MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA II MICROBIOLOGIA: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência) A Microbiologia é definida, como a área da ciência que dedica - se ao estudo de microrganismos. Os microrganismos são as formas de vida que, originalmente, só podem ser vistas com o auxílio do microscópio. Elas incluem Bactérias, Fungos, Vírus, Protozoários, etc. PARASITOLOGIA: É a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e relações entre eles. Engloba os protozoários, nematódeos, anelídeos, platelmintos e artrópodes. INFECÇÃO X INFLAMAÇÃO: Infecções são causa frequente de inflamação, por isso há muita confusão entre os dois tipos. As infecções e inflamações fazem parte da vida dos profissionais da saúde, principalmente os profissionais de Enfermagem, pois estão sempre em contato com paciente nesse estado. É muito importante saber a diferença uma vez que é comum as pessoas confundirem o uso dos antibióticos e dos anti-inflamatórios. Infecção: A infecção é causada por microrganismos (tais como vírus, bactérias, fungos, parasitas, etc.) que invadem o organismo do hospedeiro e se multiplicam. Tipos: Inaparente: infecção sem sintomas; Secundárias: quando uma infecção favorece o aparecimento de outra. Exemplo: AIDS e Tuberculose; Cruzada: é a infecção transmitida entre clientes; Hospitalar: são as infecções adquiridas após a admissão do cliente ao hospital e que se manifestam durante a internação ou após a alta – se puderem ser relacionadas com a hospitalização. A expressão “infecção hospitalar” não implica necessariamente que o microrganismo responsável seja de origem hospitalar, mas identifica o hospital como o lugar onde se contraiu a infecção. Inflamação: É uma resposta de proteção do organismo contra uma agressão, cujo objetivo é livrar o organismo do agente agressor e das consequências desta agressão. A inflamação atua no sentido de destruir, diluir e bloquear o agente agressor, e também desencadeia aumento do fluxo de sangue e demais líquidos corporais migrados para o local. Na área inflamada também ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos), com dor localizada mediada por certas substâncias químicas produzidas pelo organismo. No processo, os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos, que ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Inflamação não é uma doença, é uma resposta fisiológica de defesa. Os sinais da inflamação: Calor: Se dá pela vasodilatação que ocorre no local, os vasos da região se tornam dilatados, facilitando o acúmulo de sangue no local para que as células de defesa possam chegar e atuar no reparo da lesão. Edema: Se dá pelo inchaço, quando os vasos dilatam, ocorre passagem de líquido presente no sangue, dos vasos para o tecido, além do líquido presente nas células que morreram, que extravasa e se acumula no local. Rubor: Aparece pela vasodilatação, provocando o acúmulo de sangue, que devido a sua cor, torna a região avermelhada. Dor: Ocorre pela estimulação do sistema nervosos da região, que recebem estímulos de substâncias liberadas pelo tecido lesado e pelas células de defesa, sinalizando ao organismo que alguma coisa não anda bem naquele lugar do corpo. IMUNOLOGIA: É o estudo dos mecanismos fisiológicos que os seres humanos e outros animais usam para defender os corpos da invasão por outros microrganismos. Imunidade: Resistência a infecções. Níveis de Imunidade: Existem dois níveis de imunidade quanto à qualidade da defesa e ao tipo de “armas”, isto é, rapidez, quantidade e qualidade dos intervenientes defensivos. Um nível é o da imunidade celular, se forem utilizadas apenas células fagocíticas, linfócitos T e células NK (Natural Killers) – primeira linha defensiva. Outro nível é a imunidade humoral, resposta primária ou secundária, sempre que forem utilizados anticorpos produzidos pelos linfócitos B (ou plasmócitos). Isto significa que na agressão estão implicados antígenos: formam-se linfócitos memória T, mas também B, numa verdadeira “conversa de apresentação” das células umas às outras, trocando informações. Essa troca vai levar a uma maior eficácia os combates defensivos subsequentes em que intervenham antígenos (Ag) e anticorpos (Ac) – este fruto da memória