarefa difícil, que 'n dimento, alheamento ao confôrs, contacto com duríssimas realiÉ o cumprimento de um dever, n.triótico, político e moral. ~ com o Direito Internacional e plítica, o limite é uma linha; a ma zona, definida por Ratzel coperiférico do Estado". m dos mestres da Geopolítica, Geopolítica as seguintes partes Morfopolítica, que estuda o "es', isto é, o território; a Topopotuda as organizações e formas de ~ determinismo de agentes físicos Fisiopolítica, que estuda as riquede possibilidades econômicas de geral, as nossas fronteiras são nalais ou vivas ou mortas. Há exemnteiras mortas". O Tratado de 11so, de 1777, previu "fronteiras seus "espaços neutros", onde não ~struir fortificações ou quartéis. 11teiras mortas" são as zonas desida econômica, como ainda temos ontos da Amazônia. Felizmente, chamadas "fronteiras de tensão", i existiram na Europa e Asia, moitos diplomáticos e mesmo guer- 1 setor de trabalho da 1.• Divisão )emarcadora de Limites está atualdrado entre a serra de Pacarail, o Rio Branco, a leste, o rio 1 e a serra de Parima, a oeste. ~isão tem, por conseguinte, um de operações. É constituída por lxploradores, de . primeira ordem. Rendo-lhes o tributo de minha Jitarei apenas um exemplo caem 1939, a Comissão Mista Braie lana, de que fêz parte o técniLufs de Sousa Martins, realizou reconhecimentos da região das 1 nascentes do Orinoco, tendo-se iillzado de um avião pilotado pericano Jimmie Angel. Em 1943, Leônidas de Oliveira, da mesma avião do norte-americano Arthur ps, hoje estabelecido na Guiana ~voou as nascentes do Orinoco, Ecelente trabalho de reconheciesmo tempo que tal · se fazia, ouI.a Divisão chefiada pelo técnico iQ Alves subiu o Catrimani, des~ do "Tigre" e conseguiu afinal ~ a~e~~z::r~~~. f~~j:d~~sfe~~~i~~! t firmam os venezuelanos) pela eph Grelller-Franz Laforest-Pier[ 27 de novembro de 1951. são, que tem o setor da fronteira a Bolfvia, Paraguai, Argentina e efiada pelo coronel Lincoln Cal~e perfeita competência. salientar que os interêsses naà Divisão de Fronteiras do Mitelações Exteriores são considerá:tções de fronteiras, Estrada de 3olfvia, comunicações internacio:ões a respeito do petróleo bolise revestem, as mais das vêzes, •onsabilidade. l NOTICIARIO A I.a Divisão realizou importantes trabalhos nestes últimos anos. Brás Dias de Aguiar demarcou a fronteira com as Guianas Inglêsa e Holandesa e parte da fronteira com a Venezuela. Em 1952, a Comissão dedicou suas atividades à fronteira com a Venezuela. Na cord ilhPira de Pacaraima , caracterizou o divisor de águas das duas grandes bacias do Amazonas e do Orinoco, trabalhando na zona entre os formadores dos rios brasileiros Majari, Uraricaá e Surubai e dos rios venezuelanos Paxauamuxi e Ibaraca. Durante os trabalhos realizados na fronteira com a Venezuela em 1952 foram locados 16 pontos, sôbre os quais se levantaram tantos outros marcos, que receberam as designações de .M 1 a M 16, em correspondência e seguimento ao critério adotado para referência de marcos na fronteira brasileiro-venezuelana. Em Belém realizou-se a 25.a Conferência da '<Jomissão Brasileiro-Venezuelana Demarcadora de Limites, com o fim especial de consignar os trabalhos realizados, apreciando-lhes os res-pectivos resultados. A fronteira com a Colômbia, já demarcada de 1930 a 1937 pelos coronéis Temístocles Pais de Sousa Brasil e Renato Barbosa Rodrigues Pereira, em cumprimento do Tratado de Limites e Navegação Fluvial, do Rio de Janeiro, firmado em 15 de novembro de 1928, fronteira assim definida no seu traçado essencial, foi objeto de uma inspeção realizada pela . Comissão Mista de inspeção e caracterização pela fronteira brasileiro-colombiana, na qual foram comissários o coronel Bandeira Coelho (Brasil) e o coronel Laverde (Colômbia). O marco especial construido na bôca do igarapé Santo Antônio, muito maltratado pela .ação do tempo, foi derrubado e substituído por dois outros levantados com o objetivo de pre.sença, um em solo do Brasil e outro em solo da Colômbia. Novos marcos foram construidos em diferentes pontos, em posições inter.Illédias aos marcos assentes pelo demarcador coronel Rena to Barbosa Rodrigues Pereira. A Comissão de inspeção finalizou suas operações no rio Içá. Os trabalhos de campo da fronteira Brasil-Paraguai, realizados pela 2.a Comissão, desenvolveram-se normalmente embora, por motivos imperiosos, houvessem sido retardados no .seu inicio. Prosseguiu a demarcação na extensa serra de Maracaju, em ponto muito afastado da base de operações que a Comissão mantém na , cidade de Ponta Porá. Com as suas operações técnicas diurnas e noturnas, abertura de estradas e picadas de exploração, construção de marcos de concreto, além de outras tarefas que são cumpridas no interior de ranchos ou barracas, no desconfôrto que oferece um acampamento construído · no meio da mata, a demarcação, em si, consome muito tempo e -energia. Apesar de tudo, o resultado colhido da campanha foi amplamente satisfatória. A extensão da linha demarcada, entre os vértices Caaverá e Jacareí foi de 33 quilômetros, sendo construídos 36 marcos, satisfeita a condição de visibilidade de cada um em relação aos dois vizinhos. Os feçhamentos angular e linear da poligonal de exploração foram bons, mantidos .dentro dos limites estabelecidos para a tolerância. Os extremos da poligonal (Caaverá e Jacarei) foram determinados por suas coordenadas geográficas e o levantamento altimétrico e .Planimétrico cobriu uma área de terreno de cêrca de 30 quilômetros quadrados. Justo é que façam uma referência a todos .os grandes demarcadores que, no passado, fo- 511 ram pacificos e vigilantes defensores da fronteira do Brasil. Por seus assinalados serviços merecem particular referência o barão de Caçapava, o barão de Capanema, o barão de Parima, o barão de Ladário, os almirantes Guinobel e Fernando da Silva, o barão de Maracaju, o barão de Tefé, o general Dionísio Cerqueira, Euclides da Cunha, o general Belarmino de Mendonça e o comandante Brás Dias de Aguiar, para falar apenas de mortos, e mortos gloriosos". 'tl CONFER:I!:NCIAS REALIZADAS - Durante a Assembléia Geral foram promovidas duas conferências destinadas aos seus componentes: uma a cargo do Prof. John H. Kolb, que focalizou o tema: "Interdependência da Geografia e Sociologia nos Estudos da Comunidade Rural"; a outra foi proferida pelo engenheiro Fábio de Macedo Soares Guimarães que analisou os aspectos geográficos da realidade brasileira. Resumo da conferência do professor John H. Kolb - "A geografia e a sociologia assemelham-se muito, ao estudar a sociedade, principalmente a sociedade rural. Essa semelhança na função complementar de ambas é reconhecida nos Estados Unidos; encontrei-a nos países escandinavos e agora aqui, no Brasil. Usamos muitas expressões em comum, às vêzes com diferenças sutis de significação, tais como: humano, cultural, regional, rural, urbano, demografia, ecologia. No laboratório do professor William Anderson, geógrafo da Universidade de Estocolmo, reconheci os mesmos materiais básicos que usamos em Wisconsin para estudar as alterações e tendências das comunidades rurais e suas vizinhanças, dos povoados e pequenas cidades, e, para analisar sua in terrelação. Na Noruega o professor Isaackson, diretor do Departamento de Geografia da Universidade de Oslo, associou-se, com seus estudantes, ao nosso grupo de sociologia e psicologia no estudo de campo de Strands, comunidade rural de Sunlllore, nordeste de Noruega. Na Universidade de Wisconsin a geografia está incluída no Departamento de Ciências Sociais. Na esperança de que tal descrição seja de vosso interêsse e benefício, tentarei desc::ever em resumo o campo da sociologia rural, indicando algumas tendências de seus métodos de pesquisa, exemplificando-os com projetos atuais, para ilustrar êsses aspectos ou tendências. Também eu espero aprender convosco quais os últimos aspectos da pesquisa no campo da geografia e como, poderão as duas ciências colaborar com mais eficiência para melhor compreensão da sociedade rural. O campo da sociologia rural - A sociologia rural é simplesmente boa sociologia aplicada ao estudo da sociedade rural. Analisa as bases sociais da Sociedade, com as atuais tendências das relações humanas e com algum estudo dos vários caminhos a que essas tendências levam. Relaciona-se, portanto, com a previsão e a compreensã:o das variadas formas e processos que caracterizam uma sociedade em transição. A sociologia rural nos Estados Unidos, embora influenciada por tendências que descreverei adiante, tem seu próprio campo de interêsse e de pesquisa que inclui: 1') relações de grupo utillzando conceitos tais como família, fazenda, comunidade, habitantes rurais vizinhos de núcleos de população maiores, povoado, e o entrosamento de suas atividades; 512 BOLETIM GEOGRáFICO 2) população, especialmente os aspectos sociais de migração seletiva, de fertilidade e de vitalidade; 3) organização institucional e 4) personalidade e formaç ão de classes relacionadas a diferentes sistemas de valores. Alguns dos títulos de artigos, em número recente de publicação oficial, poderão dar melhor idéia dos atuais interêsses da sociologia rural: "Contactos Primário e Secundário em uma comunidade do Ceilão"; "Aceitaçiío de novos métodos agrícolas"; "Descentralização e relações rural-urbanas"; "Educação e número de filhos das famílias mormons"; "O conservadorismo e sua sobrevivência na vida rural urbana"; "Estabilidade da produção rural". :l!:nfase na pesquisa A sociologia rural tem sido orientada para a solução de problemas, quer teóricos, quer práticos. Muitos dos que se interessaram por essa especialfdade, quando surgiu, notaram que a sociologia geral nos Estados Unidos, sofria influência de algumas autoridades européias, cujo principal in terêsse consistia em desenvolver sistemas teóricos de pensamento. Resolveram por isso dedicar-se à descoberta de fatos. Mais tarde ficou patente que fatos e teorias interdependem. A ênfase na pesquisa surge também de sua antiga e contínua inte:-relação com escolas de agricultura e suas estações experimentais, ou suas unidades de pesquisa. Tais relações têm suscitado grande interêsse por tudo que é científico, para se elevar à altura das ciências correlatas, vegetais, animais e relativas aos solos. É também uma forma de disciplinar as responsabilidades dos cidadãos contribuintes de um estado inteiro, do qual a escola e a universidade são partes integrantes. Trata-se de · instituições públicas pertencentes ao povo. Tendências dos métodos de estudo - O sistema geral de estudo das situações de grupos locais é às vêzes conhecido como ecológico. Refere-se à interrelação entre pessoas e grupos e seu ambiente entre si próprios, assim como aos processos conseqüentes, os quais possuem <!enominações diversas, tais como competiçao, conflito, acomodação, aculturação. Existem dois conceitos fundamentais para a ciência social, nessa espécie de método de estudo, chamad.os: tempo e 1ugar. Referências temporárias e especiais, embora sejam de interêsse, adquirem nova significação ou especial importância quando projetadas no cenário de · sua estrutura cultural. Tornam-se então ricas em valores que os membros dos grupos daquela sociedade atribuem a processos, ou mesmo ao tempo, ou ao próprio lugar. É dentro dêsses sistemas de valores que surge a motivação ou a ação humana, e que as pessoas vivem suas vidas. O reconhecime:?-to dessa relação marca o atual aspecto ou tendencia no campo da sociologia aplicada ao estudo da sociedade rural, e é as vêzes chamado: de método cultural ou antropológico. Outro aspecto ou tendência, nesse campo, é no sentido de se dar maior atenção às relações emocionais e atitudes de pessoas e grupos do que às relações pessoais, como antes se fazia. Assim, personalidade, família contrôle social de classe, indivíduo e sociedade, tornaram-se expressões amplamente usadas. É fato aceito que as pessoas e grupos mantêm constantemente relações reciprocas, ou seja, são ambos .a.penas aspectos do mesmo processo de ação stm ui tânea. :l!:ste tipo de observação é às vêzes chama-do: método social psicológico. Alteração de método - Os processos ou. técnicas empregados tendem a mudar, assim como o objetivo da pesquisa. De fato há vêzes em que as técnicas atingem a uma importância excessiva e poderão tender a ditar os têrmos e a direção a ser tomada pelo projeto de pesquisa. Seria o mesmo que se pretender que o jardineiro perguntasse à enxada como deveria cultivar suas plantas ou qual dentre elas teria, para êle, maior significação. Meios e fins, em outras fases do esfôrço humano, podem às vêzes confundir-se. Um dos remédios seria a ampliação de conhecimentos no uso da técnica. Por exemplo, uma garantia contra a utilização excessiva de estatística é o conhecimento amplo e intensivo de métodos estatísticos e de experimentação. Estudo de grupos - Os estudos de relações de grupos podem ser descritos, em primeiro lugar, como ilustração dos aspectos acima relatados. Trata-se de um campo de pesquisa que data dos primeiros dias da sociologia rural dos Estados Unidos. Em 1911 Dr. C. J. Calpin, no "College of Agricultura University of Wisconsin" principiou a estudar a comunidade rural que surgia da interrelação de fazendeiros e suas famílias com povoados ou cidades pequenas, suas famílias e instituições. Tem sido difícil definir uma comunidade e será sempre assim, pois trata-se de um processo e como tal se modifica. o processo toma forma e estrutura. Para delineá-lo é possível organizar-se índices, os quais não podem, entretanto, ser os mesmos todo o tempo ou em todos os lugares. Encontro igual opinião em vosso conceito de "comunidade", aqui no Brasil. Dr. Galipin e aqu..êles dentre nós que seguimos seus passos, fizemos amplo uso de mapas e cartogramas, identificando-nos com nossos amigos e colegas, os geógrafos. :l!:stes nos têm auxiliado muito e esperamos ter-lhes oferecido também alguma colaboração. o Prof. Glenn Trewartha, por exemplo, geógrafo da Universidade de Wisconsin, ba:seando-se em trabalho de campo, criou uma util definição de "hamlet", um povoado que corresponde à vossa pequena vila. Embora seja surpreendente, encontram-se ainda muitos dêsses "hamlets" em nossa sociedade rural. Continuam a formar o núcleo para os habitantes rurais das vizinhanças em seus contactos primários de educação elementar, religião, sociabilidade e todo o tipo de comércio diário. Desde 1920 venho estudando o "hamlet" e os habitantes rurais vizinhos . !emos agora quatro diferentes pontos de referepcia para um grupo dêles, cobrindo um penodo de 30 anos. Nossa observação desviou-se um pouco das características de área ou localidade para suas funções e influências da família. Tivemos, em conseqüência, que variar nossos instrumentos de pesquisa, mais para análise estatística do que para cartografia. Os relatórios aqui recebidos desde que cheguei, indicam que o teste "Chi-Sq?are" <!emonstra que os fatôres social e economico tem aumentado em importância relativa com referência à estabilidade da vizinhança, durante o tempo em questão. A equcação e os fat<?res religiosos têm-se mantido os mesmos em Importância relativa, ao passo que o fator de nacionalidade baixou, e o topográfico desapareceu de vez. Outro campo de interêsse recente e em relações de grupo é o da ação simultânea ru- ral e urbana. Crescent porte e comunica9ão li drões de associaçao, d tos mais antigos de ru e cidade, perderam grai e conceito. Não mais ram, dicotomias dividili compartimentos estanq· losofia de vida em conf quantidade e diferen~l simultaneidade de aça mas e conflitos de int< Aliás, isso é de espe técnicas ocorram tanto indústria. Como indi5 mudanças da popul.aça dade estão se dirig1nd1 do interior estão vindo dades, porém em direç1 formação um ti~o noy< mento. A esta area e ciências sociais, geógr~ riam ser induzidos a P Foi em situação semel no-rural, tributária. da rigimos o nosso proJeto tudo do serviço social 1 volvlmento da comun Brasil. Estudos sôbre a po é o segundo ponto a tração das tendências <>utras. Nós porém n< tas) . No âmbito da dE a sociologia alcançaran ximo de seu objetivo sunto mapas e cartogr exerceram papel imp~o densidade da populaça< características e seus d A análise prelimin dos com o Recenseamel 1950 nos Estados Unl a.lte~ações e· tendências pio: dos 2 500 habi~~ntl gendo tôdas as regwes ta das cidades, menm a atividades agrí~olas que n ão têm o genero farm) formam uma Isso demonstra que n cientemente para pode tão trabalhando nas dos nos numerosos e ~ Ta tornar os produtos i tegidos , padronizados consumidores, isto é, ex; to, embalagem, rotula da mercadoria em um ~ muitos outros . outra tendência r! do censo de 1950, é o gr dos nascimentos. Não de primogênitos dos das pessoas mais joven incertezas militares. E1 a cinco filhos, e depoil mente . Essa influênci!1 lias que n a s décad~s mente menores, e sobr tas, que se ocupavam pulação, escreveram a:P pazes de ter filhos ou -se dos que percebem s dia comum, e têm cult arredores de cidades e Nordeste da nação. Grande parte da pe tá agora centralizada I pulation dynamics", (c como é chamada. Or ·estudos com diversas ~ NOTICIARIO método - Os processos ou. tendem a mudar, assim :tivo da pesquisa. há vêzes em que as técnicas attnimportância excessiva e poderão os têrmos e a direção a ser tode pesquisa. Seria o mesmo· que o jardineiro perguntasse deveria cultivar suas plantas elas teria, para êle, maior sig- ~pregados fins, em outras fases do esfôrço em às vêzes confundir-se. Um dos a ampliação de conhecimentos . Por exemplo, uma garanlção excessiva de estatística amplo e intensivo de métoe de experimentação. de grupos - Os estudos de re)S podem ser descritos, em pricomo ilustração dos aspectos acium campo de pesquisa que data dias da sociologia rural dos EsEm 1911 Dr. C. J. Calpin, no 1culture University of Wiscona estudar a comunidade rural interrelação de fazendeiros e suas povoados ou cidades pequenas, e instituições. Ter::1 sido dificil comunidade e será sempre assim, de um processo e como tal se processo toma forma e estru- lo é possível organizar-se innão podem, entretanto, ser os tempo ou em todos os lugares. opinião em vosso conceito de aqui no Brasil. e aqu,êles dentre nós que ses passos, fizemos amplo uso de ~rtogramas, identificando-nos com os e colegas, os geógrafos. E:stes iliado muito e esperamos ter-lhes bém alguma colaboração. Glenn Trewartha, por exemplo, Universidadfl de Wisconsin, baserabalho dr campo, criou uma útil "hamlet , um povoado que corossa "' uena vila. seja :preendente, encontram-se s dês~ e "hamlets" em nossa sol. Continuam a formar o núcleo itantes rurais das vizinhanças em os primários de educação elemensociabilidade e todo o tipo de coo. Desde 1920 venho estudando o os habitantes rurais vizinhos. Teatro diferentes pontos de referêngrupo dêles, cobrindo um perionos. Nossa observação desviou-se las características de área ou lo~ suas funções e influências da emos, em conseqüência, que var,strumentos de pesquisa, mais patatística do que para cartografia. rios aqui recebidos desde que chen que o teste "Chi-Square" deos f a tôres social e econômico têm m importância relativa com refeabilidade da vizinhança, durante questão. A educação e os fatôres n-se mantido os mesmos em imativa, ao passo que o fator de baixou, e o topográfico desapa- l fmpo de interês_se recent_!.l e em rrupo é o da açao simultanea r.u- ral e urbana. Crescentes facilidades de transporte e comunicação possibilitaram novos padrões de associação, de forma que os conceitos mais antigos de rural e urbano, ou campo e cidade, perderam grande parte de seu sentido e conceito. Não mais são, se é que já o foram, dicotomias dividindo a sociedade em dois compartimentos estanques, com atitudes ou filosofia de vida em conflito. Realmente a maior quantidade e diferenciação de contactos e a simultaneidade de ação estão criando problemas e conflitos de interêsse. Aliás, isso é de esperar, à medida que novas técnicas ocorram tanto na agricultura como na indústria. Como indicaremos ao discutir as mudanças da população, os habitantes da cidade estão se dirigindo para o interior, e os do interior estão vindo não para dentro das cidades, porém em direção a elas. Está pois em formação um tipo novo e diferente de agrupamento. A esta área é que os especialistas em ciência-s sociais, geógrafos e sociólogos, deveriam ser induzidos a prestar sua contribuição. Foi em situação semelhante, uma área urbano-rural, tributária da cidade do Rio, que dirigimos o nosso projeto de pesquisa, para o estudo do serviço social a ser pr.ystado no desenvolv1mento da 'Comunidade rural, aqui, no Brasil. Estudos sôbre a população - A população é o segundo ponto a ser considerado na ilustração das tendências da pesquisa. (Existem .outras. Nós porém nos restringiremos a Estas). No âmbito da demografia, a geografia e a sociologia alcançaram provàvelmente o máximo de seu objetivo comum. Sôbre êste assunto mapas e cartogramas de· tôda a espécie exerceram papel importante, apresentando a densidade da população, sua distribuição, suas características e seus deslocamentos. A análise preliminar dos resultados obtidos com o Recenseamento Federal realizado em 1950, nos Estados Unidos, demonstra muitas alterações e· tendências interessantes. Por exemplo: dos 2 500 habitantes da zona rural, abrangendo tôdas as regiões fora da influência direta das cidades, menos da metade se dedica a atividades agrícolas (farmers). Os outros, que não têm o gênero de vida agricola, (nofarm) formam uma multidão heterogênea. Isso demonstra que não os conhecemos suficientemente para poder defini-los. Alguns estão trabalhando nas cidades, outros empregados nos numerosos e difundidos processos para tornar os produtos agrícolas saborosos, protegidos, padronizados e atraentes para os consumidores, isto é, enlatamento, congelamento, embalagem, rotulamento, armazenamento da mercadoria em um dado local, transporte e muitos outros. Outra tendência revelada pelos resultados do censo de 1950, é o grande aumento na média dos nascimentos. Não se trata simplesmente de primogênitos dos apressados matrimônios das pessoas mais jovens, sob a influência das incertezas militares. Essa tendência chega até a cinco filhos, e depois do sexto decai ràpidamente. Essa influência surge ainda em famílias que nas décadas anteriores eram geralmente menores, e sôbre as quais os pessimistas, que se ocupavam dos problemas da população, escreveram apontando-as como incapazes de ter filhos ou de querer tê-los. Trata-se dos que percebem salários superiores à mé·dia comum, e têm cultura; dos que vivem nos arredores de cidades e dos que reSidem no Nordeste da nação. Grande parte da pesquisa de população está agora centralizada na migração ou na "population dynamics", (dinâmica da população) como é chamada. Organizam-se projetos de ·estudos com diversas finalidades, tais como a 513 de verificar a influência da alta ou da baixa mobilidade dentro das comunidades locais, dentro dos Estados (Research Bulletin 176, University of Wisconsin) e dos movimentos que abrangem regiões inteiras, incluindo vários Estados. o método de estudo dos assuntos regionais é aqui muito importante. Exemplo disso é um projeto ora em sua fase inicial, preconizando um estudo na região Norte-Central dos Estados Unidos. Entre seus objetivos figuram os seguintes: 1) analisar as características associadas à migração rural-urbana; 2) analisar o impacto motivado pela migração na vida social e econômica, particularmente na família do agricultor, na comunidade rural e nas instituições sociais locais; 3) definir as áreas de relativos excedentes e de carência de mão-de-obra agrícola, a fim de fornecer dados que orientem a organização de uma política visando a utilização mais eficiente dos recursos humanos. Uma análise estatística muito engenhosa alusiva aos movimentos rural-urbanos, feita por Dr. Bogue, pertencente à "Scripts Foundation", indica que durante a década de 1940 a 1950 as únicas áreas onde houve aumento de população . rural são as que se encontram dentro da esfera de influência de algum centro urbano. E:le reconhece esta influência em centros de população pequena, até 5 000 indivíduos. As grandes cidades não estão crescendo. Algumas estão decrescendo. Os movimentos recentes estão criando um estado de coisas relativamente novo, que não se pode enquadrar nas tradicionais categorias rurais ou urbanas. A cidade como o ctt.mpo estão se movimentando no sentido de apresentarem características comuns, - embora não necessàriamente uniformes. Os dias dos grandes prédios urbanos acabaram-se para os Estados Unidos, mas para o Rio de Janeiro, ao que parece, não é assim. Os moldes do futuro reservam promessas, especialmente para a juventude ansiosa por encontrar seus lugares em uma sociedade moderna. Os moços já não são obrigados a ficar numa região onde aconteceu terem nascido, ou a exercer as mesmas atividades dos seus pais. Podem e devem escolher. Esta situação traz muita responsabilidade a tôda espécie de instituição de serviço social para a juventude, tanto em zonas rurais como urbanas: - escolas, igrejas, postos de recreação e saúde, e para o próprio govêrno, para que tais escolhas possam ser bem sàbiamente feitas, possa haver vidas felizes, e goze a sociedade a vantagem de possuir cidadãos capazes, inteligentes e sobretudo livres. Como bem diz o Premier De Gasperi, da Itália, só os livros podem escolher . Problemas a serem resolvidos - É finalmente meu desejo e ambição que a geografia e a sociologia colaborem na realização dessas promessas do futuro. Por tal motivo, e resumindo talvez em excesso para uma compreensão adequada, peço vênia para indicar três campos que permitam a realização de projetos de pesquisa em colaboração. 