12-AULA-BASICO-II-LEI-DE-LIBERDADE - Espíritas, amai

Propaganda
12ª AULA
TEMA:
LEI DE LIBERDADE
PARTE A
LIBERDADE NATURAL - ESCRAVIDÃO
LIBERDADE DE PENSAMENTO E DE CONSCIÊNCIA
LIVRE ARBÍTRIO E FATALIDADE
CONHECIMENTO DO FUTURO
LIBERDADE NATURAL
Ao pensar em liberdade, diversos aspectos afloram: de ser, agir, crer,
fazer, e assim por diante.
O filhote da águia possui em si todo o potencial para voar bem alto.
Mas somente o fará quando o seu corpo estiver apto.
O ser humano possui em si toda a potencialidade que somente
exercerá com plenitude e sabedoria na relação direta do seu aprimoramento
espiritual.
A convivência em sociedade obriga o homem a respeitar os limites
dos direitos do seu semelhante e desde que haja dois seres juntos há
direitos a respeitar e não terão eles, portanto, liberdade absoluta.
Se tomarmos como base o ensinamento de Jesus no qual nos orienta
a “Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos
façam”, o limite estará delineado. E, por essa delimitação, nossos limites
de liberdade estarão definidos.
ESCRAVIDÃO
A questão 829 de O Livro dos Espíritos esclarece que toda sujeição
absoluta de um homem a outro é contrária à lei de Deus.
Muito embora a escravidão fisica tenha sido abolida legalmente no
mundo, a escravidão moral ainda faz um número incalculável de vítimas.
Assim como a escravidão física desapareceu, a sujeição moral terá
igual destino quando o homem compreender a sua condição de filho de
Deus e reger a sua vida pelas leis de amor trazidas por Jesus. Aquele que
escraviza se opõe à lei da fraternidade e solidariedade.
Quando determinada sociedade possuiu em suas leis o direito de
subjugar o semelhante pela força bruta, ao trabalho; punindo-o
severamente pela transgressão de leis que a regiam à época, aquele
homem se submeterá às consequências de seus atos perante a justiça
divina.
O fato de vivermos em sociedade nos coloca, a todos, na
dependência de nossos semelhantes em virtude das diferenças de aptidões.
Depender não é ser escravo de uma relação social (L.E. 831).
LIBERDADE DE PENSAMENTO E DE CONSCIÊNCIA
O Pensamento contínuo é atributo do Espírito e, enquanto encarnados
não temos acesso ao pensamento do outro.
O homem possui plena liberdade de pensar e por meio do seu
pensamento se desloca para o futuro, para o passado, para enlevar-se
recordando momentos felizes ou deprimir-se em sentimentos menos felizes.
O que quer que se lhe aflore à mente forjando pensamento, portanto,
criando imagens fluídicas, será, sob esse aspecto, responsável perante as
leis de Deus.
A qualidade da atmosfera psíquica do planeta é responsabilidade de
cada um de seus moradores.
Diante disso não se atreverá o homem a impor a outro, ou a violar a
sua consciência - que é o foro íntimo de cada um na sua capacidade de
discernir entre o certo e o errado; a sua voz interior que o aprova ou
reprova (L.E. 835).
A liberdade de consciência é uma das características da verdadeira
civilização e do progresso (L.E. 837).
Ainda que a crença do outro seja reprovável, o respeito à consciência
e à liberdade de crer é fundamental. O contrário é faltar com a caridade. A
Doutrina Espírita é doutrina de aperfeiçoamento moral.
O Mestre ensinou pelo exemplo de doçura e mansidão, devemos
seguir-lhe o exemplo.
LIVRE-ARBÍTRIO E FATALIDADE
O livre-arbítrio é a faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua
própria conduta - autodeterminação; e crer na existência da fatalidade é
negar a existência do livre-arbítrio.
O Espírito gozará sempre do direito de exercer o seu livre-arbítrio e,
quanto mais esclarecido, mais ampla a sua capacidade. Enquanto no mundo
espiritual escolherá livremente ou, se for o caso, orientado por Espíritos
Superiores, as provas e as experiências às quais se vê necessitado para o
seu aprimoramento; e encarnado, optando por talou qual caminho. E
sempre será o responsável por suas escolhas, não podendo atribuir à sua
boa ou má estrela o resultado das suas escolhas.
O discípulo de Jesus, Paulo de Tarso, já alertava aos companheiros
através das epístolas, que estávamos todos cercados por uma “nuvem de
testemunhas". Esta observação vai ao encontro de Kardec quando esclarece
sobre a interferência dos Espíritos no Mundo Corpóreo.
Ainda que exista a nuvem de testemunhas e a interferência dos
Espíritos no mundo corpóreo, o livre-arbítrio é pleno e a criatura pode
acolher ou não as sugestões desses Espíritos, assim como aceita ou rejeita
as sugestões de seus pares.
A fatalidade não existe senão para a escolha feita pelo Espírito, ao
encarnar-se, de sofrer esta ou aquela prova: ao escolhê-la, ele traça para si
mesmo uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição
em que se encontra (L.E. 851).