linfocitária. Tipos de Imunidade: Existem dois tipos- Imunidade Natural (inata) e Adquirida (adaptativa). Imunidade Natural (inata): É a imunidade presente desde o nascimento, sem especificidade nem “memória imunológica”. É a defesa de primeira linha contra os organismos desconhecidos e invasores. Componentes da imunidade inata: Físico – químico (pele, secreções, mucosas e cílios); Humoral (complemento, opsoninas e enzimas presentes nas secreções, mucosas, sangue, etc.); Celular (célula NK, neutrófilo, eosinófilo e o mastócito). A imunidade inata protege contra fungos, vermes e bactérias. Imunidade Adquirida (adaptativa): É a resposta imunológica estimulada pela exposição a agentes infecciosos, cujas capacidades defensivas aumentam com exposições posteriores a um microrganismo em particular. É ausente no nascimento. Tem memória imunológica. Componentes da imunidade adquirida: Linfócitos e seus produtos (anticorpos). A imunidade adquirida protege contra vírus, bactérias (inclusive infecções intracelulares) e protozoários. A imunidade adquirida pode ser: Espontânea (após processo infeccioso); Imunidade de maneira passiva ou ativa. Imunidade passiva: Adquirida através de administração de anticorpos previamente formados. . Os anticorpos colhidos dos humanos são chamados imunoglobulina e os dos animais, soros. A imunidade passiva dura apenas algumas semanas. Exemplo: Soros Imunidade ativa: Utiliza- se de microrganismos vivos atenuados, mortos e de componentes inativados de microrganismos. Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Exemplo: Vacinas. RELAÇÃO ANTÍGENO- ANTICORPO: ANTÍGENO: ANTICORPO: Qualquer substância, normalmente proteínas, reconhecidas como estranhas pelo organismo, o qual arma uma resposta imune contra este antígeno. Os antígenos podem ser, por exemplo, uma proteína do envoltório viral ou da membrana de uma bactéria. São proteínas, da classe das imunoglobulinas, produzidas pelas células B do sistema imune do organismo para combater antígenos. SISTEMA IMUNOLÓGICO (Anatomia e Fisiologia): O sistema imunológico humano (ou sistema imune, ou ainda imunitário) consiste numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos). As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os antígenos são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de natureza proteica, denominadas anticorpos, que reagem de forma específica com os antígenos. Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma eficaz, o corpo pode reagir com doenças, infecções ou alergias. A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é denominado de resposta imune. As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais, os linfócitos e os macrófagos. O sistema imunitário é composto por dois grupos de órgãos: Órgãos imunitários primários e os órgãos imunitários secundários. Os órgãos imunitários primários são assim denominados por serem os principais locais de formação e amadurecimento dos linfócitos. Os órgãos imunitários secundários são secundários por atuarem no sistema imunológico após a produção e amadurecimento dos linfócitos. Órgãos imunitários primários: Medula óssea – além da produção de células sanguíneas e plaquetas, a medula produz linfócitos B, linfócitos matadores. É nesse órgão que ocorre o processo de amadurecimento dos linfócitos B. Timo – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros. Órgãos imunitários secundários: Linfonodos – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa é filtrada, permitindo que partículas invasoras sejam fagocitadas pelos linfócitos ali presentes. Tonsilas – possuem função semelhante aos linfonodos. Estão localizadas na parte posterior da boca e acima da garganta. Baço – o baço filtra o sangue para remover microrganismos, substâncias estranhas e resíduos celulares, além de produzir linfócitos. Adenoides – constituem de uma massa de tecidos linfoides protetores localizados no fundo da cavidade nasal. Têm como função ajudar a proteger o organismo de bactérias e vírus causadores de doenças transmitidas pelo ar. Apêndice cecal – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira porção do intestino grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa estrutura, microrganismos invasores são combatidos.