1 Reorganização de instituições locais - alteração nas situações de grupo e distribuição de população exigem reajustamento de instituições sociais locais, tais como escolas, igrejas, postos de saúde e recreação, bem assim as unidades locais do govêrno. Em Wisconsin o sistema de educação na sociedade rural está sofrendo uma completa reorganização. Entre as perguntas a serem resolvidas pelos geógrafos e sociológos incluem-se as seguintes: Como podem os habitantes rurais, vizinhos de núcleos de população maio- 514 BOLETIM GEOGRAFICO res, continuar com suas próprias escolas, mandescortínio de cada um dos seus ilustres memter os laços de grupos e se integrar, ao mesmo bros, valioso acervo de realizações. tempo em sistemas de comunidades maiores, A convocação feita pelo senhor presidente dotais como povoados e cidades pequenas? Que Instituto, compareceu unânime a representadensidade de população e qual o tipo e exção estadual, apresentando-se a delegação fetensão de terra necessários para · unidades de deral, por motivos imperiosos, sem o concurso tamanho adequado? Como podem as institui:apenas das representações dos territórios fedeções locais ajustar-se às questões de idade rais do Acre e do Guaporé. Participaram, porsexo, e à migração rural-urbana da populatanto, dos trabalhos da Assembléia, 38 delegação? Quando e como justificar alterações em dos, além do senhor ·presidente do I. B . G. E. e unidades de govêrno local como, por exemplo, do secretário-geral do Conselho Nacional de um distrito transformado em município? Geografia. 2 - A organização da comunidade rural Irmanada, no ideal com um de bem servir que grupos e instituições formam unidades à causa pública releva assinalar que esta Ascapazes de ga: antir apoio e direção aos servisembléia manteve, no curso de suas reuniões ços de bem estar social, necessários à sociedaplenárias, supe:-ior grau de cultura no exame de rural de nossos dias? Tais serviços incluem e debate dos assuntos trazidos à sua esclareeducação, saúde, recreação, religião. cida apreciação. Como poderão a agricultura e a indústria Em pronunciamentos de incentivo e· apolodesenvolver-se juntas na mesma comunidade? às realizações levadas a efeito em todo o pais •. Através de que serviços devem as comunino campo das atividades geográficas e cartodades rurais esperar dependência das comunigráficas, a Assembléia formulou expressivas dades urbanas? congratulações e votos de aplauso aos governos 3 - A questão regional - como poderão os dos esta dos do Rio de Janeiro, Paraná, Matovários estudos relacionar-se, tornar-se mais Grosso, Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Rio úteis tanto para a administração prática, como Grande do Sul, Maranhão e Goiás, pela ação para a organização de pesquisa? Tais estudos decisiva e eficiente nos trabalhos empreendiincluem o aspecto cultural, o fisiográfico, o ' dos em suas circunscrições, tanto de campo econômico e o poli ti co. Em Wisconsin detercomo de gabinete. minou-se que a origem dos habitantes comReverenciou, por outro lado, a memória dos. binada com a preferência religiosa eram fatôtécnicos e pesquisadores, desaparecidos nos úlr~s importantes na previsão de freqüência estimos meses, cujas atividades profissionais, em. colar na aceitação de mudanças recomendavida, trouxeram contribuições valiosas para o · das ~m métodos agrícola , no número de fidesen vol vimen to da Geografia Brasileira. lhos e nos hábitos de consumo . Sob a forma de "Moções", assinalóu esta. Como poderá o princípio do ,zoneamento ser XIII sessão ordinária os acontecimentos de reutilizado em sua referência regional, inclusive percussão internacional, nacional e de intenas relações rurais-urbanas? Como poderá ser rêsse regional, cumprindo-nos destacar a maêle aplicado à utilização da terra, aos movinifestação formulada aos poderes do Estadomentos populacionais, à conservação, a recoe à opinião pública pelo projeto de mudança. locação de famílias de agricultores, à localizada capital do pais para o Planalto Central meção de indústrias, às subvenções federais estadida de suma importância política, econômica. duais, aos serviços e instituições sociais? e social para os nossos destinos. Igualmente, por expressivo e patrióticoproonunciamento, hipotecou a Assembléia um.. voto de congratulações com os governos da. EXCURSõES GEOGRAFICAS - Os delegaBahia Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba. dos participaram de duas excursões científicas: Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão, pelo· uma à Usina de Volta Redonda, cujo itinerátranscurso, a 27 de janeiro próximo, do_ tricenrio e objetivo obedeceram a um guia adrede tenário da expulsão dos holandeses. Desse fapreparado pelo Prof. Nei Strauch, e outra às to, de alta significação histór.ica para a nainstalações hidroelétricas da Light, no vale do cionalidade, resultou a unidade do Brasil, efePiraí, e que se esten~eram também às usinas de méride que merecerá, naqueles estados, co~e­ Forçaca va e do Vigario. morações especiais, destacando-se a reali_z açao,. em Pernambuco, de um Congresso de História do Nordeste. ENCERRAMENTO RELATóRIO DO SEAo encerrarmos os trabalhos das sessões orCRETARIO-GERAL- Ao se encerrarem os tradinárias o senhor general Gaioso Almendra .. balhos das Assembléias Gerais do C.N.E. e do ilustre secretário-geral do govêrno do Piauí,. c. N. G., em solenidade conjunta presidida pelo propôs que a Assembléia enviasse ao senhor desembargador Florêncio de Abreu, foi lido pelo presidente da República a seguinte mensagem secretário-geral do C.N.G., tenente-coronel De que foi aprovada por expressiva e prolongada. Paranhos Antunes, o seguinte relatório: "Cumsalva de palmas. pre-nos ao terminar nossos trabalhos, fazer "Ao encerrar-se a XIII reunião ordinária, de> uma apreciação do conjunto das atividades Conselho Nacional de Geografia, deliberou a. desta XIII sessão ordinária da Assembléia sua Assembléia Geral, por aclamação, apresenGeral. tar a V .Ex.a votos de aprêço e congratulações,. E é, para nós, motivo de justificado regopela assistência que vem dando às instituições zijo, de par com a satisfação de atendermos a culturais, com especialidade ao I.B.G.E. e imperativo regimental, trazer ao conhecimento aos órgãos que lhe são afetos. público, na qualidade de secretário-geral, as As sessões no presente ano, do Conselho deliberações que a Assembléia houve por bem Nacional de Geografia decorreram em ambientomar em favor, não só da continuidade técte superio; de compreensão e grande atividade .. nica, cultural e administrativa do Conselho graças ao sereno espírito de incentivo e emulamas também em benefício de melhor desenvolção do seu atual presidente, desembargador vimento da ciêJ ela geográfica em nosso país. Florêncio de Abreu, a quem V. Ex. a entre-· Reunindo l" •mens públicos, técnicos, espegou em momento difícil e com feliz inspiração cialistas e estuc )SOS de notório saber, vinculaos destinos do I.B.G .E. dos aos proble s de ordem geográfica, quer Como complemento de alta expressão culno âmbito fed ' , quer no das unidades da tural, foram realizadas duas conferências, proFederação, logl'\:. esta Assembléia, pelo alto feridas por eminentes professôres, a primeira a. * • cargo do sociólogo americano, d de de Wisconsin, John Kolb q1 "Interdependência da sociologia fia na comunidade rural" e a geógrafo Fábio de Macedo Soare versando sôbre "Aspectos Geográ: lidade Brasileira", ambas aplaud me rosa assistência. Ainda como parte dos prog1 para a Assembléia, foi feita, on1 cursão à Usina Siderúrgica de V ocorrência que nos possibilito· imagem do seu admirável progre progt:esso de que se fêz paladino 1 o senhor presidente da RepúblicE Vargas, criador daquela vigorosa e principal impulsionador. No que se refere às resoluções esta douta Asse,mbléia, em numei remos salientar as principais sem todavia, em maiores apreciações to e relevância de cada uma: Temos, em primeiro plano, n.o 414 - que determina a elab atlas do Brasil, projeto apresen cretaria-Geral. A Secretaria-Geral do Consel tido o encargo de elaborar e pul calas adequadas, um grande atll que represente os fenôrr:_enos de biológica, humana, economica e tivos ao território nacional. Exp pre que necessário, as fases car evolução histórica dos fatos ge mapas reunidos, constituirão o ~I representarão o estado atual dos tos geográficos do país. Dessa rte, torna r-se-á precio. de divulgação gráfica útil à ad~ l blica, aos estudiosos, e tambel para melhor conhecimento do. B j rior, a de n.o 419 - que autonza do "Dicionário Técnico", refereJ geográficos, geológicos e outros :l!:sse dicionário um~t vez edit encher utna lacuna de que se tal os pesquisadores e estudiosos diaJ terminologias geográficas existen A de n .o 408 - que promove Brasil à União Geodésica e Geo cional. Providência de salutares resu sa adesão àquele organismo cie nacional nos oferecerá os elem1 cindiveis à atualização permanel dos dos problemas concernentes terra e física do Globo, a que diamos alheiar. A de n. o 424 - que dispõe sô são do auxílio aos Diretórios Regi selho e sua aplicação. Conseqüência natural de atl da Assembléia passada a presente rá ao encontro não só dos legítl dos órgãos estaduais do Consel bém como solução prática ofere cretaria-Geral, vivamente empen no conhecimento das atividades Regionais e no intercâmbio de soerguimento da estruturação ~o gráfico do país, uma das preClp Secretaria-Geral, no plano nacion vidades. A de n. 0 421 - que ção do Regimento da Secr•~t~Lri:a-~ selho. Medida eficaz para a nistrativa da Secretaria-Geral, ferida proporcionará melhor e exame da estrutura orgânica B. G.- 5 NOTICIÁRIO ~e cada um dos seus ilustres memde realizações. 1ação feita pelo senhor presidente do~mpareceu unânime a representaI, apresentando-se a delegação fe~otivos imperiosos, sem o concurso· epresentações dos territórios fedee do Guaporé. Participaram, porrabalhos da Assembléia, 38 delega/ senhor ·presidente do I.B.G.E. e ~-geral do Conselho Nacional de Lacervo ri assinalar que esta As~1cateve,releva no curso de suas reuniões fPe:-ior grau de cultura no exame· no ideal comum de bem servir 1 s assuntos trazidos à sua esclare- rão. (l.tnciamentos de incentivo e apoio· ~ Ievad~s a efeito e~ todo o pais •. as atividades geograficas e carto!Assembléia formulou expressivas ~s e votos de aplauso aos governos ,â o Rio de Janeiro, Paraná, Matofrande do Norte, Bahia, Ceará, Rio ui, . Maranhão e Goiás, pela ação lciénte nos trabalhos empreendii circunscrições, tanto de campo ete. ,o u, por outro lado, a memória dos. ;quisadores, desaparecidos nos uicujas atividades profissionais, em am contribuições valiosas para o , ~to da Geografia Brasileira. ma de "Moções", assinalóu esta. rdinária os acontecimentos de re·ernacional, nacional e de inte1, cumprindo-nos destacar a marm ulada aos poderes do Estadopública pelo projeto de mudança. pais para o Planalto Central me~ importância política, econômica. os nossos destinos. :e, por expressivo e patrióticonto, hipotecou a Assembléia um. çra tulações com os governos da. e, Alagoas, Pernambuco, Paraíba ~ o Norte, Ceará e Maranhão, pelo· 27 de janeiro próximo, do tricenpulsão dos holandeses. Dêsse falgnificação histórJ.ca para a nalsultou a unidade do Brasil, efeLerecerá, naqueles estados, comeciais, destacando-se a realização,.. co, de um Congresso de História. ,rmo·s os trabalhos das sessões or-' nhor general Gaioso Almendra .. 1rio-geral do govêrno do Piauí .. Assembléia enviasse ao senhorRepública a seguinte mensagem ;tdá por expressiva e prolongada. as. ar-se a XIII reunião ordinária, do onal de Geografia, deliberou a. l Geral, por aclamação, apresenotos de aprêço e congratulações .. a. que vem dando às instituições 1 especialidade ao I.B.G.E. e : lhe são afetos . no presente ano, do Conselhoeografia decorreram em ambiencompreensão e grande atividade .. Lo espírito de incentivo e emula'tual presidente, desembargadortbreu, a quem V. Ex.a entreI to difícil e com feliz inspiraçãoI.B.G.E. plemento de alta expressão cul ~alizadas duas conferências, proinentes professôres, a primeira a. • cargo do sociólogo americano, da Universidade de Wisconsin, John Kolb que estudou a "Interdependência da sociologia e da geografia na comunidade rural" e a segunda pelo geógrafo Fábio de Macedo Soares Guimarães, versando sôbre "Aspectos Geográficos da Realidade Brasileira", ambas aplaudidas por numerosa assistência. Ainda como parte dos programas fixados para a Assembléia, foi feita, ontem, uma excursão à Usina Siderúrgica de Volta Redonda, ocorrência que nos possibilitou obterl viva imagem do seu admirável progresso industrial prog:t:esso de que se fêz paladino sua excelência o senhor presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, criador daquela vigorosa emprêsa, e seu principal impulsionador. No que se refere às resoluções aprovadas por esta douta Assembléia, em número de 25, queremos salientar as principais sem nos determos, todavia, em maiores apreciações sôbre o mérito e relevância de cada uma: Temos, em primeiro plano, a - resolução n .o 414 - que determina a elaboração de um atlas do BraSil, projeto apresentado pela Secretaria-Geral. A Secretaria-Geral do Conselho foi cometido o encargo de elaborar e publicar, em escalas adequadas, um grande atlas do Brasil, que represente os fenômenos de ordem física, biológica, humana, econômica e política relativos ao território nacional. Expressando, sempre que necessário, as fases características à.a evolução histórica dos fatos geográficos tais mapas reunidos, constituirão o grande atlas e representarão o estado atual dos conhecimentos geográficos do país. Dessarte, tornar-se-á precioso repositório de divulgação gráfica útil à administração pública, aos estudiosos, e também contribuirá para melhor conhecimento do Brasil no exterior, a de n .0 419 - que autoriza a elaboração do "Dicionário Técnico", referente a têrmos geográficos, geológicos e outros afins. :t!:sse dicionário um~t vez editado, virá preencher utna lacuna de que se tanto ressentem os pesquisadores e estudiosos diante das várias terminologias geográficas existentes no país. A de n. o 408 - que promove a adesão do Brasil à União Geodésica e Geofísica Internacional. Providência de salutares resultados a nossa adesão àquele organismo científico internacional nos oferecerá os elementos imprescindíveis à atualização permanente dos estudos dos problemas concernentes à figura da terra e fisica do Globo, a que não nos podíamos alheiar. A de n. 0 424 - que dispõe sôbre a concessão do auxílio aos Diretórios Regionais do Conselho e sua aplicação. Conseqüência natural de ato deliberativo da Assembléia passada a presente resolução virá ao encontro não só dos legítimos reclamos dos órgãos estaduais do Conselho, mas também como solução prática oferecida pela Secretaria-Geral, vivamente empenhada que está no conhecimento das atividades dos Diretórios Regionais e no intercâmbio de idéias para o soerguimento da estruturação do sistema geográfico do país, uma das precípuas tarefas da Secretaria-Geral, no plano nacional de suas atividades. A de n .0 421 - que dispõe sôb::-e a aprovação do Regimento da Secretaria-Geral do Conselho. Medida eficaz para a continuidade administrativa da Secretaria-Geral, a deliberação referida proporcionará melhor e mais cuidadoso exame da estrutura orgânica dêsse órgão, de B. G . - 5 515 molde a aparelhá-lo convenientemente para seus múltiplos e importantes encargos. Para concluir êste breve relato, queremos agradecer a Deus a feliz circunstância de havermos, pela primeira vez, tomado parte nes .. ta grande reunião anual. Testemunhamos o valor dos empreendimentos desta Casa de CiênJ cia, superiormente orientada por sua excelência, o senhor desembargador, Florêncio de Abreu, a; quem em boa hora o senhor presidente da R~­ pública confiou os seus destinos, à qual nunca faltou e estamos certos - jamais faltará a cooperação inestimável daqueles que, dedicados à Geografia em todos os quadrantes do país, se empenham pela solução dos magnos problemas da nacionalidade. Senhores delegados: Viestes dos mais longínquos rincões da Pátria, desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul e desde Mato Grosso até o Espírito Santo, como lídimos represen.: tantes de vossos Diretórios Regionais de Geografia, para participar dos trabalhos da XIII Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia. Trouxestes o inestimável contingente de vossos estudos e experiências, de ordem geográfica e cartográfica, e os vossos conselhos e aplausos à obra de conjunto que a SecretariaGeral está procurando realizar, com trabalhos intensos de campo, e carreando achegas para que melhor se possa conhecer o Brasil, na sua estrutura física e nos seus elementos humanos. Com o vosso apoio e o vosso estímulo, estou certo, senhores delegados federais e estaduais, e com a permanente e esclarecida assistência do senhor desembargador Florêncio de Abreu, a Secretaria-Geral atingirá seus fins e se tornará cada vez mais, um órgão de consulta e precisão, através do qual o govêrno poderá basear as suas decisões, as grandes companhias os seus empreendimentos, os sociólogos a s suas conclusões e os professôres os seus ensinamentos". Foi dada depois a palavra ao Sr. Maurício Filchtiner, que procedeu à leitura do relatório referente aos trabalhos d a Assembléia-Geral do C.N.E. Seguiram-se com a palavra os senhores general Gaioso e Almendra representantes do Piauí na Assembléia Gerai do C . N .G., e Ademar Alegria, delegado do Rio de Janeiro à Assembléia Geral do C . N . E., apresentando despedidas aos membros das respectivas delegaçõ,es federais junto às duas referidas assembléias. Coube ao Eng. 0 Alírio de Matos, delegado do Ministério da Educação na Assembléia Geral do C. N . G. e ao Dr. Mário Peçanha de Carvalho, delegado do Ministério da Justiça na Assembléia Geral do C . N. G., agradecer as sa udações dos membros das representações regionais às duas assembléias. Ao finalizar a solenidade, o desembargador Florêncio de Abreu proferiu breve oração, congratulando-se com os delegados presentes às duas Assembléias pelo êxito do certame. i:l EMENTÁRIO DAS RESOLUÇõES APROVADAS PELA ASSEMBLÉIA GERAL DO C.N.G.Eis as ementas das resoluções aprovadas pela Assembléia Geral do C.N.G.; resolução n. 0 404: Elege os membros das Comissões Regimentais de Coordenação e Redação da XIII sessão ordinária da Assembléia Geral; Resolução n.o 405: - Renova o mandato dos membros das Comissões Técnicas Permanentes eleitos pela resolução n.o 37, da Assembléia Geral, e mantém os respectivos temas de estudo já fixados; Resolução n. 0 406: Autoriza o Diretório Central a discriminar as verbas orçamentárias do Conse- .516 BOLETIM- GEOGRAFICO !h_o P_ara o exercício de 1955; Resolução n.o 407: Emprêgo, promovido pela ONU, em Havana; -Dtspoe sôbre a publicação dos trabalhos reum dos membros da Missão Mista Brasileiro-sultantes dos estudos e pesquisas realizados Americana, a denominada Missão Abink, para -na Baixada Fluminense; Resolução n. 408: Proo setor d~ mão-de-obra; secretário, em 1951, move a adesão do Brasil à União Geodésica e da comissao de técnicos designada para estuGeofísica Internacional,· Resolução n.o 409: dar programas de trabalho a serem executaCria uma Secção no Quadro de Consultores dos na Amazônia, tendo em vista a valorização 'Técnicos do C.N.G.; Resolução n.o 410: Predaquela região; membro do Conselho Econôenche vagas existentes no quadro de Consulmico da Confederação Nacional da Indústria tores Técnicos Naciontr,is do Conselho· Resoluda Comissão de Política Agrária do Ministéri~ ção n.o 411: Consigna encômios aos ó-/gãos exeda Agricultura e da Comissão de Financiacutores _da "carta corográjica do estado do Rio mento da Produção. de Janeiro",· Resolução n.o 412: Aprova as conl'fo seu estado lecionou em vários estabegratulações com o govêrno e o povo do estado lecimentos de ensino. Foi professor de Históde São Paulo; Resolução n.o 413: Aprova as ria do Brasil, da Civilização e de Sociologia contas do Conselho relativas ao exercício de no Colégio Estadual de Manaus, no Colégio 1952; Resolução n.o 414: Determina a elaboraSalesiano e na Escola de Comércio Solon de ção de um atlas do Brasil; Resolução n.o 415; Lucena; foi também lente de Economia PolíFixa normas para a representação do Consetica e Direito Internacional Público da Faculdalho no exterior, mediante delegação,· Resolude de Direito da capital amazonense; entre 1940 ção n. 0 416: Ratifica os atos do Diretório Cene 1950 foi professor de História do Brasil nos tral do Conselho no período de novembro de ' Colégios "Moderno", "Progr~sso Paraens~" e 1952 a junho de 1953; Resolução n.o 417: Dis"Salesiano do Carmo", em Belém do Pará. põe a respeito do pronunciamento da AssemParticipou de diversos certames cientificos bléia Geral, com relação a votos de louvor, nacionais e estrangeiros como: Congresso de aplausos, congratulações, homenagens e ouAmerlcanlstas de Lima, Conferência Pan-Ametros; Resolução n.o 418: Promove a publicação rlcana de História e Geografia, de Caracas, III do "Dicionário Técnico", referente a têrmos Congresso de História do Rio Grande do Sul, geográficos, geológicos e outros afins,· ResoluIX Congresso Brasileiro de Geografia, III Conção n.o 419: Fixa normas para apresentação gresso de História do Brasil, Colóquio Lusode contas do Conselho,· Resolução n.o 420: AuBrasileiro de Estudos, realizado, em Washingtoriza destaques e suplementações de verbas ton, pela Biblioteca do Congresso. no orçamento vigente do Conselho,· Resolução É membro efetivo do Instituto Histórico e n. 0 421: Dispõe sôbre a aprovação do RegimenGeográfico Brasileiro, da Sociedade Brasileira to do Conselho e dá outras providências; Rede Geografia, dos Institutos Históricos e Geosolução n. 0 423: Fixa normas para seleção e gráficos do Amazonas e Pará, sócio corresponaproveitamento de elementos cartográficos; Redente de outras instituições culturais do pais solução n.o 424: Dispõe sôbre a concessão de e do estrangeiro. auxílio aos Diretorias Regionais do Conselho e sua publicação; Resolução n. 0 425: Dispõe sôTem publicadas as seguintes obras: - "Hisbre a realização de reuniões de estudos entre tória do Amazonas,", Manaus, 1931; "Manaus os órgãos da Secretaria-Geral e os $erviços ree Outras Vilas", Manaus, 1934; "Paulistas na gioiwis de geografia; Resolução n. 0 426: Dispõe Amazônia e Outros Ensaios", Rio, 1941; "A Posôbre a proteção de marcos geodésicos e topolítica de. Portugal no Vale Amazônico", Belém, gráficos; Resolução n. 0 427: Aprova os atos dos 1940; "Lobo d'Almada, um Estadista Colonial", Diretórios Regionais relativos a 1952; Resolu.:: Manaus, 1950; "D. Romualdo de Sousa Coelho", ção n.o 428: Elege os membros da Comissão de Belém, 1941: "Sintese da História do Pará", Orçamento e Tomada de Contas, para a XIV Belém, 1942; "A Conquista Espiritual da Amasessão ordinária da Assembléia Geral. zônia", São Paulo, 1942; "O Processo Histórico da Economia Amazonense", Rio, 1944; "Histó1c ria de óbidos", Rio, 1945; "Limites e Demarcações na Amazônia Brasileira", 4 volumes dos SUPERINTENDi:NCIA DO PLANO DE quais 2 já publicados, Rio, 1947-1948; "EstadisVALORIZAÇÃO ECONôMICA DA tas Portuguêses na Amazônia", Rio, 1948; "TerAMAZôNIA ritório do Amapá", "Perfil Histórico", Rio 1948· "História da Imigração e Colonização do Contl~ DESIGNADO O SUPERINTENDENTE nente Americano", Rio, 1948; "Monte Alegre, TRAÇOS BIOGRAFICOS E ATIVIDADES CULAspectos de sua Formação", Belém, 1950; "A TURAIS DO SR. ARTUR CÉSAR FERREIValorização da Amazônia",- Rio, 1953; "AmazôRA REIS - O Sr. Presidente da República nonia, um Estado Tropical", Rio, 1953; "A Conmeou o Sr. Artur César Ferreira Reis para exerferência de Havana", relatório apresentado ao cer o cargo em comissão de Superintendente do ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Rio, 1948; "A Economia Brasileira e a ValoA escolha para ocupar o lmportan te pôsto rização da Afrlca e da América Espanhola". recaiu em profundo conhecedor dos problemas Concorrência dessas regiões com o Brasil, apreamazônicos, focalizados em várias obras pusentado ao Conselho Econômico da Confedeblicadas tais como "O Processo Histórico da ração Nacional da Indústria; "A Margem do Economia Amazonense", "A Valorização da Problema da Borracha", apresentado ao ConAmazônia". O Sr. Artur César Ferreira Reis selho Econômico da Confederação Nacional da está preparando ainda uma "História da AmaIndústria. zônia" em 4 volumes. O ilustre homem público tem desempenhaEm preparo tem ainda, os seguintes livros: do comissões de grande relevância na adminis- · "O Seringal e o Seringueiro. Tentativa de Intração pública, dentre as quais as seguintes: terpretação", Rio, 1953; "O Tratado de Santo chefe da