Assim, considerar a fatalidade como uma realidade é crer que o
Homem possa ser uma máquina programada para cumprir determinada
trajetória. Isso seria negar a misericórdia divina, e a reencarnação perderia
o sentido e o objetivo como meta de evolução, pois que o Homem não teria
mérito ou demérito como resultado se suas ações.
A fatalidade existe considerando-se tão somente no que respeita ao
resultado de suas escolhas enquanto no mundo espiritual.
CONHECIMENTO DO FUTURO
Desde os primórdios das civilizações que o Homem recorre aos mais
variados meios na tentativa de descobrir o quê lhe reserva o futuro.
Os oráculos, as pitonisas, sonhos de faraó e, porque não incluir
Moisés com a advertência para não consultar os mortos.
Dessa maneira, alguns fatos marcantes da História da humanidade
foram preditos. E é somente visando o bem e o cumprimento das coisas é
que Deus permite a sua revelação (L.E. 870).
Ao homem comum não é dado saber o seu futuro, pois este o
negligenciaria, não iria cumprir o que deve ser feito para o seu
adiantamento moral.
Tanto o passado como o futuro é da Lei de Deus que permaneça
oculto. De outra forma o homem veria tolhida a liberdade de ser ele
mesmo.
Se o homem conhecesse seu passado ver-se-ia tentado a ir procurar
por aqueles que, de uma forma ou outra, a ele se vincularam, seja por afeto
ou desafeto. No caso das provas ou expiações temeria a chegada do
momento que pode ser crucial. Deste modo, Deus que é pleno de sabedoria
e amor, deseja que lhe fique oculto para não haver embaraços no
desenrolar das vidas por Ele criadas com capacidade de livre-arbítrio.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, Livro 3°, cap. X, questões 825 a 871;
item 8 - Resumo Teórico do Móvel das Ações Humanas;
KARDEC, Allan - Livro dos Médiuns- cap. XXVI, questão 289;
KARDEC, Allan - A Gênese, cap. XVI, nº 3;
KARDEC, Allan - Obras Póstumas;
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. VIII, item 18;
cap. XXVIII, item 51;
KARDEC, Allan - O Que é Espiritismo – cap. I, pág. 123 questões 123, 124,
126 e 141; cap. V; item 21; cap. 27, item 6;
KARDEC, Allan - O Céu e O Inferno – 2ª Parte, cap. 5;
Revista Espírita, de janeiro;
Revista Espírita, de março de 1858;
Revista
Revista
Revista
Revista
Espírita,
Espírita,
Espírita,
Espírita,
de
de
de
de
fevereiro de 1862;
maio de 1866;
fevereiro de 1867;
julho de 1868;
Bibliografia Complementar:
EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Estude e Viva – nº 9 e 14;
EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Religião dos Espíritos;
CALLIGARIS, Rodolfo - Leis Morais;
PERALVA, Martins - O Pensamento de Emmanuel - nº 31 e 32;
EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier- Emmanuel - item 33;
EMMANUEL, André Luiz - Opinião Espírita - n° 7 e 27;
EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - O Consolador- itens 132 a 139
KARDEC, Allan - A Gênese – cap. XVI;
DENIS, Léon - O Problema do Ser do Destino e da Dor – 3ª Parte - item 22
PARTE B
MISSÃO DO HOMEM INTELIGENTE
A cada um dos Espíritos Deus dá determinada missão; tarefa; prova
ou ainda expiação. Todos têm um trabalho a realizar, seja encarnado ou
desencarnado.
Se Deus permite que, dentre o patrimônio intelectual e moral
adquirido nas vidas anteriores, a criatura possa manifestar na vida presente
a inteligência, é porque dela deve fazer uso para cultivar e realizar o bem,
fruto da aplicação dessa mesma inteligência.
Assim se vê em toda a natureza. A abelha poliniza as flores e fabrica
o mel. No solo saudável existem vermes a revolver as entranhas da terra
para fazê-la respirar. A mesma terra que o agricultor cultiva a leguminosa,
a fruta e a verdura. Até mesmo o excremento do ruminante aduba o solo. A
natureza cumpre o seu papel de colaboradora com o Criador.
Com o Homem não é diferente. Toda a potencialidade dirigida
exercida na senda do bem há de frutificar.
Espíritos imperfeitos quais todos que habitamos este orbe nos
reunimos em famílias; comunidades, grupos sociais, objetivo maior de
aprimoramento mútuo. É de fundamental importância que aquele que
possui maior cabedal de conhecimento, força moral, ampare, apóie,
incentive e oriente aqueles que fazem parte da sua vida seja em que
segmento for. Deus não nos concederia ferramentas que não tivessem
objetivo de uso.
A Doutrina Espírita é como um sol a iluminar a escuridão da
ignorância em que os Homens, em sua grande maioria, ainda se encontram.
Aqueles que já possuem uma parcela de conhecimento devem moralmente
ao Cristo, fazer com que o seu verbo seja vivo e eloquente, e, acima de
tudo, vivenciar o Cristianismo Redivivo, em fraternidade, solidariedade e
amor ao próximo. Relembrar da orientação do Espírito de Verdade:
"Espíritas: amai-vos, espíritas, instruí-vos".
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. VII, item 13
KARDEC, Allan - Obras Póstumas – 1ª parte - questões e problemas –
(E.S.E. cap. XXIII, item 15, cap. XXVIII, item 51).
Download