Divisão de Expansão Econômica do Ildefonso e a Fronteira Setentrional do BraDepartamento Nacional de Indústria e Comérsil", "O Ensino da História do Brasil", México, cio do Ministério do Trabalho, e diretor do 1953; "Os Movimentos Migratórios e a ColoDepartamento de Administração do mesmo Minização do Brasil. Itinerário Histórico", 2 volunistério; diretor-geral do Departamento Estames; "História da Amazônia", em 4 volumes; dual do .Trabalho, em São Paulo; membro da "Introdução ao Estudo da América Espanhola"; e "Borracha e Castanha. Itinerário EcoComissão Consultiva da CEXIM; coordenador nômico da Amazônia". da Subcomissão de Artesanato e Indústrias Domésticas da Comissão de Bem-Estar Social; delegado do Brasil na Conferência de Comércio e :!!i: 'tY , AREAS FLORESTADAS DO ARTIGO DO TÉCNICO PIMEN'l Possui o Brasil cêrca de 4 milhl tros quadrados cobertos por flo algumas centenas de milhares quadrados de florestas ralas, c, catingas, cerradões e cerrados, o técnico Pimentel Gomes em a no Diário de Notícias desta ca1 25-XI-1952. Dali extraimos o seguinte sas imensas florestas se distrn: regularmente. Cêrca de 3 200 ( quadrados se encontram _na An Território do Acre tem 99% de tada. Há uma segunda faixa < restas no norte do Espirito Bahia, leste de Minas Gerais, terras das bacias dos rios Pardo, São Mateus e Doce. Há, ainda, ll me, formando também uma flo oeste do Paraná e Santa Catar~ Rio Grande do Sul e suleste de se localizam os maiores pinhal• meridional - .168 milhões de tos - e madeiras preciosas, co dros, perobas e outras. ExisteJ bastante florestadas em Goiás, Pernambuco, Alagoas e estado outras zonas : Em suma, a áre Brasil ainda é multo grande as ma'tas se distribuem com dade. A região mais povoada do pais, a que contém 80% de e entra com uns 80% a 85% d AMAZONAS INICIADO O LEVANTAMEl CO DO ESTADO - Uma comis alemães contratad:Js pelo govên ciou, no bairro de Aldeota, co governador, secretário da Agric autoridades, os trabalhos de lev fisico do estado do Amazonas. FRANÇA VIRA AO BRASIL FAMOS De Paris anuncia-se que virá nosso pais, em missão da UNE professor Albert de La Rue, que rá com especialistas brasileiro. e estudos sôbre lençóis subterr· bilidades econômicas do vale do Faz parte do anunciado pro dades daquele cientista em noss ~ AOS EDITôRES: i:ste ou comentará as enviadas ao Conselho difusão da bibliografia "aao lecionou em vários estabeensino. Foi professor de Históda Civilização e de Sociologia de Manaus, no Colégio de Comércio Solon de nte de Economia Poliinternacional Públ1co da Faculdatal amazonense; entre 1940 de História do Brasil, nos , "Progr,esso Paraense" e Carmo", em Belém do Pará. de diversos certames científicos eiros como: Congresso de Conferência Pan-Ame•grafia, de Caracas, III do Rio Grande do Sul, J3rasileiro de Geografia, III ConBrasil, Colóquio Lusorealizado, em WashingCongresso. do Instituto Histórico e da Sociedade Brasileira Ltutos Históricos e Geoe Pará, sócio corresponinstituições culturais do pais 517 NOTICIARIO pela ONU, em Havana; Missão Mista Braslleiroldenominada Missão Abink, para )-de-obra; secretário, em 1951, técnicos designada para estude trabalho a serem executa, tendo em vista a valorização membro do Conselho Econô~ração Nacional da Indústria, Política Agrária do Ministério e da Comissão de Financia- , AREAS FLORESTADAS DO BRASIL NUM ARTIGO DO TÉCNICO PIMENTEL GOMES Possui o Brasil cêrca de 4 milhões de quilômetros quadrados cobertos por florestas densas e algumas centenas de milhares de quilômetros quadrados de florestas ralas, constituídas por catingas, cerradões e cerrados, segundo revela o técnico Pimentel Gomes em artigo publ1cado no Diário de Notícia.s desta capital, edição de 25-XI-1952. Dali extraímos o seguinte trecho: - Essas imensas florestas se distribuem multo irregularmente. Cêrca de 3 200 000 quilômetros quadrados se encontram ..na Amazônia, onde o Território do Acre tem 99% de sua área florestada. Há uma segunda faixa de grandes florestas no norte do ESpírito Santo, sul da Bahia, leste de Minas Gerais, compreendendo terras das bacias dos rios Pardo, Jequitinhonha, São Mateus e Doce. Há, ainda, um trecho enorme, formando também uma floresta única, no oeste do Paraná e Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e suleste de Mato Grosso. Ai se localizam os maiores pinhais do hemisfério meridional - .168 milhões de pinheiros adultos - e madeiras preciosas, como imbuías, cédros, perobas e outras. Existem · outras áreas bastante florestadas em Goiás, em trechos de Pernambuco, Alagoas e estado do Rio, e em outras zonas: Em suma, a área florestada do Brasil ainda é multo grande. Infelizmente, as matas se distribuem com multa irregularidade. A região mais povoada e desenvolvida do pais, a que contém 80% de sua população e entra com uns 80% a 85% da produção to- .'!~ · ~1 tal, a região, que se situa a leste de uma linha imaginária que passe por São Luis, Goiânia e nascentes do Apa, não tem mais de 12% de sua superfície florestada. As florestas deveriam cobrir pelo menos 25% por cento da área. total e ser bem distribuídas para que atendessem, nas devidas condições, as necessidades da madeira e lenha, melhorassem o microcllma e o regime das águas e protegessem as encostas íngremes e os cabeças dos morros e montanhas. Precisamos, portanto, de planejamentos que possibilitem o aproveitamento rigorosamente técnico das florestas, onde possível e aconselhável, e intensificar o reflorestamento pêco e minguado que estamos fazendo, salvo raras exceções. Técnicos brasileiros e da F AO estudam o aproveitamento sistemático das florestas amazônicas, que começam às margens do Mearlm, no centro do Maranhão, e se prolongam até nossos limites com a Bolívia, o Peru e a Colômbia. As dificuldades econômicas que essas florestas ofereciam ao seu aproveitamento foram vencidas pela técnica. Hoje é perfeitamente possível instalar fábricas de celulose e papel. Usam-se métodos modernos que permitem trabalhar com lenhos diversos ao mesmo tempo. Baseados nes- , te processo, técnicos de nomeada montaram fábricas no sul dos Estados Unidos e na Africa Equatorial. O Peru apelou para um técnico da "Celulose Corporation", o Sr. Giusepe Raimondo, e está construindo uma fábrica em Iquitos. Unidades Federadas AMA~~ ONAS SÃO PAULO INICIADO O LEVANTAME:NTO GEOFíSICO DO ESTADO - Uma comissão de técnicos alemães contratados pelo govêrno estadual iniciou, no bairro de Aldeota, com a presença do governador, secretário da Agricultura e outras autoridades, os trabalhos de levantamento geofísico do estado do Amazonas. CATALOGO DE VERBETES DE DOCUMENTOS SOBRE SÃO PAULO - Por iniciativa do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e graças à cooperação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do embaixador José Carlos Macedo Soares e da Comissão do IV Centenário, acaba de aparecer o Catálogo de Verbetes de Documentos sõbre São Paulo. Trata-se de excelente contribuição às comemorações do IV centenário da capital bandeirante, de inestimável valor para os estudiosos do nosso passado. -+c ' I I Exterior FRANÇA tem ainda, os seguintes livros: Seringueiro. Tentativa de In1953; "O Tratado de Santo telra Setentrional do Erairia do Brasil", México, Migratórios e a ColoH. Itinerário Histórico", 2 voluda Amazônia", em 4 volumes; Estudo da América Espanhoa e Castanha. Itinerário EcoZônla". * VIRA AO BRASIL FAMOS~ GEóLOGO De Paris anuncia-se que virá brevemente ao nosso país, em missão da UNESCO, o geólogo professor Albert de La Rue, que aqui colaborará com especialistas brasileiros em pesquisas e estudos sôbre lençóis subterrâneos e as possibilidades econômicas do vale do São Francisco. Faz parte do anunciado programa de atividades daquele cientista em nosso pais, o levan- ~AOS tamento de um mapa dos recursos universais, bem como estudos dos solos do vale sanfranciscano a serem irrigados. O professor La Rue, que acaba de regressar de uma viagem de estudos às ilhas de Kergulen, tem realizado importantes excursões científicas em regiões da Africa e da Austrália. Durante dez anos realizou e dirigiu estudos e pesquisas para o Departamento de Minas de Quebec, no Canadá, tendo ministrado matéria da sua especialidade na Universitlade do Méxi"' co e no Instituto Politécnico de Quito. EDITôRES: i:ste "Boletim" não faz publicidade remunerada, entretanto r.egistarâ ou comentará as contribuições sôbre geografia ou de interêsse geográfico que sejam enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla difusão da bibliografia referente à geogra.fia brasileira. INSTITUIÇõES Relatórios de Instituições de Geografia e Ciências Afins Relatórios Apresentados à XIII Sessão Ordinária da Assembléia Geral do C.N.G. BAHIA PRINCIPAIS ASSUNTOS FOCALIZADOS NO RELATóRIO APRESENTADO PELO RESPECTIVO DELEGADO DR. LAURO SAMPAIO - COOPERAÇÃO COM O . C.N.G. - "Desde 1942 vem o C. N. G., em cooperação com o estado, efetuando o levantamento sistemático do território da Bahia, colhendo assim dados para a organização das cartas do Brasil e dêste estado. O levantamento territorial vem sendo desenhado em escala de 1:250 000, já estando publicadas mais de 20 fôlhas. Em virtude das dificuldades de pagamento, por parte do Tesouro do Estado, da quota dêste e no sentido de se evitar a anulação da verba orçamentária destinada a êsse tão· útil serviço, foi lavrado um têrmo de acôrdo, entre o I.B.G.E. e o estado, sendo o mesmo assinado em outubro do ano passado, pelo ilustre presidente do I.B.G.E. e o Dr. Waldiki Moura, êste como representante do estado. · A quota que cabe a êste em 1952 e no ano em curso é de $200 000,00. A cooperação financeira do estado vem .sendo dada desde o início dos serviç9s, tendo a quota sido aumentada ultimamente para melhor satisfazer às necessidades desta coopera.ção. RELAÇÃO DOS MUNICíPIOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Ibicaraí Uruçuca Piritiba Itajuípe Coaraci Tanquinho Iguaí Ibicuí Encruzilhada Itapetinga Sapeaçu Acajutiba Cansanção Utinga Xorrochó Pindobaçu Potiranguá Ubatã Tremedal Sobrado Igaporã CARTA DO ESTADO- Acha-se em impressão, no Serviço Gráfico do I.B.G.E., a carta geral do estado, na escala de 1: 1 000 000, organizada no Conselho Nacional de Geografia. Espera-se em pouco estar a mesma impressa, vindo preencher uma lacuna sensível no estado; - a falta de uma carta geográfica atualizada e destinada ao público, para suas necessidades de informações gerais sôbre o território baiano. Atuais membros componentes I NOVAS CIRCUNSCRIÇõES ADMINISTRATIVAS - No correr do ano próximo passado e até o momento, a Assembléia Legislativa do estado votou e o governador sancionou leis de criação de municípios, em número de 21, estando em discussão ainda a criação de mais alguns, devendo todos ser incluídos na nova divisão territorial do estado, a vigorar a partir de 1. 0 de janei!o do ano próximo. Dois dêstes municípios, os de Acajutiba e Xorrochó foram restabelecidos, tendo sido anexados há al~uns anos aos municípios de Esplanada e Curaçá, respectivamente. Eis a relação dos novos municípios, alguns dêles com mais de um distrito, com a indicação dos desmembramentos respectivos, sendo t_odos constituídos pela elevação de categoria de distritos, em geral prósperos. RECÉM-CRIADOS ATÉ 10-12-1952 desmembrado do município de " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " CEARA RELATóRIO APRESENTADO PELO RESPECTIVO DELEGADO ENG. CIVIL AGEU ROMERO DA CUNHA - "No fiel cumprimento do disposto na resolução n. 0 26 de 19 do mês de julho do ano de 1938, venho, como representante do Diretório Regional do Conselho Na- do Conselho no Ceará, ainda não o êxito desejado, embora: já te1 pregado muitos esforços nesse seD do pouco tempo de sua restauraç Assim é que, referido Conselho muito criado e em atividades no 1 estêve, todavia, completamente abf período compreendido entre os an 1950, por exclusivo desinterêsse do então e com evidentes prejuízos d dos já realizados. Dai porque, somente com o compreendeu o novo govêrno, de dade, providenciando a nomçaçã membros para dirigi-lo, coforme s abril do mesmo exercício e cuja d procurado organizá-lo convenienten tudo dentro da orientação traçada lho Nacional com sede nessa Capi] A atual diretoria do Consell dêste estado, está ainda constitui! mos membros já conhecidos e crede to ao órgão central, conforme as <i regularmente enviadas, após a su~ ção acima referida. Itabuna Ilhéus Mundo Novo Ilhéus Ilhéus Feira de Santana Poções Poções Macarani Itambé Cruz das Almas Esplanada Monte Santo Morro do Chapéu Curaçá Campo Formoso Cana vi eiras Ipiaú Condeúba Casa Nova Caiteté". cional de Geografia do Estado do Ceará, devidamente autorizado pelo senhor presidente em exercício, apresentar a essa magnífica Assembléia, por intermédio do presente e modesto relatório, tôdas as suas atividades no decorrer do corrente ano. É bem verdade, que os nossos trabalhos de desenvolvimento e difusão dos reais objetivos te: Dr. Plácido Aderaldo Castelo, 1 Agricultura e Obras Públicas; Sei Paulo Torcápio Ferreira, Diretor-G partamento de Saneamento e Obi Demais membros: Dr. Jaime Anast diretor da Divisão de Açudagem Dr. Ageu Romero da Cunha, dire são de Obras; Dr. Otávio Gonçalv diretor da Divisão de Saneamento; Ribeiro Pamplona, chefe da Sala Roberto Vieira Nepomuceno, diret< tamento Autônomo de Estradas < (vago) diretor do Departamento Colonização; (vago) inspetor regi< tituto Brasileiro de Geografia e Prof. José Colombo de Sousa, advog A referida diretoria aintla co1 colaboração dos Drs. José Augusto tônio Carolina Gonçalves e Joa advogados e respectivamente, dir partamento de Terras e Colonizai regional do Instituto Brasileiro de E'statistica, e professor de Geogra estabelecimentos de ensino de n sendo que, os dois primeiros são rios · e o último falecido recentem As vagas em referência, aindf preenchidas, devendo entretanto, dos os seus titulares com -os noml dirigentes dos departamentos resp tamente com um novo membro do tério, a ser escolhido entre os Pi Geografia desta capital. DIVISÃO TERRITORIAL E 011 DOS MUNICíPIOS - Conforme co timo relatório apresentado a essa sembléia, pelo representante anterij selho Regional, no ano de 1951, E redação na Assembléia Legislativa quele ano, uma lei visando a mod vários outros municípios neste es Assim é que, a partir de 1~ 0 1952 de acôrdo com a lei n. 0 1153, foi fixada a nova divisão territo nistrativa do estado do Ceará, Vil alteração, até 31 de dezembro do 1 cujo texto, abaixo transcrevemos "Lei n.o 1153, de 22 de 1951 Fixa a divisão territorial tiva do estado, que vigorará até 31 de dezembro de 1953. I N S T I T U I Ç õ E S D E G E1 O G R A F .I A E C I ao Ordinária da 'N.G. C> ESTADO Acha-se em impres~o Gráfico do I.B.G.E., a carta [o, na escala de 1:1 000 000, orgabnselho Nacional de Geografia. · pouco estar a mesma impressa, er uma lacuna sensível no esta' de uma carta geográfica atualiLda ao público, para suas necesormações gerais sôbre o território * I rRCUNSCRIÇõES ADMINISTRAcorrer do ano próximo passado e >, a Assembléia Legislativa do eso governador sancionou leis de micípios, em número de 21, es~ussão ainda a criação de mais do todos ser incluídos na nova ·ial do estado, a vigorar a partir i!"o do ano próximo. í municípios, os de Acajutiba e a. restabelecidos, tendo sido anes anos aos municípios de Espiarespectivamente. ã.o dos novos municípios, alguns s de um distrito, com a indicaembramentos respectivos, sendo [dos pela elevação de categoria L geral prósperos. 3 ATÉ 10-12-1952 • Itabuna Ilhéus Mundo Novo Ilhéus Ilhéus Feira de Santana Poções Poções Macarani Itambé Cruz das Almas Esplanada Monte Santo Morro do Chapéu Curaçá Campo Formoso Cana vi eiras Ipiaú Condeúba Casa Nova Caiteté". aha do Estado do Ceará, deviado pelo senhor presidente em ntar a essa magnífica Assemédio do presente e modesto resuas atividades no decorrer do de, que os nossos trabalhos de e difusão dos reais objetivos do Conselho no Ceará, ainda não alcançaram o êxito desejado, embora: já tenhamos empregado muitos esforços nesse sentido, dentro do pouco tempo de sua restauração. Assim é que, referido Conselho Regional há muito criado e em atividades no nosso estado, estêve, todavia, completamente abandonado no período compreendido entre os anos de 1941 e 1950, por exclusivo desinterêsse do govêrno de então e com evidentes prejuízos de ~eus estudos já realizados. Daí porque, somente com o ano de 1951, compreendeu o novo govêrno, de sua necessidade, providenciando a nomeação de novos membros para dirigi-lo, coforme ato de 14 de abril do mesmo exercício e cuja diretoria tem procurado organizá-lo convenientemente, sobretudo dentro da orientação traçada pelo Conselho Nacional com sede nessa Capital Federal. A atual diretoria do Conselho Regional dêste estado, está ainda constituída dos mesmos membros já conhecidos e credenciados junto ao órgão central, conforme as comunicações regularmente enviadas, após a sua reorganização acima referida. Atuais membros componentes - Presidente: Dr. Plácido Aderaldo Castelo, Secretário da Agricultura e Obras Públicas; Secretário: Dr. Paulo Torcápio Ferreira, Diretor-Geral do Departamento de Saneamento e Obras Públicas. Demais membros: Dr. Jaime Anastácio Verçosa, diretor da Divisão de Açudagem e Irrigação; Dr. Ageu Romero da Cunha, diretor da Divisão de Obras; Dr. Otávio Gonçalves da Justa, diretor da Divisão de Saneamento; Dr. Luciano Ribeiro Pamplona, chefe da Sala Técnica; Dr. Roberto Vieira Nepomuceno, diretor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem; (vago) diretor do Departamento de Terras e Colonização; (vago) inspetor regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Prof. José Colombo de Sousa, advogado; (vago). A referida diretoria ainda contava com a colaboração dos Drs. José Augusto Ribeiro, Antônio Carolina Gonçalves e Joaquim Alves, advogados e respectivamente, diretor do Departamento de Terras e Colonização; inspetor regional do Instituto Brasileiro de Geografia e E'statística, e professor de Geografia de vários estabelecimentos de ensino de nossa cap{tal, sendo que, os dois primeiros são demissionários · e o último falecido recentemente. As vagas em referência, ainda não foram preenchidas, devendo entretanto, ser nomeados os seus titulares com QS nomes dos atuais dirigentes dos departamentos respectivos, juntamente com um novo membro do nosso magistério, a ser escolhido entre os professôres de \ Geografia desta capital. * DIVISÃO TERRITORIAL E ORGANIZAÇÃO DOS MUNICíPIOS - Conforme constou do último relatório apresentado a essa augusta Assembléia, pelo representante anterior dêste Conselho Regional, no ano de 1951, estava já em redação na Assembléia Legislativa cearense naquele ano, uma lei visando a modificar e criar vários outros municípios neste estado. Assim é que, a partir de 1~ 0 de março de 1952, de acôrdo com a lei n.o 1153, de 22-11-951, foi fixada a nova divisão territorial e administrativa do estado do Ceará, vigorando, sem alteração, até 31 de dezembro do corrente ano, cujo texto, abaixo transcrevemos: "Lei n. 0 1153, de 22 de novembro de 1951 Fixa a divisão territorial e administrativa do estado, que vigorará sem alteração, até 31 de dezembro de 1953. ~ N CI AS AF I NS 519 O Governador do Estado do Ceará Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono e promulgo a seguinte lei: Art. 1. 0 - A divisão territorial e administrativa do estado, que vigorará, sem alteração, até 31 de dezembro de 1953, é íixada nesta lei. § 1. 0 Não constituem alteração os atos interpretativos de linhas divisórias intermunicipais, que se tornarem necessários para melhor e mais fiel caracterização dessas linhas, à luz de documentação geográfica ou cartográfica mais perfeita, desde que da interpreta:ção não resulte um deslocamento tal da divisória que uma qualquer cidade ou vila, saia do seu âmbito municipal ou distrital. § 2. 0 Mediante licença da Assembléia Legislativa, poderão os municípios firmar acordos para modificar os seus limites. Art. 2. 0 - A divisão territorial e administrativa do estado, compreende municípios e distritos. § 1. 0 No anexo número 1, parte integrante desta lei, consta a relação apresentando, sistemàticamente e ordenadamente, o nome de tôdas as circunscriçõ:es territoriais e administrativas, bem como a categoria das respectivas sedes, tôdas com a mesma denominação da própria circunscrição. § 2.o No anexo número 2, também integrante desta lei, consta a descrição sistemática dos limites circunscricionais, onde se definem, para cada município, o perímetro municipal e cada uma das divisas interdistritais, quando houver. Art. 3.o - A instalação do município se fará pela forma determinada na lei orgânica. Art. 4.o A presente lei, inalterável até 31 de dezembro de 1953, entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Palácio do Govêrno do Estado do Ceará, em Fortaleza, aos 22 de Novembro de 1951. Raul Barbosa Joaquim Bastos Gonçalves". Com a citada lei, foram criados os municípios de Barro, Beberibe, Capistrano, Chaval, Frecheirinha, Iracema, Itatira, Jati, Marco, Meruoca, Monsenhor Tabosa, Paracuru, Porteiras, Cariús, São Luis do Curu e Trairi, os quais foram desmembrados dos demais municípios já existentes. No que tange à organização municipal do Ceará, esta surgiu com a promulgação da lei estadual n. 0 227, de 14 de junho de 1948, dispondo sôbre a criação e modificação do município já no que se refere à sua autonomia relacionada ao seu peculiar interêsse como parte integrante do estado e sua divisão administrativa em distritos já quanto aos seus direitos e deveres definidos pelas Constituições federal e estadual. A sede do município, por outro lado, lhe dá o nome e tem a categoria de cidade. O distrito designa-se pelo nome da sede e tem a categoria de vila. Como fator principal de sua estrutura e autonomia política, a alteração da sede e de seus distritos, processar-se-á por lei do Estado, dependente de representação do prefeito e da maioria dos vereadores, sendo que - a criação de outros municípios ou distritos ou, ainda, qualquer alteração dos já constituídos - se fará em lei qüinqüenal baixada nos anos de milésimos - três e oito - para vigorar a partir de primeiro de janeiro do ano seguinte". BIBLIOG • ... Bibliografia e Revista de Revistas BOLETIM DA SOCIEDADl GRAFIA DE LISBOA tembro de 1953. O presente volume co1 cêrca de 500 páginas, con os números 7 a 9. Além permanentes de noticiário, estampa as seguintes cc . ' Registos e Comentários ~ibliográficos "Les problemes de la s~ péenn&', assinada por S. Bartolomeu Dias, pelo alm Coutinho; Inscrições. por Marrocos, por J. M. < Sousa; O problema polít1 ca, subscrito por Frederio Folhetos e Periódicos Nacionais parte destinada ao notio municações traz a Revista sôbre a realização em Lisb de 1953, da Reunião Anual Executiva do Instituto Il Africano, sediado em Lond , ma secção o Sr. Júlio Gonç volve consideração sôbre ~ mina "Padrões dos de~ portuguêses". O Sr. Alves faz, em outra parte, um a diversas publicações intern mentando trabalho do pro: Monbeig nos Annales de sôbre a população do Bras de fome do mundo, elabora fessor Jacques M. May, e i11 vista americana Geographi AZIZ NACIB AB'SABER - O Planalto da Borborema na Paraíba - Separata do Boletim Paulista de Geografia- N. 0 13- Março de 1953São Paulo - Brasil. se deu por volta de 1840-1850, já quando o ciclo do ouro nas Minas Gerais pertencia ao passado, como decorrência das migrações de Minas para os chapadões de Rio Verde, Caiapônia, Itumbiara, Mineiros, Jataí e Aragarças, O autor é sócio efetivo da Associa- dispensando atenção ao sítio de Bom ção dos Geógrafos Brasileiros, profes- Jesus, cujos costumes diz "constituírem sor de Geografia Física da Faculdade um atestado da grande capacidade de Nacional de Filosofia "Sedes Sapien- difusão e da homogeneidade das traditiae" e auxiliar de ensino da cadeira de ções e crenças das humildes populações Geografia do Brasil da Faculdade de Fi- do sudoeste de Goiás". Referindo-se à losofia da Universidade de São Paulo. florescente Aragarças, observa o proReúne êste estudo o resultado de fessor Aziz Nacib que o govêno federal observações colhidas em larga porção terá de manter por muito tempo, artido Planalto da Borborema, em territó- ficialmente, a vida da cidade que tenrio paraibano, durante a VII Assem- tou formar na confluência do Araguaia bléia Geral da Associação dos Geógra- e do Garças. E concluindo: "Homens fos Brasileiros, realizada em Campina rudes do nordeste e profissionais caGrande, em janeiro de 1952. Comentan- riocas sintetizam ali a pequena família do fotografias tiraàas na região, o au- dos que estão trabalhando pela ocupator oferece algumas anotações basea- . ção e transformação daqueles antigos das nas pesquisas que efetuou. desertos de homens, onde populações indígenas, cada vez mais encurraladas, A.V.L. estavam ameaçadas de completa exAZIZ NACIB AB'SABER - Notas sô- tinção". bre o Povoamento e a Geografia Urbana do Sudoeste de Goiás. • • · J.R.S. Neste trabalho um opúsculo . AZIZ NACIB AB'SABER- Na Região de pouco miüs de dez páginas de Manaus (Fotografias e Comenanteriormente publicado no Anuário tários) Separata do Boletim da Faculdade de Filosofià da PonPaulista de Geografia - N. 0 ,_4 tifícia Universidade Católica de São Julho de 1953- São Paulo- BraPaulo, o professor Aziz Nacib Ab'Sasil. ber dá-nos um interessante roteiro das origens, distribuição e evolução O autor, sócio efetivo da Associapara o estágio atual da população ção dos Geógrafos Brasileiros, profesdo sudoeste de Goiás. O autor, que sor de Geogra.fia Física da Faculdade se tem revelado entre nós um bom es- de Filosofia "Sedes Sapientiae" e assistudioso dos fenômenos demográficos, tente da cadeira de Geografia do Braconforme o demonstrou em outro tra- sil da Faculdade de Filosofia da Unibalho sôbre a capital amazonense, mos- versidade de São Paulo, comenta, neste tra como se formaram os primeiros trabalho, fotografias colhidas em j anúcleos de gente civilizada na região neiro de 1953, apresentando, ao ensejo, em foco, indicando os fatôres condi- anotações valiosas baseadas nas obsercionantes da ocupação humana, que aí vações que efetuou "in loco". ·' • RIVISTA GEOGRAFICA r Direttori: Roberto Alan nato Biasutti - Aldo Annata LX- Fase. 1Publicação editada peb Studi Geografici" de Flor( auspícios do "Consiglio Na Ricerche". Dentre a copi apresenta êste volume urr bre Pietro della Valle, ac terceiro centenário da m dos maiores viajantes itall culo XVII, bem como nota lecimento do explorador ocorrido em Estocolmo, a vembro de 1952, com a j anos, e um informe acêrca centes expedições à Antár 1952) . UNION GÉODÉSIQUE E'J QUE INTERNATIONAl tin d'Information de - 2m e année - Avril BIBLIOGRAFIA E REVISTA DE REVISTAS 521 Periódicos Estrangeiros BOLETIM DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA- Julho-setembro de 1953. O presente volume constitui-se de cêrca de 500 páginas, compreendendo os números 7 a 9. Além das secções permanentes de noticiário, Çibliografia, estampa as seguintes contribuições: liográficos 1 f "Les problemes de la securité européenne'', assinada por S.A.I. e R.; Bartolomeu Dias, pelo almirante Gago Coutinho; Inscrições portuguêsas de Marrocos, por J. M. Cordeiro de Sousa; O problema político da A/rica, subscrito por Frederico Cruz. Na • lODaiS parte destinada ao noticiário e comunicações traz a Revista um informe sôbre a realização em Lisboa, em julho de 1953, da Reunião Anual da ComissãO" Executiva do Instituto Internacional Africano, sediado em Londres . Na mesma secção o Sr. Júlio Gonçalves desenvolve consideração sôbre o que denomina "Padrões dos descobrimentos portuguêses". O Sr. Alves de Azevedo faz, em outra parte, um apanhado de diversas publicações internacionais, comentando trabalho do professor Pierre Monbeig nos Annales de Géographie sôbre a população do Brasil, e o Mapa de tome do mundo, elaborado pelo professor Jacques M. May, e inserto na revista americana 'Geographical Review". t>lta de 1840-1850, já quano ouro nas Minas Gerais passado, como decorrênrações de Minas para os le Rio Verde, Caiapônia, [ineiros, Jataí e Aragarças, atenção ao sítio de Bom ~ostumes diz "constituírem da grande capacidade de homogeneidade das tradis das humildes populações de Goiás". Referindo-se à lragarças, observa o proacib que o govêno federal er por muito tempo, artia vida da cidade que tenta confluência do Araguaia : E concluindo: "Homens rdeste e profissionais caam ali a pequena família > trabalhando pela ocupabrmação daqueles antigos homens, onde populações tla vez mais encurraladas, eaçadas de completa ex- J.R.S. . J.R.S. • AB'SABER- Na Região us (Fotografias e ComenSeparata do Boletim de Geografia - N. 0 1.4 - 1953- São Paulo- Bra- sócio efetivo da Associagrafos Brasileiros, profesafia Física da Faculdade Sedes Sapientiae" e assisira de Geografia do Braade de Filosofia da UniSão Paulo, comenta, neste grafias colhidas em j aapresentando, ao ensejo, osas baseadas nas obseretuou "in loco". RIVISTA GEOGRAFICA ITALIANADirettori: Roberto Alamagià - Renato Biasutti - Aldo Sestini Anna ta LX- Fase. 1- Marzo 1953. Publicação editada pela "Società di Studi Geografici" de Florença, sob os auspícios do "Consiglio Nazionale delle Ricerche". Dentre a copiosa matéria apresenta êste volume um estudo sôbre Pietro della Valle, ao ensejo do terceiro centenário da morte de um dos maiores viajantes italianos do século XVII, bem como nota sôbre o falecimento do explorador Sven Hedin, ocorrido em Estocolmo, a 26 de novembro de 1952, com a idade de 82 anos, e ufn informe acêrca de duas recentes expedições à Antártida (1949 e 1952) . A.V.L. • UNION GÉODÉSIQUE ET GÉOFISIQUE INTERNATIONALE- Bulletin d'Information de l'U.G.G.I. 2me année - Avril 1953. ~ste boletim destina-se a divulgar tôdas as iniciativas e atividades da União Geodésica Internacional de suas diferentes Comissões bem como dos órgãos a ela filiados, estampando comunicações, circulares, programas, relatórios, resultados de investigações, artigos científicos, resumos de comunicações, apresentadas em forma de "symposia", organizados sob os auspícios da própria União. No presente número vem publicado o "simposium" sôbre os estudos sísmicos da estrutura do continente europeu, além dos estatutos do Conselho Internacional das Uniões Científicas e variada matéria. A.V.L. ESTUDIOS GEOGRAFICOS - Consejo Superior de Investigaciones Científicas - N. 0 51 - Mayo 1953 Afio XIV - Revista Editada por el Instituto "Juan Sebastian Elcano" -Madrid. O presente volume contém matéria de interêsse local, como sejam os artigos seguintes: "El contenido censal de 1950" - Adolfo Melón (comentário aos resultados provisórios do recenseamento da Espanha e suas colônias, realizado no ano de 1950); Horche (Guadalajara): Estudio de Estructura Agraria" -Jesus García Fernández; "Aportación ai conocimiento de la Jara Toledana (El río Jébalo)" - Gregorio Planchuelo Portales. Publica também abundantes notas informativas sôbre a VIII Assembléia Geral da U. G. I. e o XVII Congresso Geográfico Internacional e tópicos referentes à população mundial em 1951 e em 19.80, à utilização das regiões áridas, à agricultura e à alimentação no mundo, à agricultura na França e à nacionalização das minas de estanho na Bolívia. A.V.L. MEMORIE DI GEOGRAFIA ECONOMICA- Vol. VI- I Porti della Sardegna - Alberto Mori e Benito Spano - Anno IV - Gennaio-Giugno 1952 - Consiglio Nazionale delle Ricerche - Centro di Studi per la Geografia Economica presso !'Instituto di Geografia della Università di Na poli. Enfeixa o presente ~olume a monografia de Alberto Mori e Benito Spa- 522 BOLETIM GEOGRáFICO no sôbre os portos da Sardenha, trabalho que compreende um estudo geográfico completo dessa importante região, focalizando desde a conformação física e condições gerais do povoamento do litoral sarda até os aspectos particulares e importância relativa dos seus portos. Termina por uma rápida resenha de suas produções, com especificação do valor e formas de exportação. Volume de 229 páginas de texto. A.V.L. CIENCIAS SOCIALES - Unión Panamericana Departamento . de Asuntos Culturales - Oficina de Ciencias Sociales - Washington 6, D.C. -Número 21- Volumen IV - Junio de 1953. Boletim bimestral, editado em língua espanhola, e destinado a divulgar as tendências modernas da sociologia e ciências correlatas, sobretudo no tocante à aplicação de estudos dessa natureza ao desenvolvimento sócio-econômico e cultural da América Latina. Êste número apresenta a segunda parte de ensaio de Eric Wolf sôbre a formação da nação. Merece também registo o resumo ali estampado do estudo de geografia humana, intitulado "Origens e Difusão da Agricultura e dos Animais Domésticos", da lavra de Carl O. Sauer, chefe do Departamento de Geografia da Universidade de Califórnia, Berkeley. A.V.L GEOGRAPHICAL REVIEW The American Geographical Society of New York- Vol. XLIII- N.o 3 July 1953 - New York - USA. Sob o título "Trends in Brazilian Agricultura! Development", Preston E. James, professor de Geografia na Universidade de Siracusa, Estados Unidos, autor de um livro sôbre a América Latina e numerosos artigos sôbre problemas geográficos americanos, estuda neste volume as tendências da agricultura no Brasil. ~O Preston E. James tem a vantagem de juntar ao alto conceito de cientista em que é tido a circunstância de haver orientado, em certa fase, os trabalhos de pesquisa levados a efeito pelo Conselho Nacional de Geografia, quando teve oportunidade de colhêr copiosas observações atinentes aos assuntos que trata. Outros trabalhos dêste número: "Te Open Polar Se a" - J ohn K. Wright. "Potential Utilization of the Kafue Plats Nothern Rhodesia" Edgar E. Foster. Leis e Resoluçõe~ LE Integra da I A.V.L. ANNALES DE GÉOGRAPHIE- Bulletin de la Société de Géographie N. 0 332 - LXII Année - JuilletAout 1953. Librairie Armand Colin 103, Boulevard Saint-Michel, Paris - France. O presente volume oferece matéria de cunho exclusivamente local. Artigos: "Observations sur la structure et la morphologie des iles d'Hyeres" Y. Masurel; "Le développement de Donges, centre pétrolier de la Basse-Loire" - Mme. A. M. Pava;rd-Charraud; "Le marché et la production de l'huile d'olive en Tunisie" - L. Laitman. A parte de notas e resumos bibliográficos apresenta interessantes tópicos como: "As fronteiras do Oceano", por A. Guilcher; "Um ensaio de utilização geográfica das listas eleitorais na Bélgica", por R. Sevrin; "Uma nova geografia da Espanha e Portugal", por P. Birot; "A população do Canadá", de acôrdo com o recenseamento de junho de 1951, por A. La baste. A. V. L. REVUE DE PSYCHOLOG IE DES PEUPLES - Institut Havrais de Sociologie Economique et de Psychologie des Peup,les - 8me année N. 0 2 - 2me - trimestre 1953. Pierre-Bernard Lafont colabora neste número com um artigo, focalizando a influência dos fatôres econômicos na existência das etnias. A.V.L. Serviço Central de Documentação Geográfica do Conselho Nacional de Geografia é completo, compreendendo Biblioteca, Mapoteca, Fototeca e Arquivo Corogrâfico, destinando-se êste à guarda de documentos como sejam inéditos e artigos de jornais. Envie ao Conselho qualquer documento que possuir sôbre o território brasileiro. Lei n. 0 1 909, de 21 de julho Dispõe sõbre a denominação dos aeródromos nacionais. O Congresso Nacional decret mulgo, nos têrmos do art. 70, § tituição Federal, a seguinte lei: Art. 1. 0 Os aeroportos br~ em geral a denominação das prd vilas ou povoados em que se e clarando-se a posição norte, sul, te, quando houver mais de um I § 1. 0 Sempre mediante lei cada caso poderá um aeroporto dromo ter a designação de um 1 sileiro que tenha prestado rele à causa da aviação, ou de um nacional. § 2. 0 São conservadas as "Santos Dumont" e "Bartolomeu para os aeroportos do Rio de Jan1 do Filho", "Pinto Martins", "Aug "Guararapes" e "Palmares", res para os aeroportos de Pôrto Aleg Natal, Recife e Maceió. Art. 2. 0 Excluem-se da rE cida no texto do art. 1. 0 os aeJ poderão ter denominação prévia da pelo Departamento de Aeron Art. 3. 0 - São revogados o d mero 2 271 , de 3 de junho de 1941 outras disposições contrárias a entrará em vigor na data de S1.1 Senado Federal, em 21 de juU João Café Filho. (D.O. de 23-7-1953). Lei n.o 1 914, de 28 de julho Autoriza o Poder Executivo a abr to Brasileiro de Geografia e crédito especial de Cr$ 7 800 00~ liar as despesas do VI recen ral do Brasil. O Presidente da República: Faço saber que o Congresso N1 ta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1. 0 - É o Poder Executi a abrir, ao Instituto Brasileiro d Estatística, o crédito especial de <l (sete milhões e oitocentos mil cr tinado a auxiliar os encargos do mento geral do Brasil. Art. 2. 0 -Esta lei entrará em de sua publicação. E. James tem a vantagem alto conceito de cientista a circunstância de h a ver certa fase, os trabalhos ·ados a efeito pelo Conde Geografia, quando ade de colhêr copiosas atinentes aos assuntos que trabalhos dêste número: Polar Sea" - John K. tial Utilization of the Nothern Rhodesia" ter. Leis e Resoluções LEGISLAÇÃO FEDERAL Integra da legislação de interêsse geográfico A.V.L. GÉOGRAPHIE - BulleSociété de Géographie LXII Année - JuilletLibrairie Armand Colin ard Saint-Michel, Paris volume oferece matéria vamente local. Artirn.., H ons sur la structure et des iles d'Hyeres" développement de Donbétrolier de la Basse-Loire" M. Pava;rd-Charraud; "Le production de l'huile d 'oli, - L. Laitman. e notas e resumos bibliota interessantes tópicos teiras do Oceano", por "Um ensaio de utilização s listas eleitorais na BélSevrin; "Uma nova geoa e Portúgal", por P. ação do Canadá", de recenseamento de junho A. Labaste. A. V. L . YCHOLOGIE DES PEUtut Havrais de Soonomique et de PsychoPeuples - 8me année 2me - trimestre 1953. ~rnard Lafont colabora o com um artigo, focali[uência dos fatôres econôstência das etnias. A .V.L. 1elho Nacional de Geografia é Arquivo Corográfico, destinane artigos de jornais. Envie ao ório brasileiro. Leis Lei n.o 1 909, de 21 de julho de 1953 Dispõe sôbre a denominação dos aeroportos e aeródromos nacionais. O Congresso Nacional decreta e eu promulgo , nos têrmos do art. 70, § 4. 0 , da Constituição Federal, a seguinte lei: Art. 1. 0 - Os aeroportos brasileiros terão em geral a denominação das próprias cidades, vilas ou povoados em que se encontrem, declarando-se a posição norte, sul, leste ou oeste, quando houver mais de um na localidade. § 1. 0 Sempre mediante lei especial para cada caso poderá um aeroporto ou um aeródromo ter a designação de um nome de brasileiro que tenha prestado relevante serviço à causa da aviação, ou de um fato histórico nacional . § 2. 0 São conservadas as denominações "Santos Dumont" e "Bartolomeu de Gusmão" para os aeroportos do Rio de Janeiro e " Salgado Filho", "Pinto Martins", "Augusto Severo", "Guararapes" e " Palmares" , respectivamente, para os aeroportos de Pôrto Alegre, Fortaleza, Natal, Recife e Maceió. Art. 2.o Excluem-se da regra estabelecida no texto do art. 1. 0 os aeródromos que poderão ter denominação previamente aprovada pelo Departamento de Aeronáutica Civil. Art. 3 .0 - São revogados o decreto-lei número 2 271, de 3 de junho de 1940, e quaisquer outras disposições contrárias a esta lei, que entrará em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 21 de julho de 1953. João Café Filho. (D.O. de 23-7-1953). Lei n.o 1 914, de 28 de julho de 1953 Autori za o Poder Executivo a abrir ao Instituto Brasi leiro de Geografia e Estatistica o crédito especial de Cr$ 7 800 000,00 para auxiliar as despesas do VI recenseamento geral do Brasil. O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1.0 - É o Poder Executivo autorizado a abrir, ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o crédito especial de Cr$ 7 800 000,00 (sete milhões e oitocentos mil cruzeiros), destinado a auxiliar os encargos do VI recenseamento geral do Brasil . Art. 2. 0 -Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação . Art. 3. 0 Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, em 23 de julho de 1953; 132.o da Independência e 64. 0 da República. GETÚLIO VARGAS Osvaldo Aranha. (D.O. de 25-7-1953). Lei n. 0 1 918, de 24 de julho de 1953 Dispõe sôbre os créditos orçamentári os destinados à defesa contra as sêcas do Nordeste, eleva os limites dos prêmios de açudes por cooperação, e dá outras providências . O Congresso Nacional decreta e eu promulgo, nos têrmos do a rt. 70, § 4 .0 , da Constituição Federal, a seguinte lei: Art. 1. 0 Os créditos orçamentários destinados a atender ao disposto no art. 198 da Constituição Federal (Defesa contra as Sêcas do Nordeste) considerar-se-ão registrados pelo Tribunal tle Contas, independente de qualquer formalidade, a 1. 0 de janeiro de cada ano, e serão automàticamente distribuídos pelo Tesouro Nacional. Parágrafo único- O Tesouro Nacional, contabilizando como despesa efetivada, porá no Banco do Brasil S. A. a importância dêsses créditos em parcelas de 25 % (vinte e cinco por cento) até o dia quinze dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada ano, à disposição do Departamento Nacional de Obras contra as Sêcas, que a utilizará independente do regime de duodécimos. Art. 2. 0 As importâncias não utilizadas pelo Departamento Nacional de Obras contra as Sêcas, até o fim do exercício, serão obrigatoriamente recolhidas ao Tesouro Nacional até 31 de dezembro de cada ano, como despesa a anular. Parágrafo único - Os saldos dos créditos oriundos do recolhimento a que se refere êste artigo serão obrigatoriamente inscritos em "Restos a Pagar", devendo as respectivas importâncias ser depositadas, até 31 de janeiro de cada ano, em conta especial, no Banco do Brasil S.A., à disposição do D.N .O.C .S. Art. 3. 0 Os recursos a que se refere o art. 2.0 somente poderão ser aplicados nas obras ou nos serviços a que se destinavam no Orçamento do exercício anterior. · Parágrafo único - Quando êsses recursos corresponderem às obras ou serviços concluídos passarão a ser aplicados, de acôrdo com planos especiais do D.N .O.C .S., na intensificação das obras de irrigação dos açudes públicos, no desenvolvimento da açudagem por cooperação e 524 BOLETIM GEOGRAFICO na perfuração e aparelhamento de poços no Polígono das Sêcas. Art. 4. 0 Os ajustes firmados entre o D.N.O.C.S. e os proprietários de açudes ou outras obras a serem construídas em regime de cooperação serão suje i tos a registro a posterior! do Tribunal de Contas através de suas delegações, não se lhes aplicando o disposto nos artigos 42 alínea XIX, e 60 da lei 830, de 23 de setembro de 1949. Art. 5. 0 - São elevados para Cr$ 1.000.000,00 (um milhão de cruzeiros), e Cr$ 5.000.000,00 (cinco milhões de cruzeiros), respectivamente, os limites máximos dos prêmios concedidos pelo Govêmo Federal para construção de obras de açudagem e irrigação em cooperação com particulares e entidades de direito público. § 1. 0 O disposto neste artigo é extensivo aos açudes autorizados ou em construção na data da publicação da presente lei. § 2. 0 As cooperativas agrícolas e associações rurais, legalmente organizadas, aplica-se o limite de prêmio atribuído às entidades de direito público. Art. 6. 0 - São prorrogados por 12 (doze) meses os prazos concedidos para construção de açudes em cooperação. Art. 7. 0 - Fica reduzido para 300 000 (trezentos mil) metros cúbicos e quatro metros o limite, respectivamente, de capacidade e profundidade de açude, que poderá ser construido pelo D .N.O.C.S., pelo regime de cooperação. Art. 8. 0 - É fixado em Cr$ 0,50 (cinqüenta centavos), por metro cúbico d'água acumulável, o auxflio para a construção de obras de açudagem em cooperação com· particulares, individualm~nte ou associados, até o limite previsto no art. 5.o . • Art. 9. 0 O D.N .O.C.S. promoverá, no prazo de 90 (noventa) dias, a revisão das tabelas de preços unitários em vigor. Parágrafo único - As tabelas a que se refere o presente artigo deverão ser revistas, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data do decreto ou lei que modifique o salário minimo, para que sejam adaptadas ao novo custo de material e mão-de-obra. Ar,t . 10 - Os orçamentos das perfurações ou aparelhamento de poços de que 'trata o decreto-lei n. 0 6 255, de 9 de fevereiro de 1944, e cujo custo provável seja inferior a ......... . Cr$ 50 000,00 (cinqüenta mil cruzeiros) serão aprovados por ato do chefe do Distrito do D.N.O.C .S. a que tenham sido requeridos, o qual determinará a sua execução e remeterá mensalmente ao Diretor-Geral cópia dos referidos orçamentos. Parágrafo único - A execução de qualquer perfuração ou aparelhamento de poços de custo provável ou superior ao limite fixado neste artigo dependerá de prévia aprovação do respectivo orçamento pelo Diretor-Geral do D.N.O.C.S. Art. 11 - Além das hipóteses previstas no art. 4. 0 do decreto-lei n. 0 6 255, de 9 de fevereiro de 1944, o D.N .O.C.S. abrl'rá e aparelhará, por conta própriá na área do Polígono das Sêcas, poços para abastecimento público nas cidades, vilas e povoações de mais de 500 (quinhentos) habitantes, onde não exista, num raio de dez quilômetros, açude público, curso d'água perene ou manancial de água potável. § 1.o - A perfuração e o aparelhamento de poços, a que se refere êste artigo, serão procedidos por indicação do chefe de Distrito do D. N. O. C. S. ou por solicitação do Estado ou Município interessado · em requerimento dirigido ao Diretor-Geral, ao qual compete autorizar a realização da obra com recurso volun- tário para o Ministro da Viação e Obras Públicas. § 2. 0 O Chefe de Distrito, recebendo o requerimento, mandará, dentro de 120 (cento e vinte) dias, proceder ao exame necessário, inclusive quanto às condições previstas neste artigo, encaminhando em seguida o processo devidamente informado ao Diretor-Geral . Art. 12 - Os estudos, projetos, orçamentos e execução de obras custeadas com os recursos previstos no artigo 198 da Constituição poderão ser contratados com emprêsa idônea, satisfeitas as formalidades legais, ou delegadas, mediante autorização do Ministro da Viação e Obras Públicas, a serviço público especializado federal ou estadual. Art. 13 - Os estudos, projetos e orçamentos de obras de defesa contra os efeitos da chamada Sêca do Nordeste, realizados por serviço público especializado de Estado componente do Polígono das Sêcas, poderão ser aceitos, pelo D. N. O . C. S. desde que satisfaçam os requisitos técn os previstos nas leis e regulamentos que o regem, como base para a fixação de limite de capacidade e de custo de obra por consignação. Art. 14 o Departamento Nacional de Obras Contra as Sêcas instalará campos de palma, cada um com a área mínima de 25 (vinte e cinco) hectares, para distribuição gratuita de mudas aos criadores, em todos os Estados compreendidos no Polígono das Sêcas e nas regiões onde a pecuária constituir a principal atividade rural. § 1. 0 Dentro de 1 (um) ano, a contar da vigência desta lei, o D.N.O.C . S . deverá inaugurar, · pelo menos, um campo por Estado, e, assim sucessivamente, até que fique em condições de a tender às necessidades da pecuária do Nordeste. § ~o A lei orçamentária na ·união consignará, anualmente, dotação suficiente para a instalação, desenvolvimento e manutenção dos campos, de acôrdo com o plano organizado pelo D.N.O.C.S. Art. 15 O Departamento Nacional de Obras Contra as Sêcas pagará em dinheiro, semanalmente, o salário dos operários empregados em obras destinadas à defesa contra as sêcas do Nordeste. § 1.0 É vedado o desconto de taxas comissões ou -outra qualquer forma no salário do operário, salvo as referentes à previdência e assistência social a que estejam por lei obrigados. § 2. 0 A inobservância ao disposto no parágrafo anterior importa na responsabllldade civil e criminal do agente. Art. 16 - Esta lei será regulamentada no prazo de 30 (trinta) dias, entrando em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário. Senado Federal, em 24 de julho de 1953. João Café Filho. (D.O. de 31-7-1953). Lei n.o 1920, de 25 de julho de 1953 Cria o Ministério da Saúde e dá outras providências. O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1. 0 - É criado o Ministério da Saúde, ao qual · ficarão afetos os problemas atinentes à saúde humana. Parágrafo único Fará pa rio acima um Departamento d ção, com Divisões de Pessoal, :N e Orçamento. Art. 2.o O Ministério d Saúde passa a denominar-se Educação e Cultura". Parágrafo único - (Vetado) . Art. 3.o Ao Ministério I transferidos todos os atuais órg do antigo Ministério da Educaçã~ nentes à saúde e à criança, e de~ qúe exerçam atividade em comu Parágrafo único - Passarã1 para os quadros do nbvo Minis cargos funções e seus ocupantl que h~jam sido transferidos, be: do funcionalismo do Departame nstração do antigo Ministério q Saúde, que se tornar excedente, cia da criação do novo MinistérH Art. 4.o - Da quantia a ql alínea a do art. 2. 0 do decreto 1 de julhÓ de 1946, um têrço será Ministério da Saúde. Art. 5. 0 São transferido Ministério da Saúde os saldos d i çamentárias, destinados às rept paradas ao referido Ministério, i celas de dotações orçamentária bendo ao Poder Executivo tom! administrativas convenientes. Parágrafo único - São, ta ridas as parcelas das dotações Verba 3 do Orçamento do Minist ção e Saúde, l:iem como a terceiiJ tação constante do orçamento df o ano de 1953 - na Verba 4 pamentos- Consignação VI- Ji sas - Subconsignação •li <" Es tos - 04 Divisão de Obras - a profissionais estranhos à Divisão ra a elaboração de projetos e topográficos. Art. 6.o - Os créditos orçam cionais destinados ao Ministério derão ser depositados no Banco d posição do referido Ministério, < 0 critério que fôr estabelecido a lo Ministro de Estado. Parágrafo único ~ A compr prêgo dêstes créditos será feita, te, perante o Tribunal de Conta o término de cada trimestre, na lação em vigor, ouvido prêviam tamento de Administração. Art. 7.o - Os auxflios e sub~ nados no orçamento do Ministérl e Saúde, que se destinarem a a ctonadas com o Ministério da Sa mente, transferidos nos têrmos desta lei. Art. 8.o - São criados os se que serão providos em comissão gratificadas: · 1 - Ministro de Estado; 1 - Diretor do Departamex nistração - D. A. ; 1 -Diretor da Divisão do P 1 - Diretor da Divisão do D.O.; 1 -Diretor da Divisão de M 1 -Diretor da Divisão de < Funções GratijicadG 5 1 - Secretário; Auxlllar de Gabinete: LE1 IS E RESOLUÇõES da Viação e Obras Públlde Distrito, recebendo o á, dentro de 120 (cento e ceder ao exame necessário, in- rdgo~!iç~ee:ufcf:v~st;:o~~~~ ~!: fado ao Diretor-Geral. ~s estudos, projetos, orçamenfe obras custeadas com os reno artigo 198 da Constituicontratados com emprêsa idôLS formalidades legais, ou deê autorização do Ministro da ?úblicas, a serviço público es~1 ou estadual. 1 estudos, projetos e orçamenefesa contra os efeitos da chaordeste, realizados por serviço fa do de Estado componente do cas, poderão ser aceitos, pelo le que satisfaçam os requlsi~stos nas leis e regulamentos rJe b:s~ia~~s:C f~xeaç~~r~e p~; ~ Departamento Nacional de Sêcas instalará campos de paia área mínima de 25 (vinte para distribuição gratuita de res, em todos os Estados comlfgono das Sêcas e nas regiões • constituir a principal atlvlda- r o de 1 (um) ano, a contar da o D.N.O.C.S. deverá inauIS, um campo por Estado, e, inte, até que fique em condis necessidades da pecuária do orçamentária na ·união connte, dotação suficiente para envolvimento e manutenção côrdo com o plano organizaS. Departamento Nacional de >êcas pagará em dinheiro, selário dos operários empreganadas à defesa contra as sê- ado o desconto de taxas coqualquer forma no salário as referentes à previdência a que estejam por lei obri- Servância ao disposto no pamporta na responsabil1dade agente. lei será regulamentada no a) dias, entrando em vigor blicação revogadas as dispo- . o. em 24 de julho de 1953. 1953). de 25 de julho de 1953 a Saúde e dá outras provi- República: ue o Congresso Nacional dea seguinte lei : ado o Ministério da Saúde, os os problemas atinentes Parágrafo único - Fará parte do Ministério acima um Departamento de Administração, com Divisões de Pessoal, Material, Obras e Orçamento. Art. 2. 0 O Ministério da Educação e Saúde passa a denominar-se "Ministério da Educação e Cultura". Parágrafo único - (Vetado). Art. 3. 0 Ao Ministério da Saúde são transferidos todos os atuais órgãos e serviços do antigo Ministério da Educação e Saúde, atinentes à saúde e à criança, e desmembrados os qúe exerçam atividade em comum. Parágrafo único - Passarão, igualmente, para os quadros do nbvo Ministério todos os cargos, funções e seus ocupantes de serviços que hajam sido transferidos, bem como parte do funcionalismo do Departamento de Adminstração do antigo Ministério da Educação e Saúde, que se tornar excedente, em decorrência da criação do novo Ministério. Art. 4. 0 Da quantia a que se refere a alínea a, do art. 2. 0 do decreto n.o 9 486, de 18 de julho de 1946, um têrço será destinado ao Ministério da Saúde. Art. 5. o - São transferidos para o novo Ministério da Saúde os saldos de dotações orçamentárias, destinados às repartições incorporadas ao referido Ministério, inclusive as parcelas de dotações orçamentárias globais, cabendo ao Poder Executivo tomar as medidas administrativas convenientes. Parágrafo único - São, também, transferidas as parcelas das dotações constantes da Verba 3 do Orçamento do Ministério da Educação e Saúde, }jei):l como a terceira parte da dotação constante do orçamento da Despesa para o ano de 1953 - na Verba 4 - Obras e Equipamentos - Consignação VI - Dotações diversas - Subconsignaçáo •II ...., Estudos e Projetos - 04 Divisão de Obras - a) Ajustes com profissionais estranhos à Divisão de Obras, para a elaboração de projetos e levantamentos topográficos. Art. 6. 0 - Os créditos orçamentários e adicionais destinados ao Ministério da Saúde poderão ser depositados no Banco do Brasil à disposição do referido Ministério, de acôrdo com o critério que fôr estabelecido anualmente pelo Ministro de Estado. Parágrafo único - A comprovação do emprêgo dêstes créditos será feita, parceladamente, perante o Tribunal de Contas, 60 dias após o término de cada trimestre, na forma da legislação em vigor, ouvido previamente o Departamento de Administração. Art. 7.o - Os auxílios e subvenções consignados no orçamento do Ministério da Educação e Saúde, que se destinarem a atividades relacionadas com o Ministério da Saúde, são igualmente, transferidos nos têrmos do artigo 6.o desta lei. Art. 8. 0 - São criados os seguintes cargos, que serão providos em comissão ou em funções gratificadas : 1 -Ministro de Estado; 1 - Diretor do Departamento de Administração - D. A. ; 1 -Diretor da Divisão do Pessoal - D.P. 1 - Diretor da Divisão do Orça~ento D.O.; 1 - Diretor da Divisão de Material- D.M.; 1 -Diretor da Divisão de Obras - D.Ob. Funções Gratificadas 5 1- Secretário; Auxlllar de Gabinete; 1 - 111 1 12- 525 Chefe S.A.; Chefe S.C.; Chefe S.F.; Chefe S.E.F.; Chefe S.A.; Chefe S.R.F.; Chefes D.O. Art. 9.0 - Para a execução da presente lei, o Ministro da Saúde apresentará ao Presidente da República, dentro em 60 dias, o !l'egulamento a ser expedido, regendo-se provisoriamente, o ·Ministério da Saúde, pelo do Ministério da Educação e Saúde, na parte que lhe fôr aplicável. Art. 10 - :É aberto ao Ministério da Saúde o · crédito especial (Serviços e Encargos), de Cr$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil cruzeiros), para ocorrer às despesas com a execução da presente lei. Art. 11 - Esta lei entra~á em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 25 de julho de 1953; 132. 0 da Independência e 65. 0 da República. GETÚLIO VARGAS Antônio Balbino. (D.O. de 29-7-1953). Lei n. 0 1923, de 28 de julho de 1953 Cria a Escola Ayricola de Urutai, no Estado de Goiás, e dá outras providências. O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1. 0 - :É criada, nos moldes das atuais, a Escola Agrícola de Urutaí, no Estado de Goiás. Parágrafo único - A Escola será subordinada à Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário. Art. 2. 0 - A Escola Agrícola de Urutaí terá por objetivo ministrar os cursos de iniciação agrícola e de mestria agrícola (art. 7, 8 e 12 do decreto-lei n. 0 .9 613, de 20 de agôsto de 1946 - Lei Orgânica do Ensino Agrícola) , e observará o Regulamento dos Currículos do Ensino Agrícola baixado pelo decreto número 21 667, de 20 de agôsto de 1946. Art. 3.o - A Fazenda de Criação de Urutai passará a constituir o núcleo de zootecnia da Escola. Art. 4. 0 - As diversas séries dos cursos da Escola · serão instaladas progressivamente, começando-se pela primeira série do curso de iniciação agrícola. No segundo ano de funcionan'lento, será instalada a segunda série e, no terceiro e quarto anos, a primeira e segunda séries, respectivamente, do curso de mestria agrícola. Dai por diante, a Escola funcionará na plenitude dos seus cursos. Art. 5. 0 - Esta lei entrará em vigor na data. de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, em 28 de julho de 1953; 132. 0 da Independência e 65. 0 da República.. GETÚLIO VARGAS Jo{f,o Cleotas. (D.O. de 31-7-1953). .~ , 526 BOLETIM GEOGRAFICO Lei n.o 1 945, de 18 de agôsto de 1953 Autoriza o Poder Executivo a erigir na cidade de Belém, Estado do Pará, um monumento em memória de Pedro Teixeira. O Congresso Nacional decreta e e.u promulgo nos têrmos do art. 70, § 4. 0 , da Constituição Federal a seguinte lei: Art. 1. 0 - É o Poder Executivo autorizado a erigir na cidade de Belém, Estado do Pará, um monumento em memória de Pedro Teixeira, como sinal de reconhecimento do povo brasileiro pelo muito que fêz em prol da incorporação da Amazônia ao território nacional. Art. 2. 0 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, pelo Ministério da Educação e Saúde, um crédito especial de Cr$ 2 000 000,00 (dois milhões de cruzeiros) para a execução desta lei. Art. 3. 0 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Senado Federal, 18 de agôsto de 1953. - LE~ João Café Filho. (D.O. de 21-7-1953) . Integra das leis, decr1 BAHIA Lei n.o 508, de 12 de dezemb Cria o município de Itapetinga, do município de Itambé. o Governador do Estado da E Faço saber .que a Assembléia l ereta e eu sanciono a seguinte 1 Art. 1.o - Fica criado o mur petinga com os seguintes lUmtes Com o município de Itambé: Começa na foz do riacho do rio Pardo, daí em reta à foz d Barras, no rio Catolé Grande, d centro da lagoa do Bengo, daí 1 foz do córrego de São José, no Com o município de Itabuna Começa na foz do córrego S~ Colônia, por êste abaixo até o IDI mento da antiga estrada de Itat da Conquista; daí segue em reta, foz do córrego do Nado, no rio cançar o marco do divisor de ã bacias .dos rios Colônia e Pardo. Com Cana vi eiras: Começa no marco de encon de águas das bacias dos rios Co com a reta tirada do marco do antiga estrada da Itabuna a · Vi quista, no rio Colônia, seguindo a foz do córrego do Nado, no rio Com Macarani: Começa na foz do córrego d< Pardo, pelo qual sobe até enco riacho das Muriçocas. Art. 2.o - O município de I constituído pelo distrito da sede. Art. 3. 0 Vetado. Revogam-se as < Art. 4. 0 contrário. Palácio do Goyêrno do Est1 12 de dezem hro de 1952. - Luís Pereira. - Expedito Pereira da Ci (Diário Oficial do Estado ds de dezembro de 1952) . Lei n.o 513, de 12 de dezemb Cria o município de Iguaí, de! de, Poções. ~ Use o serviço de informações do Conselho Nacional de Geografia para dissipar suas dúvi~as e completar os seus informes sôbre a geografia em geral e a geografia do Brasil em especial. o Governador do Estado da i Faço saber que a Assembl decreta e eu sanciono a seguint Art. 1.o - Fica criado o mun desmembrado do de Poções con limites: Amazônia ao território naFica o Poder Executivo autoripelo Ministério da Educação e especial de Cr$ 2 000 000,00 cruzeiros) para a execução Esta lei entrará em vigor na blicação, revogadas as disposi- LEGISLAÇÃO ESTADUAL , 18 de agôsto de 1953. 21-7-1953) . fia para dissipar suas dúvidas eografia do Brasil em especial. Integra das leis, decretos e demais atos de interêsse geográfico I BAHIA Lei n. 0 508, de 12 de dezembro de 1952 Cria o município de Itapetinga, desmembrado do município de Itambé . O Governador do Estado da Bahia Faço saber .que a Assembléia L~gislativa decreta e eu sanciono a seguinte lei : Art. 1. 0 - Fica criado o município de Itapetinga com os seguintes liimtes: Com o município de Itambé: Começa na foz do riacho do Pilãozinho, no rio Pardo, daí em reta à foz do riacho Duas Barras, no rio Catolé Grande, dai em reta ao centro da lagoa do Bengo, dai em reta até a foz do córrego de São José, no rio Colônia. Com o município de Itabuna: Começa na foz do córrego São José, no rio Colônia, por êste abaixo até o marco do cruzamento da antiga estrada de Itabuna a Vitória da Conquista; dai segue em reta, em direção à foz do córrego do Nado, no rio Pardo, até alcançar o marco do divisor de águas entre as bacias .dos rios Colônia e Pardo. Com Cana vieiraG: Começa no marco de encontro do divisor de águas das bacias dos rios Colônia e Pardo, com a reta tirada do marco do cruzamento da antiga estrada da Itabuna a · Vitória da Conquista, no rio Colônia, seguindo em reta para a foz do córrego do Nado, no rio Pardo. Com Macarani: Começa na foz do córrego do Nado J no rio Pardo, pelo qual sobe até encontrar a foz do riacho das Muriçocas. Art. 2. 0 - O município de Itapetinga será constituído pelo distrito da sede. Art. 3.o Vetado. Art. 4. 0 Revogam-se as disposições em contrário. Palácio do Goyêrno do Estado da Bahia, 12 de d ezem oro de 1952. - Luís Régis Pacheco Pereira . - Expedito Pereira da Cruz. (Diário Oficial do Estado da Bahia de 18 de dezembro de 1952). Lei n. 0 513, de 12 de dezembro de 1952 Cria o município de Iguai, desmembrado do de, Poções. O Governador do Estado da Bahia Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1.0 -Fica criado o município de Iguai, desmembrado do de Poções com os seguintes limites: Com o município de Poções: Começa no divisor de águas da serra das Piabas, onde defronta a nascente do riacho da Bala, dai em reta até o rio Gongoji, na foz do rio do Vigário, pelo qual sobe até a foz do rio das Pombas; dai em reta até alcançar o inicio do divisor de águas entre as bacias dos rios Prêto e do Vigário, seguindo por êle até encontrar o divisor de águas da serra de Ouricana, seguindo por· êste último divisor até o ponto que defronta a nascente do riacho do Boqueirão. Com o município de Boa Nova: Começa no divisor de águas da serra da Ouricana, no ponto que defronta a nas.c ente do riacho do Boqueirão, seguindo pelo referido divisor até a nascente do ribeirão dos índios, pelo qual desce até sua foz no rio Gongoji. Com o municipio de Ibicui: Começa no rio Gongoji, na foz do ribeirão dos índios, dai em reta até a foz do ribeirão do Café, no rio Novo, pelo qual sobe até a foz do riacho do Tomba Morros, pelo qual sobe até a sua nascente e daí segue pelo divisor de águas da serra do mesmo nome e pelo da serra das Piabas até o ponto que defronta a nascente do riacho da Bala . Art. 2. 0 - O município de Iguaí será constituído de distrito único. l'trt. 3.0 - Vetado. Art. 4. 0 Revogam-se as disposições em contrário . Palácio do Govêrno do Estado da Bahia, 12 de dezembro de 1952. - Luis Régis Pacheco Pereira - Expedito Pereira da Cruz. (Diário Oficial do Estado da Bahia de 18 de dezembro de 1952) . Lei n. 0 514, de 12 de dezembro de 1952 Cria o município de Ubatã, desmembrado do de Ipiaú. O Governador do Estado da Bahia. Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1. 0 - Fica criado o município de Ubatã desmembrado do de Ipiaú, com os seguintes limites : Com o municipio de Ipiaú: Começa na foz do ribeirão da Lagoa no rio de Contas e dai em reta até o rio Vermelho na foz do ribeirão do Aricanguá e por êste acima até a sua nascente e dai em reta até o encontro da serra do Gandu com a serra do Aricanguá ou Papuã. Com o município de Ituberá: Do encontro da serra do Gandu com a s~r­ ra do Aricanguá ou Papuã, segue pelo div~sor de águas desta serra, até o marco do extremo da reta tirada da nascente do ribeirão dos Dois Irmãos, com a direção norte. 528 BOLETIM GEOGRAFICO Com o município de Camamu: Começa no divisor de águas da serra do Aricanguá ou Papuã, no marco do extremo da. reta tirada da nascente do ribeirão dos Dois Irmãos, com a direção norte, segue por esta mesma reta até a citada nascente do ribeirão dos Dois Irmãos, pela qual desce até a sua foz no rio de Contas. Com o município de Ubaitaba: Começa na foz do ribeirão dos Dois Irmãos no rio de Contas e sobe pelo talvegue dêste até a foz do ribeirão da Lagoa. Art. 2. 0 - .o município de Ubatá., será constituído do distrito da sede. Art. 3. 0 - Vetado. Art. 4. 0 Revogam-se as disposições em contrário. Palácio do Govêrno do Estado da Bahia, 12 de dezembro de 1952. - Luís Régis Pacheco Pereira - Expedito Pereira da Cruz. (Diário Oficial do Estado da Bahia de 18 de dezembro de 1952). Resoluções do CONSELI XII Sessãc In te~ Resoluç Cria uma secção no qua sôbre o preenchimen A Assembléia Geral do de Geografia, usando de suas Considerando o que a rei dos consultores técnicos nacl o artigo 5. 0 do Regulamento ( Considerando ainda, o disJ do artigo 2. 0 da resolução n. 0 constituição e o funcioname! consultores técnicos; Considerando que de acõt artigo 5.o do Regulamento G mencionada alínea a do art resolução n. 0 12, cabe taxati tório Central, a indicação preencher vaga no quadro de nicos nacionais; Considerando que tal in em dôbro e se encontrar am cada, Resoh Dispõe sôbre a elaboraçi Secretaria-Geral. A Assembléia Geral do C de Geografia, usando de su Considerando ser atribui Assembléia Geral a elaboraçãi dos órgãos do Conselho; Considerando a urgente n elaborado o Regimento da cujos serviços se ..fessentem, I res, de dispositivos expressos RESOLVE: Art. t.o - O Diretório I o Regimento da Secretaria, 1 à XIII sessão da Assembléia Resolt ~ Se lhe interessa adquirir as publicações do Conselho Nacional de Geografia, escreva à sua Secretaria (Avenida Beira-Mar, 436 atenderá pronta e satisfatõriamente. Edifício Iguaçu - Rio de Janeiro) que o Dispõe sôbre a restaura~ A Assembléia Geral do C de Geografia, usando de suas · Considerando, como foi vil · da reunião inaugural, que h~ ela em restaurar, reorganizat ·O município de Ubatá, será cons,rito da sede. Vetado. Revogam-se as disposições em Govêrno do Estado da Bahia, o de 1952. - Luís Régis Pacheco edito Pereira da Cruz. hcial do Estado da Bahia de 18 e 1952). ., Resoluções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA XII Sessão Ordinária da Assembléia Geral Integra das Resoluções 393 a 397 Resolução n. 0 393, de 31 de outubro de 1952 Cria uma secção no quadro do corpo de consultores técnicos nacionais e dispõe sôbre o preenchimento da consultoria criada. . clonal de Geografia, escreva à (U Rio de Janeiro) que o A Assembléia Geral do Consell~o Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, e Considerando o que a respeito da eleição dos consultores técnicos nacionais, determina o artigo 5. 0 do Regulamento do Conselho; Considerando ainda, o disposto na alínea a, do artigo 2. 0 da resolução n. 0 12, que regula a constituição e o funcionamento do corpo de consultores técnicos; Considerando que de acôrdo com o citado artigo 5. 0 do Regulamento do Conselho e a mencionada alínea a do art. 2. 0 da referida resolução n. 0 12, cabe taxativamente ao Diretório Central, a indicação dos nomes para preencher vaga no quadro de consultores técnicos nacionais; Considerando que tal indicação deve ser em dôbro e se encontrar amplamente justificada, RESOLVE: Art. · 1. 0 Ficam criadas, no quadro de consultores técnicos nacionais do Conselho instituído pela resolução n. 0 17, de 12 de julho de 1938, as secções de História do Ensino da Geografia, Geografia dos Minerais Radioativos e de Geografia Agrária. Art. 2.o - O Diretório Central, na forma da letra a do art. 2. 0 da resolução n. 0 12, de 17 de julho de 1937, apresentará, para devida eleição, à XIII Assembléia Geral dêste Conselho, em dôbro, os nomes necessários aos lugares a preencher. Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1952, ano XVII do Instituto. - Conferido e numerado: José Veríssimo da Costa Pereira, Secretário-Assistente. - Visto e rubricàdo: Luís Eugênio de Freitas Abreu, Secretário-Geral, interino. Publique-se: Florêncio de Abreu, Presidente. Resolução n. 0 394, de 31 de outubro de 1952 Dispõe sôbre a elaboração e a execução a título experimental do Regimento da Secretaria-Geral. A Assembléia Geral do Consellío Naciona~ de Geografia, usando de suas atribuições e Considerando ser atribuição expressa 'da Assembléia Geral a elaboração dos Regimentos dos órgãos do Conselho; 1 Considerando a urgente necessidade de ser elaborado o Regimento ·da Secretaria-Geral, cujos serviços se .fessentem, em diversos setores, de dispositivos expressos que os regulem, RESOLVE: Art. t.o - O Diretório Central elaborará o Regimento da Secretaria, para apresentá-lo à XIII sessão da Assembléia Geral.. Art. 2. 0 - Fica o Presidente do Instituto autorizado a pôr em execução, experimentalmente, o Regimento elaborado pelo Diretório Central, logo após sua aprovação por êsse Diretório e publicação. Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1952, ano XVII do Instituto. - Conferido e numerado: José Veríssimo da Costa Pereira, Secretário-Assistente. -Visto e rubricado: Luís Eugênio de Freitas Abreu, Secretário-Geral, interino. Publique-se: Florêncio de Abreu, Presidente. Resolução n. 0 395, de 31 de outubro de 1952 Dispõe sôbre a restauração dos Diretórios Regionais. A Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, e · Considerando, como foi visto pelos discursos · da reunião inaugural, que há tôda conveniência em restaurar, reorganizar ou revigorar os Diretórios de Geografia dos estados, tornando-os eficientes; • Considerando que a organização de que trata a resolução n. 0 219, de 1948 não satisfaz a todos os interêsses, que a matéria comporta, ; 530 BOLETIM GEOGRAFICO RESOLVE: Art. 1. 0 - Recomendar à direção do Conselho Nacional de Geografia que entre em entendimento com os governos regionais no sentido de serem organizados os respectivos Diretórios que não se acham em funcionamento para que possam colaborar na feitura do novo regulamento do Conselho. Art. 2. o A Secretaria-Geral do C. N. G. destinará no exercício de 1953, o auxílio minimo de vinte e cinco mil cruzeiros (Cr$ 25 000,00) ao Diretório Regional que, apresentando o respectivo plano de trabalho a ser executado, o solicitar. Parágrafo único - No Distrito Federal, será prestado o auxílio ao Diretório Municipal. Quadro sistemát- Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1952, ano XVII do Instituto. - Conferido e numerado: José Veríssimo da Costa Pereira, Secretário-Assistente. - Visto e rubricado: Luís Eugênio de Freitas Abreu, Secretário-Geral, interino. Publique-se: Florêncio de Abreu, Presidente. REGIÃO 1. L 2. N. Resolução n. 0 396, de 31 de outubro ~e 1952 Manifesta interêsse pelos trabalhos do Instituto Pan-Americano de Geografia e História. A Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, usandÕ de suas atribuições, e Considerando que a Comissão de Geografia, do Instituto Pau-Americano de Geografia e História, continua tendo sede no Brasil; Considerando que o Conselho deve prestigiar e auxiliar, sempre que possível, tôdas as organizações que se dediquem à Geografia; Considerando, ainda, ser o Brasil membro efetivo e contribuinte do I.P.A.G.H. e de suas comissões; Considerando que, desde a criação dessa Comissão de Geografia do I.P.A.G.H., vem o C. N. G., patrocinando os seus trabalhos, RESOLVE: Art. 1. 0 - A Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografi!l- expressa o seu vivo in- terêsse pelos trabalhos da Comissão de Geografia do Instituto Pau-Americano de Geografia e História . Art. 2. 0 - A Secretaria-Geral examinará a possibilidade de auxiliar a impressão da Revista Geográfica do mesmo Instituto. •. I. Planície Litorânea . .. Art. 3. 0 A Secretaria-Geral prestará, na medida de suas possibilidades, colaboração aos trabalhos a serem desenvolvidos pela Comissão de Geografia do Instituto Pau-Americano de Geografia e •História. Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1952, ano XVII do Instituto. - Conferido e numerado: José Veríssimo da Costa Pereira, Secretário-Assistente. - Visto e rubricado: Luís Eugênio de Freitas Abreu, Secretário-Geral, interino. Publique-se: Florêncio de Abreu, Presidente. II . 3. 4. B 1. R 2. s 1. R 1. ~ Planície Amazônica .. . Resolução n. 0 397, de 31 de outubro de 1952 Atualiza a divisão regional do Brasil, estabeleciria pela resolução n. 0 143 da Assembléia Geral. A Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições e tendo em vista o que consta do art. 9. 0 da resolução n. 0 143, de 13 de junho de 1945; Considerando as modificações da divisão municipal dos estados e dos territórios, RESOLVE: Art. 1. 0 - A nova divisão regional do Brasil, para, fins estatísticos, será a fixada nos anexos 1 e 2, desde que com ela concordem os Diretórios Regionais, na parte relativa à sua jurisdição territorial. Art. 2.0 - A Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Geografia enviará aos Diretórios Regionais essa divisão a fim de receber aprovação ou sugestão. Parágrafo único Considerar-se-á aprovada a divisão regional do estado que se não manifestar dentro do prazo de 90 dias, da data do recebimento dos originais respectivos. Art. 3. 0 No caso de divergência sôbre os anexos a que se refere o artigo 1. 0 , por parte do Diretório Regional, a Secretaria-Geral, imediatamente após o recebimento da manifestação dêste, determinará a ida de um geógrafo ao respectivo estado, para discutir in loco o assunto. III . Encosta Guianense. , IV . Encosta Setentrional. .. . . Rio de· Janeiro, 31 de outubro de 1952, ano VII do Instituto . . - Conferido e numerado: 2. José Veríssimo da Costa Pereira, Secretário-Assistente. - Visto e rubricado: Luís Eugênio de Freitas Abreu, Secretário-Geral, interino. - Publique-se: Florêncio de Abreu, Presidente. * O número junto à unidade feder B. G.- 6 LEIS E RESOLUÇõES 531 Anexo à resolução n.0 . 397 apresentando o resltrabalho a ser executado, o Quadro sistemático da divisão regional das unidades federadas o - No Distrito Federal, será ao Diretório Municipal. GRANDE REGIAO NORTE , 31 de outubro de 1952, ano ! - Conferido e numerado: Costa Pereira, Secretário-Ase rubricado: Luís Eugênio ZONA SUB-REGIÃO REGIÃO Secretário-Geral, interino. ~cio de Abreu, Presidente. 1. Litoral Amapaense. 2. Marajó e Ilhas ..... . Mazagão .............. . . Amapá-Macapá ....... . { Oiapoque .......... .... . UNIDADE FEDERADA A P- 1 A P- 2 A P- 3 1952 Marajó e Ilhas . .. PA- 1 ,ericano de Geografia e ~lhos da Comissão de Geo1 Pan-Americano de Geogra- I. Planície Litorânea ........ { 3. iecretaria-Geral examinará a Kiliar a impressão da Revista tno Instituto. iecretaria-Geral prestará, na ~sibilidades, colaboração aos desen volvidos pela Comissão l:nstituto Pan-Americano de 4. Leste Paraer1se. Baixada Maranhense .. a. 31 de outubro de 1952, ano - Salgado ........ . . Gua)anna . . .. ......... . { Tocantina ......... . Jacundá-Pacajá ... . P AP AP AP AP A- Gurupi .... Litoral Norte Baixada ... Baixo Mearim { Gurupi . . . Pindaré... . P~7 M~1 M~2 M~3 ~ra~an.tina .... Conferido e numerado: 1. r:Josta Pereira, Secretário-Ase rubricado: Luís Eugênio ... . .. ..... . . ..... .... . .... . . .... . ..... ~ ... . . .... ... . ·- ............ . . .... . ........ .. .. . ..... . . ............ . 2 3 4 5 6 M~4 M~5 . {Médio Amazonas .......... . AM- 1 Baixo Amazonas .... . .... . PA- 8 Rio Negro ... ..... .... .. .... . ........ . Solimões-Te fé. .. .. . . .. .. .. .. .. Rio Purus....... . . .. . .. .. . . ... . . .. .. ........ . . Rio Juruá ............. ,. . .. . . .. ...... . Solimões-Ja vari. . .. . . .... . .. . Alto Purus ... Alto Juruá ...... .. . .. .. .. . .. ... AM- 2 AM- 3 AM-4 AM-5 AM- 6 AG- 1 AG- 2 Rio Amazonas .. ecretário-Geral, interino. - icio de Abreu, Presidente. II. Planície Amazônica .... 1952 'solução n. 0 2. Solimões.. 1. Rio Branco ............ . 143 da As- Considerar-se-á aproonal do estado que se não lo prazo de 90 dias, da da ta ; originais respectivos. caso de divergência sôbre refere o artigo 1. 0 , por parte al, a Secretaria-Geral, !merecebimento da manifestaará a ida de um geógrafo :o, para discutir in loco o III. Encosta Guianense........ 1. IV . Xingu-Tocantins .. ! JAlto Rio Branco .. . ·1. Catrimâni ... ..... . RB- 1 RB- 2 MA- 6 GO- 1 Tocantins ........... . .... Araguaia-Tocantins ........ . . .. Jtacaiunas ...... .. ........... A .. { Xingu ...... . . . ... . Planalto .... . P A-10 P A-11 Rio Madeira . Aripuanã ..... . . { Alto Madeira T;pajós ..... AM- 7 MT- 1 GR- 1 P A-12 P A- 9 Encosta Setentrional. ..... 31 de outubro de 1952, ano 2. - Conferido e numerado: fosta Pereira, Secretário-Ase rubricado: Luis Eugênio Secretário-Geral, interino. rêncio de Abreu, Presidente. Alto Madeira-Tapajós. * O número junto à unidade federada corresponde aos números das zonas no anexo 2 de acôrdo com as unidades federadas. , B. G.- 6 BOLETIM GEOGRAFICO 532 / I. 11. Litoral Norte............. 1. . N {Litoral Nordeste .............. : Litora1 orte ......... ........ · Litoral. . ... . ... ............ . Litoral. ............................... . 1. Salineira ou Litoral e Salinas .......... ~ .. Litoral. ................................ . Litoral e Mata .......................... . Litoral e Mata .......................... . Litoral. ................................ . Mata ...... ..... .. ...................... . Litoral Central. ................................ . Litoral Norte .......... :" ................ . Recôncavo . . ............................ . Litoral e Mata ................ . Litoral e Encosta .... .... . 2. f 1. 2. Semiárida ..... .. .... .... . . 3. • IV. V. VI. 1 RNRNPBPEA L- 2 1 1 1 SESEB AB A- 1 2 1 2 RN- 3 PB- 2 P E- 2 Centro-Norte ........................... . Sertão Semiárido ou Hiperxe- Seridó . .-............................... .. rófito Seridó . ............ . .... . ........ ...... . . { Sertão do Moxotó ....................... . RN- 4 !Brejo Paraibano ......................... . Borborema Oriental .................. ~ ... . ~~:t~~reir:O~~~~~~l.' .':::: ::: :::::::::::::: Triunfo ..................... .. .......... . Sertão do Alto Pajeú .................... . Sertão do Alto Moxotó .................. . Borborema.. ....... ... ... ...... • Sertão Central .......................... . Sertão Centro-Norte ..................... . Sertão do Sudoeste ...................... . Sertão do Baixo Jaguaribe ............... . Sertão do Médio Jaguaribe ............... . Sertão do Salgado e Alto Jaguaribe ...... . Sertão Interior ou Sertão Hipoxe- Araripe ................................. . Chapada de Apodi ................ ...... . rófito Serrana ........... ................. ..... . Sertão do Piranhas ...................... . Sertão do Oeste ......................... . Araripe ........... ....... : .............. . Sertão Central. ......................... . Sertão .................................. . ~~~ ~ PBPBPBPBPEPEPE- 4 5 6 7 4 5 6 Encosta ................. . UI. Planalto ............... .. CE-4 CECECECERNRNPBPBPEPEP I- 5 6 7 8 6 7 8 9 7 8 4 5. Cariri Cearense. . . . . . . . . . . . . . . . . Cariri. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .... .. , ..... . CE-12 1. Encosta da Ibiapaba ............ {Ibiapaba ._. .............................. . Carnaubeira ............................. . P I- 5 P I- 6 2. Baixo Parnaíba . .. .. .. .. . . . . . . . . f Baixo Parnaíba .......................... . \ Baixo Parnaíba .......................... . MA- 8 3. M'd' p 'ba . {Médio Earnaíba ......................... . e 10 arnai · · · · · · · · · · · · · · · · Médio Parnaíba~ ........................ . P I- 8 MA- 9 4. Itapicuru...................... Itapicuru ............................... . MA-10 Baixo São Francisco............ Baixo São Francisco .... .. ............... . Baixo São Francisco ..................... . Sertão do São Franc!sco ................ .. Sertão do São Francisco ................. . { Sertaneja ............................... . Serrana ................................. . AL-3 1. P I- 7 SE- 3 AL-4 SE- 4 AL-5 A L- 6 2. Sertão do São Francisco ........ {Sertão do São Franc!sco ................. . Sertão do São Francisco ................. . B A-10 PE- 9 3. Médio São Francisco........... Baixo Médio São Francisco .............. . BA-11 1. Sertão Baiano .................. { g~~~~t~'.'.'.'.'. ·. ·.:::::::::::::::::::::::::: Feira de Sant'Ana ....... •· .......... . .' .. . SE- 5 B A- 5 B A- 6 I • II. CE- 2 CE- 3 CE- 9 C E-10 CE-11 ~ Litoral. ......... PE- 3 {!~~~yf}~··.· :·:·:· :·:::::::::::::::::::: ::::::: Depressão San franciscana .. I. AL-2 Serras Cearenses .....•.......... 4. Campos e Palmeiras ou Campos e Cocais Sertão Baiano ........... . MA- 7 P I- 3 CE- 1 Agreste . .. ........ .. ...... . ............. . Agreste e Caatinga Litorânea ............. . { Agreste ................................. . Agreste ...... · · · · · · · · · · · · · · · ·.. · III. ZONA SUB-REGIÃO REGIÃO REGIÃO UNIDADE FEDERADA LEIS E / ZONA e ..... . .. . .. . ZONA SUB-REGIÃO REGIÃO UNIDADE FEDERADA MA-7 P I- 3 533 RESOLUÇOES UNIDADE FEDERADA Cacaueira ... ........ . .. . . . .... . .. . ... . . . . Baixada Norte .. .. . . .. . . . . . . . . . . Extremo Sul.. .. .... .. . ... .. . : . ...... . .. . . • { Norte ... .. .. . ....... .. ...... .. .......... . Médio Baixo Jequitinhonha ... . .. ..... . .. . B A- 3 BA- 4 E8-l MG- 1 Baixo Rio Doce .. . ...... .. ... .. ........ . . Vitória . .. . ........ : . .' . . : . .. . ....... . ... . Itapemirim .. .. ......... . ....... .' .. .... . . . Baixada de Goitacases .... . . . ~ . ..... . .... . Baixada Centro-Litorânea ....... Ba!xada de A~1uu~ma .. .:. .... .. ..... .. ...... . Baixada do Rw Sao J oao .... : .. ...... .. .. • , Baixada da Guanabara ... . ... :•. .: . . ... : . . . . Baixada do Rio Grande ... . .. . ...... . .... . Baixada Carioca . . . , .. . ... ..... ' . . ....... . E8-2 E8-3 E8-4 R J- 1 RJ- 5 RJ- 6 C E- 1 itoral e Salinas . ... . ... .. .. . c.·. ·.::::::::::::::::::::::: ~ ...... ... .. ... .. ..... ..... . Íi~~~- Lit~~â~~~ .- .......·. :::::::: ;~tó.·.·.: ~ ::: : : ::: :: : :::::::: f~~t~i_........·.:: ::::: ::::: ~ :::: trai. .. . : ..... . . .. ... . .... . ······ ···· ·· ···· ······ ····· i Pajeú .... .. ... . ... · · · · · · · · i Moxotó ... . .............. . ····· ····· ·· ··············· ·Norte ...... .. ... . ......... . oeste . ..... . ........ . ... . . . . co Jaguaribe .... . .... . . . ... . lio Jaguaribe . .............. . iado e Alto Jaguaribe ...... . podi .. .. .... ............. . . ~h~; .·:.·.::::::::::·.:::::::: ;e .. ... .............. ...... . RN- 1 RN- 2 PB- 1 PE- 1 A L- 1 AL-2 SE- 1 SE- 2 B A- 1 B A- 2 • I. Litoral. ...... .. . 2. PBPBPBPBPEPEPE- 4 5 6 7 4 5 6 ' {Litoral da Baía da Ilha Grande . . . . .. .. .. . Litoral Sul. .... ...... .. .. .. . .. . Litoral de São Sebastião .... ... ... . . .... .. R J-10 1. Enco_s,ta da Chapada Diamantina ... .. . .. . . Jeqme .. . ...... . ... . . . ...... . .. ... . .. ... . Encosta Nordeste . . ... . ... ..... . Conqu~sta . ...... . . . .............. .. .. . .. . { Mucun ... : ........... .. . . .. . .. . ... . ... . . Médio Jequitinhonha ... . ..... .. .. .. . .... . BABABAMGMG- !Rio Doce ............ .. ~ ...... . .... . . . .. . Mata .. . ........ . ...... ·. ..... . . . . . . . . .. . . , Serrana do Centro .. . ..... .. ..... .... . . . . . Mata ..... .. .. .. . .... . . . . .. . . . . Serrana do Sul. .. ... . .. :'........ .. ...... . Muriaé .... . .... . ........... . ......... .. . Cantagalo ..... . ...... . ........ . ....· .. . .. . M~7 M~8 , 5 3 . • II. Encosta .. ............... . CE- 2 C E- 3 CE- 4 CE- 5 CE- 6 CE- 7 CE- 8 RN- 6 RN-7 PB- 8 PB- 9 PE- 7 PE- 8 2. · P I- 8 ~: .... ....... ....... ······· R J- 4 S P- 3 1. Espinhaço . . .... . .. : ..•. ...... : 2. MA- 8 MA- 9 MA-10 t~!:~~ . ::::::::::::::::::::: Francisco . .... . ..... .. ... . . . ............. '.. AL-3 SE- 3 AL-4 SE- 4 AL-5 A L- 6 Francisco . ... . . . .. . . . . . . . . . Francisco . . .. .. .. .. .. . . . . . . BA- 10 PE- 9 :ão Francisco .. ... . . . . : ... . . BA-11 \t;~ .... .".': ·. : ~: ~ : : : : :.: : : : : :·: : : SE- 5 B A- 5 B A- 6 IFrancisco .. I ~eêdlodP~~~íb~·- ·. : : : : :< ::::::::::::::::::: R~2 R~3 R~9 S~2 ·{fi:~Fm~1;~i:~7:~~i~~::::::::::::::: : : B A-12 BA-13 MG- 4 - {~~F~.~ -~~~~~i:~~~ra e Mineira) ......... . Mantiqueira ... . .... :::: : ::::::::::::: :·~ : MG- 9 :.:: : Alto Jequitinhonha .......... .. .......... . Metalúrgica ........ .. ... . ... . ... . .. . . . . .. M~5 M~6 III . Planalto ... . .... . ... .. .. . P I- 5 P I- 6 a . ... .... ... .. . ...... . .. . . . E8-5 E8-6 Alto da Serra ... ... · · ··· · ··· ······ ····· · · Maciço da Mantiqueira ... . . . .. CE-12 P I- 7 9 7 8 3 2 Serra do Mar ... .. ... ··· .. · · ··· { Alto Paraíba .. .. .. .. · · ···· .. · .. · ·· ··:· .... .' C E-11 t:: :::;::::::: :: ::::::::: :: : S Pr 1 3. P I- 4 CE- 9 CE- 10 ! R J- 7 R J- 8 DF- 1 3. 4 3 • i• RN- 3 PB- 2 PE- 2 R NRN, PBPE- ' IV. M~10 S P- 4 3. Planalto das Vertentes . .. .... .. . Oeste .. . ....... . . .. . .. ...... . ... . ... . ... . MG-11 1. Depressão Sanfranciscana do No~te Médio São Francisco .. . . . ...... . .. . ..... . BA-14 Alto Médio São Francisco .......... . .. . .. . Depressão Sanfranciscana do Sul { Alto São Francisco .... . ... .. ......... . . . . MG-13 Depressão Sanfranciscana . . { 2. fi MG-12 534 BOLETIM GEOGRAFICO GRANDE REGIÃO SUL REGIÃO REGIÃO I. SUB-REGIÃO Litoral e Encosta ... UNIDADE FEDERADA ZONA l. Litoral de Santos ....... . 2. Baixada Litorânea .............. 3. Bacia do Jtajaí. .... Bacia do ltajaí. S C- 2 4. Litoral de Florianópolis. Florianópolis ... S C- 3 5. Litoral de Laguna .. Laguna ...................... . S C- 4 6. Litoral Lagunar .. Litoral. .. RGS- 1 1. Depressão Central . ..... . Depressão Central. RGS- 2 Litoral de Santos ............... . Alt 2. Mé S P- 5 Baixada do Ribeira ...... . . Litoral { Litoral. d~ · sã~· Fr~~·ci~~~.·. · ..... . . 1. S P- 6 PR- 1 S C- 1 VI. Planalto Ocidental........ 3 . Va! 5. 11 . Campos Meridionais ..... . { 2. 1. Fronteira ... . . {Missões ..... RGS- 3 Campanha . . RGS- 4 S P- 7 Mantiqueira ..... 6. Alt 7. Ca1 1. En< 2. Alt, S P- 8 2. S P- 9 . . { São Paulo ............ . Planalto Atlântico ..... . Paranapiacaba ... . Ill . S P-10 Planalto Cristalino ..... . 3. 1 4. S P-11 . ........ . .. . . ... . . {Alto Ribeira .. AI to R1.beira Alto Ribeira .. Planalto de Curitiba ..... PR- 2 PR- 3 { Castro ... . . Curitiba ..................... . IV . 1. Serras do Sudeste ...... . Serras do Sudeste ............... . RGS- 5 2. Encosta do Sudeste. Encosta do Sudeste ............ . RGS- 6 1. Depressão .... Serras do Sudeste . ...... . { V. PR- 4 ···· · · · · ·· · · · · { Piraçununga Rio Claro Piracicaba {~:::::::::::::::: : ::::::::::::::: . . S P-12 S P-13 S P-14 S P-15 2. Campos Gerais ... . ........ . .... . 3. {ltaporanga ......................... ..... . , Va le d o I tarare . .............. . Tomasina ............................... . PR- 5 Sedimentar Paleozóica .... Alto Ivaí ....................... . ....... . 4. Ervais .... . .... . ......... . ..... { g:!~i~h~::: ::::::::::::::: : :::::::::::: S P-16 PR- 6 PR- 7 PR- 8 S C- 5 VII. Encosta Riograndense . ... { o LEIS UNIDADE FEDERADA 1. Santos ............. . ~ Ribeira ........ . São Francisco. S P- 5 S P- 6 PR- 1 S C- 1 2. ·tajaí . ......... · · · · · · · · · · · · · · S C- 2 lis . ... S C- 3 ZONA Franca ..... ···················· · ······ · · Ribeirão Prêto .. · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · Araraquara ... · · ; · · · · · · · · · · · · · · ······ Alto Planalto .. ··········· · ···· São Carlos e Jau ..... · · · · · · · ·:: : : .. :: · · · { Botucatu ..... · · · · · · · · · · · · · · · Piraju ...... · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · Barretos . . . . . . . . . . . . . . . . . Rio Prêto ............. . Catanduva .... . . . . ............ . ... . .. . . . . .. . . . . ........ . . . . . Médio Planalto .. · · · · · · · · · · · · · Bauru Araçatuba . . . . . . . . . ........ . Marília.. . . . .. . .. .. .. . . ........... . \ S C- 4 VI. Planalto Ocidental.· ····· · { 3. 535 RESOLUÇõES SUB- REGIÃO REG IÃO ZONA E Vale do Paraná .. ·.··· · ······ ·· { UNIDADE FEDERADA S P-17 S P-18 S P-19 S P-20 S P-21 S P-22 S P-23 S P-24 S P-25 S P-26 S P-27 S P-28 ~!~ici~nt~ l?r~·d·e~-~. : : : : : : : : . : : · · · · · · · · · S P-29 S P-30 Pereira Barreto .. · · · · · · · · · · · · · · · · · · · Andradina ... · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ~:~~~~~~~~ .~e~.ce~~~~·.·.·.·.·_-::::::::::. S P-31 S P-32 S P-33 PR- 9 RGS- 1 Central. ....... . ........ . RG8- 2 4. Norte do Paraná .............. . Norte do Paraná . ........ . PR-10 5. Campos do Oeste ... . ........... Campos do Oeste ........ . PR-11 6. Alto Uruguai . ............. {~ft~~~;:;~:~--:-:-:-:·::.:: .: :::.::.:::::::.::::. S C- 6 s C- 7 RGS- 7 7. . . {Campos de Lajes ........ . ........... . · Campos do Planalto Mendwnal Campos de Vacaria ... . .... ; ....... . . Campos Centrais .... .... ....... . .. . 1. Encosta ................. . Colônia Baixa ....................... . RGS-10 { 2. Alta Encosta . . ... . ... . ... . Colônia Alta ..... . ......... . ... . ..... . RGS-11 RGS- 3 RGS- 4 o Rio Pardo .. S P- 7 S C- 8 RG8- 8 RGS- 9 S P- 8 S P- 9 aba .. S P-10 ·a .. . ............ . ... . .. . S P-11 ·a ......... . PR- 2 PR- 3 PR- 4 Sudeste ...... . Sudeste .... ..... . . a. RGS- 5 RGS- 6 S P-12 S P-13 S P-14 lrais. S P-15 lrais . . PR- 5 S P-16 PR- 6 PR- 7 PR- 8 S C- 5 VII. Encosta Riograndense .... 536 BOLETIM GEOGRAFICO GRANDE REGIAO CENTRO-OESTE REGIÃO 1. I. ZONA UNIDADE FEDERADA Norte ................................... . G0-2 Meio Norte . . .. !... ............ { Carolina ................... "'· ........... . MA-11 SUB-REGIÃO t .... Meio Norte ...... . ...... . 1 2. 1. Alto Parnaíba .................. Chapada Matogrossense. ........ DIVISAO REGIONAL DO TE DO GUAPORÉ 1. 1. 2. MA-12 Alto Parnaíba ........................... . Alto Parnaíba ....... . .......... . : ....... . { Alto Mearim ......................... . .. . P I- 1 Chapada ................................ . MT- 2 MA-13 Planalto de Caiapó ............. {Leste . .. .. · .................. :-.......... . MT- 3 Alto Araguaia ................. ; ........ .. GO- 3 Sul ..................................... . GO- 4 III . Peneplano do Alto Paranaíba Sul Goiano ...... .... .... :..... { Sudoeste ........ ................ . ...... .. GO- 5 Alto Paranaíba ...... ...... ..... MG- 1 Zona do Alto Purus 1. 2. 3. 4. 2. 1. Guajará-Mirim (2) Pôrto Velho (1) TERRITóRIO DO ACRE 1. II . Chapadões ............. .. { 2. Zona do Alto Madeira Brasiléia ( 7) Rio Branco (5) Sena Madureira (4) Xapuri (6) Zona do Alto Juruá 1. 2. 3. Cruzeiro do Sul ( 1) Feijó (3) Tarauacá (2) { 2. IV. Planalto Central. ......... 1. Planalto Central... ......... .... Alto Paranaíba .......................... . Planalto... .............................. G 0- 6 TERRITóRIO DO RIO BRA 1. Zona do Alto Rio Branco 1. V. Encosta Oriental do Pia-{ 1. nalto Central 2. 1. 2 Encosta Norte ................. {Planalto· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ' · · · · · · · · · · Planalto Ocidental........................ p IB A- 1 Encosta Sul.................... MG- 2 Vertente Norte do Tocantins.... Urucuia................................. Taguatinga ...................... . ....... G 0- 7 2. 1. Araguaia-Tocantins...... 2. 1 Vão do Paranã... .............. Paranã.................................. G 0- 8 3. Alto Tocantins....... . ......... Alto Tocantins.. ......................... G 0- 9 1. Campos e Ervais . ... ........... Campo Grande .......................... . MT- 4 Sudeste Matogrossense .. .. .. .. . . Sudeste ......... .. ............ . ......... . MT- 5 2. Zona de Mazagáo ! Vertente ~cidental do Parana 2. 3. 1. VIII. Encosta ..................... . . Encosta ~ Baixada do Paraguai Mato Grosso de Goiás .. {T nang ul o M'. ~ me1ro ....................... . , Sudoeste Goiano . ....................... . 'A MG- 3 Baixada Norte ........... . .............. . MT- 8 Baixada ... . .............. . ... . { Baixada Sul ............................ . MT- 9 1. Mato Grosso de Goiás.......... Mato Grosso de Goiás .............. :..... G 0-11 (1) Zona do Médio Amazonas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. G0-10 MT- 6 Oiapoque ESTADO DO AMAZONAS 1. Encosta Norte .......................... . { Encosta Sul. ............................ . . Amapá (2) Macapá (3) Zona do Oiapoque 1. MT- 7 2. 1 2. IX. Médio Paranaíba ........... . ... Mazagão (4) Zona de Amapá-Macapá 1. 2. 3. VII . Catrimâni (2) TERRITóRIO DO AMAP A 1. 1. VI. Boa Vista ( 1 Zona de Catrimdni Zona do Rio Negro 1-. 2. 3. 3. Coari (16) Codajás (15) Manacapuru ( 11) Tefé (13) Zona do Rio Purus 1. 2. 3. 5. Barcelos (2) Manaus (10) Uaupés (1) Zona Solimõês-Tefé 1. 2. 3. 4. 4. Barreirinha .(8) Itapiranga (7) Itaquatiara (9) Parintins (5) Urucará (3) UruCl.irituba (6) Maués (12) Bôca do Acre (25) Canutama (21) Lábrea (23) Zona do Rio Juruá 1. 2. Carauarl (19) Eirunepés (22) / LEIS G0-2 . ~iás . . ... ... .. . . .. ... . .. MA-11 DIVISAO REGIONAL DO TERRITóRIO DO GUAPORÉ 1. MT- 2 ,1. 2. GO- 4 1. 2. 1. Zona de Mazagáo 2. 3. Zona do Oíapoque 1. Oiapoque ( 1) ESTADO DO AMAZONAS 1. MG- 3 Zona do Médio Amazonas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. G0-10 MT- 6 MT- 7 2. L MT- 9 2. 3. 3. 5. Coatl (16) Coda.jás (15) Mana.capuru ( 11) Tefé (13) 1. 2. 4. 6. Bôca. do Acre (25) Canutama (21) Lábrea (23) Zona do Rio Juruá 1. 2. Carauari (19) Eirunepés (22) Aratlcu (45) Portei (43) Zona do Gurupi 1. 8. Baião (53) Cametá (50) Mocajuba (52) Tucuruí (59) Zona Jaéundá-Pacajá 1. 2. 7. Abaetetuba (32) Acará (i4) · Barcarena ( 25) Bujaru (40) Capim (31) Guamá (29) Igarapé-Mirl ( 46) Irltula. (36) Moju (39) Ourém (28) Zona Tocantina 3: Zona do Rio Purus 1. 2. 3. 5. Barcelos (2) Manaus (10) Uaupés (1) Ananindetia. (19) Anha.ngá (17) Belém (22) Bragança (12) Capanema (15) CastanhaI ( 23) Igarapé-Açu (13) Inhangapi (17) João Coelho (18) Nova Timboteua (14) Zona Guajarina ·1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 . Zona Solimõis-Tefé 1. 2. 3. 4. 4. 4. Barreirlnha. ( 8) Itaplranga (7) Itaquatiara (9) Parintins (5) Urucará (3) Urucurftuba (6) Maués (12) Zona do Rio Negro MT- 8 G 0-11 Amapá (2) Macapá (3) Curuçá ( 5) Maracanã ( 8) Marapanim (4) Sallnópolis (3) São Caetano de Odlvelas (7) Vigia (9) Zona Bragantina 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Zona de Amapá-Macapá 1. 2. MT- 4 3. Maza.gão ( 4) Afuá (1) Anajás (10) Arariuna (11) Breves (30) Chaves (2) Curralinho (37) Gurupá (21) Muaná (27) Ponta de Pedras (20) São Sebastião da Boa Vista (33) Soure (6) Zona do Salgado 1. 2. 3. 4. 5. 6. Ca.trimâni (2) TERRITóRIO DO AMAPA GO- 9 MT- 5 2. Zona de Catrimtini 1. GO- 8 1l Zona do Marajó e Ilhas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Zona ão Alto Rio Branco 1. BA- 1 G0-7 1. Cruzeiro do Sul (1) Feijó (3) Tarauacá (2) Boa Vista ( Borba (17) Humaitá (24) Manicoré (20) ESTADO DO PARA TERRITóRIO DO RIO BRANCO " 1. MG- 2 Bra.siléia ( 7) Rio Branco (5) Sena Madureira ( 4) Xapuri (6) Benjamim Constant (18) Fonte Boa (4) São Paulo de Olivença (14) Zona do Rio Madeira 1. 2. 3. Zona do Alto Juruá 1. 2. 3. GO- 5 P I- 2 7. Zona do Alto Purus 1. 2. 3. 4. GO- 3 GO- 6 Guaja.rá-Mlrim (2) Pôrto Velho (1) Zona do Solim6es-Javari 1. 2. 3. TERRITóRIO DO ACRE MT- 3 MG- 1 6. Zona do Alto Madeira 1. 2. MA-12 P I- 1 MA-13 RESOLUÇõES Anexo n.0 2 UNIDADE FEDERADA ZONA E Vlseu (16) Zona do Baixo Amazonas 1. 2. Alepquer ( 42) Almeirim (26) 537 538 BOLETIM GEOGRAFICO 5. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 9. Marabá (56) Itupiranga (58) 10. AI ta mira (54) Conceição do Araguaia Zona do Tapajós 1. Itaituba (55) ESTADO DO MARANHÃO 1. Zona do Litoral Norte 1. Alcântara 2. 3. 4. 5. 2. 5. 1. 1. 2. Buriti Brejo Carolina Pôrto Franco Alto Parnaíba Balsas Benedito Leite Loreto Nova Iorque Pastos Bons Riachão São Raimundo das Mangabeiras 2. 3. 1. 4. Barra do Corda Grajaú Mirador Presidente Dutra Bertolinia Bom Jesus Guadalupe Jerumenha Ribeiro Gonçal v.es Santa Filomena Uruçuí 2. Correntes Gilbués Parnaguá 3. Boa Viag em Mombaça Pedra Branca Quixadá Quixeramobim Senador Pompeu Solonópolis Zona do Sertão Centro-Nortl 1. Canindé 2 . Cariré 3. Coreaú 4 . Itapajé 5. Massapê 6. Nova Ruças 7. Pentecoste 8. Reriutaba 9 . Santa Qui téria 10. · Sobral 11. Tamboril Buriti dos Lopes Luís Correia Parnaíba Canto do Buriti Caracol Fronteiras Jalcós Oeiras Paulistana Picos Pio IX São João do Piauí São Raimundo Nonato Simplíclo Mendes Acaraú Anaceta ba Aquirás Aracati Camocim Cascavel Caucaia Fortaleza Granja Itapipoca Licania Pacajus Uruburetama Zona do Sértão Central 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Zona do Sertão 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Zona do Litoral 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13 . Zona do Litoral 1. 2. 3. Altos Amarante Beneditinos Floriano José de Freitas Palmeirais Regeneração São Pedro do Piauí Teresina União ESTADO DO CEARA Zona do Planalto 1. 2. 3. Esperan tina Luzilândia Miguel Alves Pôrto Zona do Médio Parnaíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Zona do Alto Parnaíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Impera triz Zona do Baixo Parnaíba 8. Mto Longá Barras Batalha Campo Maior Piripiri Zona do Baixo Parnaíba 1. 2. 3. 4. ESTADO DO PIAUí Monção Pindaré-Mirim Araioses Axixá Barreirinhas Humberto de Campos , Icatu Morros Tutóia Primeira Cruz. 7. Buriti Bravo Caxias Codó Colinas Coroatá Curuzu Itapicurumirim Passagem Franca Timbiras Vargem Grande Zona do Alto Mearim 1. 2. 3. 4. Zona do Litoral Nordeste 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 8. Cândido Mendes Carutapera Turiaçu Zona do Tocantins 1. 7. Arari Bacabal Ipixuna Pedreiras Vitória do Mearim 13. Castelo do Piauí Cocal Pedro II Piracuruca São Miguel do Tapuio Valença do Piauí Zona Carnaubeira 1. 2. 3. 4. 5. Zona · do Alto Parnaíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Zona do Pindaré 1. 2. 6. 12. 6. Barão de Grajaú Parnarama São Francisco do Maranhão São João dos Patos Timon Zona de Carolina 1. 2. Zona do Gurupi 1. 2. 3. 5. Anajatuba Cajapió Cajari Matinha Penalva Pirimirim Pinheiro Rosário Santa Helena São Bento São Vicente Ferrer Viana Zona do Baixo Mearim 1. 2. 3. 4. 4. 11. Zona da Baixada 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 3. Bequimão Cururupu Guimarães São Luis Zona da Ibiapaba 1. 2. 3. 4. 5. 6. Zona do Itapecuru 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. (57) Chapadinha Coelho Neto Santa Quitéria do Maranhão São Bernardo Urbano dos Sal). tOs Zona do Médio Parnaíba 1. 2. 3. 4. 5. Zona do Planalto 1. · 12. 9. Zona do Rio Xingu 1. 11 . 3. 4. 5. 6. 7. Zona do Itacaiunas 1. 2. 10 . Faro (48) Juruti (49) Monte Alegre (47) óbidos (41) Oriximiná ( 35) Pôrto de Mós (34) Prainha (38) Santarém (51) 4. ;· Zona do Sertão do Sudoest 1. 2. 3. 4. Crateús Independência Saboeiro Tauá LEIS 5. ~ria 1. 2. 3. 4. 5. 6. do Maranhão ilo Sal!-tos Parnaiba Zona da Ibiapaba 6. r ajaú 3. 4. 5. Alto Longá Barras Batalha Campo Maior Piripiri 5. 7. 2. 3. 4. 6. 7. 3. 4. rim 'ranca 8. na co Parnaiba !ba ~i te e Açaré Acoplara Aurora 4. Baixio 5. Cedro 6. Icó 7. Iguatu 8. Jucás 9. Lavras da Manga beira 10. Quixará 11. Várzea Alegre Zona do Litoral 1. 2. 3. 4. 5. b.do das Mangabeiras f{earim or da 6. 7. 8. 9. )utra 10. 11. 12. 13. >arnaiba 2. 2. 3. 4. 5. 6. 7. ll.çalv.es b.ena o 3. 9. 3. 4. 5. 6. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. luriti 10. 11. 4. 10 . 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Canindé Cariré Coreaú Itapajé Massapê Nova Ruças Pentecoste Reriutaba Santa Quitéria · Sobral Tamboril Zona do Sertão do Sudoeste 1. 2. 3. 4. Crateús Independência Saboeiro Tauá Ibiapina Inhuçu Ipu Ipueiras São Benedito Tianguá Ubajara Viçosa do Ceará Zona de Pereira 1. 12. Aracoia ba Baturité Maranguape Pacatuba Pacoti Redenção Zona de Ibiapaba 1. 11 . Araripe Campos Sales Santanópole Zona de Baturité 1. 2. Pereiro Zona do ,Cariri 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Boa Viagem Mombaça Pedra Branca Quixadá Quixeramobim Senador Pompeu Solonópolis Zona do Sertão Centro-Norte 1. ~opes Acaraú Anacetaba Aquirás Aracati Camocim Cascavel Caucaia Fortaleza Granja Itapipoca Licania Pacajus Uruburetama Zona do Araripe 1. 2. 3. Zona do Sértão Central 1. 'Piauí 1do Nonato endes 8. ESTADO DO CEARA 1. Zona do Sertão do Salgado e Alto Jaguaribe 3. Esperantina Luzilândia Miguel Alves Pôrto Altos Amarante Beneditinos Floriano José de Freitas Palmeirais Regeneração São Pedro do Piauí Teresina União Frade Jaguaribe 1. 2. Zona do Médio Parnaíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Lnde Jaguaruana Limoeiro do Norte Morada Nova Ruças Zona do Sertão d<õ> Médio Jaguaribe 1. 2. Zona do Baixo Parnaiba 1. 2. Zona do Sertão do Baixo Jaguaribe 1. ~uru o 539 RESOLUÇõES Zona Carnaubeira 1. 2. co do Maranhão os Patos Castelo do Piauí Cocal Pedro l i Piracuruca São Miguel do Ta pulo Valença do Piauí E Barbalha Brejo Santo Caririaçu Crato Jardim Juàzeiro do Norte Mauriti Milagres Míssão Velha ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 1. Zona Salineira ou Litoral e Salinas 1. 2. 3. 4-. 2. Açu Areia Branca Baixa Verde Macau Zcna do Litoral 1. Arez 2. Canguaretama 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Ceará-Mirim Goianinha Macaíba Natal Nísia Floresta São José do Mipibu Touros ~ 540 3. BOLETIM GEOGRAFICO Zona do Agreste 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 4. 2. 3. 4. 5. 6. 6. 5. 6. 7. 8. 9. 3. 4. 4. 5. 6. 2. 1. Apodi Augusto Severo Caraúbas Moçoró Alexandria Luis Gomes Martins Patu Pau dos Ferros Portalegre São Miguel Zona do Agreste e Caatinga Litor4nea 1. 3. 4. 2. Santa Luzia Zona do Brejo 1. 2. 3. 4. 5. 5. Alagoa Grande Caiçara Guarabira Ingá Itabaiana Pilar Sapé Umbuzeiro Zona do Serid6 1. Alago a Nova Areia Bananeiras Esperança Serraria Zona da Borborema Oriental 1. Araruna 2. Cuité 3. · Campina Grai}de Princesa Isabel Teixeira 3. Brejo do Cruz Catulé do Rocha Patos Piancó Pombal Sousa 1. 2. 4. 5. 7. 1. 8. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Agrestina Alagoinha Al tinho Belo Jardim Bezerros Bom Jardim Brejo da Madre de Deus Caruaru Glória do Goitá Gravatá João Alfredo Jurema Lagoa dos Gatos Limoeiro Araripina Bodocó Exu Ouricuri Serrita Zona do Sertão Ce1 1. 2. 3. 9. Arcoverde Custódia Sertânia Zona do Araripe 2. 3. 4. 5. . Afogados da In Flores São José do Eg Serra Talhada Tabira Zona do Sertão do 1. 2. 3. Maniçobal Parnamirim Salgueiro Zona do Sertão do 1. 2. 3. 4. 5. 6. Cabrobó Coripós Floresta Jatinã Petrolândia Petrolina ESTADO DE 1. , 2. Coruripe Maceió Maragoji Marechal Deodo Passo de Camat Piaçabuçu Pilar Pôrto de Pedra: Rio Largo São Luis do Qu São Miguel dos Zona da Mata 1. • AL~GOAS Zona do Litoral 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Zona do Agreste 1. ..• Agua Preta Aliança Amaraji Barreiros Bonito Cabo Carpina Catende Escada Gameleira Goiana Igaraçu Ipojuca . t Jaboatão Macaparana Maraial Moreno Nazaré da Mata Olinda Palmares Pau-d'Alho Paulista Quipapá Recife Ribeirão Rio Formoso São Lourenço da Mata Sirinhaém També Timbaúba Vicência Vitória de Santo Antão Triunfo Zona do Sertão All 1. 2. 3. 4. 5. 6. Aguas Belas Bufque Inajá Pedra Zona de Triunfo 1. Antenor Navarro Bonito de Santa Fé Cajàzeiras Conceição Itaporanga Jatobá Orobó Panelas Pesqueira Sanharó São Bento do l São Caetano São Joaquim d Surubim Taquaritinga d1 Vertentes Zona do Sertão do 3. 4. Zona do Litoral e Mata 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. · 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31 . 32. Zona do Litoral e Mata 1. Cruz do Espírito Santo 2. João Pessoa 3. Mamanguape 4. Santa Rita 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 20. 21. 22. 23. 24. ESTADO DE PERNAMBUCO ESTADO DA PARAíBA 1. 16. Zona do Sertão do Oeste 1. 2. 3. Zona Serrana 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 15. 17. 18. 19. Zona do Sertão do Piranhas 1. 2. 3. 4. 5. 6. Acari Caicó Currais Novos Florânia Jardim de Piranhas Jardim do Seridó Jucurutu Parelhas São João do Sabuji Serra Negra do Norte Cabaceiras Monteiro Picui São João do Cariri Soledade Taperoá Zona do Sertão Alto 1. 2. Angicos Ipauguaçu Itaretama Pedro Avelino Sant'Ana do Matos São Rafael Zona da Chapada de Apodi 1. 2. 7. 3. 4. Zona do Centro 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Zona da Borborema Central 1. 2. Zona Centro-Norte 1. 5. 6. Nova Cruz Pedro Velho Santa Cruz Santo Antônio São José do Campestre São Paulo do .Potenji São Tomé Taipu 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Atalaia Capela Colônia Leopold Murici Pôrto Calvo Quebrangulo São José da União dos Viçosa LE'IS E RESOLUÇõES 541 Central 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. •ariri Llto 1 Piranhas 3. 4. Oeste ~~Fé 5. 1. 2. 4. 5. 6. Mata 2. 3. 7. 1. 3. 9. Afogados da I~gàzeira Flores São José do Egito Serra Talhada Tabira 6. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 . 11. Deus . á , 2. 1. Arcoverde Custódia Sertânia ~ 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Agua Branca Mata Grande Zona do Litoral 1. Aracaju Arauá Buquim Cotingüiba Cristinápolis 6. Estância 7. Indiaroba 8. Itaporanga d'Ajuda 9. , Japoatã 10. Japaratuba 11. Parapitinga 12. Salgado 13. Santa Luzia do Itanhi 14. Santo Amaro das Brotas 15. São Cristóvão 2. Araripina Bodocó Exu Ouricuri Serrita Maniçobal Parnamirim Salgueiro 2. Zona Central 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Cabrobó Coripós Floresta Jatinã Petrolândia Petrolina 10 . 3. Corufipe Maceió Maragoji Marechal Deodoro Passo de Camarajibe Piaçabuçu Pilar Pôrto de Pedras Rio Largo São Luis do Quitunde São Miguel dos Campos Atalaia Capela Colônia Leopoldina Murici Pôrto Calvo Quebrangulo São José da Laje União dos Palmares Viçosa Zona Serrana 3. 4. 5. 4. 3. 4. \ . Darcilena Neópolis Propriá Zona do Sertão do São Francisco 1. 2. 5. Capela Carmópolis Divina Pastôra Itabaiana Laranjeiras Maruim Muribeca Riachuelo Rosário do Catete Siriri Zona do B• ixo São Francisco 1. 2. 3. Zona da Mata 1. 2. 6. 7. Anadia Arapiraca Junqueiro Limoeiro de Anadia Major Isidoro Palmeira dos índios Sant'Ana do Ipanema ESTADO DE SERGIPE Zona do Litoral 1. 4. 5. 1. 2. ESTADO DE AL~GOAS lt o Antão os , Zona do Sertão do São Francisco 1. 2. 3. 4. 5. 6. da Mata e de 3. Zona do Sertão Central 1. 2. a 2. Triunfo Batalha Pão de Açúcar Piranhas São Brás Traipu Zona Sertaneja 1. Zona do Araripe 2. 3. 4. 5. 8. 5. Zona do Sertão do Alto Moxotó 1. . Aguas Belas Buíque Inajá Pedra Igreja Nova Penedo Pôrto Real do Colégio Zona do Sertão do São Francisco 1. 2. 3. 4. 5. Zona do Sertão Alto ou do Alto Pajeú 3. luco 4. Zona de Triunfo 1. ZOna do Baixo São Francisco 1. 2. 3. Zona do Sertão do Moxotó 1. 2. 3. 4. ha 3. Orobó Panelas Pesqueira Sanharó São Bento do Una São Caetano São Joaquim do Monte Surubim Taquaritinga do Norte Vertentes Aquidabã Canhoba Gararu Pôrto da Fôlha Zona Oeste 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Campo do Brito Frei Paulo Itabaianinha Lagarto Nossa Senhora da Glória Nossa Senhora das Dores Riachão do Dantas Ribeirópolls Simão Dias Tobias Barreto • I 542 BOLETIM GEOGRAFICO ESTADO DA BAHIA 1. Zona do Litoral Norte 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 2. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20 . 21. 22. 4. 5. 6. Alagoinhas Conde Entrerrios Esplanada Inhambupe Jandaíra Rio Real 7. Aratuipe Cachoeira Camaçari Catu Conceição da Feira Conceição do Almeida Cruz das Almas Itaparica Jaguarlpe Maragojipe Mata de São João Muritiba Nazaré Pojuca Salvador Santo Amaro Santo Antônio de Jesus São Filipe São Félix São Francisco do Conde São Gonçalo dos Campos São Sebastião do Pacé Zona Cacaueira 1. Belmonte 2. Cairu 3. Camamu 4. Cana vi eiras 5. Tlhéus 6. lpiaú 7. Itabuna 8. Itacaré 9. Ituberá 10. Maraú 11. Nilo Peçanha 12. Taperoá 13. Ubaitaba 14 . Una 15. Valença Zona Extremo Sul 1. Alcobaça 2. Caravelas 3. Mucurí 4. Pôrto Seguro 5. Prado . 6. Santa Cruz Cabrália Zona Nordeste 1. Cícero Dantas 2. Cipó 3. Conceição do Cuité 4 . Euclides da Cunha 5. Itapicuru 6. Itiúba 7. Jeremoabo 8. Monte Santo 9. Nova Soure 10. Paripiranga 11. Queimadas 12. Ribeira do Pombal 13. Santaluz 14. Serrinha 15. Tucano 16. Uauá Zona de Feira de Sant' Ana 1. Castro Alves 2. Coração de Maria 8. Baixa Grande Campo Formoso Itaberaba Jacobina Jaguarari Macajuba Mairi Miguel Calmon Mundo Novo Rui Barbosa Saúde Senhor do Bonfim Bom Jesus da Lapa Carinhanha Palmas de Monte Alto Riacho de Sant'Ana Sant'Ana Santa Maria da Vitória Zona da Chapa Diamantina 1. Andaraí 2 . Barra da Estiva 3. Brotas de Macaúbas 4. Ibitiara 5. Irecê 6. Ituaçu 7. Lençóis 8. Morro do Chapéu 9. Mucujê 10. Palmeiras 11. Piatã 12. Rio de Contas \ 13. Santo Inácio 14. Seabra 15. Sento Sé Angical Barreiras Corren tina Cotejipe Ibipetuba ESTADO DE MINAS GEl 1. Zona do Médio Baix 1. 2. 3. 4. 5. 2. Almenara Jacinto Rubim Salto da Divisa Jordânia Zona do Médio Jeq1 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Caraí Comercinho Itinga Jequitinhonha Juaíma Medina Novo Cruzeiro Pedra Azul 3. Zona de Mucurí 1 . Aguas Formosas 2. Ataléia 3. Carlos Chagas 4. Itambacurí 5. Ladainha 6. Malacacheta 7. Mantena 8. Nanuque 9. Poté 10. Teófilo Ottoni 4. Zona de · Itacambi ra Curaçá Glória Barra Casa Nova Juàzeiro Para tinga Pilão Arcado Remanso Xiquexique Brumado Caculé Caiteté Condeúba Guanambi Jacaraci Livramento do 1 Macaúbas Oliveira dos Bre Pará-Ubirim Urandi Zona do Planalto O c 1. 2. 3. 4. 5. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Zona do Médio São Francisco 1. 2. 3. 4. 5. 6. 13. 15. Zona do 13aixo Médio São Francisco 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 12. Boa Nova Itambé Macarani Poções Vitória da Conquista Zona da Serra Geral 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Zona do Sertão do São Francisco 1. 2. 11. 14. Zona da Encosta da Chapada Diamantina 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10 . 11. 12. 10. Amargosa Brejões !taquara Itiruçu Jaguaquara Jequié Jequiriçá Laje Maracás Mutuipe Santa Inês São Miguel das Matas Ubaira Zona de Conquista 1. 2. 3. 4. 5. · 9. Feira de Sant~Ana Ipirá Irará Riachão do Jacuípe Santa Teresinha Zona do Jequié 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. Zona do Recôncavo 1. 2. 3. 3. 3. 4. 5. 6. 7. 5. Zona do Alto J equit 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 6. Espinhosa Monte Azul Porteirinha Rio Pardo de MJ Salinas São João do P Araçuaí Bocaiuva Capelinha Diamantina Grão Mongol Itamarandi ba Minas Novas Sêrro Turmalina Virgem da Lapa Zona Metalúrgica 1. 2. 3. 4. 5. 6. Baldim Barão de Cocais Belo Horizonte Caeté Conceição do Congonhas LEIS e Sant~Ana 14. iquié ISa a 11. llara 15. ;á. 2. 3. 4. 5. nquista va 1. wosta da Chapada Diamantina 2. ri Ja Calmon Novo :bosa 3. 2. 3. 4. 5. 6. 'ixo Médio São Francisco 7. 8. 9. 10. >V a ta 4. São Francisco sus da Lapa nha ~e Monte Alto tle Sant'Ana a. taria da Vitória 6. 5. a Estiva le Macaúbas 10. s Jontas :1ácio \ Açucena Aimorés Antônio Dias Bom Jesus do Galho Coroaci Coronel Fabriciano Conselheiro Pena Dionísio Dom Joaquim Ferros 11 . Galiléia 12 . Governador Valadares 13. Guanhães 14. Iapu 15. Inhapim 16. Ipanema 17. Itanhomi 18. Itueta 19. Mesquita 20. Mutum 21. Nova Era 22. Peçanha 23. Pocrane 24. Rio Piracicaba 25. Resplendor 26. Sabinópolis 27. Santa Maria do Suaçui 28. São Domingos do Prata 29 . São João Eva\1-gelista 30. São Sebastião do Maranhão 31 . Tarumirim 32. Tumiritinga 33 . Virginópolis 34. Virgolândia 35. Rio Vermelho 6. Caraí Comercinho Itinga Jequitinhonha Juaíma Medina Novo Cruzeiro Pedra Azul Aguas Formosas Ataléia Carlos Chagas Itam bacurí Ladainha Malacacheta Mantena Nanuque Poté Teófilo Ottoni Espinhosa Monte Azul Porteirinha Rio Pardo de Minas Salinas São João do Paraíso Araçuai Bocaiuva Capelinha Diamantina Grão Mongol Itamarandi ba Minas Novas Sêrro Turmalina Virgem da Lapa Zona Metalúrgica 1. 2. 3. 4. 5. 6. Baldim Barão de Cocais Belo Horizonte Caeté Conceição do Mato Dentro Congonhas Zona do Rio Doce 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Almenara Jacinto Rubim Sal to da Di visa Jordânia Zona do Alto Jequitinhonha 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. fapa Diamantina o Chapéu 7. Angical Barreiras Correntina Cotejipe Ibipetuba Zona de Itacambira 1. 2. 3. 4. 5. que ~dio 16 . 17. 18. 19. Zona de Mucurí 1. rtão do São Francisco l-cado o· 15. Zona do Médio Jequitinhonha 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. a do Bonfim 14. Zona do Médio Baixo Jequitinhonha 1. 2. 3. 4. 5. da Conquista irande Formoso >a 11 . 12. 13. ESTADO DE MINAS GERAIS li Conselheiro Lafaie~e Itabira Itabirito Jabuticatubas Nova Lima Ouro Prêto Raposos Rio Acima Sabará Santa Bárbara Santa Luzia Santa Maria de Itabira Vespasiano 7. 8. 9. 10. Brumado Caculé Caiteté Condeúba Guanambi Jacaraci Livramento do Brumado Macaúbas Oliveira dos Brejinhos Pará-Ubirim Urandi Zona do Planalto Ocidental 1. [nês guel das Matas RESOLUÇõES Zona da Serra Geral 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. > do Jacuipe reresinha E 8. Zona da Mata 1. Abre Campo Além Paraíba Alto Rio Doce Alvinópolis Astolfo Dutra Barra Longa Bias Fortes 8. Bicas 9. Carangola 10. Caratinga 11 C a taguases 12. Coimbra 130 Divino 14. Dom Silvério 15. Ervália 16 . Espera Feliz 17 Eugenópolis 18 Guaraciaba 19. Guarani 20. Guarará 21 . Guidoval 22. Guiricema 23. Jequiri 24 . Juiz de Fora 25. Lajinha 26. Laranjal 27. Leopoldina 28. Lima Duarte 29. Manhuaçu 30. Manhumirim 2. 3. 4. 5. 6. 7. o o o 543 544 BOLETIM GEOGRAFICO 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58 ~ 59. 60. 61. 62. 63 . 64. 9. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81 . 82. 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. 91 . 92. 93. 94. 95. 96. 97. 98. 99 . 100 . 101. 102. 103. 104. 105. Mariana. Mar de Espanha. Ma tias Barbosa Matipó Mercês Miradouro ·• Mirai Muriaé Palma Piranga Pirapitinga Ponte Nova Raul Soares Recreio Rio Casca Rio Espera Rio Novo Rio Pomba Rio Prêto Santa Cruz do Escalvado Santa Margarida Santos Dumont São Geraldo São João Nepomuceno São Pedro dos Ferros Senador Firmino Simonésia Teixeiras Tocantins Tombos Ubá Viçosa Visconde do Rio Branco Volta Grande Zona Sul 1. Aiuruoca 2. Alfenas 3. AlplnópQlis 4 . Alterosas 5. Andradas 6. Andrelândia 7. Arce burgo 8. Areado 9. Baependi •· 10. Boa Esperança 11. Bom Jardim de Minas 12. Borda da Mata 13. Botelhos 14 . Brasópolis 15 . Bueno Brandão 16. Cabo Verde 17. Cachoeira de Minas (ex-Catadupas) 18. Camanducaia 19. Cambtii 20. Caldas (ex-Barreiras) 21. Cambuquira 22. Campanha 23. Campestre 24. Campo do Meio 25. Campos Gerais 26. Capetinga 27. Carmo da Cachoeira 28. Carmo do Rio Claro 29. Carrancas 30. Carvalhos 31. Cássia 32. Caxambu 33. Conceição da Aparecida 34. Conceição do Rio Verde 35. Conceição dos Ouros 36. Coqueiral 37. Cristais 38 . Cristina 39. Cruzília 40. Delfim Moreira 41. Delfinópolis 42. Di visa Nova 43. Elói Mendes 44. Estiva 45. Estrema 46. Fama 47. Francisco Sales 10. Zona dos Campos neira) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11 . 12. 13. 14. 15. 16. 17. 11. Guapé Guaranésia. Guaxupé Ibiraci Itajubá Itamonte Itamoji Itanhandu Itumirim Jacui Jacutinga. J esuânia Jimirim Juruaia Lambari Lavras · Liberdade Luminárias Machado Maria da Fé Monsenhor Paulo Monte Belo Monte Santo de Minas (ex-Monsanto) Monte Sião Muzam binho Nepomucend Nova Resende Ouro Fino • Paraguaçu Paraisópolis Passa Quatro Passos Pedra! v a Poços de Caldas Pouso Alegre Pouso Alto Pratápolis Ribeirão Vermelho Santa Catarina Santa Rita de Caldas S~nta Rita de Jacutinga Santa Rita do Sapucai São Gonçalo do Sapucai São João Batista do Glória São Lourenço São Pedro da União São Sebastião do Paraíso São Tomás de Aquino Sapucai-Mirim Senador Lemos Serrania sn vestre Ferraz Sil vianópolis Soledade de Minas (ex-Ibatuba) Três Corações Três Pontes Varginha Virgínia Antônio Carlos Betim Belo Vale Barbacena Bonfim Brumadinho Carandai Contagem Crucilândia Dores de Campos João Ri beiro Lagoa Dourada Mateus Leme Prados Resende Costa São João d'El Rei Tiradentes Zona Oeste 1. 2. (da Abaeté Arcos 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31 . 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41 . 42. 43. 12. Zona do Alto São Francisco 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 13. Mantiqueira Mi- 14. Bocaiuva Buenópolis Corinto Curvelo Felixlândla Mora vânia Pirapora São Gonçalo do Abaeté Zona do Alto Médio São Fl 1. Brasil1a 2. Coração de Jesus 3. Francisco Sá. 4. Janaúba 5. Jequltai 6. Januária 7. Manga 8. Montes Claros 9. Pirapora 10. São Francisco 11 . São João da P<;m te 12. São Romão Zona do Urucuia 1. 2. 3. 4. 15. Bambui Bom Despacho Bom Sucesso Campo Belo Campos Altos Candeias Capitólio Carmo da Mata Carmo do Cajuru Carmópolis de Minas Cláudio Córrego d'Anta Cristais Divinópolis Dores do Indaiá Estrêla do Indaiá Formiga Guia Lopes Iguatama !taquara Itapecerlca Itaúna Lagoa da Prata Luz Martinho Campos Oliveira Pains Pará de Minas Passa Tempo Pequi Perdões Pimenta Pitangui Piui Pompeu Santo Antônio do Ampal Santo Antônio do Monte São Gonçalo do Pará São Gotardo São Tiago Tiros João Pinheiro Paracatu Presidente Olegário Unai Zona do Alto Paranaíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Abadia dos Dourados Araxá Cascalho Rico Carmo do Paranaíba Coromandel Estrêla do Sul Ibiá Indianópolls LEIS E RESOLUÇõES 3. 4. 5. 6. 7. 8. si a 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31 . 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41 . 42. 43. u a e ias ~ Fé 1or Paulo ~lo ~nto lã o lnho \end sende de Minas (ex-Monsanto) .. b.o u ~lis 1atro Caldas legre to s Vermelho ~tarina ,ta de Caldas ta de Jacutinga 1ta do Sapucaí r;alo do Sapucai Batista do Glória enço 'o da União stião do Paraíso lás de Aquino Mirim Lemos 12. 8. Ferraz olis de Minas (ex-Ibatuba) a.ções 1tes [ampos (da Carlos a 14. ~ 3. 4. flia Campos iro mrada ~em e Costa , d'El Rei ~s 15. Bocaiuva Buenópolis Corinto Curvelo Felixlândia Mora vânia Pirapora São Gonçalo do Abaeté Brasilia Coração de Jesus Francisco Sá Janaúba Jequitaí Januária Manga Montes Claros Pirapora São Francisco São João da P~m te São Romão João Pinheiro Paracatu Presidente Olegário Unai Zona do Alto Paranaíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Abadia dos Dourados Araxá Cascalho Rico Carmo do Paranaíba Coromandel Estrêla do Sul Ibiá Indianópolis Monte Carmelo Ponte Nova Patos de Minas Patrôcínio Perdizes Pratinha Rio Paranaíba Sacramento Santa Juliana Zona do Tritingulo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. Araguarl Campina Verde Campo Florido Carmópolis Conceição das Alagoas Comendador Gomes Conquista ~ Frutal ' Itapajipe Ituiutaba Iturama Monte Alegre de Minas Prata Santa Vitória Tupaciguara Uberlãndia Uberaba Veríssimo ESTADO DO ESPíRITO SANTO 1. Zona Norte 1. 2. 3. 2. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 3 1. Colatina Linhares Zona Serrana do Centro 1. 2. 3. 4. 5. 6. 6. Anchieta Iconh!\ Itapemirim Itapoama Zona do Baixo Rio Doce 1. 2. 5. Aracruz Cariacica Espírito Santo Fundão Guarapari Ibiraçu Jabaeté Serra Vitória Zona de Itapemirim 2. 3. 4. 4. Conceição da Barra São Mateus Barra de São Francisco Zona de Vitória 1. Zona do Urucuia 1. 2. ilho 16. Zona do Alto Médio São Francisco 1. 2. 3. 4. .5. 6. 7. 8. 9. 10. 11 . 12. Mantiqueira Mi- 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Zona do Alto São Francisco 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 13. Bambui Bom Despacho Bom Sucesso Campo Belo Campos Altos Candeias Capitólio Carmo da Mata Carmo do Cajuru Carmópolis de Minas Cláudio Córrego d'Anta Cristais Divinópolis Dores do Indalá Estrêla do Indaiá Formiga Guia Lopes Iguatama !taquara Itapecerica Itaúna Lagoa da Prata Luz Martinho Campos OU veira Pains Pará de Minas Passa Tempo Pequí Perdões Pimenta Pitangui Piuí Pompeu Santo Antônio do Amparo Santo Antônio do Monte São Gonçalo do Pará São Gotardo São Tiago Tiros 545 Afonso Cláudio Baixo Guandu Domingos Martins Itaguaçu Santa Leopoldina Santa Teresa Zona Serrana do Sul Alfredo Chaves Alegre Cachoeira do Itapemirim 4. Castelo 5. Guaçui 6. Iúna 7. Mimoso do Sul 8. Muniz Freire 9. Muqui 10. São José do Calçado 1. 2. 3. • 546 BOLETIM GEOGRAFICO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1. Zona da Baixada de Goitacases 1. 2. 3. DISTRITO FEDERAL 1. Campos Macaé São João da Barra 8. Zona da Baixada Carioca 1. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Distrito Federal ESTADO DE SÃO PAULO 2. Zona do Muriaé 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 3. 6. 20. 21. 3. Casimiro de Abreu Silva Jardim 4. Cachoeiras de Macacu Duque de Caxias Itaborai Majé Nilópolis Niterói Rio Bonito São Gonçalo São João de Meriti 1. Barra Mansa Itaverá Marquês de Valença Paraíba do Sul Piraí Resende Rio das Flores Três Rios Vassouras Zona do Litoral da Baia da Ilha Grande 1. 2~ 3. Angra dos Reis Mangaratiba Parati 7. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 10. OUbatão Guarujá Itanhaém Santos São Vicente 11. Cananéia Eldorado Iguape Itariri Jacupiranga Juquiá Miracatu Pedro de Toledo Registro Agua da Prata Caconde Mococa Pinhal São João da Boa Vista São José do Rio Pardo São Sebastião da Grama Tapiratiba Vargem Grande do Sul 13. Jundiai Mairiporã Moji das Cruzes Monte Mor Poá Pôrto Feliz Salesópolis Salto Sant'Ana de Parnaíba Santo André São Bernardo do Campo São Caetano do Sul São Paulo São Roque Sorocaba Susano Vinhedo Capão Bonito Guapiara Ibiúna Itapecerica da Serra Piedade Pilar do Sul Ribeirão Branco São Miguel Arcanjo Apiaí Iporanga Ribeira Piraçununga 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. São José do Rio Pardo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. !tu Alto Ribeira 1. 2. 3. 12. Araçoiaba da Serra Baruerl Boituva Cabreúva Campinas Cotia Elias Fausto Franco da Rocha Guarulhos Indaiatuba Paranapiacaba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Campos do Jordão São Bento do Sapucai Baixada Uo Ribeira 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Nova Iguaçu Itaguai 1. • Amparo Atibaia Bragança Paulista Itapira Itatiba Jarinu Joanópolls Lindóia Monte Alegre do Sul Nazaré Paullsta Pedreira Piracaia Serra Negra Socorro São Paulo 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Litoral de Santos 1. 2. 3. 4. 5,. 6. 9. Cunha Jamõeiro Natividade da Serra Parai buna Redenção da Serra São Luís do Paraitinga Santa Branca Zona da Mantiqueira 2. 5. 12. 13. 14. Aparecida Areias Bananal Barreiro Caçapava Cachoeira Paulista Cruzeiro Guaratinguetá Guararema Jacareí La vrinhas Lorena Monteiro Lobato Pindamonhangaba Queluz Piquête Santa Isabel São José dos Campos Sil v eiras Taubaté Tremembé Zona do Alto Paraíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Zona de Resende 1. Barra do Pirai 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 10. Araruama Cabo Frio Maricá São Pedro da Aldeia Saquarema Zona da Baixada do Rio Guandu 1. 2. 9. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. Zona da Baixada da Guanabara 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 8. 12. Bom Jardim (ex-Vergel) Nova Friburgo Petrópolis Teresópolis Caraguatatuba Ilha Bela São Se bastião Ubatuba Zona do Médio Paraíba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11 . Cantagalo Carmo Cordeiro Duas Barras Itaocara São Sebastião do Alto Santa Maria Madalena Sapucaia Sumidouro São Fidélis Trajano de Morais Zona da Baixada do Rio São João 1. 2. 7. 2. Zona da Baixada de Araruama 1. 2. 3. 4. 5. Zona do Litoral de São Sebastião 1. 2. 3. 4. Zona do Alto da Serra 1. 2. 3. 4. 5. 1. Zona de Cantagalo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 4. Cambuci Bom Jesus do Itabapoana Itaperuna Miracema Natividade de Carangola Porciúncula · Santo Antônio de Pádua Bragança Aguai Artur Nogueira Casa Branca Concha! Descal vado Leme Mojiguaçu Mojimirim Piraçun unga Pôrto Ferreira Santa Cruz das Palmeir1 Tambaú Rio Claro 1. 2. 3. 4. Americana Analândia Araras Cosmópolis B . G. - 7 LEI I S 8. 7. 8. 9. 10. ata tuba 3ela 1ebastião 11 • 12. 13. 14. ba fféd i o Paraí ba cida 9. ro ava eir a P a ulista ro tinguetá rema l.í h as l ro Lobato inonha n gaba Campos lto Paraí ba • ji ro tiade d a Serra una ção d a Serra uís do P a raitinga Bra nca lfantiq u eira 10. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Santos i.o já ,ém lcente 11. 2. 3. é ia Cio 12. ranga tu lde fo R i o Pardo ~a Prata 10. 11. 12. le ão da Boa Vista sé do Rio P a rdo bastião da Gra m a tiba 1 Grande do Sul 13. 14. Lindó~a Monte Alegre do Sul Nazaré Paulista Pedreira Piracaia Serra Negra Socorro Araçoiaba da Serra Barueri B oituva Cabreúva Campinas Cotia Elias Fausto Franco da Rocha Guarulhos Indaiatuba Itu Jundiaí Mairiporá Moji das Cruzes Monte Mor Poá Pôrto Feliz Salesópolis Salto Sant'Ana de Parnaíba Santo André São Bernardo do Ca;mpo São Caetano do Sul São Paulo São Roque Soroca ba Susano Vinhedo 7. 15 . 16. Capão Bonito Guapiara lbiúna Itapecerica da Serra Piedade P ilar do Sul Rib eirão Branco São Miguel Arcanjo Rio Claro 1. 2. 3. 4. Americana Analândia Araras Cosmópolis B. G. - 7 Laranjal Paulista Pereiras Piracicaba Porangaba Rio das Pedras São Pedro Santa Bárbara d 'Oeste Tietê Campos Gerais 1. Angatuba 2. Buri 3. Guareí 4. Itaberá 5. Itaí 6. Itapetininga 7. Itapeva 8. Itararé 9. Paranapanema 10. Sarapui 11. Tatui Itaporanga 1. Fartura 2. Itaporanga 3. Taquarituba 17 . Franca 1. Franca 2. Guará 3. Igarapava 4. Itirapuã 5, Ituverava 6. Patrocínio Paulista 7. Pedregulho 8. Rifaina 9. São José da Bela Vista 18. Ribeirão Prêto 1. Altinópolis 2. Batatais 3. Brodowski 4. Cajuru 5. · era vinhos 6. Ipuã 7. Jardinópolis 8. Nuporanga 9. Orlândia 10. Ribeirão Prêto Apiaí Iporanga Ribeira Descal vado Leme M o jiguaçu Mojimirim Piraçununga Pôrto Ferreira Santa cruz das Palmeiras Tambaú Cordeirópolis Corumbatai Itirapina Limeira Rio Claro Santa Gertrudes Piracicaba 1 . Aguas de São Pedro 2. Anhembi 3. Bofete 4. Capivari 5. Cerquilho 6. Conchas 8. 9. 10. 11 . 12. 13. 14. Piraçununga 1. Aguai 2. Artur Nogueira 3. Casa l3ranca 4. Conchal 5. 6. 7. 8. 9. Toledo !O 6. 7. 8. 9. 10. Alto Ribeira 1. o Ribei ra 5. Par anapiacaba 1. 2. >s do Jordão m to do Sapucai Amparo Atibaia Bragança Paulista Itapira Itatiba Jarinu Joanópolls São Paulo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. al RESOLUÇõES Bragança 1. 2. 3. 4. 5. 6. r:.itoral de São Sebasti ão E 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18 . 19. Sales Oliveira Santa Rosa de Viterbo Santa Rita do P a ssa Quatro Santo Antônio da Alegria Serra Azul Serrana São Simão Sertãozinho Araraquara 1. Araraquara 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Guariba Jabuticaba! Matão Monte Alto Rincão Taiuva Taquaritinga 547 BOLETIM GEOGRAFICO 548 • !O. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11 . 21. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 1. 3. 4. 5. 6. 7. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 25. Agudos Avaré Botucatu Cerqueira César Itatinga Lençóis Paulista Santa Bárbara do Rio Pardo São Manuel 26. .Rio Prêto 1. Alvares Florêncio 2. Amérlco de Campos 3. Buritama 4. Cardoso 5. Cedral 6. Cosmorama 7. General Salgado 8. José Bonifácio 9. Macaubal 10. Monte Aprazível 11 . Mirassol 12. Nova Aliança 13. Neves Paulista 14. Nhandeara: 15. Planalto 16. Potirendaba 17. São José do Rio Prêto 18. Tanabi 19. Valentim Gentil 20. Votuporanga Catanduva 1. 2. 3. Ariranha Bariri Boa Esperança do Sul 7. Lutécia 8. Maracai 9. Oscar Bressani 10. Ourinhos 11 . Palmi tal 12. Paraguaçu Paulista 13. Quatá 14. Rancharia 15. Salto Grande 16. Santa Cruz do Rio 17. São Pedro do Turv 18. Ubirajara Presidente Prudente 30. 27. 28. Pereira Barreto 31. Araçatuba Bento de Abreu Bilac Birigui Coroados Glicério Guaraçai Guararapes Lavínia Mirandópolis Rubiácea Valparaiso 4. 32. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. Adaman tina Alvaro de Carvalho Bastos Flórida Brasil Gália Garça Getulina Herculândia Júlio Mesquita Junqueirópolls Lucélia Marilia Oriente Osvaldo Cruz Pacaembu Parapuã Pompéia Quintana Rinópolis Tupã Vera Cruz 33. Assis 1. 2. 3. 4. 5. 6. Assis Campos Novos Paulistas Cândido Mota Exaporã Ibirarema Iepê Andradina Dracena Gracianópolls Paulicéia Presidente Venceslau 1. 2. Presidente Epitácio Presidente Venceslf ESTADO DO PARANA 1. Zona do Litoral 1. 2. 3. 4. 5. 2. 3. Bocaiuva do Sul Cêrro Azul Rio Branco do Sul Zona de Castro 1. 2. 4. Antonina Guaraqueçaba Guaratuba Morretes Paranaguá Zona do Alto Ribeira 1. 2. 3. Castro Piraí do Sul Zona de Curitiba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 5. 29. Andradina 1. 2. 3. 4. Marília 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Estrêla d'Oeste Fernandópolis Jales Pereira Barreto 1. 2. 3. Araçatuba 1. * 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Alfredo Marcondes Alvares Machado Indiana · Martinópolis Piquerobi Pirapõzinho Presidente BernardE Presidente Prudente Santo Anastácio Regente Feijó 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Bauru Arealva Avai Avanhanda v a 4. · Bauru 5. Cabrálla Paulista 6. Cafelândia 7. Duartina 8. Guarantã 9. Iacanga 10. Lins 11 . Penápolis 12. Pirajuf 13. Pira tininga 14. Pongaí 15. Presidente Alves • 16. Promissão 17. Reginópolis Bernardino de Campos Ipauçu Manduri óleo Piraju Timburi Xavantes Barretos Bebedouro Cajobi Colina Guaíra Guaraci Jaborandi Miguelópolis Monte Azul Paulista Morro Agudo Nova Granada Olímpia Palestina Paulo de Faria Piranji Pitangueiras Pontal Terra Roxa Viradouro Bocaina Borborema. Ca.juru Catanduva Fernando Prestes Ib1rá Ibitinga Itápolls Itaju Novo Horizonte Parapuá Pindorama Santa Adélia Tabatinga Uchoa Urupês 1. 2. 3. Barretos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 24. 10. 11 . 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. Piraju 2. 23. Barra Bonita Brotas Dois Córregos Dourados Itapui Jaú Macatuba Mineiros do Tietê Pederneiras Ribeirão Bonito Torrinha Botucatu 1. 22. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Sdo Carlos e Jaú Araucária Campo Largo Colombo Curitiba Piraquara Rio Negro São José dos Pin Timoneira Zona dos Campos Ge 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. J aguariai v a Lapa Palmeira Ponta Grossa Pôrto Amazonas Sengés Tibaj1 LEIS 7. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. ;l te 6. 7. 8. · 9. 10. 11. 7. Zona do Alto Ivaí 3. 4. Zona de Ira ti 8. 3. 4. Zona de Oeste 9. • 33. 3. 4. 5. Andradina. Dracena Gracianópolis Paullcéia. 1. 2. 3. 4. 6. 7. Presidente Venceslau 1. 2. Zona do Norte 1, Açai 2. Andirá 3. Araiporanga 4. Arapongas 5. Bandeirantes 6. Bela Vista do Paraíso 10. Presidente Epltácio Presidente Venceslau ESTADO DO PARANA 1. Zona do Litoral 1. 2. 3. 4. 5. 2. 3. 3. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21 . 22. Bocaiuva do Sul Cêrro Azul Rio Branco do Sul Castro Piraí do Sul • Zona de Curitiba 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 5. 8. 9. 10. Zona de Castro 1. 2. 4. 7. Antonina Guaraqueçaba. Guaratuba Morretes Paranaguá Zona do Alto Ribeira 1. 2. Araucária Campo Largo Colombo Curitiba Ptraquara Rio Negro São José dos Pinhais Ttmoneira 11. 3. 4. 5. 6. 7. Jaguariaíva Lapa Palmeira Ponta Grossa Pôrto Amazonas. Sengés Tibaji Canibará cambé Congonhinhas Com élio Procópio Ibiporã Jacarêzinho Jaguapitã. Jataizinho Londrina Porecatu Ribeirão Claro Rolândia Santa Mariana Santo Antônio da Platina Sertanópolis Urai Zona dos Campos do Oeste 1. Guarapuava 2. Palmas ESTADO DE SANTA CATARINA , 1. Zona do Litoral de São Francisco 1. 2. 3. Zona dos Campos Gerais 1. 2. Campo Mourão Clevelândia Foz · do Iguaçu Laranjeiras do Sul Mandaguari Mangueirinha Pitanga 1. 2. Andradina 32. Irati Mallet Rebouças Rio Azul São João do Triunfo São Mateus do Sul Teixeira Soares União da Vitória 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Estrêla d'Oeste Femandópolis Jales Pereira Barreto 1. 2. Irobituva. Ipiranga Prudentópolis Reserva 1. 2. Pereira Barreto 31. ta s 's Paulistas 4. 5. Alfredo Marcondes Alvares Machado 3. Indiana · ... 4. Martinópolis 5. Piquerobi 6. Pirapozinho 7. Presidente Bernardes 8. Presidente Prudente 9. Santo Anastácio 10. Regente Feijó de Tomasina Abatiá Carlópolis Cinzas Curiúva Ibaiti Joaquim Távora. Quatiguá Ribeirão do Pinhal Siqueira Campos Tomasina. Venceslau Brás 1. 2. 3. 1. 2. lves :valho ~ona 6. Presidente Prudente 30. lista r eu RESOLUÇõES Lutécia Maracai Oscar Bressanl Ourinhos Pa.lmital Paraguaçu Paulista Quatá "' Rancharia Sal to Grande Santa Cruz do Rio Pardo São Pedro do Turvo Ubirajara 8. 9. 10. ~stes E 4. 5. 6. 2. Araquari Guaramirtm Itajai Jaraguá do Sul J oin ville São Francisco do Sul Zona da Bacia do Itajaí 1. 2. Blumenau Brusque 549 550 BOLETIM GEOGRAFICO 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 3. 3. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Biguaçu Camborlú Florianópolis Palhoça Pôrto Belo São José Tijucas Nova Trento 5. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Zona de Laguna 1. 2. 3. 4. 5. 6. 6. 6. 7. Xapecó Bom Retiro Campos · Novos Curitibanos Lajes São Joaquim 8. Zona do Litoral 1. 2. 3. 4. 5. 2. Osório Rio Grande Santa Vitória do Palmar São José do Norte Tôrres 9. Bom Jesus do Triunfo 2. Cachoeira do Sul 3. General Câmara 4. General Vargas 5. Gravataí 6. Guaíba 7. Jaguar! 8. Pôrto Alegre 1. Aparados da Serra Lagoa. Vermelha São Francisco de Paula Vacaria 1. Zona de Aripuanã 1. ~- ·3. 3. 4. 5. 6. Aparecida do Tabua Camapuã Coxim Paranaíba Ribas do Rio Pardo Três Lagoas Zona da Encosta Norte 1. 2. 7. Amambai Campo Grande Dourados Maracaju Ponta Porá Rio Brilhante Rochedo Zona Sudoeste 1. 2. 6. Alto Araguaia Guira tinga Poxoreu Zona "de Campo GrandE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 5. Barra do Garças Cuiabá Diamantino Rosário Oeste Zona Leste 1. 2. 3. 4. Aripuanã Zona · da Chapada 1. 2. 3. 4. Barra do Bugres Mato Grosso Zona da Encosta Sul 1. 2. 3. 4. 10. Antônio Prado Bento Gonçalves Caxias do Sul Farroupilha Flores da Cunha Garibaldi Guaporé Nova Prata Veranópolis ESTADO DE MATO GROSS< Zona dos Campos Ce?ttrais Caràzinho Cruz Alta Júlio de Castilhos Passo Fundo Soledade Tupanciretã Lajeado Montenegro Novo Ham urgo Santa Cruz do Sul Santo Antônio São Leopoldo Sobradinho Taquara Taquari Venâncio Aires Zona da Colônia Alta 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Zona dos Campos de Vacaria 1. 2. 3. 4. 5. 6. Zona da Depressão Central 11. Zona do Alto Uruguai 1. 2. 3. 4. ESTAPO DO RIO GRANDE DO SUL 1. Arroio Grande Camaquã Jaguarão Pelotas São Lourenço do Sul Tapes 1. Erexim 2. Getúlio Vargas 3. Ijuí 4. Iraí 5. Marcelino Ramos 6. Palmeira das Missões 7. Santa Rosa 8. Sarandi 9 ~ Três Passos Zona dos Campos de Lajes 1. 2. 3. 4. 5. Zona da Encosta do Sudeste 1. 2. 3. 4. 5. 6. Zona de Oeste 1. 8. Caçador Capinzal Joaçaba Piratuba Tangará Videira Concórdia Alegrete Bajé Cacequi Dom Pedrito Livramento Guaraí Rosário do Sul São Gabriel Uruguàiana 1. Caçapava do Sul 2. Canguçu 3. Encruzilhada do Sul ·4. Erval 5. Lavras do Sul 6. Pinheiro Machado 7. Piratini Zona do Rio do Peixe 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 'r. Campo Alegre Canoinhas Itaiópolis Mafra Pôrto União São Bento do Sul Itaqui Santiago Santo Angelo São Borja São Francisco de Assis São Luís Gonzaga Zona da Serra do Sudeste 5. Zona de Canoinhas 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. Zona da Campanha 4. 1. Araranguá 2. Criciúma 3. Imaruí 4. J aguaruna 5. Laguna 6. Orleães 7. Tubarão 8. Turvo 9. Uruçanga Rio Pardo Santa Maria São Jerônimo São Pedro do Sul São Sepê Viamão Canoas Zona das Missões Zona de Florianópolis 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 4. Gaspar Ibirama Indaial Ituporanga Rio do Sul Rodeio Taió Tlmbó Aquidauana Bela Vista Bonito Nloaque Zona da Colônia Baixa 1. 2. 3. 4. 5. ~- Arrolo do Meio Caí Candelária Canela Encantado Estrêla. 8. Zona da Baixada Norte 1. 2. 3. 4. 5. Cáceres Nossa Senhora do L Poconé Santo Antônio do I Várzea Grande LE'IS ?ardo Maria rerônimo ?edro do Sul 3epê ão 7. 8. 9. 10. 1 11. 12. 13. 14. 15. 16. ts r Missões Lajeado Montenegro Novo Hamburgo Santa Cruz do Sul Santo Antônio São Leopoldo Sobradinho Taqua ra Taquari Venâncio Aires E RESOLUÇõES 9. ESTADO DE GOIAS 1. ago Angelo 3orja lrancisco de Assis .uís Gonzaga Zona da Colônia Alta 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. ite ui Pedrito nento Antônio Prado Bento Gonçalves Ca xias do Sul Farroupilha Flores da Cunha Garibaldi Guaporé Nova Prata Veranópolis iÍ ÇU ~ilhada 1. "2 . "3 . 4. Vargas ,no Ramos ra das Missões Rosa 5. L rampos de Vacaria ps da Serra jVermelha ~ncisco de Paula 6. ho lta e Castilhos 2. 7. fretã olônia Baixa 1o Meio ria ,do 8. 6. Zona da Baixada Norte 1. 2. 3. 4. 5. 7. Aquidauana Bela V~ista Bonito Nioaque Cáceres Nossa Senhora do Livramento Poconé . Santo Antônio do Leverger Várzea Grande Cavalcante Corumbá de Goiás Cristalina Formosa Luziânia Pirenópolis Planal tina Zona de Taguatinga 1. 2. 3. 8. Caldas Novas Catalão Corumbaiba Cumari Goiandira Ipameri Leopoldo Bulhões Orizona Pires do Rio Santa Cruz de Goiás Sil vânia Suçuapara Urutaí Vianópolis Zona do Planalto 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Barra do Bugres Mato Grosso Zona da Encosta Sul 1. 2. 3. 4. 'undo 9. 10. 11 . 12. 13. 14 . Zona da Encosta N oTte 1. Íampos Ce?ttrais Aparecida do Tabuado Camapuã Coxim Paranaíba Ribas do Rio Pardo Três Lagoas Buriti Alegre Edéia Goiatuba Guapó Hidrolândia Itum biara Morrinhos Palmeiras de Goiás Piracanjuba Pontalina Zona Sudeste 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Amambai Campo Grande Dourados Maracaju Ponta Porã Rio Brilhante Rochedo Zona Sudoeste 1. 2. 3. 4. 5. 6. :tSSOS 5. A urilândia Baliza Caiapônia Iporã Mineiros Zona Sul 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Alto Araguaia Guiratinga Poxoreu Zona ' de Campo Grande 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. lto Uruguai 4. Barra do G a r ç as Cuiabá Diamantino Rosário Oeste Araguacema Filadélfia Pedro Afonso Pôrto Nacional Miracema do Norte Tocantinópolis Zona do Alto Araguai a 1. 2. 3. 4. 5. Zona Leste 1. 2. 3. Grande ,u ã ão 1 3. Aragua tins Itaguatins Zona Norte 1. 2. 3. 4. 5. 6. Aripuanã Zona · da Chapada 1. 2. 3. 4. do Sul ro Machado li mrenço do Sul 2. Zona de Aripuanã 1. do Sul :ncosta do Sudeste 2. ESTADO DE MATO GROSSO ;erra do Sudeste :tva do Sul Zona do Araguaia-Tocantins 1. 11. Campanha ,o do Sul rabriel tá iana Zona da Baixada Sul 1. Corumbá 2. · Miranda 3. Pôrto Murtinho Dianópolis Natividade Tagua tinga Zona do Paraná 1. 2. 3. 4. 5. 6. Arraias Chapéu Paraná Posse São Domingos Sitio da Abadia 551 552 9 BOLETIM GEOGRáFICO Zona do ALto Tocantins o 1. 2. 3. 4. 5. 10 Itapaci Peixe Poranga tu Niquelândia Uruaçu Zona Sudoeste o 1°0 2o 3. 4. 5o Jataí Paraúna Quirinópolis Rio Verde Santa Helena de Goiás 11 . Zona do " Mato Grosso de Goiás,.. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Anápolis Anicuns Firminópolis Goiás Goiânia Inhunias Itaberaí Itauçu Jaraguá Nerópolis Nazário Petrolina de Goiás Uruana Trindade -' • ~ O Serviço Central de Documentação Geográfica do Conselho Nacional de , Geografia é completo, compreendendo Biblioteca, Mapoteca, Fototeca e Arquivo Corográfico, destinando-se êste à guarda de documentos como sejam inéditos e artigos de jornais. Envie ao Conselho qualquer documento que possuir sôb~e o território brasiJeiro. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ES"rATfSTICA PRESIDENTE Desembargador FLOBINCIO CARLOS Dlll ABBliiU lll SILVA. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatútica, criado pelo Decreto n.0 14 609, de 8 dtJ julho de 19~4. ' uma entidade dtJ natureza federativa, &ubordinada diretamente a Presidancia da República. Tem por fim, mediante a progressiva arti~o ' cooperação daa tr~• ordena administratizas da organização polfttca da República e da iniciativa particular, promover e jazer ezecutar, ou orientar Qcnica· mente, em regime racionalizado, o levantamento sistemático de tDda& a& estatfsticaa nacionais, bem como incentivar e coordenar a& ati17idadea geográfica& dentro do Pafs, no sentido de estabelecer a cooperação geral para o conhecimento met6dico e sistematizado do territ6rio bra&ileire. Dentro do seu campo de atiridade&, coordena 01 diferentes aerriçoa de estatística e de geografia, fixa diretivas, estabelece norma& tknicaa, fGJ diuulgações, propõe reforma&, recebe, anali111 e utiliza auge8fõea, forma upecialista&, prepara ambiente faworásel a. iniciativa• necu&4riaa, rediJo mando, em benejfcio doa aeua objetiwos, a colaboração da& tr 6rbita& de gotb'no e oa esjorçoa conjugadoa de todoa oa brasileiro& dtJ boa tontadl ESQUEMA ESTRUTURAL A formação estrutural do Instituto compreende dois sistemas permanentes, o dos Servicos Estatísticos e o dos Serviços Geográ· fcos - e um de organização periódica - o dos Serviços Censitários, I - SISTEMA DOS SERVIÇOS ESTATÍSTICOS O Sistema dos Serviços Estatísticos compõe-se do Conselho Na· cional de Estatística e do Quadro Executivo. A - CoNSELHO NACIONAL DB EsTATÍSTICA, órgão de orientação e coordenação geral, criado pelo decreto n.o 24 609, de 6 de julho de 1934; consta de: 1. Um "óRGio ADMINISTRATIVO", que é a Secretaria-Geral do Conselho e do Instituto. 2. "óRGios DELmERATIVos", que são: AuemblM Geral, com· posta dos membros da Junta Executiva Central, representando a União, e dos presidentes das Juntas Executivas Regionais, representando os estados, o Distrito Federal e o território do Acre (reúne-se anualmente no mês de julho) a Junta Executiva Central com· posta do presidente do Instituto, dos diretores das cinco Repartições Centrais de Estatística; representando os respectivos Ministérios, e de representantes designados pelos Ministérios da Viação e Obras Públicas, Relações Exteriores, Guerra, Marinha e Aeronáutica (reúnese ordinàriamente no primeiro dia útil de cada quinzena e delibera ad referendum da Assembléia Geral; as Junta& Executivaa Regionai1, no Distrito Federal, nos estados e no território do Acre; de compo· sição váriável, mas guardada a possível analogia com a J. E. C. (reúne-se ordinàriamente no primeiro dia útil de cada quinzena). 3. "óRGios OPINATIVOS",subdivididos em Comiaa1l'ea Ticnicaa, isto é, "Comissões Permanentes" (estatísticas fisiográficas, estatísticas demográficas, estatísticas econômicas, etc.) e tantas" Comissões Especiais" quantas necessárias, o Corpo de Oonsultorea Técnico•, composto de 24 membros eleitos pela Assembléia Geral. B- QuADRO ExECUTIVO (cooperação federativa): 1. "oRGANIZAçio FEDERAL", isto é, as cinco Repartições Cen· trais de Estatística - Serviço de Estatística Demográfica, Moral e Política (Ministério da Justiça), Servico de Estatística da Educação e Saúde (Ministério da Educação), Serviço de Estatística da Previ· dência e Trabalho (Ministério do Trabalho), Serviço de Estatística da Produção (Ministério da Agricultura) Serviço de Estatística Econômica e Financeira (Ministério da Fazenda), e órgãos cooperadores: Servicos e Secções de Estatística especializada em diferentes departamentos administrativos. 2. "oRGANIZAçio BliiGIONAL",isto é, as Repartições Centrais de Estatística Geral existentes nos estados - Departamentos Estaduais de Estatística,- no Distrito Federal e no território do Acre- Depar· tamentos de Geografia e Estatística,- e os órgãos cooperadores: Ser· viços e Secções de Estatísticas especializadas em diferentes depar· tamentos administrativos regionais. 3. "ORGANIZAÇÃO LOCAL",isto 6, OS Departamentos OU Servicos Municipais de Estatística, existentes nas capitais dos estados, e as Agências nos demais municípios. li - SISTEMA DOS SERVIÇOS GEOGRÁFICOS O sistema dos Serviços Geográficos compõe-se do Conselho Nacional de Geografia e do Quadro Executivo. A - CoNsELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA, órgão de orientacão e coordenação, criado pelo decreto n.0 1 527, de 24 de marco de 1937, consta de: 1. Um "óRGÃO ADMINISTRATIVO", que é a Secretaria-Geral do Conselho. 2. "ÓRGÃOS DELmERATivos", ou seja a Aasembltia Geral, com· posta dos membros do Diretório Central, representando a União, e dos presidentes dos Diretórios Regionais, representando os estados e o território do Acr~ (reúne-se anualmente no mês de julho): o Dire· 16rio Central, composto do presidente do Instituto, do secretário geral do C. N. G., de um delegado técnico de cada Ministério, de um representante especial do Ministério da Educação e Saúde pelas inJo tituiçlles do ensino da Geografia, de um representante especial do Mi· nistério das RelaçOes Exteriores, de um representante do govêrno municipal da capital da República e de um representante do C. N. G. (reúne-se ordinàriamente no terceiro dia útil de cada quiDJena) 01 Diret6rio• Regionaia, nos estados e no território do Acre, de composição variável, mas guardada a possível analogia éom o D.C. (reúnem· se ordiru.riamente uma vez por mês). 3. "óRGÃOS OPINATIVOS", isto é, Comi11õu Técnica&, tantu quantas necessárias, e Corpo de Conaultore• Técnicos, subdividido em Consultoria Nacional, articulada com o D. C. e 21 Co~ultoriu Regionais, articuladas com os respectivos D. R. B - QUADRO EXECUTIVO (cooperacão federativa): 1. "ORGANIZAÇÃO I'EDERAL", com um órgão executivo centralServiço de Geografia e Estatística Fisiográfica do Ministério da Viacão - e órgãos cooperadores - serviços especializados d01 Ministérios da Agricultura, Viação, Trabalho, Educação, Fuenda, Relações Exteriores e Justiça1 e dos Ministérios Militares, (cola· boracAo condicional). 2. "ORGANIZAÇÃO BliiGlONAL", isto é, as repartições e institutoe que funcionam como órgãos centrais de Geografia nos estados. 3. "ORGANIZAÇÃO LOCAL", os Diretórios Municipais, Corpoe de Informantes e Serviços Municipais com atividades geográficas. III- SISTEMA DOS SERVIÇOS CENSITÁRIOS O Sistema dos Serviços Censitários compõe-se de órgãos delibera· tivos - as Comissões Censitárias - e de órgãos executivos, cujo COD• junto é denominado Berrico Nacional de Reunseamento. A - Co~uss!Sll:s CliiNSITÁRIAB: 1. A Comissão Ce~itária Nacionai, órgão deliberativo e controlador, compõe-se dos membros da Junta Executiva Central do Conselho Nacional de Estatística, do secretário do Conselho Nacional de Geografia, de um representante do Conselho Atuarial e de três outro. membros - um dos quais como seu presidente e diretor doa trabalh01 censitários- eleitos por aquela Junta em nome do Conselho Nacioual de Estatística, verificando-se a confirmação dos respeetiv01 111&11datos mediante ato do Poder Executivo. 2. As 22 ComissGes Censitárias Regionais, órgãos orientadore1 cada uma das quais se compõe do delegado regional do Recensea· mento como seu presidente, do diretor em exercício da repartic&o central regional de Estatística e de um representante da Junta &ecuti~a Regional do Conselho Nacional de Estatística. 3. As Comissões Censitárias Municipais, órgãos cooperadoree cada uma das quais constituída por três membros efetivos - o prefeito municipal como seu presidente, o delegado municip3l do Recenseamento e a mais graduada autoridade judiciária local, além de membros colaboradores. B - SERVICO NACIONAL Dlll RECENSEAMENTO 1. A "DIBlllçio CENTRAL", composta de uma Secretaria. Divisão Administrativa, da Divisão de Publicidade e da DiVlllo Técnica. • 2. As "DELEGACIAS REGIONAIS'', uma em cada unidade da Federação. 3. As "DELEGACIAS SECCIONAIS", em nÚmero de 117, abran• gendo grupos de municípios. 4. As "DELEGACIAS MUNICIPAIS". 5. 0 "CORPO DE. BJIICIDNSEA.DORES", Sede do CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA- Avenida Beira-Mar; 436- Edifício fguasu Seda do INSTITUTO - Av. Franklln Roosevel~ 166 ÁREA E POPULAÇÃO DO ÁREA E POPULAÇÃO ABSOLUTA E RELATIVA DAS UNIDADES }'EDERADAS E DAS GRANDES REGIÕES DO BRASlL ÁREA- 1952 POPULAÇÃO (1.0 ·VII-1950) Relativa UNIDADES FEDERADAS Absoluta (km 2) o/o. das % do Brasil Regiões 242 983 Guapor6 . . . ... . ...... .. ... . . .. .. 152 589 Acre .. ......... . ... . . . .. . .. . ·.. . Amazonas .... . . .. ... .. . . . . ..... 1 583 281 3 192 Região a ser demarcada AM{PA.. 230 660 4. Rio Branco ..... . .... ...... ..... 5. Pará . ... ... .. ...... ... ..... . ... 1 229 983 137 303 6. Amapá ... . . .. .. .. .... .... . . . . . . ::!,85 1,79 18,60 0,04 2,71 14,45 1,61 6,79 4,26 44,23 0,09 6,44 34,36 3,83 Norte . . ... .. ......... .. .... :. 3 579 991 42,05 7. Maranhão. .. ... ..... .. . .. ... .. . 8. Piauí. ... . .. . ..... . . . .... ..... .. Região a ser demarcada PI/CE ... Ceará . . .. .. . ...... . .... . .. .. . .. Rio Grande do Norte . . . .. . . . . . . Paraíba ............. ... . ..... . . Pernambuco . . ......... . .. . ..... Alagoas . .. ....... : ........ . .. . . Fernando do Noronha ... .... .. . . 332 174 251 683 2 460 147 895 53 069 56 556 98 079 27 793 (1) 27 Nordeste ... ...... ...... .. .. . . 15. Sergipe .... . : ...... .. ... . ... .... 16. Bahia ... .. .. . ..... .. ..... . . ... . 17. Minas Gerais .............. . .. . . Densidade de população 2 % das hab/km Regiões Relativa Absoluta (hab.) % ilo Brasil - 0,07 0,22 0,99 2,00 6,22 27,87 0,04 2,16 0,07 0,98 60,90 2,03 0,08 0,91 0,27 100,00 1 844 655 3,55 100,00 0,52 3,90 2,96 0,03 1,74 0,62 0,66 1,15 0,33 0,00 34,26 1 583 248 25,96 1 045 696 0,25 15,25 2 695 450 5,47 967 921 5,83 1 713 259 10,11 3 395 185 2,87 1 093 137 0,00 581 3,05 2,01 5,19 1,86 3,30 6,54 2,11 0,00 12,67 8,37 4,77 4,15 21,57 7,75 13,71 27,17 8,75 0,01 18,23 18,24 30,29 34,62 39,33 21,52 969 736 11,39 100,00 12 494 477 24,06 100,00 12,88 0,26 Região a ser demarcada MG/ES . . 18 . Espírito Santo .... .. .. . .. . . .. . .. 19. Rio de Janeiro ... . . ....... . . . . .. 20, Distrito Federal ... ... . .... .. . . .. 22 027 563 367 581 975 10 137 (2) 39 577 42 588 1 356 6,84 0,12 0,46 0,50 0,01 1,75 44,67 46,15 . 0,80 3,14 3,38 0,11 644 361 4 834 575 7 717 792 160 072 861 562 2 297 194 2 377 451 1,24 9,31 14,86 0,30 1,66 4,42 4,53 3,41 25,59 40,85 0,85 4,56 12,16 12,58 29,25 8,58 13,26 15,79 21,77 53,94 1 753 28 Leste .... . .. . ... ·.. .... . . . . . . . 1 261 027 14,81 100,00 18 893 007 36,37 100,00 14,98 São Paulo .. .. . . .... ........ .... Paraná .. . ............ ... . .. .. .. Santa Catarina ... ... . . . .. . . ... . Rio Grandf> do Sul . .. .. . . . . . . . .. 247 222 200 857 94 798 282 480 2,90 2,36 1,11 3,32 9 134 423 2 115 547 1 560 502 4 ~64 821 17,59 4.07 3,00 8,02 53,81 12,46 9,19 24,54 36,95 10,53 16,46 14,74 Sul ... . .. .. . .. ............. . . 825 357 9,69 100,00 16 975 293 32,68 100,00 20,57 25 . Mato Grosso . . . . .. ..... ..... . . . 26 . Goiás .. .. . ... .. .. . ......... ... . 1 254 821 622 912 14.74 7,32 522 044 l 214 921 1,00 2,34 30,05 69,95 0,42 1,95 1 877 733 22,06 100,00 1 736 965 3,34 100,00 0,93 1. 2. 3. 9. 10. 11. 12. 13 . 14 . 21. 22. 23. 24 . Centro-Oeste . . . ... . ...... . . . . .~ BRASIL. .. ... . .. . . . . .. ... . . 1 8 5 3 844 6,6~ 100,00 29,95 24,34 11,48 34,23 66,R3 33,17 - 36 935 114 755 514 099 18 116 1123 273 37 477 51 944 397 ------ - 100,00 - - ·- - 0,15 0,75 0,32 - 6,10 ----- ÁREAS(L) Inclui as árt>as dos penedos São Pedro e São Paulo c do a tol das Rocas. (2) Iuclu i as áreas das ilhas de Tnndade e Martim Va z. POPULAÇÃO R ecenseamento Geral do Brasil - 1. 0 de julho de 1950. Serviço Grájtco do I. B. G. E.- 18.920